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ESTUDO 06
OS DOIS TIPOS DE SABEDORIA – TIAGO 3:13 – 4:10

Tiago fala de duas fontes de sabedoria, a sabedoria verdadeira, que provém de Deus, e a terrena, que é demoníaca. Ele
apresenta contrastes poderosos para diferenciar uma da outra.

A sabedoria verdadeira possui caracterís cas que demonstram a natureza do próprio Deus: ela é pura, pacífica, amável,
compreensiva, cheia de misericórdia, imparcial e sincera. Está diretamente ligada à humildade, e Deus concede graça para
quem a pra ca. Já a sabedoria terrena gera frutos podres, pois tem sua essência na ambição e na inveja, que causam
contendas entre as pessoas e inimizade com Deus. Ela demonstra o orgulho e as paixões que permeiam os corações
daqueles que a escolhem.

Diante disso, Tiago ordena que resistam ao diabo, purificando o coração, se aproximando de Deus e se humilhando diante
dele.

Foco do estudo

Tiago 3.13-18:

Tiago fala sobre precisarmos de sabedoria para lidar com as circunstâncias e com as pessoas. Mas, o que é sabedoria?
Sabedoria é o uso correto do conhecimento, e oposto disso é tolice.

Tiago está contrastando dois pos de sabedoria: a sabedoria da terra e a sabedoria do céu.

A grande pergunta é: qual dessas fontes governa a nossa vida? Podemos avaliar isso pelos nossos frutos, se são frutos
baseados no temor ao Senhor (Provérbios 1.9) e na luta contra o pecado ou se são frutos de uma vida voltada ao próprio
eu, aos meus próprios desejos e pecados.

Precisamos entender que o mundo está cada vez mais secularizado. As coisas de Deus estão perdendo sua importância,
não são atraentes, e são vistas até como opressoras, sem amor. A Palavra de Deus não governa mais a vida familiar,
econômica, profissional, sen mental e principalmente espiritual das pessoas, pois cada vez mais, as pessoas buscam uma
sabedoria terrena onde o trono é ocupado pelo humanismo e o deus do sistema.

Porém, como cristãos, nossa vida deve se basear na sabedoria verdadeira que é fruto de oração (1.5) e dom de Deus
(1.17). Essa sabedoria é Cristo (1 Corín os 1.30). Nele temos todos os tesouros da sabedoria (Colossenses 2.3).
Encontramos na Palavra, visto que ela nos torna sábios para a salvação e para uma vida de fé e obediência (2 Timóteo
3.15). Ela nos é dada como resposta de oração (Efésios 1.17; Tiago 1.5).

Sabedoria terrena produz: inveja amarga, ambição egoísta, confusão e toda espécie de males. Sabedoria do alto é: Pura,
pacífica, amável, compreensiva, cheia de misericórdia e de bons frutos, é imparcial e sincera. Traz paz e gera
relacionamentos saudáveis.

Nem sempre entenderemos aquilo que Deus requer de nós, mas Ele nos chama para viver em sua dependência, andando
pela sabedoria que provém dEle, e isso requer obediência. Só obedecendo a Deus e sua palavra, poderemos desfrutar dos
resultados que visam sua glória.

Um exemplo simples é de uma criança, que muitas vezes não entende por que deve obedecer ao Pai, mas futuramente ela
passa a compreender as razões.
Tiago 4.1

Tiago começa o capítulo 4 falando sobre uma guerra contra o próximo, contra nós mesmos e contra Deus. Sabemos muito
bem que a fonte de todas essas guerras está dentro do nosso próprio coração.

Ronaldo Lidório diz: “O di cil não é andar na contra mão do mundo, mas andar na contra mão do nosso próprio coração.”

Essa é a verdade. Grande parte de nossas lutas começam dentro de nós e explodem para fora, afetando nosso
relacionamento com o próximo e, principalmente, com Deus. Isso tudo acontece por conta dos nossos desejos egoístas,
que são perigosos e nos levam a cometer ações erradas (4.2), e até a fazer orações erradas (4.3), que visam nossa vontade
e tendem a colocar Deus na parede ao invés de nos moldar e nos fazer aderir a Sua vontade. Quando as nossas orações
são erradas, toda a nossa vida está errada.

