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Campo Grande, MS
2018
CÁSSIA DE PAULA PIRES
Campo Grande, MS
2018
AGRADECIMENTOS
RESUMO
Tabela 2 - Características sociodemográficas das gestantes com sífilis notificadas nos serviços
de saúde, entre os anos de 2011 a 2017, Campo Grande/MS, 2018. (n=2056) ........................ 31
Tabela 3 - Fase clínica da sífilis nas gestantes notificadas nos serviços de saúde, entre 2011 e
2017, Campo Grande/MS, 2018. (n=2056) .............................................................................. 31
Tabela 4 - Testes realizados para detecção de sífilis nas gestantes notificadas nos serviços de
saúde, entre 2011 e 2017, Campo Grande/MS, 2018. (n=2056) .............................................. 32
Tabela 5 - Proporção do esquema terapêutico realizado para sífilis nas gestantes notificadas
nos serviços de saúde, entre 2011 e 2017, Campo Grande/MS, 2018. (n=2056) ..................... 32
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................... 10
2 REVISÃO DE LITERATURA 11
2.1 SÍFILIS GESTACIONAL .................................................................................................. 12
2.2 EPIDEMIOLOGIA DA SÍFILIS ........................................................................................ 12
2.3 ETIOLOGIA, TRANSMISSÃO E PATOGÊNESE .......................................................... 13
2.4 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA SÍFILIS GESTACIONAL ............................... 15
2.5 CONTROLE DA SÍFILIS GESTACIONAL E SEUS DESAFIOS ................................... 20
2.6 O PAPEL DO ENFERMEIRO NO ACOMPANHAMENTO DE GESTANTES COM
SÍFILIS ..................................................................................................................................... 21
2.7 SÍFILIS CONGÊNITA ....................................................................................................... 22
2.7.1 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO .............................................................................. 23
3 OBJETIVOS 25
3.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................... 25
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................................. 25
4 MATERIAL E MÉTODO 26
4.1 TIPO DE ESTUDO ............................................................................................................ 26
4.2 LOCAL E PERÍODO DA PESQUISA .............................................................................. 26
4.3 POPULAÇÃO/AMOSTRA ............................................................................................... 27
4.3.1 Critérios de inclusão ........................................................................................................ 27
4.3.2 Critérios de exclusão ....................................................................................................... 27
4.4 COLETA DE DADOS ....................................................................................................... 27
4.5 ANÁLISE DOS DADOS ................................................................................................... 28
4.6 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS ...................................................................................... 28
5 RESULTADOS ................................................................................................................... 30
6 DISCUSSÃO ....................................................................................................................... 35
8 REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 44
ANEXOS ................................................................................................................................ 48
APENDICE ............................................................................................................................ 55
10
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DE LITERATURA
Colombo. Outras teorias como a unitária, propõe a existência de uma única doença, em que
seu agente etiológico tenha sofrido modificações até chegar a conhecida Treponema pallidum.
(VERONESI, 2009; LINS, 2014).
A OMS estima que cerca de um milhão de pessoas do mundo são infectadas por
diversas IST diariamente. No caso da sífilis, além de elevar os riscos de infecção por HIV,
também é responsável por mais de 300 mil óbitos fetais e neonatais, além de mais de 215 mil
crianças com morte prematura no mundo (BRASIL, 2017).
A notificação dos casos de sífilis passou a ser obrigatória em 1986, porém, a
notificação de sífilis na gestação foi percebida como compulsória e um problema isolado
somente em 2005, de acordo com a Portaria n° 33 de 14 de julho de 2005. Além da
notificação, os esforços para detecção das IST também passaram a ser vistas durante o pré-
natal dentro da Rede Cegonha e outras políticas que contribuem para a ampliação do acesso
ao diagnóstico de sífilis e seu rápido tratamento (BRASIL, 2017).
13
pessoas, podem surgir lesões gromosas, cardiovasculares e/ou neurológicas, sendo estas
manifestações clássicas do terciarismo luético (RUANO et al., 2008; VERONESI, 2009).
