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Vela: simbolismo de nossa centelha divina, de nosso cristo interior.

O Sol seria Deus e a chama


a centelha divina, Deus em cada um de nós.

NÃO ESTAMOS PARADOS

Nenhum homem pode banhar-se duas vezes no mesmo rio… pois na segunda vez o rio já não é
o mesmo, nem tão pouco o homem!… Heráclito de Éfeso.

O fluxo da vida acontece a todo o momento. Nós estamos em constante transformação.

O tempo todo nos chega informações (que achamos que é pensamento nosso).

Pergunta 459 do Livro dos Espíritos:


Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos?

“Mais do que imaginais, pois com bastante frequência são eles que vos dirigem.”

Criando nossa realidade, a todo momento, a partir de nossas escolhas. A quem alimentamos?
Mas não sopram, como aparece na imagem do anjinho e do demoninho. Os irmãos das trevas
criam imagem na nossa tela projetiva, como um filminho, uma historinha.

Ao final do filme (que pode durar 2 segundos) reagimos concordando ou discordando (não tem
como ficar em cima do muro, você concorda ou discorda sem perceber, você se identifica ou
não – intelegere significa escolher dentre). Na maioria das vezes, acreditamos primeiramente,
mas a sensação fruto dessa escolha irá dizer se fizemos mal ou bem em acreditar.

Quando eu me sinto ansiosa, preocupada, nervosa, com medo, desconfiada, ameaçada, com
ira, culpada, desanimada, eufórica, perdida, alienada, fria, vítima, carente, infeliz são sinais de
crença em padrões que não vem de nossa consciência.

Que pensamentos são esses?


As Trevas agem para você ficar contra você (acusação, punição) ou contra seu próximo (incita a
sua violência contra o próximo, te convence que você é vítima, que precisa sanar uma
injustiça).

Quantas vezes aconselhamos nosso próximo ou temos vontade de “educá-lo” ou “lhe dar uma
lição”, mas se observarmos o que está por trás são essas historinhas sugeridas pelas trevas, que
acreditamos.

Primeiro eles jogam o pensamento como isca e, se vc mordeu, eles esperam o próximo passo:
sua atitude. Ex: vai na casa da vizinha tirar satisfação com ela, ou se culpa, se deprime e busca
sair do mal-estar através do vício. Ex: vai comer um pedaço de torta, vai tomar uma bebida, vai
tomar um remédio, vai comprar alguma coisa.

Quanto mais criamos conexão com nossa alma (autoconhecimento), menos propícios estamos
a aceitar sugestões que nos trarão sofrimento. Pelas experiências que passei, eu sei quantas
vezes agi mal quando fui influenciada a ser violenta comigo ou com o próximo. Ex: Eduardo
está fumando maconha no Caboclo Urubatão, eu que estava sendo criticada por fazer
macumba fora do terreiro.

As comunicações mais puras elas retiram véus de ilusão, limpam canais para que a água volte a
fluir.

919 LDE: Qual o meio mais eficaz para nos melhorarmos nesta vida e resistirmos às solicitações
do mal?
Um sábio da antiguidade vos disse: Conhece-te a ti mesmo.

Além disso, temos sempre nossa consciência para nos tirarmos das dificuldades:

621 LDE: Onde está escrita a lei de Deus?


“Na consciência” – a questão é que precisamos ir ganhando consciência da nossa consciência,
ou seja, a descobrindo. É como termos dinheiro no bolso, sem sabermos que temos.

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E em relação aos super cruéis? Aos psicopatas?

“A psicopatia é definida pela psicologia como um distúrbio de personalidade em que as


principais características são: a falta de empatia, incapacidade de lealdade com outros
indivíduos, falta de valores sociais e de grupo, ausência de sentimentos genuínos como
remorso, gratidão, frieza e total insensibilidade com sentimentos alheios.”

754. A crueldade não derivará da carência de senso moral?

“Dizei que o senso moral não se acha desenvolvido, mas não digais que está ausente, pois que
existe em princípio em todos os homens.”

Todo o ser humano tem consciência, tem alma e vai evoluir.

“Jung explicou à Nise que as mandalas de seus pacientes era uma resposta do inconsciente ao
caos que a psicose produzia na consciência, uma tentativa de volta à unidade para voltar a unir
um ego dividido. Falou também que os motivos mitológicos (arquétipos) repetidamente
pintados por eles, era o exato remédio, a cura vinda da alma.”

https://www.itaucultural.org.br/ocupacao/nise-da-silveira/jung/

Ver história da Adelina em: Fernandes. Nise da Silveira e a saúde mental no Brasil

Na pasta: D:\Flavinha.Atual\Atual\Livros\Arquivos_PDF\Nise-da-silveira\
artigos.entrevistas.textos

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01-programas ou crenças

02-

A realidade que vivenciamos (seja como encarnados ou desencarnados) é o cenário que


expressa o fruto de nossas escolhas. Quando negativas, mostra os programas 1 que instalamos.
Colhemos o que plantamos em menor ou maior grau.

Aquilo que não queremos reconhecer que trazemos por dentro, a vida mostra do lado de fora.
Estampa na vitrine.

Quando me sinto ferido pelo outro, incomodado é prq trago isso no meu mental para ser visto.

Por que eu atraio pessoas com esse perfil?

Existe coincidência?

Você é injustiçado?

Quando o outro é errado, ele é que tem que mudar e não eu.

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Essa crença de que o universo é cosmos e não caos, nos faz ver o processo obsessivo por um
novo ângulo:

Obs: num ataque espiritual, os espíritos atacam onde criamos brechas (onde nos vitimizamos).
“A porta só abre por dentro”. Não necessariamente estamos fazendo hoje, mas deixamos a
porta aberta e não sabemos disso. É como se fosse uma floresta desmatada... Relações
abandonadas, sonhos descridos, sentimentos brigados, amizades largadas... todo o tipo de
condenação ao outro. Todas as vezes que nos sentimos vítimas e proferimos sentenças como
“Não sou nunca mais sua amiga”, “Não quero nunca mais me abrir com ele...”

Toda essa troca com as trevas tem como finalidade conscientizarmos nossos traumas e sairmos
da posição de vítimas. Eles, no fundo, nos auxiliam. Nesse jogo de força não existe mal e bem,
é um dinamismo dramático sempre para o progresso.

Quando acredito que a praga é o grande inimigo que mata a pobre plantinha, eu acredito que a
solução é o inseticida (elejo um anticristo).

Tudo está conectado e somos todos interdependentes!

“Em verdade, já observara, por mim, grande quantidade de casos violentos de obsessão, mas
sempre dirigidos por paixões fulminatórias. Entretanto, ali verificava o cerco tecnicamente
organizado.” – André Luiz, Livro Libertação, 1949, por Chico Xavier.

Ataque:

Vítima

Algoz

Zoantropia

1
Programa mental: uma forma de pensar baseada na condicional “se”. Ex: a competição apresenta um
padrão de pensamentos: Se eu não tiver por cima, eu estou por baixo. Se você tem e eu não, eu me sinto
frustrada com isso.
Mago/Bruxa

Morcego liderando, como administrador

Viciados

Programador

Técnico

Magia

Implantes e chips astrais

Ilusionistas (editores de vídeo, com cheiro, emoções...)

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Ex: André Luiz

“Em verdade, não fora um criminoso, no meu próprio conceito. A filosofia do imediatismo,
porém, absorvera-me. A existência terrestre não fora assinalada de lances diferentes do
comum.”

Encarnado, ele não enxergava nenhum problema em deixar a mulher em casa e ir pro
prostíbulo, por exemplo. Ele teve que conhecer o que estava por trás daquele programa
aparentemente normal: o tanto de orgulho, vaidade, de quem não perdoa, não se submete,
toda a empáfia, o egoísmo, o interesse...

André Luiz vivenciou 8 anos no Umbral, conhecendo os programas que eram para ele
naturais...
Será que colhemos as consequências de nossas escolhas apenas quando desencarnamos? Não,
quando estamos acordados (através da angústia, da doença, das decepções, das traições...) e
principalmente quando dormimos (quando há o desprendimento parcial do corpo físico)

“Quando o corpo terrestre descansa, nem sempre as almas repousam. Na maioria das
ocasiões, seguem o impulso que lhes é próprio. Quem se dedica ao bem, de um modo geral
continua trabalhando na sementeira e na seara do amor, e quem se emaranha no mal costuma
prolongar no sono físico os pesadelos em que se enreda...” – Nos domínios da Mediunidade,
Capítulo 24, de André Luiz, psicografia de Chico Xavier.

“A determinadas horas da noite, três quartas partes da população de cada um dos hemisférios
da Crosta Terrestre se acham nas zonas de contacto conosco e a maior percentagem desses
semi-libertos do corpo, pela influência natural do sono, permanecem detidos nos círculos de
baixa vibração qual este em que nos movimentamos provisoriamente. Por aqui, muitas vezes
se forjam dolorosos dramas que se desenrolam nos campos da carne. Grandes crimes têm
nestes sítios as respectivas nascentes e, não fosse o trabalho ativo e constante dos Espíritos
protetores que se desvelam pelos homens no labor sacrificial da caridade oculta e da educação
perseverante, sob a égide do Cristo, acontecimentos mais trágicos estarreceriam as criaturas.” -
– Libertação, Capítulo 06, de André Luiz, psicografia de Chico Xavier.

“O sono do magistrado não poderia ser tão calmo quanto desejaria, em virtude do grande
número de entidades sofredoras que lhe batiam às portas internas. Algumas rogavam socorro
em altos brados. A maioria reclamava justiça.” – Libertação, Capítulo 13, de André Luiz,
psicografia de Chico Xavier.

