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Prof.

Marcus Campiteli
@profmarcuscampiteli

Prevenção de Incêndios ..................................................................................................... 3


1 – Introdução ................................................................................................................... 3
2 – NBR 13714/2000 – Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio 9
2.1 – Definições ................................................................................................................................. 9
2.2 – Requisitos Gerais .................................................................................................................... 10
2.3 – Requisitos Específicos ............................................................................................................. 13
2.4 – Aplicabilidade dos Sistemas ................................................................................................... 17
3 – NBR 9077/2001 – Saídas de Emergência em Edifícios ................................................. 21
3.1 – Definições ............................................................................................................................... 25
3.2 – Classificação das Edificações .................................................................................................. 28
3.3 – Componentes da saída de emergência .................................................................................. 30
3.4 – Cálculo da população ............................................................................................................. 30
3.5 – Dimensionamento das saídas de emergência ........................................................................ 32
3.6 – Acessos ................................................................................................................................... 33
3.7 – Rampas ................................................................................................................................... 37
Arthur Aylon Viegas Nunes Nascimento
3.8 – Escadas ...................................................................................................................................
arthuraylon@hotmail.com 38
3.9 – Guardas e corrimãos .............................................................................................................. 42
3.10 – Elevadores de emergência ................................................................................................... 45
3.11 – Áreas de refúgio ................................................................................................................... 46
3.12 – Alarme de incêndio e comunicação de emergência ............................................................. 47
3.13 – Iluminação de emergência e sinalização de saída ............................................................... 47
4 – NBR 10897/2020 – Sistemas de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos
(Roque, 2015) .................................................................................................................. 48
4.1 – Tipos de Chuveiros Automáticos ............................................................................................ 50
4.2 – Classificação quanto à Posição de Instalação ........................................................................ 51
4.3 – Fator K de descarga para chuveiros automáticos .................................................................. 52
4.4 – Sistemas de Sprinklers ............................................................................................................ 53
4.4.1 – Tipos de Sistemas ................................................................................................................ 54
4.5 – Classificação das Edificações quanto à Ocupação ................................................................. 57
4.6 – Área de Cobertura e Distância Máxima entre Sprinklers ....................................................... 58
4.7 – Temperatura ........................................................................................................................... 59

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5 – NBR 17240 – Alarme e Detecção ................................................................................ 60


5.1 – Introdução .............................................................................................................................. 60
5.2 – Central de Incêndio (Rocha, 2017) ......................................................................................... 62
5.3 – Detectores de Incêndio (Rocha, 2017) ................................................................................... 62
5.4 – Acionadores Manuais ............................................................................................................. 63
5.5 – Indicadores Sonoros e/ou Visuais ........................................................................................... 63
6 – Questões Comentadas ............................................................................................... 64
7 – Questões Apresentadas Nesta Aula............................................................................ 69
8 – Gabarito ..................................................................................................................... 72
9 – Referências Bibliográficas .......................................................................................... 72

Arthur Aylon Viegas Nunes Nascimento


arthuraylon@hotmail.com

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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
Olá pessoal,
Apresento a aula de Prevenção e Combate a Incêndios, abrangendo as principais informações das
normas NBR 9077, NBR 10897, NBR 13714 e NBR 17240, assim como demais normas nas questões
comentadas.
Dicas adicionais são publicadas no Instagram: @profmarcuscampiteli
Bons Estudos!

1 – INTRODUÇÃO
Começo essa parte da aula com a figura do reservatório superior de uma edificação com sistema
de proteção contra incêndio. Nessa figura, é possível observar a reserva técnica de incêndio, ela
corresponde por norma a 20% do volume total do reservatório. Essa parte sempre estará cheia,
mesmo que acabe a água de distribuição a reserva não poderá ser utilizada. Para garantir esse
nível mínimo da reserva técnica a tubulação que sai para o barrilete de distribuição encontra-se
acima desse nível, assim em caso de incêndio haverá esse volume da reserva mais o volume de
água que estava no reservatório para distribuição.
Arthur Aylon Viegas Nunes Nascimento
arthuraylon@hotmail.com

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Um princípio desse tipo de sistema é que desde o barrilete até as colunas e ramais de distribuição
de água, a independência do sistema de distribuição de água e o sistema de combate a incêndio.
Lembrando que por norma a tubulação do sistema de distribuição de água deve ser pintada de
verde e a tubulação do sistema de combate a incêndio deve ser pintada de vermelho.
Na figura acima há que se notar que após o barrilete de combate a incêndio existe uma válvula de
retenção (logo adiante explicarei a razão da válvula) e, no caso do barrilete de distribuição, não
existe essa válvula.

Importante tratar nesse tópico das classificações aplicadas aos incêndios, pois pode ser questão de
prova.

Os incêndios se classificam-se em três classes, segundo o Federal Fire Council:


Classe A: incêndios causados que deixam brasa, como os à base de celulose (madeiras, lonas,
papéis, palhas, serragens, lixos), os materiais carbonáceos (carvão e coque), e os materiais a base
de nitrocelulose (filmes, material fotográfico).
Classe B: incêndios causados por óleos minerais (petróleo, gasolina, querosene, graxa, verniz,
tinta), por óleos vegetais (álcoois, acetona, éter, óleo de linhaça), e por óleos de animais (banha,
peixe, etc.).
Arthur Aylon Viegas Nunes Nascimento
Classe C: incêndios em equipamentos elétricos (motor, transformador, reator), quando
arthuraylon@hotmail.com
eletrificados. Caso contrário serão incêndios classe A.
Essa classificação é importante para combater o incêndio de com o agente extintor mais
adequado. A água pode ser usada sem restrições para incêndios Classe A e com restrições para as
classes B e C, no último caso, C, só deve ser utilizada água, após desligamento da energia. Além da
água, pode se utilizar Espuma (Sulfato de alumínio) e Soda ácido para incêndios classe A. Para as
classes B e C utiliza-se extintores de Anidrido carbônico (fumaça branca, expulsa o oxigênio da
queima), Tetracloreto de carbono (extingue o fogo por ser um vapor mais denso que o ar,
abafando o fogo por falta de oxigênio), esse último é mais recomendado para os incêndios da
classe C, por ser um vapor não condutor.

Classificam-se também as áreas quanto ao perigo de incêndio:


Classe I: pequeno risco, como escolas, residências e escritórios;
Classe II: risco médio ou normal, como oficinas, fábricas, armazéns.
Classe III: grande risco, como depósitos de combustíveis, paióis de munição, refinarias de
petróleo.

Para as instalações de Combate a incêndio, a seguinte nomenclatura de componentes de combate


a incêndio pode ser útil nas provas.

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Abrigo - Compartimento destinado ao acondicionamento de Mangueiras e seus acessórios


Agente Extintor - É o produto químico, ou não, utilizado para extinção do fogo.
Antecâmara - É o recinto que antecede a caixa da escada enclausurada à prova de fumaça,
podendo ser dos tipos vestíbulo, terraço ou balcão.
Armazém de Produtos Acondicionados - Área coberta, ou não, onde são armazenados recipientes,
tais como: tambores, tonéis, latas, baldes, etc., que contenham derivados de petróleo ou álcool.
Aspersor — Dispositivo utilizado nos chuveiros automáticos ou sob comando para formação de
neblina.
Base de Distribuição - Instalação com as facilidades necessárias ao recebimento, armazenamento,
mistura, embalagens e distribuição de derivados de petróleo em urna área de mercado específico.
Bomba de Incêndio - Aparelho hidráulico especial destinado a recalcar água no sistema de
hidrante
Bomba “Booster” - Aparelho hidráulico especial destinado a suprir deficiência de pressão em uma
instalação hidráulica de proteção contra incêndios. Obs.: O booster é uma bomba que funciona
sem reservatório, ela é acoplada diretamente na tubulação aumentando a pressão.
Canalização - Rede de canos destinados a conduzir água para alimentar os hidrantes de combate a
incêndio.
Carreta Extintor - Sobre rodas, comAylon
Arthur capacidade
Viegasde no mínimo
Nunes 20 kg de agente extintor, em um
Nascimento
único recipiente. arthuraylon@hotmail.com

Compartimentação de Área - Isolamento através das paredes resistentes a combustão, portas


corta-fogo, destinado a evitar ou reduzir as probabilidades de propagação do fogo.
Câmara de Espuma - Dispositivo dotado de selo destinado a conduzir a espuma para o interior de
tanques de armazenamento do tipo teto cônico
Chuveiro Automático - Peça dotada de dispositivo sensível à elevação de temperatura e destinado
a espargir água sobre a área incendiada, quando acionado pelo aumento de temperatura
ambiente.
Demanda - Solicitação quantitativa da instalação de hidrantes à fonte de alimentação.
Defletor - Dispositivo destinado a dirigir a espuma contra a parede do tanque
Deslizador de Espuma - Dispositivo destinado a facilitar o espargimento suave de espuma sobre o
liquido armazenado.
Diagrama Isométrico - Desenho em perspectiva, em ângulo de 30º, da instalação de hidrantes.
Detector de Incêndio - Dispositivo do funcionamento elétrico que reage a um incêndio detectando
o calor ou a fumaça e é capaz de emitir um sinal elétrico a uma central do alarme. Um detector do
incêndio pode ser projetado do modo a reagir a um aumento de temperatura, ou a presença de
fumaça por dispositivo fotoelétrico ou de ionização, ou ainda, por um sistema de leitura
infravermelha.

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Duto de Ventilação – É o espaço no interior da edificação que permite a saída, em qualquer


pavimento, de gases ou fumaça da antecâmara da escada para o ar livre, acima da cobertura da
edificação.
Elevador de Segurança - Aquele dotado de alimentação elétrica independente da chave geral da
edificação, chave com duplo comando, automático o manual, no piso de descarga, gerador
próprio, tendo a caixa envolvida por paredes resistentes ao fogo por 02 (duas) horas, com as
portas abrindo para uma antecâmara.
Escada Enclausurada - Escada que apresenta a caixa envolvida por paredes resistentes a 04
(quatro) horas do fogo e separada da área comum por porta corta-fogo leve (sem antecâmara e
duto do venti1ação).
Escada Enclausurada a Prova do Fumaça - É a escada cuja caixa e envolvida por paredes e portas
resistentes ao fogo procedida de antecâmara e duto de ventilação, do modo a evitar, em caso do
incêndio, a penetração do fogo e fumaça.
Esguicho - Dispositivo hidráulico destinado a dar forma, alcance e direção ao jato d’água.
Esguicho para Espuma - Equipamento destinado a formar e orientar a fluxo da espuma.
Estação Fixa de Emulsionamento - Local onde se localizam bombas, proporcionadores, válvulas e
tanques do líquido gerador da espuma (LGE).
Estação Móvel de Emulsionamento - Veículos especializados para transporte do líquido gerador de
espuma e o equipamento paraArthur Aylon Viegas Nunes
seu emulsionamento Nascimento
automático com a água.
arthuraylon@hotmail.com
Espuma Mecânica - Agente extintor, constituída por um aglomerado de bolhas, produzido por
turbilhonamento de água com um concentrado proteínico ou sintético e o ar atmosférico.
Extintor do Incêndio - Aparelho portátil ou montado sobre rodas, destinado ao combate imediato
ao incêndio em seu início.
Gasômetro - Local destinado à fabricação do gás e/ou engarrafamento e/ou armazenamento.
Gerador de Espuma - Equipamento que se destina a facilitar a mistura da solução com o ar para
formação de espuma.
Grampo do Segurança - Grampo metálico solidário a estrutura na laje de cobertura para fins do
acoplamento de equipamentos de salvamento do Corpo de Bombeiros.
Hidrante - Ponto de tomada de água provido de dispositivo de manobra (registro) e união de
engate rápido
Hidrante de Parede - É o hidrante interno instalado na parede externa da edificação. Pode ser
usado como hidrante de recalque.
Iluminação de Emergência - Aquela que tem por finalidade auxiliar a evacuação da edificação
sempre que necessário, devendo entrar em funcionamento automático, sempre que houver
interrupção de suprimento de energia elétrica.
Instalação para Tratamento de Produtos - Aquela onde os produtos sofrem modificações por
mistura, aquecimento e outros processos.

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Isolamento Vertical - Obtido através do afastamento entre vergas e peitoris de pavimentos


consecutivos ou através de elementos construtivos horizontais, solidários com o antipiso, de
maneira a evitar a propagação de um incêndio de um pavimento para outro.
Linha de Espuma - Canalização ou linha de mangueiras destinadas a conduzir a espuma.
Líquido Gerador de Espuma (LGE) - Concentrado em forma de líquidos de origem animal ou
sintético, que misturado com água forma uma solução que, sofrendo um processo do batimento e
aeração, produz espuma.
Mangotinho - Tubo flexível de seção indeformável e diâmetro máximo de 25 mm.
Monitor - Esguicho montado sobre rodas ou plataforma elevada com capacidade mínima de vazão
de 800 litros por minuto.
Nebulizador - Bico especial destinado a realizar o resfriamento de tanques do armazenamento de
derivados do petróleo ou álcool.
Parque - Área destinada ao armazenamento e transferência de produtos onde se situam tanques,
armazéns e bombas de transferência.
Plataforma de Carregamento - Local onde são carregados a granel, caminhões ou vagões tanques.
Porta Corta-fogo - É o conjunto de portas propriamente dito, batente e seus acessórios, capaz do
impedir ou retardar a propagação do fogo, fumaça e gases do um ambiente para outro.
Posto de Serviço - Local onde Arthur
se localizam
Aylontanques de combustíveis
Viegas Nunes Nascimento e bombas de distribuição.
arthuraylon@hotmail.com
Proporcionador - Equipamento destinado a misturar em quantidades proporcionais pré-
estabelecidas (água + líquido gerador de espuma).
Registro de Manobra - Destinado à abertura e fechamento de hidrantes.
Registro de Paragem - Dispositivo hidráulico destinado a interromper o fluxo de água nas
instalações hidráulicas de proteção contra incêndios.
Registro de Recalque - Dispositivo hidráulico destinado a permitir a introdução de água
proveniente de fontes externas na instalação hidráulica de proteção contra incêndios instalado em
posição que assegure a rápida identificação e facilidade de acesso a viaturas do Corpo de
Bombeiros
Requinte – É o bocal existente na ponta do esguicho do diâmetro variável.
Reserva de Incêndio - Quantidade de água reservada especialmente para combate a incêndios
Reservatório - Local destinado ao armazenamento de água que irá alimentar a instalação
hidráulica de proteção contra incêndios
Risco – Compreende as ocupações ou parte delas.
Risco Isolado - São os riscos separados por paredes, dispositivos de retardamento da propagação
do fogo e afastamentos, dentro dos critérios estabelecidos pela Tarifa de Seguro Incêndio do
Brasil.

