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1 Reis
Harry E. Shields
Introdução a 1 e 2 Reis
Kings apresenta a história da monarquia de
Israel, nos últimos dias do reino unido e a
posterior divisão em Israel e Judá. O livro de 1
Reis começa no final do reinado de Davi, o
maior rei de Israel. A deportação para a
Babilônia de Joaquim, o último rei de Judá,
fecha o livro de 2 Reis. O intervalo de tempo
dos dois livros é de pouco mais de 400 anos
(971-586 aC).
Essas narrativas históricas de Israel e Judá incluem
a interação com as nações vizinhas, os desastres de
seguir falsos profetas e o trágico cativeiro babilônico.
Esses livros são um registro de eventos no
cumprimento da promessa de Deus de bênção pela
obediência (Dt 17:14-20) e julgamento pela
desobediência (Dt 28-29). Durante a monarquia, os
profetas, particularmente Elias, Eliseu e Isaías,
proclamaram a mensagem de Deus. 1 e 2 Reis
revelam a fidelidade de Deus à Sua Palavra e ao Seu
povo. São livros de verdade teológica e grandes
questões espirituais que, em última análise, lembram
Israel da aliança davídica (ver 2Sm 7:12-16), o
fracasso de todos os reis em cumpri-la e o
encorajamento resultante para Israel continuar
esperando pela vinda. Filho de Davi, o rei messiânico.
autor.Os livros dos Reis não dão nenhuma
indicação da identidade do autor. No entanto, o estilo
e a escolha das palavras, os temas recorrentes e os
padrões literários do livro sustentam a posição
histórica de um único autor. A tradição rabínica
atribuiu a autoria a Esdras ou Ezequiel. O Talmude
Babilônico diz que foi escrito por Jeremias, já que 2Rs
24:18–25:30 é exatamente o mesmo que o último
capítulo de Jeremias (Jr 52). O escritor real é incerto;
no entanto, alguns fatos sobre o autor podem ser
aprendidos no texto.
É claro que o autor de Reis estava
familiarizado com o texto bíblico e outras
eu479eu
escritos e referiu-se a eles na composição de Reis.
Ele se referiu ao “livro dos atos de Salomão” (1Rs
11:41). Ele também se referiu ao “Livro das
Crônicas dos Reis de Israel” (cf. 1Rs 14:19; 15:31;
16:5, 14, 20, 27; 22:39; 2Rs 1:18; 10:34 ; 13:8, 12;
14:15; 15:6, 11, 15, 21, 26, 31) e o “Livro das
Crônicas dos Reis de Judá” (cf. 1Rs 14:29; 15:7, 23;
22:45; 2Rs 8:23; 12:19; 14:18, 28; 15:36; 16:19;
20:20; 21:17, 25; 23:28; 24:5). Essas Crônicas não
são os livros do AT de 1 e 2 Crônicas, mas eram
registros oficiais da corte na monarquia, não mais
existentes. Portanto, o autor humano não
identificado baseou-se em uma variedade de
registros seculares para registrar a história
inspirada da perspectiva de Deus.
Alguns estudiosos críticos sugeriram que Kings
teve vários autores/editores de vários períodos da
história de Israel que registraram eventos ao longo
desse período de 400 anos, de Salomão a Joaquim.
Em seguida, um editor posterior adicionou seus
próprios detalhes históricos e suavizou as transições
difíceis na produção final de 1 e 2 Reis. O principal
problema com as teorias de múltiplos autores é que
elas não fornecem evidências suficientes para
explicar a consistência dos livros em apresentar uma
perspectiva teológica ou estrutura linguística
unificada. Tampouco explicam como esses vários
editores foram capazes de passar informações para
uma composição final, especialmente com tantos
supostos editores envolvidos ao longo de várias
centenas de anos.
Portanto, o ponto de vista deste comentário é que
um único autor escreveu durante o tempo do exílio,
compilando o que hoje é conhecido como 1 e 2 Reis.
Este autor não identificado baseou-se em uma
variedade de fontes seculares para registrar a
história de Israel. O povo de Israel precisava
entender teologicamente por que foi para o exílio.
Além disso, todos os reis fracassados de Israel e
eu480eu 1 Kingsin INTRODUÇÃO
Judá os lembrou de continuar procurando o rei
davídico, o Messias, que ainda estava por vir.
data.A data de composição, como o autor, é
difícil de determinar. Nada é declarado em 1
ou 2 Reis que indique uma data exata de
escrita.
Evidências internas, no entanto, indicam que
os livros foram escritos durante o exílio. Uma
evidência é o último evento registrado em 2 Reis,
a libertação de Joaquim da prisão para viver sua
vida na Babilônia. Isso ocorreu em 37ºano de seu
exílio (cf. 2Rs 25:27-30; 560 AC). No entanto, não
há menção ao retorno da Babilônia, indicando
que o livro foi escrito enquanto o povo judeu
ainda estava no cativeiro.
Um segundo suporte para datar os livros da época
do exílio é a frase “até hoje”, que aparece 13 vezes ao
longo dos livros (cf. 1Rs 8:8; 9:13, 21; 12:19; 2Rs 2: 22;
8:22; 10:27; 14:7; 16:6; 17:34, 41; 20:17; 21:15). A frase
é significativa porque descreve uma variedade de
situações e marcos históricos que ainda existiam ou
eram praticados no momento da escrita. Novamente,
uma data específica não é fornecida, mas evidências
internas indicam que a escrita deve ter ocorrido
algum tempo depois que esses eventos ocorreram,
mas não tão distante que não fossem mais
lembrados. Uma data em algum momento durante o
exílio, mas antes do retorno, se encaixa melhor com
os eventos descritos em 1 e 2 Reis. Portanto, uma
data provável para a escrita dos livros é entre 560 e
550 AC.
Datas-chave na história de Israel estão inseridas
no texto: Davi morreu e Salomão tornou-se rei em
971 aC; o reino foi dividido em 930 aC; o reino do
norte caiu para a Assíria em 721 aC; Judá caiu para a
Babilônia em 586 AC. No entanto, uma coordenação
exata dos reis de Israel e dos reis de Judá pode ser
confusa, apesar da cronologia como “no terceiro ano
em que Jeosafá, rei de Judá, desceu ao rei de
Israel . . .” (1Rs 22:2). Isso pode ser resolvido em
alguns casos entendendo a co-regência ou vice-
regência dos reis. Além disso, Judá e Israel usaram
dois sistemas diferentes para determinar quando o
reinado começou, e mesmo esse sistema às vezes foi
alterado ao longo dos anos. Por fim, Judá e Israel
começaram seus anos civis em épocas diferentes, de
modo que o início do novo ano não coincide. (Para
uma discussão detalhada sobre isso, consulte Edwin
R. Thiele,Os Misteriosos Números dos Reis Hebreus,
rev. ed., Chicago: University of Chicago Press, 1983.)
Os relatos dos reinados dos reis de Judá e Israel
freqüentemente se alternam ao longo dos dois livros
de Reis, com mais
detalhes dados sobre alguns dos monarcas e
muito poucos detalhes dados sobre outros. As
datas e anos dos reinados dos reis, juntamente
com as principais passagens paralelas em 2
Crônicas, estão incluídas no comentário.
destinatários.Os destinatários de 1 e 2 Reis
não são especificamente indicados. No entanto, o
conteúdo e a mensagem do livro sugerem que ele
foi escrito para o remanescente fiel do povo judeu
que havia ido para o cativeiro. A mensagem do
livro explica como e por que a nação foi para o
cativeiro, por causa de sua falha em seguir o
Senhor. Também apresenta a fidelidade de Deus à
Sua aliança com Davi para preservar um
remanescente fiel (cf. 2Sm 7:8-17). Embora todos
os reis de Judá tenham falhado em cumprir a
promessa davídica, a implicação é que o povo
deveria continuar esperando pelo Rei messiânico,
o maior Filho de Davi.
Objetivo e tema.A narrativa histórica de
Reis vai além de um simples registro
histórico dos 19 reis de Israel (todos maus) e
dos 20 reis de Judá (apenas oito bons - Asa,
Josafá, Joás/Jeoás, Amazias, Jotão, Azarias/
Uzias, Jotão, e Ezequias). Primeiro, para o
povo judeu na Babilônia em 560 aC, e para a
comunidade judaica posterior, a leitura de
Reis daria uma visão de suas circunstâncias,
explicando a causa da conquista babilônica.
A nação foi levada em cativeiro por sua
prática perversa de idolatria: estabelecendo
uma adoração corrompida ao Senhor com
os bezerros de ouro no reino do norte,
adorando os deuses das nações pagãs ao
seu redor nos altos e em Jerusalém, e até
mesmo sacrificando seus filhos a Moloque.
Após o retorno do exílio, Israel nunca mais
praticaria idolatria.
Em segundo lugar, esses livros são projetados
para revelar que cada rei falhou, mesmo os bons
reis de Judá, em ser o herdeiro final do trono
davídico prometido por Deus na aliança davídica
(cf. 2Sm 7:8-17). O messiânico Filho de Davi ainda
estava por vir. Além disso, uma compreensão dos
Reis daria ao povo judeu, e a todos os leitores até
hoje, uma oportunidade renovada de temer a
Deus, viver em devoção a Ele e buscar o Rei
messiânico.
Fundo.Os dois livros dos Reis foram
originalmente vistos como um livro no cânon
hebraico, chamadomelakim(Hb. “reis”). A LXX
(250 aC) dividiu Samuel e Reis em dois livros,
provavelmente para tornar o tamanho dos
textos mais administrável. A LXX se refere
 1 Kingsin INTRODUÇÃO eu481eu

