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BRASILIANO INTERISK GESTÃO DE RISCOS CORPORATIVOS

ALUNA: DANIELE DUARTE LIMA


BRASILIANO INTERISK GESTÃO DE RISCOS CORPORATIVOS

1
CURSO AVANÇADO EM SEGURANÇA EMPRESARIAL MASTER
BUSINESS SECURITY - MBS - 58ª TURMA

PROJETO INTEGRADO EM SEGURANÇA EMPRESARIAL


ESTUDO DE CASO – CONDOMÍNIO RESIDENCIAL MEU PARAISO – JUNDIAÍ

São Paulo
2022
DANIELE DUARTE LIMA

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CURSO AVANÇADO EM SEGURANÇA EMPRESARIAL MASTER
BUSINESS SECURITY - MBS - 58ª TURMA

PROJETO INTEGRADO EM SEGURANÇA EMPRESARIAL


ESTUDO DE CASO – CONDOMÍNIO RESIDENCIAL MEU PARAISO - JUNDIAÍ

Projeto de Trabalho de Conclusão de


Curso apresentado a Brasiliano
INTERISK Gestão de Riscos
Corporativos, como requisito para
obtenção do título do Curso Avançado
em Segurança Empresarial - Master
Business Security - MBS - 58ª Turma,
Nível de Extensão.
Orientador: Prof., Dr. Antônio Celso
Ribeiro Brasiliano

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São Paulo
2022
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a Deus, que


sempre foi o autor da minha vida e do
meu destino. O maior apoio nos
momentos difíceis e não me deixou

4
fraquejar e as pessoas que torcem pelo
meu sucesso.

"Nós profissionais de segurança privada


não queremos ser apenas qualificados e
sim os melhores no que fazemos"

5
( Paulo Lima Mello )

SUMÁRIO

1. OBJETIVO DO PROJETO....................................................................................7

2. SUMÁRIO EXECUTIVO........................................................................................8

3. METODOLOGIA..................................................................................................10

4. COMUNICAÇÃO E CONSULTA.........................................................................12

5. CONTEXTO ESTRATÉGICO..............................................................................13

5.1 OBJETIVOS ESTRATÉGICOS...........................................................................13

5.2 CONTEXTO ESTRATÉGICO – AMBIENTE INTERNO......................................16

5.3 CONTEXTO ESTRATÉGICO – AMBIENTE EXTERNO.....................................17

5.4 IDENTIFICAÇÃO DOS PROCESSOS/ÁREAS CRÍTICAS (BIA)........................18

5.5 CENÁRIOS TÁTICOS PROSPECTIVOS EM SEGURANÇA PÚBLICA E PRIVADA


19

5.5.1 LISTAGEM DOS FATOS PORTADORES DE FUTURO (PONTOS


POSITIVOS)..............................................................................................................20

5.5.2 FATOS PORTADORES DE FUTURO X EVENTOS FUTUROS (NEGATIVO) 22

5.5.3 SELEÇÃO DOS EVENTOS FUTUROS (RISCOS CRÍTICOS


ENCONTRADOS)..................................................................................................... 28

5.5.4 LISTAGEM DE ATORES..................................................................................29

5.5.5 MATRIZ DE IMPACTOS CRUZADOS ENTRE EVENTOS FUTUROS


(SEGURANÇA)......................................................................................................... 29

5.5.7 LISTAGEM DE RISCOS...................................................................................32

5.5.8 NÍVEL DE INFLUÊNCIA DOS EVENTOS FUTUROS SOBRE OS RISCOS


(NIEF)........................................................................................................................ 33
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5.5.9 NIEF X IMPACTOS CRUZADOS.....................................................................34

• Cenário Mais Provável.........................................................................................34

• Cenário Ideal....................................................................................................... 35

• Cenário de Tendência.........................................................................................35

6. ANÁLISE SITUACIONAL....................................................................................36

6.1. LISTAGEM, DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS...........................37

6.2 DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO (DCE)..........................................................38

7. ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS - INERENTE..........................................40

• Apetite ao Risco (inerente)......................................................................................43

8. ANÁLISE E AVALIAÇÃO DOS RISCOS – RESIDUAL.......................................43

• Níveis de Risco (residual).......................................................................................48

• Apetite ao Risco (residual)......................................................................................49

9. RESPOSTAS AOS RISCOS – PLANO DE AÇÃO..............................................50

• Priorização das ações.............................................................................................53

• Matriz de Priorização das Ações.............................................................................53

10. PROJEÇÃO FUTURA.........................................................................................54

• Níveis de Risco (projeção futura)............................................................................55

11. MONITORAMENTO E ANÁLISE CRÍTICA.........................................................56

• Indicadores Chaves de Riscos................................................................................57

12. CONCLUSÃO......................................................................................................58

13. REFERÊNCIAS...................................................................................................59

14. ANEXOS............................................................................................................. 60

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1. OBJETIVO DO PROJETO

Os objetivos deste projeto são:


 Avaliar as condições de segurança do CONDOMÍNIO RESIDENCIAL MEU
PARAISO - JUNDIAÍ
 Identificar fatores de riscos e os principais riscos;
 Realizar a análise de riscos (probabilidade e impacto);
 Realizar avaliação dos riscos (matriz de riscos e nível de riscos);
 Apresentar plano de ação com medidas preventivas.

