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Título: Um estudo sobre o envolvimento do fitocromo na formação de pigmentos antociânicos

nos cotilédones de Brassica olearacea.

Objetivo: Verificar se a síntese de pigmentos antociânicos, por indução da enzima fenilalanina


diaminase, na epiderme de plântulas de couve roxa é uma fotorresposta mediada pelo
fitocromo.

Verificar se o fitocromo controla a atividade da enzima fenilalanina diaminase que é


responsável pela síntese de pigmentos antociânicos na epiderme de plântulas de couve roxa.

Introdução:

O fitocromo é uma proteína fotossensível que funciona como um fotorrecetor, desempenha


um papel crucial nas respostas das plantas à luz. Este pigmento existe nas plantas em duas
formas espectrofotometricamente distintas e interconvertíveis, Pr e Pfr.

As formas Pr e Pfr têm papéis distintos nas respostas das plantas a diferentes condições de luz.
A forma Pfr é a forma ativa do fitocromo com pico de absorção na região do vermelho, esta
está associada a condições de luz favoráveis. Por outro lado, a forma Pr é a forma
metabolicamente inerte com pico de absorção na região do vermelho distante, esta está
associada a condições de sombreamento ou luz insuficiente.

Biorender

Quando a fitocromo absorve luz vermelha, a forma Pr é convertida para a forma Pfr. Por outro
lado, quando absorve luz vermelha distante, ocorre a conversão de Pfr para Pr. Essa capacidade
de interconversão entre as duas formas é fundamental para a capacidade do fitocromo de
perceber mudanças na qualidade da luz ambiente.

A forma Pfr, resultante da absorção de luz vermelha, está associada a condições de luz
favoráveis, enquanto a forma Pr, formada pela absorção de luz vermelha distante, está
associada a condições de sombreamento ou luz insuficiente
Tempo de latência – período de tempo entre a estimulação pela LV e a

resposta observável

Tempo de fuga – período de tempo limitado durante o qual respostas

induzidas pela LV podem ser revertidas pela LVD

O fitocromo, ao ser ativado pela luz vermelha distante, pode iniciar uma cascata de eventos
fisiológicos. No entanto, se a exposição à luz vermelha distante não ocorreu durante um
período de tempo crítico ou se o tempo de fuga necessário para reverter as respostas já foi
atingido, as diferenças nas concentrações de antocianinas podem não ser tão pronunciadas.

Materias e métodos:

Resultados:

Discussão:

Há produção de antocianinas se o fitocromo estiver ativo, ou seja na forma Pfr

Os resultado obtido indicam variações no nível de síntese de antocianina sob diferentes


tratamentos de luz. As diferenças nas concentrações de antocianinas sugerem que as
condições de luz tiveram um impacto na síntese destes pigmentos nos cotilédones das
plântulas de Brassica oleracea.

F>C=E>B>D>A

A exposição à luz vermelha parece ter um efeito estimulante na síntese de antocianinas, como
evidenciado pelo tratamento F, onde a plântula exposta a mais luz vermelha apresentou maior
concentração desses pigmentos.

Sugere que o fitocromo, ao ser ativado pela luz vermelha, promove a síntese de antocianinas.

Os tratamentos C e E não apresentaram diferenças significativas nas concentrações de


antocianinas, sugerindo que, no tratamento E, o tempo de fuga foi ultrapassado, isto é, a
exposição a luz vermelha distante não reverteu as respostas à luz vermelha.

Sugere que o tempo de exposição à luz pode ser crítico para a resposta do fitocromo na
indução da síntese de antocianinas.

O tratamento D, exposto a luz vermelha seguida de luz vermelha distante, resultou em menor
concentração de antocianinas quase igual a do tratamento A, sugerindo que a resposta
induzida pela luz vermelha pode ser revertida pela luz vermelha distante.
Destaca a capacidade do fitocromo de reverter ou atenuar as respostas induzidas pela luz
vermelha.

O tratamento B, exposto à luz branca, também mostrou uma concentração menor de


antocianinas. A luz branca contém uma ampla gama de comprimentos de onda, incluindo luz
vermelha. O fitocromo foi ativado pela presença dessa na luz branca. Isto resultou em
concentrações mais baixas de antocianinas, uma vez que a luz não era predominantemente
vermelha.

O tratamento A, onde a plântula foi mantida em condições de obscuridão, exibiu uma


concentração de antocianinas significativamente baixa.

Mostram que há uma dependência de luz vermelha para a síntese de antocianinas e sugere
que o fitocromo não foi ativado.

Conclusão

Com base nos resultados obtidos, é evidente que o fitocromo desempenha um papel
significativo na produção de antocianinas em plântulas de Brassica oleracea.

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