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Sinalização - Meios utilizados para indicar aos ocupantes de uma edificação, as rotas de fuga e
posição dos equipamentos de combate a incêndios
Sistema do Chuveiro Automático - Equipamentos que mediante um impulso ocasionado por uma
queda de pressão, fluxo de água, variação de temperatura, evolução de fumaça, presença de
chamas, etc., entra em funcionamento sem a interferência do ser humano.
Sistema de Alarme - Conjunto de equipamento destinado a dar um aviso sonoro e/ou luminoso da
ocorrência de incêndios acionados manualmente.
Sistema de Acionamento Manual - Equipamento que, para entrar em funcionamento, necessita da
interferência do ser humano.
Sistema de Detecção - Conjunto de equipamentos destinados a dar um aviso sonoro e/ou
luminoso da ocorrência de incêndio acionado manual e automaticamente pela ação de detectores
capazes de captar fenômenos físicos da combustão.
Sistema Fixo - Equipamento para proteção de tanques de armazenamento do combustível, cujos
componentes são fixos, permanentemente, desde a estação geradora de espuma ate a câmara
aplicadora.
Sistema Portátil - Equipamento cujos componentes são transportados para o local onde serão
utilizados pelos próprios operadores.
Sistema Semifixo - Equipamento destinado à proteção e de tanques de armazenamento de
Arthur Aylon
combustível, cujos componentes, Viegas Nunes Nascimento
permanentemente fixos, são complementados por
arthuraylon@hotmail.com
equipamentos móveis para sua operação.
Neste tipo do sistema, a tomada de alimentação da câmara poderá ser operada através de rede
comum de alimentação dos hidrantes, com a interposição de um proporcionador de linha tipo
especial, pelo sistema “around the pump “(proporcionador em paralelo ou by-pass), ou ainda pela
interposição de uma bomba “booster” (em série).
Solução de Espuma - Mistura de água com líquido gerador de espuma.
Tambor - Recipiente portátil, cilíndrico, feito em chapa metálica, com capacidade máxima de 250
litros.
Tanque do Armazenamento - Reservatório especialmente construído para acumulação de
petróleo, seus derivados ou ainda de álcool.
Tanque de Serviço - Reservatório especialmente construído para operações auxiliares e/ou
distribuição de produtos.
Unidade Extintora - Capacidade mínima convencionada do agente extintor.
Válvula de Retenção - Dispositivo hidráulico destinado a permitir o fluxo de água apenas em um
sentido dentro da canalização.

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2 – NBR 13714/2000 – SISTEMAS DE HIDRANTES E DE MANGOTINHOS


PARA COMBATE A INCÊNDIO

2.1 – DEFINIÇÕES

a) abrigo: Compartimento, embutido ou aparente, dotado de porta, destinado a armazenar


mangueiras, esguichos, carretéis e outros equipamentos de combate a incêndio, capaz de proteger
contra intempéries e danos diversos.
b) altura da edificação: Medida, em metros, entre o ponto que caracteriza a saída ao nível de
descarga (de pessoas), sob a projeção externa da parede do prédio, ao ponto mais alto do piso do
último pavimento.
c) bombas de incêndio
- bomba principal: Bomba hidráulica centrífuga destinada a recalcar água para os sistemas de
combate a incêndio.
- bomba de pressurização (Jockey): Bomba hidráulica centrífuga destinada a manter o sistema
pressurizado em uma faixa preestabelecida.
- bomba de reforço: Bomba hidráulica centrífuga destinada a fornecer água aos hidrantes ou
Arthur Aylon Viegas Nunes Nascimento
mangotinhos mais desfavoráveis hidraulicamente, quando estes não puderem ser abastecidos
arthuraylon@hotmail.com
somente pelo reservatório elevado.
d) carretel axial: Dispositivo rígido destinado ao enrolamento de mangueiras semirrígidas.
e) dispositivo de recalque: Dispositivo para uso do Corpo de Bombeiros, que permite o recalque
de água para o sistema, podendo ser dentro da propriedade quando o acesso do Corpo de
Bombeiros estiver garantido.
f) esguicho: Dispositivo adaptado na extremidade das mangueiras, destinado a dar forma, direção
e controle ao jato, podendo ser do tipo regulável (neblina ou compacto) ou de jato compacto.
g) hidrante: Ponto de tomada de água onde há uma (simples) ou duas (duplo) saídas contendo
válvulas angulares com seus respectivos adaptadores, tampões, mangueiras de incêndio e demais
acessórios.
h) inibidor de vórtice: Acessório de tubulação destinado a eliminar o efeito do vórtice dentro de
um reservatório.
i) jato compacto: Tipo de jato de água caracterizado por linhas de corrente de escoamento
paralelas, observado na extremidade de descarga do esguicho.
k) mangotinho: Ponto de tomada de água onde há uma (simples) saída contendo válvula de
abertura rápida, adaptador (se necessário), mangueira semi-rígida, esguicho regulável e demais
acessórios.

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l) memorial: Conceitos, premissas e etapas utilizados para definir, localizar, caracterizar e detalhar
o projeto do sistema de hidrantes e mangotinhos de uma edificação, desde a concepção até a sua
implantação e manutenção. É composto de parte descritiva, cálculos, ábacos e tabelas.
m) órgão competente: Órgão público, federal, estadual, municipal, ou ainda autarquias ou
entidades por estes designadas, capacitadas legalmente para determinar aspectos relevantes dos
sistemas de proteção contra incêndio, segundo a Constituição Federal.
n) poço de sucção: Aspecto construtivo do reservatório, destinado a maximizar a utilização do
volume de água acumulado, bem como para evitar a entrada de impurezas no interior das
tubulações.
o) projetista: Pessoa física ou jurídica responsável pela elaboração de todos os documentos de um
projeto, assim como do memorial.
p) projeto: Conjunto de peças gráficas e escritas, necessárias à definição das características
principais do sistema de hidrante ou mangotinho, composto de plantas, seções, elevações,
detalhes e perspectivas isométricas e, inclusive, das especificações de materiais e equipamentos.
q) reserva de incêndio: Volume de água destinado exclusivamente ao combate a incêndio.
r) rota de fuga: Trajeto que deve ser percorrido pelos ocupantes da edificação a partir de qualquer
ponto, de qualquer pavimento, até um local seguro completamente livre dos efeitos de um
incêndio.
s) sistema de hidrantes ou deArthur Aylon Viegas
mangotinhos: Nunes
Sistema Nascimento
de combate a incêndio composto por reserva
arthuraylon@hotmail.com
de incêndio, bombas de incêndio (quando necessário), rede de tubulação, hidrantes ou
mangotinhos e outros acessórios descritos nesta Norma.

2.2 – REQUISITOS GERAIS

Os sistemas de combate a incêndio estão divididos em sistemas de mangotinhos (tipo 1) e sistemas


de hidrantes (tipos 2 e 3), conforme especificado na tabela a seguir.

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A todo sistema a ser instalado deve corresponder um memorial, constando cálculos,


dimensionamentos, desenhos, plantas, perspectivas isométricas detalhadas de tubulação,
premissas, orientações para instalação, procedimentos de ensaio e recomendações para
manutenção.
O projeto, a instalação, os ensaios e a manutenção dos sistemas devem ser executados por
empresas ou por responsáveis profissionais, legalmente habilitados, sendo obrigatória a
comprovação da capacitação, a qualquer tempo. Todos os parâmetros, ábacos, tabelas e outros
recursos utilizados no projeto e no dimensionamento devem ser relacionados no memorial.
Não é admitida a referência a outro projeto para justificar a aplicação de qualquer informação no
memorial.

a) Recalque

Todos os sistemas devem ser dotados de dispositivo de recalque, consistindo em um


prolongamento de mesmo diâmetro da tubulação principal, com diâmetro mínimo DN50 (2") e
máximo de DN100 (4"), cujos engates são compatíveis aos utilizados pelo Corpo de Bombeiros
local.
Quando a vazão do sistema for superior a 1.000 L/min, o dispositivo de recalque deverá possuir
um registro de recalque adicional, sendo que o prolongamento da tubulação deverá ter diâmetro
no mínimo igual ou superior ao existente na tubulação de recalque do sistema.
Arthur Aylon Viegas Nunes Nascimento
Quando o dispositivo de recalque estiver situado no passeio, este deverá ser enterrado em caixa
arthuraylon@hotmail.com
de alvenaria, com fundo permeável ou dreno, tampa articulada e requadro em ferro fundido,
identificada pela palavra “INCÊNDIO”, com dimensões de 0,40 m x 0,60 m, afastada a 0,50 m da
guia do passeio; a introdução tem que estar voltada para cima em ângulo de 45° e posicionada, no
máximo, a 0,15 m de profundidade em relação ao piso do passeio, conforme a figura a seguir:

O volante de manobra da válvula deve estar situado a no máximo 0,50 m do nível do piso acabado.
Tal válvula deve ser do tipo gaveta ou esfera, permitindo o fluxo de água nos dois sentidos, e
instalada de forma a garantir seu adequado manuseio.

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O dispositivo de recalque pode ser instalado na fachada principal da edificação, ou no muro da


divisa com a rua, com a introdução voltada para a rua e para baixo em um ângulo de 45° e a uma
altura entre 0,60 m e 1,00 m em relação ao piso do passeio ou interior da propriedade. A
localização do dispositivo de recalque sempre deve permitir a aproximação da viatura apropriada
para o recalque da água, a partir do logradouro público, sem existir qualquer obstáculo que
dependa de remoção para o livre acesso dos bombeiros.

b) Tubulação

A tubulação do sistema não deve ter diâmetro nominal inferior a DN65 (2½"). Para sistemas tipo 1,
poderá ser utilizada tubulação com diâmetro nominal DN50 (2"), desde que comprovado
tecnicamente o desempenho hidráulico dos componentes e do sistema, e aprovado pelo órgão
competente. A tubulação aparente do sistema deve ser em cor vermelha.

c) Esguicho

O alcance do jato compacto produzido por qualquer sistema não deve ser inferior a 8 m, medido
da saída do esguicho ao ponto de queda do jato.
Para esguicho regulável, a condição mencionada no parágrafo anterior é verificada na posição de
jato compacto.
O comprimento total das mangueiras que servem cada saída a um ponto de hidrante ou
Arthur Aylon Viegas Nunes Nascimento
mangotinho deve ser suficiente para vencer todos os desvios e obstáculos que existem,
arthuraylon@hotmail.com
considerando também toda a influência que a ocupação final é capaz de exercer, não excedendo
os limites estabelecidos na tabela a seguir. Para sistemas de hidrantes, deve-se preferencialmente
utilizar lances de mangueiras de 15 m.

d) Alarme

Todo sistema deve ser dotado de alarme audiovisual, indicativo do uso de qualquer ponto de
hidrante ou mangotinho, que é acionado automaticamente através de pressostato ou chave de
fluxo.
Na localização do alarme devem ser considerados os níveis de volume e de iluminamento
necessários, as características construtivas e tipo de ocupação da edificação e localização relativa
do alarme e do pessoal da Brigada de Incêndio ou da zeladoria da edificação. Este alarme deve ser
diferenciado dos alarmes já existentes com funções específicas.

e) Abrigo

As mangueiras de incêndio devem ser acondicionadas dentro dos abrigos: em ziguezague ou


aduchadas, sendo que as mangueiras semirrígidas podem ser acondicionadas enroladas, com ou
sem o uso de carretéis axiais ou em forma de oito, permitindo sua utilização com facilidade e
rapidez.
No interior do abrigo pode ser instalada a válvula angular, desde que o seu manuseio e
manutenção estejam garantidos.

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Os abrigos devem ser em cor vermelha, possuindo apoio ou fixação própria, independente da
tubulação que abastece o hidrante ou mangotinho.

f) Válvulas de abertura para hidrantes ou mangotinhos

As válvulas dos hidrantes devem ser do tipo angulares de diâmetro DN65 (2½").
Poderá ser utilizada, para os hidrantes, válvula angular com diâmetro DN40 (1½") para sistemas
que utilizem mangueiras de 40 mm, desde que comprovado seu desempenho para esta aplicação.
As válvulas para mangotinhos devem ser do tipo abertura rápida, de passagem plena e diâmetro
mínimo DN25 (1").

2.3 – REQUISITOS ESPECÍFICOS

Os tipos de sistemas previstos são dados na tabela acima.


As vazões da referida tabela correspondem a esguichos tipo regulável na posição de maior vazão
para sistema tipo 1, jato compacto de 16 mm para sistema tipo 2 e jato compacto de 25 mm para
sistema tipo 3.
As vazões da tabela devem ser as obtidas na ponta do esguicho acoplado à sua respectiva
mangueira, sendo que para o sistema tipo 1 a mangueira semirrígida deve estar na posição
enrolada. Arthur Aylon Viegas Nunes Nascimento
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Para cada ponto de hidrante ou de mangotinho, são obrigatórios os materiais descritos na tabela a
seguir.

a) Localização
Os pontos de tomada de água devem ser posicionados:
- nas proximidades das portas externas e/ou acessos à área a ser protegida, a não mais de 5 m;
- em posições centrais nas áreas protegidas;
- fora das escadas ou antecâmaras de fumaça;
- de 1,0 m a 1,5 m do piso.

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- Nos hidrantes externos, quando afastados de no mínimo 15 m ou 1,5 vez a altura da parede
externa da edificação a ser protegida, poderão ser utilizados até 60 m de mangueira
(preferencialmente em lances de 15 m), desde que devidamente dimensionados hidraulicamente.
Recomenda-se que sejam utilizadas mangueiras de 65 mm de diâmetro para redução da perda de
carga do sistema e o último lance de 40 mm para facilitar seu manuseio.
A utilização do sistema não deve comprometer a fuga dos ocupantes da edificação; portanto, deve
ser projetado de tal forma que dê proteção em toda a edificação, sem que haja a necessidade de
adentrar as escadas, antecâmaras ou outros locais determinados exclusivamente para servirem de
rota de fuga dos ocupantes.

b) Dimensionamento

Os hidrantes ou mangotinhos devem ser distribuídos de tal forma que qualquer ponto da área a
ser protegida seja alcançado por um (sistema tipo 1) ou dois (sistemas tipos 2 e 3) esguichos,
considerando-se o comprimento da mangueira e seu trajeto real e desconsiderando-se o alcance
do jato de água.
Para o dimensionamento, deve ser considerado o uso simultâneo dos dois jatos de água mais
desfavoráveis hidraulicamente, para qualquer tipo de sistema especificado, considerando-se no
mínimo as vazões obtidas conforme a tabela 1.
Independentemente do procedimento de dimensionamento estabelecido, recomenda-se a
Arthur
utilização de esguichos reguláveis emAylon Viegas
função Nunes efetividade
da melhor Nascimento no combate, mesmo que não
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proporcione as vazões requeridas pela norma.
O local mais desfavorável hidraulicamente deve ser aquele que proporciona menor pressão
dinâmica no esguicho.
Havendo mais de um tipo de ocupação (ocupações mistas) na edificação (que requeira proteção
por sistemas distintos), o dimensionamento dos sistemas deve ser feito para cada tipo de sistema
individualmente.
O sistema deve ser dimensionado de modo que as pressões dinâmicas nas entradas dos esguichos
não ultrapassem o dobro daquela obtida no esguicho mais desfavorável hidraulicamente. Pode-se
utilizar quaisquer dispositivos para redução de pressão, desde que comprovadas as suas
adequações técnicas.
Recomenda-se que o sistema seja dimensionado de forma que a pressão máxima de trabalho, em
qualquer ponto do sistema, não ultrapasse 1 000 kPa. Situações que requeiram pressões
superiores à estipulada serão aceitas, desde que comprovada a adequação técnica dos
componentes empregados e atendido o requisito especificado no parágrafo anterior.
A velocidade da água no tubo de sucção das bombas de incêndio não deve ser superior a 4 m/s. A
velocidade máxima da água na tubulação não deve ser superior a 5 m/s.