1 e 2 Samuel como o “Primeiro e Segundo Reinados”,
enquanto 1 e 2 Reis se tornaram o “Terceiro e Quarto
Reinados”. A divisão LXX foi rapidamente adotada
pelo texto hebraico e todas as traduções
subseqüentes.
Os livros de 1 e 2 Reis são semelhantes em
muitos aspectos a 1 e 2 Samuel. Todos os
quatro livros foram escritos principalmente
como narrativa histórica, mas incluem a
mensagem dos profetas à nação de Israel. No
canhão hebraico, 1 e 2 Reis são colocados com
o último dos Profetas Antigos (Josué, Reis e
Samuel), enfatizando o elemento profético dos
livros. O cânone inglês coloca Reis entre
Samuel e Crônicas, enfatizando assim o
elemento histórico desses livros.
Os Últimos Profetas (Isaías, Jeremias e
Ezequiel) também têm uma estreita ligação
com os Reis, pois 1 e 2 Reis fornecem a
estrutura histórica para tudo o que os Últimos
Profetas proclamam. Tanto Reis quanto
Crônicas cobrem a história de Israel, mas têm
ênfases diferentes. Os livros dos Reis incluem
detalhes de todos os reis dos reinos unidos e
divididos. No entanto, Crônicas se concentra na
casa de Judá durante a monarquia davídica. O
reino do norte de Israel é mencionado em
Crônicas apenas em sua relação com Judá.
Observe que o comprimento igual não é
dado a cada um dos reis identificados em 1
e 2 Reis. O escritor foi além de descrever os
vários detalhes da história para identificar a
condição espiritual de cada rei. Algumas
dessas condições espirituais tiveram grande
impacto na nação e foram mais importantes
que outras, ganhando mais espaço no texto.
Após o reinado de Salomão, os vários reis
foram descritos por uma fórmula sêxtupla
bastante consistente: (1) o tempo da
ascensão de um rei em relação a outro rei
em Israel ou Judá, (2) a duração do reinado
do rei e o local de sua capital, (3) o nome da
mãe do rei no caso dos reis da Judéia, (4)
uma declaração sobre se o rei era bom ou
mau aos olhos do Senhor, muitas vezes em
comparação com Davi, (5) a fonte de mais
informações sobre o rei particular descrito,
Como Ler a Bíblia Livro por Livro[Grand
Rapids, MI: Zondervan, 2002], 93).
Os gráficos “Reis de Israel” e “Reis de
Judá” fornecem uma visão geral da
monarquia unida, os reis de Judá e Israel.
Eles incluem os anos de reinado e o texto
que registra sua história.

ESBOÇO PARA 1 E 2 REIS

I. O Reino Unido sob Salomão (1Rs 1:1–11:43)

A. Salomão Ungiu e Estabelece o Reino (1Rs 1:1–2:46)
B. Sabedoria, edificação e sucesso de Salomão (1Rs 3:1–10:29)
1. Salomão recebeu sabedoria do Senhor (1Rs 3:1-28)
2. Salomão Organiza Seu Reino com Sabedoria (1Rs 4:1-34)
3. Os Programas de Construção de Salomão: O Templo e Outras Estruturas (1Rs 5:1–8:66)
a. A Aliança de Salomão com o Rei Hiram e a Organização dos Trabalhadores (1Rs 5:1-18)
b. Salomão constrói o templo e seu palácio (1Rs 6:1–7:51)
c. Salomão Dedica o Templo (1Rs 8:1-66)
4. A advertência de Salomão do Senhor (1Rs 9:1-9)
5. O Esplêndido Reino de Salomão (1Rs 9:10–10:29)
C. O Coração Dividido de Salomão e Declínio Espiritual (1Rs 11:1-43)
II. O Reino Dividido: Norte de Israel e Sul de Judá (1Rs 12:1–2Rs 17:41)
A. Roboão de Judá e Jeroboão de Israel (1Rs 12:1–14:31)
1. O Reinado de Roboão: Escolhas Tolas e Suas Consequências (1Rs 12:1-19)
2. Coroação de Jeroboão como Rei de Israel (1Rs 12:20-24)
3. Autoengano e escolhas pecaminosas de Jeroboão (1Rs 12:25-33)
4. Jeroboão, a Palavra de Deus e a Rebelião Espiritual (1Rs 13:1-34)
5. As Consequências da Desobediência de Jeroboão (1Rs 14:1-20)
6. Reinado de Roboão em Judá (1Rs 14:21-31)
B. Os reis de Judá e Israel até a queda de Israel para a Assíria (1Rs 15:1–2Rs 17:41)
1. Abijão de Judá: Um Rei Mau (1Rs 15:1-8)
eu482eu 1 Kingsin INTRODUÇÃO

2. Asa de Judá: Um bom rei (1Rs 15:9-24)

3. De Nadabe a Onri: Declínio espiritual crescente em Israel (1Rs
15:25–16:34)
4. Acabe e o Profeta Elias: A Supremacia de Deus sobre a Natureza (1Rs 17:1–22:40)
a. Elias e os Profetas de Baal (1Rs 17:1–18:46)
b. Elias teme por sua vida e é consolado pelo Senhor (1Rs 19:1-21)
c. Acabe e a Supremacia de Deus sobre o Poder Militar (1Rs 20:1-43)
d. Acabe cobiça a vinha de Nabote e aprende sobre a justiça de Deus (1Rs 21:1-29)
e. Acabe Confrontado pelo Profeta Micaías: A Supremacia de Deus sobre os Planos
(1Rs 22:1-40)
5. Josafá de Judá: Um bom rei (1Rs 22:41-50)
6. Acazias de Israel: Elias e a supremacia de Deus sobre a saúde (1Rs 22:51–2Rs 1:1-18)
7. Eliseu, Profeta do Reino do Norte (2Rs 2:1–6:23)
a. Eliseu recebeu o ofício profético de Elias (2Rs 2:1-25)
b. Eliseu confirma sua autoridade (2Rs 3:1-27)
c. Eliseu realiza milagres para substanciar sua mensagem de Deus (2Rs 4:1–6:23)
(1) O Milagre do Óleo da Viúva (2Rs 4:1-7)
(2) A Cura Milagrosa do Filho da Sunamita (2Rs 4:8-37)

Reis de Israel — Reino do Norte

Nome de Data de Reinado Relação a Reinado 1-2 Reis, 1-2 Crônicas Profeta
Rei (ano) alguns Antecessor Referência
co-regente

Jeroboão I 931-910 (22) servo ruim 1Rs 11:26–14:20; 2Cr 9:29–13:22

Nadabe 910–909 (2) filho ruim 1Rs 15:25-28

Baasa 909–886 (24) nenhum ruim 1Rs 15:27–16:7; 2Cr 16:1-6

Elah 886–885 (2) filho ruim 1Rs 16:6-14

Zinri 885 (7 dias) capitão cavalo ruim 1Rs 16:9-20

Onri 885–874 (12) capitão do exército ruim 1Rs 16:15-28

Acabe 874–853 (22) filho ruim 1Rs 16:28–22:40; 2Cr 18:1-34 Elias, Micaías
Acazias 853–852 (2) filho ruim 1Rs 22:40–2Rs 1:18; 2Cr 20:35-37 Elias
Jeorão/
852–841 (12) irmão ruim 2Rs 3:1–9:25; 2Cr 22:5-7 Elias
Joram

Jeú 841–814 (28) nenhum ruim 2Rs 9:1–10:36; 2Cr 22:7-12 Eliseu

Jeoacaz 814–798 (17) filho ruim 2Rs 13:1-9 Eliseu

Jeoás/
798–782 (16) filho ruim 2Rs 13:10–14:16; 2Cr 25:17-24 Eliseu
Joás
Oséias, Amós,
Jeroboão II 793–753 (41) filho ruim 2Rs 14:23-29
Jonas
753–752
Zacarias filho ruim 2Rs 14:29–15:12
(6 meses)
Salum 752 (1 mês) nenhum ruim 2Rs 15:10-15

Menahem 752–742 (10) nenhum ruim 2Rs 15:14-22

Pekahiah 742–740 (2) filho ruim 2Rs 15:22-26

Pekah 752–731 (20) capitão do exército ruim 2Rs 15:27-31; 2Cr 28:5-8

Hoshea 731–722/21(9) nenhum ruim 2Rs 15:30–17:6

 1 REISINTRODUÇÃO eu483eu

(3) O Milagre da Cura do Ensopado Venenoso (2Rs 4:38-41)

