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O Presente de Arroz (Cont.

1º TRECHO
MATÉRIA PARA A REUNIÃO DE PALESTRA DE MAIO

Na devoção a todas as divindades e budas, a palavra namu vem antes de seu nome. Namu, explicando
de forma minuciosa, é uma palavra originada da Índia e é traduzida como “dedicar a própria vida”. A
frase “dedicar a própria vida” significa oferecer a vida ao Buda. De acordo com sua posição social,
alguns têm esposa e filhos, parentes, feudos, ouro e prata, ao passo que outros não possuem tesouros.
Não importa se essa pessoa possui ou não riquezas, nenhum tesouro supera aquele que é chamado de
“vida”. Eis por que aqueles que são conhecidos como sábios e honrados dos tempos antigos ofereciam
a vida ao Buda e, dessa forma, tornaram-se budas.
Todas as pessoas dedicam a vida a alguma coisa de acordo com o valor e os objetivos pessoais.
Geralmente, essa dedicação se volta a preocupações imediatas da vida como a família, a riqueza e o
trabalho.
Do ponto de vista do budismo, dedicar a vida ao Buda — ou seja, ao Gohonzon — constitui o ato mais
elevado. Essa devoção está centrada na verdade eterna e imutável que dignifica a vida humana.
O budismo explica, com o termo namu ou nam, o conceito de devoção da vida. Nam deriva do sânscrito
namas, que significa “reverência” ou “devoção”. Como mencionado nessa escritura, o termo nam era
colocado antes do nome dos budas e divindades para reverenciá-los. Quando estabeleceu o Daimoku
dos Três Grandes Ensinos Fundamentais, Nitiren Daishonin colocou o termo Nam antes de
Myoho-rengue-kyo e incorporou-o no Gohonzon. Quando recitamos o Nam-myoho-rengue-kyo diante
do Gohonzon, estamos devotando nossa vida à Lei Mística.
Nessa passagem, Nitiren Daishonin ensina que, como a vida é o mais valioso dos tesouros, oferecê-la
ao budismo constitui a causa para atingir o estado de Buda. No passado, aqueles conhecidos como
sábios e honrados ofereceram literalmente a vida em prol do budismo, para assim se tornarem budas.
Assim, por exemplo, Sessen Doji (Menino das Montanhas Nevadas) ofereceu seu corpo a um demônio
para receber a metade de um ensino budista e o Bodhisattva Yakuo (Rei dos Remédios) queimou os
seus próprios braços como oferecimento ao Sutra de Lótus.
No Budismo de Nitiren Daishonin, o ato de “oferecer a vida” não significa sacrificar literalmente a
própria vida. Na verdade, por meio da oração ao Gohonzon, oferecemos nossa vida de mortal comum,
que contém todos os nove estados de vida e, em conseqüência dessa devoção, manifestamos o estado
de Buda inerente em nós.
Geralmente, as pessoas entendem como tesouro coisas de valor material. Entretanto, o budismo define
a vida como sendo “o mais precioso tesouro”. Se o dinheiro fosse uma condição para atingir o estado
de Buda, os ricos poderiam atingi-lo e os pobres não. Nitiren Daishonin nega esse pensamento e afirma
que, como todos possuem a vida, o mais precioso dos tesouros, podem criar a causa para atingir o
estado de Buda.

Impresso por Camila Mantoan Fernandes (75302-5) página 1


Portanto, em um sentido amplo, as ações que desenvolvemos em prol do Kossen-rufu, dedicando o
precioso tempo do nosso dia-a-dia para as diversas atividades promovidas na organização, podem ser
consideradas também como uma forma de “oferecer a vida” ao budismo.

Brasil Seikyo - Edição 1649


Retirado de http://extra2.bsgi.org.br/extranet/estudo/palestra/conteudo/?edicao=2805

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