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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA


WANGNER PRADO ALONSO

GESTÃO DE SEGURANÇA EM INDÚSTRIA GRÁFICA: CONSEQUÊNCIAS DE


SUA IMPLANTAÇÃO

Juiz de Fora
2018
1

WANGNER PRADO ALONSO

GESTÃO DE SEGURANÇA EM INDÚSTRIA GRÁFICA: CONSEQUÊNCIAS DE


SUA IMPLANTAÇÃO

Monografia apresentada ao Curso de Pós-Graduação Lato


Sensu em Especialização em Segurança Privada, da Uni-
versidade do Sul de Santa Catarina, como requisito à ob-
tenção do título de Especialista em Segurança Privada.

Orientação: Prof.ª Patrícia Fontanella, Dra.

Juiz de Fora
2018
2

WANGNER PRADO ALONSO

GESTÃO DE SEGURANÇA EM INDÚSTRIA GRÁFICA: CONSEQUÊNCIAS DE


SUA IMPLANTAÇÃO

Esta Monografia foi julgada adequada à obtenção do título


de Especialista em Segurança Privada e aprovado em sua
forma final pelo Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em
Especialização em Segurança Privada, da Universidade do
Sul de Santa Catarina.

Juiz de Fora, 29 de maio de 2018.

_____________________________________________________
Professor orientador: Patrícia Fontanella, Dra.
Universidade do Sul de Santa Catarina

_____________________________________________________
Prof. Giovani de Paula, Dr.
Universidade do Sul de Santa Catarina
3

RESUMO

Este estudo tem como tema a gestão da segurança em indústrias gráficas. O obje-
tivo geral é investigar quais as consequências advindas da implantação de um setor de segu-
rança para empresas gráficas de grande porte. Esta pesquisa tem como problema a seguinte
pergunta: quais as consequências advindas da implantação de um setor de segurança em em-
presas gráficas? Para atingir o objetivo deste estudo foi realizada uma pesquisa documental.
Os documentos avaliados nesta pesquisa são indicadores de desempenho elaborados pelo se-
tor de segurança. A partir dos indicadores foi mensurado o quantitativo de intervenções reali-
zadas pelo supervisor de segurança. Neste estudo é apresentado através dos gráficos que ana-
lisam mensalmente as ocorrências estabelecendo parâmetros para análise do período do ano
de 2017. Ao final pode-se verificar que após a data da auditoria, as inspeções técnicas foram
iniciadas, permitindo medidas preventivas e corretivas para evitar ou minimizar a exposição
aos riscos, garantindo a continuidade da certificação. Diante desse resultado podemos concluir
que o trabalho desenvolvido pelo setor de segurança foi adequado e fundamental, pois as con-
sequências advindas desse setor que conta com um supervisor de uma empresa terceirizada e
uma equipe multidisciplinar da mesma que realiza constantes assessorias e auditorias, com
diversos controles mantendo a empresa segura e focada apenas na atividade fim.

Palavras-chave: Gestão da Segurança. Indústria Gráfica. Segurança Patrimonial


4

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ ..5


2 INDÚSTRIAS GRÁFICAS E GESTÃO PATRIMONIAL ...................................... ..7
2.1 INDÚSTRIAS GRÁFICAS – ASPECTOS GERAIS ......................................................7
2.2 GESTÃO PATRIMONIAL EM EMPRESAS GRÁFICAS ..........................................10
3 A IMPLANTAÇÃO DE UM SETOR DE SEGURANÇA EM INDÚSTRIA GRÁ-
FICA........................................................................................................................................15
3.1. A IMPORTÂNCIA DO SETOR DE SEGURANÇA NAS EMPRESAS.....................17
3.2. AS CONSEQUÊNCIAS DA IMPLANTAÇÃO DE UM SETOR DE SEGURANÇA
EM INDÚSTRIA GRÁFICA....................................................................................................21
3.2.1 Analise dos indicadores...............................................................................................23
4 CONCLUSÃO.............................................................................................................. 30
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 33
ANEXO A - Questões sobre o sistema de gestão da segurança da empresa............... 36
ANEXO B - Plano de manutenção preventiva............................................................ 39
5

1 INTRODUÇÃO

O tema deste estudo é a gestão da segurança em indústrias gráficas. O objetivo ge-


ral é investigar quais as consequências advindas da implantação de um setor de segurança pa-
ra empresas gráficas de grande porte.
Para atingir o objetivo geral foram determinados os seguintes objetivos específi-
cos: apresentar os aspectos gerais de uma indústria gráfica; verificar como se dá a gestão da
segurança patrimonial nessa empresa; avaliar a importância do setor de segurança para a em-
presa; demonstrar a importância da criação do setor de segurança e as consequências para a
empresa oriundas dessa implantação.
A importância deste trabalho se revela na medida em que através da análise de re-
gistros das atividades desempenhadas pelo setor de segurança de uma indústria gráfica será
possível verificar se o trabalho desenvolvido pelo setor de segurança da empresa foi adequa-
do, ou se ainda necessita de conformações para que o setor possa atingir a sua finalidade qual
seja, garantir a segurança patrimonial da empresa.
Assim, este estudo tem como problema a seguinte pergunta: quais as consequên-
cias advindas da implantação de um setor de segurança em empresas gráficas?
Realizou-se um levantamento bibliográfico no Portal de Periódico Capes, em uma
instituição de ensino público, a Universidade Federal de Juiz de Fora, na qual se tem acesso
ao conteúdo completo do Portal. Para o levantamento foi feito uma busca avançada que conti-
nha os seguintes termos nos campos título e assunto “gestão de segurança privada”, “seguran-
ça patrimonial” e “segurança empresarial” não foram encontrados nenhum conteúdo.
Com o termo “segurança privada” foram encontrados 5 artigos e 1 recurso textual.
Estes textos de segurança privada estão relacionados com a segurança publicas, não analisan-
do a segurança privada patrimonial em empresas, tema direto deste estudo. Observa-se que
não há uma vasta literatura sobre a gestão de segura privada. Encontra-se mais literatura sobre
gestão de segurança privada em materiais específicos, como apostilas de curso de cursos da
área e revistas não científicas. Além disso, na literatura não há muitas publicações com o as-
sunto de gestão da segurança privada em empresas em que a atividade fim não é a prestação
de serviço de vigilância. Existe uma escassez de artigos que relatam sobre esse conteúdo. Esta
pesquisa irá corroborar com o desenvolvimento da literatura especializada sobre o tema estu-
dado.
Para atingir os objetivos deste estudo foi realizada pesquisa documental. De acor-
do com Gil (1991) a pesquisa documental é similar a bibliográfica. A diferença está na origem
das fontes, pois a pesquisa documental utiliza de documentos que ainda não receberam uma
análise crítica, ou que ainda podem ser reproduzidos de acordo com os objetos da pesquisa.
6

Além de analisar os documentos pela primeira vez como em arquivos, a pesquisa documental
pode ainda analisar aqueles documentos que já foram sucedidos, podendo receber outras in-
terpretações, como relatórios de empresas.
A análise de documentos em uma pesquisa apresenta uma perspectiva da conjun-
tura do problema investigado. Gil (1991, p. 53) adverte que “pesquisas elaboradas a partir de
documentos são importantes não porque respondem definitivamente a um problema, mas por-
que proporcionam melhor visão desse problema ou, então, hipóteses que conduzem à sua veri-
ficação por outros meios”. Desta forma, este estudo não visa trazer respostas absolutas, mas
sim construir uma ponderação referente ao setor de segurança.
Os documentos avaliados nesta pesquisa são indicadores de desempenho elabora-
dos pelo setor de segurança. Os indicadores monitorados e controlados pela empresa respon-
sável pela gestão da segurança na indústria gráfica são: Inspeções técnicas de segurança; Polí-
tica interna/ código de conduta; Ações de segurança/ NBR 15.540; Proteção ao patrimônio,
Segurança eletrônica e Treinamentos/palestra. A partir dos indicadores foi mensurado o quan-
titativo de intervenções realizadas pelo supervisor de segurança. Neste estudo é apresentado
através dos gráficos que analisam mensalmente as ocorrências estabelecendo parâmetros para
análise do período do ano de 2017.
Assim esta pesquisa em seu primeiro capítulo intitulado “Indústrias gráficas e ges-
tão patrimonial” apresenta dois subcapítulos intitulados “Indústrias gráficas – aspectos gerais”
e “Gestão patrimonial em empresas gráficas”. No primeiro subcapítulo, desenvolve-se o refe-
rencial teórico sobre a o contexto geral da indústria gráfica e os requisitos de segurança neces-
sários para que ela possa comercializar impressos de segurança. No segundo subcapítulo,
apresenta-se as competências necessárias e as ferramentas que devem ser utilizadas pelo su-
pervisor para realizar a gestão da segurança na empresa.
No segundo capítulo intitulado “A implantação de um setor de segurança em in-
dústria gráfica”, apresenta dois subcapítulos intitulados “A importância do setor de segurança
nas empresas” e “As consequências da implantação de um setor de segurança em indústria
gráfica”. No primeiro subcapítulo, discorre-se a pertinência do setor de segurança nas empre-
sas e sobre a importância na identificação e quantificação dos riscos a pessoas e bens patri-
moniais, bem como as fases do processo de gerenciamento de risco. No segundo subcapítulo,
apresenta-se as particularidades de cada indicador e a análise dos registros levantados pelo
setor de segurança.
Ao final desenvolvem-se as considerações finais deste estudo.
7

2. INDÚSTRIAS GRÁFICAS E GESTÃO PATRIMONIAL

A competitividade entre as empresas é cada vez maior, além dos novos entrantes
de mercado que competem em mercados similares, que impactam na lucratividade das gran-
des empresas acarretando uma necessidade de especialização, bem como a busca constante-
mente de novos mercados no intuito de garantir a continuidade dos negócios.

