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ABSTRACT: The National Pavement Design Method (MeDiNa) comprises three software for designing
asphalt pavements, with stresses, strains, and displacements analysis performed by Multilayer Elastic
Analysis (AEMC). For structural analysis, the AEMC routine takes into account the adherence condition
between layers boundaries, which in MeDiNa is defined according to the layer position and typology
(granular, stabilized, or asphaltic). The present study provides a comparative analysis between AEMC
and other stress and strain analysis tools in elastic layer systems, varying the interlayer adherence
conditions. The stress, strains, and displacement values obtained by AEMC for the proposed pavement
structure, under the same adherence condition, show little difference compared to values obtained using
other analysis tools. In general, the displacements, stresses, and strains obtained for unbonded
conditions are more conservative. Concerning adherence conditions between layers pre-established in
the current version of MeDiNa, available for download, structural integrity prevails to the detriment of
the economy.
KEYWORDS: structural analysis; MeDiNa; interface adherence; service life; flexible pavement.
Tabela 3 – Coeficientes dos modelos de vida de fadiga recomendados pelo DER-SP (2006)
Modelo Autor Ano k1 k2
A Federal Highway Administration 1976 1,092 × 10-6 3,512
B Asphalt Institute 1976 2,961 × 10-5 3,291
C Barker, Brabston & Chou 1977 9,7 × 10-10 4,03
D Pinto & Preussler 1980 2,85 × 10-7 3,69
Fonte: DER-SP (2006, p. 25)
seguir: 1 𝑘𝑘4
𝑁𝑁𝑓𝑓3 = 𝑘𝑘3 ( ) (4)
11
1 𝜀𝜀𝑣𝑣
𝑁𝑁𝑓𝑓2 = 5,6 × 10 × (3)
𝑈𝑈𝑣𝑣 4,6 onde 𝑁𝑁𝑓𝑓3 é o número equivalente de solicitações
onde 𝑁𝑁𝑓𝑓2 é a vida útil do pavimento e 𝑈𝑈𝑣𝑣 é o da carga do eixo rodoviário, 𝜀𝜀𝑣𝑣 é a deformação
deslocamento vertical recuperável medido no vertical de compressão no topo do subleito, e 𝑘𝑘3 e
topo do revestimento, expresso em 10-3 𝑘𝑘4 são coeficientes experimentais determinados
polegadas. por regressão. Os modelos de previsão de vida
A previsão de desempenho para o critério de útil, segundo esse critério, foram os propostos
deformação permanente em função da pela instrução de projeto IP-DE-00/001 (DER-SP,
deformação elástica vertical atuante no topo do 2006) para estimativa de 𝑁𝑁𝑓𝑓3 . Os coeficientes de
subleito foi feita conforme a expressão a seguir: cada modelo, para deformação adimensional (em
decimais), são apresentados na Tabela 4.
Ao utilizar as equações recomendadas pelo cada uma das ferramentas de análise foram
DER-SP (2006), deve-se considerar que o 𝑁𝑁𝑓𝑓3 comparados entre si de forma qualitativa e
obtido é correspondente ao prescrito pela quantitativa. Na análise quantitativa decidiu-se
metodologia da United States Army Corps of pela avaliação das bacias de deslocamentos
Engineers (USACE). verticais e dos valores de deformação horizontal
por serem parâmetros comumente utilizados em
2.4. ETAPAS E CENÁRIOS DE ANÁLISE modelos de previsão de desempenho (Pinto e
Para atingir os objetivos propostos, o Preussler, 2010).