“Quando esse ou aquele irmão revela disposições mais avançadas para servir a bem de todos,
em favor do império da luz, costuma ser imediatamente visitado, nas horas de sono físico, por
entidades renitentes na prática do mal, interessadas na extensão do domínio das sombras, que
lhe desintegram convicções e propósitos nascentes com insinuações menos dignas, quando o
espírito do trabalhador não está convenientemente apoiado no desejo robusto de progredir,
redimir-se e marchar para a frente.” – Libertação, Capítulo 15, de André Luiz, psicografia de
Chico Xavier.

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Mas parece que esse cara rico não passa problema, vive bem...

Não existe isso. Ele colhe o tempo todo. Mas não parece. Quem finge, sofre duas vezes, pelo
sofrimento que sente e pela máscara que veste.

“O que julgais ser felicidade muitas vezes oculta pungentes aflições.” – 931 LDE

MAL SECRETO

Se a cólera que espuma, a dor que mora

N'alma, e destrói cada ilusão que nasce,

Tudo o que punge, tudo o que devora

O coração, no rosto se estampasse;


Se se pudesse, o espírito que chora,

Ver através da máscara da face,

Quanta gente, talvez, que inveja agora

Nos causa, então piedade nos causasse!

Quanta gente que ri, talvez, consigo

Guarda um atroz, recôndito inimigo,

Como invisível chaga cancerosa!

CORREIA, Raimundo. Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Editora José Aguilar, 1961,
p.135-136.

Distrativos para que você não se encontre: se cada vez que vem a angústia, eu tomo um
anestésico, eu estou negligenciando o sinal, vai dar um merdão. Estou apenas adiando.

Síndrome do pânico é sinal, não é doença, é alerta como a febre. Doença é câncer.

Quando começamos a ter contato com nossa consciência, a estabelecer esse diálogo interno,
deixamos de Ser produto do meio para sermos produtores da nossa própria realidade.

Sinais de inquietude com o estabelecido: inadaptação, desajuste ao meio. Pedro.

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“E, quando as energias me faltaram de todo, quando me senti absolutamente colado ao lodo
da Terra, sem forças para reerguer-me, pedi ao Supremo Autor da Natureza me estendesse
mãos paternais, em tão amargurosa emergência.”

Autossuficiência, orgulho...

O que mudou de 1920 para 2024?

Organização, tecnologia baseada em trabalho escravo: o desencarnado tem que trabalhar para
manter seus vícios e necessidades fisiológicas.

Ele já abastece a treva como encarnado (implantado) e continua a servir as trevas (agora
implantando) como desencarnado.

Por isso a figura do corpo expressa, é o termômetro do desencarnado.

Lísias para André, Capítulo 05 do livro “Nosso Lar”, de André Luiz, psicografia de Chico Xavier.
“ – Na turma de oitenta enfermos a que devo assistência diária, cinqüenta e sete se encontram
nas suas condições. E talvez ignore que existem, por aqui, os mutilados. Já pensou nisso? Sabe
que o homem imprevidente, que gastou os olhos no mal, aqui comparece de órbitas vazias?
Que o malfeitor, interessado em utilizar o dom da locomoção fácil nos atos criminosos,
experimenta a desolação da paralisia, quando não é recolhido absolutamente sem pernas?
Que os pobres obsidiados nas aberrações sexuais costumam chegar em extrema loucura?”

O corpo começa a desaparecer. Eu perco a conexão com aquela função essencial. O braço serve
para abraçar. Ex: jogar videogame perde o braço, fumar perde o dedo... Isso serve para
Encarnado e para desencarnado. Aí, o desencarnado vai comprando peças de substituição, mas
não é a mesma coisa... Tem aqueles que já perderam o corpo todo.

E o grande medo é ir pra nibiru (2).

1019 do Livro dos Espíritos:

“Essa transformação se verificará por meio da encarnação de Espíritos melhores, que


constituirão na Terra uma geração nova. Então, os Espíritos dos maus, que a morte vai ceifando
dia a dia, e todos os que tentem deter a marcha das coisas, serão daí excluídos, pois que viriam
a estar deslocados entre os homens de bem, cuja felicidade perturbariam. Irão para mundos
novos, menos adiantados, desempenhar missões penosas, trabalhando pelo seu próprio
adiantamento, ao mesmo tempo que trabalharão pelo de seus irmãos ainda mais atrasados.
Neste banimento de Espíritos da Terra transformada não percebeis a sublime alegoria do
Paraíso perdido, e na vinda do homem para a Terra em semelhantes condições, trazendo em si
o gérmen de suas paixões e os vestígios da sua inferioridade primitiva, não descobris a não
menos sublime alegoria do pecado original? Considerado deste ponto de vista, o pecado
original se prende à natureza ainda imperfeita do homem que, assim, só é responsável por si
mesmo, pelas suas próprias faltas e não pelas de seus pais.”

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A presença divina em nós.

Trazemos a consciência espiritual o espíritos em nosso interior.

Fomos criados à imagem e semelhança de Deus, nosso espírito é divino.

“Sendo Jesus interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, respondeu-lhes: O
reino de Deus não vem com aparência exterior; nem dirão: Ei-lo aqui! ou: Ei-lo ali! Pois o reino
de Deus está dentro de vós”. (Lucas; 17: 20-21)

Deus está dentro de nós!

“Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? – Paulo
(Coríntios, 3:16)

AA –

1º passo) Admitir-me impotente diante da bebida.

2º passo) Crer que só um Poder superior a nós é capaz de devolver a sanidade

3º passo) Entregar a vida aos cuidados desse Poder superior “Seja feita a vossa vontade” (Pai
Nosso) “Já não sou mais eu que vivo, é cristo que vive em mim”. Paulo aos Gálatas 2, 20.

Retirada do poder da persona (máscara) e entrega ao Self. “É morrendo que se vive para a vida
eterna” (Oração de São Francisco)

Deus é o sol e nós a chama da vela. A Essência divina habita em nós.

“Permanecei em mim, e Eu permanecerei em vós.” – Jesus, João 15:4.

A consciência está dentro de nós, nos aclaramos, mas precisamos descobrir caminhos de
acesso a ela, com cada vez mais frequência para voltarmos pra casa. Quanto mais formos pra
ela, ao invés de reagirmos, mais fácil fica o caminho, pois que já o fizemos.
621 do Livro dos Espíritos. Onde está escrita a lei de Deus?

“Na consciência.”

Os sofrimentos são provas, não são pra nos derrubar!

https://youtu.be/5PNytXRyIBU?si=TQn8HBXEjISuLQ6f&t=2405

(de 40:05 a 45:14)

Os judeus acreditavam num Deus pai que os castigaria se eles pecassem ou os recompensariam
com boas colheitas se fossem bons e seguissem seus ensinamentos.

Jesus, subiu o monte e começou a dizer que bem aventurados os pobres, os que choram, os
que tem fome e ainda disse que se alguém te tirar sua blusa, dá sua capa... Se alguém te obriga
a caminhares 10 distâncias, caminha 100...

Sofrer com resignação é confiar que isso é só para gente se enxergar e mudar. Não é punição e
no final vai dar certo. Se ainda não deu é que ainda não chegou no final.

Os cristãos começaram a descobrir isso pelo grau de sofrimento que viviam.

Exemplo de resignação quando eram presos, torturados, quando viam seus parentes e amigos
mortos...

Mas por que tanto sofrimento?

É morrendo que se vive pra vida eterna. (Oração de São Francisco)

Abandona a tua vida se queres viver (Helena Blavatsky)

“Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo". João 3:1-22

Morte e ressurreição

Antes e pessoa está dormindo pra consciência (entorpecida, como a branca de neve, a bela
adormecida ou o lázaro) ou a carta da alquimia (ver que eu tenho)

Que morte é essa?

O mergulha no horizonte enfrenta as trevas (Obra em Negro) e ressurge na Aurora (Obra em


Branco); ascendo aos céus no sol do meio-dia (Obra em Vermelho).

Mito das cavernas

O mergulha no horizonte enfrenta as trevas (caverna) e ressurge na Aurora ( luz do sol -


consciência); ascendo aos céus no sol do meio-dia (volta para ajudar os irmãos).

Nessa ajuda, Mito de dionísio, osíres que foram fatiados e espalhados pelo mundo (loba).

Jesus é crucificado, Ressuscita e ressurge dentro da consciência de cada um.

Terra Regenerada depois do Apocalipse (obra em negro) – última pergunta do livro dos
espíritos

Pão nosso — Emmanuel, 41

No futuro
“E não mais ensinará cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: — Conhece o
Senhor! Porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior.” — Paulo. (HEBREUS,
8.11)

Quando o homem gravar na própria alma os parágrafos luminosos da Divina Lei,

O companheiro não repreenderá o companheiro, o irmão não denunciará outro irmão.

O cárcere cerrará suas portas, os tribunais quedarão em silêncio.

Canhões serão convertidos em arados, homens de armas volverão à sementeira do solo.

O ódio será expulso do mundo, as baionetas repousarão.

As máquinas não vomitarão chamas para o incêndio e para a morte, mas cuidarão
pacificamente do progresso planetário.

A justiça será ultrapassada pelo amor.

Os filhos da fé não somente serão justos, mas bons, profundamente bons.

A prece constituir-se-á de alegria e louvor e as casas de oração estarão consagradas ao trabalho


sublime da fraternidade suprema.

A pregação da Lei viverá nos atos e pensamentos de todos, porque o Cordeiro de Deus terá
transformado o coração de cada homem em tabernáculo de luz eterna, em que o seu Reino
Divino resplandecerá para sempre.