(4) O Milagre da Alimentação de Cem Homens (2Rs 4:42-44)
(5) A Cura Milagrosa de Naamã, o Leproso (2Rs 5:1-27)
(6) A Milagrosa Recuperação do Machado (2Rs 6:1-7)
(7) A Proteção Milagrosa de Deus a Eliseu (2Rs 6:8-23)
8. Eliseu prevê que o cerco de Samaria terminará (2Rs 6:24–7:20)
9. Eliseu cumpre as profecias proferidas originalmente por meio de Elias (2Rs 8:1–9:13)
10. Jeú de Israel: um rei mau que toma ações que cumprem a profecia (2Rs
9:14–10:36)
11. Atalia e Joás de Judá: Uma Rainha Má e um Rei Bom (2Rs 11:1–12:21)
12. Jeoacaz e Jeoás de Israel: Reis Maus nos Últimos Dias de Eliseu (2Rs 13:1-25)
13. Amazias de Judá: Um bom rei; e Jeoás de Israel: Um Rei Mau (2Rs 14:1-22)

Reis de Judá — Reino do Sul

Nome do Rei Data de Reinado Relação a Reinado 1-2 Reis, 1-2 Crônicas Profeta
(ano) alguns Antecessor Referência
co-regente

1Rs 11:42–41:31;
Roboão 931–913 (17) filho de salomo Ruim
2Cr 9:31–12:16
Abijam/Abijah 913–911 (3) Filho Ruim 1Rs 14:31–15:8; 2Cr 13:1-22
Como um 911–870 (41) Filho Bom 1Rs 15:8-24; 2Cr 14:1–16:14
1Rs 22:41-50;
Josafá 873–848 (25) Filho Bom
2Cr 17:1–20:37
Jeorão/Jorão 848–841 (8) Filho Ruim 2Rs 8:16-24; 2Cr 21:1-20
Acazias 841 (1) Filho Ruim 2Rs 8:24–9:29; 2Cr 22:1-9
Atalia (Rainha) 841–835 (6) Mãe Ruim 2Rs 11:1-20; 2Cr 22:1–23:21
2Rs 11:1–12:21;
Joás/Jeoás 835–796 (40) Neto Bom
2Cr 22:10–24:27
amazias 796–767 (29) Filho Bom 2Rs 14:1-20; 2Cr 25:1-28
Isaías, Oséias,
Azarias/Uzias 792–740 (52) Filho Bom 2Rs 15:1-7; 2Cr 26:1-23
Amós
Isaías, Oséias,
Jotão 750–732 (16) Filho Bom 2Rs 15:32-38; 2Cr 27:1-9
Miquéias

Isaías, Oséias,
Acaz 735–716 (16) Filho Ruim 2Rs 16:1-20; 2Cr 28:1-27
Miquéias

716/15–687 2Rs 18:1–20:21; Isaías, Oséias,

Ezequias Filho Bom
(29) 2Cr 29:1–32:33 Miquéias

Manassés 697–643 (55) Filho Ruim 2Rs 21:1-18; 2Cr 33:1-29

Amon 643–641 (2) Filho Ruim 2Rs 21:19-26; 2Cr 33:21-25
2Rs 22:1–23:30; Jeremias,
Josias 641–609 (31) Filho Bom
2Cr 34:1–35:27 Sofonias
Jeoacaz 609 (3 meses) Filho Ruim 2Rs 23:31-33; 2Cr 36:1-4 Jeremias
Jeremias,
Jeoiaquim 609–598 (11) Irmão Ruim 2Rs 23:34–24:5; 2Cr 36:5-7
Habacuque

589–597
Joaquim Filho Ruim 2Rs 24:6-16; 2Cr 36:8-10 Jeremias
(3 meses)
2Rs 24:17–25:30;
Zedequias 597–586 (11) Filho Ruim Jeremias
2Cr 36:11-21
eu484eu 1 Kingsin INTRODUÇÃO

14. Jeroboão II de Israel: Um Rei Mau (2Rs 14:23-29)

15. Azarias (Uzias) de Judá: Um bom rei (2Rs 15:1-7)
16. Zacarias, Shallum, Menahem e Pekahiah de Israel: Todos os Reis Maus (2Rs
15:8-26)
17. Peca de Israel: Um Rei Mau (2Rs 15:27-31)
18. Jotão de Judá: Um Bom Rei (2Rs 15:32-38)
19. Acaz de Judá: Um Rei Mau (16:1-20)
20. Oséias de Israel: Um Rei Mau e a Queda do Reino do Norte (2Rs 17:1-41)
III. O Reino de Judá após a queda de Israel (2Rs 18:1–25:30)
A. Os reis de Judá antes da invasão babilônica (2Rs 18:1–23:30)
1. Ezequias de Judá: Um bom rei (2Rs 18:1–20:21)
2. Manassés e Amom de Judá: Dois Reis Maus (2Rs 21:1-26)
3. Josias de Judá: Um bom rei (2Rs 22:1–23:30)
B. Os últimos reis de Judá antes do cativeiro babilônico (2Rs 23:31–25:7)
1. Jeoacaz e Jeoiaquim de Judá: Dois Reis Maus (2Rs 23:31–24:5)
2. Joaquim de Judá: um rei mau (24:6-16)
3. Zedequias de Judá: um rei mau (24:17–25:7)
C. A Queda de Judá e Jerusalém (2Rs 25:8-30)

