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Juiz de Fora
2018
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Juiz de Fora
2018
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Professor orientador: Patrícia Fontanella, Dra.
Universidade do Sul de Santa Catarina
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Prof. Giovani de Paula, Dr.
Universidade do Sul de Santa Catarina
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RESUMO
Este estudo tem como tema a gestão da segurança em indústrias gráficas. O obje-
tivo geral é investigar quais as consequências advindas da implantação de um setor de segu-
rança para empresas gráficas de grande porte. Esta pesquisa tem como problema a seguinte
pergunta: quais as consequências advindas da implantação de um setor de segurança em em-
presas gráficas? Para atingir o objetivo deste estudo foi realizada uma pesquisa documental.
Os documentos avaliados nesta pesquisa são indicadores de desempenho elaborados pelo se-
tor de segurança. A partir dos indicadores foi mensurado o quantitativo de intervenções reali-
zadas pelo supervisor de segurança. Neste estudo é apresentado através dos gráficos que ana-
lisam mensalmente as ocorrências estabelecendo parâmetros para análise do período do ano
de 2017. Ao final pode-se verificar que após a data da auditoria, as inspeções técnicas foram
iniciadas, permitindo medidas preventivas e corretivas para evitar ou minimizar a exposição
aos riscos, garantindo a continuidade da certificação. Diante desse resultado podemos concluir
que o trabalho desenvolvido pelo setor de segurança foi adequado e fundamental, pois as con-
sequências advindas desse setor que conta com um supervisor de uma empresa terceirizada e
uma equipe multidisciplinar da mesma que realiza constantes assessorias e auditorias, com
diversos controles mantendo a empresa segura e focada apenas na atividade fim.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
Além de analisar os documentos pela primeira vez como em arquivos, a pesquisa documental
pode ainda analisar aqueles documentos que já foram sucedidos, podendo receber outras in-
terpretações, como relatórios de empresas.
A análise de documentos em uma pesquisa apresenta uma perspectiva da conjun-
tura do problema investigado. Gil (1991, p. 53) adverte que “pesquisas elaboradas a partir de
documentos são importantes não porque respondem definitivamente a um problema, mas por-
que proporcionam melhor visão desse problema ou, então, hipóteses que conduzem à sua veri-
ficação por outros meios”. Desta forma, este estudo não visa trazer respostas absolutas, mas
sim construir uma ponderação referente ao setor de segurança.
Os documentos avaliados nesta pesquisa são indicadores de desempenho elabora-
dos pelo setor de segurança. Os indicadores monitorados e controlados pela empresa respon-
sável pela gestão da segurança na indústria gráfica são: Inspeções técnicas de segurança; Polí-
tica interna/ código de conduta; Ações de segurança/ NBR 15.540; Proteção ao patrimônio,
Segurança eletrônica e Treinamentos/palestra. A partir dos indicadores foi mensurado o quan-
titativo de intervenções realizadas pelo supervisor de segurança. Neste estudo é apresentado
através dos gráficos que analisam mensalmente as ocorrências estabelecendo parâmetros para
análise do período do ano de 2017.
Assim esta pesquisa em seu primeiro capítulo intitulado “Indústrias gráficas e ges-
tão patrimonial” apresenta dois subcapítulos intitulados “Indústrias gráficas – aspectos gerais”
e “Gestão patrimonial em empresas gráficas”. No primeiro subcapítulo, desenvolve-se o refe-
rencial teórico sobre a o contexto geral da indústria gráfica e os requisitos de segurança neces-
sários para que ela possa comercializar impressos de segurança. No segundo subcapítulo,
apresenta-se as competências necessárias e as ferramentas que devem ser utilizadas pelo su-
pervisor para realizar a gestão da segurança na empresa.
No segundo capítulo intitulado “A implantação de um setor de segurança em in-
dústria gráfica”, apresenta dois subcapítulos intitulados “A importância do setor de segurança
nas empresas” e “As consequências da implantação de um setor de segurança em indústria
gráfica”. No primeiro subcapítulo, discorre-se a pertinência do setor de segurança nas empre-
sas e sobre a importância na identificação e quantificação dos riscos a pessoas e bens patri-
moniais, bem como as fases do processo de gerenciamento de risco. No segundo subcapítulo,
apresenta-se as particularidades de cada indicador e a análise dos registros levantados pelo
setor de segurança.
Ao final desenvolvem-se as considerações finais deste estudo.