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2. SUMÁRIO EXECUTIVO

Desde o dia 11 de setembro de 2001 (atentado WTC), a Gestão de Riscos


nos mais variados países do mundo passou por uma profunda reformulação em
todos os seus conceitos e paradigmas – o impossível e inimaginável acontecera.
Pela primeira vez a humanidade viu diante dos seus olhos tudo àquilo que ela jamais
suscitara acontecer. E ressentiu-se por ter agido de forma contingencial e amadora
durante tantos anos seguidos. Viu que o custo da ausência de mecanismos sólidos
de Gestão de Riscos é mais alto que o custo que se paga com a manutenção de
uma Gestão de Riscos regular.
Passou-se a se pensar de forma proativa e preventiva. Sistemas preventivos
passam a aumentar de importância de forma paulatina. A polarização social, a qual
aumenta a cada dia à medida que a classe média míngua ano após ano, diminui o
colchão social responsável por abrandar esta bipolarização social.
Um novo mundo com novos desafios descortina-se diante de nossos olhos,
onde os bens materiais cedem lugar aos intangíveis e onde a informação passa a ter
um valor difícil de ser mensurado e notório.
Este Plano de Ação de Emergência (PAE) descreve os procedimentos
responder a emergências que possam resultar impactos internos e externos no
alcance do Condominio Residencial Meu Paraiso - Jundiaí, além de definir
propriedades e as responsabilidades do pessoal relevante, a fim de fornecer as
condições necessárias para o atendimento de emergência, acionando uma ação
rápida e segura.
Da mesma forma, o PAE visa facilitar a integração de ações para atender
emergências entre diferentes regiões da empresa e com outras regiões instituições,
podendo assim desencadear medidas abrangentes e harmonizar de modo a
alcançar o resultado pretendido, nomeadamente minimizar danos a pessoas e/ou
bens, e possível impacto ambiental.
Seguem informações da empresa avaliada:
Cidade: Jundiaí//SP
Área Territorial: 10.000 m²
Quantidade de funcionários: 158 funcionários em turnos 12x36 24/7 e
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administração

3. METODOLOGIA

Utilizado a metodologia de análise de riscos, denominada Método Brasiliano,


a qual fornece subsídios técnicos e gerenciais na priorização de riscos e está
alinhado com a ISO 31.000:2018, COSO I e COSO ERM.Figura 2-Framework do
Método Brasiliano

Framework do Método Brasiliano

ISO 31000: É uma norma da família de gestão de risco criada pela


International Organization for Standardization. O objetivo da ISO 31000:2018 é
estabelecer princípios e orientações genéricas sobre gestão de riscos.

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COSO I: Norma internacional que tem como objetivo padronizar a gestão de
riscos das empresas, garantindo a eficácia dos controles internos existentes.

COSO ERM: O COSO ERM (Enterprise Risk Management Framework) é


uma normativa internacional elaborada pelo Committee of Sponsoring Organization
of the

10Treadway Commission (COSO) que possui o objetivo de alinhar a gestão


de riscos das empresas com suas diretrizes estratégicas

Este índice somado a outros fatores, objetos deste estudo, irá gerar a “Matriz
de Riscos”, que será o demonstrativo prático para que o cliente saiba quais são seus
principais riscos, bem como o quanto está vulnerável a eles.
As recomendações de melhoria na segurança têm como objetivo diminuir a
vulnerabilidade para os riscos apresentados, gerando maior segurança e
equilibrando todo o processo.

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Figura 01 – Perímetro do Condomínio
4. COMUNICAÇÃO E CONSULTA

A comunicação e consulta é a forma como serão estabelecidos os processos


e as estratégias de comunicação com as partes interessadas. É uma fase que
permeia todo o processo de gestão e análise de riscos, sendo extremamente
estratégico para o condominio residencial Meu Paraiso, pois sem comunicação não
existe processo de gestão de riscos, tendo em vista não sensibilizar os usuários e
responsáveis pelos processos.
Os dados foram extraídos no período de 01/10/2022 a 15/11/2022 a partir de
coleta de dados em campo, realizando entrevistas com:

• Junior Roberto Denivaldo – Gerente Executivo


• Lucas Distádio Júnior – Gerente Campus
• Oliveira Jaraguão – Gerente Segurança Corporativa

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5. CONTEXTO ESTRATÉGICO

A seguir serão abordados aspectos dos Objetivos Estratégicos para o


Condominio Residencial Meu Paraiso, Ambiente Interno (características específicas
de funcionamento da base, controles internos, ocorrências etc.), Ambiente Externo
(localização, estatísticas criminais etc.) referente à localização da empresa.