Além disso, a sífilis também pode ser classificada em duas fases: a fase recente, com
duração aproximada de um ano, compreendendo as manifestações primárias, secundárias e o
início da latência, e a fase tardia, caracterizada pela latência tardia e os quadros clínicos da
sífilis terciária. Geralmente, a doença é detectada nesses estágios, porém é difícil diferenciar a
fase latente precoce da tardia (BRASIL, 2014).
transplacentária, mantendo altos níveis séricos, maiores que do próprio Treponema pallidum
(BRASIL, 2012).
A penicilina benzatina é um dos antibióticos mais antigos da história e recentemente
tem passado por dificuldades em seu abastecimento mundial. O Brasil já declarou a falta do
medicamento em diversas notas técnicas. Devido o seu baixo custo para produção e venda,
poucas indústrias farmacêuticas produzem a droga. A demanda mundial não está sendo
atendida e por isso os casos de sífilis tem tido um aumento significativo, gerando preocupação
da Organização Mundial de Saúde, pois confronta as políticas adotadas (TAYLOR et al.,
2016).
Como já foi mencionado, a sífilis gestacional é uma doença que traz grandes
preocupações para a saúde mundial. Por este motivo, no Brasil, existem políticas públicas que
contribuem no cumprimento das metas estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde, por
exemplo, a Rede Cegonha.
Inicialmente, em 2007, o Brasil implementou o Plano Operacional para Redução da
Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis, após o Pacto pela Saúde em 2006, sendo o objetivo
geral reduzir a transmissão vertical do HIV e da sífilis com vistas na eliminação da sífilis
congênita em todo o território nacional. Para isso, foram estabelecidas metas específicas como
aumentar a cobertura de testagem para o HIV e Sífilis no pré-natal, aumentar a cobertura de
tratamento adequado nas gestantes com sífilis, incluindo o tratamento adequado dos parceiros
sexuais, ampliar a cobertura das ações de profilaxia da transmissão vertical do HIV e da sífilis
em gestantes/parturientes e em crianças expostas (BRASIL, 2007).
Depois, a Rede Cegonha, instituída pela Portaria n° 1.449 em 24 de Junho de 2011, é
uma estratégia que visa implementar uma rede de cuidados as gestantes, parturientes e
puérperas que prevê todos os seus direitos reprodutivos e atenção humanizada no ciclo
gravídico-puerperal e atenção integral a saúde da criança. Propõe a implementação de
caderneta da gestante, teste rápido para as principais sorologias de IST, transporte e regulação
dos atendimentos, acompanhamento nutricional da gestante e acompanhamento do
crescimento fetal e da criança (BRASIL, 2011).
Segundo Vasconcelos et al. (2016) traz diversos desafios para a implementação e
sucesso do controle da sífilis, sendo o desconhecimento sobre a doença, as formas de
21
prevenção e tratamento os fatores mais comuns para adesão do tratamento. Além disso, a dor
ocasiada no momento da administração e a quantidade de doses necessárias contribuem para o
abandono do tratamento. Foi relatado também que a baixa condição socioeconômica também
pode dificultar a adesão ao tratamento do parceiro (VASCONCELOS et al., 2016). Pode-se
concluir que mesmo com os esforços do Ministério da Saúde para aumentar a cobertura do
diagnóstico e tratamento da doença, alguns fatores tem influência direta e consequentemente,
ainda são necessárias novas medidas.
vulnerabilidade social e econômica do paciente, para que possa atuar conforme a realidade e
se adequar a realidade. Em casos de sífilis congênita, é importante que se realize a busca ativa
da criança para que o tratamento ocorra de forma adequada (MATOS; COSTA, 2015).