Tiago 4.4.10

OBS: Adúlteros - alguém infiel a Deus, sem fidelidade, descrente, quebra a aliança, desobediente, perdido.

Tiago cita três inimigos com quem não podemos ter amizade se desejamos viver em paz com Deus:

1. Mundo (Versículo.4)

O sistema que rege o mundo é an Deus. Se o mundo valoriza a riqueza, começamos a valorizar a riqueza também. Se o
mundo valoriza o pres gio, passamos a valorizar o pres gio. Temos a tendência de assimilar esses valores do mundo.

Um crente pode tornar-se amigo do mundo grada vamente:

1ª Sendo amigo do mundo (4.4).


2ª Sendo contaminado pelo mundo (1.27).
3ª Amando o mundo (1 João 2.15-17).
4ª Conformando-se com o mundo (Romanos 12.2).

Como resultado, esse crente será condenado junto com o mundo (1 Corín os 11:32).

2. Diabo (v. 6-7)

Nosso inimigo procura nos influenciar para vivermos e permanecermos no pecado. Ele induz situações para sermos
tentados, pois seu foco principal é nos levar para longe de Deus.

3. Nossa carne (v. 5)

A carne é a nossa velha natureza. Na conversão recebemos uma nova natureza, mas não perdemos a velha. Ela precisa ser
crucificada. Lutero dizia: “Pensei que o velho homem nha morrido nas águas do ba smo, mas descobri que o infeliz sabia
nadar. Agora tenho que matá-lo todos os dias.” Essas duas naturezas estão em conflito (G 5.17).
Há paixões carnais que buscam nos colocar em guerra contra Deus, então devemos fugir dessas paixões
(1 Corín os 6.18; 2 Timóteo 2.22).
O Espírito de Deus habita em nós e anseia por nós com zelo (4.5), ele não nos divide com ninguém.
Como vencer?

Jesus sempre nos dará graça suficiente para vencer. Mas essa graça não nos isenta de responsabilidade. Warren Wiersbe
acredita que Tiago menciona quatro a tudes que podem nos trazer vitória: submissão a Deus, resistência ao diabo,
comunhão com Deus e humildade diante de Deus.

Submeter: obedecer, se organizar segundo uma referência, seguir o comandante voluntariamente.

Resis r: Colocar-se contra, fugir da tentação.

Davi pecou contra Deus adulterando, men ndo, matando Urias e escondendo o seu pecado. Mas quando ele se humilhou,
se submeteu e confessou seus pecados, encontrou paz novamente com Deus.

Quanto mais perto de Deus estamos, mais parecidos com Jesus nós nos tornamos. Comunhão com Deus é uma via de
mão dupla. Quando nós chegamos a Deus, ele se chega a nós.

Não podemos ter comunhão com Deus e com o pecado ao mesmo tempo (4.8b). Comunhão com Deus implica purificação
(4.8b).

Perguntas orientadoras

Como a sabedoria terrena pode provocar guerras e conflitos nas esferas de relacionamento?

Em que situação você viu a sabedoria celes al auxilia na resolução de conflitos?

Por contraste, Tiago diz que devemos lidar sabiamente com os nossos desejos pedindo a Deus que nos oriente se o que
almejamos está de acordo com sua vontade (4.2-3). Por que as vezes resis mos ou hesitamos em pedir a Deus o que
queremos?

O que é orar para você? Isso é importante?

Tiago diz que não recebemos até mesmo quando pedimos porque o fazemos por mo vos errados (4.3). O que seriam
exemplos de mo vos certos e errados em nossas orações?

O que significa para nós ter “amizade com o mundo” (4.4)?

O que mais Tiago diz que é necessário para achegar-se a Deus em oração (4.4-10)?

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