5.1 OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

Sabemos que o condomínio, apesar de ser uma Pessoa Jurídica, não é uma
empresa. Entretanto, algumas práticas da gestão empresarial podem ser aplicadas
na gestão condominial e a estratégia é uma delas. Dentre os benefícios de
uma gestão condominial estratégica, podemos citar:

Otimização dos recursos: ao acompanharmos o consumo de água em um


condomínio ou os gastos com impressão de papel, por exemplo, podemos entender
a tendência destes consumos e estudar maneiras de geri-los. Sendo assim, ao se
realizar um planejamento estratégico e acompanhá-lo ao longo do tempo, podemos
obter significativa otimização dos recursos do condomínio, tanto em redução de
custos, quanto em uso mais estratégico desses recursos.

Alinhamento maior com os funcionários e fornecedores: através


da gestão estratégica, também conseguimos passar para funcionários e
fornecedores do condomínio os planos e ideias do corpo diretivo, permitindo que
todos caminhem juntos rumo ao atingimento das mesmas metas.

Tomada de decisão mais assertiva: um planejamento estratégico, seguido


por uma gestão focada, permite a tomada de decisão concentrada no que realmente
é importante para o condomínio. A gestão estratégica conhece as prioridades a
serem atendidas e são elas que guiam as escolhas do corpo diretivo.
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Seguindo um modelo de gestão estratégica, o corpo diretivo não se perde nas
suas prioridades, tem mais controle dos seus recursos e consegue atender os
condôminos com mais organização e base de argumentação. Uma gestão que é
desenvolvida dessa forma irá melhorar a qualidade de vida dos condôminos e
valorizar o patrimônio de todos, além de manter sadia a reputação do corpo diretivo.

Apetite ao Risco:
 A tolerância de risco no quadrante vermelho só poderá ser aprovada pela
assembleia do condomínio
 NÃO será admitido riscos no quadrante vermelho. Obrigatoriamente o dono
do risco deverá criar planos de ação para baixar a criticidade dos riscos neste
quadrante.
 Riscos no quadrante laranja deverão ter tratamento a médio prazo;
 Riscos nos quadrantes amarelos ou verdes estão dentro do apetite ao risco
da companhia.

Principais Obstáculos/Fatores de Riscos:


Os principais obstáculos da empresa são:

 localização do condomínio;
 violência urbana local e na região;
 deficiência na Segurança Pública;
 ausência ou falhas no Plano de Segurança;
 falhas nos sistemas de segurança existentes;
 falhas de engenharia e arquitetura do condomínio;
 falta de capacitação e desmotivação da equipe de segurança;
descumprimentos de regras e procedimentos pelos moradores; etc.
 furto;
 roubo;
 sequestro;
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 agressão física;
 homicídio;
 vandalismo;
 perturbação da ordem;
 quebra de privacidade.

Cadeia de Valor:

Controle de acesso. Investir em tecnologia, como biometria, para o controle


de acesso é primordial para garantir a segurança dos condôminos. Essa medida
garante que somente indivíduos autorizados entram e saiam, controlando o fluxo de
pessoas. Também deve-se prestar atenção à portaria, uma vez que todos precisam
se identificar para adentrar o condomínio residencial. Isso vale, sobretudo, para
visitantes e prestadores de serviços.

Segurança e monitoramento. Para além de tecnologias no controle de


acesso, é fundamental investir em monitoramento nas áreas internas. Alguns
exemplos são as câmeras em pontos estratégicos e um sistema de vigilância
completo, formado por profissionais capacitados. As imagens devem ser
acompanhadas 24 horas por dia, além de enviadas a uma central de monitoramento.

Limpeza das áreas comuns. É necessário que os profissionais de limpeza


higienizem as superfícies ao menos duas vezes ao dia. Assim, os riscos de
contaminação por vírus, bactérias ou micro-organismos serão reduzidos, ajudando
na manutenção do condomínio residencial.

Manutenção de equipamentos. Equipamentos como os elevadores devem


passar por manutenção periódica. O avanço estrutural melhorou muito as condições
do instrumento, mas ainda é possível que eventuais solavancos e paradas
desniveladas comprometam a segurança dos moradores. Os cuidados preventivos,
que incluem revisões mensais e vistorias completas anuais, evitam esses
transtornos.