comentário sobre 1 Reis

I. o Reino Unido sob Salomão (1Rs
1:1–11:43)
O livro começa com a transferência da monarquia
de Davi para Salomão e as decisões subseqüentes
deste último para garantir seu reinado sobre todo o
Israel. Embora tenha enfrentado desafios internos de
seu irmão Adonias, Salomão logo aprendeu que
somente Deus tinha autoridade sobre quem lideraria
Sua nação (cf. Êx 19:5-6). Além disso, Solomon
aprendeu que a tarefa avassaladora de liderança
exigia mais do que habilidade e experiência humana.
Ele, como todos os líderes em Israel, precisaria da
sabedoria sobrenatural de Deus, se os propósitos de
Deus fossem cumpridos. E para realizar os desejos de
seu pai Davi, Salomão decidiu construir uma morada
terrena para o Senhor. Mas, no final, as maiores
realizações de Salomão e sua grande sabedoria
seriam ofuscadas por sua falta de entusiasmo, levado
por várias esposas pagãs para adorar outros deuses.
a. Salomão ungiu e estabeleceu Seu
Reino (1Rs 1:1–2:46)
1:1-4.No estilo narrativo típico, uma tensão é
estabelecida no início de 1 Reis, comoO rei Davi era
velho, avançado em idade, aproximando-se dos
setenta, e seria necessário um novo rei (cf. 2Sm 5,4;
Sl 90,10). Com sua força e saúde em declínio, o
reinado do maior rei de Israel estava chegando ao
fim. de Davidfuncionáriosfizeram tudo ao seu
alcance para cuidar do monarca idoso, mas por causa
da velhice, e talvez doença,ele poderia
não mantenha aquecido. Então eles procuraram um
jovem virgemparaatender o rei e se tornar sua
enfermeira(v. 2). Ela pode ter sido selecionada
porque tinha idade suficiente para cuidar de uma
pessoa idosa, mas ainda não era casada com
responsabilidades de cuidar de sua própria família.
Seus deveres não foram especificados, a não ser
manter Davidesquentar, talvez tendo certeza de que
ele foi mantido coberto com os deveres de um
atendente constante. O termo hebraico 'louco pois
“atender” significa literalmente “estar diante” ou,
neste contexto, “servir ou cuidar” do rei. Embora
abishag a sunamita. . .ficou muito lindoeservido
Davi,o rei não coabitou com ela(v. 4).
1:5-7.A morte iminente de Davi rapidamente se
tornou conhecida por muitas pessoas da casa real.
Como resultado,adonias oquartofilho de David com
sua quinta esposaHaggith(cf. 2Sm 3:2-5; 1Cr 3:2)
procurou tornar-se rei (v. 5). Os filhos mais velhos de
Davi, Amnom, Absalão e Chileabe (cf. 2Sm 3:3) já
estavam mortos (cf. 2Sm 13–18), então Adoniasse
exaltou, dizendo: “Eu serei rei”.A forma verbal
hebraica para “exaltado” revela que este não foi um
evento único, mas uma atividade contínua da parte
de Adonias (“ele se exaltava”). Seu comportamento
descarado foi alimentado pelo fracasso de seu pai em
nuncacruzarele (v. 6). Esta é mais uma vez na vida de
Davi, como no caso de Absalão, quando, por
negligência ou culpa por pecados anteriores, ele
permitiu que um filho fosse indisciplinado. Como
resultado, Adonias se comportou
 1 Reis 1
como um rei à espera (preparou para si carros) e
aliou-se a um séquito decinquenta homens(v. 5).
Também conspirou comJoabe, comandante
militar de Davi que serviu fielmente por anos (cf.
1Sm 26:6; 2Sm 2:13; 19:13; 20:10, 23), eabiatar o
sacerdote(v. 7), que se juntou a David depois de
Saul ter ordenado a Doeg que matasse os
sacerdotes (cf. 2Sm 22,18-20). Adonias queria que
eles ajudassem a torná-lo o próximo rei de Israel.
1:8-10.No entanto,Zadoque, o sacerdote(cf.
2Sm 8:17),Benaia, um dos valentes de Davi (cf.
2Sm 8:18; 23:20; 1Rs 2:25),natan o profeta (cf.
2Sm 12:1-25), conselheiro espiritual de
confiança de David, eos valentes de davi não
estavam com adonias(v. 8). À semelhança de
Absalão, outro filho de David que procurava
usurpar o trono (cf. 2Sm 15,11-12), Adonias
assumiu que seria rei e convocou uma grande
festa. Elesacrificado
. . . e ele convidoupessoas que abraçaram a
ideia de que ele seria um sucessor digno.Mas
ele não convidou o profeta Natã, Benaia, os
valentes(cf. 1Cr 11), e Salomão, seu irmão(v.
10). Ele excluiu essas pessoas que ele sabia que
não apoiariam sua conquista da coroa, pois
apoiavam Davi e sabiam que Deus havia
revelado a Davi que Salomão o sucederia como
rei (cf. 1Cr 22:9-10).
1:11-14.Quandonathan, o profeta e fiel
conselheiro de Davi (cf. 2Sm 12,1-15; 1Cr 17,1-15),
soube da conspiração de Adonias, organizou um
plano para usar tanto sua própria influência quanto a
da esposa de Davi,Bate-Seba(cf. 2Sm 11; 12:24), para
preservar o que Deus havia revelado anos antes
sobre o sucessor da linhagem davídica. Nathan disse
a Bate-Seba:Por favor, deixe-me aconselhá-lo e
salvar sua vida e a vida de seu filho Salomão(v. 12),
pois era provável que Adonias matasse qualquer rival
ao trono se ele se tornasse rei. Nathan revelou a
urgência da situação, instruindo-a avá
imediatamente ao rei Davi e diga-lhe: 'Você, meu
senhor, ó rei, não jurou à sua serva. . . Salomão,
seu filho será rei'(v. 13). Este juramento não é
registrado em outro lugar; no entanto, Deus disse a
Davi quem seria seu sucessor, e possivelmente Davi
havia compartilhado essa notícia com Bate-Seba (cf.
1Cr 22:9-10).
1:15-21. Bate-Sebaexecutou o plano de Natã
(apresentado nos vv. 11-14). Ela demonstrou seu
próprio respeito por David aocurvou-se e
prostrou-se diante do rei(v. 16). Referindo-se a
uma declaração anterior de David, ela
eu485eu
disse,meu senhor, você jurou à sua serva pelo
senhor seu deus, dizendo: 'certamente seu
filho Salomão será rei depois de mim e ele se
sentará no meu trono'(v. 17). David não
contestou a declaração dela. Bate-Seba sabia que
se Adonias subisse ao trono, ela e Salomão seriam
considerados infratores(v. 21), possivelmente
mortos como usurpadores do trono. o hebraico
chatta'(infratores) é freqüentemente traduzido
como “pecador” e tem uma conotação mais
secular no v. 21, sugerindo alguém acusado de
violar as leis do estado.
1:22-27.A segunda parte do plano (revelada
nos vv. 11-14) seguiu em rápida sucessão. A única
diferença entre o discurso de Bate-Seba e o de
Natã é que o profeta fez perguntas a Davi em vez
de fazer declarações diretas. Ele fez duas
perguntas diplomáticas para alertar David sobre
as circunstâncias e motivá-lo a agir: primeiro,meu
senhor, o rei, você disse: 'adonias reinará
depois de mim e ele se sentará no meu trono'?(
v. 24). Em segundo lugar, ele fez uma pergunta
sugerindo que David havia escondido algo de dois
de seus confidentes mais íntimos:Isso foi feito
por meu senhor, o rei, e você não mostrou aos
seus servos quem se sentará no trono do meu
senhor, o rei depois dele?(v. 27).
1:28-31.Seguindo a pergunta de Nathan, David
agiu rapidamente. Ele ligou paraBate-Sebae
jurounos termos mais fortescomo o senhor vive
. . . seu filho Salomão será rei depois de mim(v.
30). Tomando Davi em sua palavra, Bate-Seba
prostrou-se com o rosto em terra e prostrou-se
diante do rei. Confiando em David para fazer a coisa
certa, ela simplesmente disse:que meu senhor rei
david viva para sempre(v. 31).
1:32-40.Para demonstrar que Salomão tinha as
bênçãos de Davi como rei, os servos de Davi
deveriam terSalomão cavalgaos reismulapara
gihon, nos arredores de Jerusalém, no Vale do
Cedrom (v. 33). Então Nathan iriaungi-lo ali como
rei sobre Israel(v. 34). Isso tornaria a escolha de
Salomão por Davi conhecida publicamente.
Uma multidão se reuniu (v. 34). As pessoas eram
regozijando-se com grande alegria, de modo que a
terra tremeu com seu barulho(v. 40). O que David
anunciou na privacidade de seu quarto era agora
conhecido em todo o Israel. A resposta do povo
indicava que eles aprovavam a escolha de Davi em
fazer de Salomão seu novo rei [970–930 aC; cf. 2Cr 1–
9].
1:41-48.A notícia da coroação de Salomão logo
chegou aos ouvidos deadoniase aqueles que
estavam comemorando prematuramentecom ele(v.
eu486eu 1 Reis 1
41). O mensageiro,Jônatas, filho de Abiatar, o
sacerdote, relatou o que estava acontecendo (v.
42). Ele ampliou a certeza e autoridade da
ascensão de Salomão ao trono com quatro fatos:
(1) Salomão foi feito paramontar na mula do rei,
que mostrava a autorização de Davi ao decreto (v.
44). (2) Salomão tinha sido ungidorei em Giom, o
que significava uma declaração pública de
intenção (v. 45). (3) Os servos de Davi estenderam
uma bênção, pedindo a Deus quetornar o nome
de Salomão melhor do quede Davidnome(v. 47).
(4) Davicurvou-se na cama, indicando seu
reconhecimento de Salomão como o novo rei (v.
47). A evidência era clara para Adonias: suas
intenções foram rejeitadas e Salomão seria o
herdeiro legítimo do trono.
1:49-53.Temendo por sua vida,adoniasfugiram
para o tabernáculo. A lei estabelecia que qualquer
pessoa em busca de asilo poderia estar segura
