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Gerenciamento de Riscos
nos Processos da
Indústria Farmacêutica
Lauro D. Moretto
Jair Calixto 13
Volume
2011
SINDUSFARMA
Moretto, Lauro D.
Diretrizes para o gerenciamento de riscos nos
processos da indústria farmacêutica : volume 13 /
Lauro D. Moretto, Jair Calixto. -- São Paulo :
SINDUSFARMA, 2011.
ISBN 978-85-60162-25-3
11-02983 CDD-338.476151
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Impresso no Brasil
Projeto gráfico e capa: Finazzi Propaganda
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APRESENTAÇÃO
A qualidade de medicamentos e de seus insumos, nos níveis em que se exige
atualmente, somente pode ser alcançada quando se avaliam os processos, os
equipamentos e os recursos humanos utilizados em cada uma das fases produtivas.
A publicação das diretrizes ICH, conhecidas pelas siglas Q8, Q9 e Q10, determinaram,
praticamente, a abordagem do risco como importante ferramenta auxiliar de controle
e monitoramento, no âmbito da qualidade de medicamentos.
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Camila Callegari
Gizele C. Lopes
Humberto Zardo
Isac Silva
André Poli
Carlos Rover
Célia Paschoal
Cláudio Paié
Edinaldo Ferreira
Elizeu R. Netto
Felipe Belo
Fernanda Miras
Fernanda Cerveira
Fernanda Teles
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Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
Flávio Murbach
Helena Silveira
Jeferson Pinheiro
Juliana Soares
Lia Guimarães
Márcia Pereira
Márcia Ramos
Mariana Pavanelli
Marina Bongioanni
Marisa Hirano
Natália Bellan
Paulo Camossa
Regina Alves
Tiago Forte
Valéria Madeira
Vanessa Azevedo
Coordenação:
Jair Calixto
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SINDUSFARMA
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Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
SUMÁRIO
Introdução .......................................................................................... 3
1. Conceitos......................................................................................... 7
1.1 Definições ...................................................................................7
1.2 Gerenciamento de riscos ................................................................7
1.3 Os benefícios da análise de riscos ....................................................9
1.4 Diretrizes APPCC (HACCP) ............................................................ 11
2. Tomada de Decisão e o Tratamento do Risco ................................. 15
3. Controle de Mudanças ................................................................... 19
4. Principais Ferramentas de Análise de Risco ................................... 23
4.1 Árvore de Análise de Falha - Fault Tree Analysis (FTA)................... 23
4.2 Análise de Operabilidade de Perigos (HAZOP) .................................. 23
4.3 Análise de Modo e Efeito de Falhas (FMEA)...................................... 24
4.4 Análise de Riscos e Pontos Críticos de Controle - APPCC (HACCP) ....... 30
5. Abordagem Prática da Análise de Risco nos Processos
Farmacêuticos ................................................................................... 41
6. Análise de Riscos em processos simulados .................................... 51
6.1 Pesagem .................................................................................... 51
6.2 Injetáveis SPGV – Manipulação e Envase ........................................ 59
6.3 Sólidos - Granulação .................................................................... 70
6.4 Sólidos - Compressão .................................................................. 81
6.5 Líquidos - Manipulação e Envase.................................................... 86
6.6 Semissólidos – Manipulação e Envase........................................... 101
6.7 Embalagem Secundária .............................................................. 113
7. Glossário ..................................................................................... 127
8. Bibliografia .................................................................................. 131
9. Anexos ........................................................................................ 135
Anexo 1: ICH Q9 - Gerenciamento de Risco na Qualidade ..................... 135
Anexo I: Métodos e Ferramentas para Gerenciamento de Riscos ............ 148
Anexo II: Potenciais Aplicações do Gerenciamento de Risco na Qualidade 153
Anexo 2 ........................................................................................ 160
Apêndice 1 ..................................................................................... 172
Apêndice 2 ..................................................................................... 173
Anexo 3: Modelo de Plano de HACCP ................................................ 174
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Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
INTRODUÇÃO
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Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
INTRODUÇÃO
Este livro tem o objetivo de apresentar a análise de risco sob o ponto de vista
da aplicação prática nos processos, desmembrando a sistemática e traduzindo-a
para uma linguagem de fácil interpretação, de modo que o profissional da área
farmacêutica possa rapidamente entender os conceitos e iniciar a aplicação
imediata em seu processo específico.
Nosso objetivo é tornar esta tarefa ainda mais fácil, por meio da apresentação
de simulações de alguns dos mais importantes processos farmacêuticos, como
sólidos, líquidos, semissólidos, pesagem, embalagem e injetáveis, nos quais
fazemos uma análise detalhada do processo com a consequente interpretação
dos riscos e estabelecimentos dos pontos críticos de controle.
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Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
1. CONCEITOS
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Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
1. CONCEITOS
1.1 Definições
Identificação;
Análise;
Avaliação.
Redução;
Aceitação;
1
WHO TRS N. 908, 2003 Annex 7 ² WHO TRS N. 908, 2003 Annex 7 e ICH Q9, 2005
7
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Eliminação;
Transferência.
Fig. 1 – Fluxograma das atividades envolvidas no Gerenciamento do Risco. Note que estas atividades
são contínuas. O gerenciamento do risco é uma atividade ininterrupta.
Para garantir:
8
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
- Atendimento às leis;
9
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Com todos estes benefícios, uma pessoa menos informada poderia dizer
que a análise de risco substitui as BPFs. Na verdade, a análise de risco é o
primeiro passo para o cumprimento constante das BPFs. O plano de controle
de riscos é dinâmico e deve ser desenhado para acomodar mudanças e
melhorias decorrentes de, mas não limitadas a/à:
Novas tecnologias;
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Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
IDENTIFICAÇÃO DO RISCO
avaliação do risco
ANÁLISE DO RISCO
FERRAMENTAS DE GERENCIAMENTO
AVALIAÇÃO DO RISCO
COMUNICAÇÃO DO RISCO
INACEITÁVEL
controle do risco
REDUÇÃO DO RISCO
ACEITAÇÃO DO RISCO
revisão do risco
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Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
2. TOMADA DE DECISÃO
E O TRATAMENTO
DO RISCO
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Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
Eliminar/Extinguir
Minimizar / Mitigação
Transferir
Aceitar
I Transferir Eliminar
m Seguros Extinguir
p
a
c
t Reter Minimizar
o
Aceitar Reduzir
Probabilidade
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Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
3. CONTROLE
DE MUDANÇAS
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Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
3. CONTROLE DE MUDANÇAS
O gerenciamento de riscos na empresa também envolve mudanças e estas são
implantadas após avaliação dos riscos inerentes. Assim, qualquer modificação
de processo, de formulação ou de equipamento deve ser comunicada à equipe
multidisciplinar APPCC para avaliar os riscos e seus impactos, de modo que
sua implantação seja feita com base em uma análise precisa e com amplo
conhecimento técnico-científico. A indústria já tem incorporado o mecanismo e
a rotina para efetuar o Controle de Alterações ou Controle de Mudanças, uma
obrigatoriedade das BPF&C, onde uma equipe analisa os impactos de determinada
mudança a ser implantada em processos, equipamentos, métodos e produtos.
A redação dada pela RDC nº 17, de 16 de abril de 2010, aponta que o controle
de mudanças está assim disciplinado:
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Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
4. PRINCIPAIS
FERRAMENTAS DE
ANÁLISE DE RISCO
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Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
A ferramenta FTA (vide IEC 61025) é uma abordagem que assume as falhas
de funcionalidade de um produto ou processo. Esta ferramenta avalia as
falhas dos sistemas (ou subsistemas), uma por vez, porém pode combinar
múltiplas causas de falhas identificando “cadeias de causas”. Os resultados
são representados ilustrativamente em forma de uma árvore de modos de
falhas. A cada nível na árvore, combinações de modo de falhas são descritas
com operadores lógicos. A FTA conta com o entendimento dos especialistas
de processo para identificar os fatores de causa. A FTA pode ser utilizada
para estabelecer o caminho de chegada à causa raiz da falha, investigar
reclamações ou desvios, entender completamente sua causa raiz e assegurar
que as melhorias pretendidas resolverão completamente o problema e não
permitirão reincidências (ex.: a solução de um problema torna-se a causa de
outro). A FTA é uma ferramenta efetiva para avaliar como múltiplos fatores
afetam um determinado problema. O resultado de uma FTA inclui uma
representação visual dos modos de falhas. É utilizada tanto na avaliação de
risco quanto no desenvolvimento de programas de monitoramento.
A HAZOP (vide IEC 61882) é baseada em uma teoria que assume que um
evento de risco é causado por desvios de projeto ou intenções operacionais.
É uma técnica de brainstorming para identificar perigos usando denominados
guias de palavras. Guia de palavras (por exemplo: Não, Mais, Diferente de,
Parte de) é aplicado a parâmetros relevantes (por exemplo: contaminação,
temperatura) para ajudar a identificar desvios potenciais de uso normal ou
intenções de projeto. Frequentemente, a HAZOP usa uma equipe de pessoas
com experiência, a qual cobre o processo ou produto e sua aplicação.
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TIPOS DE FMEA
Existem diversos tipos de FMEAs. Alguns são usados muito mais frequentemente
que outros. Os FMEAs devem sempre ser aplicados quando as falhas indicarem
potenciais danos e riscos ao usuário final do produto que está sendo desenvolvido.
Aplicações do FMEA
Usos do FMEA
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Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
Assegurar que qualquer falha que possa ocorrer não cause danos ou
sérios impactos ao consumidor final.
BENEFÍCIOS DO FMEA
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PROCEDIMENTOS DO FMEA
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Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
Método de Detecção
Ação recomendada
da conclusão
Severidade
Ocorrência
Detecção
falha
falha
RPN
Ação tomada
Severidade
Ocorrência
Detecção
RPN
(10)
(11)
(12)
(13)
(14)
(15)
(16)
(17)
(18)
(19)
(20)
(21)
(22)
(23)
(24) Assinaturas
Corrosão;
Curto-circuito;
Fadiga no torque;
Deformações;
Quebras.
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Ferimentos ao usuário;
Odores;
Performance degradada;
Ruídos.
Contaminação;
Algoritmos errôneos;
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Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
Alinhamento impróprio;
Carga excessiva;
Voltagem excessiva.
10. Inclua o fator de probabilidade. Um peso numérico deve ser atribuído para
cada causa que indicar quão provável esta causa é (probabilidade de a causa
acontecer). Indústrias geralmente utilizam uma escala padrão de 1 para
improvável e 10 para inevitável.
16. Indique as ações tomadas. Após estas ações, refaça o índice de NPR. Há
mais alguma ação que deva ou possa ser tomada?
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Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
A APPCC pode ser usada para identificar e gerenciar riscos associados com
perigos químicos, físicos e biológicos (incluindo contaminação microbiológica).
O resultado gerado a partir da análise da APPCC são informações sobre
o gerenciamento de riscos que facilitam o monitoramento de pontos críticos,
não somente no processo de fabricação, mas também em outras fases do
ciclo de vida do produto.
Pode também ser utilizada para auxiliar a elaboração do PMV (Plano Mestre
de Validação), ajudando a identificar quais situações do processo são focos
para a validação.
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O diagrama de fluxo deve ser construído pela equipe APPCC e deve cobrir todas
as operações e decisões de um processo.
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Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
A equipe APPCC deve listar todos os perigos que podem ser razoavelmente
esperados a ocorrer em cada etapa da produção, controle de qualidade e
distribuição até o destino final do produto. Deve-se, e então, conduzir uma
análise de perigo no planejamento da APPCC para identificar quais perigos são
de natureza tal que se faz essencial a eliminação deste perigo ou a redução para
níveis aceitáveis.
Uma análise completa dos perigos é requerida para garantir um ponto de controle
efetivo. Uma análise de perigos em duas etapas é recomendada. Durante a
primeira etapa, a equipe deve revisar os materiais, atividades, equipamento,
armazenagem, distribuição e uso pretendido do produto. Deve ser elaborada
uma lista dos potenciais perigos (biológico, químico e físico) que podem ser
introduzidos, aumentados ou controlados em cada etapa.
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Durante a segunda etapa, uma avaliação do perigo deve ser conduzida, por ex.:
a severidade dos potenciais perigos e a probabilidade de sua ocorrência devem
ser estimadas.