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Os reservatórios de água também precisam de acompanhamento. A ANVISA
recomenda que a manutenção seja feita duas vezes ao ano, o que inclui higienizar e
desinfetar a água.
Já extintores de incêndio precisam ser inspecionados a cada seis meses. As
mangueiras, por outro lado, devem passar por testes a cada cinco anos.

Cuidados com instalações elétricas. Caso o condomínio residencial seja


novo, a revisão das instalações elétricas pode ser feita no décimo ano. No entanto, o
normal é realizar a vistoria a cada cinco anos, o que permite agir preventivamente
para evitar acidentes. Além disso, o hábito ajuda a reduzir os custos com energia
elétrica.

Controle de pragas. O controle de pragas, conhecido como dedetização,


também é um serviço essencial no condomínio residencial. Deve ser realizado a
cada 6 meses para reparar infestações de baratas, cupins, ratos e até mesmo
morcegos! Sem contar nos mosquitos, como o Aedes aegypti, que causa a dengue.
Ainda segundo o Art. 1.348, o síndico deve garantir o funcionamento dos
serviços condominiais, o que inclui limpeza, manutenção de equipamentos,
estruturas e sistemas. Constatada a negligência do representante, ele responde civil
e criminalmente por sua má administração.
É fundamental avisar os condôminos sempre que ações como a manutenção
de elevadores e caixas d’água for realizada. Desse modo, todos podem se planejar
previamente e não deixar crianças e pets transitando nas áreas comuns.

5.2 CONTEXTO ESTRATÉGICO – AMBIENTE INTERNO

O ambiente interno de um condomínio e um conjunto de regras que disciplinam e


regulam os comportamentos dos moradores, usuários e demais pessoas no
interior. Ou seja, o regimento delimita as normas indispensáveis à boa convivência.
As regras propostas pelo documento — principalmente aquelas relacionadas ao
uso dos espaços compartilhados — servem para:

 reduzir conflitos;
 mediar relações;
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 orientar atividades cotidianas;
 assegurar o bem-estar das pessoas.

Cabe lembrar que o ambiente interno do condomínio é de interesse coletivo.


Portanto, ele deve ser elaborado com participação dos moradores e aprovado pela
maioria simples em assembleia.
O regimento é tão importante que faz parte dos três documentos que regem os
condomínios. São eles:

 regimento;
 convenção;
 código civil.

5.3 CONTEXTO ESTRATÉGICO – AMBIENTE EXTERNO

O condomínio é sinônimo de segurança e privacidade, sendo umas das primeiras


opções de compra para quem quer se sentir mais seguro.

A quantidade de pessoas que moram, trabalham e transitam nas dependências dos


condomínios é muito grande e, o controle e os cuidados devem ser redobrados por
parte da portaria, síndico e administração. Por isso, investir e prezar pela segurança
do empreendimento é primordial para que erros não afetem o bem-estar dos
condôminos.

Mesmo tendo a tecnologia como aliada, algumas falhas ainda podem ocorrer no
ambiente, principalmente no local mais importante do condomínio: a portaria são elas:

 Descumprimento de regras da portaria.


 Não orientar ou qualificar o porteiro
 Inexistência de equipamentos de segurança e estrutura física
 Ignorar áreas perigosas que cercam o condomínio
 Falta de procedimentos emergenciais

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5.4 IDENTIFICAÇÃO DOS PROCESSOS/ÁREAS CRÍTICAS (BIA)

Esta etapa tem por objetivo a identificação e análise de processos, áreas e/ou
atividades do negócio que são críticos para o condominio, levando em consideração
a priorização sobre as atividades “Core Business” e ativação dos planos de
recuperação.
Para iniciarmos esta etapa, inicialmente realizamos a identificação e
classificação dos processos/áreas críticas, conforme figura 2:

Figura 2 - Identificação e classificação dos processos/áreas críticas

Após a etapa de identificação e classificação dos processos/áreas críticas do


condominio, chegamos ao resultado da matriz conforme figura 3, o que possibilita a
priorização de alguns processos/áreas.

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Figura 3 - Matriz de processos/áreas críticas
De acordo com a Matriz de Processo/Áreas Críticas (BIA), temos 1 setor com
nível de impacto severo (quadrante vermelho) e 4 setores com nível de impacto
moderado (quadrante laranja), conforme podemos verificar no indicador
demonstrado na figura 4. Esses setores precisam ser priorizados e tratados de forma
diferenciada, pois em caso de ocorrências, podem causar impactos gravíssimos para
a empresa.