Sintomas
Sífilis Congênita Os principais sintomas são: lesões cutaneomucosas, como placas
Precoce mucosas, lesões palmo-plantares, fissuras radiadas periorificiais,
(até os 2 anos de idade) condilomas planos ano-genitais e hepatoesplenomegalia. Em alguns
casos (mais raros), podem apresentar também lesões ósseas, manifestas
por periostite e osteocondrite (ex. pseudo-paralisia de Parrot); lesões do
sistema nervoso central (ex. convulsões, meningite); lesões do aparelho
respiratório (pneumonia alba) e rinite sanguinolenta Além disso,
segundo Saraceni et. al. (2005), a prematuridade e o baixo peso ao
nascer também são sinais que podem se manifestar na sífilis congênita,
estando relacionados diretamente com os óbitos fetais.
Sífilis Congênita Fronte olímpica, mandíbula curva, arco palatino elevado, tríade de
Tardia Hutchinson (dentes de Hutchinson, ceratite intersticial, lesão do VIII par
craniano), nariz em sela, tíbia em lâmina de sabre, surdez, retardo
mental e hidrocefalia.
Fonte: Adaptado de SONDA et al., 2013
23
Idade Tratamento
Nos primeiros 7 dias de vida Penicilina G cristalina na dose de 50.000 UI/Kg, por via endovenosa, de
12 em 12 horas.
A partir dos 10 dias de vida Penicilina G cristalina na dose de 50.000 UI/Kg, por via endovenosa, 8
em 8 horas, durante 10 dias. Ou penicilina G procaína 50.000UI/Kg, via
intramuscular, dose única diária, durante 10 dias.
Fonte: BRASIL, 2016
24
Idade Tratamento
Com menos de 30 dias de vida Penicilina G benzatina, 50.000 UI/Kg, dose única, intramuscular
Com mais de um mês de vida Penicilina G cristalina, de 4 em 4 horas ou penicilina G procaína de 12
em 12 horas, durante 10 dias.
Fonte: BRASIL, 2016
3 OBJETIVOS
4 MATERIAL E MÉTODO
Imbirussu, além da área rural. A região do Anhanduizinho é a mais populosa e conta com
185.558 mil habitantes (SISGRAN, 2010).
4.3 POPULAÇÃO/AMOSTRA
a) Casos de sífilis gestacional confirmada com teste treponêmico e/ou não treponêmico
reagentes;
b) Residentes em Campo Grande/Mato Grosso do Sul;
c) Mulheres a partir dos 10 anos de idade atendidas na REMUS.
uma deve ser encaminhada para o setor municipal responsável pela Vigilância
Epidemiológica ou Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissiveis (DANT), para
digitação e consolidação dos dados. Desta forma, a pesquisadora estará coletando os dados já
preenchidos, arquivados e transmitidos ao SINAN (dados secundários).
Para a coleta de dados foi criado um instrumento adaptado da Ficha de Notificação de
Sífilis Gestacional (ANEXO B) para guiar na seleção dos dados do SINAN. As variáveis do
estudo foram: dados sócio-demográficos (idade, raça/ cor, estado civil, escolaridade e
trimestre gestacional no momento de diagnóstico da sífilis); dados clínicos, de diagnóstico e
de tratamento da gestante (classificação clínica, resultado de teste treponêmico e não-
treponêmico, terapêutica utilizada) e dados de tratamento do parceiro (realização do
tratamento, terapêutica utilizada e motivo para o não tratamento). Estes dados foram coletados
de janeiro a abril de 2018.
Este estudo faz parte de um projeto maior intitulado “Perfil epidemiológico das
mulheres atendidas na Rede Municipal de Saúde de Campo Grande/Mato Grosso do Sul ”,
coordenado pela orientadora Profª. Drª. Maria Auxiliadora de Souza Gerk . O mesmo foi
aprovado pelo CEP/UFMS sob o parecer nº 2.166.457, CAAE nº 69740517.8.0000.0021
(ANEXO D) e autorizado pela Secretaria Municipal de Saúde Pública de Campo Grande,
Mato Grosso do Sul – SESAU (ANEXO E).