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c) Reservatórios
A reserva de incêndio deve ser prevista para permitir o primeiro combate, durante determinado
tempo. Após este tempo considera-se que o Corpo de Bombeiros mais próximo atuará no
combate, utilizando a rede pública, caminhões-tanque ou fontes naturais.
Para qualquer sistema de hidrante ou de mangotinho, o volume mínimo de água da reserva de
incêndio deve ser determinado conforme indicado:
V=Qxt
Onde:
- Q é a vazão de duas saídas do sistema aplicado, conforme a tabela 1, em litros por minuto;
- t é o tempo de 60 min para sistemas dos tipos 1 e 2, e de 30 min para sistema do tipo 3;
- V é o volume da reserva, em litros.
Não deve ser admitida a alimentação de outros sistemas de proteção contra incêndio, sob
comando ou automáticos, através da interligação das tubulações, exceto para os sistemas tipo 1,
que podem estar interligados a sistemas de chuveiros automáticos, desde que devidamente
dimensionados.
O reservatório deve ser construído de maneira que possibilite sua limpeza sem interrupção total
do suprimento de água do sistema, ou seja, mantendo pelo menos 50% da reserva de incêndio
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(reservatório com duas células interligadas).
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A construção do reservatório deve ser em concreto armado ou metálico, obedecendo aos
requisitos acima. Poderão ser utilizados reservatórios confeccionados com outros materiais, desde
que garantam-se as resistências ao fogo, mecânicas e a intempéries.
O reservatório exclusivo para os sistemas de hidrantes ou mangotinhos deve ser provido de chave
de nível e/ou dispositivo de alarme, somente para indicar baixo nível de água.
É recomendado que a reposição da capacidade efetiva seja efetuada à razão de 1 L/min por metro
cúbico de reserva.
Quando a altura do reservatório elevado não for suficiente para fornecer as vazões e pressões
mínimas requeridas, para os pontos dos hidrantes ou mangotinhos mais desfavoráveis
hidraulicamente, deve-se utilizar uma bomba de reforço, em sistema by pass, para garantir as
pressões e vazões mínimas requeridas.
O tubo de descida do reservatório elevado para abastecer os sistemas de hidrantes ou de
mangotinhos deve ser provido de uma válvula de gaveta e uma válvula de retenção, considerando-
se o sentido reservatório-sistema. A válvula de retenção deve ter passagem livre, sentido
reservatório-sistema.
O reservatório ao nível do solo, semienterrado ou subterrâneo, deve conter uma capacidade
efetiva, com o ponto de tomada da sucção da bomba principal localizado junto ao fundo deste,
conforme ilustrado nas figuras A.1 a A.3 e tabela A.1 da NBR 13714.

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Para o cálculo da capacidade efetiva, deve ser considerada como altura a distância entre o nível
normal da água e o nível X da água, conforme as figuras A.1 a A3.
O nível X é calculado como o mais baixo nível, antes de ser criado um vórtice com a bomba
principal em plena carga, e deve ser determinado pela dimensão A da tabela A.1.
Quando o tubo de sucção D for dotado de um dispositivo antivórtice, pode-se desconsiderar a
dimensão A da tabela A.1.
No caso do exemplo da figura A.2, não se deve utilizar o dispositivo antivórtice.

2.4 – APLICABILIDADE DOS SISTEMAS

As edificações com área construída superior a 750 m2 e/ou altura superior a 12 m devem ser
protegidas por sistemas de mangotinhos ou de hidrantes conforme estabelecido na tabela D.1 da
NBR 13714, a seguir.

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As edificações do grupo A, conforme a tabela D.1, devem ser protegidas por sistemas tipo 1 com
vazão de 80 L/min, dotados de pontos de tomada de água de engate rápido para mangueiras de
diâmetro 40 mm (1 ½"). Ver figura D.1.
Considerando que o sistema tipo 1 opera com pressões relativamente elevadas, devem ser
tomados os devidos cuidados de manuseio, caso seja necessária a utilização de mangueira de
incêndio nos pontos de tomada de água de 40 mm.
Segue a tabela D.1 da NBR 13714:

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As edificações dos grupos B, D, E e H e das divisões F1, F2, F3, F4 e F5, conforme a tabela D.1,
devem ser protegidas por sistemas tipo 1 com vazão de 100 L/min, dotados de pontos de tomada

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de água de engate rápido para mangueiras de 40 mm (1½"), conforme a figura D.1 da NBR 13714, a
seguir.

Considerando que o sistema tipo 1 opera com pressões relativamente elevadas, devem ser
tomados os devidos cuidados de manuseio, caso seja necessária a utilização da mangueira de
incêndio nos pontos de tomada de água de 40 mm.
As edificações do grupo C e das divisões F6, F7 e F8, conforme a tabela D.1, devem ser protegidas
Arthur
por sistemas tipo 2, com saídas Aylon
duplas deViegas
40 mmNunes
(1½"),Nascimento
dotados de pontos de tomada de água
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com mangueiras semirrígidas acopladas, conforme a figura D.2 da NBR 13714, a seguir. Portanto
cada ponto de hidrante deve conter duas mangueiras de incêndio de 40 mm e uma mangueira
semirrígida, sendo que esta última deve estar permanentemente acoplada.

Havendo mais de um tipo de ocupação na edificação (ocupações mistas), que requeira sistemas
distintos, cada ocupação deve ser protegida pelo seu respectivo sistema e, no caso de existência de
garagem nestas edificações, as garagens devem ser protegidas pelo sistema destinado ao maior
risco.

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Quando as edificações de qualquer tipo de ocupação possuírem garagens, estas devem ser
protegidas pelo mesmo tipo de sistema da edificação.
As edificações estabelecidas para serem protegidas por sistema tipo 1 podem opcionalmente ser
protegidas por um sistema alternativo de hidrantes, com as seguintes características:
a) mangueiras de incêndio com diâmetro 40 mm;
b) esguichos de jato composto de 13 mm ou regulável;
c) vazão mínima de 130 L/min no esguicho mais desfavorável hidraulicamente, considerando o
funcionamento simultâneo dos hidrantes mais desfavoráveis hidraulicamente, conforme
especificados a seguir:
- um hidrante quando instalado um hidrante;
- dois hidrantes quando instalados dois, três ou quatro hidrantes;
- três hidrantes quando instalados cinco ou seis hidrantes;
- quatro hidrantes quando instalados mais de seis hidrantes;
d) a reserva de incêndio deve ser determinada considerando o funcionamento simultâneo dos
hidrantes especificados na alínea c), por um tempo mínimo de 60 min;
e) todos os demais requisitos para os sistemas de mangotinhos ou de hidrantes especificados nesta
Norma devem ser atendidos.
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3 – NBR 9077/2001 – SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS


A norma NBR 9077 fixa as condições exigíveis que as edificações devem possuir:
a) a fim de que sua população possa abandoná-las, em caso de incêndio, completamente protegida
em sua integridade física;
b) para permitir o fácil acesso de auxílio externo (bombeiros) para o combate ao fogo e a retirada
da população.
Os objetivos previstos acima devem ser atingidos projetando-se:
a) as saídas comuns das edificações para que possam servir como saídas de emergência;
b) as saídas de emergência, quando exigidas.
A norma NBR 9077 se aplica a todas as edificações, classificadas quanto à sua ocupação,
constantes na tabela 1 a seguir, independentemente de suas alturas, dimensões em planta ou
características construtivas.
A norma NBR 9077 fixa requisitos para edifícios novos, podendo, entretanto, servir como exemplo
de situação ideal que deve ser buscada em adaptações de edificações em uso, consideradas suas
devidas limitações.

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3.1 – DEFINIÇÕES

a) Abertura desprotegida: porta, janela ou qualquer outra abertura não dotada de vedação com o
exigido índice de proteção ao fogo, ou qualquer parte da parede externa da edificação com índice
de resistência ao fogo menor que o exigido para a face exposta da edificação.
b) Acesso: caminho a ser percorrido pelos usuários do pavimento, constituindo a rota de saída
horizontal, para alcançar a escada ou rampa, área de refúgio ou descarga. Os acessos podem ser
constituídos por corredores, passagens, vestíbulos, balcões, varandas e terraços.
c) Alçapão de alívio de fumaça (AAF) ou alçapão de tiragem: abertura horizontal localizada na
parte mais elevada da cobertura de uma edificação ou de parte desta que, em caso de incêndio,
pode ser aberta manual ou automaticamente, para deixar a fumaça escapar.
d) Altura da edificação ou altura descendente: medida em metros entre o ponto que caracteriza a
saída ao nível de descarga, sob a projeção do paramento externo da parede do prédio, ao ponto
mais alto do piso do último pavimento, não considerando pavimentos superiores destinados
exclusivamente a casas de máquinas, caixas d’água e outros.
e) Altura ascendente: medida em metros entre o ponto que caracteriza a saída ao nível da
descarga, sob a projeção do paramento externo da parede da edificação, ao ponto mais baixo do
nível do piso do pavimento mais baixo da edificação (subsolo).
d) Antecâmara: recinto que Arthur Aylon
antecede Viegas
a caixa daNunes Nascimento
escada, com ventilação natural garantida por
arthuraylon@hotmail.com
janela para o exterior, por dutos de entrada e saída de ar ou por ventilação forçada
(pressurização).
e) Área de pavimento: medida em metros quadrados, em qualquer pavimento de uma edificação,
do espaço compreendido pelo perímetro interno das paredes externas e paredes corta-fogo, e
excluindo a área de antecâmaras, e dos recintos fechados de escadas e rampas.
f) Área do maior pavimento: área do maior pavimento da edificação, excluindo o da descarga.
g) Balcão ou sacada: parte de pavimento da edificação em balanço em relação à parede externa do
prédio, tendo, pelo menos, uma face aberta para o espaço livre exterior.
h) Bocel ou nariz do degrau: borda saliente do degrau sobre o espelho, arredondada inferiormente
ou não.
Nota: Se o degrau não possui bocel, a linha de concorrência dos planos do degrau e do espelho,
neste caso obrigatoriamente inclinada, chama-se quina do degrau; a saliência do bocel ou da quina
sobre o degrau imediatamente inferior não pode ser menor que 15 mm em projeção horizontal.
i) Carga-incêndio, carga térmica ou carga combustível de uma edificação: conteúdo combustível
de uma edificação ou de parte dela, expresso em termos de massa média de materiais
combustíveis por unidade de área, pelo qual é calculada a liberação de calor baseada no valor
calorífico dos materiais, incluindo móveis e seu conteúdo, divisórias, acabamento de pisos, paredes
e forros, tapetes, cortinas e outros.

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A carga combustível é expressa em MJ/m2, ou kg/m2, correspondendo à quantidade de madeira


(kg de madeira por m2) que emite a mesma quantidade de calor que a combustão total dos
materiais considerados nas dependências.
j) Compartimentar: separar um ou mais locais do resto da edificação por intermédio de paredes e
portas corta-fogo.
k) Corrimão ou mainel: barra, cano ou peça similar, com superfície lisa, arredondada e contínua,
localizada junto às paredes ou guardas de escadas, rampas ou passagens para as pessoas nela se
apoiarem ao subir, descer ou se deslocar.
l) Descarga: parte da saída de emergência de uma edificação que fica entre a escada e o
logradouro público ou área externa com acesso a este.
m) Distância de segurança: Distância entre uma face exposta da edificação ou de um local
compartimentado à divisão do lote, ao eixo da rua ou a uma linha imaginária entre duas
edificações ou áreas compartimentadas do mesmo lote, medida perpendicularmente à face
exposta da edificação.
n) Divisória ou tabique: Parede interna, baixa ou atingindo o teto, sem efeito estrutural e que,
portanto, pode ser suprimida facilmente em caso de reforma.
o) Duto de entrada de ar (DE): Espaço no interior da edificação, que conduz ar puro, coletado ao
nível inferior desta, às escadas, antecâmaras ou acessos, exclusivamente, mantendo-os, com isso,
devidamente ventilados e livres de fumaça
Arthur Aylon em casoNunes
Viegas de incêndio.
Nascimento
p) Duto de saída de ar (DS): Espaçoarthuraylon@hotmail.com
vertical no interior da edificação, que permite a saída, em
qualquer pavimento, de gases e fumaça para o ar livre, acima da cobertura da edificação.
q) Entrepiso: Conjunto de elementos de construção, com ou sem espaços vazios, compreendido
entre a parte inferior do forro de um pavimento e a parte superior do piso do pavimento
imediatamente superior.
r) Escada de emergência: Escada integrante de uma rota de saída, podendo ser uma escada
enclausurada à prova de fumaça, escada enclausurada protegida ou escada não enclausurada.
s) Escada à prova de fumaça pressurizada (PFP): Escada à prova de fumaça, cuja condição de
estanqueidade à fumaça é obtida por método de pressurização.
t) Escada enclausurada à prova de fumaça (PF): Escada cuja caixa é envolvida por paredes corta-
fogo e dotada de portas corta-fogo, cujo acesso é por antecâmara igualmente enclausurada ou
local aberto, de modo a evitar fogo e fumaça em caso de incêndio.
u) Escada enclausurada protegida (EP): Escada devidamente ventilada situada em ambiente
envolvido por paredes corta-fogo e dotada de portas resistentes ao fogo.
v) Escada não enclausurada ou escada comum (NE): Escada que, embora possa fazer parte de uma
rota de saída, se comunica diretamente com os demais ambientes, como corredores, halls e
outros, em cada pavimento, não possuindo portas corta-fogo.
w) Espaço livre exterior: Espaço externo à edificação para o qual abrem seus vãos de ventilação e
iluminação. Pode ser constituído por logradouro público ou pátio amplo.

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x) Guarda ou guarda-corpo: Barreira protetora vertical, maciça ou não, delimitando as faces


laterais abertas de escadas, rampas, patamares, terraços, balcões, galerias e assemelhados,
servindo como proteção contra eventuais quedas de um nível para outro.
y) Incombustível: Material que atende aos padrões de método de ensaio para determinação da
não-combustibilidade.
z) Lanço de escada: Sucessão ininterrupta de degraus entre dois patamares sucessivos.
Nota: Um lanço de escada nunca pode ter menos de três degraus, nem subir altura superior a 3,70
m.
a.a) Largura do degrau (b): Distância entre o bocel do degrau e a projeção do bocel do degrau
imediatamente superior, medida horizontalmente sobre a linha de percurso da escada.
a.b) Linha de percurso de uma escada: Linha imaginária sobre a qual sobe ou desce uma pessoa
que segura o corrimão da bomba, estando afastada 0,55 m da borda livre da escada ou da parede.
Nota: Sobre esta linha, todos os degraus possuem piso de largura igual, inclusive os degraus
ingrauxidos nos locais em que a escada faz deflexão. Nas escadas de menos de 1,10 m de largura, a
linha de percurso coincide com o eixo da escada, ficando, pois, mais perto da borda.
a.c) Local de saída única: Local em um pavimento da edificação, onde a saída é possível apenas em
um sentido.
a.d) Nível de acesso: Nível do terreno no ponto em que se atravessa a projeção do paramento
Arthur Aylon Viegas Nunes Nascimento
externo da parede do prédio, ao se entrar na edificação.
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Nota: É aplicado para a determinação da altura da edificação.
a.e) Nível de descarga: Nível no qual uma porta externa de saída conduz ao exterior.
a.f) Parede corta-fogo: Tipo de separação corta-fogo que, sob a ação do fogo, conserva suas
características de resistência mecânica, é estanque à propagação da chama e proporciona um
isolamento térmico tal que a temperatura medida sobre a superfície não exposta não ultrapasse
140°C durante um tempo especificado.
a.g) Parede resistente ao fogo: Parede capaz de resistir estruturalmente aos efeitos de qualquer
fogo ao qual possa vir a ficar exposta, durante um tempo determinado.
a.h) Pavimento de descarga: Pavimento que possui uma porta externa de saída.
a.i) Poço de instalação: Passagem essencialmente vertical deixada numa edificação com a
finalidade específica de facilitar a instalação de serviços tais como dutos de ar-condicionado,
ventilação, canalizações hidráulico-sanitárias, eletrodutos, cabos, tubos de lixo, elevadores, monta-
cargas e outros.
a.j) População: Número de pessoas para as quais uma edificação, ou parte dela, é projetada.
a.k) Porta corta-fogo (PCF): Conjunto de folha de porta, marco e acessórios, que atende à NBR
11742.
Nota: As portas podem ser dotadas de vidros aramados transparentes, com 6,5 mm de espessura e
0,50 m2 de área máxima.