O mercado mundial vem demonstrando, ao longo dos anos, um crescente


aumento na competitividade do ramo empresarial. Essa nova onda da eco-
nomia nos leva a pensar que as empresas precisam se adequar a este novo
momento econômico, utilizando recursos e ferramentas que aumentem sua
lucratividade e os diferenciem dos demais concorrentes. (GOMES, 2017,
p.11).

Segundo Santos, Santos e Shibao (2017) as empresas realizam vários projetos pa-
ra alcançar suas metas. Estipulam sistemas, regras e regulamentos para garantir uma coorde-
nação satisfatória e a execução desses projetos com eficácia, estabelecem normas culturais.
Na segurança, deve ser feito um primeiro projeto visando à identificação das vulnerabilidades
da empresa para identificar possíveis riscos onde após a verificar os riscos, determinar um
projeto com os sistemas de controle, normas, procedimentos operacionais, protocolos, políti-
cas, métodos, equipamentos tecnológicos de segurança para diminuir ou eliminar as vulnera-
bilidades e prevenir os riscos.

2.1 INDÚSTRIAS GRÁFICAS: ASPECTOS GERAIS

A invenção da imprensa por Gutenberg trouxe uma grande revolução na dissemi-


nação da informação através da impressão de diversos meios para comunicação (Weitzel,
2002). Diante disso, a indústria gráfica possui um significativo oficio no desenvolvimento da
sociedade.

A indústria gráfica é um dinâmico segmento que envolve as atividades rela-


cionadas com a reprodução de informações, quer em textos ou imagens, em
suportes estáticos como o papel e seus derivados, bem como em suportes
metálicos, flexíveis etc. As operações relacionadas à reprodução compreen-
dem a criação, pré-impressão e acabamento ou pós impressão. Caracteriza-se
pela produção sob encomenda, geralmente com pequenos prazos de entrega,
voltada para atender ao mercado local. (RIGHI; RODRIGUES, 2009, p. 74).

Atualmente a indústria gráfica vem diversificando sua estrutura para atingir novos
mercados com o oferecimento de novos produtos. Conforme, “Antigamente, as gráficas
eram usadas somente para prestar serviços de banners e adesivos. Hoje, elas estão mais diver-
8

sificadas devido ao aumento da demanda por serviços gráficos, realizando trabalhos relacio-
nados à moda, automóveis, escritórios, etc.” (SEBRAE, 2016).
No século XX, em relação ao produto final da indústria gráfica esta era dividida
em oito segmentos:
a) Embalagens: que compreende a impressão de cartuchos, caixas, rótu-
los e outras embalagens;
b) Editorial: que abrange a edição e impressão de livros, revistas e perió-
dicos;
c) Formulários: planos ou contínuos;
d) Promocional: que inclui, principalmente, posters, cartazes, catálogos e
volantes;
e) Artigos de Papelaria: incluindo papel para carta, formulários oficiais;
f) Pré-impressão: compreendendo a criação e o desenvolvimento de mí-
dia impressa;
g) Impressos Comerciais: abrangendo, entre outros, talonários, agendas,
cartões postais;
h) Diversos: que inclui baralhos, produtos para festas como copos, pratos
e guardanapos, papel de presente, cardápios, brinquedos, etc.
(MACEDO; VASCONCELOS, 1997, p. 1).

No atual documento da ABIGRAF (Associação Brasileira da Indústria Gráfica),


intitulado “Números da indústria gráfica brasileira” de 2018, a indústria gráfica passou a ser
classificada em nove segmentos: embalagens, publicações, impressos promocionais, Impc. de
segurança/fiscais/formulários, etiquetas, pré-impressão, cartões, cadernos, envelopes. Con-
forme vemos na Figura 1 que apresenta a participação dos segmentos da indústria no ano de
2018.

Ilustração 1- Participação dos segmentos na indústria

Fonte: ABIGRAF, 2018.

Com a intenção de atingir o mercado de impressos de segurança, a indústria gráfi-


ca necessita de uma certificação que dará credibilidade a mesma de atuar nessa área. No en-
tanto, para atingir esse mercado é necessária, além da certificação, uma gestão de segurança
9

capaz de promover a melhoria continua dos processos e dos recursos de segurança disponíveis
garantindo o produto final, desde a matéria prima até a chegada ao cliente.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas publicou a ABNT NBR 15540-
2013 – Análise de um sistema de segurança – Requisitos, que certifica a empresa a produzir
impressos de segurança. Essa norma tem como objetivo demonstrar o grau de solidez da es-
trutura de gestão de segurança da empresa. Esta certificação é fundamental para as gráficas
que fabricam ou comercializam insumos de segurança, pois implica na adoção de requisitos
para dificultar as ações criminosas. Para a obtenção da certificação, são verificados os seguin-
tes quesitos:
a) Segurança predial
b) Segurança do processo produtivo
c) Segurança do documento
d) Segurança nos recursos humanos
e) Procedimentos para transporte de produtos de segurança.

Esta certificação apresenta requisitos de segurança quanto à infraestrutura, proces-


sos, qualificação de pessoal e sistemas, na produção impressos de alto sigilo, com excelência
gráfica. Para fabricar impressos de segurança é necessário avaliar as exigências de qualidade
de processos, produtos e serviços, o modo como são produzidos, gerenciados e entregues em
conformidade com certas condições de segurança introduzidas em todas as fases da cadeia
produtiva, desde os primeiros contatos com o cliente até a pós-venda, passando pelos cuida-
dos com a escolha de quem estará envolvido no processo como um todo.
O sistema de segurança envolve um conjunto de procedimentos e ações que asse-
guram a estabilidade dos processos de fabricação e comercialização de impressos de seguran-
ça. Todas as etapas, desde o desenvolvimento da arte, fornecimento da matéria-prima e con-
trole da mesma; destinação de resíduos; guarda e transporte do material produzido; seleção
adequada dos recursos humanos; segurança patrimonial e dos meios eletrônicos; segurança do
estoque, dos documentos e são monitorados por meio de uma gestão de segurança visando à
redução de riscos de roubo, fraude, assaltos e falsificações.
Este projeto busca investigar a percepção da gestão da segurança por parte dos se-
tores da indústria gráfica através do cumprimento do plano de segurança que está vigor atu-
almente na empresa.
10

2.2. GESTÃO PATRIMONIAL EM EMPRESAS GRÁFICAS

O porte da empresa constitui-se como um aspecto fundamental em se tratando de


segurança, tanto na sua área estrutural e em sua localização como na sua concentração de re-
cursos (distribuição física das máquinas).
As organizações devem possuir metas muito bem definidas. Após terem sido de-
senvolvidas as metas estratégicas, serão subdividas em metas táticas e estas por sua vez em
metas operacionais. Todos os departamentos ou setores “sejam ligados à atividade fim, sejam
ligados à atividade meio, terão suas metas alinhadas às metas estratégicas. Este alinhamento é
essencial para o sucesso empresarial.” (MEIRELES, 2014, on-line).
A segurança patrimonial é o conjunto de atividades que tem como objetivo preve-
nir e reduzir perdas relacionadas ao patrimônio em uma determinada empresa. Para se ter um
melhor desempenho e realizar as distribuições necessárias dos recursos para garanti-la, é ne-
cessário uma gestão apropriada. Segundo Marcondes (2017, on-line), “o planejamento da se-
gurança patrimonial é um processo que consiste em um conjunto de ações intencionais, inte-
gradas, coordenadas e orientadas para se obter o nível necessário de segurança patrimonial
para uma organização atingir seus objetivos.” O planejamento auxilia na decisão dos recursos
necessários, avaliando os benefícios diante de cada situação para que se possa verificar qual
decisão será mais apropriada, tendo como premissa a incolumidade física das pessoas e o pa-
trimônio.
O gestor de segurança deve utilizar por meio de um a ampla compreensão, dos
princípios gerais e dos fundamentos que norteiam a gestão empresarial dos recursos humanos
e materiais envolvidos, capaz de realizar análise, planejamento, execução e controle das ope-
rações de segurança. (BAZOTE, 2012).
De acordo com Meireles (2011) cada vez mais a segurança vem se tornando fun-
damental para as empresas acarretando uma dificuldade ainda maior para os gestores de segu-
rança empresarial. “A gestão da segurança tem que está alinhada com as metas estratégicas da
empresa. Tem que ser uma gestão baseada em diretrizes, ou seja, em metas mais as medidas
necessárias para alcançá-las.” (Meireles, 2011, p.15). Para alcançar esse resultado, uma das
ferramentas que o gestor deve utilizar é o ciclo PDCA (planejar, executar, controlar e agir).
Meireles (2011) afiram ainda que nesse ambiente empresarial, o gestor precisa ser
um profissional capacitado, proativo e com uma boa base acadêmica para ter êxito. Contudo,
apenas essa formação acadêmica não é o bastante. “Este profissional ter que ser altamente
motivado, pois a busca pela melhoria contínua das competências (conhecimentos, habilidades
e comportamentos) exige determinação, vontade.” (Meireles, 2011, p.15).
O gestor de segurança precisa estar preparado e possuir boa capacidade de adap-
tabilidade, devido ao ambiente corporativo ser muito variável e não acompanhar as novas ten-
11