30
5 RESULTADOS
Foram diagnosticados 2056 casos de sífilis gestacional, sendo o ano de 2017 com a
maior frequência (515/25%), quatro vezes maior que 2011 (130/6,4%) e 1,3 vezes que 2016
(398/19,4%).
Ano n %
2011 130 6,3
2012 193 9,4
2013 249 11,8
2014 243 11,4
2015 328 16,0
2016 398 19,4
2017 515 25,0
A idade predominante das mulheres foi de 20 a 29 anos (1034/50,3%), sendo que 153
(7,4%) gestantes tinham 19 anos e portanto, consideradas adolescentes segundo da
Organização Mundial de Saúde. Em relação a raça/cor, prevaleceram as negras (1289/62,7%),
seguido das brancas (605/29,4%). Quanto a escolaridade, quando indicada, foi visto que
poucas possuíam formação superior sendo que a maioria possuía até 12 anos de estudo
(1543/96,4%). Do total, 1173 gestantes (57,1%) tiveram o diagnóstico de sífilis tardiamente
(2° e 3° trimestre gestacional). Um terço das gestantes residia na região Anhanduizinho
(699/34%).
31
Tabela 2 - Características sociodemográficas das gestantes com sífilis notificadas nos serviços
de saúde, entre os anos de 2011 a 2017, Campo Grande/Mato Grosso do Sul, 2018
(n=2056)
Variáveis n %
Idade
De 10 a 19 anos 533 25,9
20 a 29 anos 1034 50,3
30 a 39 anos 435 21,2
40 anos ou mais 54 2,6
Cor da pele
Amarela 16 0,8
Indígena 23 1,1
Preta 129 6,3
Branca 605 29,4
Parda 1160 56,4
Escolaridade
Até 9 anos 843 41,0
De 10 a 12 anos 700 34,0
Mais de 12 anos 57 2,8
Trimestre gestacional
Primeiro 714 34,7
Segundo 617 30,0
Terceiro 556 27,0
Ignorado/informado 169 8,2
Região de residência
Anhanduizinho 699 34,0
Bandeira 286 13,9
Centro 49 2,4
Imbirussu 218 10,6
Lagoa 344 16,7
Prosa 167 8,1
Segredo 282 13,7
Quanto à fase clínica da doença, foi visto que a maioria foi classicada como latente
(510/24,8%) seguido por primária (354/17,2%). Porém, foram encontrados muitos dados
ignorados e não informados (562/27,3%).
Tabela 3 - Fase clínica da sífilis nas gestantes notificadas nos serviços de saúde, entre 2011 e
2017, Campo Grande/Mato Grosso do Sul, 2018. (n=2056)
Fase clínica n %
Primária 354 17,2
Secundária 40 1,9
Terciária 590 28,7
Latente 510 24,8
Ignorado/não informado 562 27,3
32
Quanto aos testes realizados para detecção da infecção, foram utilizados testes
treponêmicos (confirmatórios) e não treponêmicos. Os testes treponêmicos foram os mais
utilizados com 1872 (91,1%) resultados reagentes. Já entre os testes não treponêmicos, 417
(20,3%) não foram realizados.
Tabela 4 - Testes realizados para detecção de sífilis nas gestantes notificadas nos serviços de
saúde, entre 2011 e 2017, Campo Grande/Mato Grosso do Sul, 2018. (n=2056)
Variáveis n %
Teste treponêmico
Reagente 1877 91,1
Não-reagente 29 1,4
Não realizado/ignorado 155 7,5
Teste não treponêmico
Reagente 1254 61,0
Não reagente 260 12,6
Não realizado/ignorado 417 20,3
Tabela 5 - Proporção do esquema terapêutico realizado para sífilis nas gestantes notificadas
nos serviços de saúde, entre 2011 e 2017, Campo Grande/Mato Grosso do Sul,
2018. (n=2056)
Tratamento da gestante n %
Adequado 1006 48,7
Inadequado 846 41,1
Não realizado 204 9,9
Além disso, em apenas 51,4% dos casos o parceiro realizou o tratamento juntamente
com a gestante. Quanto ao tratamento do parceiro, a grande maioria apresentou tratamento
inadequado (alguns pelos mesmos motivos da gestantes como dose equivocada para a fase
clínica) sendo estes 38,9% (803 casos), seguido de tratamento não realizado (684/33,1%) e
tratamento adequado com poucos casos, somente 27,5% (569 casos).