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a.l) Prédio misto: Edificação cuja ocupação é diversificada, englobando mais de um uso e que,
portanto, deve satisfazer às exigências de proteção de acordo com o exigido para o maior risco,
salvo se houver isolamento de risco, isto é, compartimentação.
a.m) Rampa: Parte inclinada de uma rota de saída, que se destina a unir dois níveis de pavimento.
a.n) Saída de emergência, rota de saída ou saída: Caminho contínuo, devidamente protegido,
proporcionado por portas, corredores, halls, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas,
rampas ou outros dispositivos de saída ou combinações destes, a ser percorrido pelo usuário, em
caso de um incêndio, de qualquer ponto da edificação até atingir a via pública ou espaço aberto,
protegido do incêndio, em comunicação com o logradouro.
a.o) Saída horizontal: Passagem de um edifício para outro por meio de porta corta-fogo, vestíbulo,
passagem coberta, passadiço ou balcão.
a.p) Separação corta-fogo: Elemento de construção que funciona como barreira contra a
propagação do fogo, avaliado conforme NBR 10636.
a.q) Unidade de passagem: Largura mínima para a passagem de uma fila de pessoas, fixada em
0,55 m.
Nota: Capacidade de uma unidade de passagem é o número de pessoas que passa por esta
unidade em 1 min.

3.2 – CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES


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As edificações são classificadas:


a) quanto à ocupação, de acordo com a Tabela 1 apresentada acima;
b) quanto à altura, dimensões em planta e características construtivas, de acordo,
respectivamente, com as Tabelas 2, 3 e 4 a seguir.

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3.3 – COMPONENTES DA SAÍDA DE EMERGÊNCIA

A saída de emergência compreende


ArthuroAylon
seguinte:
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a) acessos ou rotas de saídas horizontais, isto é, acessos às escadas, quando houver, e respectivas
portas ou ao espaço livre exterior, nas edificações térreas;
b) escadas ou rampas;
c) descarga.

3.4 – CÁLCULO DA POPULAÇÃO

As saídas de emergência são dimensionadas em função da população da edificação.


A população de cada pavimento da edificação é calculada pelos coeficientes da Tabela 5 do Anexo,
considerando sua ocupação, dada na Tabela 1 do Anexo.
Exclusivamente para o cálculo da população, devem ser incluídas nas áreas de pavimento:
a) as áreas de terraços, sacadas e assemelhados, excetuadas aquelas pertencentes às edificações
dos grupos de ocupação A, B e H;
b) as áreas totais cobertas das edificações F-3 e F-6, inclusive canchas e assemelhados;
c) as áreas de escadas, rampas e assemelhados, no caso de edificações dos grupos F-3, F-6 e F-7,
quando, em razão de sua disposição em planta, estes lugares puderem, eventualmente, ser
utilizados como arquibancadas.

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Exclusivamente para o cálculo da população, as áreas de sanitários nas ocupações E e F são


excluídas das áreas de pavimento.

Arthur Aylon Viegas Nunes Nascimento


arthuraylon@hotmail.com

(A) Os parâmetros dados nesta Tabela são os mínimos aceitáveis para o cálculo da população. Em
projetos específicos, devem ser cotejados com os obtidos em função da localização de assentos,
máquinas, arquibancadas e outros, e adotados os mais exigentes, para maior segurança.

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(B) As capacidades das unidades de passagem (ver Nota da definição da “Unidade de Passagem”)
em escadas e rampas estendem-se para lanços retos e saída descendente. Nos demais casos,
devem sofrer redução, como abaixo especificado. Estas percentagens de redução são cumulativas,
quando for o caso:
a) lanços curvos de escadas (com degraus ingrauxidos): redução de 10%;
b) lanços ascendentes de escadas, com degraus até 17 cm de altura: redução de 10%;
c) lanços ascendentes de escada com degraus até 17,5 cm de altura: redução de 15%;
d) lanços ascendentes de escadas com degraus até 18 cm de altura: redução de 20%;
e) rampas ascendentes, declividade até 10%: redução de 1% por grau percentual de inclinação (1%
a 10%);
f) rampas ascendentes de mais de 10% (máximo: 12,5%): redução de 20%.

3.5 – DIMENSIONAMENTO DAS SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

a) Largura das saídas


A largura das saídas deve ser dimensionada em função do número de pessoas que por elas deva
transitar, observados os seguintes critérios:
Arthur Aylon Viegas Nunes Nascimento
a) os acessos são dimensionados em arthuraylon@hotmail.com
função dos pavimentos que servirem à população;
b) as escadas, rampas e descargas são dimensionadas em função do pavimento de maior
população, o qual determina as larguras mínimas para os lanços correspondentes aos demais
pavimentos, considerando-se o sentido da saída.
A largura das saídas, isto é, dos acessos, escadas, descargas, e outros, é dada pela seguinte
fórmula:

Onde:
N = número de unidades de passagem, arredondado para número inteiro
P = população, conforme coeficiente da Tabela 5 do Anexo e critérios do subitem 2.3 e da alínea
“a” acima.
C = capacidade da unidade de passagem, conforme Tabela 5.

b) Larguras mínimas a serem adotadas

As larguras mínimas das saídas, em qualquer caso, devem ser as seguintes:


a) 1,10 m, correspondendo a duas unidades de passagem e 55 cm, para as ocupações em geral,
ressalvado o disposto a seguir;

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b) 2,20 m, para permitir a passagem de macas, camas, e outros, nas ocupações do grupo H, divisão
H-3.

c) Exigências adicionais

A largura das saídas deve ser medida em sua parte mais estreita, não sendo admitidas saliências de
alizares, pilares, e outros, com dimensões maiores que as indicadas na figura a seguir, e estas
somente em saídas com largura superior a 1,10 m.

As portas que abrem para dentro de rotas de saída, em ângulo de 180°, em seu movimento de
abrir, no sentido do trânsito de saída, não podem diminuir a largura efetiva destas em valor menor
que a metade (ver Figura 2),Arthur
sempre mantendo
Aylon uma largura
Viegas Nunes mínima livre de 1,10 m para as
Nascimento
ocupações em geral e de 1,65 m paraarthuraylon@hotmail.com
as do grupo F.
As portas que abrem no sentido do trânsito de saída, para dentro de rotas de saída, em ângulo de
90°, devem ficar em recessos de paredes, de forma a não reduzir a largura efetiva em valor maior
que 0,10 m (ver Figura 2).

3.6 – ACESSOS

Os acessos devem satisfazer às seguintes condições:


a) permitir o escoamento fácil de todos os ocupantes do prédio;
b) permanecer desobstruídos em todos os pavimentos;

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c) ter larguras de acordo com o estabelecido no subitem 2.4;


d) ter pé-direito mínimo de 2,50 m, com exceção de obstáculos representados por vigas, vergas de
portas, e outros, cuja altura mínima livre deve ser de 2,00 m;
e) ser sinalizados e iluminados com indicação clara do sentido da saída.
Os acessos devem permanecer livres de quaisquer obstáculos, tais como móveis, divisórias móveis,
locais para exposição de mercadorias, e outros, de forma permanente, mesmo quando o prédio
esteja supostamente fora de uso.

a) Distâncias máximas a serem percorridas

As distâncias máximas a serem percorridas para atingir um local seguro (espaço livre exterior, área
de refúgio, escada protegida ou à prova de fumaça), tendo em vista o risco à vida humana
decorrente do fogo e da fumaça, devem considerar:
a) o acréscimo de risco quando a fuga é possível em apenas um sentido;
b) o acréscimo de risco em função das características construtivas da edificação;
c) a redução de risco em caso de proteção por chuveiros automáticos;
d) a redução de risco pela facilidade de saídas em edificações térreas.
As distâncias máximas a serem percorridas constam da Tabela 6 a seguir.
Arthur Aylon Viegas Nunes Nascimento
arthuraylon@hotmail.com

Para uso da Tabela 6 do Anexo devem ser consideradas as características construtivas da


edificação, constante na Tabela 4, edificações classes X, Y e Z.
Um prédio é classificado como de classe X – edificações em que a propagação do fogo é fácil -
quando tiver qualquer peça estrutural ou entrepiso combustível ou não resistente ao fogo e
desprotegido.
Qualquer edificação dotada de estrutura resistente ao fogo é classificada como de classe Y -
mediana resistência ao fogo - se, em qualquer ponto da edificação, houver qualquer uma das
seguintes condições de risco:

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a) aberturas entre pavimentos, que permitam a fácil propagação vertical do incêndio, tais como
escadas, vazios ornamentais ou não, dutos desprotegidos, e outros;
b) inexistência de distância satisfatória entre aberturas de pavimentos consecutivos, tais como
prédios com paredes-cortina, "pele de vidro", peitoris muito baixos e outros;
c) existência, em edifícios de escritórios (grupo D), de grandes salões - dependências com mais de
125 m2 - sem divisões ou utilizando divisórias leves, não-resistentes ao fogo;
d) vãos de iluminação e ventilação, dando para pátios internos que não atendam às condições de
espaço livre exterior (ver definição de espaço livre exterior).

Para que um prédio seja classificado em Z – edificações em que a propagação do fogo é difícil - e,
portanto, a distância máxima a ser percorrida possa ser maior, é necessário que:
a) sua estrutura seja de concreto armado ou protendido, calculado e executado conforme NBR
5627;
b) tenha paredes externas com resistência ao fogo igual ou superior à da estrutura, resistindo, pelo
menos, a 2 h de fogo;
c) tenha isolamento entre pavimentos, o qual é obtido por afastamentos mínimos de 1,20 m entre
vergas e peitoris de aberturas situadas em pavimentos consecutivos, com parede ou viga com
resistência ao fogo igual à exigida para a laje de entrepiso e nunca inferior a 2 h; esta distância
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entre aberturas pode ser substituídaarthuraylon@hotmail.com
por aba horizontal que avance 0,90 m da face da edificação,
solidária com o entrepiso e com a mesma resistência ao fogo deste;
d) tenha isolamento entre unidades autônomas, conforme a seguir.

Para que as unidades autônomas sejam consideradas isoladas entre si, devem:
a) ser separadas entre si e das áreas de uso comum por paredes resistentes a 2 h de fogo; 4 h de
fogo se em edifício alto (tipo 0);
b) ser dotadas de portas resistentes ao fogo quando em comunicação com os acessos;
c) ter as aberturas situadas em lados opostos de paredes divisórias entre unidades autônomas e
afastamentos de 1,00 m entre si; esta distância pode ser substituída por moldura vertical,
perpendicular ao plano das aberturas, com 0,50 m de saliência sobre ele e ultrapassando 0,30 m a
verga da abertura mais alta;
d) ter as aberturas situadas em paredes paralelas, perpendiculares ou oblíquas entre si, que
pertençam a unidades autônomas distintas; afastamento mínimo de 1,50 m.

Notas:
a) Para efeito da aplicação desta seção, são equiparados a unidades autônomas os apartamentos
de hotéis, as salas de aulas, as enfermarias e quartos de hospitais, e outros.

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b) Para efeito da aplicação da alínea a, enquanto não houver norma brasileira específica, devem
ser adotadas como padrões as paredes de tijolos maciços de meio-tijolo (15 cm) em um tijolo (25
cm) como resistentes a 2 h e 4 h de fogo, respectivamente.
Em edificações térreas, pode ser considerada como saída, para efeito da distância máxima a ser
percorrida, qualquer abertura, sem grades fixas, com peitoril, tanto interna como externamente,
com altura máxima de 1,20 m, vão livre com área mínima de 1,20 m2 e nenhuma dimensão inferior
a 1,00 m.
A existência de chaminés ou dutos de ventilação natural ou mecânica não prejudica o isolamento
exigido acima, desde que com área máxima de 1,50 m2, com suas aberturas com vergas a, no
máximo, 15 cm do forro e peitoris com altura mínima de 1,80 m.
As tubulações de lixo e similares, quando existirem, devem ter portas estanques à fumaça e
aberturas no alto da edificação com secção no mínimo igual à sua, para permitir eventual exaustão
de fumaça.

b) Número de saídas

O número mínimo de saídas é definido em função do tipo de ocupação, da altura, dimensões em


planta e características construtivas da edificação.
Admite-se saída única nas habitações multifamiliares, quando não houver mais de quatro unidades
autônomas por pavimento. Arthur Aylon Viegas Nunes Nascimento
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c) Portas

As portas das rotas de saída e aquelas das salas com capacidade acima de 50 pessoas e em
comunicação com os acessos e descargas devem abrir no sentido do trânsito de saída, conforme
figura 2 acima.
A largura, vão livre ou “luz” das portas, comuns ou corta-fogo, utilizadas nas rotas de saída, deve
ser dimensionada como estabelecido em 2.4, admitindo-se uma redução no vão de luz, isto é, no
vão livre, das portas em até 75 mm de cada lado (golas), para o contramarco, marco e alizares. As
portas devem ter as seguintes dimensões mínimas de luz:
a) 80 cm, valendo por uma unidade de passagem;
b) 1,00 m, valendo por duas unidades de passagem;
c) 1,50 m, em duas folhas, valendo por três unidades de passagem.
Nota: Acima de 2,20 m, exige-se coluna central.
As portas das antecâmaras das escadas à prova de fumaça e das paredes corta-fogo devem ser do
tipo corta-fogo, obedecendo à NBR 11742, no que lhe for aplicável.
As portas das antecâmaras, escadas e outros devem ser providas de dispositivos mecânicos e
automáticos, de modo a permanecerem fechadas, mas destrancadas, no sentido do fluxo de saída,
sendo admissível que se mantenham abertas, desde que disponham de dispositivo de fechamento,
quando necessário.

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Se as portas dividem corredores que constituem rotas de saída, devem:


a) ter condições de reter a fumaça e ser providas de visor transparente de área mínima de 0,07 m2,
com altura mínima de 25 cm;
b) abrir no sentido do fluxo de saída;
c) abrir nos dois sentidos, caso o corredor possibilite saída nos dois sentidos.
Em salas com capacidade acima de 200 pessoas e nas rotas de saída de locais de reunião com
capacidade acima de 200 pessoas, as portas de comunicação com os acessos, escadas e descarga
devem ser dotadas de ferragem do tipo antipânico, conforme NBR 11785.
É vedado o uso de peças plásticas em fechaduras, espelhos, maçanetas, dobradiças e outros, e
portas de:
a) rotas de saída;
b) entrada em unidades autônomas;
c) salas com capacidade acima de 50 pessoas.
A colocação de fechaduras nas portas de acesso e descargas é permitida desde que seja possível a
abertura pelo lado interno, sem necessidade de chave, admitindo-se que a abertura pelo lado
externo seja feita apenas por meio de chave, dispensando-se maçanetas, etc.