Emmanuel

O Expurgo Planetário

1. A rebelião de lúcifer e os exilados de capela

2. Atlântida da Luz à trevas

3. O expurgo planetário

01. A rebelião de lúcifer e os exilados de capela

Esse processo de diferença e expurgo pra outro planeta acontece no universo em vários
planetas e por diversas vezes.

Célula procarionte se juntou com a mitocôndria e deu a célula eucarionte (com um núcleo e
precisando de oxigênio pra respirar).

Os continentes eram todos juntos (pangeia).

Depois da era jurássica, depois do surgimento dos mamíferos, dos macacos, surgiu os homens
que eram espíritos desse planeta (genuínos). Para não serem esmagados pelos vindouros,
esses foram pra outro planeta e vieram outros de capela pra cá.

Colonização de vários planetas:

Vênus, Terra, Marte, ERG (não existe mais, foi destruído guerra, veio um de fora (Morgs) e
começou a guerrear com a população de dentro). Uma parte da população foi pra Vênus, não
deu certo, pra Marte, não deu certo, então, vieram pra Terra (os habitantes de Ergs e os
Morgs). Hoje em dia, no lugar do ERGS tem um cinturão de asteroides.

A ordem do Dragão Negro surgiu na região central de Órion, na estrela Rigel, lugar de origem
das raças repitilianas. Objetivo: sobreviver nas piores condições.

O co-criador de nosso universo local é Jesus. A via láctea está localizada no quadrante da 21
galáxias, onde os seres tem o direito de ser co-criadores com Deus.

Tem draconianos entre nós e humanos lá.

O planeta Terra está no braço de Órion ou constelação de Órion (extremamente racional). Os


capelinos vieram pra terra.
Quem ficar aqui (1/3) vai se misturar com Órion. Vai misturar população de Órion com da Terra.
De lá vem pra cá (os mais evoluídos) e de cá (os mais evoluídos) vai pra lá.

Naves ao redor da Terra impedem que os caminhos de minhoca Órion com da Terra (já
existentes) sejam abertos.

A tecnologia dos draconianos consegue passar pelo espaço e tempo. Draconianos de dentro da
Terra buscam furar o bloqueio de dentro pra fora buscando reativar esfinges e pirâmides.

A via láctea vai absorver as galáxias menores ao redor dela.

Os arcanjos foram designados para ser responsabilizarem pelas galáxias. Lúcifer era o
responsável pelo Braço de Órion.

Draco: 50% do padrão genético reptiliano e 50% do padrão genético humano.

Lúcifer chamou Satã (um ser da galáxia de Anágora) pra ajuda-lo na co-criação. Arcanjo Gabriel
foi contra.

Em Rigel surge o grande império draconiano. Qdo Lúcifer percebe o que está acontecendo, se
deu conta de que

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Pergunta: Os espíritos existem?

Resposta: Você existe? Ou você acha que acaba com a matéria?

Item 07 do Livro “O que é o Espiritismo”.

Os Espíritos não são, como supõem muitas pessoas, uma classe à parte na criação, porém as
almas, despidas do seu invólucro corporal, daqueles que viveram na Terra ou em outros
mundos. Aquele que admite a sobrevivência da alma ao corpo admite, pelo mesmo motivo, a
existência dos Espíritos; negar os Espíritos seria negar a alma.

A constante necessidade de um lugar pra recomeçar acontece o tempo todo no universo,


aconteceu com os habitantes de Ergs, de Capela... aconteceu depois das Cruzadas, necessidade
de um espaço novo pro recomeço... daí o surgimento do Brasil coração do mundo pátria do
Evangelho.

— Para esta terra maravilhosa e bendita será transplantada a árvore do meu Evangelho de
piedade e de amor. No seu solo dadivoso e fertilíssimo, todos os povos da Terra aprenderão a
lei da fraternidade universal. Sob estes céus serão entoados os hosanas mais ternos à
misericórdia do Pai Celestial. Tu, Helil, te corporificarás na Terra, no seio do povo mais pobre e
mais trabalhador do Ocidente; instituirás um roteiro de coragem, para que sejam transpostas
as imensidades desses oceanos perigosos e solitários, que separam o velho do novo mundo.
Instalaremos aqui uma tenda de trabalho para a nação mais humilde da Europa, glorificando os
seus esforços na oficina de Deus. Aproveitaremos o elemento simples de bondade, o coração
fraternal dos habitantes destas terras novas, e, mais tarde, ordenarei a reencarnação de muitos
Espíritos já purificados no sentimento da humildade e da mansidão, entre as raças oprimidas e
sofredoras das regiões africanas, para formarmos o pedestal de solidariedade do povo fraterno
que aqui florescerá, no futuro, a fim de exaltar o meu Evangelho, nos séculos gloriosos do
porvir. Aqui, Helil, sob a luz misericordiosa das estrelas da cruz, ficará localizado o coração do
mundo!

Os que brigavam tiveram que recomeçar em 37 planetas novos, entre eles a Terra. O pessoal
ganhou novo DNA contendo herança genética de todos os povos que brigavam entre si. O DNA
humano tem a carga das 22 raças cósmicas que brigavam entre si, como uma forma de
experimentar o que elas tinham, “vamos sentir o inimigo por dentro”.

Nesse momento, chega a Terra esses espíritos como homens na fase de pós macaco. Para a
adaptação deles, vieram seres evoluídos de Antares, Epsilon, Eridani e Tau Ceti.

Satã, como auxiliar de Lúcifer fez cagada na receita e aumentou o nível negativo.
https://youtu.be/1JEDNnJ2K0w?si=VShzfJzXxemEuLeU&t=4221

A história de Erg: tinha uma população razoavelmente desenvolvida, foi invadida pelos Morgs.
A guerra entre eles acabou destruindo o planeta. Pessoas de Erg e de Morg encarnaram no
nosso Planeta, na Lemúria (um continente que afundou no oceano Índico) depois em
Atlântida,, assim como em Vênus. Boa parte dos Morgs são hoje os magos negros, muito
inteligentes, sem coração.

A rebelião de Lúcifer: Lúcifer se revoltou contra Deus e Jesus e arrastou os seus. Hoje, eles
vivem invadindo planetas.

A Terra se tornou um planeta de rebelados e teve sua comunicação com outros planetas
cortada, ficou isolada. Foram 18 mundo rebelados por causa de Lúcifer.
Jesus, então, reencarnou em vários desses planetas e em nenhum deles ele foi crucificado.
Esses planetas passaram por um processo de transição, onde os renitentes eram exilados a
outro planeta.

Jesus foi fazendo isso em todos até que chegou a vez de Capela, o último planeta onde estavam
os rebelados (30 bilhões de Capela vieram pra Terra).

Galáxias conhecidas são 196:

Jesus encarnou nos 18 centros onde havia rebelados e em nenhum foi crucificado. Depois de
sua passagem, começaram os processos de exílio e toda a população exilada veio pra Terra.
Lúcifer então vem pra Terra e aporta na base Atlan (atual cidade de Natal, Rio Grande do
Norte). Nessa época, a Terra recebeu a vinda de vários seres evoluídos que pediam para
encarnar aqui para tentar ajudar... em vão...

Em 63.000 antes de Cristo, uma guerra e um abalo císmico.

A Malha Magnética da Terra, que cobre até um pouco mais do que a Lua (sede de prisão de
espíritos que não tem mais condição de encarnar na Terra e estão aguardando o exílio) prq foi
criada uma densidade tão pesada de pensamentos que ela teve que ser isolada.

Atlântida da Luz à trevas

Atlântida de luz: antes da vinda dos capelinos exilados.

Os magos negros fizeram as pirâmides hipnóticas pra reter as pessoas na fascinação da ilusão
para permanecerem adormecidos.

Ah... eu queria ver os espírtos... mas não se vê com esses olhos... Somos multidimensionais!
Precisamos aprender a respeitar nossa intuição. O que atrapalha? Pensamento de certo e
errado aprendido na escola (medo de errar e ser punido). Crença de que estou ficando maluco.
O que é ser maluco? Insano?

No corpo astral, o corpo todo vê, ouve... Não existe órgãos nele.

O expurgo planetário

Orixás, corpos espirituais, chacra e glândula

Ori é coroa e Xá é luz.

Eu não incorporo o Orixá, eu incorporo o Guia (como numa cachoeira).

Oferenda é magia.

Dramas Rituais de Morte e Renascimento nas Psicoses Agudas: A obra do psiquiatria John
Weir Perry
“As primeiras formas de rituais consistiam em danças. Os gestos, os movimentos rítmicos
constituem uma linguagem que vem do mais profundo inconsciente e antecede a palavra como
meio de comunicação.” – Nise da Silveira. O mundo das imagens (1992)

NADA MUDA

“ Persistiam as necessidades fisiológicas, sem modificação. Castigava-me a fome todas as


fibras.” Capítulo 02, página 14 do Livro “Nosso Lar”, de André Luiz, psicografia de Chico Xavier.

MEDIUNIDADE COM A PARTICIPAÇÃO DO MÉDIUM

Quando foi visitar o Oráculo, o Neo tinha que abrir a porta (precisava de sua iniciativa).
Eu sou responsável, eu crio. A vida é através de mim. Fé. (transportar montanha – evangelho)

Relação com Deus e com a banda não mais como uma criança que precisa de proteção, mas é
responsável por suas escolhas.

Momento de rompimento (chega!):

Não estou atrás do agradável, mas do verdadeiro.

O agradável fica desagradável, o sofrimento aumenta, o baixo astral tá tomando conta demais.