presente estudo foi dividido em duas etapas: (i) A proximidade entre as bacias de
etapa de comparação entre o AEMC e outros deslocamento vertical obtida para uma mesma
programas computacionais; e (ii) etapa de análise condição de aderência foi avaliada pela raiz
do efeito das condições de aderência. Em todas quadrática média dos erros percentuais (RMSE),
as etapas foram consideradas duas condições expressa por:
extremas de aderência: interfaces aderidas,
designadas como AD, e interfaces não aderidas, 1
𝑛𝑛
𝑑𝑑𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 − 𝑑𝑑𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟ê𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛
2
Na etapa de análise do efeito das condições vida útil do pavimento por meio dos modelos de
de aderência, foram considerados apenas os previsão de desempenho.
valores obtidos pelo AEMC. Foram calculadas as As características do carregamento e a
deformações horizontais, deslocamentos e localização dos pontos na estrutura para
deformações verticais na superfície e nas obtenção dos deslocamentos, deformações e
interfaces, considerando o semieixo rodoviário tensões, na etapa de análise do efeito das
padrão. Os resultados obtidos para cada condição condições de aderência, são apresentados de
de aderência foram comparados, estimando-se a forma esquemática na Figura 3.
Tabela 6 – Variação dos deslocamentos verticais (µm) - condição não aderida, NAD
AEMC (referência) KENLAYER Diferença
z (cm)
(1) (2) [(2)-(1)]/(1) (%)
0,00 539,2 545,6 1,19
9,99 525,5 532,2 1,27
10,00 525,4 532,1 1,28
10,01 525,4 532,1 1,28
24,99 451,4 457,4 1,33
25,00 451,4 457,3 1,31
25,01 451,3 457,3 1,33
44,99 383,6 388,8 1,36
45,00 383,6 388,7 1,33
45,01 383,5 388,7 1,36
Fonte: Elaboração própria
Para a condição sem aderência (NAD), o indefinido por se tratar de uma descontinuidade.
comparativo qualitativo entre os gráficos No entanto, a variação dos valores de deformação
apresentados também valida o AEMC horizontal para pontos imediatamente abaixo e
comparando-se os valores obtidos com o uso do imediatamente acima da interface (∆𝑍𝑍 =
KENLAYER. No que diz respeito aos ± 0,01 𝑐𝑐𝑐𝑐) é baixa, o que ratifica o
deslocamentos verticais, assim como para a comportamento observado nos gráficos
condição aderida (AD), observa-se uma pequena apresentados.
variação entre os valores na superfície e nas As bacias de deslocamentos verticais na
interfaces. Em relação às deformações superfície da camada de revestimento (𝑧𝑧 =
horizontais, observa-se uma grande variação dos 0,00) obtidas no AEMC, KENLAYER e ELSYM5
valores exatamente nas interfaces, enquanto para as duas condições de aderência avaliadas
deformações horizontais obtidas no AEMC são de são apresentadas na Figura 7 e nas Tabelas 9 e
compressão, as deformações horizontais obtidas 10. Para gerar as bacias, foram obtidos os
no KENLAYER são de tração. A rigor, o valor é deslocamentos em 10 pontos ao longo do eixo y.
Tabela 10 – Deflexões e RMSE para a condição não-aderida, NAD (1 µm = 0,1 × 10-2 mm)
Deflexões (µm)
y (cm) RMSE (%)
AEMC (referência) KENLAYER
0,00 539,20 545,60
20,00 399,26 404,70
40,00 256,83 260,40
60,00 166,90 169,20
80,00 114,69 116,30
1,35
100,00 85,10 86,30
120,00 67,89 68,80
140,00 57,16 57,90
160,00 49,81 50,50
180,00 44,32 44,90
Fonte: Elaboração própria
De acordo com o valores obtidos, nos centros observado na condição aderida. O mesmo
de aplicação da carga (𝑥𝑥 = −16,20 cm e 𝑥𝑥 = comportamento foi percebido ao analisar as
16,20 cm), verifica-se que, na condição não deflexões na superfície do pavimento (𝑈𝑈𝑣𝑣 ), cujos
aderida, a deformação horizontal de tração na valores são apresentados na Figura 9 e na Tabela
direção x é cerca de 66 % superior ao valor 12.