3.7 – RAMPAS Arthur Aylon Viegas Nunes Nascimento


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a) Obrigatoriedade

O uso de rampas é obrigatório nos seguintes casos:


a) para unir dois pavimentos de diferentes níveis em acessos a áreas de refúgio em edificações
com ocupações dos grupos H-2 e H-3;
b) na descarga e acesso de elevadores de emergência;
c) sempre que a altura a vencer for inferior a 0,48 m, já que são vedados lanços de escadas com
menos de três degraus;
d) quando a altura a ser vencida não permitir o dimensionamento equilibrado dos degraus de uma
escada;
e) para unir o nível externo ao nível do saguão térreo das edificações em que houver usuários de
cadeiras de rodas.

b) Condições de atendimento
O dimensionamento das rampas deve obedecer ao estabelecido em 2.4.
As rampas não podem terminar em degraus ou soleiras, devendo ser precedidas e sucedidas
sempre por patamares planos.

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Os patamares das rampas devem ser sempre em nível, tendo comprimento mínimo de 1,10 m,
medidos na direção do trânsito, sendo obrigatórios sempre que houver mudança de direção ou
quando a altura a ser vencida ultrapassar 3,70 m.
As rampas podem suceder um lanço de escada, no sentido descendente de saída, mas não podem
precedê-lo.
Não é permitida a colocação de portas em rampas; estas devem estar situadas sempre em
patamares planos, com largura não-inferior à da folha da porta de cada lado do vão.
O piso das rampas deve ser antiderrapante.
As rampas devem ser dotadas de guardas e corrimãos de forma análoga ao especificado em 2.8.
As exigências de sinalização, iluminação, ausência de obstáculos, e outros, dos acessos aplicam-se,
com as devidas alterações, às rampas.

c) Declividade

A declividade máxima das rampas externas à edificação deve ser de 10% (1:10).
As declividades máximas das rampas internas devem ser de:
a) 10%, isto é, 1:10, nas edificações de ocupações A, B, E, F e H;
b) 12,5%, isto é, 1:8, quando o sentido de saída é na descida, nas edificações de ocupações D e G;
Arthur Aylon
sendo a saída em rampa ascendente, Viegasmáxima
a inclinação Nunes Nascimento
é de 10%;
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c) 12,5% (1:8), nas ocupações C, I e J.
Quando, em ocupações em que sejam admitidas rampas de mais de 10% em ambos os sentidos, o
sentido da saída for ascendente, deve ser dado um acréscimo de 25% na largura calculada
conforme 2.3.

3.8 – ESCADAS

Em qualquer edificação, os pavimentos sem saída em nível para o espaço livre exterior devem ser
dotados de escadas, enclausuradas ou não, as quais devem:
a) quando enclausuradas, ser constituídas com material incombustível;
b) quando não enclausuradas, além da incombustibilidade, oferecer nos elementos estruturais
resistência ao fogo de, no mínimo, 2 h;
c) ter os pisos dos degraus e patamares revestidos com materiais resistentes à propagação
superficial de chama, isto é, com índice "A" da NBR 9442;
d) ser dotados de guardas em seus lados abertos, conforme 2.8;
e) ser dotadas de corrimãos, conforme 2.8;

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f) atender a todos os pavimentos, acima e abaixo da descarga, mas terminando obrigatoriamente


no piso desta, não podendo ter comunicação direta com outro lanço na mesma prumada (ver
Figura 3);

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g) ter os pisos com condições antiderrapantes, e que permaneçam antiderrapantes com o uso;
h) os acessos devem permanecer livres de quaisquer obstáculos, tais como móveis, divisórias
móveis, locais para exposição de mercadorias, e outros, de forma permanente, mesmo quando o
prédio esteja supostamente fora de uso.

a) Largura

As larguras das escadas devem atender aos seguintes requisitos:


a) ser proporcionais ao número de pessoas que por elas devam transitar em caso de emergência,
conforme 3.4;
b) ser medidas no ponto mais estreito da escada ou patamar, excluindo os corrimãos (mas não as
guardas ou balaustradas), que se podem projetar até 10 cm de cada lado, sem obrigatoriedade de
aumento na largura das escadas;
c) ter, quando se desenvolver em lanços paralelos, espaço mínimo de 10 cm entre lanços, para
permitir localização de guarda ou fixação do corrimão.

b) Dimensionamento de degraus e patamares

Os degraus devem:
a) ter altura h (ver Figura 4 a seguir) compreendida entre 16,0 cm e 18,0 cm, com tolerância de
0,05 cm;

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b) ter largura b (ver Figura 4) dimensionada pela fórmula de Blondel:


63 cm ≤ (2h + b) ≤ 64 cm
c) ser balanceados quando o lanço da escada for curvo (escada em leque), caso em que a medida
do degrau (largura do degrau) será feita segundo a linha de percurso (ver 3.32) e a parte mais
estreita destes degraus ingrauxidos não tenha menos de 15 cm;
d) ter, num mesmo lanço, larguras e alturas iguais e, em lanços sucessivos de uma mesma escada,
diferenças entre as alturas de degraus de, no máximo, 5 mm;
e) ter bocel (nariz) de 1,5 cm, no mínimo, ou, quando este inexistir, balanço da quina do degrau
sobre o imediatamente inferior com este mesmo valor mínimo (ver Figura 4).

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O lanço mínimo deve ser de três degraus e o lanço máximo, entre dois patamares consecutivos,
não deve ultrapassar 3,70 m de altura.
O comprimento dos patamares deve ser (ver Figura 5):
a) dado pela fórmula:
p = (2h + b) n + b,
em que o n é um número inteiro (1, 2 ou 3), quando se tratar de escada reta, medido na direção do
trânsito;
b) no mínimo, igual à largura da escada, quando há mudança de direção da escada sem degraus
ingrauxidos, não se aplicando, neste caso, a fórmula anterior.
Em ambos os lados de vão da porta, deve haver patamares com comprimento mínimo igual à
largura da folha da porta.

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c) Caixas das escadas


As paredes das caixas de escadas, das guardas, dos acessos e das descargas devem ter acabamento
liso.
As caixas de escadas não podem ser utilizadas como depósitos, mesmo por curto espaço de tempo,
nem para a localização de quaisquer móveis ou equipamentos, exceto os previstos
especificamente nesta Norma.

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Nas caixas de escadas, não podem existir aberturas para tubulações de lixo, passagens para a rede
elétrica, centros de distribuição elétrica, armários para medidores de gás e assemelhados,
excetuadas as escadas não enclausuradas em edificações com alturas classificadas em L e M (de
baixa e de média alturas).

d) Escadas não destinadas a saídas de emergência

As escadas secundárias, não destinadas a saídas de emergência, mas que podem eventualmente
funcionar como tais, isto é, todas as demais escadas da edificação, devem:
a) ter os pisos em condições antiderrapantes e que permaneçam como tais com o uso;
b) ser dotadas de corrimãos, atendendo ao prescrito em 2.8, bastando, porém, apenas um
corrimão nas escadas com até 1,20 m de largura e dispensando-se corrimãos intermediários;
c) ser dotadas de guardas em seus lados abertos, conforme 2.8;
d) atender ao prescrito em 2.7 (dimensionamento dos degraus conforme lei de Blondel,
balanceamento e outros), admitindo-se, porém, nas escadas curvas, que a parte mais estreita dos

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degraus ingrauxidos chegue a um mínimo de 7 cm e dispensando-se a aplicação da fórmula dos


patamares, bastando que o patamar tenha um mínimo de 80 cm.
Admitem-se nas escadas secundárias, exclusivamente de serviço e não destinadas a saídas de
emergência, as seguintes alturas máximas h dos degraus, respeitando-se, porém, sempre a lei de
Blondel:
a) ocupações A até G: h = 20 cm;
b) ocupações H: h = 19 cm;
c) ocupações I e J: h = 23 cm.

e) Escadas em edificações em construção

Em edificações em construção, as escadas devem ser construídas concomitantemente com a


execução da estrutura, permitindo a fácil evacuação da obra e o acesso dos bombeiros, salvo se
houver outro sistema eficiente de escape e de combate ao fogo, que o dispense, ou no caso de uso
exclusivo de materiais incombustíveis (estruturas exclusivamente metálicas, por exemplo).

f) Escadas em edificações com população total inferior a 50 pessoas

Qualquer tipo de escada de emergência pode ter largura de 90 cm e degraus ingrauxidos,


respeitadas as demais exigências para escadas de saídas de emergência, quando se enquadrar em
uma das seguintes situações: Arthur Aylon Viegas Nunes Nascimento
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a) atender a edificações classificadas nos grupos de ocupação A, B, D, G, I ou J, com população total
do prédio inferior a 50 pessoas, sendo uma edificação baixa (tipo L - altura até 6,00 m);
b) a escada for exigida apenas como segunda saída, desde que haja outra escada que atenda a
toda população, que não pode ultrapassar 50 pessoas, nos mesmos grupos de ocupação citados na
alínea anterior.

3.9 – GUARDAS E CORRIMÃOS

a) Guarda-corpos e balaustradas

Toda saída de emergência - corredores, balcões, terraços, mezaninos, galerias, patamares, escadas,
rampas e outros - deve ser protegida de ambos os lados por paredes ou guardas (guarda-corpos)
contínuas, sempre que houver qualquer desnível maior de 19 cm, para evitar quedas.
A altura das guardas, internamente, deve ser, no mínimo, de 1,05 m ao longo dos patamares,
corredores, mezaninos, e outros (ver Figura a seguir), podendo ser reduzida para até 92 cm nas
escadas internas, quando medida verticalmente do topo da guarda a uma linha que una as pontas
dos bocéis ou quinas dos degraus.
A altura das guardas em escadas externas, de seus patamares, de balcões e assemelhados, quando
a mais de 12,00 m acima do solo adjacente, deve ser de, no mínimo, 1,30 m, medido como
especificado no parágrafo anterior.

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Exceto em ocupações dos grupos I e J, as guardas constituídas por balaustradas, grades, telas e
assemelhados, isto é, as guardas vazadas, devem:
a) ter balaústres verticais, longarinas intermediárias, grades, telas, vidros de segurança laminados
ou aramados e outros, de modo que uma esfera de 15 cm de diâmetro não possa passar por
nenhuma abertura; Arthur Aylon Viegas Nunes Nascimento
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b) ser isentas de aberturas, saliências, reentrâncias ou quaisquer elementos que possam
enganchar em roupas;
c) ser constituídas por materiais não-estilhaçáveis, exigindo-se o uso de vidros aramados ou de
segurança laminados, se for o caso.

b) Corrimãos

Os corrimãos devem estar situados entre 80 cm e 92 cm acima do nível do piso, sendo, em


escadas, esta medida tomada verticalmente da forma especificada no item “a” (ver Figura acima).
Uma escada pode ter corrimãos em diversas alturas, além do corrimão principal na altura normal
exigida; em escolas, jardins-de-infância e assemelhados, se for o caso, deve haver corrimãos nas
alturas indicadas para os respectivos usuários, além do corrimão principal.
Os corrimãos devem ser projetados de forma a poderem ser agarrados fácil e confortavelmente,
permitindo um contínuo deslocamento da mão ao longo de toda a sua extensão, sem encontrar
quaisquer obstruções, arestas ou soluções de continuidade. No caso de secção circular, seu
diâmetro varia entre 38 mm e 65 mm (ver Figura a seguir).
Os corrimãos devem estar afastados 40 mm, no mínimo, das paredes ou guardas às quais forem
fixados.
Não são aceitáveis, em saídas de emergência, corrimãos constituídos por elementos com arestas
vivas, tábuas largas, e outros (ver Figura a seguir).

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c) Exigências estruturais

As guardas de alvenaria ou concreto, as grades de balaustradas, as paredes, as esquadrias, as


divisórias leves e outros elementos de construção que envolvam as saídas de emergência devem
ser projetados de forma a:
a) resistir a cargas transmitidas por corrimãos
Arthur nelas
Aylon Viegas fixados
Nunes ou calculadas para resistir a uma força
Nascimento
horizontal de 730 N/m aplicada a 1,05 m de altura, adotando-se a condição que conduzir a maiores
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tensões (ver Figura a seguir);
b) ter seus painéis, longarinas, balaústres e assemelhados calculados para resistir a uma carga
horizontal de 1,20 kPa aplicada à área bruta da guarda ou equivalente da qual façam parte; as
reações devidas a este carregamento não precisam ser adicionadas às cargas especificadas na
alínea precedente (ver Figura a seguir).
Os corrimãos devem ser calculados para resistirem a uma carga de 900 N, aplicada em qualquer
ponto deles, verticalmente de cima para baixo e horizontalmente em ambos os sentidos.

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3.10 – ELEVADORES DE EMERGÊNCIA
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É obrigatória a instalação de elevadores de emergência:


a) em todas as edificações com mais de 20 pavimentos, excetuadas as de classe de ocupação G-1, e
em torres exclusivamente monumentais de ocupação F-2;
b) nas ocupações institucionais H-2 e H-3, sempre que sua altura ultrapassar 12,00 m.

a) Exigências

Enquanto não houver norma específica referente a elevadores de emergência, estes devem
atender a todas as normas gerais de segurança previstas nas NBR 5410 e NBR 7192, e ao seguinte:
a) ter sua caixa enclausurada por paredes resistentes a 4 h de fogo;
b) ter suas portas metálicas abrindo para antecâmara ventilada, para hall enclausurado e
pressurizado, para patamar de escada pressurizada ou local análogo do ponto de vista de
segurança contra fogo e fumaça;
c) ter circuito de alimentação de energia elétrica com chave própria independente da chave geral
do edifício, possuindo este circuito chave reversível no piso da descarga, que possibilite que ele
seja ligado a um gerador externo na falta de energia elétrica na rede pública.
O painel de comando deve atender, ainda, às seguintes condições:
a) estar localizado no pavimento da descarga;

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b) possuir chave de comando de reversão para permitir a volta do elevador a este piso, em caso de
emergência;
c) possuir dispositivo de retorno e bloqueio dos carros no pavimento da descarga, anulando as
chamas existentes, de modo que as respectivas portas permaneçam abertas, sem prejuízo do
fechamento dos vãos do poço nos demais pavimentos;
d) possuir duplo comando automático e manual reversível, mediante chamada apropriada.
Nas ocupações institucionais H-2 e H-3, o elevador de emergência deve ter cabine com dimensões
apropriadas para o transporte de maca.
As caixas de corrida e casas de máquinas dos elevadores de emergência devem ser enclausuradas e
totalmente isoladas das caixas de corrida e casas de máquinas dos demais elevadores.

3.11 – ÁREAS DE REFÚGIO

Área de refúgio é a parte de um pavimento separada do restante por paredes corta-fogo e portas
corta-fogo, tendo acesso direto, cada uma delas, a uma escada de emergência (ver Figura a seguir).