A vida não é caos, existe um fato: essa pessoa está mentindo pra si: o crescimento é inevitável
(lei do progresso)

1007 LDE: A criança pode ficar para sempre criança? Não, tudo progride.

DOENÇA: A CAUSA NÃO É FÍSICA. O FÍSICO A EXPRESSA.

85 do Livro dos Espíritos

Qual dos dois, o mundo espírita ou o mundo corpóreo é o principal na ordem das coisas? O
mundo espírita: ele pré-existe e sobrevive a tudo.
Dica para as consultas: NUMA BRIGA, DESENTENDIMENTO

Assim que eu ajo comigo qdo cedo a um ataque de um vingador que quer semear a discórdia
(quer que eu fique contra o irmão) ou que eu fique contra mim mesma. Qdo eu concordo com
o que ele está dizendo.

Assim eu ajo com o outro que está me agredindo. Ex: o marido por exemplo. (trago programas
de superioridade, egoísmo, alienação) inconscientemente estou fazendo isso com ele.

Junto: um irmão querendo se libertar. Quem agride está dando sua colaboração (sendo
médium desse irmão) é o trabalho mediúnico mais pesado, do médium mais bruto, mais
inconsciente. A mulher vai receber esse impacto no coração, vai se sentir pesada, vai ficar
impressionada, triste e vai pro centro fazer o encaminhamento desse irmão.

Esse programa estava em algum corpo e chegou até a superfície. Estava no inconsciente
machucando, saiu... Como foi parar aí dentro? Foi instalado, qdo se sentenciou, se condenou.
Sentença, juízes. CONSCIENTIZAÇÃO

Através dos ataques se conscientiza muita coisa.

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SABER ESCUTAR – PARA AS CONSULTAS COM OS VOVÔS

“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao toca uma alma humana, seja
apenas outra alma humana” Carl Jung

Ser um bom instrumento pros vovôs.

Intenção de escutar com o coração, permite que o alma do outro traga o próprio remédio.
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BANDA – nome dos espíritos

504. Poderemos sempre saber o nome do nosso Espírito protetor, ou anjo guardião?

“Como quereis saber nomes para vós inexistentes? Supondes que Espíritos só há os que
conheceis?”

a) – Como então o podemos invocar, se o não conhecemos?

“Dai-lhe o nome que quiserdes, o de um Espírito superior que vos inspire simpatia ou
veneração. O vosso protetor acudirá ao apelo que com esse nome lhe dirigirdes, visto que
todos os Espíritos bons são irmãos e se assistem mutuamente.”

505. Os Espíritos protetores que dão nomes conhecidos sempre são, realmente, os Espíritos das
personalidades que tiveram esses nomes?

“Não. Muitas vezes, os que os dão são Espíritos simpáticos aos que de tais nomes usaram na
Terra e, a mando destes, respondem ao vosso chamamento. Fazeis questão de nomes; eles
tomam um que vos inspire confiança. Quando não podeis desempenhar pessoalmente
determinada missão, não costumais mandar que outro, por quem respondeis como por vós
mesmos, obre em vosso nome?”

512 LDE: Podemos ter muitos espíritos protetores? Cada homem tem sempre espíritos
simpáticos, mais ou menos elevados, que lhe dedicam afeição e se interessam por ele.

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“Tudo depende de nossa visão das coisas e não como elas são de fato” Carl Jung.

“Aqueles que não aprendem nada sobre os fatos desagradáveis de suas vidas, forçam a
Consciência Cósmica que os reproduza tantas vezes quanto seja necessário para aprender o
que ensina o drama que aconteceu. O que negas, te submete; o que aceitas, te transforma.”
Carl Jung.

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LIVRO DOS MÉDIUNS – CAPÍTULO 27 – DAS MISTIFICAÇÕES

303. Se o ser enganado é desagradável, ainda mais o é ser mistificado. Esse, aliás, um dos
inconvenientes de que mais facilmente nos podemos preservar. De todas as instruções
precedentes ressaltam os meios de se frustrarem as tramas dos Espíritos enganadores. Por
essa razão, pouca coisa diremos a tal respeito. Sobre o assunto, foram estas as respostas que
nos deram os Espíritos:

1.ª. As mistificações constituem um dos escolhos mais desagradáveis do Espiritismo prático.


Haverá meio de nos preservarmos deles?
“Parece-me que podeis achar a resposta em tudo quanto vos tem sido ensinado. Certamente
que há para isso um meio simples: o de não pedirdes ao Espiritismo senão o que ele vos possa
dar. Seu fim é o melhoramento moral da humanidade; se vos não afastardes desse objetivo,
jamais sereis enganados, porquanto não há duas maneiras de se compreender a verdadeira
moral, a que todo homem de bom senso pode admitir.

“Os Espíritos vos vêm instruir e guiar no caminho do bem e não no das honras e das riquezas,
nem vêm para atender às vossas paixões mesquinhas. Se nunca lhes pedissem nada de fútil, ou
que esteja fora de suas atribuições, nenhum ascendente encontrariam jamais os enganadores;
donde deveis concluir que aquele que é mistificado só o é porque o merece.

“O papel dos Espíritos não consiste em vos informar sobre as coisas desse mundo, mas em vos
guiar com segurança no que vos possa ser útil para o outro mundo. Quando vos falam do que a
esse concerne, é que o julgam necessário, porém não porque o peçais. Se vedes nos Espíritos
os substitutos dos adivinhos e dos feiticeiros, então é certo que sereis enganados.

“Se os homens não tivessem mais do que se dirigirem aos Espíritos para tudo saberem,
estariam privados do livre-arbítrio e fora do caminho traçado por Deus à humanidade. O
homem deve agir por si mesmo. Deus não manda os Espíritos para que lhe achanem a estrada
material da vida, mas para que lhe preparem a do futuro.”

a) Porém, há pessoas que nada perguntam e que são indignamente enganadas por Espíritos
que vêm espontaneamente, sem serem chamados.

“Elas nada perguntam, mas se comprazem em ouvir, o que dá no mesmo. Se acolhessem com
reserva e desconfiança tudo o que se afasta do objetivo essencial do Espiritismo, os Espíritos
levianos não as tomariam tão facilmente para joguete.”

2.ª. Por que permite Deus que pessoas sinceras e que aceitam o Espiritismo de boa-fé sejam
mistificadas? Não poderia isto ter o inconveniente de lhes abalar a crença?

“Se isso lhes abalasse a crença, é que não tinham muito sólida a fé. Os que renunciassem ao
Espiritismo, por um simples desapontamento, provariam não o haverem compreendido e não
lhe terem atentado na parte séria. Deus permite as mistificações, para experimentar a
perseverança dos verdadeiros adeptos e punir os que do Espiritismo fazem objeto de
divertimento.”

Nota. A astúcia dos Espíritos mistificadores ultrapassa às vezes tudo o que se possa imaginar. A
arte, com que dispõem as suas baterias e combinam os meios de persuadir, seria uma coisa
curiosa, se eles nunca passassem dos simples gracejos; porém, as mistificações podem ter
consequências desagradáveis para os que não se achem em guarda. Sentimo-nos felizes por
termos podido abrir a tempo os olhos a muitas pessoas que se dignaram de pedir o nosso
parecer e por lhes havermos poupado ações ridículas e comprometedoras. Entre os meios que
esses Espíritos empregam, devem colocar-se na primeira linha, como sendo os mais
frequentes, os que têm por fim tentar a cobiça, como a revelação de pretendidos tesouros
ocultos, o anúncio de heranças, ou outras fontes de riquezas. Devem, além disso, considerar-se
suspeitas, logo à primeira vista, as predições com época determinada, assim como todas as
indicações precisas, relativas a interesses materiais. Cumpre não se deem os passos prescritos
ou aconselhados pelos Espíritos, quando o fim não seja eminentemente racional; que ninguém
nunca se deixe deslumbrar pelos nomes que os Espíritos tomam para dar aparência de
veracidade às suas palavras; desconfiar das teorias e sistemas científicos ousados; enfim, de
tudo o que se afaste do objetivo moral das manifestações. Encheríamos um volume dos mais
curiosos, se houvéramos de referir todas as mistificações de que temos tido conhecimento.

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Proteção diferente de cooperação: ficamos sem defesa, fomos atacados, estamos colaborando.
Banda ajuda no parto, não evita que algo aconteça (acidente, assalto...) é como a oração,
ilumina pra que a gente enxergue aonde a casa está suja). O esforço é nosso.

Visão do judeu antes de Jesus: Pai punitivo ou recompensador (sem criação, sem
responsabilidade, sem participação). Jesus convida a todos ao bem-sofrer (ele nunca prometeu
não sofrimento), tudo depende da forma como encaramos.

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Paulinha – ataque epilético, Nos domínios da mediunidade, Capítulo 09, André Luiz,
psicográfica de Chico Xavier.

Pedro e o obsessor que o jugulava pareciam agora fundidos um no outro.


Eram dois contendores engalfinhados em luta feroz.
Fitando o companheiro encarnado mais detidamente, concluí que o ataque epiléptico,
com toda a sua sintomatologia clássica, surgia claramente reconhecível.
O doente trazia agora a face transfigurada por indefinível palidez, os músculos jaziam
tetanizados e a cabeça, exibindo os dentes cerrados, mostrava-se flectida para trás,
enquanto que os braços se assemelhavam a dois galhos de arvoredo, quando retorcidos
pela tempestade.
Dona Celina e a matrona afetuosa acomodaram-no na cama e dispunham-se à prece,
quando a rigidez do corpo se fez sucedida de estranhas convulsões a se estenderem aos
olhos que se moviam em reviravoltas continuas.
A lividez do rosto deu lugar à vermelhidão que invadiu as faces congestas.
A respiração tornara-se angustiada, ao mesmo tempo que os esfíncteres se relaxavam,
convertendo o enfermo em torturado vencido.