dências, isto poderá ocasionar a perda de seu emprego, pois suas ações de administração fica-
rão ultrapassadas.
Segundo Meireles:
Como a gestão da segurança tem que está alinhada com as metas estratégicas
da empresa é lógico que o gestor da segurança empresarial terá que gerir
com base em diretrizes. Para este fim, o gestor terá que utilizar com maestria
o ciclo PDCA (planejar, executar, controlar e agir). Não é mais possível ge-
renciar sem planejamento. As diretrizes do gestor da segurança serão desdo-
bramentos das diretrizes estratégicas. A gestão da segurança não é uma coisa
a parte, mas sim integrada ao negócio da empresa. (MEIRELES, 2014, on-
line).

Salomi (2017, informação verbal) 1 também concorda que para a gestão da segu-
rança o gestor deve se ater ao ciclo PDCA, no qual cita que as siglas desse ciclo correspon-
dem aos seguintes significados:
P – metas, métodos para alcançar as metas
D – execução
C – verificar os efeitos do trabalho
A – Atuar nos processos em função dos resultados

Este mesmo autor (2017, informação verbal) afirma que para fazer a gestão da se-
gurança é fundamental um modelo de gestão onde o gestor deve elaborar um PDS (plano dire-
tor de segurança). O autor orientada a realização de um ciclo para nortear os princípios do
plano.

Ilustração 2 - ciclo para nortear os princípios do PDS

Fonte: SALOMI, 2017.

1
.................................................................................................................................................
SALOMI, Carlos Faria. Modelo de Gestão. In: SIMPOSIO DE SEGURANÇA HOSPITALAR, 3., 2017, São
Paulo.
12

O PDS tem o objetivo de direcionar a elaboração de um mapa organizacional de


relacionamentos e dependências através da Infraestrutura física, tecnológica e humana da em-
presa. A estrutura do PDS adotado por (SALAOMI, 2017, informação verbal) é:
a) Objetivo do plano: (alinhados com os objetivos estratégicos da organização)
b) Política de segurança (conjunto de regras que orientam a tomada de decisão)
deve ser: simples, levantar cenários/problemas e utilizada para orientar a toma-
da de decisão.
c) Diagnóstico: (baseado no inventário de recursos e auditorias de processos) –
Análise SWOT
d) Análise de riscos: (que justificarão os investimentos de segurança/ ISSO
31010)
e) Plano tático: (combinação dos recursos para detectar/ dissuadir/ impedir/ retar-
dar/ responder)
f) Projeto técnico: (plantas/ memorial descritivo com especificações)
g) Plano operacional: (manual de operações, normas e procedimentos)
h) Plano de implantação: (endomarketing – convencer o uso do PDS)
i) Controle e avaliação do planejamento geral (PDCA)

Depois de elaborado e operando o PDS, é importante que se defina os indicadores


que podem ser mensurados por: menção, contabilizando ocorrências evitadas ou erros, que
são fundamentais para a melhoria.
O planejamento tático deve ser elaborado pelo gestor de segurança, pois é nesse
planejamento que são criadas as metas e condições para que as ações do plano diretor de se-
gurança sejam atingidas. Por se tratar de um planejamento mais específico, as decisões devem
ser tomadas pelo responsável pela segurança corporativa.
Salomi (2017, informação verbal) 2 Adota a seguinte organização tática:

2
SALOMI, Carlos Faria. Modelo de Gestão. In: SIMPOSIO DE SEGURANÇA HOSPITALAR, 3., 2017,
São Paulo.
13

Ilustração 3 – Organização tática

Fonte: SALOMI, 2017.

Um aspecto que cada vez se apresenta com ferramentas mais eficientes para auxi-
liar o gestor de segurança são os recursos tecnológicos. Santos (2017) relata que gestão da
tecnologia para a segurança e controle de acessos é muito importante para auxiliar na identifi-
cação de riscos e fornecer recursos para realização de análises para a tomada de decisão per-
mitindo a: gestão de Pessoas; controle de insumos e ativos; controle de processos; vídeo mo-
nitoramento; relatórios analíticos e alarmes em geral; controle de acesso; detecção, alarme e
combate a incêndio e automação predial.
Para o CFTV (circuito fechado de televisão) que irá auxiliar nos controles através
da visualização de imagens, Santos (2017) sugere que o gestor deve responder as seguintes
perguntas: Qual o melhor sistema do mercado? Qual a melhor empresa do mercado? Qual o
sistema mais barato? Qual o sistema com mais recursos?
3
Santos (2017, informação verbal) relata que o melhor sistema de CFTV é
“Aquele que atende as necessidades técnicas e operacionais do seu projeto”. Apresenta um
gráfico comparativo entre um sistema Analógico e IP que contempla através de valores apro-
ximados, uma estimativa percentual no custo do projeto:

3
............................................................................................................................................................................
SANTOS, Marcelo. Tecnologia e controle de acesso. In: SIMPOSIO DE SEGURANÇA HOSPITALAR, 3.,
2017, São Paulo.
14

Ilustração 4 – Gráfico comparativo entre um sistema analógico e IP

Fonte: SANTOS, 2017.

Como novidade tecnológica, Santos (2018) exemplifica o vídeo analítico, que


possibilita o desencadeamento de ações quando há um reconhecimento de eventos, tornado
possível: enviar um SMS ou e-mail para um contato ou grupo de contatos; ativar / desativar
luzes, sirenes, ligar/desligar bombas, válvulas, motores, eletroeletrônicos, etc.; disparar pop-
ups com câmeras selecionadas para o operador; adotar uma lista de procedimentos e requisitar
uma confirmação por escrito do operador.
Ronaldo (2017) retrata que o vídeo analítico é chamado também de Análise de
Conteúdo de Vídeo (ACV), trata-se de um software que permite analisar uma imagem auto-
maticamente através de um mapeamento da área e da rotina que será monitorada, as câmeras
definidas serão conectadas a um sistema onde permitirá codificar o vídeo buscando ações in-
comuns no ambiente. A cada vez que um evento inesperado ocorra, é emitido um alerta auto-
maticamente para a pessoa responsável pelo monitoramento. O sistema possui diversas funci-
onalidades e se adequaria para o restaurante a de detecção de movimento, obstrução de câme-
ra, vandalismo criando barreiras e cercas virtuais que reportam imediatamente em caso de
violação, permitindo ainda o acionamento de alarmes e luzes. Podemos verificar a seguir al-
guns exemplos de barreiras virtuais sendo violadas.
15

3. A IMPLANTAÇÃO DE UM SETOR DE SEGURANÇA EM INDÚSTRIA GRÁFICA

Os documentos avaliados nesta pesquisa são indicadores de desempenho realiza-


dos pelo setor de segurança da empresa Esdeva Indústria Gráfica Ltda. Este setor foi criado a
partir de um trabalho de consultoria de uma empresa especializada em segurança, onde tinha
como objetivo realizar um diagnóstico no intuito de identificar vulnerabilidades, analisar os
riscos e apresentar um plano de ação para a empresa, com propósito de melhorar a eficiência
da segurança patrimonial.
Após a apresentação do plano de ação, foi designado um supervisor de segurança,
que ficou encarregado de conduzir os assuntos pertinentes a segurança da empresa, para que
pudesse ainda acompanhar as considerações feitas no relatório. Para mensurar as atividades
desempenhadas por esse supervisor foram criados indicadores de desempenho.
Para a criação dos indicadores de desempenho foram estabelecidos cinco critérios:
definição dos indicadores, alinhamento das medidas com as estratégias, incorporação das me-
didas na rotina organizacional, análise através do uso das medidas e acompanhamento da per-
formance dos indicadores de desempenho. (COSTA, 201?).
Para que esses indicadores de desempenho tenham uma contribuição significativa
no controle da empresa, primeiro é necessário ter objetivos claros na hora da definição das
metas que devem ser alcançadas. A partir daí, a elaboração e a gestão dos indicadores de de-
sempenho podem ser direcionadas para o monitoramento da evolução dos resultados da em-
presa e servir como referência para o processo de tomada de decisão e a criação de estratégias
de melhoria.
Com base nesta definição, os indicadores monitorados e controlados pela empresa
responsável pela gestão da segurança na indústria gráfica são: Inspeções técnicas de seguran-
ça; Política interna/ código de conduta; Ações de segurança/ NBR 15.540; Proteção ao patri-
mônio, Segurança eletrônica e Treinamentos/palestra. O item a seguir descreve cada um dos
indicadores.