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A estrutura dos prédios dotados de áreas de refúgio deve ter resistência a 4 h de fogo, devendo
obedecer à NBR 5627, se for de concreto armado ou protendido.
Em edificações dotadas de áreas de refúgio, as larguras das saídas de emergência podem ser
reduzidas em até 50%, desde que cada local compartimentado tenha acesso direto às saídas, com
larguras correspondentes às suas respectivas áreas e não-menores que as mínimas absolutas de
1,10 m para as edificações em geral, e 2,20 m para as ocupações H-2 e H-3.
É obrigatória a existência de áreas de refúgio nos seguintes casos:
a) em prédios institucionais de ocupações H-2 e H-3, quando classificados em M, N ou O por suas
alturas (altura superior a 6,00 m);

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b) em prédios institucionais e educacionais – ocupações H-1, H-2 e E - quando forem classificados


em “W” por suas dimensões em plantas (mais de 5000 m2).

3.12 – ALARME DE INCÊNDIO E COMUNICAÇÃO DE EMERGÊNCIA

a) Alarme

Devem ser instalados alarme de incêndio, do tipo bitonal (fá-dó), ressalvados os casos especiais
que recomendam somente luminosos, tais como nas ocupações H-2, H-3.

b) Comunicação de emergência

Deve ser instalado sistema de comunicação de emergência, ligado à Central de Emergência e


Controle de Alarme (CECA), nos prédios classificados como W simultaneamente com O, nas
ocupações C-2, C-3, D, F, H-2, H-3, H-5 e I-3.
A comunicação de emergência pode ser feita utilizando o porteiro eletrônico, sistema de
interfones, e outros, nas ocupações A e B.

3.13 – ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA E SINALIZAÇÃO DE SAÍDA


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a) Iluminação das rotas de saída
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As rotas de saída devem ter iluminação natural e/ou artificial em nível suficiente, de acordo com a
NBR 5413.
Mesmo nos casos de edificações destinadas a uso unicamente durante o dia, é indispensável a
iluminação artificial noturna.

b) Iluminação de emergência
A iluminação de emergência é obrigatória nos acessos e descargas:
a) sempre que houver exigência de escadas enclausuradas;
b) quando estas rotas de saída ultrapassarem 30 m, excetuadas as edificações de ocupação A
(residencial);
c) em qualquer edificação não-residencial, classe Y;
d) em todas as edificações classe X, exceto casas unifamiliares (A-1).
A iluminação de emergência é obrigatória nas escadas destinadas a saídas de emergência, nos
seguintes casos:
a) sempre que estas escadas não tiverem iluminação natural, exceto em edificações de ocupação
A, classificadas ao mesmo tempo em P e L ou M;
b) quando estas escadas forem enclausuradas (EP, PF);

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c) nas escadas NE em edificações das classes X e Y, exceto prédios L.

c) Sinalização de saída

A sinalização de saída é obrigatória:


a) nos acessos e descargas das escadas de emergência em geral, em prédios não-residenciais (isto
é, excluídas as edificações do grupo A);
b) nos acessos e descargas dos locais de reunião de público (grupo F), mesmo quando não dotados
de escadas;
c) nas edificações das ocupações B, C, D, E e H, quando classificadas em O (área maior que 750 m2).
Os textos e símbolos de sinalização devem ter, de preferência, cor branca sobre fundo verde-
amarelado, para melhor visualização através da fumaça, admitindo-se o uso da cor vermelha
prescrita pela NBR 10898 nos locais em que a luz verde vier a prejudicar condições necessárias de
escuridão, como, por exemplo, em cinemas, laboratórios especiais e outros.

4 – NBR 10897/2020 – SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO POR


CHUVEIROS AUTOMÁTICOS (ROQUE, 2015)
Arthur Aylon Viegas Nunes Nascimento
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O chuveiro automático ou sprinkler é definido como um dispositivo para extinção ou controle de
incêndios que funciona automaticamente quando seu elemento termossensível é aquecido à sua
temperatura de operação ou acima dela, permitindo que a água seja descarregada sobre uma área
específica.
A tecnologia do uso de sprinklers ou chuveiros automáticos é aplicada no controle ou extinção de
focos de incêndios de baixa intensidade através da aplicação de água sob forma de gotículas
pulverizadas sobre as chamas e sobre a matéria em combustão geradora do incêndio.
O sprinkler ou chuveiro automático é composto de um corpo (metálico), um obturador, um
elemento termo sensível (também nomeado de sensor térmico) e um difusor (também nomeado
de defletor metálico), conforme figura a seguir, que quando acionados promovem a aspersão de
um fluído com alta potência sobre uma determinada área promovendo o controle ou extinção do
foco de incêndio até a chegada da brigada de incêndio ou do corpo de bombeiros.

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Fonte: Nakamura (2014) apud Roque (2015)


Arthur Aylon Viegas Nunes Nascimento
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O corpo é a estrutura formada pela rosca metálica para fixação na tubulação, braços e orifícios de
descarga, e serve como suporte dos demais componentes.
O obturador é constituído de um pequeno disco metálico destinado à vedação do orifício de
descarga nos chuveiros automáticos que também atua como base para o elemento termo-sensível
tipo bulbo de vidro.
De acordo com Macintyre (2010) apud Roque (2015), o sprinkler contém um obturador ou sensor
térmico que impede a saída da água em situações normais. Esse obturador pode ser constituído de
uma ampola de quartzóide, contendo um líquido apropriado que, sob a ação do calor ao irromper
o incêndio, se expande graças ao seu elevado coeficiente de expansão, rompendo a ampola e
permitindo a aspersão da água sobre o local.
E o elemento termossensível é o elemento que, por efeito da elevação da temperatura, se rompe,
liberando o obturador para a saída de água do sistema projetando a mesma sobre o foco de
incêndio. O obturador pode ser uma peça fusível de liga metálica eutética de ponto de fusão muito
baixo ou uma ampola de vidro (quartzoid) de acordo com a figura a seguir. O elemento sensível
mais usado é a ampola de vidro.

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Fonte: IKLIM Ltd (2015) apud Roque (2015)

O Defletor ou Difusor é o componente do sprinkler destinado a quebrar o jato sólido de água, de


modo a distribuir uniformemente a mesma sobre o foco de incêndio.
De acordo com Brentano (2007) apud Roque (2015), o defletor é uma peça presa à estrutura do
chuveiro automático sobre a qual incide com bastante força o jato sólido de água após removido o
obturador, formando um cone de aspersão sobre toda a área de proteção do chuveiro automático.
O jato sólido pode ser ascendente ou descendente para atingir o defletor e formar o cone de
aspersão, de acordo com o tipo de chuveiro automático especificado pelo projeto.

4.1 – TIPOS DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS


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Segundo Brentano (2007) apud Roque (2015), existem vários tipos de sprinklers, os principais são:
a) chuveiro automático “Padrão” (Spray Sprinkler): O chuveiro automático padrão tem toda a
descarga de água projetada para baixo, de forma esférica, abaixo do plano do defletor dirigido
totalmente sobre o foco do incêndio com pouca ou nenhuma água lançada sobre o piso. É o
chuveiro automático que tem a maior utilização, pois pode ser usado em todas as classes de risco,
em todos os tipos de edificações e nos tipos de sistema de Canalizações Molhada e Seca e no de
Pré–Ação;
b) chuveiro automático de “Cobertura Estendida” − (CE) (Extended Coverage Sprinkler − EC): O
chuveiro automático de Cobertura Estendida (CE), que é também chamado de Amplo Alcance (AA),
tem a capacidade de proteção sobre uma área maior que os demais tipos devido ao formato
especial de seu defletor. Comparando com os chuveiros do tipo padrão sua área de cobertura é
mais de 70% maior. Os chuveiros de Cobertura Estendida (CE) são indicados para controlar ou
extinguir incêndios de graus de risco específicos;
c) chuveiro automático de “Gotas Grandes” (GG) (Large Drop Sprinkler – LD): O chuveiro
automático de Gotas Grandes é capaz de produzir gotas grandes características, com uma grande
densidade de aplicação de água. Possui defletor grande com largos espaços, entre os dentes, para
facilitar a criação de grandes gotas de água, que tem a capacidade de penetrar mais
profundamente e de forma rápida nas correntes ascendentes de calor geradas por fogos de grande
intensidade, retardando a evaporação e fazendo com que uma grande quantidade de água atinja o
material em chamas;

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d) chuveiro automático de “Orificio Extragrande” (ELO) (Extra Large Orifice- ELO): O Chuveiro
automático de Orifício Extragrande é capaz de produzir uma grande densidade de aplicação de
água sobre o fogo com a necessidade de pressões muito baixas. São indicados para controlar ou
extinguir focos de incêndio de altos riscos específicos, como depósitos com empilhamentos altos,
que exigem uma grande densidade de aplicação de água com baixa pressão, a partir de 50 kPa (5
mca), podendo com isso eliminar até a necessidade de bombas e seus acessórios, redução do
diâmetro e o aumento dos espaçamentos entre os sub-ramais, diminuindo o custo total da
instalação;
e) chuveiro automático de “Resposta Rápida”: Os chuveiros automáticos de Resposta Rápida têm
um tempo de resposta térmica extremamente rápida, podendo ser de cinco a seis vezes mais
rápido que o chuveiro automático de resposta normal, porque o seu elemento termo sensível tem
uma inércia térmica muito menor, permitindo uma ação imediata no início do desenvolvimento do
fogo. Eles são fabricados em diversos tipos e modelos, com características próprias de cada
fabricante. São utilizados em locais com a possibilidade de incêndios muito rápidos;
f) chuveiro automático de Resposta e Supressão Rápidas (ESFR) (Early Suppressionand Fast
Response sprinkler - ESFR): O chuveiro automático de Resposta Rápida possui um orifício
extragrande que permite a aplicação de uma grande densidade de água na base do incêndio
quando ainda se encontra na sua fase inicial. Podem ser usados em edificações com pé-direito até
14,0 m e empilhamento de até 12,0 m de altura, instalados em certos tipos de configurações de
construção;
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g) chuveiro automático “Residencial” (Residencial Sprinkler): São chuveiros automáticos de
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Resposta Rápida (RR) usados especificamente na proteção de incêndios em edificações
tipicamente residenciais uni e bi familiares, que funcionam com baixa vazão e pressão, reduzindo o
diâmetro das canalizações e a necessidade de grande reserva de água.

4.2 – CLASSIFICAÇÃO QUANTO À POSIÇÃO DE INSTALAÇÃO

A posição de instalação dos chuveiros automáticos depende do formato de seu defletor e podem
ser classificados como:
a) pendente (pendent = para baixo): são sprinklers utilizados geralmente em instalações
aparentes, onde as tubulações correm paralelas à laje ou à cobertura, não tendo forro técnico
("forro falso", local por onde há a passagem de rede elétrica, de ar condicionado, rede de
sprinklers, rede telefônica, rede lógica, e que necessitem de proteção), conforme figura a seguir
(item 2); o jato d’água é direcionado para baixo, contra o defletor;
b) em pé (upright = para cima): são aqueles utilizados, dependendo da situação, em redes
aparentes e também em locais onde ocorre forro técnico e que exista possibilidade de risco de
incêndios, conforme figura a seguir (item 1); o jato d’água é direcionado para cima, contra o
defletor;
c) lateral (sidewall = de parede): são os chuveiros que se instalam em paredes quando necessários,
conforme figura a seguir (item 3); descarrega a água em direção à parede oposta, podendo ser do
tipo horizontal ou vertical.

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Fonte: Pereira & Araújo (2015) apud Roque (2015)


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4.3 – FATOR K DE DESCARGA PARA CHUVEIROS AUTOMÁTICOS

O fator K é um fator que define a capacidade de descarga de água de um chuveiro automático.


Este fator de descarga representa uma constante de proporcionalidade entre a vazão e a pressão
nos orifícios de saída dos chuveiros e varia conforme o diâmetro dos orifícios e também de
fabricante. Pode ser calculado pela seguinte fórmula:

Onde:
K = Fator K (l/min/bar½)
Q = vazão (l/min)
P = Pressão (kPa)
De acordo com a NBR 10897/2020, o fator K relaciona a vazão do chuveiro automático com a
pressão dinâmica nele atuante e define a capacidade de vazão do chuveiro automático.
A NBR 10897 prevê os valores do fator K conforme a tabela a seguir:

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4.4 – SISTEMAS DE SPRINKLERS

Segundo Brentano (2007) apud Roque (2015), um sistema de chuveiros automáticos pode ser
definido como um sistema hidráulico fixo de combate a incêndios constituídos de chuveiros
automáticos (sprinklers) regularmente distribuídos por toda a edificação, ativados pelo calor do
fogo, que descarregam água sobre a área de incêndio, com vazões, pressões e áreas de coberturas
máxima determinadas por normas de acordo com o grau de risco, alimentados por uma rede de
canalizações aéreas e subterrâneas com diâmetros compatíveis, a partir de um sistema de bombas
de incêndio e de uma reserva de água exclusivas.
Segundo o mesmo autor, o sistema de sprinklers é constituído como um sistema integrado
compreendendo os seguintes elementos:
- Abastecimento de água: o sistema de chuveiros automáticos requer grande reserva de água,
obtida de fontes de abastecimento confiáveis, cujo volume mínimo necessário deve ser constante
e estar permanentemente à disposição. O abastecimento de água inclui o hidrante de recalque que
vai ser usado pelo Corpo de Bombeiros quando terminar a água do sistema interno de
abastecimento.
- Sistema de bombas: o sistema de bombas é necessário quando no sistema de chuveiros
automáticos não pode ser abastecido por gravidade, por não atender as condições mínimas de
pressão e vazão requeridas por norma. Geralmente o sistema de chuveiros automáticos possui

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reservatório térreo devido ao grande volume de água necessário, tendo consequentemente, um


sistema de bombas. A alimentação pode ser por gravidade quando houver um favorecimento
topográfico que o justifique ou tiver um castelo de água com altura suficiente
- Sistema de controle de alarme: é o sistema que controla o escoamento de água para a rede de
distribuição através de válvulas especiais e aciona o sistema de alarme.
- Rede hidráulica de distribuição: é a rede formada por canalizações fixas localizadas após o
sistema de controle e alarme, que alimenta os chuveiros automáticos.
A rede hidráulica de distribuição é composta de tubulações e conexões dispostas geometricamente
com a finalidade de promover o escoamento da água até os locais definidos em projeto. A NBR
10.897 define as canalizações como:
- Coluna principal de alimentação do sistema (riser): tubo não subterrâneo, horizontal ou vertical,
localizado entre a fonte de abastecimento de água e as tubulações gerais e subgerais, contando
com uma válvula de governo e alarme.
- Ramais: tubos aos quais os chuveiros são fixados.
- Tubulações gerais: tubos que alimentam as tubulações subgerais, diretamente ou com conexões.
- Tubulações subgerais: tubos que alimentam os ramais.

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Fonte: RMS (2015) apud Roque (2015)

4.4.1 – TIPOS DE SISTEMAS

Os sistemas de sprinklers podem ser classificados em seis categorias: sistema de ação prévia,
sistemas de “tubulações molhadas” (wet-pipe systems), sistema de dilúvio ou “inundação” (deluge
system), sistemas de “tubulações secas” (dry-pipe systems), sistema de anel fechado, e sistema
tipo grelha.