O insensível perseguidor como que se entranhara no corpo da vítima.


Pronunciava duras palavras, que somente nós outros conseguíamos assinalar, de vez que
todas as funções sensoriais de Pedro se mostravam em deplorável inibição.
Dona Celina, afagando o doente, pressentia a gravidade do mal e registrava a presença
do visitante infeliz, contudo, permanecia alerta de modo a manter-se, valorosa, em
condições de auxiliá-lo.
Anotei-lhe a cautela para não se apassivar, a fim de seguir, por si própria, todos os
trâmites do socorro.
Bondosa, tentou estabelecer um entendimento com o verdugo, mas em vão.
O desventurado continuava gritando para os nossos ouvidos, sem acolher-lhe os apelos
comovedores.
– Vingar-me-ei! vingar-me-ei! Farei justiça por minhas próprias mãos!... – bradava,
colérico.
Repreensões injuriosas apagavam-se na sombra, porquanto não conseguiam
exteriorizar-se através das cordas vocais da vítima, a contorcer-se.
Permanecia o cavalheiro plenamente ligado ao algoz que o tomara de inopino. O córtex
cerebral apresentava-se envolvido de escura massa fluídica.
Reconhecíamos no moço incapacidade de qualquer domínio sobre si mesmo.
Acariciando-lhe a fronte suarenta, Áulus informou, compadecido:
– É a possessão completa ou a epilepsia essencial.
– Nosso amigo está inconsciente? – aventurou Hilário, entre a
curiosidade e o respeito.
– Sim, considerado como enfermo terrestre, está no momento sem recursos de ligação
com o cérebro carnal. Todas as células do córtex sofrem o bombardeio de emissões
magnéticas de natureza tóxica. Os centros motores estão desorganizados. Todo o
cerebelo está empastado de fluidos deletérios. As vias do equilíbrio aparecem
completamente perturbadas. Pedro temporariamente não dispõe de controle para
governar-se, nem de memória comum para marcar a inquietante ocorrência de que é
protagonista. Isso, porém, acontece no setor da forma de matéria densa, porque, em
espírito, está arquivando todas as particularidades da situação em que se encontra, de
modo a enriquecer o patrimônio das próprias experiências.
Fitei, sensibilizado, o quadro triste e perguntei, com objetivo de estudo:
– De vez que nos achamos defrontados por um encarnado e por um desencarnado,
jungidos um ao outro, não obstante a dolorosa condição de sofrimento em que se
caracterizam, será lícito considerar o fato sob nosso exame como sendo um transe
mediúnico?
Embora ativo na tarefa assistencial, o instrutor respondeu:
– Sim, presenciamos um ataque epiléptico, segundo a definição da medicina terrestre,
entretanto, somos constrangidos a identificá-lo como sendo um transe mediúnico de
baixo teor, porquanto verificamos aqui a associação de duas mentes desequilibradas,
que se prendem às teias do ódio recíproco.
E, fixando o par de infelizes em contorções, acrescentou:
– Nessa aflitiva situação achava-se Pedro nas regiões inferiores, antes da presente
reencarnação que lhe constitui uma bênção.
Por muitos anos, ele e o adversário rolaram nas zonas purgatoriais, em franco duelo.
Presentemente, melhorou. Qual ocorre em muitos processos semelhantes, os reencontros
de ambos são agora mais espaçados, dando azo ao fenômeno que observamos, em razão
de o rapaz ainda trazer o corpo perispirítico provisoriamente
lesado em centros importantes.
Nesse ínterim, percebendo a dificuldade para atingir o obsessor com a palavra falada,
Dona Celina, com o auxílio de nosso orientador, formulou vibrante prece, implorando a
Compaixão Divina para os infortunados companheiros que ali se digladiavam
inutilmente.
As frases da venerável amiga libertavam jactos de força luminescente a lhe saltarem das
mãos e a envolverem em sensações de alívio os participantes do conflito.
Vimos que o perseguidor, qual se houvesse aspirado alguma substância anestesiante, se
desprendeu automaticamente da vítima, que repousou enfim, num sono profundo e
reparador.
Guardas e socorristas conduziram o obsessor semiadormecido a um local de
emergência.
E enquanto Dona Celina ministrava um pouco d’água fluidificada à genitora do
enfermo, chorosa e assustadiça, retornamos à conversação cordial.
– Apesar da carga doentia que suporta na atualidade, devemos aceitar o nosso Pedro na
categoria de um médium? – perguntou Hilário, atencioso.
– Pela passividade com que reflete o inimigo desencarnado, será justo tê-lo nessa conta,
contudo, precisamos considerar que, antes de ser um médium na acepção comum do
termo, é um Espírito endividado a redimir-se.
– Mas não poderá cogitar do próprio desenvolvimento psíquico?
O Assistente sorriu e observou:
– Desenvolver, em boa sinonímia, quer dizer “retirar do invólucro”, “fazer progredir”
ou produzir. Assim compreendendo, é razoável que Pedro, antes de tudo, desenvolva
recursos pessoais no próprio reajuste. Não se constroem paredes sólidas em bases
inseguras. Necessitará, portanto, curar-se. Depois disso, então...
– Se é assim – objetou meu colega –, não resultará infrutífera a sua freqüência a esta
casa?
– De modo algum. Aqui recolherá forças para refazer-se, assim como a planta raquítica
encontra estímulo para a sua restauração no adubo que lhe oferecem. Dia a dia, ao
contacto de amigos orientados pelo Evangelho, ele e o desafeto incorporarão
abençoados valores em matéria de compreensão e serviço, modificando gradativamente
o campo de elaboração das forças mentais. Sobrevirá, então. um aperfeiçoamento de
individualidades, a fim de que a fonte mediúnica surja, mais tarde, tão cristalina quanto
desejamos.
Salutares e renovadores pensamentos assimilados pela dupla de sofredores em foco
expressam melhoria e recuperação para ambos, porque, na imantação recíproca em que
se vêem, as idéias de um reagem sobre o outro, determinando alterações radicais.
Diante da nossa atitude cismarenta, no exame das questões complexas de que nos
sentíamos nodeados, o Assistente ponderou:
– Aparelhos mediúnicos valiosos naturalmente não se improvisam. Como todas as
edificações preciosas, reclamam esforço, sacrifício, coragem, tempo... E sem amor e
devotamento, não será possível a criação de grupos e instrumentos louváveis, nas tarefas
de intercâmbio.
Voltando, porém, a atenção para o doente adormecido, Áulus continuou:
– Nosso amigo está preso a significativo montante de débitos com o passado e ninguém
pode avançar livremente para o amanhã sem solver os compromissos de ontem. Por esse
motivo, Pedro traz consigo aflitiva mediunidade de provação. É da Lei que ninguém se
emancipe sem pagar o que deve. A rigor, por isso, deve ser encarado como enfermo,
requisitando carinho e tratamento.
Em seguida, como se quisesse recolher dados informativos para completar a lição, tocou
a fronte de Pedro, auscultando-a
demoradamente.
Decorridos alguns instantes de silêncio, informou:
– A luta vem de muito longe. Não dispomos de tempo para
incursões no passado, mas, de imediato, podemos reconhecer o
verdugo de hoje como vítima de ontem. Na derradeira metade do
século findo, Pedro era um médico que abusava da missão de
curar. Uma análise mental particularizada identificá-lo-ia em
numerosas aventuras menos dignas. O perseguidor que presentemente
lhe domina as energias era-lhe irmão consangüíneo, cuja
esposa nosso amigo doente de agora procurou seduzir. Para isso,
insinuou-se de formas diversas, além de prejudicar o irmão em
todos os seus interesses econômicos e sociais, até incliná-lo à
internação num hospício, onde estacionou, por muitos anos, aparvalhado
e inútil, à espera da morte. Desencarnando e encontrando-
o na posse da mulher, desvairou-se no ódio de que passou a
nutrir-se. Martelou-lhes, então, a existência e aguardou-o, alémtúmulo,
onde os três se reuniram em angustioso processo de regeneração.
A companheira, menos culpada, foi a primeira a retornar
ao mundo, onde mais tarde recebeu o médico delinqüente nos
braços maternais, como seu próprio filho, purificando o amor de
sua alma. O irmão atraiçoado de outro tempo, todavia, ainda não
encontrou forças para modificar-se e continua vampirizando-o,
obstinado no ódio a que se rendeu impensadamente.
Respondendo com um olhar amigo à nossa expressão de assombro,
acrescentou:
– Penetramos forçosamente no inferno que criamos para os
outros, a fim de experimentarmos, por nossa vez, o fogo com que
Francisco C. Xavier - Nos Domínios da Mediunidade - pelo Espírito André Luiz 78
afligimos o próximo. Ninguém ilude a justiça. As reparações
podem ser transferidas no tempo, mas são sempre fatais.
O ensinamento era simples, contudo, a terrível situação do
enfermo fatigado e triste infundia-nos justificável espanto.
Estudando sempre, Hilário considerou:
– Se Pedro, no entanto, é ainda um médium torturado, que
poderá fazer num agrupamento como este?
O instrutor sorriu e obtemperou:
O acaso não consta dos desígnios superiores. Não nos aproximamos
uns dos outros sem razão. Decerto, nosso amigo possui
aqui ligações afetivas do pretérito com o dever de auxiliá-lo. Se
não pode, desse modo, ser um elemento valioso ao conjunto, de
imediato, pode e precisa receber o concurso fraterno, imprescindível
ao seu justo soerguimento.
– Curar-se-á, contudo, em tempo breve? – indaguei por minha
vez.
– Quem sabe? – retrucou Áulus, sereno.
E, com o grave entono de quem pesa a substância das próprias
palavras, prosseguiu:
– Isso dependerá muito dele e da vítima com quem se encontra
endividado. A assimilação de princípios mentais renovadores
determina mais altas visões da vida. Todos os dramas obscuros da
obsessão decorrem da mente enfermiça. Aplicando-se com devotamento
às novas obrigações de que será investido, caso persevere
no campo de nossa Consoladora Doutrina, sem dúvida abreviará o
tempo de expiação a que se acha sujeito, de vez que, em se convertendo
ao bem, modificará o tônus mental do adversário, que se
verá arrastado à própria renovação pelos seus exemplos de compreensão
e renúncia, humildade e fé. Ainda assim, depois de se
extinguirem os acessos de possessão, Pedro sofrerá os reflexos do
Francisco C. Xavier - Nos Domínios da Mediunidade - pelo Espírito André Luiz 79
desequilíbrio em que se envolveu, a se exprimirem nos fenômenos
mais leves da epilepsia secundária, que emergirão, por algum
tempo, ante as simples recordações mais fortes da luta que vem
atravessando, até o integral reajuste do corpo perispirítico.
– E isso é trabalho de longa duração? – inquiriu Hilário, algo
aflito.
Nosso interlocutor estampou significativa expressão fisionômica
e ponderou:
– Quem poderá penetrar a consciência alheia? Com o esforço
da vontade é possível apressar a solução de muitos enigmas e
reduzir muitas dores. O assunto, porém, é de foro íntimo... Estejamos
entretanto convencidos de que as sementes da luz jamais se
perdem. Os médiuns que hoje se enlaçam a tremendas provas, se
persistirem na plantação de melhores destinos, transformar-se-ão
em valiosos trabalhadores no futuro que a todos aguarda em abençoadas
reencarnações de engrandecimento e progresso...
E, ante a nossa admiração, concluiu:
– O problema é de aprender sem desanimar e de servir ao
bem sem esmorecer.

