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Fundamentos Doutrinários da Umbanda

(Rubens Sareceni)

Prefácio (Alexandre Cumino)

Temos o fundamento da umbanda como um todo e os fundamentos de cada umbanda.


Vamos ver o que é comum a todos.
A palavra umbanda, na língua quimbumbo, significa a arte da cura. Mas a umbanda que nasceu
no Brasil vai bem além...

O que é Umbanda?

“Umbanda é a manifestação do espírito para a prática da caridade. É aprender e ensinar sem


virar as costas pra ninguém!” – Caboclo das 7 Encruzilhadas, pelo médium Zélio de Moraes,
1908.

Quais são os fundamentos básicos da Umbanda?

1. A presença de entidades: A umbanda é formada por entidades que se organizam em linhas


e falanges identificadas com aquele Orixá, aquele Santo, aquela força da natureza.

2. A música: A música serve para a concentração, o atabaque vibra no chackra básico, na


energia da terra e ajuda o médium a se sintonizar com a força primordial.

3. Os pontos riscados: O Símbolos riscados delimitam os campos de trabalho: para limpar,


descarregar, imantar...
A pemba é usada por causa do seu elemento calcário (rocha).

4. Uso da vela: pelo menos uma acesa. Pode acender a vela dentro de casa se ela for
direcionada em algum sentido.

5. A defumação: para a limpeza astral do ambiente.

6. O banho de ervas: para a limpeza pessoal.

07. Oferendas na natureza: Ofertar: doar, abrir a mão, é uma forma de se dobrar, assim como ir
à natureza.

08. As sete linhas da umbanda: as sete formas que Deus tem de nos amar.

Fundação da Umbanda

Zélio, aos 18 anos, estava passando mal por causa da mediunidade e foi levado a um Centro
Kardecista, ao incorporar, o espírito se identificou como Caboclo das 7 Encruzilhadas e foi
convidado a se retirar porque lá não era permitido espíritos ignorantes. Então ele se retirou sem
antes dizer que no dia seguinte, baixaria na casa de seu filho e fundaria uma nova religião: A
Umbanda, aberta a todos os espíritos que quisessem aprender e ensinar!
Como surgem as religiões?

Elas surgem a partir de necessidades novas que não são supridas pelo que já se conhece.

O que me levou a sair do Urubatão?

O grau de liberdade, de aceitação que recebi ao fazer curativo com o dedé, ir ao Bezerra,
trabalhar na sua casa. Minhas dores eram acolhidas. Lá no terreiro o ambiente era frio. Com o
dedé eu encontrei um lar.

Ao trabalhar no Geel esse sentimento ganhou adeptos, uma verdadeira comunidade e


estávamos engajados num movimento de transformação (Encontro Recanto da Paz), a curva foi
baixando, baixando... pessoas saindo e depois até os da assistência diminuindo...

Ficamos em casa. Largamos o pito e as incorporações de sofredores começaram e uma série de


coisas novas, ataques, dores nunca antes vivenciadas, muito choro, conflito íntimo, entre o casal,
total desconhecimento do que estava acontecendo, manifestação do inconsciente. Através disso
se revelou meu sonho.

Depois teve a limpeza do dedé (ainda acontecendo) culminou com uma retomada à Umbanda e
a volta ao contato com o sentimento da Umbanda.

Não fui aceita por já ter me iniciado em outra casa, não podia ter bebida nem fumo e eu queria
manter a liberdade que já tinha conquistado, sem precisar entrar pra uma instituição, pra mim,
engessada.

Comecei a riscar ronda dentro do banheiro, pedi ajuda ao dedé e ele aceitou fazer reuniões
comigo.

A umbanda é uma religião monoteísta

Os orixás são criaturas e não criadores. Cada um trabalha numa faixa da qualidade divina.

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