INDICADOR 1: Inspeções técnicas de segurança


Objetivo Estraté- Monitorar através de rondas o perímetro edificado e não edificado, verificando saídas de
gico emergências e supervisionando a equipe de porteiros.
Percorrer sistematicamente o perímetro da empresa verificando saídas de emergências,
Descrição
identificar alguma inconformidade e supervisionar a atuação dos porteiros da empresa.
Por que medir Garantir a integridade do patrimônio e a correta execução do serviço de portaria

INDICADOR 2: Política interna/ código de conduta


Objetivo Estraté- Atender as demandas da alta gerência nas diversas demandas envolvendo a política inter-
gico na da empresa
16

Apurar desvios de condutas de colaboradores quanto ao cumprimento dos procedimentos


Descrição
de segurança e auxiliar na apuração de erros operacionais.
Por que medir Para reduzir os custos da empresa destinada ao pagamento de indenizações

INDICADOR 3: Ações de segurança/ NBR 15.540


Objetivo Estraté- Atender as demandas da alta gerência nas diversas demandas envolvendo a segurança
gico empresarial proporcionando a obtenção de novos contratos impressos de segurança
Apurar fraudes, faltas, extravios, furtos e roubos ou qualquer demanda relativa a segu-
Descrição
rança.
Para garantir o cumprimento das normas internas, garantindo a continuidade da certifica-
Por que medir
ção da NBR 15540.

INDICADOR 4: Proteção ao patrimônio


Objetivo Estraté- Garantir a integridade patrimonial empresa
gico
Analisar onde houver janelas, portas e frestas se a proteção contra furto de insumos,
Descrição produto ou impresso de segurança, se o patrimônio está íntegro solicitando reparo ime-
diato.
Por que medir Prevenir casos de extravios, furtos e roubos dos produtos da empresa.

INDICADOR 5: Segurança eletrônica


Objetivo Estraté- Garantir que todos os recursos eletrônicos disponíveis para a segurança da empresa
gico estejam em condições adequadas reduzindo custos com manutenções corretivas
Analisar e acompanhar o desempenho dos equipamentos de segurança eletrônica solici-
Descrição
tando a manutenção preventiva ou corretiva dos equipamentos
Por que medir Garantir que os recursos eletrônicos de segurança sejam eficientes.

INDICADOR 6: Treinamentos / Palestras


Objetivo Estraté- Desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes voltadas a prevenção e segurança.
gico
Realizar treinamentos teóricos e práticos visando o aperfeiçoamento do efetivo respon-
Descrição sável pela segurança e palestras para os diversos setores da empresa sobre procedimen-
tos de segurança
Por que medir Aumentar o índice de capacitação e difundir a política interna de segurança

Os indicadores utilizados para a análise neste estudo são referentes ao ano de


2017, que compreende o período de um ano após a utilização do controle através do serviço
helpdesk, utilizado pela TI (setor de tecnologia da informação) e pelo setor de manutenção
predial, visando a padronização da apresentação dos resultados entre todos os setores para a
direção da empresa.
Após a coleta dos dados, que nesse estudo são referentes aos indicadores de de-
sempenho, na qual foram feitas verificações do histórico anual dos indicadores controlados
17

pelo setor de segurança para entender o processo de controle de identificação de problemas,


como é feita a tomada de decisão e quais consequências a criação do setor de segurança trou-
xe para a empresa gráfica.
Para a análise dos gráficos utilizou-se linhas de tendência de média móvel que é
segundo Nogueira (2017, on-line) “Uma linha que suaviza flutuações em dados para mostrar
um padrão ou tendência mais claramente. Uma média móvel usa um número específico de
pontos de dados (definido pela opção Período), determina a média e usa o valor da média co-
mo um ponto da linha”.
3.1. A IMPORTÂNCIA DO SETOR DE SEGURANÇA NAS EMPRESAS

A violência remonta às organizações sociais mais primitivas. Com o passar do


tempo, dentre várias iniciativas que visavam o controle desse fenômeno, foram criadas nor-
mas. Determinados atos passaram a ser considerados crimes e penas foram estabelecidas. O
controle social tornou-se absolutamente fundamental para o funcionamento das sociedades. A
partir do século XIX, o estudo da criminalidade passou a ser relevante nas ciências humanas
(CALHAU, 2007).
Beato (2012) afirmou que vários elementos afetam a escolha do crime por parte
dos indivíduos. Predisposições pessoais, as forças socializantes da família, pares e da escola, a
capacidade de autocontrole e os reforços proporcionados pela comunidade, bem como os ar-
ranjos institucionais.
Cerqueira e Lobão (2003) concluíram, a partir do estudo dos vários modelos que
buscam explicar as determinantes da criminalidade, a complexidade do fenômeno e o seu ca-
ráter multifacetado. Registraram a existência de determinadas regularidades estatísticas que
variam conforme a região e a dinâmica criminal, em particular. Essa especificidade interessa
para a atuação preventiva em segurança. De acordo com os conceitos da Teoria das Ativida-
des Rotineiras validados na prática por experientes gestores de segurança - é possível evitar
certos crimes a partir da não convergência no tempo e no espaço de três fatores: alvos dispo-
níveis, autores motivados e ausência de vigilância (COHEN e FELSON, 1979 apud BEATO
et al, 2004).
Nesse sentido, para Bondaruk (2007) a maioria dos crimes é cometida porque o
delinquente vislumbra uma oportunidade. Pode ser uma ou uma combinação de várias delas,
como distração da vítima, facilidade de acesso, lugares para escalar, ausência de uma defini-
ção clara entre espaço público e privado, iluminação insuficiente, paisagismo que possa ocul-
tar a presença de alguém, ausência de vigilância, informação privilegiada, dentre outras.
Quanto mais um delinquente se sente inseguro e vulnerável para agir, tanto menos provavel-
mente cometerá um delito em determinado local.
18

Considerando que o controle da motivação dos autores de crimes é tarefa difícil,


as ações de prevenção devem priorizar o emprego de medidas de autoproteção e a atuação da
polícia (vigilância).
A presença da polícia pode dissuadir autores de crimes. A eficiência com que as
respostas às atitudes desviantes são dadas impacta a possibilidade de reincidência, por repre-
sentar aumento de risco aos seus perpetradores. Entretanto, não se deve debitar a questão da
segurança unicamente ao aparato da polícia, à ação da vigilância (SILVA FILHO, 1998).
No Brasil, é preciso considerar que o cenário contempla deficiências de ordem so-
cial, educacional e saúde pública. O país possui uma legislação penal inadequada. O entrosa-
mento entre as instâncias municipal, estadual e federal do Executivo é precário. O Judiciário,
Ministério Público e as polícias têm estruturas incompatíveis com as demandas e baixa produ-
tividade. No sistema penitenciário não ocorre a ressocialização, dentre outras situações agra-
vantes. Uma das consequências indesejáveis é a impunidade, que contribui para o recrudesci-
mento da criminalidade e aumento do medo da população.
Uma gestão da segurança na indústria gráfica se torna uma peça fundamental e es-
sencial para o seu funcionamento e desempenho qualitativo e quantitativo dos planos, proces-
sos e procedimentos de segurança. O gestor de segurança não deve ser visto como uma mera
criação de um departamento de monitoramento diário das ações do dia a dia. O profissional
será responsável para desenvolver a identificação e análise de riscos envolvidos na atividade
principal e de apoio da indústria gráfica com o objetivo de permitir a definição de políticas de
segurança e diretrizes que assegurem o desenvolvimento regular e contínuo dos negócios.
(SÁ, 2014)
Entre os itens a serem considerados em um plano de segurança estão à prevenção
de crimes pelo design e critérios para a utilização do estacionamento, vigilância contínua e
sistematizada, planejamento da iluminação (podendo utilizar sensores de movimento), CFTV,
treinamento constante da equipe de segurança e de todos os colaboradores da empresa, defini-
ção dos telefones de emergência, alarmes e sinalizações em locais visíveis visando sempre a
prevenção.
As câmeras de um sistema de CFTV estrategicamente instaladas nos lugares cer-
tos e adequadas ao patrimônio permitirá a central de monitoramento, realizar rondas virtuais
sistêmicas, bem como intervir quando houver alguma ocorrência. “Câmeras de segurança po-
dem gravar comportamento suspeito da multidão e os seguranças podem se mover rapidamen-
te para o local da ocorrência”. (MARCONDES, 2017, on-line).
Cabe destacar que a indústria gráfica nunca será transformada em uma fortaleza,
porém sempre deve ser implementados meios de elevar o nível de segurança e consequente-
mente reduzir riscos. (SÁ, 2014).
19

A norma ISO 31010 apresenta práticas atuais na identificação e avaliação de ris-


cos e os procedimentos para a integração dos processos de gestão de riscos nas organizações
são descritos pela ISO 31.000 (ABNT, 2009), que fornece os princípios e diretrizes genéricos
para a gestão de riscos. Eles podem ser aplicados para analisar as vulnerabilidades dos aspec-
tos estruturais, das características e tipologias dos crimes, dos recursos humanos, da gestão da
segurança.
São de grande importância a identificação e quantificação dos riscos a pessoas e
bens patrimoniais. Conforme as detecções de suas presenças torna-se possível a classificação
das possíveis ameaças (ISO 31.000, ABNT, 2009).