tomandosegurar as pontas do altar(cf. Ex 21:12-14).
Misericordiosamente, Salomão concordou em deixar
Adonias viver, embora tenha deixado claro que
Adonias deveria provar que ele era umhomem digno
(v. 52). Isto é, ele deveria renunciar a qualquer
pretensão ao trono e aceitar Salomão como o rei
legítimo. Adonias foi então conduzido à presença de
Salomão, ondeprostradoperante o rei (v. 53).
Após a unção de Salomão como rei, o velho rei
Davi deu alguns conselhos finais ao novo rei. Ao
longo do cap. 2, o narrador deixou claro que
Salomão “estabeleceu” seu reino (vv. 12, 24,
45-46), e esse firme estabelecimento foi resultado
direto do plano e da intervenção de Deus.
2:1-4.percebendo oa hora de morrer se
aproximou, Davi, assim como Moisés (cf. Dt 31:1-8),
Josué (cf. Jos 23:1-16) e Samuel (cf. 1Sm 12:1-2) perto
da hora da morte,carregada, ou deu instruções
importantes para, seu sucessor. O primeiro desafio
foi para Salomãoseja fortedependendo do Senhor e
de Sua Palavra (Dt 31:7, 23; Jos 1:6-7, 9, 18) e para
mostrarele mesmoum homem(v. 2). A frase
“mostrar-se um homem” significa literalmente
“tornar-se um homem”. Salomão deveria “tornar-se”
tudo o que um rei deveria ser para cumprir as
condições de Dt 17:14-20, obedecendo à lei. ele era
paraentrarDeusescaminhos, eguarda os seus
estatutos. . . mandamentos. . .ordenanças. . .e
testemunhos(v. 3). Esses termos são
frequentemente usados juntos para obediência às
obrigações da aliança (cf. 6:12; 8:58; 2Rs 17:37; Dt
8:11; 11:1; 26:17; 28:15, 45; 30:10, 16). Quando
Salomão se fez um homem obediente à lei, Davi o
informou queo Senhorseriacumprir Sua promessa
da aliança davídica (v. 4; cf. 2Sm 7,8-17). Em
além disso, o tipo de obediência imposta por Davi
refletia as condições que Deus estabeleceu para o
cumprimento da aliança davídica (cf. Sl 132:12),
condições que Salomão acabou falhando em
cumprir.
2:5-6.O segundo desafio de Davi para Salomão era
lidar com o traiçoeiroJoabe. Apesar de ter sido um
bravo soldado no exército de Davi, ele se aliou a
Adonias (cf. 1:7). Durante seus anos de serviço a Davi,
Joabe frequentemente tomava as rédeas do assunto
e usurpava a vontade do rei Davi. Por exemplo,
enquanto Davi procurava unir seu exército com as
forças de Saul, Joabe matou o comandante de Saul,
Abner, violando um tratado de paz que Davi firmara
com Abner (cf. 2Sm 3). Além disso, Joabe executou
precipitadamente Amasa, comandante de Davi, por
demorar muito para retornar de uma missão militar
(cf. 2Sm 20). Davi disse a Salomão para exercer a
justiçade acordo com delesabedoria, e para não
deixar Joabecabelos grisalhos desça ao sheol em
paz(cf. 2:28-35).
2:7.Davi então disse a Salomão para ser gentilaos
filhos de Barzilai. Esta família ajudou Davi quando
ele fugiu da tentativa de golpe do irmão mais velho
de Salomão,absalom(cf. comentários sobre 2Sm
19:31-39). O conselho de Davi era deixe-os estar
entre aqueles que comem à sua mesa por causa do
favor que demonstraram a Davi em um momento de
grande crise.
2:8-9.Emborashimeiparecia estar apoiando
Salomão, Davi conhecia a história de Simei e
alertou Salomão para se proteger da traição. Davi
lembrou que Simei era da família de Saul, um
benjamita, e originalmente se opôs ao reinado
de Davi e depois se aliou a Absalão contra Davi.
Shimei tinha amaldiçoadoelecom uma maldição
violenta(cf. 2Sm 16:5-13) em violação direta do
mandamento mosaico de não amaldiçoar um
governante (cf. 2Sm 19:21; Ex 22:28). Mais tarde,
depois de David derrotar Absalão, Simei correu ao
encontro de David, implorando misericórdia, e
David poupou-lhe a vida (cf. 2Sm 19,18-23). Agora,
com Salomão assumindo o trono, Davi novamente
viu Simei como uma ameaça potencial e advertiu
para o bem do reino de Salomão,não deixe ele
ficar impune. Salomão tomou medidas para se
proteger das traições de Simei (cf. 2:36-46).
2:10-12.Aqui estão as primeiras de várias
declarações resumidas. A morte de David foi
anunciada - ele dormiu com seus paise a duração de
seu reinado (1010–970 aC).Salomão sentou-se no
trono de Davi, seu pai, e seu reino foi firmemente
estabelecido.
 1 Reis 2
2:13-18.Embora o reino estivesse seguro sob o
controle de Salomão, quandoadonias aproximou-
seBate-Seba. . .pacificamente, ele tinha um
pedido suspeito. O pedido de Adonias foi tingido
de amargura e remorso quando ele disse a ela:
todo o Israel esperava que eu fosse rei; porém,
o reino mudou e passou a ser de meu irmão,
pois era dele do senhor(v. 15). Ele então pediu
que ela perguntasseSalomãopara dar a ele
abishag a sunamita, que tinha sido enfermeira
de Davi (cf. 1:1-4),como esposa(v. 17). Este pedido
recorda uma conspiração semelhante quando
Aitofel aconselhou Absalão a provar o seu direito
ao trono dormindo com as concubinas de David
(cf. 2Sm 16,21-23).
2:19-22.AparentementeBate-Sebanão sabia
adoniassegundas intenções, pois ela apresentou seu
desejo de se casar com Abishag paraSalomãocomo
um pequeno pedido(v. 20). No entanto, Salomão viu
a traição de Adonias imediatamente, sabendo que
poderia haver “maldade” (cf. 1:52). Salomão percebeu
que embora Davi não tivesse tido relações sexuais
com Abisague, o contato íntimo dela com o velho rei
(cf. 1:1-4) faria com que ela fosse considerada pelo
povo como parte do harém de Davi. O casamento
com ela fortaleceria a reivindicação de Adonias ao
trono (cf. 2Sm 3:7; 12:8; 16:21), então Salomão disse a
sua mãe:peça também o reino para ele - pois ele é
meu irmão mais velho(v. 22), pois muitos no reino já
haviam apoiado a reivindicação de Adonias ao trono
como o herdeiro mais antigo (cf. 1:5-10). Salomão
sabia que se atendesse ao pedido de Adonias, os co-
conspiradores de seu irmãoabiatareJoabe(v. 22; cf.
1:7) continuaria na conspiração para tomar o trono
para Adonias.
2:23-25.Salomão tomou medidas rápidas e
decisivas. Elejurou pelo senhor(cf. comentários
sobre 1Sm 3:17) que Adonias havia declarado sua
própria sentença de morte (falou esta palavra
contra a sua própria vida) ao fazer essa conquista
do reino. Salomão percebeu que o Senhor tinha
definireleno trono de davidelepai(v. 24), então ele
enviouBenaia, comandante militar de Davi que
continuou este papel de liderança sob Salomão (cf.
1:8-10; 2Sm 3:20), para executar Adonias.
2:26-27.Salomão lidou com outros conspiradores
que apoiaram o plano de Adonias para assumir o
trono (cf. 1Rs 1:7). Ele pediu abiatar o sacerdoteser
banidopara anathoth, sua cidade natal a três milhas
a leste de Jerusalém. Salomão lembrou a Abiatar que
elemerecia morrer. Mas Salomão mostrou-lhe
misericórdia por causa de sua lealdade adaviao
longo de vários anos (por exemplo,
eu487eu
1Sm 22:20-23). Eledemitiu abiatar de ser
sacerdote. . .para cumprir a palavra do senhor,
uma profecia mencionada pela primeira vez sobre
a casa de Eli (cf. 1Sm 2:27-36.)
2:28-35.Não demorou muito para Salomão lidar
com um terceiro indivíduo dos co-conspiradores de
Adonias (cf. 1:5-10). Quando a notícia chegouJoabe
sobre o destino de Adonias e o banimento de Abiatar,
ele fugiu paraa tenda do Senhor e agarrou-se às
pontas do altar(v. 28). Esta foi a mesma tática que
Adonias empregou para o santuário (cf. 1:51). No
entanto, o direito de asilo não se aplicava à
conspiração contra o rei, e Salomão não lhe estendeu
a misericórdia (cf. Ex 21,14). Ele rapidamente enviou
Benaiapara executar Joabe (v. 29). Pediu-se ao idoso
Joabe que se afastasse do altar e se rendesse (v. 30).
Mas ele recusou, dizendo:não, porque eu vou
morrer aqui(v. 30). Sem saber o que fazer, Benaia
enviou uma mensagem a Salomão sobre o impasse e
perguntou o que fazer. Salomão disse a Benaia para
fazer como Joabefalou e caiu sobre ele(vv. 31, 34).
Salomão estava obedecendo à advertência anterior
de Davi sobre Joabe, para “agir segundo a tua
sabedoria, e não deixar que as suas cãs desçam em
paz ao Seol” (2:5-6). Joabe tinhacabana sanguesem
justa causaquando ele tirou a vida dos doisAbnere
Amasa(v. 32; cf. 2Sm 3:27; 20:9-10). Depois de lidar
sabiamente com a traição em sua administração,
Solomon rapidamentenomeou Benaia, filho de
Joiada, sobre o exércitono lugar de Joabe,e o rei
nomeou Sadoc, o sacerdote, em lugar de Abiatar(v.
35).
2:36-38.O inimigo final sobre o qual Davi advertiu
Salomão foishimei(cf. comentários sobre 2:8-9), que
amaldiçoou Davi quando ele estava fugindo de
Absalão e depois se tornou um aliado relutante
quando Davi voltou para seu palácio. Salomão
chamou Simei e ofereceu-lhe um plano de segurança
para toda a vida, desde que Simei permanecesse
dentro dos limites estabelecidos pelo rei. Ele disse a
Shimei para construir. . .uma casa em Jerusalém e
mora lá, e não saia de lá para qualquer lugar(v.