Figura 4 - Indicador de processos/áreas críticas

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5.5 CENÁRIOS TÁTICOS PROSPECTIVOS EM SEGURANÇA PÚBLICA E PRIVADA
Todos os riscos que porventura venham a atingir de alguma forma os FCS
acima mencionados torna-se um Risco Crítico, e é justamente nos riscos críticos que
iremos trabalhar nesta análise, determinando assim, os principais pontos para
mitigação dos riscos elencados, com a finalidade de tornar o ambiente mais seguro.

5.5.1 LISTAGEM DOS FATOS PORTADORES DE FUTURO (PONTOS POSITIVOS)

 Todo o perímetro interno é cercado por gradil de ferro parcialmente e muro em


toda sua extensão, além de alguns pontos com concertina,

 Todos os acessos internos possuem portas ou portões que ficam


frequentemente trancados;
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 Possui iluminação razoável (necessário troca de algumas lâmpadas e melhora
em alguns pontos);

 Possui em média cerca de 52 câmeras fixas instaladas por toda a área do


condominio que monitoram em tempo real quase todas as áreas do condominio
Gravação de em torno de 07 dias com reposição automática de imagens;

 Possui ronda interna sistema GR Tracking Find me com 009 pontos de ronda;

 Possui portaria blindada;

 A Comunicação interna é realizada por meio de rádios HT, Celular corporativo e


telefone fixo.

 A vizinhança é basicamente residencial, com baixo índice de sinistralidade e


possui uma base da Policia Militar a 10,5 km com tempo de deslocamento em
torno de 13min;

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Figura 5 – Perímetro do Condomínio

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Figura 6 – PMESP – 1º CPAmb – 4º CIA – 3º PELOTÃO DE POLÍCIA MILITAR
AMBIENTAL

5.5.2 FATOS PORTADORES DE FUTURO X EVENTOS FUTUROS (NEGATIVO)

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 O layout da portaria dificulta a visualização por completo da área externa, bem
como das pessoas que chegam ao condomínio;
 Alguns elevadores não possuem câmera interna;
 Não há câmeras na área social;
 Não há câmeras na área administração (sala Concierge);
 Não há câmeras onde fica o espelho d’água
 Área de acesso à torre A não tem câmera;
 Os andares não possuem câmera no ambiente de saída dos elevadores;
 Hall da torre B não possui câmera;
 Painéis elétricos não possuem sistema de trancamento com chave ou cadeado;
 Não há câmeras na área da Piscina;
 Não há câmeras no bicicletário;
 Portão de acesso de pedestre com a trava quebrada;
 Não há câmera na área da lixeira
 O perímetro interno dos estacionamentos (subsolo) possui poucas câmeras, o
que dificulta a visualização por completo das áreas, facilitando ações de
vandalismo e uso de entorpecentes;
 Não há sistemas de alarme de intrusão;
 Não há sensores de presença nas áreas críticas;
 Não possui central de monitoramento externa ou link para monitoramento
externo, o que fragiliza a segurança em casos de sinistros de alto impacto, onde
não há redundância de acionamentos externos.
 Não possui sistema de botão de pânico fixo ou móvel;
 O acesso de visitantes, prestadores de serviço e outros que não sejam
moradores são realizados via software de controle de acesso, porém, não é
entregue nenhum cartão de identificação, o que pode gerar ações de fraude,
além de o sistema acusar presenças de pessoas que não estejam mais no
condomínio, caso a baixa não seja feita manualmente;
 Não existe sistema de leitura de placas (LPR), apenas liberação por TAG.
 Os sensores de abertura dos portões de veículo possuem alta sensibilidade e
abrem a distância não seguras, além de não possuir limitador de velocidade
para passagem.

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 Não possui placas de sinalização de velocidade máxima permitida e placas de
aviso diversas.

Figura 7 – Portão de Acesso dos Moradores

Figura 8 – Local Atrás de Container de Vendas

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Figura 9 – Acesso externo à marquise da portaria

Figura 10 – Acesso à sala da lixeira

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Figura 11 – Divisa com terreno (fundos condomínio)

Figura 12 – Bicicletário

Figura 13 – Local próximo à quadra esportiva


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Figura 14 – Porta acesso à portaria

Figura 15 – Acesso sala administração

Figura 16 – Interior a portaria

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Figura 17 – Portões de acesso de pessoas

Figura 18 – Portão de acesso à marquise

5.5.3 SELEÇÃO DOS EVENTOS FUTUROS (RISCOS CRÍTICOS ENCONTRADOS)

 Fraude;
 Invasão;
 Sequestro de morador;
 Vandalismo;
 Uso de entorpecentes.
 Furto interno

29
5.5.4 LISTAGEM DE ATORES

5.5.5 MATRIZ DE IMPACTOS CRUZADOS ENTRE EVENTOS FUTUROS


(SEGURANÇA)