A equipe deve, então, decidir quais potenciais perigos devem ser incluídos no
plano de APPCC, e que medidas de controle, caso existam, podem ser aplicadas
para cada perigo. Mais de uma medida de controle pode ser requerida para
controlar um perigo específico e mais de um perigo pode ser controlado por uma
determinada medida de controle.
materiais e ingredientes;
procedimentos do processo;
instalações;
equipamentos;
embalagens;
sanitização e higiene;
pessoal;
risco de explosões;
contaminação cruzada.
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Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
Um PCC no sistema APPCC pode ser mais facilmente determinado usando-se uma
Árvore de Decisão, que facilita uma abordagem lógica para análises dos riscos.
O modo pelo qual uma Árvore de Decisão é usada vai depender da operação em
questão, por ex.: produção, embalagem, reprocessamento, armazenamento,
distribuição. Deve ser oferecido treinamento no uso de árvores de decisão.
Limites críticos devem ser especificados e verificados, se possível para cada ponto
crítico de controle. Às vezes, mais do que um limite crítico pode ser especificado
numa determinada etapa. O critério usado sempre inclui medições de temperatura,
tempo, umidade, pH e parâmetros sensoriais, tais como aspecto visual e textura.
Limites críticos devem ser embasados cientificamente.
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Ações corretivas específicas devem ser desenvolvidas para cada PCC no sistema
APPCC a fim de lidar com os desvios quando eles ocorrerem. Estas ações devem
assegurar que o PCC seja mantido sob controle. Ações corretivas devem incluir,
no mínimo:
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Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
Além disso, é válida uma avaliação periódica completa do sistema por um terceiro
imparcial e independente. Isto deverá incluir avaliação técnica de análise de
perigos e de cada elemento do plano de APPCC, bem como rever, in loco, todos os
diagramas de fluxo e registros apropriados da operação do plano. Tal verificação
completa é independente de outros procedimentos de verificação e deve ser
realizada de modo a assegurar que o plano de APPCC é resultante do controle
dos perigos. Se os resultados da verificação completa identificar deficiências, a
equipe deve modificar o plano de APPCC.
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Análise de perigo;
Plano de APPCC;
Etapas do processo;
Perigos associados;
Limites críticos;
Desvios;
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Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
5. ABORDAGEM PRÁTICA
DA ANÁLISE DE RISCO
NOS PROCESSOS
FARMACÊUTICOS
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Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
Etapas do Processo
FLUXOGRAMA DO PROCESSO
FABRICAÇÃO DE COMPRIMIDOS
MISTURADOR
Etapas
Adicionar excipientes (lactose e amido)
(cont.)...
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FLUXOGRAMA DO PROCESSO
FABRICAÇÃO DE COMPRIMIDOS
2 Preparo solução
Misturar até
2.3
completa dissolução
GRANULADOR
4. Granular a massa através de malha de
6 milímetros
10. e MISTURADOR
11. Misturar
FIM DO PROCESSO
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Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
Deve ser preenchida a tabela com o título: “Árvore de Decisão para Pontos Críticos
de Controle”, com todos os riscos mapeados pela equipe multidisciplinar, para se
determinar os PCCs que devem ser seguidos, conforme as perguntas da Árvore
de Decisão abaixo.
Não
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Pergunta 1
Pergunta 1.1
Isto quer dizer que a equipe multidisciplinar deve ter experiência no processo
e saber avaliar e definir se é necessário algum tipo de controle naquela
etapa. Se não for necessário nenhum tipo de controle, logo não é um Ponto
Crítico de Controle e nada deverá ser feito. Não é crítico, não existe risco
ou ele é desprezível.
Pergunta 2
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Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
Se a resposta da pergunta 1 for “sim”, então deve-se seguir com à pergunta 2, avaliando se
o passo foi desenhado para eliminar ou reduzir a probabilidade de risco ao nível aceitável.
Caso a resposta seja positiva, o passo é um ponto crítico de controle, que deve
ser monitorado continuamente e as perguntas 3 e 4 não se aplicam, sendo
respondidas como N/A - “não aplicável”. Se a resposta for negativa, deve-se
seguir para a pergunta 3. Pode ocorrer risco acima do nível aceitável ou pode
aumentar a um nível não aceitável.
Pergunta 3
Se a resposta for não, não é um PCC. Caso a resposta seja positiva, ou seja, a
contaminação (química, física, biológica) e/ou falhas possam ocorrer acima dos
níveis aceitáveis, por exemplo, o controle existente não é suficiente para eliminar
o risco, deve-se seguir para a pergunta 4.
Pergunta 4
Após definição dos pontos críticos de controle através da Árvore de Decisão, deverá
ser preenchida a tabela com o título: ”Avaliação dos Pontos Críticos de Controle
no Processo” (exemplo da tabela encontra-se no item 6), onde são descritas:
Fase, Etapa, Risco, Índice, Nível do risco (criticidade), Gerenciamento do Risco
(Ação) e Análise do Risco, com todos os pontos críticos definidos anteriormente
pela equipe multidisciplinar, para os quais deverá ser atribuída uma pontuação
para quantificá-los com base nos parâmetros: severidade, ocorrência e detecção,
onde a pontuação atribuída a cada um dos índices deverá ser multiplicada, para
gerar o nível do risco.
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Cada risco apresentado deve ser classificado nos três índices abaixo:
Será dada atenção especial para severidade alta (5). Pode ser considerada
como um nível de criticidade alto, mesmo se a multiplicação for menor que 27.
A consideração da criticidade SxOxD em nível alto fica a critério da empresa,
conforme sua análise.
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Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
Severidade 1 3 5
Ocorrência 1 3 5
Detecção 5 3 1
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Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
6. ANÁLISE DE RISCOS
EM PROCESSOS
SIMULADOS
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Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
6.1 PESAGEM
Processo Simulado
Descrição Básica
Forma farmacêutica: sólido oral.
Comprimidos de 300 mg.
Fase do processo: pesagem.
Características importantes do Insumo – PCC 2009:
fotossensível; muda de cor;
higroscópico;
granulometria: pó cristalino;
oxidável pelo ar;
concentração do ativo: 100 mg/comprimido. Baixa potência, mas
com risco de efeitos adversos, inclusive no contato com a pele.
Características importantes da Formulação:
contém amido de milho, dióxido de silício coloidal, lactose,
metilcelulose, estearato de magnésio, glicolato de amido sódico;
lactose malha 80;
estearato: extraleve;
Tamanho do lote: 600 kg.
Descrição do Processo
1. Documentos de pesagem
i. Folha de pesagem;
ii. Ordem de produção.
2. Procedimentos
(cont)...
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PESAGEM
(cont.)...
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Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
PESAGEM
FIM DO PROCESSO
1.Existem medidas de
controle preventivo?
2. O passo foi 3. Pode(m) 4. O passo se-
Sim-> 2 Não-> 1.1 desenhado ocorrer risco(s) guinte eliminará
HVSHFL¿FDPHQWH LGHQWL¿FDGR V o(s) risco(s)
1.1 O controle neste para eliminar ou acima do LGHQWL¿FDGRV V
passo é necessário para a reduzir a probabi- nível aceitável, ou ou reduzirá a
segurança? lidade de ocorrên- pode(m) aumentar probabilidade de
Passos / Etapas
cia de risco a um a um nível não ocorrência a um
Não-> nível aceitável? aceitável? nível aceitável?
Sim-> 1.2 Não é um
PCC(*)
Conferir re-
cipientes de MPs
Sim Não Sim Não-> é um PCC
recebidos do
almoxarifado
Transferir recipi-
1. Não
entes para box de N/A N/A N/A
1.1 Não
pesagem
Conferir limpeza
dos utensílios de Sim Sim. É PCC N/A N/A
pesagem
(cont.)...
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SINDUSFARMA
1.Existem medidas de
controle preventivo?
2. O passo foi 3. Pode(m) 4. O passo se-
Sim-> 2 Não-> 1.1 desenhado ocorrer risco(s) guinte eliminará
HVSHFL¿FDPHQWH LGHQWL¿FDGR V o(s) risco(s)
1.1 O controle neste para eliminar ou acima do LGHQWL¿FDGRV V
passo é necessário para a reduzir a probabi- nível aceitável, ou ou reduzirá a
segurança? lidade de ocorrên- pode(m) aumentar probabilidade de
Passos / Etapas
cia de risco a um a um nível não ocorrência a um
Não-> nível aceitável? aceitável? nível aceitável?
Sim-> 1.2 Não é um
PCC(*)
Pesar as MPs
1. Não
conforme ordem Sim. É PCC N/A N/A
1.1 Sim
de produção
Fechar os re-
cipientes plásticos 1. Não
Não N/A N/A
com lacre identi- 1.1 Não
¿FDGRU
Etiquetar os
recipientes com
Sim Sim. É PCC N/A N/A
etiqueta autoa-
desiva
Fechar os re-
1. Não
cipientes originais N/A N/A N/A
1.1 Não
das MPs
Separar os recipi-
1. Não
entes pesados em N/A N/A N/A
1.1 Não
um pallet
6HJXLUSDUDRSUy[LPRULVFRLGHQWL¿FDGRQRSURFHVVR
1tYHLVDFHLWiYHLVRXQmRGHYHPVHUGH¿QLGRVGHQWURGRVREMHWLYRVJHUDLVQDLGHQWL¿FDomRGH3&&VGRSODQR
de HACCP.
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Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
Nível do
Índices
Risco
Fase
Análise do
Etapa Risco Ação
Médio
Risco
Baixo
Alto
S O D Nº
Se a MP é
diferente: perda
do lote. Se o
recipiente estiver
sujo: ação de
Conferir Incluir du- limpar antes
MP er-
recipi- plo check de abrir. Se o
rada,
entes na con- recipiente estiver
recipien-
de MPs 5 3 1 15 X ferência e GDQL¿FDGRDomR
te sujo,
recebidos YHUL¿FDomR visual. Investigar
dani-
do almo- dos recipi- possível dano
¿FDGR
xarifado entes ao conteúdo e,
se necessário,
regressar à
quarentena para
o controle de
qualidade
Se o utensílio
estiver sujo:
ação de limpar
Pesagem
antes de usar.
Se contaminação
não visível, pode
Conferir
haver sério risco
limpeza Contami- Já existem
ao usuário do
dos uten- nação do 5 1 3 15 X medidas de
produto caso a
sílios de material controle
impureza não for
pesagem
detectada no en-
saio do produto
em processo
RX¿QDO6HIRU
detectada: perda
do lote
0RGL¿FDUR
processo
Pesagem Incluir na
Pesar incor- OP: usar
Produto fora da
as MPs reta, utensílio de
HVSHFL¿FDomR
conforme risco de 5 3 5 75 X pesagem
e alteração do
ordem de contami- limpo, ano-
produto
produção nação tar valor
cruzada pesado,
preparar a
etiqueta
(cont.)...
55
SINDUSFARMA
Nível do
Índices
Risco
Fase
Análise do
Etapa Risco Ação
Médio
Risco
Baixo
Alto
S O D Nº
produção
Identi-
¿FDomR
incorre-
Checagem
,GHQWL¿FDU ta. Troca
5 1 1 5 X na manipu- Perda do lote
o pallet da MP.
lação
Contami-
nação
cruzada
$FODVVL¿FDomRVHUiGDGDSHODPXOWLSOLFDomRGRVtQGLFHV6[2['$SRQWXDomRTXHJHUDUiDPXOWLSOLFDomRVHUi
GDGDSHORVQ~PHURVH29DORUPXOWLSOLFDGRGDUiDFODVVL¿FDomRGR1tYHOGH5LVFR%$,;2 D 0e',2
(15 a 25) e ALTO (27 a 125). Será dada uma atenção especial para severidade alta (5). Pode ser considerada
FRPRXP1tYHOGH&ULWLFLGDGH$OWR¿FDQGRDFULWpULRGHFDGDHPSUHVD
56
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
O item 2.1 do fluxograma foi considerado um PCC. Este item foi classificado como
um PCC de nível crítico de risco médio, pois há o risco de se obter um produto
fora de especificação em razão de possíveis falhas na conferência da matéria-
prima e condições de seus recipientes. Portanto, fez-se necessário incluir duplo
check na conferência e verificação dos recipientes.
O item 2.5 do fluxograma foi considerado um PCC. Este item foi classificado
como um PCC de nível crítico de risco alto. Os possíveis erros de pesagem e
contaminação cruzada podem resultar num produto em não conformidade.
Portanto, fez-se necessário modificar o processo na ordem de produção inserindo
as seguintes instruções: usar utensílio de pesagem limpo, anotar o valor pesado,
preparar a etiqueta.