36). No entanto, no dia em que Shimei foi além o
riacho Cedrom, a leste de Jerusalém antes do Monte
das Oliveiras, ele seria tratado como um inimigoe
saiba com certeza que você certamente morrerá(
vv. 37-38). Manter Simei dentro da cidade de
Jerusalém permitiria que Salomão ficasse de olho
nele e impediria que Simei reunisse conspiradores
contra Salomão.
2:39-46.Embora Shimei concordasse com o
plano, depoistrês anos, quandodoisdos servos de
Simei fugiuparagath, a região do inimigo de
Israel, os filisteus (v. 39; cf. 1Sm 17), Simei ignorou
eu488eu 1 Reis 2
seu acordo com Salomão, foi para Gate e trouxe
os servos fugitivos de volta para Jerusalém. Ele
poderia ter enviado outro servo para pegar os
fugitivos, mas tolamente aproveitou a
oportunidade para aparentemente justificar uma
viagem ao território inimigo além do limite de sua
prisão domiciliar. Quando Salomãosoube da
violação, convocou Simei (v. 42) e o lembrou deo
juramento do senhor(vv. 41-43). Salomão
também lembrou Simei de seus pecados
passados contra Davi. Então Salomão ordenou
Benaiaexecutar Simei (v. 46).
A seção referente aos inimigos de Salomão e da
casa de Davi conclui com uma boa notícia:o trono de
davi será estabelecido perante o senhor para
sempre. Deus estava trabalhando para cumprir Sua
aliança e subsequentemente abençoar o reinado de
Salomão como prometido (cf. 1Rs 1:47-48; 1Cr
22:9-10).
B. Sabedoria, Construção e Sucesso de
Salomão (1Rs 3:1–10:29)
Esses capítulos retratam o reinado de um dos
maiores monarcas de todos os tempos. Os capítulos
1 e 2 mostram como Salomão se tornou o sucessor
de Davi, mas os caps. 3 e 4 revelam as razões por trás
de sua legitimidade ao trono. Seus programas de
construção são descritos nos caps. 4–9, com detalhes
sobre a construção do templo. Os destaques do
magnífico reinado de Salomão incluem a visita da
Rainha de Sabá e as descrições de seus esplendores
no cap. 10.
1. Salomão recebeu Sabedoria do Senhor
(1Rs 3:1-28)
3:1.Embora o reino de Salomão estivesse
estabelecido (cf. 2:46) e ele recebesse grande
sabedoria do Senhor (cf. 3:6-15), ele tolamente
começou seu reinado com o primeiro de muitos
casamentos com mulheres estrangeiras que
acabariam por liderá-lo. desviados para o culto pagão
(cf. 1Rs 11,1-8). Salomãoformou uma aliança
matrimonial com Faraó. A cláusula literalmente diz
“fez-se genro do faraó”. As alianças de casamento
eram comuns no mundo antigo para uma vantagem
militar e comercial; no entanto, eles foram proibidos
pelo Senhor (cf. Dt 17,17).
3:2-3.EmboraSalomão amava o senhor, ele
(junto com opovo de Israelquem eram
sacrificando) pecou quandosacrificaram e
queimaram incenso nos lugares altos, lugares
pagãos de culto, em vez do único lugar prescrito,
o tabernáculo (cf. Dt 17,3-5).
3:4-5.Nessa época, Salomão teve um encontro
pessoal com o Senhor emgibeonquando ele foi
parasacrifício lá. Gibeão era um levítico
cidade a cerca de oito quilômetros de Jerusalém
(Js 18:25; 21:17). Foi referido comoo grande lugar
alto porque o tabernáculo do Senhor estava lá (v.
4; cf. 1Cr 16:39-40; 21:28-29; 2Cr 1:3, 5-6). Aquiem
um sonhoDeus apareceu graciosamente na
primeira de duas vezes na vida de Salomão (cf.
9:2) e fez a oferta mais significativa que ele jamais
receberia:pergunte o que você quer que eu te
dê. A resposta de Salomão mudaria o curso de
sua administração para sempre e para o bem do
povo.
3:6-7.Salomão respondeu a Deus reconhecendo
que Ele haviademonstrou grande amorao seu pai,
davi. Ele também deu a entender que a aliança
davídica estava sendo cumprida nele. Mas ele
rapidamente fez seu pedido, dizendo:ainda assim,
sou apenas uma criança; Eu não sei como sair ou
entrar. Esta expressão (Hb. na'arsignifica “pessoa
imatura”) refletia a juventude de Salomão e sua
virtual inexperiência, não sua idade cronológica.
Como ele reinou 40 anos (970–930 aC) e não morreu
em uma idade notável, ele provavelmente se tornou
rei entre as idades de 20 e 30 anos (cf. 1Rs 11:42-43).
Ele se sentiu sobrecarregado por tudo o que foi
colocado sobre seus ombros na administração deste
reino.
3:8-9.Salomão passou a fazer seu pedido, e
Deus seguiu com uma resposta. Primeiro,
Salomão identificou-se como o servo de Deus
servo, e um dosseu povo que você escolheu,
refletindo a relação única do Senhor com o
povo judeu (cf. Gn 12,1-3; Dt 7,7-8). Ele pediu
porum coração compreensivo para julgar
seu povo para discernir entre o bem e o mal.
A palavra traduzida como “entendimento” vem
do termo hebraicoShome'e também pode ser
traduzido como “audição”. Ao longo do AT, as
palavras “ouvir” e “obediente” eram muitas
vezes entrelaçadas. Então, o que Salomão
estava pedindo era a capacidade de “obedecer”
o que Deus havia dito na lei e, então, ser capaz
de distinguir entre o bem e o malpara o bem
do povo do Senhor.
3:10-15.Deus respondeu que havia ouvido a
oração de Salomão e que abençoaria o novo rei. O
pedido de Salomão foiagradávela Deus porque ele
tinhanão perguntou por si mesmo(v. 11), mas
estava focado nas necessidades do povo de ter
discernimento para entender a justiça(v. 11). Deus
prometeu dar a Salomão ocoração perspicazele
pediu, e Ele também prometeu que haverianinguém
igual a ti antes de ti, nem surgirá igual a ti depois
de ti(v. 12). Deus também prometeu a Salomão que
ele teria o próprio
 1 Reis 4
coisas que ele não pediu—riquezas e honra
(v. 13).
No entanto, havia uma declaração condicional que
Salomão precisaria ouvir. Era o tipo de condição que
seus sucessores depois dele também teriam de
lembrar. Essas bênçãos viriam Se você andar nos
meus caminhos, guardando meus estatutos e
mandamentos(v. 14). O desejo de Deus era abençoar
Salomão, mas o rei tinha a obrigação de obedecer ao
Senhor de acordo com as estipulações de Dt
17:14-20. Quando Salomão acordou de seu encontro
com o Senhor, ele sabia que era um sonho, mas
também percebeu que Deus havia falado com ele.
Então, como um novo ato de obediência, ele foi ao
arca da aliança do senhor em Jerusalém e ofereceu
sacrifícios que foram dados em vista do seu pecado,
e também em vista da grande misericórdia de Deus
(v. 15).
3:16-28.Imediatamente depois que o Senhor
deu grande sabedoria a Salomão, a conhecida
história dos doisprostitutase o bebê é registrado
como prova da sabedoria do rei Salomão (v. 16).
Este era um procedimento comum para consultar
um monarca no mundo antigo e pedir-lhe para
resolver disputas. Ambas as mulheres deram à luz
filhos no mesmo dia. Não houve testemunhas dos
fatos ocorridos. Mas no meio da noite, um dos
filhos morreu porque, segundo uma das
mulheres,ela[a segunda mãe]deite-se(v. 19).
Enquanto a outra mãe dormia com o filho que
ainda estava vivo, a mãe do filho morto veio e
roubou o filho vivo, substituindo o filho que ela
levou pelo filho morto (vv. 20-21).
Depois de ouvir as duas mulheres, Solomon chocou
as mulheres ao pedir umespadae sugerindo que ele
cortasse ocriança viva em doise dar metadea cada um
(vv. 24-25). A compaixão materna tornou-se evidente,
juntamente com o mal implacável. Foi na resposta
diferente de cada mulher que Salomão foi capaz de
“discernir entre o bem e o mal” (cf. 3:9).
Conseqüentemente, ele deu a criança à mãe que estava
disposta a desistir de seu filho em vez de vê-lo morrer. O
veredicto de Salomão não apenas impressionou essas
mulheres, mastodo Israel. . .temeram o rei, pois viram
que a sabedoria de Deus estava nele para administrar
a justiça (v. 28). Foi a confirmação de que Salomão foi a
escolha de Deus para ser rei e que Deus estava
claramente trabalhando em sua vida, dando-lhe grande
sabedoria.
2. Salomão Organiza Seu Reino com Sabedoria
(1Rs 4:1-34)
A sabedoria divina de Salomão não foi apenas
demonstrada na execução da justiça, mas também
na maneira como ele trouxe ordem à nação.
eu489eu
sobre o qual ele era rei. Antes do reinado de Davi
e sob a liderança de Saul, Israel era pouco mais
que uma confederação tribal frouxamente unida.
Sob a liderança de Davi, as fronteiras de Israel
foram expandidas para se aproximar das
promessas de terra da aliança abraâmica. As
nações capturadas estavam pagando tributos, o
que trouxe grandes quantidades de receita para a
nação. Sob Salomão, mais ordem administrativa
foi implementada.
4:1-6.Após o reinado bem-sucedido de Davi,
Salomão era rei sobre todo o Israel(cf. 2Sm 8:15) e
a administrou com um governo bem organizado.
Dentro da corte de Salomão, indivíduos específicos
foram identificados para fornecer ao jovem rei apoio
espiritual, político e militar. Talvez Zadok (cf. 1:38)
fosse muito avançado em anos para supervisionar o
sacerdócio, entãoAzarias, filho de Zadoque, era o