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No Santuário da Alma – capítulo 08 do livro “No


mundo maior”, de André Luiz, psicografia de Chico
Xavier.
Noite fechada. Calderaro e eu penetramos casa confortável e
nobre, onde o instrutor, segundo prometera, me proporcionaria
alguns esclarecimentos novos com referência aos desequilíbrios
da alma.
– Não é caso tão grave quanto aquele do paralítico que visitamos
– adiantou o prestimoso orientador –; trata-se, a bem dizer,
de questão quase vencida. Há muito tempo assisto Marcelo com
fluidos reconfortantes e a sua situação é de triunfo integral. Dócil
à nossa influência, encontrou na prece e na atividade espiritual o
suprimento de energias de que necessitava. Vimos ontem um caso
de destrambelho total dos elementos perispiríticos, com a conseqüente
desagregação do sistema nervoso, em doloroso quadro que
só o tempo corrigirá. Aqui, entretanto, a paisagem é outra, O
problema de perturbação essencial já está resolvido, o reajustamento
da vida surgiu pleno de esperanças novas, a paz regressou
ao tabernáculo orgânico; mas perseveram ainda as recordações, os
remanescentes dos dramas vividos no passado aflorando sob
forma de fenômenos epileptóides, as ações reflexas da alma, que
emergem de vasto e intricado túnel de sombras e que tornam, em
definitivo, ao império da luz. Se o mal demanda tempo para fixarse,
é óbvio que a restauração do bem não pode ser instantânea.
Assim ocorre com a doença e a saúde, com o desvio e o restabelecimento
do equilíbrio.
Após atravessar o pórtico, dirigimo-nos, devidamente autorizados,
ao interior, onde agradavelmente me surpreendeu encantadora
cena de piedade doméstica: um cavalheiro, uma senhora e
um rapaz achavam-se imersos nas divinas vibrações da prece,
cercados de grande número de amigos do nosso plano.
Francisco Cândido Xavier - No Mundo Maior - pelo Espírito André Luiz 102
Fomos recebidos amorosamente.
Convidou-me o orientador a colaborar nos trabalhos em curso,
de vez que, com a valiosa cooperação daqueles três companheiros
encarnados, se prestavam a irmãos recém-libertos da
Crosta reais auxílios, de modalidades várias.
Digna de registro era a respeitável beleza daquela reduzida
assembléia, consagrada ao bem e à iluminação do espírito.
Admirando a harmonia daqueles três corações unidos nos
mesmos nobres pensamentos e propósitos, e que miríficos fios de
luz entrelaçavam, o Assistente amigo comentou com oportunidade:
– A família é uma reunião espiritual no tempo e, por isto
mesmo, o lar é um santuário. Muitas vezes, mormente na Terra,
vários de seus componentes se afastam da sintonia com os mais
altos objetivos da vida; todavia, quando dois ou três de seus
membros aprendem a grandeza das suas probabilidades de elevação,
congregando-se intimamente para as realizações do espírito
eterno, são de esperar maravilhosas edificações.
Compreendi que o instrutor estimaria prestar-me outros esclarecimentos,
ampliando a santificante concepção da família; contudo,
o serviço urgente não nos permitia mais longa palestra.
O trabalho de socorro a irmãos sofredores prosseguiu ativo,
em nosso lado.
Terminado o concurso do trio familiar, com expressiva e comovedora
oração, começou a retirada dos companheiros de nossa
esfera, enquanto os amigos encarnados entravam em carinhosa
conversação.
O cavalheiro, com o sorriso feliz do trabalhador que bem
cumpriu o dever, dirigiu-se aos circunstantes em voz alta:
– Graças a Deus, tudo normal.
Francisco Cândido Xavier - No Mundo Maior - pelo Espírito André Luiz 103
Encarando o rapaz com imensa ternura paternal, indagou:
– E você, Marcelo, continua bem?
– Oh! sem dúvida – respondeu o interpelado, alegre; estou
maravilhado, papai, com os excelentes resultados que venho
colhendo em nossas reuniões das quintas-feiras.
– Têm voltado os ataques noturnos?
– Não. À proporção que me esforço no conhecimento das
verdades divinas, cooperando com a minha própria vontade no
terreno da aplicação prática das lições recebidas, sinto que passo
cada vez melhor, que me reforço intimamente, recuperando a
saúde perdida. Reconheço também que, em me desinteressando da
edificação espiritual, distraído da minha necessidade de elevação,
voltam as perturbações com intensidade. Nessas fases nocivas,
desperto alta noite com os membros cansados e doloridos, e assaltam-
me evidentes sinais das convulsões, deixando-me longos
momentos sem sentido...
O jovem sorriu a esta sua singela confissão filial e prosseguiu:
– Felizmente, porém, agora que me consagro, zeloso e assíduo,
à tarefa espiritualizante, reconheço que os passes de mamãe
são mais eficientes. Estou mais receptivo e observo que a boa
vontade é fator decisivo em meu bem-estar.
Os ouvintes entreolharam-se, contentes, e o entendimento íntimo
continuou, edificante, repleto de belas sugestões.
O Assistente, preparando-me o raciocínio, informou:
– Certo, não precisarei de esclarecer que Marcelo se entretém
com os pais. Possui outros irmãos que ainda não se afinam com a
sagrada missão do casal. Ele, porém, é portador de sentimentos
elevados e generosos. Tem, como quase todos nós, um pretérito
intensamente vivido nas paixões e excessos da autoridade. ExerFrancisco
Cândido Xavier - No Mundo Maior - pelo Espírito André Luiz 104
ceu, outrora, enorme poder de que não soube usar em sentido
construtivo. Senhor de vigorosa inteligência, planou em altos
níveis intelectuais, de onde nem sempre desceu para confortar ou
socorrer. Portador de vários títulos honoríficos, muita vez os
esqueceu, precipitando-se na vala comum dos caprichos criminosos.
Impôs-se pelo absolutismo e intensificou a lavra de espinhos
que o dilacerariam mais tarde. Chegada a colheita de nefanda
messe, experimentou sofrimentos atrozes. Inúmeras vítimas o
esperavam além do sepulcro e arremeteram contra ele. Entretanto,
se errou clamorosamente, Marcelo, em muitas ocasiões, desejou
ser bom e formou dedicações valiosas em torno de seu nome; tais
devotamentos, contudo, houveram que aguardar oportunidade por
auxiliá-lo. Os inimigos eram massa compacta e gritavam furiosamente,
invocando a justiça vulgar; retiveram-no longo tempo nas
regiões inferiores, saciaram velhos propósitos de vingança, seviciando-
lhe a organização perispiritual. Marcelo, em plena sombra
da consciência, rogou, chorou e penitenciou-se vastos anos. Por
mais que suplicasse e por muito que insistissem os elementos
intercessórios, a ansiada libertação demorou muitíssimo, porque o
remorso é sempre o ponto de sintonia entre o devedor e o credor,
e o nosso amigo trazia a consciência fustigada de remorsos cruéis.
Os desequilíbrios perispiríticos flagelaram-no, assim, logo que
atravessou o pórtico do túmulo, obstinando-se anos a fio...
Feito breve intervalo nas explicações, acrescentei, curioso:
– Isso quer, então, dizer que o fenômeno epileptóide...
– ... mui raramente ocorre por meras alterações no encéfalo,
como sejam as que procedem de golpes na cabeça – elucidou o
Assistente, cortando-me a observação reticenciosa – e, geralmente,
é enfermidade da alma, independente do corpo físico, que
apenas registra, nesse caso, as ações reflexas. Longe vai o tempo
em que a vazão admitia o paraíso ou o purgatório como simples
regiões exteriores: céu e inferno, em essência, são estados consciFrancisco
Cândido Xavier - No Mundo Maior - pelo Espírito André Luiz 105
enciais; e, se alguém agiu contra a Lei, ver-se-á dentro de si mesmo
em processo retificador, tanto tempo quanto seja necessário.
Ante a realidade, portanto, somos compelidos a concluir que, se
existem múltiplas enfermidades para as desarmonias do corpo,
outras inúmeras há para os desvios da alma.
O instrutor fez pausa curta, apontou para o rapaz e continuou:
– Mas, regressando às informações a respeito de Marcelo, cabe-
me dizer-te que, pouco a pouco, esgotou ele as substâncias
mais pesadas do fundo cálice de provas. Longos anos de desequilíbrio,
em que as vítimas, tornadas em algozes, o abalaram com
tremendas convulsões, através de choques e padecimentos inenarráveis,
clarearam-lhe os horizontes internos, tendo nosso irmão,
afinal, logrado entender-se com prestimoso e sábio orientador
espiritual, a quem se liga desde remoto passado. Foi socorrido e
amparado. Indagou, ansioso, por almas que lhe eram particularmente
queridas, sendo-lhe cientificado que os seus laços mais
fortes já se encontravam de novo na carne, em testemunhos e