Nesta etapa do estudo o objetivo é identificar os eventos futuros que mais


podem influenciar os demais, ou seja, identificar qual evento é motriz.
O nível de segurança é basicamente medido tendo em vista o cenário atual (o
30
que existe em tecnologia e barreiras e o que funciona) e o cenário futuro, atendendo
as recomendações sugeridas nesta análise:

ESTUDO DA ANÁLISE

Para realização desta análise foram levados em conta os principais fatores de


Segurança para que o Condominio Residencial Meu Paraiso possa atingir seus
objetivos e metas, com o máximo de segurança, oferecendo aos seus moradores um
ambiente o mais tranquilo e seguro possível.
Seguindo a Metodologia de Análise de Risco Parametrizada, são
determinantes os seguintes fatores para determinar a quantificação do impacto no
caso da concretização do risco:
Perda Financeira: É o resultado da avaliação do impacto financeiro causado
pela concretização de determinado risco em relação ao grau de suportabilidade
(resiliência) por parte do condomínio;
Função: É o resultado da avaliação das consequências negativas ou danos
que podem alterar a atividade principal do condomínio. Quanto à concretização de
determinado risco afeta os Fatores Críticos de Sucesso ligados a operação da
principal do condomínio;
Substituição: É o resultado da avaliação do grau de dificuldade para a
substituição de determinado bem por perda total, parcial ou subtração do mesmo;
Imagem: É o resultado da avaliação do impacto que a concretização de
determinado risco causa para o desgaste da imagem do condomínio por associação
negativa ao fato;
Extensão: É o resultado da avaliação do grau de abrangência da exploração
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de determinado fato (concretização do risco) em termos de cobertura de mídia;
Impacto Legal: É o resultado da avaliação do impacto das implicações legais
para a organização causada pela concretização de determinado risco, mede as
perturbações e os efeitos jurídicos, desde aplicações de multas e restrições ao
negócio até a proibição do desenvolvimento de sua atividade fim definitivamente.
Seguindo ainda a metodologia, são determinantes os seguintes fatores para
determinar a probabilidade genérica quanto aos riscos:
Probabilidade: É entendida de forma genérica, a frequência de como
determinado evento ocorre para uma determinada amostra num dado período de
tempo;
Exposição: É entendida como a relação entre o número de vezes que
determinada operação ou valor fica exposto à determinada ameaça ou agente de
risco;
Ambiente Interno: É entendido como a propensão a proliferação da ação ou
do número de agentes de risco no ambiente corporativo;
Ambiente Externo: É entendido como a propensão para a proliferação de
ações ou do número de agentes de risco no ambiente contíguo ou em contato direto
com a organização

Impacto cruzado de eventos – matriz

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Probabilidade:

Com todas as variáveis em questão, realizamos o cálculo para podermos


gerar a Matriz de Riscos, que é o documento que irá priorizar cada risco a ser
tratado conforme sua condição. A Matriz de Riscos é um gráfico contendo de forma
prática todos os riscos críticos elencados, apontando tanto a probabilidade de
ocorrência e o impacto caso ocorra, facilitando assim as tomadas de decisão quanto
aos investimentos necessários para mitigação dos riscos.

Exemplo:
Conforme dados extraídos dos cálculos realizados, temos a seguinte Matriz de Risco
para o condomínio Meu Paraiso em Jundiai:

5.5.7 LISTAGEM DE RISCOS


 Fraude;
 Invasão;
 Sequestro de morador;
 Vandalismo;
 Uso de entorpecentes.
 Furto interno

33
5.5.8 NÍVEL DE INFLUÊNCIA DOS EVENTOS FUTUROS SOBRE OS RISCOS
(NIEF)
Nesta etapa realizamos uma análise para identificar a influência dos eventos
futuros sobre os riscos que foram listados.

34
5.5.9 NIEF X IMPACTOS CRUZADOS
Na planilha acima podemos observar o resultado da NIEF e Impactos
Cruzados dos eventos futuros.

5.5.10 MODELAGEM DOS CENÁRIOS


Nesta etapa do estudo pudemos descrever cada cenário que podemos ter,
levando em consideração todas as etapas anteriores.

• Cenário Mais Provável

Dentro dos cenários estipulados, identifica-se que o cenário mais provável devido a
localização do condomínio, ocorra violencia urbana, devido a deficiência na
segurança pública. O condomínio não possuía um plano de segurança efetivo, foi
identificado falhas no sistema existente. Além do mais, foi detectado falta de
capacitação e desmotivação da equipe de segurança. Com o cenário atual, levando
35
em conta a atual situação do país a criminalidade, violência urbana, roubos, furtos e
possíveis sequestros só aumentam. A localização do condomínio e atual gestão
pública contribui para esse cenário.