O item 2.7 do fluxograma foi considerado um PCC. Este item foi classificado como
um PCC de nível crítico de risco médio. O risco de se obter uma identificação errada
pode resultar um produto em não conformidade. Portanto, fez-se necessário
incluir dupla conferência.
O item 2.10 do fluxograma foi considerado um PCC. Embora tenha sido classificado
como um PCC de nível de risco baixo, a possibilidade de erro na identificação
do pallet pode ocasionar a perda do lote. Portanto, fez-se necessário incluir a
checagem na manipulação.
PESAGEM
(cont.)...
57
SINDUSFARMA
PESAGEM
Box de pesagem
4 9HUL¿FDUOLPSH]DGRVXWHQVtOLRVGHSHVDJHP
3HVDUDVPDWpULDVQDVTXDQWLGDGHVHVSHFL¿FD-
5
das na OP
9 Separar MP em um pallet
FIM DO PROCESSO
58
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
(cont)...
59
SINDUSFARMA
Etapas 2. Manipulação
Adição da matéria-prima e
2.3
homogeneização
2.4 $MXVWHGRYROXPH¿QDO
2.5 +RPRJHQHL]DomR¿QDO
(cont.)...
60
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
Etapas 3. ENVASE
9HUL¿FDUOLPSH]DGDOLQKDGHHQYDVHH
3.3
máquina. Liberar a linha para o envase
3.6 9HUL¿FDomRGRYROXPHDFDGDPHLDKRUD
FIM DO PROCESSO
61
SINDUSFARMA
Recebimento
de matéria- 1. Sim Sim. É PCC
prima
9HUL¿FDUD
limpeza do re-
ator e liberar 1. Sim 2. Sim. É PCC N/A N/A
o reator para
preparo
1.1 Não -> Não
é PCC. Adição
Medição da inicial da água
água WFI, programada. No N/A N/A N/A
1.000 l ¿PGRSUHSDUR
haverá o ajuste
GRYROXPH¿QDO
Acionar a
1. Sim 2. Não 3. Sim -> 4 Não. É PCC.
agitação
Manipulação
Adição da MP
e homoge- 1. Sim 2. Não 3. Sim -> 4 Não. É PCC.
neização
2. Sim>PCC
Conferência do
Ajuste do
1. Sim YROXPH¿QDO N/A N/A
YROXPH¿QDO
com régua cu-
bicada
2.Sim> PCC
Velocidade de
agitação e tem-
Homogeneiza-
1. Sim po de agitação. N/A N/A
omR¿QDO
Confe-
rência visual de
precipitado
(cont.)...
62
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
1. Sim ->
Amostragem.
Liberação para 3. Não-> Não
Análise do 2. Não -
envase é PCC
Controle de
qualidade.
Conferir os
insumos diante
das informa-
ções da OP e 1. Sim 2. Sim. É PCC N/A N/A
anotar os lotes
e quantidades
utilizadas
9HUL¿FDUOLPSH]D
de linha de en-
vase e máquina.
Envase
Conferir o risco
de contamina-
ção microbiana,
1. Sim 2. Sim. É PCC N/A N/A
pois o produto é
estéril. Liberar
a linha para o
envase
Ajustar a
máquina para
o envase do 1. Sim 2. Sim. É PCC N/A N/A
YROXPHGH¿QLGR
na OP
3. Não->
Iniciar o envase 1. Sim 2. Não N/A
Não é PCC
9HUL¿FDomRGR
volume a cada 1. Sim 2. Sim. É PCC N/A N/A
meia hora
6HJXLUSDUDRSUy[LPRULVFRLGHQWL¿FDGRQRSURFHVVR
1tYHLVDFHLWiYHLVRXQmRGHYHPVHUGH¿QLGRVGHQWURGRVREMHWLYRVJHUDLVQDLGHQWL¿FDomRGH3&&VGR
plano de HACCP.
63
SINDUSFARMA
Risco
Fase
Gerenciamento Análise de
Médio
de Risco Risco
Baixo
Alto
S O D Nº
discriminada
-prima dos sacos de duto fora da
na OP
matéria-prima especificação
Verificar o
esgotamento
Verificar
total do reator
a limpeza
e linha. Produto fora
do reator
Contaminação Verificar enxa- da especifica-
e liberar 5 1 1 5 X
cruzada gue do reator e ção e/ou perda
o reator
linha com água do produto
para
WFI.
preparo
Check List,
limpeza
Não esta-
belece a
velocidade de
agitação pode Revisar a OP Dificuldade em
Acionar a causar pro- e estabeceler solubilizar a
5 1 1 5 X
agitação blemas para velocidade de Mp. Atraso no
solubilização agitação processo
da matéria-
-prima a ser
adicionada
Padronização
do tempo e
Dificuldade de
Manipulação
Adição velocidade
solubilização; Atraso na
da MP e de agitação.
não homoge- 3 3 3 27 X Manipulação.
Homoge- Detalhar o
neização das Reprocesso
neização procedimento
MPs
de adição das
OPs
Alteração Estabelecer
Ajuste do do teor caso dupla confe- Produto fora
volume volume adi- 5 1 5 25 X rência para vo- da especifi-
final cionado seja lume de água cação
incorreto adicionada
Estabelecer
Agitação não
velocidade
eficiente, não
Homoge- de agitação Produto fora
garantindo
neização 5 1 1 5 X e tempo de da especifi-
homogeneida-
final agitação. Con- cação
de da fórmula
ferência visual
final
de precipitado
(cont.)...
64
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
Risco
Fase
Gerenciamento Análise de
Médio
de Risco Risco
Baixo
Alto
S O D Nº
Contaminação
Confe- cruzada na
rir os manipulação.
insumos Utilização Produto fora
Duplo check
diante de lotes 1 1 3 3 x da especifi-
list na OP
das infor- diferentes aos cação
mações discriminados
da OP na OP para
o uso
Verificar
limpe-
za da
Checar proce-
linha de Contamina-
dimentos de
envase e ção cruzada. Produto repro-
5 1 3 15 X limpeza; verifi-
máquina. Contaminação vado
car a condição
Envase
Liberar microbiológica
da área limpa
a linha
para o
envase
Ajustar a
Duplo check
máquina Ajuste inade-
list para ajuste
para o quado da má-
da máquina de Produto fora
enva- quina. Volume
5 3 1 15 X envase. Incluir da especifi-
se do envasado fora
na OP visto do cação
volume da especifi-
operador que
definido cação
fez o ajuste
na OP
Treinamento e
Controle Desvios da
orientação do
em pro- máquina Produto fora
operador para
cesso do de envase 5 1 1 5 x da especifi-
realizar os tes-
volume ao longo do cação
tes de controle
envasado envase
em processo
$FODVVL¿FDomRVHUiGDGDSHODPXOWLSOLFDomRGRVtQGLFHV6[2['$SRQWXDomRTXHJHUDUiDPXOWLSOLFDomRVHUi
GDGDSHORVQ~PHURVH2YDORUPXOWLSOLFDGRGDUiDFODVVL¿FDomRGR1tYHOGH5LVFR%$,;2 D 0e',2
(15 a 25) e ALTO (27 a 125). Será dada uma atenção especial para severidade alta (5). Pode ser considerada
FRPRXP1tYHOGH&ULWLFLGDGH$OWR¿FDQGRDFULWpULRGHFDGDHPSUHVD
65
SINDUSFARMA
O item 2.2 do fluxograma foi considerado um PCC. Apesar de ser classificado como
um PCC de nível crítico baixo, pois é iniciada a agitação apenas com água, não
informa a velocidade de agitação; portanto, a OP foi revisada e a velocidade de
agitação foi incluída na OP e implementada, sendo a velocidade de 50 a 100 rpm;
O item 2.3 do fluxograma foi considerado um PCC. Este item foi classificado como
um PCC de nível crítico alto; onde neste item é realizada a agitação das matérias-
primas, porém não existe controle de tempo e velocidade de agitação; portanto,
a OP foi revisada e o tempo e velocidade de agitação foram implementados,
(tempo: 20 minutos e velocidade: de 50 a 100 rpm). Também foi detalhada a
adição de matérias-primas que não estava descrita na OP.
O item 2.4 do fluxograma foi considerado um PCC. Este item foi classificado
como um PCC de nível crítico alto, embora o valor S x Ox D seja menor que 27,
a severidade foi considerada crítica. O ajuste incorreto de volume final impacta-
se diretamente no produto, podendo ficar fora de especificação. Neste item já
existe a verificação do volume com régua cubicada, porém esta verificação foi
validada e foi estabelecida e incluída na OP dupla conferência de verificação de
volume final;
O item 2.5 do fluxograma foi considerado um PCC. Este item foi classificado como
um PCC de nível crítico alto, seguindo o padrão do item 2.4, onde a severidade do
processo teve um peso maior na definição do nível crítico. Foi incluído na OP que
deve ser feita a conferência visual de formação de precipitado e foi estabelecido
tempo de agitação de 60 minutos com velocidade de agitação de 75 rpm;
O item 3.2 do fluxograma foi considerado um PCC. Apesar de ser classificado como
um PCC de nível crítico baixo, neste item não existe conferência dos insumos por
dois colaboradores; portanto, foi implementado o duplo check list de liberação
diante das informações da OP.
O item 3.3 do fluxograma foi considerado um PCC. Este item foi classificado
como um PCC de nível crítico médio, pois não existe verificação de limpeza de
equipamento e área; portanto, foi implementado o duplo check list de limpeza
da máquina de envase e verificação de limpeza da área limpa.
O item 3.4 do fluxograma foi considerado um PCC. Este item foi classificado como
um PCC de nível crítico médio, pois não existe conferência dos ajustes realizados
na máquina por dois colaboradores; portanto, foi implementado o duplo check
list de realização de ajuste da máquina de envase e inclusão na OP de visto do
operador que fez o ajuste.
66
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
como um PCC de nível crítico baixo, pois já existe controle em processo a cada
30 minutos, foi necessário realizar treinamento e orientação aos operadores da
necessidade de realizar o controle em processo durante o envase.
Recebimento da matéria-prima
1.1 Realizar duplo checkQDYHUL¿FDomRGDV
etiquetas dos sacos de matéria-prima
Etapas 2. Manipulação
Acionar a agitação
2.2
Acionar a agitação do reator a 75 rpm
(cont.)...
67
SINDUSFARMA
$MXVWHGRYROXPH¿QDO
2.4 $MXVWHGRYROXPH¿QDOSDUD/
Realizar duplo check listSDUDYHUL¿FD-
ção do volume adicionado
+RPRJHQHL]DomR¿QDO
2.5 +RPRJHQHL]DUDVROXomR¿QDODUSP
SRUPLQXWRVH¿OWUDomRHPPDOKD
de porosidade adequada
Etapas 3. ENVASE
(cont.)...
68
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
FIM DO PROCESSO
Legenda
69
SINDUSFARMA
70
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
FABRICAÇÃO DE COMPRIMIDOS -
MANIPULAÇÃO VIA ÚMIDA
Etapas 1. Manipulação
2 Preparo solução
Adicionar água,
2.1
metilcelulose
71
SINDUSFARMA
FABRICAÇÃO DE COMPRIMIDOS -
MANIPULAÇÃO VIA ÚMIDA
GRANULADOR
4 Granular a massa através de malha de 6
milímetros
10 Misturar
FIM DO PROCESSO
72
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
Preparar
solução com 1. Não / 1.1 Não
N/A N/A N/A
água, metilce- / Não é um PCC
lulose
(cont.)...
73
SINDUSFARMA
Adicionar
a solução 1. Não / 1.1 Sim
Sim-> Controle
preparada ao (VSHFL¿FDU
de velocidade e N/A N/A
Misturador velocidade e
tempo
do item 1. tempo / 1.Sim
Misturar
Granulação
Granular a
massa através 1. Não / 1.1 Sim 6LP!(VSHFL¿-
de Granulador (VSHFL¿FDU cação da malha
N/A N/A
provido de velocidade / e velocidade de
malha de 6 1. Sim granulador
milímetros
Não. Inserir
os seguintes
controles:
(VSHFL¿FDomRGD
Transferir para umidade/Tempo
Secagem na estufa
Retirar da
estufa;
1. Não / 1.1 Não
transferir para N/A N/A N/A
/ Não é um PCC
recipiente
adequado
(cont.)...