labores dignificantes. Suplicou a reencarnação, prometeu aceitar
compromissos de concurso espiritual na Crosta, a fim de resgatar
os enormes débitos, colaborando no bem e na evolução dos inimigos
de outrora, e conseguiu a dádiva, apoiado por abnegado mentor
que o estima de muitos séculos. Tornou à esfera carnal e reiniciou
o aprendizado. Ultimamente renasceu estreitado em braços
carinhosos, aos quais se sente vinculado no curso de várias existências
vividas em comum. Agora, sinceramente aproveitando as
bênçãos recebidas, desde os mais tenros anos, preocupa-se em
reajustar as preciosas qualidades morais: caracteriza-se, desde
menino, pela bondade e obediência, docilidade e ternura naturais.
Passou a infância tranqüilo, embora continuamente espreitado por
antigos perseguidores invisíveis. Não se achava a eles atraído, em
virtude do serviço regenerador a que se submetera; mas ao topar
com algum dos adversários, nos minutos de parcial desprendimenFrancisco
Cândido Xavier - No Mundo Maior - pelo Espírito André Luiz 106
to propiciado pelo sono físico, sofria amargamente com as recordações.
Tudo prosseguia sem novidades dignas de menção. Sob a
vigilância dos pais e com o amparo dos benfeitores invisíveis,
preparava-se o menino para os trabalhos futuros. Contudo, logo
que se lhe consolidou a posse do patrimônio físico, ultrapassados
os catorze anos de idade, Marcelo, com a organização perispiritual
plenamente identificada com o invólucro fisiológico, passou a
rememorar os fenômenos vividos e surgiram-lhe as chamadas
convulsões epilépticas com certa intensidade. O rapaz, todavia,
encontrou imediatamente os antídotos necessários, refugiando-se
na residência dos princípios nobres, isto é, na região mais alta da
personalidade, pelo hábito da oração, pelo entendimento fraterno,
pela prática do bem e pela espiritualidade superior. Limitou,
destarte, a desarmonia neuropsíquica e reduziu a disfunção celular,
reconquistando o próprio equilíbrio, dia a dia, mobilizando as
armas da vontade. Nesse esforço, dentro do qual se fez extremamente
simpático, recebeu vultosa colaboração de nossa esfera,
aproveitando-a integralmente pela adesão criteriosa ao esforço
construtivo do bem. Recebendo a luta com serenidade e paciência,
instalou em si mesmo valiosas qualidades receptivas, favorecendo-
nos o concurso e dispensando, por isso mesmo, a terapêutica
dos hipnóticos ou dos choques, a qual, provocando estados anormais
no organismo perispirítico, quase sempre nada consegue
senão deslocar os males, sem os combater nas origens. O caso de
Marcelo oferece, por isto, características valiosas. Atendendo as
sugestões daqueles que o beneficiam, adaptando-se à realidade,
vem sendo o médico de si mesmo, única fórmula em que o enfermo
encontrará a própria cura.
Nesse instante, o rapaz despedia-se delicadamente dos pais,
retirando-se para o quarto particular, onde se recolheu ao leito,
após abluir a mente em pensamentos de paz e de gratidão a Deus.
Francisco Cândido Xavier - No Mundo Maior - pelo Espírito André Luiz 107
Dentro de breves minutos afastava-se do veículo denso e vinha
ter conosco, saudando Calderaro com especial carinho.
O Assistente apresentou-me, afável.
Mostrava o jovem profunda lucidez. Abraçado a nós ambos,
com inequívocas demonstrações de alegria, comentou suas esperanças
no porvir. Expôs-nos ardente desejo de trabalhar pela
difusão do Espiritismo evangélico, disposto a colaborar na obra
edificante que os genitores vêm realizando. Referiu-se, para admiração
minha, às atividades de nossa colônia espiritual, indagou
das minhas impressões de “Nosso Lar”, seduzindo-me pela oportunidade
de conceitos e pela beleza das apreciações inteligentes e
espontâneas1.
Ia a conversa a meio, quando dois vultos sombrios cautelosamente
se aproximaram de nós. Quem seriam, senão míseros
transeuntes desencarnados? Inteiramente distraído, continuei nos
comentários humildes, mas o estimado interlocutor perdeu visivelmente
a calma. Qual se fora tocado no íntimo por forças perturbadoras,
Marcelo empalideceu, levou a destra ao peito e arregalou
os olhos desmesuradamente. Reparei que as idéias lhe
baralhavam no cérebro perispiritual, que não conseguia ouvir-nos
com tranqüilidade, e, desprendendo-se, célere, de nossos braços,
correu desabalado, retomando ao corpo.
Quis detê-lo, penalizado, pois conosco estava perfeitamente
sintonizado; algo mais forte que o conhecimento cordial unia-me
ao novo amigo, o que reconheci desde o primeiro contacto; não
pude, porém, fazê-lo.
Reteve-me Calderaro, com vigor, e exclamou:
– Deixa-o, André. Acompanhemo-lo. Não podemos olvidar
que Marcelo não se encontra perfeitamente curado.
1 Referencia ao livro “Nosso Lar”. (Nota do Autor espiritual.)
Francisco Cândido Xavier - No Mundo Maior - pelo Espírito André Luiz 108
Indicando as entidades provocadoras, a pequena distância,
prosseguiu esclarecendo:
– A simples reaproximação dos inimigos de outra época altera-
lhe as condições mentais. Receoso, aflito, teme o regresso à
situação dolorosa em que se viu, há muitos anos, nas esferas
inferiores e busca, apressado, o corpo físico, à maneira de alguém
que se socorre do único refúgio de que dispõe, em face da tempestade
iminente.
Os espíritos erradios bateram em retirada e tornamos ao interior
doméstico, onde encontramos o jovem tomado de contorções.
Abracei-o, como se o fizesse a um filho querido.
O ataque amainou, sem, contudo, cessar de todo. Ergui os olhos
para o orientador, em muda interrogação. Porque tal distúrbio?
A câmara de Marcelo permanecia isolada, quanto ao contacto
direto com as entidades inferiores. Permanecíamos os três em
palestra edificante. Por que motivo a perturbação, se nos mantínhamos
em salutar atmosfera de santificantes pensamentos?
O instrutor contemplou-me, bondoso, e recomendou:
– Observa o campo orgânico, examinando particularmente o
cérebro.
Notei que a luz habitual dos centros endócrinos empalidecera,
persistindo somente a epífise a emitir raios anormais. No encéfalo
o desequilíbrio era completo. Das zonas mais altas do cérebro
partiam raios de luz mental, que, por assim dizer, bombardeavam
a colméia de células do córtex. Os vários centros motores, inclusive
os da memória e da fala, jaziam desorganizados, inânimes.
Esses raios anormais penetravam as camadas mais profundas do
cerebelo, perturbando as vias do equilíbrio e destrambelhando a
tensão muscular; determinavam estranhas transformações nos
neurônios e imergiam no sistema nervoso cinzento, anulando a
atividade das fibras. Via-se totalmente inibido o delicado aparelho
Francisco Cândido Xavier - No Mundo Maior - pelo Espírito André Luiz 109
encefálico. As zonas motoras, açoitadas pelas faíscas mentais,
perdiam a ordem, a disciplina, o autodomínio, por fim cedendo,
baldas de energia. Enquanto isso, Marcelo-espírito contorcia-se de
angústia, justaposto ao Marcelo-forma, encarcerado na inconsciência
orgânica, presa de convulsões que me confrangiam a alma.
Após detido exame, indaguei de Calderaro:
– Como explicar essa ocorrência? Afinal de contas, nosso amigo
não se encontra aqui sob o guante dos perseguidores desencarnados,
mas em nossa exclusiva companhia.
O orientador, agora em ação de socorro magnético, interferia,
restaurando o equilíbrio, recomendando-me aguardar alguns
minutos. Em breve, dominou a desarmonia. Envolvendo-lhe o
campo mental em emissões fluídico-balsâmicas, o desastre não
chegou a termo. Marcelo aquietou-se. Refez-se a atividade cerebral,
qual praça em tumulto logo descongestionada. As células
nervosas retomaram sua tarefa, normalizaram-se as vias do tráfego,
o sistema endocrínico regressou à regularidade, as redes de
estímulos restabeleceram os serviços costumeiros.
Marcelo, desapontado e abatido, caiu em profundo sono, pois
Calderaro entendeu conveniente proporcionar-lhe maior repouso,
não lhe permitindo a retirada em corpo perispiritual nos primeiros
minutos de paz que se sucederam à forte crise.
Observando o rapaz, no conchego do leito, o instrutor fitoume,
benévolo, e perguntou:
– Lembras-te dos reflexos condicionados de Pavlov?
Como não? recordava-me, sim, da famosa experiência com
cães, aplicada a fenômenos outros.
– Pois bem – prosseguiu Calderaro, bondoso –, o caso de
Marcelo verifica-se em consonância com os mesmos princípios.
Em existências passadas, errou em múltiplos modos e o remorso,