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A competitividade entre as empresas é cada vez maior, além dos novos entrantes
de mercado que competem em mercados similares, que impactam na lucratividade das gran-
des empresas acarretando uma necessidade de especialização, bem como a busca constante-
mente de novos mercados no intuito de garantir a continuidade dos negócios.
Segundo Santos, Santos e Shibao (2017) as empresas realizam vários projetos pa-
ra alcançar suas metas. Estipulam sistemas, regras e regulamentos para garantir uma coorde-
nação satisfatória e a execução desses projetos com eficácia, estabelecem normas culturais.
Na segurança, deve ser feito um primeiro projeto visando à identificação das vulnerabilidades
da empresa para identificar possíveis riscos onde após a verificar os riscos, determinar um
projeto com os sistemas de controle, normas, procedimentos operacionais, protocolos, políti-
cas, métodos, equipamentos tecnológicos de segurança para diminuir ou eliminar as vulnera-
bilidades e prevenir os riscos.
Atualmente a indústria gráfica vem diversificando sua estrutura para atingir novos
mercados com o oferecimento de novos produtos. Conforme, “Antigamente, as gráficas
eram usadas somente para prestar serviços de banners e adesivos. Hoje, elas estão mais diver-
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sificadas devido ao aumento da demanda por serviços gráficos, realizando trabalhos relacio-
nados à moda, automóveis, escritórios, etc.” (SEBRAE, 2016).
No século XX, em relação ao produto final da indústria gráfica esta era dividida
em oito segmentos:
a) Embalagens: que compreende a impressão de cartuchos, caixas, rótu-
los e outras embalagens;
b) Editorial: que abrange a edição e impressão de livros, revistas e perió-
dicos;
c) Formulários: planos ou contínuos;
d) Promocional: que inclui, principalmente, posters, cartazes, catálogos e
volantes;
e) Artigos de Papelaria: incluindo papel para carta, formulários oficiais;
f) Pré-impressão: compreendendo a criação e o desenvolvimento de mí-
dia impressa;
g) Impressos Comerciais: abrangendo, entre outros, talonários, agendas,
cartões postais;
h) Diversos: que inclui baralhos, produtos para festas como copos, pratos
e guardanapos, papel de presente, cardápios, brinquedos, etc.
(MACEDO; VASCONCELOS, 1997, p. 1).
capaz de promover a melhoria continua dos processos e dos recursos de segurança disponíveis
garantindo o produto final, desde a matéria prima até a chegada ao cliente.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas publicou a ABNT NBR 15540-
2013 – Análise de um sistema de segurança – Requisitos, que certifica a empresa a produzir
impressos de segurança. Essa norma tem como objetivo demonstrar o grau de solidez da es-
trutura de gestão de segurança da empresa. Esta certificação é fundamental para as gráficas
que fabricam ou comercializam insumos de segurança, pois implica na adoção de requisitos
para dificultar as ações criminosas. Para a obtenção da certificação, são verificados os seguin-
tes quesitos:
a) Segurança predial
b) Segurança do processo produtivo
c) Segurança do documento
d) Segurança nos recursos humanos
e) Procedimentos para transporte de produtos de segurança.
dências, isto poderá ocasionar a perda de seu emprego, pois suas ações de administração fica-
rão ultrapassadas.
Segundo Meireles:
Como a gestão da segurança tem que está alinhada com as metas estratégicas
da empresa é lógico que o gestor da segurança empresarial terá que gerir
com base em diretrizes. Para este fim, o gestor terá que utilizar com maestria
o ciclo PDCA (planejar, executar, controlar e agir). Não é mais possível ge-
renciar sem planejamento. As diretrizes do gestor da segurança serão desdo-
bramentos das diretrizes estratégicas. A gestão da segurança não é uma coisa
a parte, mas sim integrada ao negócio da empresa. (MEIRELES, 2014, on-
line).
Salomi (2017, informação verbal) 1 também concorda que para a gestão da segu-
rança o gestor deve se ater ao ciclo PDCA, no qual cita que as siglas desse ciclo correspon-
dem aos seguintes significados:
P – metas, métodos para alcançar as metas
D – execução
C – verificar os efeitos do trabalho
A – Atuar nos processos em função dos resultados
Este mesmo autor (2017, informação verbal) afirma que para fazer a gestão da se-
gurança é fundamental um modelo de gestão onde o gestor deve elaborar um PDS (plano dire-
tor de segurança). O autor orientada a realização de um ciclo para nortear os princípios do
plano.
