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1. Observe as imagens e descreva cada uma delas – personagens, construções, ruas, objetos, vestimentas,
animais etc.
2. O que chama a sua atenção nessas imagens do Rio de Janeiro no século XIX? Justifique.
3. Há semelhanças entre as antigas cenas representadas e a vida na sua cidade atualmente? Quais?
a entrada da frota imperial na baía do Rio de Janeiro se deu em meio a um festival espetacular, com
toda a gente da cidade tomada de uma euforia misteriosa e contagiante. Em pouquíssimo tempo, d.
João VI trataria de transformar e reconfigurar completamente a capital do Brasil. Aos olhos dos recém-
-chegados, o Rio de Janeiro parecia uma cidade árabe das costas da África, com suas casas totalmente
cerradas, janelas com gelosias e treliças, de forma que mantivesse as mulheres retidas e ocultas, ruelas
sinuosas e estreitas, ausência de espaços públicos, amenidades e áreas de convivência e lazer. O monarca
regente seria responsável pela primeira experiência de planejamento urbano criterioso no Brasil.
Sevcenko, Nicolau. Pindorama revisitada: cultura e sociedade em tempos de virada. São Paulo: Peirópolis, 2000. p. 56. (Série Brasil Cidadão.)
282 História
O Primeiro Reinado
Como você estudou anteriormente, após 1822
Monarquia
o Brasil passou a ser um país independente politica-
Palavra de origem grega (monarchía; mono =
mente. D. Pedro I tornou-se o primeiro imperador único; archía = poder, autoridade). O governo é
brasileiro. A instauração da Monarquia brasileira não centralizado em uma única pessoa que, por ter
poderes especiais, é colocada acima de todos os
impediu que as lutas internas continuassem durante
outros governados. É geralmente fundado em ba-
todo o Primeiro Reinado. Como afirmou o historiador ses hereditárias, e a tradição determina a base da
Evaldo Cabral de Mello, “o Brasil fez-se Império antes soberania. Na Idade Média, o rei era um represen-
tante de determinada localidade; na Idade Moder-
de se fazer nação”. Isso porque o processo de emanci- na, durante o período absolutista, foi considerado
pação política não se originou dos movimentos nacio- o representante divino da nação.
nalistas anteriores. Fonte: Catelli Jr., Roberto. História: texto e contexto. São Paulo:
Scipione, 2006. p. 216. (Ensino Médio.).
Além disso, a Independência não possuía um pro-
jeto nacional global, e o Estado surgiu no Brasil como
uma maneira de manter os privilégios das elites, articuladas em torno do “partido brasilei-
ro”, que tinham no monarca um aliado contra os grupos mais radicais. O Império seria o
instrumento de construção da nação que ainda não existia.
Convocada inicialmente por d. Pedro I, em junho de 1822, a Assembleia Constituinte
somente iniciou seus trabalhos em maio de 1823. A elaboração de uma Constituição era
fundamental para o estabelecimento das regras que norteariam a construção da nova
nação e do Estado nacional.
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