74
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
Granular
através de 6LP!(VSHFL¿-
granulador 1. Não / 1.1 Sim cação da malha
com malha (VSHFL¿FDU e velocidade de
N/A N/A
de 1 milí- velocidade / granulador e
metro. Medir 1. Sim HVSHFL¿FDomRGH
distribuição da granulometria
granulometria
&ODVVL¿FDomR
6HJXLUSDUDRSUy[LPRULVFRLGHQWL¿FDGRQRSURFHVVR
1tYHLVDFHLWiYHLVRXQmRGHYHPVHUGH¿QLGRVGHQWURGRVREMHWLYRVJHUDLVQDLGHQWL¿FDomRGH3&&VGRSODQR
de HACCP.
75
SINDUSFARMA
Risco
Fase
Gerenciamento Análise de
de Risco Risco
Médio
Baixo
Alto
S O D Nº
Antes de iniciar
o processo de
produção, é feita
a conferência Rendimento
Troca de
entre as quanti- e teor não
Conferência MP ou
5 1 1 5 X dades pesadas x conforme
das MPs troca de
as quantidades com o espe-
lote
descritas na cificado
ordem de produ-
ção x código do
material
Adicionar
excipientes:
Cumprir tempo
lactose, ami- Mistura
e velocidade
do. Misturar. não ho- 3 1 1 3 X N/A
conforme especi-
Tempo: 10 mogênea
ficação
Mistura
minutos. Vel.:
100 rpm
Adicio-
nar EDTA Mistura Incluir na instru-
tetrassódico. não ho- 3 5 1 15 X ção da velocidade N/A
Misturar por mogenea de mistura
10 minutos
Adicionar
aerosil,
Mistura Incluir na instru- Problemas
finamente
não ho- 3 5 1 15 X ção da velocidade na compres-
pulverizado.
mogênea de mistura são
Misturar por
10 minutos
Adicionar
Mistura Incluir na instru-
PCC 2009.
não ho- 3 5 1 15 X ção da velocidade N/A
Misturar por
mogênea de mistura
5 minutos
Incluir na instru-
Problemas
Granulação
76
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
Risco
Fase
Gerenciamento Análise de
de Risco Risco
Médio
Baixo
Alto
S O D Nº
Secagem
Conferir e utilizar ineficiente
Granulação
a malha de do granu-
Utilização acordo com a lado, po-
Granulação
da malha 5 3 1 15 X especificação e dendo gerar
do pó
incorreta incluir velocidade possíveis
de rotação na problemas
instrução na compres-
são
Incluir na instru-
Produto fora
Distribuição Secagem ção as quantida-
3 5 1 15 X de especifi-
nas bandejas irregular des de bandejas
cação
utilizadas
Secagem
Tempe-
ratura e Acompanhar
Produto fora
umidade o registro da
Secagem 5 1 1 5 X da especifi-
fora do estufa. Verificar a
cação
especifi- calibração
cado
Problemas
Classifi-
Conferir e utilizar
cação
Utilização na compres-
Classificação a malha de
da malha 5 1 1 5 X são. Unifor-
dos grânulos acordo com a
incorreta midade do
especificação
grânulo
Mistura
$FODVVL¿FDomRVHUiGDGDSHODPXOWLSOLFDomRGRVtQGLFHV6[2['$SRQWXDomRTXHJHUDUiDPXOWLSOLFDomRVHUi
GDGDSHORVQ~PHURVH2YDORUPXOWLSOLFDGRGDUiDFODVVL¿FDomRGR1tYHOGH5LVFR%$,;2 D 0e',2
(15 a 25) e ALTO (27 a 125). Será dada uma atenção especial para severidade alta (5). Pode ser considerada
FRPRXP1tYHOGH&ULWLFLGDGH$OWR¿FDQGRDFULWpULRGHFDGDHPSUHVD
De acordo com a análise de risco realizada para o processo simulado de Sólidos, etapas
de manipulação e granulação, foram detectados alguns pontos críticos de controle
conforme relatado abaixo, onde, em alguns casos, não foi necessário implantar um
controle, pois já existiam; em outros casos, a implementação foi necessária.
O item 1.0 do fluxograma foi considerado um PCC. Apesar de ser classificado como
um PCC de nível crítico baixo, neste item não existe conferência das matérias-primas;
portanto, foi implementada a conferência entre as quantidades pesadas e as quantidades
descritas na OP.
77
SINDUSFARMA
O item 1.1 do fluxograma foi considerado um PCC. Este item foi classificado
como um PCC de nível crítico baixo, mas na OP existem parâmetros de operação
definidos, tempo e velocidade; portanto, não há necessidade de implementação
de controle nesta etapa, apenas o operador deve cumprir com estes parâmetros
que estão definidos na OP.
Os itens 1.2, 1.3 e 1.4 do fluxograma foram considerados PCCs. Estes itens foram
classificados como PCCs de nível crítico médio, pois apesar de terem o tempo de
mistura definido na OP, não informam a velocidade de trabalho; portanto, a OP
foi revisada e as velocidades de mistura foram implementadas.
O item 3 do fluxograma foi considerado um PCC. Este item foi classificado como
um PCC de nível crítico alto, pois é dependente do conhecimento adquirido do
operador e não possui o tempo de mistura e velocidade na OP; portanto, a OP
foi revisada e o tempo e velocidade de mistura foram implementados, tempo: 5
minutos e velocidade: 100 rpm.
O item 6 do fluxograma foi considerado um PCC. Este item foi classificado como
um PCC de nível crítico baixo, pois apesar de existir a temperatura de secagem,
nesta etapa o granulado deve ficar com umidade de no máximo 3%; portanto,
o acompanhamento do operador nesta etapa é essencial e o instrumento de
controle de temperatura da estufa deve estar sempre calibrado.
78
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
4. Assinaturas
FABRICAÇÃO DE COMPRIMIDOS -
MANIPULAÇÃO VIA ÚMIDA
Etapa
MISTURADOR
1.1 Adicionar excipientes (lactose e
amido)
2 Preparo solução
GRANULADOR
Granular a massa através de malha
4
de 6 milímetros com velocidade de
500 a 1.000 rpm.
(cont.)...
79
SINDUSFARMA
FABRICAÇÃO DE COMPRIMIDOS -
MANIPULAÇÃO VIA ÚMIDA
MISTURADOR
10 Misturar por 15 minutos com veloci-
dade de 15 rpm
FIM DO PROCESSO
80
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
Especificação Limite
Aspecto do núcleo Núcleo branco homogêneo, circular, de superfície côncava
Friabilidade чϭ͕Ϭй;ƐĞŵůĂŵŝŶĂĕĆŽͿ
Desintegração ϯϳΣчϭϱŵŝŶƵƚŽƐ
81
SINDUSFARMA
COMPRESSÃO
Etapa COMPRESSORA
1 Montagem da compressora
2 Regulagem da compressora
3 Liberação da máquina
5 Acondicionamento
FIM DO PROCESSO
82
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
1. Não
1.1 Sim
1.2 Realizar
Montagem da
duplo check da 2. Sim. É PCC N/A N/A
máquina
montagem da
máquina
1. Sim
Regulagem da
1. Sim 2. Sim. É PCC N/A N/A
compressora
Compressão
1. Não
1.1 Sim
1.2 Incluir
Liberação da
liberação após 2. Sim. É PCC N/A N/A
máquina
regulagem da
máquina
1. Sim
Controle em
processo 4. Não. É um
1. Sim 2. Não 3. Sim
durante a PCC
compressão
Acondiciona-
1. Sim 2. Sim. É PCC N/A N/A
mento
6HJXLUSDUDRSUy[LPRULVFRLGHQWL¿FDGRQRSURFHVVR
1tYHLVDFHLWiYHLVRXQmRGHYHPVHUGH¿QLGRVGHQWURGRVREMHWLYRVJHUDLVQDLGHQWL¿FDomRGH3&&VGRSODQR
de HACCP.
Risco
Fase
Gerenciamento de Análise de
Médio
Risco Risco
Baixo
Alto
S O D Nº
pressão
(cont.)...
83
SINDUSFARMA
Risco
Fase
Gerenciamento de Análise de
Médio
Risco Risco
Baixo
Alto
S O D Nº
Ajustes
Regula- incorretos Instrução deve
Produto fora
gem da dos parâ- informar todos
5 3 1 15 X da especifi-
compres- metros do os parâmetros e
cação
sora equipa- especificações
mento
Contro-
Incluir na ins-
le em Produto
trução controle Produto fora
processo fora de
5 5 1 25 X em processo de da especifi-
durante a especifi-
dureza, espessura, cação
compres- cação
friabilidade etc.
são
Instrução solicita
Acondi- Rendimento
Pesagem a pesagem das
ciona- 5 5 1 25 X abaixo do
incorreta barricas e tara das
mento especificado
mesmas
$FODVVL¿FDomRVHUiGDGDSHODPXOWLSOLFDomRGRVtQGLFHV6[2['$SRQWXDomRTXHJHUDUiDPXOWLSOLFDomRVHUi
GDGDSHORVQ~PHURVH29DORUPXOWLSOLFDGRGDUiDFODVVL¿FDomRGR1tYHOGH5LVFR%$,;2 D 0e',2
(15 a 25) e ALTO (27 a 125). Será dada uma atenção especial para severidade alta (5). Pode ser considerada
FRPRXP1tYHOGH&ULWLFLGDGH$OWR¿FDQGRDFULWpULRGHFDGDHPSUHVD
O item 2 do fluxograma foi considerado um PCC. Este item foi classificado como
um PCC de nível crítico médio, pois apesar de a OP informar todos os parâmetros
e especificações do produto, trata-se de uma etapa de ajuste que qualquer desvio
pode produzir um produto fora de especificação.
O item 3 do fluxograma foi considerado um PCC. Este item foi classificado como
um PCC de nível crítico médio, pois a OP não possui item de liberação e registro
após regulagem da máquina. Este item foi incluído na OP.
84
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
O item 4 do fluxograma foi considerado um PCC. Este item foi classificado como
um PCC de nível crítico médio, pois no controle em processo da OP não é realizado
controle de dureza, friabilidade, dimensionais etc., assim como na ação somente
é realizado o controle em processo de peso individual dos comprimidos. Estes
parâmetros foram incluídos na OP.
COMPRESSÃO
COMPRESSORA
1 Montagem da compressora
FIM DO PROCESSO
85
SINDUSFARMA
86
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
FABRICAÇÃO DE LÍQUIDOS
Etapa
1 TANQUE DE 1.000 L
(cont.)...
87
SINDUSFARMA
FABRICAÇÃO DE LÍQUIDOS
1.7 Medir o pH
Tanque auxiliar
Preparar uma
solução à parte de
1.10 propilenoglicol e
essência
(cont.)...
88
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
FABRICAÇÃO DE LÍQUIDOS
Retirar amostra.
2
9HUL¿FDUS+HYLVFRVLGDGH
3 ENVASE
Conferência de materiais e
3.1
documentação
FIM DO PROCESSO
89
SINDUSFARMA
1. Não
1.1 Sim 2. Sim -> Duplo
Conferência
1.2 Realizar a check pelos N/A N/A
das MPs
conferência operadores
1. Sim
2. Sim ->
Controle de
Adicionar
temperatura,
400 L de
calibração dos
água e 1. Sim N/A N/A
controladores
aquecer a
e certificação
60ºC
da manutenção
preventiva
Adicionar
açúcar 1. Não
granula- 1.1 Sim 2. Sim -> Con-
do, agitar 1.2 Especificar trole de veloci- N/A N/A
completa tempo dade e tempo
Fabricação
dissolução 1. Sim
a 100 rpm
2. Sim ->
Controle de
Resfriar o temperatura,
xarope de calibração dos
1. Sim N/A N/A
açúcar a controladores
50ºC e certificação
da manutenção
preventiva
1. Não
Adicionar o 1.1 Sim 2. Sim -> Con-
IFA, agitar 1.2 Especificar trole de veloci-
N/A N/A
por 15 velocidade e dade, tempera-
minutos temperatura tura e tempo
1. Sim
Adicionar 1. Não
EDTA e 1.1 Sim 2. Sim -> Con-
misturar 1.2 Especificar trole de veloci- N/A N/A
por 10 a velocidade de dade e tempo
minutos agitação
(cont.)...