33
Variáveis n %
Realização do teste
Sim 1056 51,4
Não 873 42,5
Ignorado/não informado 127 6,2
Esquema terapêutico
Adequado 569 27,5
Inadequado 803 38,9
Não realizado 684 33,1
Variáveis n %
Motivos descritos na ficha
Ausência de contato 365 17,8
Não compareceu 135 6,6
Não comunicado 16 0,8
Não reagente 66 3,2
Recusou 50 2,4
Outro 264 12,8
Não informado 1160 56,4
Outros motivos (observação)
Aborto 7 0,3
Alergia 5 0,2
Ausência de contato 419 20,4
Cicatriz 14 2,3
Diagnóstico tardio 105 5,1
Institucionalizado 28 1,4
Não compareceu 142 6,9
Não comunicado 28 1,4
Não reagente 66 3,2
Óbito 4 0,2
Particular 1 0,0
Recusou 59 2,9
Não informado 1144 55,6
Quanto ao desfecho dos casos de sífilis gestacional, a tabela abaixo mostra que dos
100% de casos notificados com sífilis gestacional (sem a aplicação de nenhum critério de
exclusão), 40,22% resultaram em sífilis congênita.
Variáveis n %
Sífilis gestacional 2255 100,0
Sífilis congênita 907 40,2
35
6 DISCUSSÃO
ainda seja tabu dentro do ambiente escolar. Orienta-se ainda que as ações incentivem as
adolescentes a iniciar a vida sexual mais tarde, pois é quando estas adolescentes terão maior
conhecimento sobre os riscos de doenças e sobre os métodos contraceptivos e protetivos,
sendo a educação sexual de extrema importância neste contexto (BRASIL, 2012; SARACENI
et al., 2005; SILVA; BENITO, 2016).
Em relação a raça/cor das gestantes, os resultados deste estudo trouxeram que a
maioria dos casos acontecem em gestantes pardas, sendo 1160 (56,4%), seguido por 605
(29,4%) brancas. Constata-se também um número considerável de gestantes indígenas, com
23 casos (1,1%) visto que o acesso a saúde e pré-natal nessa população é dificultado pela
distância do serviço e fatores culturais. Estes resultados vão em concordância com os
resultados encontrados em outros estudos, onde as mulheres pardas se demonstraram a
maioria e as mulheres indígenas correspondiam a uma proporção menor, uma vez que
também são minoria comparadas a população geral (DANTAS et al., 2017; DOMINGUES et
al., 2014).
No Brasil, o ensino fundamental possuí 9 anos de duração, período este compreendido
do 1° ao 9° ano. O ensino médio corresponde a 3 anos, sendo colocado então 12 anos de
estudo. As mulheres com baixa escolaridade (aquelas com menos de 9 anos de formação) são
a maioria das acometidas pela sífilis gestacional. Neste estudo, as mulheres com formação de
até 9 anos predominaram com 843 casos (41%), seguido pelas mulheres que concluiram de 10
a 12 anos 700 casos (34%). As gestantes com educação superior apresentaram-se em menor
número, são 57 (2,8%), já que se espera que essas mulheres tenham conhecimento acerca dos
métodos de prevenção e da importância do tratamento, durante o pré-natal (FIGUEIRÓ-
FILHO, 2011). Outros estudos relatam que pessoas com menor escolaridade estão mais
suceptíveis a doenças infectocontagiosas, principalmente pela falta de informação a respeito
da prevenção (AQUINO; SILVA, 2015; SOUZA; BENITO, 2016). Em estudo nacional, foi
encontrado que mulheres com baixa escolaridade foram 3 vezes mais acometidas pela sífilis
gestacional (DOMINGUES et al., 2014).