Com base nos resultados apresentados, camadas asfálticas. Sendo assim, a condição não
observa-se que as deformações verticais no topo derida (NAD) é a que representa o
do subleito, imediatamente acima da interface, comportamento da estrutura proposta ao ser
são cerca de 100 % maiores para a condição não analisada no MeDiNa.
aderida.
3.3. EFEITO DAS CONDIÇÕES DE
Em resumo, com base no comparativo
ADERÊNCIA NO DIMENSIONAMENTO
apresentado, são observados maiores
Buscando ampliar o entendimento dos
deslocamentos verticais, uma maior deformação
efeitos da consideração de interfaces aderidas ou
horizontal de tração nos centros de aplicação do
não aderidas no dimensionamento de um
carregamento na fibra inferior da camada de
pavimento, a vida útil da estrutura proposta foi
revestimento, e uma maior deformação vertical no
estimada recorrendo aos modelos de
topo do subleito para a condição não aderida
desempenho descritos no item 2.3, considerando
(NAD).
a carga de um semieixo simples padrão rodoviário
Na versão atual do MeDiNa, disponível para
(ESP). Na Figura 11 e na Tabela 14, apresenta-
download, as condições de aderência são pré-
se a estimativa da vida de fadiga, calculada com
estabelecidas em função do material e da posição
base na deformação horizontal de tração na fibra
da camada, existindo apenas as condições de
inferior da camada de revestimento nos centros
interfaces sem aderência e totalmente aderidas.
de aplicação da carga no eixo x: 1,40 × 10-4 e 2,32
As únicas situações de total aderência são: (i)
× 10-4, para as condições aderida (AD) e não
camada asfáltica sobre outra camada asfáltica; (ii)
aderida (NAD), respectivamente.
camada asfática sobre camada antirreflexão de
trincas; e (iii) tratamento superficial sobre
Tabela 14 – Vida de fadiga estimada com base na 𝜀𝜀𝑥𝑥 na fibra inferior da camada de revestimento (𝑁𝑁𝑓𝑓1 )
𝐍𝐍𝐟𝐟𝐟𝐟
Aderido Não aderido Diferença (%)
Modelo Autor
(AD) (NAD) [(2)-(1)]/(1)
(1) (2)
A Federal Highway Administration 3,74E+07 6,35E+06 -83,02
B Asphalt Institute 1,43E+08 2,71E+07 -81,05
C Barker, Brabston & Chou 3,30E+06 4,30E+05 -86,97
D Pinto & Preussler 4,74E+07 7,35E+06 -84,49
Fonte: Elaboração própria
Tabela 15 – Vida útil estimada com base na 𝜀𝜀𝑣𝑣 no topo do subleito (𝑁𝑁𝑓𝑓3 )
Nf3
Aderido Não aderido Diferença (%)
Modelo Autor
(AD) (NAD) [(2)-(1)]/(1)
(1) (2)
A Dormon & Metcalf 8,63E+07 2,39E+06 -97,23
B Shell (50% de confiabilidade) 1,57E+08 7,74E+06 -95,07
C Shell (85% de confiabilidade) 4,97E+07 2,44E+06 -95,09
D Shell (95% de confiabilidade) 2,69E+07 1,32E+06 -95,09
E Santucci 1,90E+07 6,47E+05 -96,59
Fonte: Elaboração própria
REFERÊNCIAS
AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. ASTM D 5858 – 96 – Standard Guide for
Calculating In Situ Equivalent Elastic Moduli of Pavement Materials Using Layered Elastic Theory. 1996.
7 p.
BALBO, J. T. Pavimentação asfáltica: materiais, projeto e restauração. São Paulo: Oficina de Textos,
2007. 558 p.
BURMISTER, D. M. The theory of stresses and displacements in layered systems and
applications to the design of airport runways. Proceedings, Highway Research Board, v. 23, p. 126-
144, 1943.