90
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
Adicionar
metilpa- 1. Não
2. Sim ->
rabeno e 1.1 Sim
Controle de
agitar até 1.2 Especificar N/A N/A
velocidade e
completa temperatura
temperatura
dissolução 1. Sim
a 100 rpm
2. Sim ->
Amostragem e
1. Não
método de aná-
1.1 Sim
lise. Calibração
1.2 Especificar
e verificação
Medir pH amostragem N/A N/A
dos pHmetros.
e método de
Incluir o registro
análise
de pH antes e
1. Sim
após, no pro-
cesso
1. Não
Fabricação
91
SINDUSFARMA
Adicionar 1. Não
solução 1.1 Sim 2. Sim -> PCC.
no tanque 1.2 Especificar Controle de
N/A N/A
e mistu- temperatura e temperatura e
rar por 5 velocidade velocidade
minutos 1. Sim
Fabricação
1. Não
1.1 Sim
2. Sim -> PCC.
Completar 1.2 Especificar
Controle de
o volu- tempo, veloci-
tempo, veloci-
me com dade e incluir N/A N/A
dade e método
água para método de
de verificação do
1.000 l verificação do
volume final
volume final
1. Sim
1. Não
Conferência 2. Sim -> Duplo
1.1 Sim
de mate- check com a
1.2 Verificar N/A N/A
riais de ordem de pro-
código, lote e
envase dução
quantidade
1. Não 2. Sim -> Ajus-
Ajuste de 1.1 Sim tar a máquina
N/A N/A
máquina 1.2 Seguir o de acordo com a
procedimento especificação
Envase
1. Não
Verificação 2. Sim -> Espe-
1.1 Sim
do volume cificar o volume
1.2 Especificar o N/A N/A
de enchi- máximo e o
volume
mento mínimo
1. Sim
1. Não 2. Sim -> Es-
Verificar
1.1 Sim pecificar torque
o fecha-
1.2 Especificar máx. e minutos
mento dos N/A N/A
torque e vaza- e procedimento
recipientes/
mento para teste de
frascos
1. Sim vazamento
(cont.)...
92
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
2. Sim ->
1. Não
Estabelecer
1.1 Sim
Acompa- procedimento
1.2 Realizar tes-
nhar o para controle em N/A N/A
tes de controle
processo processo através
em processo
de plano de
1. Sim
amostragem
2. Sim ->
Estabelecer
1. Não
Envase
procedimento
1.1 Sim
Reconci- de reconcilia-
1.2 Realizar
liação e ção de acordo N/A N/A
reconciliação e
rendimento com a Ordem
rendimento
de produção
1. Sim
e instrução de
fabricação
Identifi- 1. Não
2. Sim ->
cação da 1.1 Sim
Estabelecer
caixa de 1.2 Realizar N/A N/ A
procedimento de
embarque e identificação
identificação
pallet 1. Sim
6HJXLUSDUDRSUy[LPRULVFRLGHQWL¿FDGRQRSURFHVVR
1tYHLVDFHLWiYHLVRXQmRGHYHPVHUGH¿QLGRVGHQWURGRVREMHWLYRVJHUDLVQDLGHQWL¿FDomRGH3&&VGRSODQR
de HACCP.
93
SINDUSFARMA
Risco
Fase
Gerenciamento de Análise do
Médio
Risco Risco
Baixo
Alto
S O D Nº
Controle e registros
Contamina-
5 1 1 5 X de verificação de Perda do lote
ção cruzada
matéria-prima
Confe-
rência
das MPs Controle e registros
de verificação de
Peso em Reprocesso;
5 1 1 5 X matéria-prima;
desacordo Perda do lote
Verificação e calibra-
ção das balanças
Temperatura
superior a
60ºC pode
Temperatu-
Resfria- Verificação da tem- degradar
ra fora da
mento: 3 1 1 3 X peratura de acordo o ativo,
especifica-
1.3 com instrução e abaixo
ção
de 40ºC
pode não
solubilizá-lo
Produto fora
Mistura Não homo- Verificação do tempo
5 3 3 45 X da especifi-
II: 1.4 gêneo e velocidade
cação
Verificação da tem-
Mistura Não homo-
3 1 5 15 X peratura e veloci- N/A
III: 1.5 gêneo
dade
(cont.)...
94
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
Risco
Fase
Gerenciamento de Análise do
Médio
Risco Risco
Baixo
Alto
S O D Nº
pH pH fora do
1 5 1 5 X Verificação do pH N/A
1.7 especificado
Definir volume e
Correção pH abaixo Produto fora
concentração da
de pH do especifi- 5 3 1 15 X da especifi-
Fabricação
solução de ácido
1.8 cado cação
cítrico
Incluir campo na OP
pH final pH fora do
5 3 1 15 X para registrar o pH Reprocesso
1.9 especificado
final
Verificação da ve-
Mistura I Não homo- Sabor não
3 3 3 27 X locidade, tempo de
1.11 gêneo característico
mistura
Volume fora
Mistura II Verificação do volu- Teor fora do
do especifi- 5 1 1 5 X
1.12 me final especificado
cado
Confe-
rência de
Contamina-
mate-
ção cruzada Conferência do
rial de 5 1 1 5 X Perda do lote
de embala- material
envase
gem
(frasco)
3.1
Ajuste da
Produto Seguir o procedi-
máquina Não inicia o
fora da es- 5 1 1 5 X mento de operação
(volume) lote
pecificação da máquina
3.2
Verifica-
Envase
ção do
Produto Verificação do volu-
volume Não inicia o
fora do es- 5 1 1 5 X me durante o ajuste
de en- lote
pecificado da máquina
chimento
3.3
Verifica- Realizar teste de Rendimento
ção do Vazamento 3 1 3 9 X
vazamento baixo
fecha-
mento
dos fras- Dificuldade Realizar teste de Reclamação
3 1 3 9 X
cos 3.4 de abertura torque do mercado
Perda do
Acompa- Produto
Realizar controle em lote, recla-
nhar o fora do es- 3 3 3 27 X
processo mação de
processo pecificado
mercado
(cont.)...
95
SINDUSFARMA
Risco
Fase
Gerenciamento de Análise do
Médio
Risco Risco
Baixo
Alto
S O D Nº
Rendimen-
Reconci- Reconciliação do
to baixo
liação e lote de produção de Prejuízo para
e reconci- 5 1 3 15 X
rendi- acordo com procedi- empresa
liação em
mento mento
Envase
desacordo
Identifi-
cação da
Envio equi-
caixa de Contamina- Cumprir o procedi-
5 1 1 5 X vocado do
embar- ção cruzada mento
produto
que e
pallet
$FODVVL¿FDomRVHUiGDGDSHODPXOWLSOLFDomRGRVtQGLFHV6[2['$SRQWXDomRTXHJHUDUiDPXOWLSOLFDomRVHUi
GDGDSHORVQ~PHURVH2YDORUPXOWLSOLFDGRGDUiDFODVVL¿FDomRGR1tYHOGH5LVFR%$,;2 D 0e',2
(15 a 25) e ALTO (27 a 125). Será dada uma atenção especial para severidade alta (5). Pode ser considerada
FRPRXP1tYHOGH&ULWLFLGDGH$OWR¿FDQGRDFULWpULRGHFDGDHPSUHVD
96
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
O item 1.4 do fluxograma foi considerado um PCC. Este item foi classificado
como um PCC de nível crítico alto, pois apesar de possuir tempo de agitação
definido na OP, não informa a velocidade e temperatura necessárias para adição
do IFA; portanto, a OP foi revisada e a velocidade de agitação e temperatura
foram implementadas, velocidade: 150 rpm e temperatura de no máximo 50°C;
O item 1.5 do fluxograma foi considerado um PCC. Este item foi classificado
como um PCC de nível crítico médio, pois apesar de possuir tempo de agitação
definido na OP, não informa a velocidade necessária; portanto, a OP foi revisada
e a velocidade de agitação foi implementada, velocidade: 100 rpm.
O item 1.6 do fluxograma foi considerado um PCC. Este item foi classificado como
um PCC de nível crítico médio, pois apesar de possuir velocidade de agitação
definida na OP, não informa a temperatura necessária; portanto, a OP foi revisada
e a temperatura foi implementada, com no máximo 50°C.
O item 1.8 do fluxograma foi considerado um PCC. Este item foi classificado como
um PCC de nível crítico médio, pois apesar de possuir o tempo de agitação, não
possui volume e concentração da solução de ácido cítrico para correção de pH
e a velocidade de agitação após adição da solução; portanto, a OP foi revisada
e o volume e concentração da solução de ácido cítrico foi incluída, assim como
a velocidade de agitação, volume: 200 mL, concentração: 10% e velocidade:
100 rpm.
97
SINDUSFARMA
O item 3.5 do fluxograma foi considerado um PCC. Este item foi classificado
como um PCC de nível alto; portanto, deverá ter controle em processo a cada
30 minutos, para verificação de volume, torque e vazamento.
O item 3.6 do fluxograma foi considerado um PCC. Este item foi classificado como
um PCC de nível médio; portanto, deverá incluir procedimento de reconciliação
na OP.
FABRICAÇÃO DE LÍQUIDOS
Etapa MANIPULAÇÂO
Conferir matéria-prima
1 Realizar duplo checkQDYHUL¿FDomRGDVHWL
quetas dos sacos de matéria-prima
TANQUE DE 1.000L
1.1
Adicionar 400 L de água e aquecer a 60ºC
98
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
FABRICAÇÃO DE LÍQUIDOS
1.7 Medir o pH
Tanque
1.9 Medir o pH final e registrar na OP
auxiliar
3 ENVASE
(cont.)...
99
SINDUSFARMA
FABRICAÇÃO DE LÍQUIDOS
Conferência de materiais
3.1 Realizar duplo checkQDYHUL¿FDomRGDV
etiquetas dos sacos de matéria-prima
FIM DO PROCESSO
100
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
101
SINDUSFARMA
Etapas 1. MANIPULAÇÃO
(cont.)...
102
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
2. ENVASE
103
SINDUSFARMA
ratura de agitação
1. Sim
1. Não
1.1 Sim
Misturar até com-
1.2 Estabelecer
pleta solubiliza- 2. Sim. É
controle visual de N/A N/A
ção. Adicionar ao PCC
solubilização da
reator
matéria-prima
1. Sim
Ligar a agitação
1. Não
em velocidade de
1.1 Sim
200 rpm e manter
1.2 Inserir etapa 2. Sim. É
a agitação até que N/A N/A
de desligamento do PCC
a temperatura
aquecimento
fique abaixo de
1. Sim
25°C
(cont.)...
104
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
1. Não
Dispersar sob
1.1 Sim
agitação em
1.2 Estabelecer 2. Sim. É
recipiente vaselina N/A N/A
volume do líquido PCC
líquida e valerato
dispersante
de betametasona
1. Sim
Manipulação
Adicionar ao
2. Sim. É
reator e agitar por 1. Sim N/A N/A
PCC
uma hora
1. Não
1.1 Sim
1.2 Inserir etapa de
Liberação para
amostragem para 1. Não 1. Não N/A
envase
liberação do produ-
to pelo CQ
1. Sim
1. Não
1.1 Sim
1.2 Inserir contro-
Deixar o granel
le de término de
descansar por 2. Sim. É
preparação e início N/A N/A
cinco horas antes PCC
de envase contem-
de iniciar o envase
plando as horas de
descanso
1. Sim
Envase
Preencher o
check list de
equipamentos da 2. Sim. É
1. Sim N/A N/A
linha para que PCC
a limpeza seja
certificada
Liberação da
linha de envase
2. Sim. É
e embalagem 1. Sim N/A N/A
PCC
- Operador e
Coordenador
(cont.)...