Ilustração 5 – Processo de gerenciamento de riscos.

Fonte: NBR ISO 31.000, 2009.

Abaixo se apresentam os itens do processo de gerenciamento de riscos (ilustração


5) segundo regula a NBR ISSO 31000 de 2009.

a) Estabelecimento dos Contextos


Segundo Trivelato (1998) a definição de risco é bidimensional, representando a
probabilidade de um efeito desfavorável ou dano e a incerteza da ocorrência, distribuição no
tempo ou magnitude do efeito. O objetivo é avaliar a probabilidade de ocorrência de um even-
to, aleatório, que pode ocorrer no futuro e que não depende da vontade das pessoas, e o im-
pacto nos resultados, caso essas ameaças e vulnerabilidades aconteçam. O sentido fundamen-
tal de risco é uma possibilidade de perigo.
A palavra risco é definida como “perigo; probabilidade ou possibilidade de peri-
go: estar em risco.” (RISCO, 2009, on-line).
20

Nem todos os riscos podem ser eliminados, nem todas as medidas imagináveis de
mitigação de riscos são economicamente factíveis. Os riscos e os custos inerentes à aviação
requerem um processo racional de decisões. Este processo se conhece como gestão de riscos,
que pode ser definido como:
Gestão de riscos - Identificação, análise e eliminação ou mitigação, a um nível
aceitável, dos perigos, e os conseguintes riscos, que ameaçam a viabilidade de uma organiza-
ção.

b) Identificação dos riscos


São de grande importância a identificação e quantificação do risco a pessoas e
bens patrimoniais, pois, conforme a detecção de sua presença torna-se possível a classificação
das possíveis ameaças.
Para a identificação dos riscos, em relação à segurança empresarial, foram reali-
zadas análises em fatores de perigo, inserindo: Meios Organizacionais, Recursos Humanos da
Segurança, Meios Técnicos Passivos, Meios Técnicos Ativos, Ambiente Interno e Ambiente
Externo.
Feito o levantamento das condições de segurança da empresa observando os fato-
res mencionados acima, passamos à classificação e identificação dos riscos e perigos, com
base nas informações levantadas.
Identificar os fatores de Riscos, também chamados de fontes de riscos, são os
eventos que podem potencializar a concretização dos perigos.

c) Análise de riscos
Para análise de riscos, a ISO 31.010 (ABNT, 2009) discorre sobre a compreensão,
apreciação das causas e as fontes dos riscos, suas consequências positivas e negativas, e a
probabilidade que essas consequências possam ocorrer.
Um evento pode acarretar várias consequências, afetando um ou vários objetivos.
Convém que sejam estabelecidos e ressaltados fatores como a divergência de opinião entre
especialistas, a incerteza, a disponibilidade, a qualidade, a quantidade e a contínua pertinência
das informações, ou as limitações sobre a modelagem.
As consequências podem ser expressas em termos de impactos (danos) tangíveis e
intangíveis. Os descritores identificados auxiliam nas decisões sobre a prioridade dos riscos a
serem tratados, sobre as estratégias e métodos mais adequados para o tratamento de riscos. A
análise do nível do risco é proporcionada através da probabilidade em diferentes períodos,
locais, grupos ou situações em que o risco possa ocorrer e do impacto (dano) provável na ins-
tituição.
21

Podem ser considerados como fatores de influência os recursos humanos (RH),


segurança eletrônica (SE), segurança física (SF) e ambiente interno (AI) nos quais há possibi-
lidade de interferências.
Para as causas do ambiente externo (AE) e exposição ao risco (E), considerando a
frequência com que eles são expostos, a interferência é difícil, mas é recomendável o monito-
ramento. A média entre fatores de influência (FI) multiplicada pela exposição (E) resultará na
probabilidade de ocorrência e definirá seu nível de dano.

d) Avaliação de riscos
A finalidade da avaliação de riscos é auxiliar o processo decisório. Ela apresenta
escala de prioridades para a implementação do tratamento baseada na relação entre a probabi-
lidade e o dano.

e) Tratamento de riscos
As medidas para o tratamento de riscos são abrangidas por quatro possibilidades:
 ELIMINAR: afastar uma ameaça específica
 TRANSFERIR: repassar o risco para terceiros
 MITIGAR: minimizar a probabilidade e/ou impacto de uma ameaça
 ACEITAR: aceitar (ativa ou passivamente) as consequências.
As orientações para o tratamento de riscos e as medidas para permitir maior efici-
ência da segurança estão consubstanciadas em ações apresentadas no Plano. Este será a base
para o projeto de reestruturação, que será alinhado com as novas políticas e diretrizes para a
segurança.

f) Monitoramento dos riscos


O monitoramento e a análise crítica dos riscos deve ser uma ação sistemática, pla-
nejada e integrada, como parte do processo da gestão da segurança. Será necessário imple-
mentar os mecanismos de checagem e avaliação, em períodos pré-definidos ou após um fato
específico, sendo indicado o processo PDCA.

3.2. AS CONSEQUÊNCIAS DA IMPLANTAÇÃO DE UM SETOR DE SEGURANÇA EM


INDÚSTRIA GRÁFICA.

As ações de segurança serão sempre planejadas e aplicadas em função da avalia-


ção dos riscos para o negócio da organização. A proteção do patrimônio, controle de acessos e
o planejamento dos recursos envolvidos, devem ocorrer sempre de forma a preservar a conti-
nuidade e a competitividade da indústria gráfica, em sua área de atuação.
22

Para implantar um sistema de segurança não basta apenas comprar equipamentos.


É necessário planejamento a fim de se determinar o que é necessário, onde são necessárias, as
obras de infraestrutura adequadas, os custos e as etapas de implantação.
Um sistema de alarme segundo Marcondes (2016) é um conjunto de equipamen-
tos eletroeletrônicos que tem por finalidade informar a violação do perímetro ou local prote-
gido, através de sinal sonoro visual. É um dos meios mais eficientes e baratos para prevenir
acessos não autorizados, detectar incêndios, situações de perigo, etc.
Sistemas de alarmes, além de eficientes na prática, ainda afastam os criminosos.
Os invasores observam muito bem os costumes e horários dos colaboradores e principalmente
os recursos de segurança de que o estabelecimento dispõe antes de realizar uma ação. Nor-
malmente escolhem locais que não possuem recursos de segurança para roubar.
Escolher bem um sistema de segurança e a empresa ou profissional que vai prestar
os serviços de instalação é o ponto fundamental para a obtenção de bons resultados. De nada
adianta ter modernos equipamentos, se estes forem instalados sem qualquer critério. Neste
caso, o sofisticado sistema de segurança não demorará muito para revelar-se num grande pro-
blema. Para evitar problemas é fundamental que se realize um projeto de segurança. A experi-
ência de técnicos especializados no assunto evita que dinheiro seja desperdiçado e garante que
o equipamento instalado funcione adequadamente.
A definição de um problema deve ser o primeiro passo na busca de soluções. Os
passos seguintes exigem especialmente planejamento e determinação. Segundo Drucker
(1962, p. 131), “o planejamento não diz respeito a decisões futuras, mas às implicações futu-
ras de decisões presentes”. A determinação é elemento essencial para obtenção de resultados
no campo da segurança (e em muitos outros).
O levantamento dos riscos na indústria gráfica obedeceu as seguintes variáveis:
a) Localização;
b) Estrutura física;
c) Perfil da segurança;
d) Nível de atratividade.
Foram considerados como elementos causais os meios organizacionais, recursos
humanos, meios técnicos ativos e passivos, ambiente interno no qual é possível interferir. Em
relação às causas do ambiente externo, a interferência é difícil, porém, este deve ser monito-
rado. A análise dos dados colhidos foi efetuada em reuniões, inspeções técnicas e testes de
conformidade.
Um indicador é uma informação quantitativa ou qualitativa que tem a função de
avaliar um objetivo, produto, serviço ou processo. A utilização dos indicadores possibilita:
a) Compreender prioridades de atuação
23

b) Identificar problemas e oportunidades


c) Decidir baseado em dados e fatos concretos
d) Entender o processo
e) Acompanhar o histórico
f) Identificar quando e onde a ação é necessária
g) Definir papéis e responsabilidades
h) Guiar e mudar comportamentos
i) Tornar o trabalho realizado visível
j) Balizar as mudanças da organização
k) Favorecer o envolvimento das pessoas
l) Monitorar as melhorias dos processos e dos resultados
m) Tornar mais fácil o processo de delegação de responsabilidade