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.................................................................................................................................................
SALOMI, Carlos Faria. Modelo de Gestão. In: SIMPOSIO DE SEGURANÇA HOSPITALAR, 3., 2017, São
Paulo.
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SALOMI, Carlos Faria. Modelo de Gestão. In: SIMPOSIO DE SEGURANÇA HOSPITALAR, 3., 2017,
São Paulo.
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Um aspecto que cada vez se apresenta com ferramentas mais eficientes para auxi-
liar o gestor de segurança são os recursos tecnológicos. Santos (2017) relata que gestão da
tecnologia para a segurança e controle de acessos é muito importante para auxiliar na identifi-
cação de riscos e fornecer recursos para realização de análises para a tomada de decisão per-
mitindo a: gestão de Pessoas; controle de insumos e ativos; controle de processos; vídeo mo-
nitoramento; relatórios analíticos e alarmes em geral; controle de acesso; detecção, alarme e
combate a incêndio e automação predial.
Para o CFTV (circuito fechado de televisão) que irá auxiliar nos controles através
da visualização de imagens, Santos (2017) sugere que o gestor deve responder as seguintes
perguntas: Qual o melhor sistema do mercado? Qual a melhor empresa do mercado? Qual o
sistema mais barato? Qual o sistema com mais recursos?
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Santos (2017, informação verbal) relata que o melhor sistema de CFTV é
“Aquele que atende as necessidades técnicas e operacionais do seu projeto”. Apresenta um
gráfico comparativo entre um sistema Analógico e IP que contempla através de valores apro-
ximados, uma estimativa percentual no custo do projeto:
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............................................................................................................................................................................
SANTOS, Marcelo. Tecnologia e controle de acesso. In: SIMPOSIO DE SEGURANÇA HOSPITALAR, 3.,
2017, São Paulo.
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Nem todos os riscos podem ser eliminados, nem todas as medidas imagináveis de
mitigação de riscos são economicamente factíveis. Os riscos e os custos inerentes à aviação
requerem um processo racional de decisões. Este processo se conhece como gestão de riscos,
que pode ser definido como:
Gestão de riscos - Identificação, análise e eliminação ou mitigação, a um nível
aceitável, dos perigos, e os conseguintes riscos, que ameaçam a viabilidade de uma organiza-
ção.
c) Análise de riscos
Para análise de riscos, a ISO 31.010 (ABNT, 2009) discorre sobre a compreensão,
apreciação das causas e as fontes dos riscos, suas consequências positivas e negativas, e a
probabilidade que essas consequências possam ocorrer.
Um evento pode acarretar várias consequências, afetando um ou vários objetivos.
Convém que sejam estabelecidos e ressaltados fatores como a divergência de opinião entre
especialistas, a incerteza, a disponibilidade, a qualidade, a quantidade e a contínua pertinência
das informações, ou as limitações sobre a modelagem.
As consequências podem ser expressas em termos de impactos (danos) tangíveis e
intangíveis. Os descritores identificados auxiliam nas decisões sobre a prioridade dos riscos a
serem tratados, sobre as estratégias e métodos mais adequados para o tratamento de riscos. A
análise do nível do risco é proporcionada através da probabilidade em diferentes períodos,
locais, grupos ou situações em que o risco possa ocorrer e do impacto (dano) provável na ins-
tituição.
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d) Avaliação de riscos
A finalidade da avaliação de riscos é auxiliar o processo decisório. Ela apresenta
escala de prioridades para a implementação do tratamento baseada na relação entre a probabi-
lidade e o dano.
e) Tratamento de riscos
As medidas para o tratamento de riscos são abrangidas por quatro possibilidades:
ELIMINAR: afastar uma ameaça específica
TRANSFERIR: repassar o risco para terceiros
MITIGAR: minimizar a probabilidade e/ou impacto de uma ameaça
ACEITAR: aceitar (ativa ou passivamente) as consequências.
As orientações para o tratamento de riscos e as medidas para permitir maior efici-
ência da segurança estão consubstanciadas em ações apresentadas no Plano. Este será a base
para o projeto de reestruturação, que será alinhado com as novas políticas e diretrizes para a
segurança.