imperiosa força a serviço da Divina Lei, guardou-lhe a consciênFrancisco
Cândido Xavier - No Mundo Maior - pelo Espírito André Luiz 110
cia, qual sentinela vigilante, entregando-o aos seus inimigos nos
planos inferiores e conduzindo-o à colheita de espinhos que semeara,
logo após a perda do vaso físico, num dos seus períodos
mais intensos de queda espiritual. Em conseqüência de tais desvios,
perambulou desequilibrado, de alma doente, exposto à dominação
das antigas vítimas. Desarranjou os centros perispirituais,
enfermando-os para muito tempo. Sustentado pelo socorro de um
grande instrutor que intercedeu por ele, renasceu mais calmo,
agora, para importante serviço de resgate. Todavia, a cooperação
valiosa recebida do exterior não poderia transformar-lhe de modo
visceral a situação íntima. Conservava-se desafogado dos impiedosos
adversários, aos quais deveria ajudar doravante; contudo, o
organismo perispirítico arquivava a lembrança fiel dos atritos
experimentados fora do veículo denso. As zonas motoras de Marcelo,
em razão disso – salientou o atencioso orientador –, simbolizando
a moradia das forças conscientes, em sua atualidade de
trabalho, constituem uma região perispiritual em convalescença,
quais as sensíveis cicatrizes do corpo físico. Ao se reaproximar de
velhos desafetos, o rapaz, que ainda não consolidou o equilíbrio
integral, sujeita-se aos violentos choques psíquicos, com o que as
emoções se lhe desvairam, afastando-se da necessária harmonia.
A mente desorientada abandona o leme da organização perispirítica
e dos elementos fisiológicos, assume condições excêntricas,
dispersa as energias que lhe são peculiares, em movimentos desordenados;
passam, então, essas energias a atritarem-se e a emitir
radiações de baixa freqüência, aproximadamente igual à da que
lhe incidia do pensamento alucinado de suas vítimas. Essas emissões
destruidoras invadem a matéria delicada do córtex encefálico,
assenhoreiam-se dos centros corticais, perturbam as sedes da
memória, da fala, da audição, da sensibilidade, da visão e inúmeras
outras sedes do governo de vários estímulos; temos, destarte, o
grande mal, de sintomatologia aparatosa, determinando as convulFrancisco
Cândido Xavier - No Mundo Maior - pelo Espírito André Luiz 111
sões, nas quais o corpo físico, prostrado, vencido, mais se assemelha
a embarcação repentinamente à matroca.
As elucidações de Calderaro enchiam-me de respeito pelos
fundamentos morais da vida. Compreendia agora a impossibilidade
de uma psiquiatria sem as noções do espírito. Lembrou-me a
luta secular entre fisiologistas e psicologistas, disputando a norma
de socorro aos alienados mentais. Mesmer e Charcot, Pinel e
Broca desfilaram ante minha imaginação, enriquecida de novos
conhecimentos.
A interrupção das digressões do Assistente não durou muito.
Devo, na verdade, consignar que, desde a primeira hora de nossas
conversações, tais intermitências se fizeram habituais, parecendome
que Calderaro intencionalmente me proporcionava tréguas
para ruminar-lhe os conceitos.
Respondendo-me às íntimas ponderações, continuou:
– Impossível é pretender a cura dos loucos à força de processos
exclusivamente objetivos. É indispensável penetrar a alma,
devassar o cerne da personalidade, melhorar os efeitos socorrendo
as causas; por conseguinte, não restauraremos corpos doentes sem
os recursos do Médico Divino das almas, que é Jesus-Cristo. Os
fisiologistas farão sempre muito, tentando retificar a disfunção
das células; no entanto, é mister intervir nas origens das perturbações.
O caso de Marcelo é tão somente um dos múltiplos aspectos
do fenômeno epileptóide, para empregarmos a terminologia dos
médicos encarnados. Esse desequilíbrio perispiritual assinala-se,
todavia, por gradação demasiado complexa. A confirmação da
teoria dos reflexos condicionados não se aplica exclusivamente a
ele. Temos milhões de pessoas irascíveis que, pelo hábito de se
encolerizarem facilmente, viciam os centros nervosos fundamentais
pelos excessos da mente sem disciplina, convertendo-se em
portadores do pequeno mal, em dementes precoces, em neurastênicos
de tipos diversos ou em doentes de franjas epilépticas, que
Francisco Cândido Xavier - No Mundo Maior - pelo Espírito André Luiz 112
andam por aí, submetidos à hipoglicemia insulínica ou ao metrazol;
enquanto isso, o serem educados mentalmente, para a correção
das próprias atitudes internas no ramerrão da vida, lhes seria
tratamento mais eficiente e adequado, pois regenerativo e substancial.
Enunciando tais verdades, não subestimamos o ministério
dos psiquiatras abnegados, que consomem a existência na dedicação
aos semelhantes, nem avançamos que todos os doentes, sem
exceção, possam dispensar o concurso dos choques renovadores,
tão necessários a muita gente, como ducha para os nervos empoeirados.
Desejamos apenas salientar que o homem, pela sua conduta,
pode vigorar a própria alma, ou lesá-la. O caráter altruísta, que
aprendeu a sacrificar-se para o bem de todos, estará engrandecendo
os celeiros de si mesmo, em plena eternidade; o homicida,
esparzindo a morte e a sombra em sua cercania, estabelece o
império do sofrimento e da treva no próprio íntimo. Ao topar com
irmãos nossos sob o domínio das lesões perispiríticas, conseqüências
vivas dos seus atos, exarados pela Justiça Universal, é indispensável,
para assisti-los com êxito, remontar à origem das perturbações
que os molestam; isto se fará não a golpes verbalísticos
de psicanálise, mas socorrendo-os com a força da fraternidade e
do amor, a fim de que logrem a imprescindível compreensão com
que se modifiquem, reajustando as próprias forças...
Nesse instante, observando que Marcelo se reerguia, o instrutor
interrompeu-se nas elucidações e convidou-o a vir ter conosco
novamente.
O rapaz abraçou-nos, comovido.
– Então – disse fitando humildemente Calderaro –, fraquejei e
caí...
– Oh! não! – exclamou o orientador, afagando-o –, não te sintas
em queda. Estás ainda em tratamento e não podemos esquecer
a realidade. Teu esforço é admirável; entretanto, há que aguardar
a contribuição do tempo.
Francisco Cândido Xavier - No Mundo Maior - pelo Espírito André Luiz 113
Sorriu e acentuou:
– Em épocas recuadas perdeste valioso ensejo de seguir na
senda progressiva, a escorregar, a resvalar... Agora, é imprescindível
retomar a subida cautelosamente. O pássaro de asas débeis
não pode abusar do vôo.
O jovem cobrou esperanças novas e, contemplando Calderaro,
reconhecidamente, inquiriu:
– Acredita o meu benfeitor que deva optar pelo uso de hipnóticos?
– Não. Os hipnóticos são úteis só na áspera fase de absoluta
ignorância mental, quando é preciso neutralizar as células nervosas
ante os prováveis atritos da organização perispirítica. Em teu
caso, Marcelo, para a tua consciência que já acordou na espiritualidade
superior, o remédio mais eficaz consiste na fé positiva, na
autoconfiança, no trabalho digno, em pensamentos enobrecedores.
Permanecendo na zona mais alta da personalidade, vencerás os
desequilíbrios dos departamentos mais baixos, competindo-te, por
isto mesmo, atacar a missão renovadora e sublime que te foi
confiada no setor da própria iluminação e no bem do próximo. Os
elementos medicamentosos podem exercer tutela despótica sobre
o cosmo orgânico, sempre que a mente não se disponha a controlá-
la, recorrendo aos fatores educativos.
O rapaz osculou-lhe as mãos, enternecidamente, e Calderaro,
ocultando a comoção, falou, bem-humorado:
– Nada fizemos ainda por merecer o reconhecimento de qualquer
criatura. Somos não mais do que trabalhadores imperfeitos
em serviço e o serviço é a maior força que nos põe de manifesto
nossas próprias imperfeições. Todos temos um credor divino em
Jesus, cuja infinita bondade não nos é lícito esquecer.
E, acariciando-lhe os cabelos, acentuou:
Francisco Cândido Xavier - No Mundo Maior - pelo Espírito André Luiz 114
– Já lhe ouviste a palavra celestial, abandonando o mal, para
que te não suceda coisa pior. Assim sendo, és agora feliz. Em
verdade, somos presentemente felizes, porque nosso objetivo de
hoje é a realização do Reino de Deus, em nós, com o Cristo.
Trabalhemos com Ele, por Ele e para Ele, curando nossos males
para sempre.
O jovem abraçou-se a nós, qual se fora um filho, de encontro
aos nossos corações, e saímos juntos em agradável excursão de
estudos, enquanto seu corpo físico repousava tranqüilamente.
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