3.2.1 Análise dos indicadores

a) Inspeções técnicas de segurança


A inspeção de técnica de segurança de acordo com LAPA (2016) trata-se de
um procedimento avaliativo e investigativo sobre os recursos físicos, eletrônicos e humanos
da empresa, visando a detecção de possíveis riscos que possam ocasionar vulnerabilidades e
exposições ao risco aos colaboradores, terceiros e ao patrimônio e consequentemente, deter-
minar as medidas preventivas e corretivas a serem tomadas.
Entre os principais objetivos da inspeção técnica de segurança, destacamos os
seguintes: segurança patrimonial externa; controles de acesso; segurança em escritórios, salas;
segurança dos equipamentos de CFTV, sensores e alarmes; manutenção de equipamentos de
CFTV, sensores e alarmes; situação geral da empresa.
A inspeção permite a identificação de todas as vulnerabilidades de segurança,
permitindo a elaboração de medidas preventivas e corretivas que podem ser adotadas para evi-
tar ou minimizar a exposição aos riscos, garantindo a continuidade do negócio.
A seguir, no gráfico é apresentado o resultado geral do número total dos chama-
dos realizados pelo setor de segurança com relação às inspeções técnicas de segurança levan-
do em consideração as intervenções feitas pelo supervisor de segurança.
24

Observa-se através da linha de tendência média móvel que as atividades desse


indicador iniciaram-se em julho e a partir do início de agosto de 2017 se mantiveram constan-
tes essas inspeções, minimizando assim através de fiscalizações a probabilidade de violações
a integridade do patrimônio e a correta execução do serviço de portaria.

b) Política interna /código de conduta


O código de conduta e a política interna de acordo com Marcondes (2017) padro-
niza a relação entre colaboradores e empresa, fazendo com que haja ciência de diretos e deve-
res. É distribuída no momento da integração de novos colaboradores e periodicamente relem-
brada sobre sua importância por supervisores, coordenadores e gerentes da empresa.
É disponibilizado conteúdos sobre as normas da empresa em locais de passagens
de colaboradores e onde há acumulação de pessoas (refeitório, guarda-volumes, entrada da
gráfica), além de campanhas de conscientização e comunicações feitas pela área de recursos
humanos.
O supervisor de segurança tem como uma de suas atribuições a fiscalização dos
deveres dos colaboradores, identificando e corrigindo os desvios de condutas, reunindo evi-
dências para que forneça embasamento para aplicações de sanções disciplinares pelo setor
jurídico da indústria gráfica.
A seguir, no gráfico é apresentado o resultado geral do número total dos chama-
dos realizados pelo setor de segurança com relação ao descumprimento dos deveres dos cola-
boradores levando em consideração as intervenções feitas pelo supervisor de segurança.
25

Observa-se através da linha de tendência média móvel que as atividades desse in-
dicador iniciaram-se o 1º semestre do ano de 2017 relativamente altas e tiveram uma queda no
2º semestre onde perceber-se uma tendência de redução nos desvios de condutas por parte dos
colaboradores.

c) Ações de segurança/NBR15.540
O supervisor de segurança deve continuamente identificar e melhorar a eficácia do
sistema de gestão da segurança empresarial por meio do cumprimento dos procedimentos de
segurança, análise de dados, ações corretivas e preventivas.
É necessário que fiscalize se os requisitos de segurança exigidos pela NBR 15.540
estão em conformidade com as disposições planejadas no sistema da segurança empresarial
estabelecido para a organização e se está sendo implementado eficazmente. Para essa verifi-
cação foi elaborado uma tabela de ações a serem verificadas pelo supervisor de segurança pa-
ra garantir os requisitos exigidos pela norma conforme podemos verificar nas questões sobre o
sistema de gestão da segurança da empresa (ANEXO A)
A seguir, no gráfico é apresentado o resultado geral do número total dos chama-
dos realizados pelo setor de segurança com relação às ações de segurança para garantir a certi-
ficação da NBR15540 levando em consideração as intervenções feitas pelo supervisor de se-
gurança.
26

Observa-se através da linha de tendência média móvel que as atividades desse in-
dicador iniciaram-se em março do ano de 2017 se estendendo até o mês de julho onde perce-
ber-se um aumento das intervenções do supervisor de segurança para possibilitar com que a
indústria gráfica obtivesse êxito na auditoria de certificação realizada em junho.

d) Proteção ao patrimônio
As instalações físicas da indústria gráfica devem ser verificadas e protegidas de
acessos não autorizados, devendo os ambientes físicos, internos e externos serem classificados
quanto ao grau de riscos e ameaças, com o intuito de disciplinar as ações de proteção garan-
tindo acesso a locais restritos apenas a pessoas autorizadas.
O supervisor de segurança auxilia o responsável pela manutenção predial, verifi-
cando se os projetos de construção e reformas atendem a todos os requisitos de segurança vi-
gentes e se os planos específicos que envolvam a plena conservação de suas instalações físi-
cas e edificações estão sendo cumpridos e seguindo a ordem de prioridade ao qual o setor foi
classificado. A infraestrutura e insumos necessários à continuidade do negócio devem ser pro-
tegidos e ter sua disponibilidade garantida atendendo as exigências de acesso e segurança.
O acesso físico de pessoas e insumos devem ser controlados e orientados, de ma-
neira a disciplinar a movimentação e circulação de pessoas, materiais, equipamentos e veícu-
los.
A seguir, no gráfico é apresentado o resultado geral do número total dos chama-
dos realizados pelo setor de segurança com relação à proteção ao patrimônio levando em con-
sideração as intervenções feitas pelo supervisor de segurança.
27

Observa-se através da linha de tendência média móvel que as atividades desse in-
dicador oscilações nos registros de atuação do supervisor. Como a intenção do indicador é
registrar ações que visam a prevenção de casos de extravios, furtos e roubos dos produtos da
empresa, intensificaram-se as ações a partir de julho do ano de 2017.

e) Segurança eletrônica
A manutenção dos equipamentos eletrônicos é tratada como um dos tipos de ma-
nutenção mais importantes do sistema de segurança eletrônica, sendo necessário manter o
planejamento de treinamento e reciclagens das equipes especializadas do setor de manutenção
predial, sempre com o intuito de manter os equipamentos na mais extrema disponibilidade,
com base em procedimentos de confiabilidade. Seja em ações isoladas ou em grandes paradas,
a manutenção preventiva será uma das prioridades da empresa.
A manutenção preventiva em equipamentos eletrônicos será realizada para manter
o bom funcionamento do equipamento e prolongar sua vida útil. O principal objetivo
da manutenção preventiva nos recursos de segurança eletrônica será de evitar ou atenuar as
consequências das falhas. Isso pode ser feito impedindo a falha antes que ela ocorra realmen-
te. A manutenção preventiva é planejada para preservar e restaurar a confiabilidade do equi-
pamento, substituindo os componentes desgastados antes que eles realmente se desgastem,
conforme podemos verificar no plano de manutenção preventiva (ANEXO B).
As atividades de manutenção preventiva em equipamentos incluem revisões par-
ciais ou totais em períodos específicos, substituição de peças, cabos e assim por diante. Além
disso, pode-se registrar a deterioração dos equipamentos para que as peças desgastadas sejam
reparadas ou substituídas antes que causem desgastes ou falhas do sistema do equipamento. O
28

programa de manutenção preventiva evitará qualquer falha do equipamento antes que ela
ocorra.
A manutenção corretiva é uma manutenção não periódica que eventualmente po-
derá ocorrer, sendo que esta possui suas causas em falhas e erros, que os equipamentos dis-
põem nesta instância, tratando-se da correção dos danos atuais e não iminentes. Trata-se de
uma manutenção que acarretará em acionamento de uma empresa especializada, para que o
problema seja sanado no menor período possível, para que não comprometa a segurança.
A seguir, no gráfico é apresentado o resultado geral do número total dos chama-
dos realizados pelo setor de segurança com relação aos recursos de segurança eletrônica le-
vando em consideração as intervenções feitas pelo supervisor de segurança.

Observa-se através da linha de tendência média móvel que as atividades desse in-
dicador possuem uma média anual, porém teve um pico nos registros de atuação do supervisor
2º trimestre. Demonstra que os sistemas de segurança eletrônica sofreram um aumento nas
manutenções visando garantir que os recursos eletrônicos de segurança operassem com efici-
ência.

f) Treinamento / palestras
O treinamento para o setor de segurança visa preparar os integrantes que compõe
o efetivo de segurança a ampliar seus conhecimentos no intuito de melhorar a qualidade da
execução do serviço, notadamente nas portarias da indústria gráfica, mobilizando procedi-
mentos e posturas, com as diversas funções que compõem a tarefa do profissional, incluindo:
postura e compostura no exercício da função; relacionamento interpessoal; liderança; preven-
ção contra ações de danos morais; comunicação e percepção; motivação e comprometimento;
conhecimento dos procedimentos e dos negócios da empresa e respectivos riscos.
29

As palestras de segurança são solicitadas pelo supervisor de segurança, quando


alguma inconformidade de algum procedimento dos colaboradores, podem comprometer a
segurança da empresa. O objetivo é o de massificar as normas e procedimentos de segurança e
de gerenciamento de riscos a todos os funcionários da produção e empresas contratadas da
indústria gráfica.
A seguir, no gráfico é apresentado o resultado geral do número total dos chama-
dos realizados pelo setor de segurança com relação aos treinamentos e palestras de segurança
levando em consideração as intervenções feitas pelo supervisor de segurança.