Observa-se através da linha de tendência média móvel que as atividades desse in-
dicador iniciaram-se o 1º semestre do ano de 2017 relativamente altas e tiveram uma queda no
2º semestre onde perceber-se uma tendência de redução nos desvios de condutas por parte dos
colaboradores.
c) Ações de segurança/NBR15.540
O supervisor de segurança deve continuamente identificar e melhorar a eficácia do
sistema de gestão da segurança empresarial por meio do cumprimento dos procedimentos de
segurança, análise de dados, ações corretivas e preventivas.
É necessário que fiscalize se os requisitos de segurança exigidos pela NBR 15.540
estão em conformidade com as disposições planejadas no sistema da segurança empresarial
estabelecido para a organização e se está sendo implementado eficazmente. Para essa verifi-
cação foi elaborado uma tabela de ações a serem verificadas pelo supervisor de segurança pa-
ra garantir os requisitos exigidos pela norma conforme podemos verificar nas questões sobre o
sistema de gestão da segurança da empresa (ANEXO A)
A seguir, no gráfico é apresentado o resultado geral do número total dos chama-
dos realizados pelo setor de segurança com relação às ações de segurança para garantir a certi-
ficação da NBR15540 levando em consideração as intervenções feitas pelo supervisor de se-
gurança.
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Observa-se através da linha de tendência média móvel que as atividades desse in-
dicador iniciaram-se em março do ano de 2017 se estendendo até o mês de julho onde perce-
ber-se um aumento das intervenções do supervisor de segurança para possibilitar com que a
indústria gráfica obtivesse êxito na auditoria de certificação realizada em junho.
d) Proteção ao patrimônio
As instalações físicas da indústria gráfica devem ser verificadas e protegidas de
acessos não autorizados, devendo os ambientes físicos, internos e externos serem classificados
quanto ao grau de riscos e ameaças, com o intuito de disciplinar as ações de proteção garan-
tindo acesso a locais restritos apenas a pessoas autorizadas.
O supervisor de segurança auxilia o responsável pela manutenção predial, verifi-
cando se os projetos de construção e reformas atendem a todos os requisitos de segurança vi-
gentes e se os planos específicos que envolvam a plena conservação de suas instalações físi-
cas e edificações estão sendo cumpridos e seguindo a ordem de prioridade ao qual o setor foi
classificado. A infraestrutura e insumos necessários à continuidade do negócio devem ser pro-
tegidos e ter sua disponibilidade garantida atendendo as exigências de acesso e segurança.
O acesso físico de pessoas e insumos devem ser controlados e orientados, de ma-
neira a disciplinar a movimentação e circulação de pessoas, materiais, equipamentos e veícu-
los.
A seguir, no gráfico é apresentado o resultado geral do número total dos chama-
dos realizados pelo setor de segurança com relação à proteção ao patrimônio levando em con-
sideração as intervenções feitas pelo supervisor de segurança.
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Observa-se através da linha de tendência média móvel que as atividades desse in-
dicador oscilações nos registros de atuação do supervisor. Como a intenção do indicador é
registrar ações que visam a prevenção de casos de extravios, furtos e roubos dos produtos da
empresa, intensificaram-se as ações a partir de julho do ano de 2017.
e) Segurança eletrônica
A manutenção dos equipamentos eletrônicos é tratada como um dos tipos de ma-
nutenção mais importantes do sistema de segurança eletrônica, sendo necessário manter o
planejamento de treinamento e reciclagens das equipes especializadas do setor de manutenção
predial, sempre com o intuito de manter os equipamentos na mais extrema disponibilidade,
com base em procedimentos de confiabilidade. Seja em ações isoladas ou em grandes paradas,
a manutenção preventiva será uma das prioridades da empresa.
A manutenção preventiva em equipamentos eletrônicos será realizada para manter
o bom funcionamento do equipamento e prolongar sua vida útil. O principal objetivo
da manutenção preventiva nos recursos de segurança eletrônica será de evitar ou atenuar as
consequências das falhas. Isso pode ser feito impedindo a falha antes que ela ocorra realmen-
te. A manutenção preventiva é planejada para preservar e restaurar a confiabilidade do equi-
pamento, substituindo os componentes desgastados antes que eles realmente se desgastem,
conforme podemos verificar no plano de manutenção preventiva (ANEXO B).
