UNIFTC

Administração

PROFESSORA: ELISÂNGELA JULIÃO CARDOSO

RESENHA
Yan Santiago Rodrigues Pereira

Kronemberger, Denise Maria Penna. Os desafios da construção dos indicadores ODS

globais. Assessora do gabinete da presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).

O objetivo da autora, Denise Maria Penna Kronemberger, ao escrever o texto "Os desafios
da construção dos indicadores ODS globais," é fornecer uma visão geral dos desafios
enfrentados na produção e acompanhamento dos indicadores relacionados aos Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030. Ela busca explicar a
complexidade desse processo, destacando as dimensões ambiental, social, econômica e
institucional do desenvolvimento sustentável, além de discutir as dificuldades técnicas,
institucionais e metodológicas enfrentadas na construção desses indicadores. O objetivo é
situar o leitor na complexidade da tarefa de medir o progresso em direção aos ODS globais
e destacar a importância
desse acompanhamento para o alcance dos objetivos estabelecidos.

Em um mundo que tentar ser cada vez mais consciente das questões ambientais e sociais,
as comunidades sustentáveis emergem como modelos de convivência que priorizam a
harmonia entre o ser humano e o meio ambiente. Estas comunidades se baseiam em
princípios que visam a preservação dos recursos naturais, o bem-estar de seus habitantes e
a promoção de práticas econômicas responsáveis.Em resumo, as comunidades
sustentáveis representam uma resposta concreta aos desafios globais de hoje. Elas
oferecem um modelo alternativo de vida que equilibra as necessidades humanas com a
preservação do planeta. À medida que a consciência ambiental cresce, essas comunidades
servem como faróis de esperança, mostrando que um futuro sustentável é possível por
meio da cooperação, da inovação e do respeito pelo meio ambiente.

O texto "Os desafios da construção dos indicadores ODS globais," escrito por Denise Maria
Penna Kronemberger, está estruturado em cinco seções, abordando diferentes aspectos
relacionados à construção e desafios dos indicadores dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) da Agenda 2030.
Contendo 5 tópicos e 3 subtópicos, envolvendo a introdução,processo de discussão e
proposição dos indicadores globais da agenda 2030,mecanismos institucionais para a
produção dos indicadores ods globais, com subtópicos como nível global, nacional e
regional,produção dos indicadores ods e seus desafios: um foco na dimensão
ambiental,considerações finais.
O texto resenhado, intitulado "Os desafios da construção dos indicadores ODS globais",
aborda os obstáculos enfrentados na criação e acompanhamento dos Indicadores dos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) globais, conforme estabelecidos na
Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). A autora, Denise Maria Penna
Kronemberger, destaca várias ideias centrais ao longo do texto:

Contexto da Agenda 2030: O texto começa contextualizando a Agenda 2030 como uma
iniciativa adotada por 193 Estados membros da ONU em 2015, que estabelece 17 Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável (ODS) com 169 metas e 232 indicadores, abrangendo as
dimensões ambiental, social, econômica e institucional do desenvolvimento sustentável.
Necessidade de Dados de Qualidade: A autora enfatiza a importância de produzir dados de
alta qualidade, confiáveis, atualizados, acessíveis e desagregados para monitorar o
progresso em relação aos ODS. Isso requer coordenação e colaboração interinstitucional.
Estrutura de Supervisão Global: O texto menciona o papel do Fórum Político de Alto Nível
sobre o Desenvolvimento Sustentável (HLPF) como a instância global responsável por
supervisionar o acompanhamento da Agenda 2030.

Papel das Agências de Custódia: São destacadas as agências internacionais encarregadas

de desenvolver metodologias padronizadas para o cálculo dos indicadores globais e
calcular esses indicadores. Existem cerca de 50 dessas agências, cada uma responsável
por indicadores específicos.