105
SINDUSFARMA
1. Não.
Ajustar balança 1.1 Sim
de checagem de 1.2 Realizar a
2. Sim. É
peso para garantir verificação diária da N/A N/A
PCC
produto dentro da balança. Registro
especificação no log book
1. Sim
Pré-limpeza das
bisnagas com ar 2. Sim. É
1. Sim N/A N/A
comprimido antes PCC
de iniciar o envase
Realização
do teste de
vazamento de
2. Sim. É
bisnaga cheia no 1. Sim N/A N/A
Envase
PCC
início, a cada uma
hora e no final do
enchimento
Ao final do
1. Sim-> Amos-
enchimento,
tragem. Análise 3. Não->
enviar amostras 2. Não N/A
do Controle de Não é PCC
para o Controle de
qualidade
Qualidade
Arrumar o produto
final nas caixas
de embarque 1. Não
N/A N/A N/A
(quantidade: 70 1.1 Não
unidades por
caixa)
Fechamento
1. Não.
das caixas de N/A N/A N/A
1.1 Não
embarque
Encerramento da 1. Não
N/A N/A N/A
ordem de envase 1.1 Não
106
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
Risco
Fase
Gerenciamento de Análise de
Médio
Risco Risco
Baixo
Alto
S O D Nº
Produto
Não
Estabelecer qual fora da
solubili-
Ligar a agita- é a temperatura especifica-
zação da 3 1 1 3 X
ção e aquecer e velocidade de ção
vaselina
agitação
sólida
Estabelecer
Não ho- Produto
Em um quantidades de
mogenei- fora da
recipiente matérias-primas.
zação da especifica-
adicionar 5 3 3 45 X Estabelecer
mistura. ção. Risco
álcool etílico e precauções de se-
Risco de patrimonial
metilparabeno gurança: explosão
explosão e pessoal
do álcool
Misturar até Forma-
Estabelecer
completa Não solu- ção de
procedimento
solubilização. bilização 5 1 5 25 X grumos.
visualização da
Adicionar ao total Reprova-
solubilização
reator ção
Manipulação
Ligar a
agitação em
velocidade Tempe- Desligar aqueci-
mento. Mecanismo
de 200 rpm e ratura
de controle de Atraso no
manter a agi- acima do 1 1 1 1 X
temperatura. Re- processo
tação até que especifi-
gistro da tempera-
a temperatura cado tura em 25ºC
fique abaixo
de 25°C
Dispersar sob
Estabelecer velo-
agitação em Não ho- Produto
cidade e tempo de
recipiente va- mogenei- fora da
5 1 5 25 X agitação e volume
selina líquida dade da especifica-
do líquido disper-
e valerato de mistura ção
sante
betametasona
Possibili- Estabelecer proce-
dade de dimento de adição
Adicionar ao Produto
formação da mistura. Discri-
reator e agi- fora da
de gru- 5 1 5 25 X minar a velocidade
tar por uma especifica-
mos. Não de agitação e se
hora ção
dispersão há aquecimento
total do reator
Compro-
Deixar o gra-
metimen-
nel descansar Produto
Envase
107
SINDUSFARMA
Risco
Fase
Gerenciamento de Análise de
Médio
Risco Risco
Baixo
Alto
S O D Nº
Não
Preencher o preen-
check list de chimento Estabelecer em OP
equipamentos pode ou em procedi- Conta-
da linha para levar a 5 1 1 5 X mento adequado minação
que a limpeza erros, a dupla checagem cruzada
seja certifi- misturas do item
cada e conta-
minação
Liberação
Estabelecer em OP
da linha de Erros,
ou em procedi- Conta-
envase e misturas
1 1 1 1 X mento adequado minação
embalagem e conta-
a dupla checagem cruzada
- Operador e minação
do item
Coordenador
Ajustar
Envase
$FODVVL¿FDomRVHUiGDGDSHODPXOWLSOLFDomRGRVtQGLFHV6[2['$SRQWXDomRTXHJHUDUiDPXOWLSOLFDomRVHUi
GDGDSHORVQ~PHURVH2YDORUPXOWLSOLFDGRGDUiDFODVVL¿FDomRGR1tYHOGH5LVFR%$,;2 D 0e',2
(15 a 25) e ALTO (27 a 125). Será dada uma atenção especial para severidade alta (5). Pode ser considerada
FRPRXP1tYHOGH&ULWLFLGDGH$OWR¿FDQGRDFULWpULRGHFDGDHPSUHVD
108
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
O item 1.2 do fluxograma foi considerado um PCC de risco baixo. Fez-se necessário
a inclusão da temperatura de 55ºC e a velocidade de agitação de 300 rpm na
Ordem de Produção (OP).
O item 1.4 do fluxograma foi considerado um PCC de risco alto. Fez-se necessário
a inclusão das quantidades de Álcool Etílico e Metilparabeno na OP.
Os itens 2.0 e 2.1 do fluxograma foram considerados PCCs de risco baixo. Fez-se
necessário a inclusão na OP do duplo check list.
Etapas 1. MANIPULAÇÃO
109
SINDUSFARMA
(cont.)...
110
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
2. ENVASE
(cont.)...
111
SINDUSFARMA
FIM DO PROCESSO
Legenda
Processo anterior à Análise de Risco
Etapa do processo modificada posteriormente à Análise
de Risco
112
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
113
SINDUSFARMA
PROCESSO DE EMBALAGEM
(cont.)...
114
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
PROCESSO DE EMBALAGEM
Etapas 2. Revisão
FIM DO PROCESSO
115
SINDUSFARMA
9HUL¿FDomRGD
ausência de 1. Sim->2
2. Sim. É PCC N/A N/A
materiais do (check list)
lote anterior
9HUL¿FDUUyWXORV
de caixas e dos 1. Sim->2
2. Sim. É PCC N/A N/A
frascos para (check list)
operação
Alimentar a
Liberação da Linha
1. Não-> 1.1
rotuladora com
1.1 Não é um N/A N/A N/A
a bobina de
PCC
rótulos
&RGL¿FDUD
rotuladora com
lote, data de
de fabricação
e validade do 1. Sim -> 2 2. Não ->3 3. Sim -> 4 4. Não. É PCC
SURGXWR &RGL¿-
cação dos rótu-
los das caixas e
frascos)
Remover os
frascos do carro
1. Não-> 1.1
de esterilização
1.1 Não é um
e transferi-los N/A N/A N/A
PCC
para a linha de
rotulagem/em-
balagem
Iniciar a revisão
dos frascos
Revisão
individualmente
1. Sim-> 2 2. Sim. É PCC N/A N/A
nos visores
contra fundo
branco e preto
(cont.)...
116
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
Frascos com
avarias. Espe-
FL¿FDURWLSRGH
avaria obser-
vada e recusar 1. Sim->2 2. Sim. É PCC N/A N/A
e segregar os
mesmos em
barricas identi-
¿FDGDV
Os frascos
aprovados se-
1. Não -> 1.1
guem pela linha
1.1 Não é um N/A N/A N/A
onde passam
Revisão
PCC
pelo processo
de rotulagem
1. Não-> 1.1
1.1 Sim-> 1.2
0RGL¿FDUR
passo)
9HUL¿FDUVHD
__________
FRGL¿FDomRHVWi
Tratativa:
legível, pre-
estabelecer Pro- 2. Sim. É PCC N/A N/A
sença e correto
cedimento O-
posicionamento
peracional
dos rótulos
Padrão para
atividade e
treinamento dos
Operadores
Encaixotamento e selagem
Posicionar as
1. Não-> 1.1
caixas de em-
1.1 Não é um N/A N/A N/A
barque na linha
PCC
de embalagem
(cont.)...
117
SINDUSFARMA
Acondicionar
os frascos
conforme 1. Não-> 1.1
estabelecido no 1.1 Não é um N/A N/A N/A
Procedimento PCC
Operacional Pa-
GUmRHVSHFt¿FR
Encaixotamento e selagem
Encaminhar
as caixas para
a seladora
automática para 1. Sim->2 2. Não->3 3. Sim ->4 4. Não. É PCC
o fechamento e
rotulagem das
mesmas
Encaminhar as
1. Não-> 1.1
caixas seladas
1.1 Não é um N/A N/A N/A
para a Expe-
PCC
dição.
6HJXLUSDUDRSUy[LPRULVFRLGHQWL¿FDGRQRSURFHVVR 1tYHLVDFHLWiYHLVRXQmRGHYHPVHUGH¿QLGRVGHQWUR
GRVREMHWLYRVJHUDLVQDLGHQWL¿FDomRGH3&&VGRSODQRGH+$&&3
118
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
Risco
Fase
Gerenciamento Análise
Mécio
Baixo
de Risco de Risco
Alto
S O D Nº
Realizar duplo
Possibilida-
check na
Verificação da de de con-
conferência de Conta-
ausência de taminação
3 1 1 3 X liberação de minação
materiais do cruzada
linha. Identificar cruzada
lote anterior com lote
que a linha está
anterior
liberada
Possibilidade
de rotulagem
Liberação da Linha
Verificar
errada de Realizar duplo Produto
rótulos de
frascos e cai- check na confe- fora da
caixas e dos 5 1 3 15 X
xas. Rótulos rência de libera- especifi-
frascos para
incorretos ção de linha cação
operação
com o produ-
to embalado
Codificar a Estabelecer
rotuladora duplo check list
com lote, de conferência de
data de codificação pelos
Produto
EMBALAGEM
Verificar se o ope-
Iniciar a revisão rador está treinado
Risco de
dos frascos e apto para esta
frascos Conta-
individualmente função. Registrar
contami- 3 1 1 3 X minação
nos visores na OP horas de
nados / cruzada
contra fundo início e final da
avarias
branco e preto revisão por deter-
Revisão
minado operador
Frascos com
avarias. Espe- Elaborar formu-
cificar o tipo de Enviar lário de registro
avaria obser- produto dos frascos Perda de
vada e recusar com defeito 3 1 1 3 X danificados parte do
e segregar os para o em relatório lote
mesmos em mercado de ocorrências
barricas identi- na OP
ficadas
(cont.)...
119
SINDUSFARMA
Risco
Fase
Gerenciamento Análise
Mécio
Baixo
de Risco de Risco
Alto
S O D Nº
Verificação da
Estabelecer Pro- Produto
legibilidade da Rótulos
Revisão
Encaixotamento e selagem
$FODVVL¿FDomRVHUiGDGDSHODPXOWLSOLFDomRGRVtQGLFHV6[2['$SRQWXDomRTXHJHUDUiDPXOWLSOLFDomRVHUi
GDGDSHORVQ~PHURVH2YDORUPXOWLSOLFDGRGDUiDFODVVL¿FDomRGR1tYHOGH5LVFR%$,;2 D 0e',2
(15 a 25) e ALTO (27 a 125). Será dada uma atenção especial para severidade alta (5). Pode ser considerada
FRPRXP1tYHOGH&ULWLFLGDGH$OWR¿FDQGRDFULWpULRGHFDGDHPSUHVD
120
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
O item 1.4 do fluxograma foi considerado um PCC. Apesar de ser considera como
um PCC de nível médio, é necessário estabelecer duplo check list na OP para
conferência de codificação pelos operadores.
O item 2.5 do fluxograma foi considerado um PCC. Apesar de ser considerado como
um PCC de nível médio; portanto, deverá estabelecer procedimento operacional
padrão para esta atividade e treinamento para os operadores.
PROCESSO DE EMBALAGEM
(cont.)...
121
SINDUSFARMA
PROCESSO DE EMBALAGEM
Etapas 2. Revisão
(cont.)...
122
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
PROCESSO DE EMBALAGEM
A c o n d i c i o n a r o s f ra s c o s c o n f o r m e
3.2 estabelecido no Procedimento Operacional
Padrão específico
FIM DO PROCESSO
Legendas
123
SINDUSFARMA
124
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
7. GLOSSÁRIO
125
SINDUSFARMA
126
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
7. GLOSSÁRIO
127
SINDUSFARMA
128
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
8. BIBLIOGRAFIA
129
SINDUSFARMA
130
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
8. BIBLIOGRAFIA
1- WHO Technical Report Series. Annex 7. Application of Hazard Analysis and
Critical Control Point (HACCP) methodology to pharmaceuticals. N° 908, 2003.
131
SINDUSFARMA
132
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
9. ANEXOS
133
SINDUSFARMA
134
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
9. ANEXOS
Esse guia representa o pensamento do FDA sobre o tópico. Ele não cria ou
confere qualquer direito a qualquer pessoa e não opera ligado ao FDA ou
ao público. Você pode usar uma abordagem alternativa, se esta satisfizer
os requerimentos aplicáveis ao seu estatuto e regulamento. Se você quiser
discutir uma abordagem alternativa, contate o pessoal responsável da FDA
pela implementação deste guia. Se você não identificar o pessoal apropriado
da FDA, ligue no número listado no título deste guia.
I - Introdução2
1 Este guia foi desenvolvido com o Grupo de Trabalho Técnico (Qualidade) da Conferência Internacional em
Harmonização de Requerimentos Técnicos para Registros de Produtos Farmacêuticos para Uso Humano (ICH) e tem
sido objeto de consulta pelas partes regulatórias, de acordo com o processo ICH. Esse documento foi endossado pelo
Comitê Diretivo do ICH no Passo 4 do processo ICH, em novembro de 2005. No Passo 4 do processo, o rascunho
final é recomendado para aprovação das autoridades regulatórias da União Europeia, Japão e Estados Unidos.
2
O número arábico refere-se à relação organizacional no documento endossado pelo Comitê diretivo do ICH no
Passo 4 do processo ICH. Novembro de 2005.