As atividades de manutenção preventiva em equipamentos incluem revisões par-
ciais ou totais em períodos específicos, substituição de peças, cabos e assim por diante. Além
disso, pode-se registrar a deterioração dos equipamentos para que as peças desgastadas sejam
reparadas ou substituídas antes que causem desgastes ou falhas do sistema do equipamento. O
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programa de manutenção preventiva evitará qualquer falha do equipamento antes que ela
ocorra.
A manutenção corretiva é uma manutenção não periódica que eventualmente po-
derá ocorrer, sendo que esta possui suas causas em falhas e erros, que os equipamentos dis-
põem nesta instância, tratando-se da correção dos danos atuais e não iminentes. Trata-se de
uma manutenção que acarretará em acionamento de uma empresa especializada, para que o
problema seja sanado no menor período possível, para que não comprometa a segurança.
A seguir, no gráfico é apresentado o resultado geral do número total dos chama-
dos realizados pelo setor de segurança com relação aos recursos de segurança eletrônica le-
vando em consideração as intervenções feitas pelo supervisor de segurança.
Observa-se através da linha de tendência média móvel que as atividades desse in-
dicador possuem uma média anual, porém teve um pico nos registros de atuação do supervisor
2º trimestre. Demonstra que os sistemas de segurança eletrônica sofreram um aumento nas
manutenções visando garantir que os recursos eletrônicos de segurança operassem com efici-
ência.
f) Treinamento / palestras
O treinamento para o setor de segurança visa preparar os integrantes que compõe
o efetivo de segurança a ampliar seus conhecimentos no intuito de melhorar a qualidade da
execução do serviço, notadamente nas portarias da indústria gráfica, mobilizando procedi-
mentos e posturas, com as diversas funções que compõem a tarefa do profissional, incluindo:
postura e compostura no exercício da função; relacionamento interpessoal; liderança; preven-
ção contra ações de danos morais; comunicação e percepção; motivação e comprometimento;
conhecimento dos procedimentos e dos negócios da empresa e respectivos riscos.
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Observa-se através da linha de tendência média móvel que as atividades desse in-
dicador iniciaram-se o 1º semestre do ano de 2017 relativamente altas e tiveram uma queda no
2º semestre onde perceber-se que houve uma preparação dos recursos humanos da indústria
gráfica aperfeiçoamento o efetivo responsável pela segurança e palestras para os diversos se-
tores da empresa sobre procedimentos de segurança visando implementar uma cultura de se-
gurança para a obtenção da certificação da NBR 15540.
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4. CONCLUSÃO
ficação através da auditoria que houve em junho de 2017como no descumprimento dos deve-
res dos funcionários quanto às normas de segurança prevista no código de conduta, ações de
segurança especificamente tomadas para garantir a certificação da NBR15540, as inspeções e
manutenções nos recursos de segurança eletrônica e nos treinamentos e palestras.
Podemos verificar que após a data da auditoria, as inspeções técnicas foram inici-
adas, permitindo medidas preventivas e corretivas para evitar ou minimizar a exposição aos
riscos, garantindo a continuidade da certificação.
As ações de proteção ao patrimônio se mantiveram constantes, com um pico em
julho, relacionado às oportunidades de melhorias abordadas pelo auditor.
Diante desse resultado podemos concluir que o trabalho desenvolvido pelo setor
de segurança foi adequado e fundamental, pois as consequências advindas desse setor que
conta com um supervisor de uma empresa terceirizada e uma equipe multidisciplinar da mes-
ma que realiza constantes assessorias e auditorias, com diversos controles mantendo a empre-
sa segura e focada apenas na atividade fim. Esses controles são feitos através de fiscalizações
diariamente e sistematicamente as instalações da empresa buscando vulnerabilidades e riscos
de invasão ou desvios. Também são levantadas as necessidades de instalação ou manutenção
de barreiras físicas/cercas, dispositivos eletrônicos para o monitoramento do local. Monitora
ainda o comportamento de funcionários fixos, terceirizados, visitantes, fornecedores e clientes
dentro do ambiente corporativo através de medidas como a diferenciação de cores de crachás
de acordo com o perfil da pessoa e a proibição de celulares em áreas que lidam com dados
sensíveis (que minimizam as possibilidades de informações importantes saírem de ambientes
controlados) e através dos horários de funcionamento de cada área da empresa fiscaliza as
pessoas autorizadas a circular em cada uma dessas áreas. Um sistema de controle de acesso
eletrônico devidamente parametrizado auxilia muito nesse processo.