Em Campo Grande, a região com o menor índice de qualidade de vida é a região do
Anhanduizinho. Esta região, concentrou os maiores achados de sífilis neste estudo, sendo 699
casos (34%) e é a região com a menor densidade demográfica, a pior renda per capita e taxa
de alfabetismo e a maior vulnerabilidade econômica (CAMPO GRANDE, 2013). Mais uma
vez, é evidenciado a vulnerabilidade em todas as esferas (econômica, social e geográfica) das
gestantes mais acometidas com sífilis durante a gestação. Na região Lagoa foram 344 casos
37
(16,75). Ainda, no último relatório de Campo Grande (2013), esta região figurava em terceiro
lugar em índice de qualidade de vida. Apesar da sifilis gestacional apresentar seu perfil
voltado para as classes vulneráveis, este estudo mostrou que todas as populações necessitam
de informações sobre a doença e seus métodos de prevenção independente das questões que
tangem os determinantes sociais de saúde.
Com a implantação do Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN),
com as constantes ações e investimentos da Vigilância Epidemiológica, e com a ampliação do
acesso ao serviço de saúde (principalmente com as equipes de Estratégia de Saúde da
Família), os números de notificações de sífilis gestacional aumentaram consideravelmente.
Uma vez mais investigados, os casos de sífilis quintuplicaram nos últimos 5 anos. Estima-se
que 94% das gestantes das Américas, comparecem a pelo menos uma consulta pré-natal,
porém, o preconizado pelo MS são seis consultas (PAHO, 2016).
No caso da região Centro-Oeste, foi visto em estudo do ano de 2014 que a realização
da assistência pré-natal foi de 98,7%, evidenciando uma ótima cobertura pré-natal, o que
comprova a adesão das gestantes a rede de saúde da mulher (VIELLAS et al., 2014). O pré-
natal é um momento de grande importância para a vida da mulher e do seu concepto, e é neste
momento que dentre os vários exames que se realiza a essa atenção, esta o teste VDRL já na
primeira consulta e posteriormente outro teste no 3° trimestre de gestação (FIGUEIRÓ-
FILHO, 2011).
Neste estudo, foi encontrado que 714 (34,7%) gestantes se encontravam no 1°
trimestre gestacional no momento do diagnóstico e consequentemente da notificação. O
diagnóstico no início da gestação é fundamental para que o tratamento seja realizado de
maneira adequada e que haja uma diminuição nos riscos de transmissão vertical. Dentre as
investigadas, 617 gestantes (30%) estavam no 2° trimestre e 556 (27%) estavam no 3°
trimestre da gestação. Estes dados demonstram que apesar da alta cobertura de pré-natal, isto
não garante qualidade, visto que menos da metade das gestantes recebe o tratamento correto e
muitas ainda iniciam as consultas após o 1° trimestre gestacional. Vale destacar ainda, que em
169 (8,2%) casos, os dados foram ignorados ou não informados, o que pode demonstrar uma
falha nas notificações, pois é dever do profissional notificar os dados de forma correta, para
que sejam um importante aliado na prevenção das doenças.
As consequências e gravidade da sífilis congênita variam de acordo com o tempo de
exposição do feto e a fase clínica da mãe no momento de transmissão. Segundo Saraceni et al.
(2005), quanto mais avançada a infecção, menor o risco de transmissão. Em números, a taxa
38
de infecção materna varia de 70 a 100% nas fases primárias e secundária e somente 30% nas
fases terciária e latente (BRASIL, 2006). Nesta pesquisa, a fase clínica mais encontrada foi a
terciária, em 590 gestantes (28,7%), diferentemente de estudos anteriores. Gestantes
classificadas na fase latente foram 510 (24,8%), resultado parecido com o encontrado no
estudo de Dantas et al. (2017) onde foram 25% (3 do total de 12 casos) com sífilis latente. Os
casos ignorados ou não informados foram 562, equivalente a 27,3%, número extremamente
alto e que pode ser entendido como a falta de conhecimento do profissional acerca dos sinais
e sintomas de cada fase clínica ou classificações feitas de maneira equivocada, não sendo
realizada a devida investigação dos casos. O fato é que quanto mais avançada é a fase clínica,
maior é a dose de tratamento com Penicilina Benzatina e maior a necessidade de formação de
vínculo com a gestante para que ela não abandone o tratamento e consiga também, informar o
parceiro da necessidade de todas as doses prescritas.