sacerdote(v. 2). O artigo definido “o” pode indicar
que Azarias era o sumo sacerdote, enquanto
Zadoquecontinuou a servir no sacerdócio.Benaia
substituiu Joabe como o comandante sobreo
Exército(v. 4). Embora abiatarhavia sido demitido
como sacerdote por Salomão (cf. 1Rs 2:27), ele
aparentemente recebeu um papel um tanto emérito.
Pode muito bem ser que algumas das pessoas
mencionadas tenham desempenhado funções de
transição na nova administração. Claramente, com a
sabedoria dada por Deus, Salomão viu a necessidade
de trazer ordem às atividades diárias de sua corte.
4:7-19.Salomão providenciou o apoio
financeiro de sua administração.Salomão tinha
doze delegados sobre todo o Israel, que
cuidavam do rei e de sua casa(v. 7). Essas não
eram as doze tribos de Israel, mas áreas
administrativas, talvez baseadas na produtividade
agrícola. Cada um dos doze deputadostinha que
prover por um mês no ano(v. 7), como meio de
prover equidade no cuidado das necessidades
reais sem sobrecarregar nenhuma área.
4:20-21.O reinado de Salomão esteve
intimamente ligado à provisão da aliança
abraâmica (cf. Gn 12,1-9). Os israelitas,Judá e
Israel, multiplicaram-se na medida em que
foramtão numerosos como a areia que há à
beira-mar em abundância(v. 20), e Salomão
governoua área que Deus havia prometido.
4:22-28.A extensão da riqueza de Salomão é evidente
no tamanho daprovisão para um dia exigido por seu
tribunal; umkorequivale a 10 alqueires. Assim, cada dia
ele precisava de 300 alqueires de farinha fina e 600
alqueires de farinha, além de centenas de animais para a
carne alimentar a casa real e
eu490eu 1 Reis 4
pessoal administrativo (v. 23). EntãoJudá e Israel
viveram em segurança, e eles desfrutaram de
prosperidade individual, bem como dedan até
Berseba, significando toda a terra de norte a sul (v.
25; cf. Jdg 20:1; 1Sm 3:20). Salomão tinha um poderio
militar de40.000 baias de cavalos para suas
carruagens e 12.000 cavaleiros(v. 26). No entanto, a
multiplicação de cavalos de Salomão, um sinal de
poderio militar, violou diretamente o mandamento
do Senhor de depender dEle para segurança, e se
tornaria um grande problema no reinado posterior
de Salomão (cf. Dt 17:16; 1Rs 10:26-29 ).
4:29-34.Salomão foi afirmado como tendo sabedoria
na administração de seu reino maior do que os homens
do oriente, do Egito e das nações vizinhas (vv. 30-31).
Suas habilidades literárias também foram citadas, já que
ele escreveu3.000 provérbios, e suas canções foram
1.005(v. 32). Salomão também era conhecido por sua
sabedoria e perícia em ciências vegetais e animais (v. 33).
Como resultado, homens vieram de todos os povos
para ouvir a sabedoria de Salomão(v. 34). Quer eles
soubessem ou não, a sabedoria de Salomão era
realmente a sabedoria de Deus dada a um jovem rei para
governar com retidão.
3. Programas de construção de Salomão:
o templo e outras estruturas
(1Rs 5:1–8:66)
a. aliança de Salomão com o rei Hiram e
organização dos Trabalhadores (1Rs 5:1-18) A
sabedoria de Salomão foi demonstrada na forma
como ele administrou a justiça (cf. 3:16-28) e na
forma como uniu os cidadãos em uma unidade social
altamente funcional. Nos caps. 5–7 A sabedoria e a
glória de Salomão foram exibidas em seus principais
projetos de construção, o templo em particular.
5:1-12.Notícias da liderança sábia de Salomão
chegaram ao vizinho do norte de Israel.Hiram rei
dos pneusenviou seus servos a Salomão quando
ele ouviu dizer que o haviam ungido rei em
lugar de seu pai. Hiramsempre foi amigo de
davide forneceu a madeira para a construção do
palácio de David (cf. 2Sm 5,11). Davi não teve
permissão do Senhor para construir Sua casa, o
templo (v. 3), mas agora Salomão iriaconstruir
uma casa para o nome do senhor meu deus(v.
5). Salomão queria apenas a melhor madeira para
o projeto,cedros do líbano(v. 6). A base para este
primeiro projeto de construção foi a obediência
de Salomão à aliança davídica (cf. 2Sm 7,12-13).
Ouvindo sobre os planos de Salomão, Hiram
afirmou que o Senhor havia dadoDavid um filho
sábioe concordou emfaça o que quiser com relação
à madeira de cedro e cipreste(vv. 7-8). Hiram faria
cortam e transportam a madeira na forma de
jangadas agrupadas na água e, em seguida,
descarregam-nas em um local designado ao
longo da costa do Mediterrâneo. Por sua vez, os
trabalhadores de Salomão transportariam a
madeira depois que Hiram desmontasse as toras
em local apropriado (v. 9). O pagamento da
madeira e do trabalho de transporte seria feito
dando comida para minha casa [de Hiram](v. 9).
Para este grande projeto de construçãoo senhor
deu sabedoria a salomopara iniciar a construção
do templo. Um pacto depaz entre Hiram e
Salomãoselou a transação (v. 12).
5:13-18.Reunir recursos para o templo era uma
tarefa importante. Salomão organizou 30.000
trabalhadores forçadostrabalhar emrelésde
10.000 homens por equipe. A força de trabalho
veiode todo Israel (vv. 13-14). Eles passariam um
mês emLíbanoe dois meses em Israel. Também
70.000 indivíduos transportaram materiais de seu
local de origem para um local de preparação, e
80.000indivíduos serviram como canteirosnas
montanhas(v. 15). Alguns dos trabalhadores
eram descendentes daqueles que os israelitas
não conseguiram expulsar da terra, enquanto
outros eram israelitas recrutados, mas
Salomão “não fez escravos dos filhos de
Israel” (1Rs 9,22; cf. . 2Cr 8:9).
b. Salomão Constrói o Templo e Seu
Palácio (1Rs 6:1–7:51)
6:1.A data de início da construção do templo
tem três marcadores cronológicos específicos
associados a ela. Os estudiosos discutem se o
quatrocentos e oitenta anosera um número
arredondado ou uma expressão simbólica do
número de gerações desde o êxodo até ao tempo
da construção aqui iniciada. Essa breve referência
de tempo conecta o que Salomão estava fazendo
com a obra contínua da redenção de Deus para
Israel e a promessa de Deus à nação de habitar na
terra. A informação mais importante é que a
construção começou em o quarto ano do
reinado de Salomão sobre Israel. A maioria dos
estudiosos acredita que isso teria sido 967-966 aC.
Portanto, uma leitura literal do ano quatrocentos
e oitenta faria com que a data do êxodo fosse
1447-1446 AC. Juntamente com esses dois
marcadores cronológicos está o fato de Salomão
ter iniciado esse projeto nosegundo mês de Ziv(
Abril Maio). Salomão levou sete anos (sete anos e
seis meses) para construir o templo (cf. 6:38).
6:2-10.Pelos padrões modernos, o templo era uma instalação
de adoração bastante pequena:seu comprimento era
 1 Reis 6
sessenta côvados[90 pés]e sua largura vinte
côvados [30 pés]e sua altura trinta côvados[45
pés] (v. 2). Avarandaeraem frente deo templo, e
o templo tinha váriosjanelas, ehistórias
envolvendo as paredes. . .em torno da nave e
do santuário interior(v. 5). As pedras utilizadas
na estrutura básica forampreparado na pedreira,
de modo que nenhum som de ferramentas foi
ouvido em casa(v. 7). A estrutura básica do
templo indica por sua aparência externa que era
um lugar de reverência (vv. 5, 8) e funcionalidade
(v. 7). O templo foi completamente fechado com a
construção de um telhado ou cobertura de vigas
e pranchas de cedro(v. 9).
6:11-13.Como o templo estava em construçãoa
palavra do senhor veio a salomo lembrando-o
do aspecto mais importante dacasa que você
está construindo. Salomão certamente estava
construindo um grande templo, mas Deus estava
muito mais preocupado com a condição do
coração - o coração de Salomão, o coração de
seus descendentes reais e o coração do povo.
Deus ofereceu a Salomão o seguinte:se andares
nos meus estatutos e executares as minhas
ordenanças e guardares todos os meus
mandamentos, andando neles, então
cumprirei contigo a minha palavra que falei a
david teu pai(v. 12). A obediência às alianças
mosaica e davídica era necessária para que Deus
levar a caboSua Palavra ao rei e para Elehabitar
entre os filhos de Israel(v. 13).
Esta passagem desempenha um papel
significativo no desenvolvimento da
mensagem messiânica do livro. Em essência,
Deus estava oferecendo a Salomão que se ele
obedecesse a Torá completamente, Deus
cumpriria a aliança davídica por meio dele (cf.
2Sm 7:12-16). Neste ponto da narrativa, parece
que Salomão seria filho de Davi, o Prometido
que edificaria a casa do Senhor, que teria casa,
reino e trono eternos (cf. 2Sm 7,13). Além
disso, ele construiria o templo (mas não o
templo escatológico e messiânico que os
profetas previram; cf. Zc 6:11-15; Ez 40-48). O
propósito do autor era aumentar a esperança
de que a promessa se cumpriria em Salomão,
mas depois revelar que Salomão falharia. Ele
multiplicaria esposas pagãs que desviariam