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a) Sistema de Ação Prévia:


Sistema que utiliza chuveiros automáticos, fixados a uma tubulação que contém ar, que pode ou
não estar sob pressão, conjugado a um sistema suplementar de detecção instalado na mesma área
dos chuveiros automáticos.
Macintyre (2008) apud Roque (2015) explica o sistema de ação prévia ou de pré-ação como o
sistema que emprega sprinklers colocados em tubulações contendo ar (comprimido ou não) e um
sistema suplementar de detectores mais sensíveis que o bulbo do sprinkler, os quais são colocados
no mesmo local que os sprinklers. A pronta ação dos detectores ao início de um incêndio abre uma
válvula que permite à água escoar pelo sistema tão logo se rompa o bulbo do sprinkler.

b) Sistema com as tubulações molhadas (wet-pipe systems)

Sistema de chuveiros automáticos fixados a uma tubulação que contém água e conectada a uma
fonte de abastecimento, de maneira que a água seja descarregada imediatamente pelos chuveiros
automáticos quando abertos pelo calor de um incêndio.
Macintyre (2008) apud Roque (2015) explica a utilização de um sistema “wet-pipe systems” ou de
“tubulações molhadas” como as tubulações que permanecem sempre com água e ligadas a um
reservatório, de modo que a atuação da água se faz prontamente pelo sprinkler localizado onde
irrompeu o fogo. É o sistema mais usado.
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c) Sistema de dilúvio ou inundação (deluge system)
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Sistema automático de chuveiros que utiliza chuveiros abertos acoplados a uma tubulação
conectada a uma fonte de abastecimento de água por uma válvula de dilúvio. Esta válvula é aberta
pela operação de um sistema de detecção instalado na mesma área dos chuveiros. Com a abertura
da válvula ocorre entrada de água na tubulação, sendo descarregada por todos os chuveiros
simultaneamente.
Macintyre (2008) apud Roque (2015) esclarece que nesse sistema os sprinklers estão sempre
abertos, isto é, sem ampola, e conectados a tubulações secas. Detectores de chama ou fumaça,
uma vez acionados pelo agente específico, fazem operar uma válvula de inundação ou “dilúvio”
(deluge-valve), que permite o escoamento da água até os sprinklers, os quais atuarão
simultaneamente. A válvula deve também poder ser aberta e fechada manualmente. É preciso
notar que somente em casos especiais deve-se usar este sistema, pelas consequências que advêm
da “inundação” de uma área considerável.

d) Sistema com tubulações secas (dry-pipe systems)

Sistema de chuveiros automáticos fixados a uma tubulação que contenha ar ou nitrogênio sob
pressão. A partir da abertura de um chuveiro, a pressão de água abre uma válvula, conhecida como
válvula para sistema seco, deixando a água entrar na tubulação para controle do incêndio, sendo
descarregada pelos chuveiros abertos.

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Macintyre (2008) apud Roque (2015) define um sistema em tubulação seca também aquele
utilizado em locais onde possa ocorrer o congelamento da água nas canalizações. As tubulações do
sistema que contém os sprinklers possuem ar comprimido que, ao ser liberado pela ruptura de
uma ampola, permite à água, também sob pressão, abrir uma válvula conhecida como “válvula de
tubo seco”. A água escoa nas tubulações do sistema até o sprinkler acionado. Esse sistema é
aplicado geralmente em locais de clima que possa determinar o congelamento da água nos
encanamentos, principalmente em instalações exteriores.

e) Sistema de anel fechado

Sistema de chuveiros automáticos no qual tubulações subgerais múltiplas são conectadas de modo
a permitir que a água siga mais do que uma rota de escoamento até chegar a um chuveiro em
operação. Neste sistema, os ramais não são conectados entre si.

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Fonte: ABNT (2020)

f) Sistema tipo grelha

Sistema de chuveiros automáticos no qual as tubulações subgerais são conectadas a ramais


múltiplos. Um chuveiro em operação recebe água pelas duas extremidades do ramal, enquanto
outros ramais auxiliam a transportar água entre as tubulações subgerais.

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Fonte: ABNT (2020)

g) Sistema calculado por tabela


Sistema de chuveiros automáticos cujos diâmetros de tubulação são selecionados por tabelas
preparadas conforme a classificação e ocupação e no qual um dado número de chuveiros
automáticos pode ser alimentado por diâmetros específicos de tubulação.
h) Sistema projetado por cálculo hidráulico
Sistema de chuveiros automáticos no qual os diâmetros de tubulação são selecionados com base
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na perda de carga, de modo a fornecer a densidade de descarga de água necessária ou a pressão
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mínima de descarga ou vazão por chuveiro automático exigida, distribuída com um grau razoável
de uniformidade sobre uma área específica.

4.5 – CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES QUANTO À OCUPAÇÃO

Para o dimensionamento e execução de rede de chuveiros automáticos é fundamental levar em


consideração a classe de risco da edificação que será protegida, pois a quantidade de bicos
aspersores varia proporcionalmente ao risco e às características de combustibilidade dos materiais
e produtos armazenados, A NBR 10.897 classifica as edificações em classes de risco, segundo as
suas ocupações.

a) Ocupações de Risco Leve

Ocupações ou parte das ocupações onde a quantidade e/ou a combustibilidade do conteúdo


(carga incêndio) é baixa tendendo a moderada e onde é esperada uma taxa de liberação de calor
de baixa a média.

b) Ocupações de Risco Ordinário

- Grupo I

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Ocupações ou parte de ocupações onde a combustibilidade do conteúdo é baixa e a quantidade de


materiais combustíveis é moderada. São esperados incêndios com moderada taxa de liberação de
calor.
- Grupo II
Ocupações ou parte de ocupações onde a quantidade e a combustibilidade do conteúdo é de
moderada a alta. São esperados incêndios alta taxa de liberação de calor.

c) Ocupações de Risco Extra ou Extraordinário

- Grupo I
Ocupações ou parte de ocupações onde a quantidade e a combustibilidade do conteúdo é muito
alta, podendo haver a presença de pós e outros materiais que provocam incêndios de rápido
desenvolvimento, produzindo alta taxa de liberação de calor. Neste grupo as ocupações não
podem possuir líquidos combustíveis e inflamáveis.

- Grupo II
Esta ocupação abrange as ocupações com moderada ou substancial quantidade de líquidos
combustíveis ou inflamáveis.
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4.6 – ÁREA DE COBERTURA E DISTÂNCIA MÁXIMA ENTRE SPRINKLERS
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A área de cobertura de um sprinkler depende não só do tipo de chuveiro automático que é


utilizado, mas também do tipo de teto a ser protegido e o risco onde está enquadrada a edificação
a proteger. No entanto, cada tipo de chuveiro automático possui uma área máxima de cobertura,
pois seus orifícios de descarga e design são diferenciados. Na tabela a seguir verificam-se as áreas
máximas e mínimas de cobertura por tipo de chuveiro.

Fonte: Brentano (2015) apud Roque (2015)

A distância entre chuveiros automáticos depende da intersecção formada pela área de cobertura e
pela altura no qual estão fixados os mesmos, pois na intersecção destas áreas não poderá ocorrer
o aparecimento de áreas cegas ou desprotegidas.

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A NBR 10.897 fornece tabelas que são utilizadas para a determinação da área de cobertura e das
distâncias a serem utilizadas por tipo de sprinkler e área de risco. A tabela a seguir apresenta esses
dados para o sprinkler tipo spray:

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Fonte: ABNT (2020)
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4.7 – TEMPERATURA

As temperaturas nominais de operação dos chuveiros automáticos são indicadas na tabela a


seguir (NBR 10897/2020):

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5 – NBR 17240 – ALARME E DETECÇÃO

5.1 – INTRODUÇÃO

O sistema de detecção e alarme de incêndio será composto dos seguintes elementos:


- detectores e acionadores manuais;
- painéis centrais e repetidores;
- fonte de alimentação;
- rede de distribuição;
- avisadores.

O sistema de detecção e alarme desencadeia ações complementares, tais como:


· desligar corrente elétrica;
· ligar iluminação de emergência;
· abrir ou fechar portas;
Arthur
· acionar gravações orientadoras Aylon Viegas
às pessoas Nunes
que estão Nascimento
deixando a área;
arthuraylon@hotmail.com
· acionar o sistema de comando de elevadores;
· acionar sistemas locais de combate a incêndio;
· acionar ou desligar quaisquer equipamentos que se deseje;
· retransmitir o alarme a postos de bombeiros ou outras autoridades.

a) Detectores

Os detectores poderão ser: de temperatura, de fumaça, de chama, e de gás.


Os detectores de temperatura reagem à energia calorífica desprendida pelo fogo, podendo ser:
- detectores térmicos - dispositivos que reagem a uma determinada temperatura fixa (em geral de
60 ou 80º);
- detectores termovelocimétricos - dispositivos que reagem pela variação da temperatura num
determinado tempo.
Os detectores térmicos deverão ser empregados em locais onde haja instalações de máquinas e
equipamentos que provoquem grandes variações de temperatura instantânea. Os
termovelocimétricos são empregados nos casos em que as grandes variações de temperatura se

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processem de forma lenta. A preferência, todavia, por segurança, deve ser dada ao emprego
combinado de ambos os sistemas.
Os detectores de fumaça reagem a uma alta concentração de fumaça visível, sendo eficazes
somente na detecção de incêndio onde haja uma densa produção de fumaça, especialmente nos
primeiros estágios de combustão.
O princípio de operação dos detectores de fumaça depende da entrada de fumaça em sua câmara.
Quando existir uma concentração de fumaça suficiente nesta câmara, ocorrerá a operação do
detector.
A área de ação dos detectores de fumaça diminui com o aumento do volume de ar trocado em um
ambiente.
Os detectores de chama dividem-se em 3 tipos básicos de acordo com a técnica utilizada para a
detecção da radiação da chama:
- detector de chama tremulante - utilizados para detecção de chama de luz visível, quando é
modulada em uma determinada frequência;
- detector de ultravioleta: utilizados para detecção de energia radiante fora da faixa de visão
humana, abaixo de 400 Aº (nm).
- detector de infravermelho: utilizados para detecção de energia radiante fora da faixa de visão
humana e, acima de 700 Aº (nm).
Arthur Aylon Viegas Nunes Nascimento
Os detectores de chama deverão serarthuraylon@hotmail.com
utilizados em áreas onde o fogo alastra-se rapidamente, com
pouco ou nenhum estágio incipiente como, por exemplo, em salas de equipamentos de força ou
depósitos de combustível. Estes detectores reagem diretamente às radiações emanadas das
chamas.
Em ambientes sujeitos a vazamentos e acumulação de gás ou partículas que possam produzir
combustão, como cozinhas, locais de armazenamento e passagem de tubulações de gás, deverá
ser prevista a instalação de detectores de gás, interligados aos Painéis Centrais do sistema de
detecção e alarme de incêndio, de modo a originar alarme de vazamento e acumulação,
desligamento de energia elétrica na área afetada e corte no abastecimento do sistema de
alimentação de gás.
Os acionadores manuais são caixas de alarme com tampa de vidro que deverá ser quebrada para
que se consiga transmitir o alarme. Deverão ser posicionados em local visível e de fácil acesso.

b) Painéis centrais e repetidores

O painel central indicará o estado de todos os ramais de detectores, mantendo o sistema em


condições de permanente auto verificação, isto é, o próprio equipamento deverá ser capaz de
acusar defeitos, tais como fios partidos, curto-circuitos, descargas à terra, equipamentos
defeituosos, falta de energia elétrica e outros.
A localização do Painel Central deve ser em área de fácil acesso distante de materiais tóxicos e
inflamáveis e sob vigilância humana constante, como por exemplo, portarias principais, salas de
bombeiros, salas de pessoal de segurança etc.

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Os ramais de detectores deverão representar subdivisões do prédio, indicando claramente a área


supervisionada. Um maior número de ramais resulta em maior facilidade de operação e permite
melhor adequação de planos de evacuação ou acionamento de portas, sistemas de combate e
outros equipamentos.
Recomenda-se a adoção, de, pelo menos, um ramal por pavimento, ou um ramal por área máxima
de 750 m² e um ramal por edifício ou edificação isolada, não devendo ser ultrapassados estes
valores.
O painel repetidor deverá ser empregado quando se deseja retransmitir o alarme a um organismo
central, a um posto de bombeiros ou outro local, ou ainda para acionar outros sistemas e
equipamentos.
O Painel repetidor deve ser instalado em locais onde as informações sobre o sistema de detecção
sejam necessárias.
O local deve ser provido de proteção contra fumaça e fogo.

5.2 – CENTRAL DE INCÊNDIO (ROCHA, 2017)

Deve-se prever um espaço livre mínimo de 1 m² em frente à central, destinado à sua operação e
manutenção preventiva e corretiva.
A central de alarmes deveráArthur
estar Aylon
localizada preferencialmente
Viegas Nunes Nascimentopróxima à portaria ou guarita
principal da edificação para que as equipes de bombeiros identifiquem o local que o sistema foi
arthuraylon@hotmail.com
acionado por acionadores e/ou detectores;
Caso a central não esteja localizada junto à entrada da edificação, recomenda-se a instalação de
um repetidor ou painel sinóptico próximo da entrada.
Quando metálico, o armário da central deve possuir fundo anticorrosivo antes da pintura de
acabamento e indicação visual individual de falha para cada circuito de detecção, circuitos de
sinalização e alarme e circuitos de comandos.
As fontes devem ser calculadas para suportar 24 horas em estado normal e mais 15 minutos com
todos os dispositivos acionados.
A central deve possuir pelo menos um contato reversor, destinado ao comando de equipamentos
auxiliares.

5.3 – DETECTORES DE INCÊNDIO (ROCHA, 2017)

A seleção do tipo de detector para determinada área, setor ou pavimento deverá ser feita de
acordo com a classe de incêndio e as características do ambiente, podendo ser:
a) detectores pontuais de fumaça;
b) detectores pontuais de temperatura e termovelocimétrico;
c) detectores de chama;

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d) detectores por amostragem de ar;


e) detectores lineares de fumaça;
f) detectores lineares de temperatura.

5.4 – ACIONADORES MANUAIS

Devem ser instalados junto aos hidrantes. Na impossibilidade devidamente comprovada, deverá
ser instalado em locais com maior probabilidade de trânsito de pessoas em caso de emergência.
A distância máxima a ser percorrida por uma pessoa, de qualquer ponto da área protegida até o
acionador mais próximo não poderá ser superior a 30 metros.
Na separação vertical, cada andar da edificação deve ter pelo menos um acionador manual.
A altura da instalação deve estar entre 0,90 m e 1,35 m do piso acabado, na forma embutida ou de
sobrepor, na cor vermelha segurança.

5.5 – INDICADORES SONOROS E/OU VISUAIS

A intensidade do som emitido não poderá impedir a comunicação verbal das equipes de
salvamento, devendo possuir uma intensidade sonora mínima de 80 dBA.
Arthur Aylon Viegas Nunes Nascimento
Devem apresentar potência sonora de 15 dBA acima do nível médio de som do ambiente ou 5 dBA
arthuraylon@hotmail.com
acima do nível máximo de som do ambiente, medidos a 3 m da fonte.
Deverá ser garantida uma intensidade luminosa mínima de 15 cd e deve ser pulsante com
frequência entre 1Hz e 6Hz. A altura de instalação será entre 2,20 m a 3,50 m de forma embutida
ou sobreposta.