Quanto aos testes realizados para detecção e confirmação da sífilis, predominaram os
testes treponêmicos, com 1901 (92,5%) realizações seguidos dos testes não-treponêmicos,
com 1514 testes (73,6%), Isto significa que os testes treponêmicos foram os testes de primeira
escolha justamente por sua característica de teste rápido, com menor custo e eficazes.
Conforme recomendação do MS, os testes rápidos devem ser realizados já na primeira
consulta pré-natal, com leitura imediata para que a detecção da infecção na gestante e no
parceiro sejam tratadas da forma mais rápida possível (BRASIL, 2012). Apesar de ser o teste
de escolha, não deve ser o único teste a ser realizado, principalmente por conta da importância
da titulação encontrada em testes não treponêmicos (AVELLEIRA; BOTTINO, 2006). Neste
estudo, foi visto que muitas gestantes apresentaram altas titulações, indicando assim, fases
iniciais da doença e trazendo riscos maiores de transmissão vertical, pois o número de
espiroquetas circulantes é maior (VERONESI, 2009).
Como já citado, o tratamento da sífilis é feito com Penicilina Benzatina. A dose é
prescrita de acordo com a fase clínica da doença na gestante, e teve uma alteração em sua
dose no ano de 2015. Por este motivo, sua classificação foi realizada de acordo com a
adequação ou não do tratamento prescrito a gestante. Para que a gestante seja considerada
adequadamente tratada, o tratamento deverá ser finalizado até 30 dias antes do parto, ser
realizado concomitantemente com o tratamento do parceiro e com Penicilina G Benzatina
com a dose equivalente a fase clínica apresentada pela gestante no momento do diagnóstico
(CAMPOS et al., 2010). Neste estudo observou-se que menos de 50% (1006 casos) das
gestantes receberam o tratamento de forma correta, evidenciando assim, uma problemática os
39
casos de transmissão vertical. Teixeira et al. (2015) trazem em seu estudo que das 39
investigadas, somente 21% das gestantes realizaram o tratamento adequado, 36% realizaram
tratamento inadequado, em 15% o tratamento não foi realizado e em 28% esta informação foi
ignorada.
Com isto, pode-se evidenciar que existe uma deficiência da assistência pré-natal
quanto ao tratamento, pois os casos estão sendo detectados e notificados, porém, não recebem
o tratamento correto. Isto pode significar uma grande falta de conhecimento dos profissionais
quanto ao esquema de tratamento preconizado pelo MS. Foi visto que muitos casos em fase
primária e secundária foram tratados como terciária. Isto contribui para os gastos
desnecessários de penicilina benzatina e favorece a falta do remédio no serviço de saúde, visto
a sua crise mundial como já foi explicado anteriormente.
Segundo Dantas et al. (2017), quanto ao tratamento do parceiro sexual viu-se que
existe uma grande resistência na sua realização. Resistência essa tanto do parceiro, quanto do
profissional que acompanha o período. Neste estudo, foi possível verificar que 873 (42,5%)
parceiros não realizaram o teste confirmatório para sífilis e 127 (6,2%) sequer foram
informados da importância deste. A construção histórica acerca da saúde do homem pode ser
um fator para esta resistência, pois o papel designado ao homem era o de provedor da família,
sendo que este não adoecia e até hoje, muitos homens acreditam que não precisam de
prevenção em saúde. Além do mais, falar de IST é considerado tabu, podendo ser considerado
como traição da mulher, o que leva muitas ao medo de informar o parceiro que está infectada
e isto dificulta o seu tratamento e favorece sua reinfecção (CAMPOS et at., 2012). A
população masculina também carece de cuidados, porém, muitos profissionais ainda não estão
habilitados a recebê-los nos serviços de saúde, pois exigem abordagem diferenciada e muitos
não sabem conduzir um plano terapêutico individual para esta população específica (LIMA et
al., 2017).