Classificação em Tiers: Os indicadores globais são classificados em Tiers (níveis) de acordo

com a disponibilidade de metodologia e dados. O Tier I refere-se a indicadores bem
estabelecidos, enquanto o Tier III inclui indicadores para os quais as metodologias ainda
estão sendo desenvolvidas.

Cooperação em Diferentes Níveis: A autora destaca a necessidade de cooperação em

níveis global, regional e nacional para produzir e monitorar os indicadores ODS. Isso
envolve comissões regionais da ONU, institutos nacionais de estatística (INEs) e várias
instituições governamentais e não governamentais.

Desafios na Dimensão Ambiental: O texto aponta os desafios específicos relacionados à

produção de indicadores ambientais, incluindo a fragilidade institucional, a pulverização de
informações em várias instituições e a falta de dados em algumas áreas, como perdas
econômicas de desastres naturais.

Falta de Indicadores Abrangentes: O autor observa que alguns ODS, como o de Vida
Terrestre (ODS 15), têm metas complexas, mas apenas um indicador, o que pode ser
insuficiente para medir adequadamente o progresso.

Necessidade de Desagregação de Dados: O princípio de "não deixar ninguém para trás"

requer a desagregação de dados por vários critérios, como sexo, idade, raça, renda,
localização, entre outros, para garantir a inclusão de todos.

Importância da Utilização dos Indicadores: A autora ressalta que os indicadores ODS

precisam ser utilizados por tomadores de decisão, tanto públicos quanto privados, para
orientar políticas e ações em direção aos objetivos da Agenda 2030.
O texto enfoca a complexidade e os desafios associados à criação e ao acompanhamento
dos indicadores ODS globais, destacando a importância da colaboração, do
desenvolvimento de metodologias robustas e da disponibilidade de dados de alta qualidade
para medir o progresso em direção ao desenvolvimento sustentável.
Ao analisar o contexto geral do texto, é evidente que o autor se dedica a uma exploração
aprofundada e reflexiva dos desafios intrincados envolvidos na criação de indicadores para
medir o progresso em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da
ONU. O autor faz um trabalho impressionante ao abordar uma série de questões cruciais
que permeiam esse processo complexo.
Uma das maiores realizações do texto é sua capacidade de reconhecer a complexidade
inerente à construção de indicadores globais. O autor compreende e destaca a vastidão das
metas e dimensões associadas aos ODS, reforçando que uma abordagem simplista é
inadequada. Isso demonstra um entendimento profundo do tópico em questão e uma
apreciação pela multidimensionalidade do desenvolvimento sustentável.
O texto também lança luz sobre a dificuldade de padronização dos indicadores, uma
questão que muitas vezes é negligenciada. A discussão sobre como encontrar um equilíbrio
entre a uniformidade necessária para comparações internacionais e a flexibilidade
necessária para acomodar as diferentes realidades e contextos nacionais é perspicaz e
fundamental.
Outro ponto forte é a atenção dada às limitações de dados e à disponibilidade de
informações. A menção das dificuldades enfrentadas pelos países em desenvolvimento na
coleta de dados confiáveis é uma consideração crítica e destaca a importância de abordar
essas desigualdades na medição do progresso dos ODS.
No entanto, uma área em que o texto poderia ser aprimorado é na discussão sobre como
superar esses desafios. Embora o autor identifique problemas importantes, a inclusão de
estratégias e soluções práticas para melhorar a construção e o uso de indicadores globais
teria sido valiosa. Isso ajudaria os leitores, como eu, a entender como enfrentar esses
desafios na prática.
No geral, o texto oferece uma análise crítica perspicaz do contexto geral dos indicadores
ODS globais. Ele destaca desafios fundamentais e fornece uma base sólida para a reflexão
adicional sobre como avançar na implementação da Agenda 2030. Contudo, uma discussão
mais aprofundada das estratégias para abordar esses desafios teria enriquecido ainda mais
o texto.

Yan Santiago Rodrigues Pereira é aluno do curso de Administração da UNIFTC