As áreas críticas, com circulação de informações sigilosas cujo risco de desvios
internos são maiores, existe um rigoroso processo de controle de acesso, o setor de segurança
intensifica suas inspeções e mantém constantes orientações aos porteiros além de manter um
registro rigoroso de tudo o que entra e sai da organização, inibindo desvios e permitindo uma
melhor rastreabilidade no caso de problemas ou sinistros.
A realização da gestão das escalas operacionais e o posicionamento da equipe de
segurança são mais umas das atribuições do setor de segurança que orienta quanto a forma de
comunicação de acordo com regras de indicativos onde é definido códigos e senhas para as
diferentes situações que ocorrem e disciplina a utilização do rádio HT e telefones.
Através dessa gestão da segurança garantiu o cumprimento dos procedimentos
exigidos pela NBR 15540 permitindo a certificação da empresa proporcionando a ampliação
dos produtos que podem ser produzidos na empresa como impressos de segurança.
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Espera-se que este estudo possa corroborar para a compreensão da gestão da segu-
rança patrimonial. Ao elucidar os requisitos necessários para que a gestão da segurança patri-
monial em uma indústria gráfica.
Como apontamentos de estudos futuros, sugere-se que ocorram mais estudos con-
siderando a gestão da segurança. Uma abordagem que este estudo não trabalhou foi a segu-
rança da informação. Considera-se que seja interessante o desenvolvimento de estudos das
atividades de inteligência e contra inteligência desempenhadas pelo gestor de segurança atra-
vés da política de segurança da informação.
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REFERÊNCIAS
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BEATO F., Cláudio C. et al. Crime, Oportunidade e Vitimização. RBCS, vol. 19, pag. 73-90,
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http://segurancatemfuturo.com.br/index.php/2016/08/26/o-que-sao-e-para-que-servem-as-
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fica. Brasília: 1997, BNDES.
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https://www.gestaodesegurancaprivada.com.br/codigo-de-conduta-etica-nas-empresa/
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MEIRELES, Nino Ricardo. Motivação, a Chave para o Sucesso do Gestor da Segurança Em-
presarial. Revista Gestão de Risco, Campo Belo, edição 65, abr. 2011.
NOGUEIRA, Vasco. Como usar linhas de tendência para previsão de dados. O portal gestão.
2017. Disponível em: https://www.portal-gestao.com/artigos/7898-como-usar-linhas-de-
tend%C3%AAncia-para-previs%C3%A3o-de-dados.html. Acesso em: 25 mar. 2018.
SÁ, Fabiano Sérgio Paiva Dias de. Visão holística e abrangente da segurança nos centros co-
merciais e grandes superfícies. Jornal da segurança, 2014. Disponível
em:<http://portaldaseguranca.com.br/Noticia/Visualizar/1824>. Acesso em: 12 de fev. 2018.
SANTOS, Paola Ramos Dos; SANTOS, Mario Roberto Dos e SHIBAO, Fabio Ytoshi. Proje-
tos internacionais e os riscos associados à sua gestão. Revista Livre de Sustentabilidade e
Empreendedorismo, v. 2, n. 4, p. 63-83, out-dez, 2017.
2. Acesso de Pessoas - A portaria recebe autorização prévia de visitantes que irão entrar em
áreas de segurança?
5. Acesso de Pessoas - Existe procedimento formal de regras para acesso de pessoas e veícu-
los na dependência da empresa?
6. Acesso de Pessoas - Existe área de contenção ou sistema similar para visitantes que aguar-
dam autorização de entrada nas dependências da empresa?
7. Acesso de Veículos - É feita revista de veículo que entra nas dependências da empresa?
8. Acesso de Veículos - É feita revista de veículo que sai das dependências da empresa?
10. Acesso de Veículos - Há arquivo com registro de veículos que entraram na empresa para
efeito de rastreabilidade?
11. Acesso de Veículos - Existe sistema de autorização prévia de veículos de clientes ou ou-
tros parceiros que pretendem visitar a empresa?
14. Alarme silencioso - O alarme acionado é para alerta fora da empresa ou local que permita
ação imediata?
16. Blindagem - A cabine da portaria está protegida para evitar o contato direto entre o visitan-
te e o vigilante que o atende?
18. Blindagem - Vidros da portaria são protegidos com película escura ou outro sistema que
evite que o visitante observe o movimento interno?
20. Nível de visibilidade Externa - Os vigilantes da Portaria possuem visibilidade integral para
monitorar o movimento externo à empresa?