Os achados mostram que do número total de parceiros, 803 (38,9%) receberam
tratamento inadequado, seguidos de 684 (33,1%) onde o tratamento não foi realizado.
Somente 569 (27,5%) dos parceiros que foram informados, receberam o tratamento adequado
de acordo com a fase clínica apresentada pela gestante. Esses dados podem ser corroborados
com um estudo realizado em 2017, onde foi observado que o parceiro não recebeu o
tratamento adequado em 79,9% (95) dos casos. Este dado confirma que além das dificuldades
no tratamento da gestante e mesmo que ela seja tratada adequadamente, o parceiro pode ser o
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grande responsável pelo alto risco de reinfecção da gestante antes do parto (LIMA et al.,
2017; DANTAS et al., 2017).
Dentre os motivos para o não tratamento do parceiro observados nas fichas de
notificação, a ausência de contato entre parceiro e gestante foi o motivo predominante, em
365 casos (17,8%). Além disso, 135 (6,6%) parceiros foram informados, porém não
compareceram ao serviço de saúde. Foram pontuados ainda, 50 casos que se recusaram a
realizar o tratamento (2,4%), 105 (5,1%) receberam diagnóstico tardio (durante ou depois do
parto), 28 (1,4%) eram parceiros institucionalizados (privados de liberdade ou internados em
hospitais), 5 (0,2%) relataram alergia a penicilina e 48 (2,3%) possuíam cicatriz sorológica na
gestante por meio da contagem de titulação da bactéria.
Foi visto que dos 2255 casos de sífilis gestacional notificados no município de Campo
Grande de 2011 a 2017, 907 resultaram em sífilis congênita. Se 2255 representam 100% dos
casos, significa que 40,25 (907) tiveram um desfecho desfavorável e com grandes
consequências ao concepto. Sabe-se que a sífilis congênita é a maior causa de morte neonatal
e má formação congênita, e por este motivo, seu alto índice indica certo fracasso da
assistência, principalmente da atenção básica onde existe a possibilidade de intervir.
(BRASIL, 2012; DOMINGUES; LEAL, 2016).
O enfermeiro possui grandes responsabilidades, pois é o profissional habilitado a
realizar as consultas pré-natal de baixo risco, utilizar os testes rápidos, classificar
corretamente a infecção, prescrever o tratamento correto e os cuidados necessários sobre a
doença para a comunidade (BRASIL, 2012). Ainda segundo o autor, sabe-se que para a
realização do tratamento correto, é necessário que haja vínculo entre paciente-profissional e o
enfermeiro esta habilitado para criar este vínculo e dar continuidade a investigação do caso
por meio de consultas de rotina e visita domiciliar.
Acredita-se que o profissional enfermeiro é capaz de reverter a realidade da sífilis no
cenário atual e que um maior comprometimento para a realização de um pré-natal de
qualidade, composto por todos os itens preconizados pelo MS, é necessário. A partir de
domínio do assunto, será possível transmitir informações e orientar a população sobre a
doença e assim, reduzir os casos. Na atenção básica, a busca ativa das gestantes é essencial
para que nenhum caso seja subnotificado e quando detectado, é imprescindível que haja o
preenchimento correto dos itens da ficha, pois somente conhecendo o seu perfil predominante,
será possível investir em sua prevenção para o público correto. Enfatiza-se que a educação
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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
que seja possível intervir em casos iniciais e assim, alcançar todas as metas de prevenção e
controle que forem impostas.
44
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ANEXOS
APENDICE