• Cenário Ideal

Dentro do que se considera ideal temos:

Plano de segurança, monitoramento das áreas externas/interna, melhoria e


capacitação da equipe de segurança do condomínio, controle de acesso, essa medida
traz o benefício de controlas a entrada e saída dos moradores, prestadores de
serviços e visitantes, garantindo segurança aos condôminos.

Manutenções preventivas da estrutura e de equipamentos, limpeza das áreas comuns


do condomínio, minimizando os riscos de contaminação por vírus, bactérias ou micro-
organismos tendo em vista o cenário atual.

Tornando o condomínio um local seguro para se residir.

• Cenário de Tendência

Dentro das condições estudadas, temos como tendencia:

Com a crescente violência e criminalidade continue ocorrendo e considerando a


localização não favorável do condomínio, a tendência é investir em novas tecnologias
de monitoramento e segurança.

Garantindo que todas as regras e processos sejam seguidos rigorosamente.

Com o gerenciamento de riscos, é possível a identificar e mitigar os eventos futuros


que possam gerar perdas para o condomínio/condôminos.

36
6. ANÁLISE SITUACIONAL
Nesta etapa todos os fatores de riscos foram listados e classificados por
Macrofator,

37
6.1. LISTAGEM, DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS
Foram listados 15 (quinze) Riscos estratégicos para conforme planilha acima.

38
6.2 DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO (DCE)
Nesta etapa os fatores de riscos foram analisados e vinculados aos riscos
listados para o condominio. Através dessa etapa foi possível identificar quais fatores
de riscos são motrizes, ou seja, identificamos aqueles fatores que mais impactam os
riscos.

39
De posse dessa análise, chegamos ao resultado da matriz SWOT, conforme
figura 20 abaixo:

Figura 20 - Matriz SWOT

• Legenda:

40
Dos 13 Macro Fatores, possui 5 fatores de risco no vermelho, acompanhado
pela consequencia de 5 macrofatores e no amarelo 2 e 1 no laranja, De posse dessa
informação já temos como priorizar quais fatores de riscos devemos tratar
imediatamente. O nível de segurança do comdonimio está bastante deficiente,
portanto, investimentos e ações deverão ser realizados imediatamente.

7. ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS - INERENTE

Nesta etapa realizamos a análise e avaliação do risco inerente. Entende-se


por risco inerente a avaliação dos riscos sem considerar a existência de controles
para mitigálos. Dentro desse conceito, após elaborar análise de riscos, chegaremos
ao resultado da matriz de riscos (probabilidade e impacto) e o nível de risco
Nas figuras abaixo podemos verificar as notas atribuídas de probabilidade e
impacto para cada risco.

41
Após as notas serem atribuídas, chegamos ao resultado da matriz de risco inerente,
conforme figura 21 abaixo:

Figura 21 - Matriz Riscos Inerente

• Indicadores por criticidade dos riscos (inerente):

42
• Níveis de Risco (Inerente)
De acordo com a tabela abaixo, o nível de Riscos Inerentes da empresa está
em 8,76, no nível amarelo:

43
• Apetite ao Risco (inerente)

Conforme determinado no início desta Análise, NÃO será admitido riscos no


quadrante vermelho. Obrigatoriamente o dono do risco deverá criar planos de ação
para baixar a criticidade dos riscos neste quadrante.

 Riscos no quadrante laranja deverão ter tratamento a médio prazo;


 Riscos nos quadrante amarelo ou verde estão dentro do apetite ao
risco da companhia.

8. ANÁLISE E AVALIAÇÃO DOS RISCOS – RESIDUAL

Nesta etapa realizamos a análise e avaliação do risco residual, ou seja, após


a aplicar os controles existentes na empresa, avaliar quais riscos realmente
precisam ser mitigados. O primeiro processo realizado foi a Avaliação dos Controles
(WALKTHROUGH), no qual foi necessário validar a efetividade dos controles

44
existentes na empresa, avaliando se realmente eles estão atuando e mitigando os
fatores de riscos. Na planilha abaixo podemos verificar este processo:

Após a realização do walkthrough, na tabela abaixo podemos verificar as


notas atribuídas de probabilidade e impacto para cada risco, já levando em
consideração a efetividade de cada controle.

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Após a atribuição das notas, chegamos ao resultado da matriz de risco
residual, conforme abaixo:

Figura 22 - Matriz de Risco Residual

• Indicadores por criticidade dos riscos (residual):

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• Níveis de Risco (residual)
De acordo com a tabela abaixo, o nível de Riscos residual da empresa está
em 7,45 no nível amarelo:

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• Apetite ao Risco (residual)

Conforme determinado no início desta Análise, NÃO será admitido riscos no


quadrante vermelho. Obrigatoriamente o dono do risco deverá criar planos de ação
para baixar a criticidade dos riscos neste quadrante.
 Riscos no quadrante laranja deverão ter tratamento a médio prazo;
 Riscos nos quadrantes amarelos ou verdes estão dentro do apetite ao risco
da companhia.