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6 – QUESTÕES COMENTADAS
1. (35 - Pref. Caldas Novas/2014 – UFG)
Conforme a NBR 13714:2000, os sistemas hidráulicos de combate a incêndio são divididos em
três tipos, de acordo com o esguicho, o diâmetro da mangueira, o número de saídas e a vazão
calculada na ponta do esguicho. Essa mesma norma prevê que as edificações estabelecidas
para serem protegidas por sistema tipo 1 podem, opcionalmente, ser protegidas por um
sistema alternativo de hidrantes com o emprego de mangueiras de incêndio de 40 mm de
diâmetro, com vazão mínima de 130L/min, esguicho de 13 mm e reserva técnica de incêndio
calculada considerando o uso simultâneo dos hidrantes mais desfavoráveis hidraulicamente.
Tendo em vista estas informações, uma edificação educacional de seis pavimentos e um
hidrante por pavimento, que optar pelo sistema alternativo, deve adotar uma reserva técnica
de incêndio, em litros, igual a
(A) 13400
(B) 18400
(C) 23400
(D) 28400
Comentários Arthur Aylon Viegas Nunes Nascimento
arthuraylon@hotmail.com
De acordo com a NBR 13714, as edificações estabelecidas para serem protegidas por sistema tipo 1
podem opcionalmente ser protegidas por um sistema alternativo de hidrantes, com as seguintes
características:
a) mangueiras de incêndio com diâmetro 40 mm;
b) esguichos de jato composto de 13 mm ou regulável;
c) vazão mínima de 130 L/min no esguicho mais desfavorável hidraulicamente, considerando o
funcionamento simultâneo dos hidrantes mais desfavoráveis hidraulicamente, conforme
especificados a seguir:
- um hidrante quando instalado um hidrante;
- dois hidrantes quando instalados dois, três ou quatro hidrantes;
- três hidrantes quando instalados cinco ou seis hidrantes;
- quatro hidrantes quando instalados mais de seis hidrantes;
d) a reserva de incêndio deve ser determinada considerando o funcionamento simultâneo dos
hidrantes especificados na alínea c), por um tempo mínimo de 60 min;
e) todos os demais requisitos para os sistemas de mangotinhos ou de hidrantes especificados nesta
Norma devem ser atendidos.
Portanto, conforme a alínea “d” acima, teremos a seguinte reserva técnica:
V = 130 x 3 x 60 = 23.400 L

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Gabarito: C

2. (31 – SEAD/PA – 2005 – Cespe)


Julgue os itens a seguir, relativos a componentes de projetos de instalações de proteção
contra incêndios.
I Em um prédio com 10 pavimentos, o barrilete de incêndio deve ser separado do barrilete
normal do prédio.
II O registro de manobra é o registro destinado à abertura e ao fechamento do hidrante.
III O registro de paragem é o dispositivo hidráulico destinado a permitir a introdução de água
na instalação hidráulica de prevenção e combate a incêndios.
IV O aspersor é um dispositivo utilizado nos chuveiros automáticos ou sob comando.
V No que se refere à classificação das áreas quanto ao perigo de incêndios, as classificadas na
classe I são aquelas de grande risco, como, por exemplo, depósitos de combustíveis.
Estão certos apenas os itens
A I, II e IV.
B I, III e V.
C I, IV e V.
Arthur Aylon Viegas Nunes Nascimento
D II, III e IV. arthuraylon@hotmail.com
E II, III e V.
Comentários
I -Segundo consta na bibliografia – Hélio Creder para edifícios com quatro ou mais pavimentos é
obrigatório um barrilete de incêndio inteiramente separado do barrilete normal do prédio.
II – O registro de manobra é destinado a abrir e fechar o hidrante. Ele situa-se no passeio
enterrado, junto a base do hidrante de passeio.
III- O registro de paragem é um dispositivo hidráulico destinado a interromper o fluxo de água nas
instalações hidráulicas de proteção contra incêndios.
IV Aspersor — Dispositivo utilizado nos chuveiros automáticos ou sob comando para formação de
neblina.
V- Classe I : pequeno risco, como escolas, residências, escritórios, etc.
Gabarito: A

3. (86 – TCE-AM/2012 – FCC)


No projeto das saídas de emergências em edifícios, as antecâmaras para ingressos nas
escadas enclausuradas devem ser dotadas de porta corta-fogo na entrada e de porta
estanque à fumaça na comunicação com a caixa da escada, bem como ter comprimento e pé-
direito mínimos, em metros, respectivamente, de

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(A) 2,20 e 3,10


(B) 2,00 e 2,80
(C) 1,90 e 2,60
(D) 1,80 e 2,50
(E) 1,60 e 2,20
Comentários
Abaixo o desenho do que vem a ser uma antecâmera de acesso as escadas enclausuradas, as
dimensões mínimas dessas antecâmeras (NBR 9077/01 – Saídas de emergência em edifícios) é 1,80
m de comprimento e o pé direito é de 2,50 m (dimensões mínimas de norma). Além disso essa
câmara deve ter dutos de entrada de ar junto ao piso ou no máximo 15 cm acima do piso com 0,84
m² e duto de saída de ar junto ao teto ou no máximo 15 cm abaixo do teto também com 0,84 m, os
dutos de entrada e saída de ar devem ser afastados com nó mínimo 2 m de eixo a eixo. E claro
deve conter portas corta fogo. Com isso o gabarito é a D.

Arthur Aylon Viegas Nunes Nascimento


arthuraylon@hotmail.com

Gabarito: D

4. (180 – TCU/2005)
Em tubulação que sai de reservatório elevado para abastecimento de hidrantes em
instalações de combate a incêndios, não deve ser instalada válvula de retenção, para garantir
menor perda de carga.
Comentários
Pessoal, segundo a NBR 13714/2000 – Sistema de hidrantes e de mangotinhos para combate a
incêndio, o tubo de descida do reservatório elevado para abastecer os sistemas de hidrantes ou de
mangotinhos deve ser provido de: uma válvula de gaveta e uma válvula de retenção considerando-
se o sentido reservatório-sistema. A válvula de retenção deve ter passagem livre, sentido
reservatório-sistema.
A utilização dessa válvula de retenção visa impedir o retorno da água ao reservatório quando os
bombeiros reabastecerem as colunas de água de combate a incêndio do edifício, pois a tubulação

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de incêndio dos edifícios é ligada em uma válvula no passeio do edifício e em caso de incêndio, os
bombeiros podem ligar um caminhão tanque com bomba que vai recalcar mais água na coluna dos
hidrantes.
Gabarito: Errada

5. (32 – TCE-RN/2000 – ESAF)


Segundo a ABNT - NBR 13714/1996 - a reserva de incêndio nas edificações deve ser prevista
para permitir:
a) o combate, durante todo o tempo de duração do incêndio;
b) o combate, através de 5 hidrantes, durante todo o tempo de duração do incêndio;
c) o combate, através de 3 hidrantes, durante todo o tempo de duração do incêndio;
d) o combate e ainda o reabastecimento dos caminhões-tanque do Corpo de Bombeiros,
durante todo o tempo de duração do incêndio;
e) o primeiro combate, durante determinado tempo.
Comentários
Essa é cópia da norma: a reserva de incêndio deve ser prevista para permitir o primeiro combate,
durante determinado tempo. Após este tempo considera-se que o Corpo de Bombeiros mais
próximo atuará no combate, utilizando a rede
Arthur Aylon pública,
Viegas Nunescaminhões-tanque
Nascimento ou fontes naturais.
Segundo a norma, a reserva deve terarthuraylon@hotmail.com
volume suficiente para utilização dos sistemas de hidrantes e
mangotinhos, durante o tempo mínimo de 30 minutos a 1 hora dependendo do tipo de sistema
instalado no prédio.
Gabarito: E

6. (75- TCE-SE/2011 – FCC)


Em um sistema de iluminação de emergência a ser instalado em edificações para prevenção a
incêndio,
(A) os pontos de iluminação de sinalização devem ser dispostos de forma que, na direção de
saída de cada ponto, seja possível visualizar o ponto seguinte, a uma distância máxima de 25
m.
Comentários: Errado, distância máxima de 15 m.
(B) cada circuito de iluminação de emergência não poderá alimentar mais de 15 luminárias.
Comentários: Errado, permite-se até 25 luminárias.
(C) a proteção dos cabos ramais dos circuitos de iluminação de emergência, além de proteção
contra curtocircuito, deve resistir 15 minutos em caso de incêndio.
Comentários: Errado, deve resistir até 30 minutos.
(D) o sistema de iluminação de emergência não poderá ter uma autonomia menor que 30
minutos de funcionamento, com uma perda maior que 10% de sua luminosidade inicial.

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Comentários: Errado, o sistema não poderá ter uma autonomia menor que 1 h de funcionamento,
com uma perda não maior que 10% de sua luminosidade inicial.
(E) a corrente por circuito de iluminação de emergência não poderá ser maior que 12 A por
fiação.
Comentários: Correto, Segundo a NBR 10898/2013 item 4.4.8 - A corrente por circuito de
iluminação de emergência não poderá ser maior que 12 A por fiação. Cada circuito não poderá
alimentar mais de 25 luminárias. A corrente máxima não pode superar 4 A/mm2 de seção do
condutor. O aquecimento dos condutores elétricos não pode superar 10°C em relação à
temperatura ambiente, nos locais onde estejam instalados.
A NBR 10898/2013 traz muitos requisitos técnicos, seria enfadonho numerá-los aqui, ainda mais
por ser um tema muito específico, no entanto os comentários já englobam alguns requisitos
importantes.
Gabarito: E

Arthur Aylon Viegas Nunes Nascimento


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7 – QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA


1. (35 - Pref. Caldas Novas/2014 – UFG)
Conforme a NBR 13714:2000, os sistemas hidráulicos de combate a incêndio são divididos em
três tipos, de acordo com o esguicho, o diâmetro da mangueira, o número de saídas e a vazão
calculada na ponta do esguicho. Essa mesma norma prevê que as edificações estabelecidas
para serem protegidas por sistema tipo 1 podem, opcionalmente, ser protegidas por um
sistema alternativo de hidrantes com o emprego de mangueiras de incêndio de 40 mm de
diâmetro, com vazão mínima de 130L/min, esguicho de 13 mm e reserva técnica de incêndio
calculada considerando o uso simultâneo dos hidrantes mais desfavoráveis hidraulicamente.
Tendo em vista estas informações, uma edificação educacional de seis pavimentos e um
hidrante por pavimento, que optar pelo sistema alternativo, deve adotar uma reserva técnica
de incêndio, em litros, igual a
(A) 13400
(B) 18400
(C) 23400
(D) 28400
2. (31 – SEAD/PA – 2005) Arthur Aylon Viegas Nunes Nascimento
Julgue os itens a seguir, relativosarthuraylon@hotmail.com
a componentes de projetos de instalações de proteção
contra incêndios.
I Em um prédio com 10 pavimentos, o barrilete de incêndio deve ser separado do barrilete
normal do prédio.
II O registro de manobra é o registro destinado à abertura e ao fechamento do hidrante.
III O registro de paragem é o dispositivo hidráulico destinado a permitir a introdução de água
na instalação hidráulica de prevenção e combate a incêndios.
IV O aspersor é um dispositivo utilizado nos chuveiros automáticos ou sob comando.
V No que se refere à classificação das áreas quanto ao perigo de incêndios, as classificadas na
classe I são aquelas de grande risco, como, por exemplo, depósitos de combustíveis.
Estão certos apenas os itens
A I, II e IV.
B I, III e V.
C I, IV e V.
D II, III e IV.
E II, III e V.

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3. (86 – TCE-AM/2012 – FCC)


No projeto das saídas de emergências em edifícios, as antecâmaras para ingressos nas
escadas enclausuradas devem ser dotadas de porta corta-fogo na entrada e de porta
estanque à fumaça na comunicação com a caixa da escada, bem como ter comprimento e pé-
direito mínimos, em metros, respectivamente, de
(A) 2,20 e 3,10
(B) 2,00 e 2,80
(C) 1,90 e 2,60
(D) 1,80 e 2,50
(E) 1,60 e 2,20
4. (180 – TCU/2005)
Em tubulação que sai de reservatório elevado para abastecimento de hidrantes em
instalações de combate a incêndios, não deve ser instalada válvula de retenção, para garantir
menor perda de carga.
5. (32 – TCE-RN/2000 – ESAF)
Segundo a ABNT - NBR 13714/1996 - a reserva de incêndio nas edificações deve ser prevista
para permitir:
Arthur Aylon Viegas Nunes Nascimento
a) o combate, durante todo o tempo de duração do incêndio;
arthuraylon@hotmail.com
b) o combate, através de 5 hidrantes, durante todo o tempo de duração do incêndio;
c) o combate, através de 3 hidrantes, durante todo o tempo de duração do incêndio;
d) o combate e ainda o reabastecimento dos caminhões-tanque do Corpo de Bombeiros,
durante todo o tempo de duração do incêndio;
e) o primeiro combate, durante determinado tempo.
6. (75- TCE-SE/2011 – FCC)
Em um sistema de iluminação de emergência a ser instalado em edificações para prevenção a
incêndio,
(A) os pontos de iluminação de sinalização devem ser dispostos de forma que, na direção de
saída de cada ponto, seja possível visualizar o ponto seguinte, a uma distância máxima de 25
m.
(B) cada circuito de iluminação de emergência não poderá alimentar mais de 15 luminárias.
(C) a proteção dos cabos ramais dos circuitos de iluminação de emergência, além de proteção
contra curto-circuito, deve resistir 15 minutos em caso de incêndio
(D) o sistema de iluminação de emergência não poderá ter uma autonomia menor que 30
minutos de funcionamento, com uma perda maior que 10% de sua luminosidade inicial.

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(E) a corrente por circuito de iluminação de emergência não poderá ser maior que 12 A por
fiação.

Arthur Aylon Viegas Nunes Nascimento


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8 – GABARITO

1) C 2) A 3) D 4) Errada

5) E 6) E

9 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- ABNT. NBR 10897. Proteção contra incêndio por chuveiro automático. Rio de Janeiro. 2014.
- BRENTANO, T. A proteção contra incêndios no projeto de edificações. 1.ed. Porto Alegre: T
Edições, 2007.
- BRENTANO,T. Instalações hidráulicas de combate a incêndios nas edificações. 5.ed. Porto
Alegre, 2015.
- IKLIM LTD. Fire sprinklers. Disponível em: <http://www.iklimnet.com/hotelfires/sprinkler.html>.
Acesso em: 20.out.2015.
- MACINTYRE, A. Manual de instalações hidráulicas e sanitárias. 1. ed. Rio de Janeiro : LTC, 2008.
Arthur Aylon Viegas Nunes Nascimento
arthuraylon@hotmail.com
- NAKAMURA, J. Sprinklers anti-incêndio: tubulação pode ser de aço carbono, tubos de cobre ou
cpvc. Revista Construção Mercado. 161.ed. Dez, 2014.
- PEREIRA, A. ARAUJO,C. Sistema de chuveiros automáticos. Revista Científica Aprender. 4ed. Jun,
2011.
- ROCHA, Odirley Felício da Rocha. Palestra: Nova NBR 17240 de Alarme de Incêndio. Acessível em
<http://ascea.com.br/wp-content/uploads/2013/11/Treinamento-em-Criciuma.pdf>, em
16/1/2017.
- ROQUE, Edison Viana. Redução de Custos de Redes de Sprinklers: Otimização por Cálculo
Hidráulico. Monografia. UFRGS. 2015.
- SEAP. Manual de Obras Públicas – Edificações – Práticas da SEAP – Projeto.
- Yazigi, Walid. Técnica de Edificar. São Paulo. Pini: 2009.

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