Observa-se através da linha de tendência média móvel que as atividades desse in-
dicador iniciaram-se o 1º semestre do ano de 2017 relativamente altas e tiveram uma queda no
2º semestre onde perceber-se que houve uma preparação dos recursos humanos da indústria
gráfica aperfeiçoamento o efetivo responsável pela segurança e palestras para os diversos se-
tores da empresa sobre procedimentos de segurança visando implementar uma cultura de se-
gurança para a obtenção da certificação da NBR 15540.
30

4. CONCLUSÃO

O diagnóstico, no sentido literário aplicado a medicina, é o processo analítico de


que se vale o especialista ao exame de uma doença ou de um quadro clínico, para chegar a
uma conclusão.
Quando pensamos no conceito da palavra aplicado a segurança empresarial, temos
como o processo de verificação, um “Raio-X” do ambiente interno e externo, onde serão iden-
tificadas as vulnerabilidades e ameaças aos quais estão expostos, através da análise de vários
itens: Cultura organizacional; localização (vizinhança e arredores) e vias de acesso; segurança
física das edificações; perímetros, barreiras físicas (muros, gradis, portões); acessos de veícu-
los e pedestres; acessos internos; áreas de acesso restrito; áreas administrativas e operacionais;
recursos humanos; serviço de segurança patrimonial; força de trabalho e horário dos turnos;
sistemas de vigilância eletrônica; sistema de CFTV; sistemas de alarmes; sistemas de comuni-
cação; sistemas de monitoramento; normas e procedimentos, entre outros.
Sendo assim, foi preciso levar em conta as análises dos elementos que possivel-
mente causarão danos e a sua influência no planejamento. Assim, tornou possível o direcio-
namento para a formulação de ações corretivas.
A gestão e a avaliação periódica da segurança são necessárias para que a empresa
se mantenha certificada pela NBR 15540, que reza sobre as regras em relação ao sistema de
segurança para tecnologia gráfica, onde a atuação da equipe de segurança e envolvimento de
todos os funcionários se faz necessário.
No caso em análise, depois de identificadas vulnerabilidades significativas como
riscos de intrusões, sabotagens, roubos, furtos internos e externos, foi criado um departamento
de segurança na empresa gráfica que após a implementação de um sistema de segurança en-
volvendo um conjunto de procedimentos e ações que asseguram a estabilidade dos processos
de fabricação e comercialização de impressos de segurança. Essa gestão da segurança permi-
tiu a obtenção da NBR 15540 que reza sobre as regras em relação ao sistema de segurança
para tecnologia gráfica. A referida norma específica desde a infraestrutura de segurança pre-
dial, passando pela segurança no processo fabril em cada uma das suas fases, até a circulação
de pessoas na gráfica a fim de garantir que a empresa possa ser reconhecida como produtora
de documentos de segurança. A avaliação periódica da segurança é necessária para que a em-
presa se mantenha certificada pela referida norma onde o envolvimento e comprometimento
de todos os funcionários se faz necessário.
Os indicadores de desempenho do setor de segurança são regularmente revisados
para melhorar continuamente sua eficácia. Através dos números de intervenções realizadas
pelo setor de segurança que houve uma intensificação das ações que visavam garantir a certi-
31

ficação através da auditoria que houve em junho de 2017como no descumprimento dos deve-
res dos funcionários quanto às normas de segurança prevista no código de conduta, ações de
segurança especificamente tomadas para garantir a certificação da NBR15540, as inspeções e
manutenções nos recursos de segurança eletrônica e nos treinamentos e palestras.
Podemos verificar que após a data da auditoria, as inspeções técnicas foram inici-
adas, permitindo medidas preventivas e corretivas para evitar ou minimizar a exposição aos
riscos, garantindo a continuidade da certificação.
As ações de proteção ao patrimônio se mantiveram constantes, com um pico em
julho, relacionado às oportunidades de melhorias abordadas pelo auditor.
Diante desse resultado podemos concluir que o trabalho desenvolvido pelo setor
de segurança foi adequado e fundamental, pois as consequências advindas desse setor que
conta com um supervisor de uma empresa terceirizada e uma equipe multidisciplinar da mes-
ma que realiza constantes assessorias e auditorias, com diversos controles mantendo a empre-
sa segura e focada apenas na atividade fim. Esses controles são feitos através de fiscalizações
diariamente e sistematicamente as instalações da empresa buscando vulnerabilidades e riscos
de invasão ou desvios. Também são levantadas as necessidades de instalação ou manutenção
de barreiras físicas/cercas, dispositivos eletrônicos para o monitoramento do local. Monitora
ainda o comportamento de funcionários fixos, terceirizados, visitantes, fornecedores e clientes
dentro do ambiente corporativo através de medidas como a diferenciação de cores de crachás
de acordo com o perfil da pessoa e a proibição de celulares em áreas que lidam com dados
sensíveis (que minimizam as possibilidades de informações importantes saírem de ambientes
controlados) e através dos horários de funcionamento de cada área da empresa fiscaliza as
pessoas autorizadas a circular em cada uma dessas áreas. Um sistema de controle de acesso
eletrônico devidamente parametrizado auxilia muito nesse processo.
As áreas críticas, com circulação de informações sigilosas cujo risco de desvios
internos são maiores, existe um rigoroso processo de controle de acesso, o setor de segurança
intensifica suas inspeções e mantém constantes orientações aos porteiros além de manter um
registro rigoroso de tudo o que entra e sai da organização, inibindo desvios e permitindo uma
melhor rastreabilidade no caso de problemas ou sinistros.
A realização da gestão das escalas operacionais e o posicionamento da equipe de
segurança são mais umas das atribuições do setor de segurança que orienta quanto a forma de
comunicação de acordo com regras de indicativos onde é definido códigos e senhas para as
diferentes situações que ocorrem e disciplina a utilização do rádio HT e telefones.
Através dessa gestão da segurança garantiu o cumprimento dos procedimentos
exigidos pela NBR 15540 permitindo a certificação da empresa proporcionando a ampliação
dos produtos que podem ser produzidos na empresa como impressos de segurança.
32

Espera-se que este estudo possa corroborar para a compreensão da gestão da segu-
rança patrimonial. Ao elucidar os requisitos necessários para que a gestão da segurança patri-
monial em uma indústria gráfica.
Como apontamentos de estudos futuros, sugere-se que ocorram mais estudos con-
siderando a gestão da segurança. Uma abordagem que este estudo não trabalhou foi a segu-
rança da informação. Considera-se que seja interessante o desenvolvimento de estudos das
atividades de inteligência e contra inteligência desempenhadas pelo gestor de segurança atra-
vés da política de segurança da informação.
33

REFERÊNCIAS

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―tecnologia gráfica — Análise de um sistema de segurança — Requisitos‖. Rio de Janeiro
(2013)

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 31.000/ Gestão de


Riscos: princípios e diretrizes. Rio de Janeiro, 2009.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 31.010/ Gestão de


Riscos: Técnicas para o processo de avaliação de riscos. Rio de Janeiro, 2012.

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http://www.pf.gov.br/servicos-pf/seguranca-privada/legislacao-normas-e-orientacoes/manual-
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BEATO F., Cláudio C. Crime e Cidades. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2012.

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36

ANEXO A - Questões sobre o sistema de gestão da segurança da empresa

AÇÃO A SER OBSERVADA SIM NÃO


1. Acesso de Pessoas - É feito registro de acesso de visitantes com dia e hora da visita?

2. Acesso de Pessoas - A portaria recebe autorização prévia de visitantes que irão entrar em
áreas de segurança?

3. Acesso de Pessoas - Os acessos de pessoas ocorridos na empresa são registrados em arqui-


vo que permita rastreabilidade?

4. Movimento Externo da Empresa - São feitos registros de movimentos suspeitos ocorridos


na frente da empresa?

5. Acesso de Pessoas - Existe procedimento formal de regras para acesso de pessoas e veícu-
los na dependência da empresa?

6. Acesso de Pessoas - Existe área de contenção ou sistema similar para visitantes que aguar-
dam autorização de entrada nas dependências da empresa?

7. Acesso de Veículos - É feita revista de veículo que entra nas dependências da empresa?

8. Acesso de Veículos - É feita revista de veículo que sai das dependências da empresa?

9. Acesso de Veículos - O sistema de câmeras registra a entrada de veículos que acessam a


empresa?

10. Acesso de Veículos - Há arquivo com registro de veículos que entraram na empresa para
efeito de rastreabilidade?

11. Acesso de Veículos - Existe sistema de autorização prévia de veículos de clientes ou ou-
tros parceiros que pretendem visitar a empresa?