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9. RESPOSTAS AOS RISCOS – PLANO DE AÇÃO

Tendo em vista a necessidade de tratar os riscos que ainda permanecem no


quadrante laranja, mesmo após a aplicação dos controles, foram elaborados planos
de ação para mitigar os fatores de riscos motrizes conforme

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• Priorização das ações

• Matriz de Priorização das Ações

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10. PROJEÇÃO FUTURA

Esta etapa do processo consiste na projeção dos riscos, considerando que


todos os planos de ação foram concluídos e os controles estão efetivos. Conforme
tabela abaixo podemos verificar as notas atribuídas de probabilidade e impacto para
cada risco.

Após a atribuição das notas, chegamos ao resultado da matriz de risco da


projeção futura, conforme abaixo:

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• Indicadores por criticidade dos riscos (projeção futura):

• Níveis de Risco (projeção futura)


De acordo com a tabela abaixo, o nível de Riscos com uma projeção futura da
empresa está em 5,80 no nível amarelo:

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De acordo com o apetite de risco, com a implementação dos planos de ação,
o nível de risco da empresa reduzirá e atingirá um patamar aceitável para a empresa
conforme mostra indicador.

11. MONITORAMENTO E ANÁLISE CRÍTICA

O monitoramento e a análise crítica devem ser planejados como parte do


processo e deve envolver a verificação/checagem regulares dos processos do
condominio, podendo ser periódicos ou acontecer em resposta a um fato específico.
Como primeira etapa, é de suma importância a verificação se todos os planos de
ação implementados estão sendo executados. Importante também acompanhar os
resultados das ações e medidas propostas, com objetivo de saber se seus objetivos
foram atingidos e, caso não, identificar quais foram as dificuldades encontradas e as
ações corretivas necessárias. A segunda etapa do processo de monitoramento é
com relação à evolução das condições dos riscos identificados e analisados. É de
suma importância montar um processo de acompanhamento das condições listadas
no diagrama de causa e efeito, pois podem sofrer mudanças e/ou alterações do
ambiente analisado anteriormente.

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• Indicadores Chaves de Riscos

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12. CONCLUSÃO

Após a finalização desta Análise Risco, ficam evidentes quais os principais


riscos a que o Condomínio Residencial Meu Paraiso está exposto, bem como quais
as principais ações de mitigação de riscos que devem ser realizadas a fim de
minimizar o impacto e a probabilidade de cada risco elencado.
Quanto maior for o investimento em segurança, menor será o IV (índice de
vulnerabilidade), e quanto menor o IV, maior o nível de segurança, lembrando que o
ideal é sempre manter o equilíbrio entre o risco e a vulnerabilidade, de forma que um
não sobressaia sobre o outro.
As ações de mitigação são sugeridas de acordo com a necessidade do cliente
em questão, podendo ele realiza-las ou não, porém, vale ressaltar que cada risco
não mitigado passa a ser um risco assumido pelo cliente, tudo depende de como
está o apetite ao risco, caso o cliente possua seguro, provavelmente o custo após
implantação será reduzido, pois o investimento em segurança traz mais
“tranquilidade” à corretora de seguros, porém caso não possua, o risco quando não
mitigado, passa a ser assumido, de tal forma que caso haja a concretização do risco,
o impacto pode ser bastante prejudicial à organização, afetando em última instância
a imagem com exposição na mídia.
Enfim, conforme mencionado nesta análise, a quantidade de equipamentos
disposta na unidade hoje é insuficiente para mitigar os riscos elencados, mesmo
apesar de possuir um baixo histórico de ocorrências, ainda assim, há uma
probabilidade de ocorrência, portanto, a mitigação se faz necessária.
Lembrando que é sempre bom ressaltar que Segurança é um investimento
que traz tranquilidade.

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13. REFERÊNCIAS

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABTT NBR 31000:2018 – Gestão


de Riscos: Princípios e Diretrizes, 2018.

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR 31004:2015 – Gestão


de Riscos: Guia para implementação, 2015.

BRASILIANO INTERRISK – Disponível em: https://www.brasiliano.com.br/ - Acesso


em 05/12/2022

COSO – Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission.


Gerenciamento de Riscos Corporativos - Estrutura Integrada. Edição brasileira
patrocinada pela PriceWaterhouseCoopers e Audibra. 2007. Disponível em:
https://www.coso.org/SitePages/Home.aspx Acesso em 05/12/2022

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14. ANEXOS

Sem anexos.

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