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REDAÇÃO
ESQUELETO
ESQUELETO DE REDAÇÃO
TEMA> A presença exagerada da vaidade na vida em sociedade
1) Identificação do tema e do recorte temático.
Tema/Assunto (é o assunto geral)
Recorte temático (é a delimitação do assunto geral)
2) Definição da tese
É o posicionamento acerca do recorte temático
3) Finalidade do texto
É o objetivo do texto ou a antecipação dos argumentos.
superioridade de uma pessoa em relação à outra, o que gera diversos preconceitos, como
o racial, e provoca a difusão de ofensas e agressões verbais em redes sociais, por exemplo.
» Apresentação do argumento 2 + explicação/esclarecimento/defesa do ponto de vista
A partir do que foi discutido, entende-se, portanto, que a vaidade não permite que se admitam
os erros, os fracassos, os equívocos. Além disso, fica claro que uma pessoa supervaidosa tem
uma autovalorização que a faz ficar alheia aos problemas dos outros, situação que prejudica,
entre outros fatores, a convivência e a vida em sociedade.
Reafirmação do posicionamento e do assunto + Reflexão para encerrar o texto
Obs.: para esse tema, não fica adequado fazer uma solução, porque a vaidade é um sentimento
que tem muito a ver com a experiência de vida e com os valores de uma pessoa.
PROPOSTA DE REDAÇÃO
Considere o seguinte texto de Eliane Brum, publicado no jornal El País (abril de 2020):
O crescimento do número de suicídios de adolescentes é um fenômeno do Brasil dos últimos
anos. Entre 2011 e 2018, houve um crescimento de 10% nas taxas de suicídio entre jovens de
15 a 29 anos no país. O maior aumento ocorreu entre 2016 e 2017, segundo o Perfil Epidemio-
lógico divulgado em setembro de 2019 pelo Ministério da Saúde. Em todo o mundo, a morte
por lesão autoinfligida ou autoprovocada intencionalmente, como o suicídio é chamado nas
estatísticas, já se tornou a segunda causa de óbitos de jovens, perdendo apenas para acidentes
de trânsito, como mostram os dados da Organização Mundial da Saúde.
As razões desse aumento estão sendo estudadas por profissionais da saúde mental. Ao inves-
tigar suicídios entre adolescentes que vivem nas grandes cidades brasileiras, pesquisadores
da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) constataram que, entre 2006 e 2015, a taxa
de suicídio entre jovens de 15 a 19 anos aumentou 24% nas seis maiores cidades brasileiras:
Porto Alegre, Recife, Salvador, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro. Nos municípios do
interior do país cresceu 13%. O aumento contrasta com a evolução dos índices de suicídios
no resto do mundo, que caíram 17% no mesmo período. Os pesquisadores concluíram que
indicadores socioeconômicos, especialmente o desemprego e a desigualdade social, podem
estar associados a esse aumento.
[...]
No passado, a imprensa não publicava casos de suicídio para evitar que pudessem influenciar
outras pessoas a realizar o mesmo gesto. Desde a massificação da internet, essa medida de
prevenção se tornou obsoleta: as pessoas deixam cartas de despedida nas redes sociais, há
manuais de suicídio circulando, assim como fotografias e vídeos de crianças e adolescentes
fazendo automutilação ou se suicidando, e até grupos transnacionais que auxiliam nas mortes
nos subterrâneos da internet, chamados de “deep” ou “dark” web. Em 2017, o jogo Baleia
Azul foi relacionado ao aumento de suicídios de adolescentes em todo o planeta. Séries de
TV como a 13 Reasons Why (Netflix) ajudaram a romper o silêncio sobre algo que acontece e
que está aumentando.
A realidade é que automutilação e suicídio são temas amplamente frequentados pelos ado-
lescentes na internet —e raramente pelos melhores caminhos. Se a sociedade não debater o
tema em todos os espaços, com conhecimento, responsabilidade e desejo de compreender, só
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VERSÃO FINAL
Um dos desafios da sociedade contemporânea está relacionado ao aumento de casos de sui-
cídio entre jovens, especialmente no Brasil. Acerca dessa situação, percebe-se que há muitos
profissionais de saúde mental que buscam entender as motivações dessa atitude para buscar
formas de amenizar essa realidade. Sobre isso, é coerente afirmar que diminuir essas taxas
ainda é um desafio porque as causas são inúmeras.
Inicialmente, vale destacar que a não aceitação de si mesmo é uma das grandes motivações
para o suicídio. Nesse sentido, pode-se mencionar as comparações irreais (quando jovens
se comparam a estereótipos propagados pelas redes sociais e ficam depressivos por não se
enquadrarem nisso) e as questões de gênero (muitos têm dificuldade em lidar com a própria
sexualidade e sofrem preconceitos por conta disso).
Além disso, há também a presença de fatores externos que influenciam um comportamento
suicida. Acerca disso, é relevante abordar o uso de drogas (existe uma tendência a compor-
tamentos autodestrutivos e a atitudes violentas contra si mesmo) e os abusos (maus tratos e
abuso físico e sexual também podem estar associados ao suicídio).
A partir das afirmações apresentadas, compreende-se, portanto, que certamente é - e vai
continuar sendo - um grande desafio diminuir as taxas de suicídio entre jovens, visto que as
causas são de difícil controle e eliminação. Desse modo, a primeira atitude é tentar divulgar,
por meio de campanhas publicitárias, que o suicídio não é a solução para os problemas, como
já acontece com o movimento “Setembro Amarelo”.