135
SINDUSFARMA
136
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
II - Escopo
137
SINDUSFARMA
ANÁLISE DO RISCO
FERRAMENTAS DE GERENCIAMENTO
AVALIAÇÃO DO RISCO
COMUNICAÇÃO DO RISCO
INACEITÁVEL
controle do risco
REDUÇÃO DO RISCO
ACEITAÇÃO DO RISCO
revisão do risco
Pontos de tomada de decisão não são mostrados no diagrama acima, pois decisões
podem ocorrer em qualquer ponto do processo. Estas decisões podem servir para
retornarmos para à etapa anterior para buscar mais informações, para ajustar
os modelos de risco ou para concluir o processo de gerenciamento baseado em
informação que dê respaldo a uma decisão específica.
IV.1. Responsabilidades
138
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
139
SINDUSFARMA
Controle do risco inclui tomada de decisão para reduzir e/ou aceitar os riscos.
O propósito do controle de risco é reduzir o risco a um nível aceitável. O
140
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
141
SINDUSFARMA
142
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
0pWRGRVGHIDFLOLWDomRGHJHUHQFLDPHQWREiVLFRGHULVFRV JUiILFRVIROKD
de checagem etc.)
$QiOLVHGH3HULJRVH3RQWRV&UtWLFRVGH&RQWUROH $33&&
&DWHJRUL]DomRHILOWUDomRGRSHULJR
)HUUDPHQWDHVWDWtVWLFDGHVXSRUWH
Pode ser apropriado adaptar estas ferramentas para o uso em áreas específicas
pertencentes à qualidade de produtos e substâncias ativas. Os métodos de
gerenciamento de riscos na qualidade e ferramentas estatísticas de suporte podem
ser usados em combinação (por ex.: Determinação Probabilística do Perigo). O
uso combinado provê flexibilidade, que pode facilitar a aplicação dos princípios
do gerenciamento dos riscos na qualidade.
143
SINDUSFARMA
de risco na qualidade.
gerenciamento da qualidade
GHVHQYROYLPHQWR
LQVWDODo}HVHTXLSDPHQWRVHXWLOLGDGHV
JHUHQFLDPHQWRGHPDWHULDLV
SURGXomR
FRQWUROHVODERUDWRULDLVHWHVWHVGHHVWDELOLGDGH
HPEDODJHQVHPDWHULDLVLPSUHVVRV
DWLYLGDGHVGHLQVSHo}HVHDXGLWRULDV
144
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
Dano: dano à saúde, incluindo o dano que possa ocorrer advindo da perda da
qualidade do produto ou de sua indisponibilidade.
145
SINDUSFARMA
146
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
VIII. REFERÊNCIAS
ICH Q8 Pharmaceutical Development.
ISO/IEC Guide 51:1999 - Safety aspects - Guideline for their inclusion in standards.
Process Mapping, American Productivity & Quality Center, 2002, ISBN 1928593739.
IEC 60812 Analysis techniques for system reliability—Procedure for failure mode
and effects analysis (FMEA).
Failure Mode and Effect Analysis: FMEA from Theory to Execution, 2nd Edition
2003, D. H. Stamatis, ISBN 0873895983.
Guidelines for Failure Modes and Effects Analysis (FMEA) for Medical Devices,
2003, Dyadem Press, ISBN 0849319102.
WHO Technical Report Series No. 908, 2003, Annex 7 Application of Hazard
Analysis and Critical Control Point (HACCP) methodology to pharmaceuticals.
What is Total Quality Control?: The Japanese Way, Kaoru Ishikawa (Translated
by David J. Liu), 1985, ISBN 0139524339.
147
SINDUSFARMA
Algumas das técnicas simples que normalmente são usadas para estruturar
o gerenciamento de riscos, organizando dados e facilitando a tomada de
decisão, são:
)OX[RJUDPD
)ROKDVGHUHJLVWURV
0DSHDPHQWRGRSURFHVVR
'LDJUDPDGHFDXVDHHIHLWR WDPEpPFRQKHFLGRFRPR'LDJUDPDGH
Ishikawa ou Diagrama de Espinha de peixe).
O FMEA (vide IEC 60812) prevê uma avaliação do potencial dos modos de
falhas para processos e de seus efeitos prováveis em resultados e/ou em seu
desempenho no produto. Uma vez que os modos de falhas são estabelecidos,
a redução do risco pode ser usada para eliminar, conter, reduzir ou controlar
os potenciais de falhas. O FMEA conta com a compreensão do produto e
dos processos. O FMEA divide, metodicamente, as análises de processos
complexos em etapas controláveis. É uma ferramenta poderosa para resumir
os importantes modos de falha, fatores que causaram essas falhas e os
prováveis efeitos dessas falhas.
O FMEA pode ser usado para priorizar riscos e monitorar a eficácia das
atividades de controles dos riscos.
148
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
A ferramenta FTA (vide IEC 61025) é uma abordagem que assume as falhas
de funcionalidade de um produto ou processo. Esta ferramenta avalia as
falhas dos sistemas (ou subsistemas), uma por vez, porém pode combinar
múltiplas causas de falhas identificando “cadeias de causas”. Os resultados
são representados ilustrativamente em forma de uma árvore de modos de
falhas. A cada nível na árvore, combinações de modo de falhas são descritas
com operadores lógicos (e, ou, etc.). A FTA conta com o entendimento dos
especialistas de processo para identificar os fatores de causa.
A FTA pode ser utilizada para estabelecer o caminho para se chegar à causa
raiz da falha. A FTA pode também ser utilizada para investigar reclamações
ou desvios, para entender completamente sua causa raiz e assegurar que
as melhorias pretendidas resolverão completamente o problema e não
permitirão reincidências (ex.: a solução de um problema torna-se a causa de
outro). A FTA é uma ferramenta efetiva para avaliar como múltiplos fatores
afetam um determinado problema. O resultado de uma FTA inclui uma
representação visual dos modos de falhas. É utilizada tanto na avaliação de
risco quanto no desenvolvimento de programas de monitoramento.
149
SINDUSFARMA
A HACCP pode ser usada para identificar e gerenciar riscos associados com
perigos químicos, físicos e biológicos (incluindo contaminação microbiológica).
A HACCP é mais útil quando o entendimento do produto e do processo é
suficientemente compreensível para suportar a identificação dos pontos
críticos de controle. O resultado gerado a partir da análise da HACCP são
informações sobre o gerenciamento de riscos que facilitam o monitoramento
de pontos críticos, não somente no processo de fabricação, mas também
em outras fases do ciclo de vida do produto.
A HAZOP (vide IEC 61882) é baseada em uma teoria que assume que um
evento de risco é causado por desvios de projeto ou intenções operacionais.
É uma técnica de brainstorming para identificar perigos usando denominados
guias de palavras. Guia de palavras (por exemplo: Não, Mais, Diferente de,
Parte de) é aplicado a parâmetros relevantes (por exemplo: contaminação,
temperatura) para ajudar identificar desvios potenciais de uso normal ou
intenções de projeto. A HAZOP, frequentemente, usa uma equipe de pessoas
com experiência, que cobre o processo ou produto e sua aplicação.
150
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
151
SINDUSFARMA
*UiILFRVGH&RQWUROHSRUH[HPSOR
- Média Ponderada.
'HVHQKRGH([SHULPHQWRV '2(
+LVWRJUDPDV
*UiILFRVGH3DUHWR
$QiOLVHGHFDSDFLGDGHGRSURFHVVR
152
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
Documentação
Treinamento e Educação
Defeitos de qualidade
Auditoria/Inspeção
([LVWrQFLDGDVH[LJrQFLDVOHJDLV
153
SINDUSFARMA
+LVWyULFRGHWRWDOFRQIRUPLGDGHGDFRPSDQKLD
5REXVWH]GDVDWLYLGDGHVGHJHUHQFLDPHQWRGHULVFRVGDFRPSDQKLD
&RPSOH[LGDGHGDSODQWD
&RPSOH[LGDGHGRVSURFHVVRVGHIDEULFDomR
&RPSOH[LGDGHGRVSURGXWRVHVXDLPSRUWkQFLDWHUDSrXWLFD
4XDQWLGDGHHLPSRUWkQFLDGRVGHIHLWRVGHTXDOLGDGH H[UHFROKLPHQWR
5HVXOWDGRVGHDXGLWRULDVHLQVSHo}HVDQWHULRUHV
0XGDQoDVPDLRUHVQDSODQWDQRVHTXLSDPHQWRVQRVSURFHVVRVHQR
pessoal.
2VUHVXOWDGRVGRVWHVWHVGHODERUDWyULRVRILFLDLVGHFRQWUROH
Revisão periódica
Para interpretar dados de controle (por exemplo, para apoiar uma avaliação da
adequação da revalidação ou de mudanças de amostragem).
Melhoria contínua
Para facilitar a melhoria contínua nos processos ao longo de todo o ciclo de vida
do produto.
154
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
UHGX]LUGHIHLWRVGRSURGXWRHGHPDWHULDLV
UHGX]LUGHIHLWRVGHIDEULFDomR
155
SINDUSFARMA
IOX[RGHPDWHULDOHGHSHVVRDO
PLQLPL]DomRGHFRQWDPLQDomR
PHGLGDVGHFRQWUROHFRQWUDSUDJDV
SUHYHQomRGHPLVWXUDV
LQVWDODo}HVHTXLSDPHQWRVGHGLFDGRVRXVHJUHJDGRV
156
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LGHQWLILFDomRGRVSDUkPHWURVGHGHVHPSHQKRFUtWLFR
VHOHomRGRVUHTXHULPHQWRVHSURMHWRV
UHYLVmRGHFyGLJR
DH[WHQVmRGRVWHVWHVHPpWRGRVGHHQVDLR
FRQILDELOLGDGHGRVUHJLVWURVHDVVLQDWXUDVHOHWU{QLFDV
Matéria-prima
Utilização de materiais
Determinar se é apropriado usar material em quarentena (por exemplo, para
posterior processamento interno).
Determinar a adequação de reprocessamento, retrabalho, uso de mercadorias
devolvidas.
157
SINDUSFARMA
Validação
Para distinguir entre passos críticos e não críticos de processo de modo a facilitar
o projeto de um estudo de validação.
Planejamento de produção
158
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
Projeto de embalagens
Controle de rótulos
159
SINDUSFARMA
ANEXO 2
OMS 2003 Annex 7 / OMS 2003 Anexo 7
1. Introdução
Este texto fornece orientações gerais sobre a utilização do sistema APPCC para
assegurar a qualidade dos medicamentos e, ao mesmo tempo, reconhecer que
os detalhes da sua aplicação podem variar em função das circunstâncias (vide
Apêndice 1). Ele não fornece informações detalhadas sobre os principais perigos.
Os perigos que afetam a qualidade são controlados até certo ponto através
da validação das operações e processos críticos na fabricação de produtos
farmacêuticos acabados, de acordo com as Boas Práticas de Fabricação (BPFs). No
entanto, as BPFs não abrangem a segurança do pessoal envolvido na fabricação,
enquanto ambos os aspectos estão cobertos pelo sistema APPCC.
Além disso, o APPCC estenderá este conceito de modo a incluir uma análise das
variáveis críticas de qualidade, bem como a avaliação dos riscos que afetam
160
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
O APPCC não deve ser confundido com validação, uma vez que sua abordagem
é mais ampla e, assim, ajuda a identificar questões sobre as quais a validação
deve se concentrar. É com base em fundamentos científicos e sistemáticos que
identifica-se perigos específicos e medidas para o seu controle, bem como a
prestação de informação sobre proteção ambiental e segurança do trabalho.
O APPCC é uma ferramenta para avaliar os perigos e estabelecer sistemas de
controle que focam em prevenção mais do que em medidas corretivas baseadas
nos testes do produto final. Todos os sistemas APPCC são capazes de acomodar
mudanças, por exemplo no avanço do design dos equipamentos e nos processos
de fabricação ou desenvolvimento tecnológico.
O APPCC não deve substituir as BPFs; contudo, a sua aplicação pode ser utilizada
como um primeiro passo para a realização das BPFs.
161
SINDUSFARMA
3. Definições
As seguintes definições se aplicam aos termos utilizados neste guia. Elas podem
ter diferentes significados em outros contextos.
Ação corretiva
Análise de perigo
Controlar
Controle
Desvio
Diagrama de fluxo
Limite crítico
Medidas de controle
Qualquer ação e atividade que pode ser utilizada para prevenir ou eliminar um
perigo que afete a qualidade do produto farmacêutico, ou que o reduza a níveis
aceitáveis.