12. Acesso de Veículos - Veículos de funcionários, temporários e terceirizados são cadastra-


dos na empresa e o banco de dados está atualizado?

13. Alarme silencioso - Existe alarme silencioso na portaria?

14. Alarme silencioso - O alarme acionado é para alerta fora da empresa ou local que permita
ação imediata?

15. Alarme silencioso - O alarme possui energia autônoma?

16. Blindagem - A cabine da portaria está protegida para evitar o contato direto entre o visitan-
te e o vigilante que o atende?

17. Blindagem - A cabine da portaria suporta impacto de um projétil de arma de fogo?

18. Blindagem - Vidros da portaria são protegidos com película escura ou outro sistema que
evite que o visitante observe o movimento interno?

19. Elementos construtivos da portaria - A estrutura construtiva da portaria é protegida contra


acessos não autorizados ou assaltos?

20. Nível de visibilidade Externa - Os vigilantes da Portaria possuem visibilidade integral para
monitorar o movimento externo à empresa?

21. Monitoramento do perímetro externo - As barreiras físicas de proteção do entorno da em-


presa dificultam a invasão de estranhos? (altura, cerca eletrificada, etc.)?

22. Monitoramento do perímetro da Empresa - As áreas externas são monitoradas com ronda
37

periódica e registro dessa ronda?

23. Monitoramento do perímetro interno - Existe sistema de detecção de intrusão nas áreas de
acesso restrito?

24. Monitoramento do perímetro externo e interno da Empresa - O sistema de iluminação e a


visibilidade do entorno da empresa permite a vigilância noturna?

25. Monitoramento do perímetro interno da Empresa - Janelas e portas de áreas de segurança


são protegidas de forma a evitar furto de produto ou insumos de segurança?

26. Monitoramento do perímetro externo e interno da Empresa - O sistema de monitoramento


de movimento cobre todas as áreas de forma a não existir pontos cegos nas áreas monitoradas?

27. Monitoramento do perímetro externo e interno da Empresa - O sistema de gravação de


imagem permite boa qualidade em locais de pouca luminosidade?

28. Monitoramento do perímetro externo e interno da Empresa - A cabine central de segurança


é protegida contra sabotagem ou intrusão?

29. Monitoramento do perímetro externo e interno da Empresa - O perímetro da área de fabri-


cação é cercado e devidamente definido?

30. Monitoramento do perímetro externo e interno da Empresa - As áreas de produção, pré


impressão e acabamento possuem mecanismos de controle (com cartão, senha, etc.) para liberar
acesso?

31. Monitoramento do perímetro externo e interno da Empresa - As áreas de arquivos ou pro-


cessamento de informações possuem controles de acesso das pessoas autorizadas?

32. Monitoramento do perímetro externo e interno da Empresa - Os dispositivos de detecção


de intrusão são regularmente testados para garantir o perfeito funcionamento?

33. Telefonia e Eletricidade - Existe Plano de Contingência para panes nesses sistemas?

34. Telefonia e Eletricidade - Existe sistema autônomo de energia em caso de pane nesses
sistemas?

35. Roubos, Furtos, Assaltos e Incêndios - Existe Plano de Contingência para este tipo de
ocorrência dentro da empresa?

36. Existe procedimento de revista de veículos?

37. Regras de Acesso a Empresa - O visitante recebe e assina algum documento explicativo
sobre as normas de segurança da empresa antes de acessar as áreas de segurança?

38. Regras de revista de pessoas em área restrita de segurança - Existe procedimento para re-
vista das pessoas em áreas de fabricação dos produtos?

39. Mapeamento dos pontos controlados - A Segurança possui um mapeamento dos pontos
controlados (áreas críticas de segurança)?

40. Há um plano formal de manutenção do sistema de segurança predial?

41. Controle de acesso nas dependências da área de segurança - Existe uma regra formal de
permissão de acesso dos funcionários em áreas de segurança?

42. É feita conferência e registro de saída de produtos de segurança das dependências da área
de segurança?

43. É feita a Capacitação da equipe de segurança sobre os produtos de segurança fabricados


pela empresa?

44. Procedimentos de Segregação de excedentes de Produção - Existe área segregada e contro-


38

lada para estoque de excedentes de produção e de insumos de segurança até que seja feita a destrui-
ção?

45. Procedimentos de destruição de excedentes de Produção - Os excedentes de produção e


insumos de segurança são destruídos?

46. Procedimentos de destinação de excedentes de Produção - Existe critério formal de desti-


nação de excedentes de produção e de insumos de segurança?

47. Existe procedimento documentado para destruição ou destinação de provas, filmes, matri-
zes de impressão que são descartados?

48. Sistema de seleção de pessoal - A empresa possui critérios de seleção de admissão de pes-
soal (funcionários, terceiros e temporários)?

49. Sistema de seleção de pessoal - A empresa possui histórico profissional de funcionários,


terceiros e temporários?

50. Norma de controle de conduta - A empresa possui algum critério de acompanhamento


sobre a conduta dos profissionais que trabalham em áreas de segurança?

51. Controle de Terceiros e Temporários - Há um procedimento formal critérios de admissão,


treinamento e conscientização dos terceiros e temporários?

52. Treinamento Técnico de Segurança - Há programa de capacitação técnica dos funcioná-


rios, terceiros e temporários que trabalham na fabricação dos produtos de segurança?

53. Programa de capacitação de funcionários da área de segurança – Os controladores de aces-


so são treinados para atuar no controle de furtos de produtos de segurança?

54. Divulgação de cultura de Segurança - Existem programas formais de divulgação da cultura


de segurança para funcionários, terceiros e temporários?

55. Nível de acesso de pessoas em áreas restritas - Existe algum critério autorizando a circula-
ção de pessoal nas áreas de segurança conforme nível de acesso pré definido?

56. Monitoramento e rastreamento de movimentação de pessoas em áreas restritas - Todas as


áreas de segurança possuem um sistema de registro de entrada e saída de pessoas autorizadas?

57. Cadastro de Transportadoras - Existe critério formal de cadastro de transportadoras com


regras de segurança estabelecidas?

58. Rastreamento de entregas - Há plano de monitoramento de cargas em trânsito?

59. Plano de contingência em sinistros - Existe plano de contingência formal para casos de
sinistros com cargas de produtos de segurança?
39

ANEXO B - Plano de manutenção preventiva

LEGENDA:

M - Mensal
T - Trimestral
S - Semestral
PLANO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA
ITEM EQUIPAMENTO ATIVIDADE FREQUÊNCIA
Verificar danos nas câmeras do CFTV T
Limpar caixas de proteção e lentes das câmeras T
Ajustar a posição e regular as lentes das câmeras S
Verificar o funcionamento das câmeras consertando ou subs-
M
tituindo conectores ou cabos
Verificar os computadores das portarias que contém visuali-
M
zação de imagens
Medir as tensões nas fontes de alimentação das câmeras S
1 CFTV
Verificar condições do cabeamento do CFTV S
Revisar conectores junto ao DVR, substituindo, caso neces-
S
sário
Organizar os cabos junto ao DVR S
Limpar externamente o DVR M
Limpar, externamente, o nobreak M
Medir a tensão do Nobreak S
Verificar Backups das gravações T
Verificar se as configurações de condição do sistema encon-
S
tram-se funcionando
Verificar se a janela de alerta de ocorrência no monitor de
M
monitoramento está funcionando
Verificar se o relatório de eventos está sendo feito pelo sis-
M
tema e sendo arquivado
2 Vídeo Analítico Verificar se o equipamento smart vídeo encontra-se operando M
Verificar danos na câmera de leitura de placa M
Verificar se o controle de placa está sendo salvo M
Limpar caixa de proteção e lente da câmera OCR M
Ajustar a posição e regular a lente da câmera OCR M
Verificar o funcionamento da câmera consertando ou substi-
S
tuindo conector ou cabo
Verificar danos físicos nas catracas T
3 Catracas Verificar os cabos de energia S
Conferir os horários mostrados no visor S
Verificar danos físicos nos torniquetes T
4 Torniquete Verificar os cabos de energia S
Conferir os horários mostrados no visor S
Verificar danos físicos nos alarmes T
Verificar o funcionamento dos sensores e alarmes consertan-
S
do ou substituindo conectores ou cabos
Verificar condições do cabeamento na central de alarmes S
5 Sistema de Alarmes
Verificar se as luzes de setorização dos alarmes estão corres-
S
pondentes
Verificar se as luzes e botões do sistema de pânico estão fun-
S
cionando
Verificar danos físicos na eclusa T
Verificar o nível de sensibilidade dos sensores M
Eclusa (detector de Verificar os cabos de energia S
6
metal) Verificar o mecanismo de travamento eletromagnético com
sistema de controle de velocidade e amortecimento de impac- S
to.
40

Verificar o painel de funções S


Verificar o controle remoto se encontra com as baterias com
S
um bom nível de carga
Conferir se as luzes e o alerta sonoro dos alarmes de detec-
S
ção encontram-se em condições
Medir a tensão do Nobreak S
Verificar Backups das gravações T

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