22. Monitoramento do perímetro da Empresa - As áreas externas são monitoradas com ronda
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23. Monitoramento do perímetro interno - Existe sistema de detecção de intrusão nas áreas de
acesso restrito?
33. Telefonia e Eletricidade - Existe Plano de Contingência para panes nesses sistemas?
34. Telefonia e Eletricidade - Existe sistema autônomo de energia em caso de pane nesses
sistemas?
35. Roubos, Furtos, Assaltos e Incêndios - Existe Plano de Contingência para este tipo de
ocorrência dentro da empresa?
37. Regras de Acesso a Empresa - O visitante recebe e assina algum documento explicativo
sobre as normas de segurança da empresa antes de acessar as áreas de segurança?
38. Regras de revista de pessoas em área restrita de segurança - Existe procedimento para re-
vista das pessoas em áreas de fabricação dos produtos?
39. Mapeamento dos pontos controlados - A Segurança possui um mapeamento dos pontos
controlados (áreas críticas de segurança)?
41. Controle de acesso nas dependências da área de segurança - Existe uma regra formal de
permissão de acesso dos funcionários em áreas de segurança?
42. É feita conferência e registro de saída de produtos de segurança das dependências da área
de segurança?
lada para estoque de excedentes de produção e de insumos de segurança até que seja feita a destrui-
ção?
47. Existe procedimento documentado para destruição ou destinação de provas, filmes, matri-
zes de impressão que são descartados?
48. Sistema de seleção de pessoal - A empresa possui critérios de seleção de admissão de pes-
soal (funcionários, terceiros e temporários)?
55. Nível de acesso de pessoas em áreas restritas - Existe algum critério autorizando a circula-
ção de pessoal nas áreas de segurança conforme nível de acesso pré definido?
59. Plano de contingência em sinistros - Existe plano de contingência formal para casos de
sinistros com cargas de produtos de segurança?
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LEGENDA:
M - Mensal
T - Trimestral
S - Semestral
PLANO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA
ITEM EQUIPAMENTO ATIVIDADE FREQUÊNCIA
Verificar danos nas câmeras do CFTV T
Limpar caixas de proteção e lentes das câmeras T
Ajustar a posição e regular as lentes das câmeras S
Verificar o funcionamento das câmeras consertando ou subs-
M
tituindo conectores ou cabos
Verificar os computadores das portarias que contém visuali-
M
zação de imagens
Medir as tensões nas fontes de alimentação das câmeras S
1 CFTV
Verificar condições do cabeamento do CFTV S
Revisar conectores junto ao DVR, substituindo, caso neces-
S
sário
Organizar os cabos junto ao DVR S
Limpar externamente o DVR M
Limpar, externamente, o nobreak M
Medir a tensão do Nobreak S
Verificar Backups das gravações T
Verificar se as configurações de condição do sistema encon-
S
tram-se funcionando
Verificar se a janela de alerta de ocorrência no monitor de
M
monitoramento está funcionando
Verificar se o relatório de eventos está sendo feito pelo sis-
M
tema e sendo arquivado
2 Vídeo Analítico Verificar se o equipamento smart vídeo encontra-se operando M
Verificar danos na câmera de leitura de placa M
Verificar se o controle de placa está sendo salvo M
Limpar caixa de proteção e lente da câmera OCR M
Ajustar a posição e regular a lente da câmera OCR M
Verificar o funcionamento da câmera consertando ou substi-
S
tuindo conector ou cabo
Verificar danos físicos nas catracas T
3 Catracas Verificar os cabos de energia S
Conferir os horários mostrados no visor S
Verificar danos físicos nos torniquetes T
4 Torniquete Verificar os cabos de energia S
Conferir os horários mostrados no visor S
Verificar danos físicos nos alarmes T
Verificar o funcionamento dos sensores e alarmes consertan-
S
do ou substituindo conectores ou cabos
Verificar condições do cabeamento na central de alarmes S
5 Sistema de Alarmes
Verificar se as luzes de setorização dos alarmes estão corres-
S
pondentes
Verificar se as luzes e botões do sistema de pânico estão fun-
S
cionando
Verificar danos físicos na eclusa T
Verificar o nível de sensibilidade dos sensores M
Eclusa (detector de Verificar os cabos de energia S
6
metal) Verificar o mecanismo de travamento eletromagnético com
sistema de controle de velocidade e amortecimento de impac- S
to.
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