162
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
Monitorar
Perigo
Etapa na qual o controle pode ser aplicado, sendo essencial para prevenir ou
eliminar um perigo que afete a qualidade do produto farmacêutico, ou que o
reduza a níveis aceitáveis.
Produtos Farmacêuticos
Plano de APPCC
Validação
Verificação
4. Princípios
163
SINDUSFARMA
$QWHVGHRVLVWHPD$33&&VHUDSOLFDGRDTXDOTXHUVHWRUHVWHVHWRUMiGHYHUi
estar operando conforme os Princípios das Boas Práticas de Fabricação e a
legislação pertinente.
2FRPSURPLVVRGDDOWDDGPLQLVWUDomRpQHFHVViULRSDUDDLPSOHPHQWDomR
efetiva de um sistema APPCC.
2V3&&VLGHQWLILFDGRVHPTXDOTXHUH[HPSORGDGRHPTXDOTXHUGRFXPHQWR
de referência (incluindo as diretrizes BPFs) podem não ser os únicos
identificados para uma aplicação específica ou podem ser de natureza
diferente.
$DSOLFDomRGR$33&&GHYHVHUUHYLVDGDHPXGDQoDVQHFHVViULDVGHYHUmR
ser feitas quando houver qualquer alteração no produto, no processo ou
em etapas.
'HYHKDYHUXPSODQRGH$33&&(VVHVSODQRVSRGHPWHUIRUPDWRYDULDGR
mas devem, preferencialmente, ser específicos para um determinado produto,
processo ou operação. Planos genéricos de APPCC podem servir como guias
úteis no desenvolvimento de planos de APPCC de produtos e processos.
164
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
6. Capacitação e Treinamento
Deve ser fornecido treinamento específico nas tarefas do pessoal operacional que
realiza o monitoramento de cada PCC.
7. Aplicação
165
SINDUSFARMA
O uso pretendido deve estar baseado nos usos esperados do produto pelo usuário
final ou consumidor. Em casos específicos, grupos vulneráveis da população, por
ex.: pacientes idosos, crianças e pacientes imunodeprimidos podem ter de ser
considerados.
O diagrama de fluxo deve ser construído pela equipe APPCC e deve cobrir todas
as operações e decisões em um processo.
Quando o APPCC for aplicado a uma determinada operação, as etapas pré e pós-
operação também devem ser consideradas.
166
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
A equipe APPCC deve listar todos os perigos que podem ser razoavelmente
esperados a ocorrer em cada etapa da produção, controle de qualidade e
distribuição até o destino final. Deve, então, conduzir uma análise de perigo
para identificar, no plano de APPCC, quais perigos são de natureza tal que sua
eliminação ou redução a níveis aceitáveis seja essencial.
Uma análise completa dos perigos é requerida para garantir um ponto de controle
efetivo. Uma análise de perigos em duas etapas é recomendada. Durante a
primeira etapa, a equipe deve revisar os materiais, atividades, equipamento,
armazenagem, distribuição e uso pretendido do produto. Deve ser elaborada
uma lista dos potenciais perigos (biológico, químico e físico) que podem ser
introduzidos, aumentados ou controlados em cada etapa.
Durante a segunda etapa, uma avaliação do perigo deve ser conduzida, por ex.:
a severidade dos potenciais perigos e a probabilidade de sua ocorrência deve
ser estimada.
A equipe deve, então, decidir quais potenciais perigos devem ser incluídos no
plano de APPCC, e que medidas de controle, caso existam, podem ser aplicadas
para cada perigo. Mais de uma medida de controle pode ser requerida para
167
SINDUSFARMA
controlar um perigo específico e mais de um perigo pode ser controlado por uma
determinada medida de controle.
- materiais e ingredientes;
- procedimentos do processo;
- recinto;
- equipamentos;
- embalagens;
- sanitização e higiene;
- pessoal;
- risco de explosões;
- contaminação cruzada.
Um PCC no sistema APPCC pode ser mais facilmente determinado usando-se uma
Árvore de Decisão, que facilita uma abordagem lógica. O modo pelo qual uma
árvore de decisão é usada vai depender da operação em questão, por exemplo,
produção, embalagem, reprocessamento, armazenamento, distribuição. Deve
ser oferecido treinamento no uso de árvores de decisão.
Limites críticos devem ser especificados e verificados, se possível para cada ponto
crítico de controle. Às vezes, mais do que um limite crítico pode ser especificado
numa determinada etapa. O critério usado sempre inclui medições de temperatura,
tempo, umidade, pH e parâmetros sensoriais, tais como aspecto visual e textura.
Limites críticos devem ser embasados cientificamente.
168
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
Ações corretivas específicas devem ser desenvolvidas para cada PCC no sistema
APPCC a fim de lidar com os desvios quando eles ocorrem. Estas ações devem
assegurar que o PCC é mantido sob controle. Ações corretivas devem incluir, no
mínimo:
169
SINDUSFARMA
5HYLVmRGRVLVWHPDGH$33&&HVHXVUHJLVWURV
5HYLVmRGHGHVYLRVHGLVSRVLomRGHSURGXWRV
&RQILUPDomRTXHRV3RQWRV&UtWLFRVGH&RQWUROHHVWmRPDQWLGRVVREFRQWUROH
170
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
Além disso, é válida uma avaliação periódica completa do sistema por um terceiro
imparcial e independente. Isto deverá incluir avaliação técnica de análise de
perigos e de cada elemento do plano de APPCC, bem como rever in loco, todos os
diagramas de fluxo e registros apropriados da operação do plano. Tal verificação
completa é independente de outros procedimentos de verificação e deve ser
realizada de modo a assegurar que o plano de APPCC é resultante do controle
dos perigos. Se os resultados da verificação completa identificarem deficiências,
a equipe deve modificar o plano de APPCC.
$QiOLVHGHSHULJR
'HWHUPLQDomRGH3RQWRV&UtWLFRVGH&RQWUROH
3ODQRGH$33&&
'HWHUPLQDomRGHOLPLWHFUtWLFR
0RQLWRUDPHQWRGDVDWLYLGDGHVGRV3RQWRV&UtWLFRVGH&RQWUROH
(WDSDVGRSURFHVVR
3HULJRVDVVRFLDGRV
/LPLWHVFUtWLFRV
9HULILFDomRGHSURFHGLPHQWRVHFURQRJUDPD
'HVYLRV
$o}HVFRUUHWLYDVDVVRFLDGDV
0RGLILFDo}HVDRVLVWHPDGH$33&&
171
SINDUSFARMA
APÊNDICE 1
Exemplos ilustrativos dos principais perigos que podem fazer parte de
um plano de APPCC
Este apêndice pretende somente ser usado como um lembrete dos principais
perigos que podem ser associados com a produção, controle e distribuição de
produtos farmacêuticos. Outras literaturas relevantes deveriam ser consultadas,
dependendo dos tipos de produtos farmacêuticos envolvidos (exemplo: insumo
farmacêutico ativo, vacinas).
1. Explosões e incêndios
a. Resíduos perigosos
b. Derramamento
172
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
APÊNDICE 2
Exemplos de falhas comuns
As causas de tais falhas incluem projeto ruim, pressão, meio corrosivo, altas
temperaturas, falha mecânica de bombas, sopradores e agitadores, falhas de
sistemas de controle, tais como sensores, falhas de soldas e flanges e falhas de
sistemas de segurança (p. ex.: válvulas).
Uma ampla variedade de erros pode ser cometida pelo pessoal operacional. Erros
comuns incluem erro do operador, pressionamento de botões errados, desconexão
de alarmes, misturas de materiais, erros de comunicação e manutenção e reparos
incorretos.
4. Forças naturais
Impactos externos podem ser causados por forças naturais, tais como vento,
água, luz solar e raios.
Bibliografia
APPCC: Introducing the Hazard Analysis and Critical Control Point System. Geneva,
World Health Organization, 1997 (document member WHO/FSF/FOS/97.2).
173
SINDUSFARMA
Título
PHACCP
Plano de Análise de Perigos e Pontos
Críticos de Controle
174
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
MODELO
Código Página
PLANO DE HACCP
Página 2 de 13
Título
ÍNDICE
1 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR................................................................4
2 ESCOPO ..........................................................................................5
4 CONCLUSÃO .................................................................................. 12
175
SINDUSFARMA
MODELO
Código Página
PLANO DE HACCP
Página 3 de 13
Título
0 - FOLHA DE APROVAÇÕES
176
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MODELO
Código Página
PLANO DE HACCP
Página 4 de 13
Título
1 - EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
Gq
Produção
Manutenção
Dnp
Cq
Validação e qualificação
Gerente GQ
Gerente CQ
Gerente PRODUÇÃO
Diretor P&D
Superintendente INDUSTRIAL
(Farmacêutico Resp.)
177
SINDUSFARMA
MODELO
Código Página
PLANO DE HACCP
Página 5 de 13
Título
2 - ESCOPO
2.1 Resumo
178
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
MODELO
Código Página
PLANO DE HACCP
Página 6 de 13
Título
Condições de estocagem
Condições de transporte
Validade
Requisitos regulamentares
Descrição do uso pretendido
Descrição do público-alvo
Populações sensíveis
Efeitos adversos
179
SINDUSFARMA
MODELO
Código Página
PLANO DE HACCP
Página 7 de 13
Título
180
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
MODELO
Código Página
PLANO DE HACCP
Página 8 de 13
Título
Severidade
Alta (5) Média (3) Baixa (1)
Perigos
Físicos (F)
Químicos (Q)
Microbiológicos
(M)
Perda de
Identidade/
rastreabilidade
(I)
Saúde e
segurança do
operador (S)
Obs. aplicável
apenas em etapas de
processo
181
SINDUSFARMA
MODELO
Código Página
PLANO DE HACCP
Página 9 de 13
Título
2.5 - Fluxograma
FLUXOGRAMA FABRICAÇÃO DE
Etapas
COMPRIMIDO
1 MISTURADOR
2 Preparo solução
Adicionar água,
2.1 e 2.2
metilcelulose
Misturar até
2.3
completa dissolução
GRANULADOR
4 Granular a massa através de malha
de 6 milímetros
(cont.)...
182
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
FLUXOGRAMA FABRICAÇÃO DE
Etapas
COMPRIMIDO
10 e 11 Misturar
FIM DO PROCESSO
//
183
SINDUSFARMA
MODELO
Código Página
PLANO DE HACCP PHACCP - INJ/III
Página 10 de 13
Título
Sim -> O e-
quipamento não
1. Não / 1.1 Sim /
apresenta um
Mistura inicial: 1.4 (VSHFL¿FDUYH- Não Sim
temporizador.
locidade / 1. Sim
Necessário crono-
metrar o tempo
184
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MODELO
Código Página
PLANO DE HACCP
Página 11 de 13
Título
Risco
Fase
Gerenciamento de Análise de
Médico
Baixo
Risco Risco
Alto
S O D Nº
Antes de iniciar
o processo de
Ocorrência
produção é feita a Rendimento
PESAGEM
de grande
conferência entre as e teor não
discre-
Pesagem 5 3 1 15 X quantidade pesadas conforme
pância na
x as quantidades com o es-
fase de
descritas na ordem pecificado
pesagem
de produção x código
do material
Trans- Rendimento
ferência Conferência da e teor não
Quantidade
de água 5 1 5 25 X quantidade de água conforme
de água
para o (245.000 Kg) com o es-
reator pecificado
Certificar que a tempe-
Tempera-
3 1 1 3 X ratura está entre 80ºC N/A
tura
MANIPULAÇÃO
e 84ºC
Aqueci-
mento Problemas
Controlador Verificar o selo de na solubi-
5 1 1 5 X
calibrado calibração lização das
MPs
Certificar que a ve-
locidade de rotação
Velocidade do planetário está a
Solubili- 1 1 1 1 X N/A
de rotação 45 rpm e da turbina
zação das está entre 1.500 a
MPs 1.510 rpm
Verificar o tempo de
Tempo 3 1 1 3 X N/A
agitação de 10 minutos
185
SINDUSFARMA
MODELO
Código Página
PLANO DE HACCP
Página 12 de 13
Título
4 - CONCLUSÃO
Descrever as ações que devem ser tomadas para mitigar os riscos, responsáveis
e prazos.
186
Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos nos Processos da Indústria Farmacêutica
MODELO
Código Página
PLANO DE HACCP
Página 13 de 13
Título
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
187