seu coração do Senhor e o levariam a seguir
deuses estrangeiros.
Claramente, Salomão não seria o
cumprimento da promessa a Davi. Depois,
todo rei davídico foi comparado a Davi, o rei
ideal, para ver se ele seria o prometido
eu491eu
Filho de Davi. E em cada caso, mesmo aqueles
que foram considerados “bons”, o rei davídico
acabaria falhando. Assim, ao final do livro de 2
Reis, a única conclusão a ser tirada é que a
promessa feita a Davi ainda não havia sido
cumprida. Como resultado, a mensagem dos
livros de 1 e 2 Reis seria continuar buscando o
cumprimento da promessa messiânica a Davi no
futuro. Desta forma, 1 e 2 Reis apontam para o
futuro com esperança de um Filho messiânico de
Davi que ainda cumprirá as promessas
messiânicas, construirá o templo do Senhor (cf. Zc
6:11-15) e terá uma casa eterna , reino e trono.
6:14-18.Seguindo o lembrete de Deus sobre a
importância da obediência, foram dados detalhes
sobre o design interior e a construção de suas
seções mais reverenciadas. Salomão seguiu as
instruções que lhe foram dadas por seu pai Davi
(cf. 1Cr 28,11-12) e preparou uma estrutura que
apontava para a glória e a grandeza de Deus.
Todo o interior foi coberto comcedroecipreste
madeira, cobrindo toda a pedra deo chão da casa
até o teto(v. 15). Estas paredes com painéis de
madeira também foram esculpidas em forma de
cabaças e flores abertas, que apontava para
Deus como o autor de toda a criação. Todo o
edifício de pedra estava coberto porcedroenão
havia pedra vista(v. 18).
6:19-36.A parte mais importante do templo
era osantuário interno, ou o santo dos santos,
onde oarca da aliança(cf. Ex 25:10-22) seria
mantido (v. 19). O santuário interno eravinte
côvados(30 pés) de comprimento, largura e
altura (v. 20). No centro do santuário interno
eramdoisde madeiraquerubins revestido de
ouro. Eles foram colocados dentro do
santuário interno de tal forma que a asa de um
querubim tocou em uma parede e a asa do
outro tocou na outra parede (vv. 23-28). As
paredes também foramesculpidocom
gravuras de querubins, palmeiras e flores
abertasnos santuários externos e internos (v.
29). A grandeza do santuário interno folheado
a ouro junto com o fato de que Salomãocobriu
o chão da casa com ouro(v. 30), indica que
Deus deveria ser visto como exaltado e
majestoso acima de todos os outros deuses. O
santuário interior era a sala do trono onde Ele
habitaria com o Seu povo.
6:37-38.Salomão começou a construção do
templo noQuarto anode seu reinado, nomês de
Ziv(cf. 6:1). A construção foi concluída emo
décimo primeiro ano, no mês de Bul, que é o
oitavo mês(Out/Nov 959 aC). Então demorou
eu492eu
o rei sete anos e seis meses para terminar o
que foi comissionado por Deus para fazer.
7:1-12.No entanto, a construção da casa de Salomão
própria casapegouTreze anos, o dobro do tempo que
levou para construir o templo. O contraste entre o tempo
dedicado ao templo e o tempo gasto nos aposentos
privados e edifícios administrativos de Salomão pode
indicar que ele já estava sendo tentado por sua própria
importância (cf. Dt 17, 19-20). Os outros projetos de
construção de Salomão incluíam cinco estruturas
específicas, três das quais relacionadas às suas
responsabilidades administrativas como rei de Israel (vv.
2-7). Duas das estruturas foram projetadas para suas
próprias necessidades residenciais (vv. 8-12). Ocasa da
floresta do líbano, o que significa que foi construído
com cedros do Líbano (cf. 5:1-8), tinha 45 metros de
comprimento, 22,5 metros de largura e 14,5 metros de
altura e servia como arsenal (cf. 10:17, 21; Is 22:8).
Além disso haviao salão dos pilares, que pode
ter feito parte de um grande complexo palaciano
(v. 6). Este salão ou colunata servia como uma
espécie de pórtico que conduzia aosalão do
tronoou osala de julgamento. . .painéis com
cedro, onde Salomão emitiu veredictos sobre
questões de justiça apresentadas a ele (v. 7).
Os dois últimos edifícios são simplesmente
descritos comoa casa deleeuma casa como esta
sala para a filha do faraó(v. 8). Nenhum detalhe é
dado, mas Salomão pode ter feito grandes gastos e
esforços para construir um lar individualizado para
esta esposa acima de todas as outras mulheres
mencionadas em 11:1. Todos os cinco edifícios foram
construídos com pedras carasevigas de cedro(vv.
9-12). O complexo teria sido uma visão
impressionante para os israelitas e visitantes
estrangeiros (cf. 10:11-13).
7:13-14.Depois de descrever a construção do
templo, o santuário interno e o palácio de
Salomão, o autor deu detalhes da mobília do
templo. Salomãoqueria o melhor artesão, então
ele mandou chamarHiram do pneu. Embora
tenham o mesmo nome, este não era o rei Hiram
(cf. cap. 5). Este artesão judeu que vivia em Tiro,
também conhecido como Huram-abi, era filho de
uma mulher danita (cf. 2Cr 2,13-14). Ele é
identificado comofilho de uma viúva da tribo de
naftali, e seu pai era um homem de(v. 14). Sua
genealogia não é uma contradição porque na
época de Salomão a tribo de Dan havia se
mudado para o norte de sua área de distribuição
original no centro de Israel (cf. Jos 19:40-50; Jdg
18) e foi incorporada à região geral de Naftali (cf.
Jos 19:32-39), tornando a identidade tribal da mãe
de Hiram Dã e Naftali. Hiram erapreenchido com
1 Reis 6
sabedoria e entendimento e habilidade para fazer
qualquer trabalho em bronze. Esta declaração é paralela à
descrição de Bezalel (cf. Ex 31:1-5; 35:31), que construiu o
tabernáculo. o emparelhamento desabedoria e
compreensãosão freqüentemente usados para descrever
qualidades espirituais, não apenas artesanato (por exemplo,
Pv 4:7; 9:10; Is 11:2). Uma estrutura adequada para a
presença de Deus precisava da influência de homens que
também fossem capacitados por Deus.
7:15-22.Hiram projetoudois pilares de bronze
cerca de 30 metros de altura. Ambos os pilares
tinham capitéis cuidadosamente elaborados para
seus topos e acompanhantes.desenho de lírio(v.
22). Mas a característica marcante dos pilares foi
que eles receberam nomes:jaquim(Hb. “ele
estabelecerá”) eboaz(Hb. “nele está a força”). Os
nomes serviriam como um lembrete ao rei e ao
cidadão/adorador de que era o Senhor quem
estabeleceria Seu povo de acordo com Sua força
enquanto eles viviam em obediência e adoração.
7:23-26.Hiram também criou um grandemar, ou
bacia, como uma pia para os sacerdotes se lavarem
como parte de seus deveres cerimoniais (cf. Ex
30:18-21; 40:30-32; 2Cr 4:6). Eradez côvadosao redor
ecinco côvadosde altura (cerca de 4,5 metros de
largura e 2,5 metros de altura, v. 23) eficou em doze
bois(v. 25). Esta enorme bacia continhadois mil
banhos, cerca de 11.000 galões de água (v. 26).
7:27-39.Hiram também crioudez arquibancadas
de bronzemóvel emquatro rodas de bronze, cada
um com seis pés quadrados e cerca de cinco pés e
meio de altura (quatro côvadosquadrado ealturade
três côvados). Eles foram decorados comleões,bois,
equerubins(vv. 27-30). Em cima do estande havia um
bacia, que ocupouquarenta banhosde água (v. 38),
230 galões, usados na cerimônia do templo para
purificação.
7:40-47.Embora nenhum detalhe específico
seja dado sobre suas funções no templo,Hiram
fez as bacias e as pás e as tigelas usado pelos
sacerdotes no serviço do templo. A natureza
impressionante do trabalho de Hiram foi vista na
declaração:Salomão deixou todos os utensílios
sem pesar, porque eram muitos; o peso do
bronze não pôde ser determinado(v. 47).
7:48-51.O templo construído pelo rei Salomão, uma
estrutura permanente semelhante em design e paralelo
em propósito ao tabernáculo temporário (cf. Ex 40),
estava agora completo e pronto para ser usado na
adoração do verdadeiro Rei, Deus Todo-Poderoso.
c. Salomão dedica o templo
(1Rs 8:1-66)
Com a construção do templo concluída,
Salomão dedicou o templo ao culto
 1 Reis 8
do Senhor. O foco da dedicação era a grandeza
de Deus e o cumprimento de Suas promessas
feitas a Davi e agora concluídas sob o reinado
de Salomão (cf. 8:20-21). O desejo de Salomão
era que “todos os povos da terra saibam que o
Senhor é Deus; não há outro” (8:60).
8:1-2.Para a sagrada assembléiaSalomão
chamado noanciãos. . .todos os chefes das
tribose os líderes das famílias dos pais.
Todos em Israel, desde a liderança até cada
família, seriam representados no evento. O
foco da assembléia foipara trazer a arca da
aliança do senhorao templo. Fora na casa de
Obede-Edom, o giteu (2Sm 6:10), ema cidade
de davi, a parte de Jerusalém construída na
área jebusita original, ao sul do Monte do
Templo. Doravante a arca residiria no lugar
santíssimo do templo (cf. 2Sm 6,16-17). A
dedicação ocorreu no momento da sagrada
assembléiana festa, no mês ethanim(
setembro/outubro, também conhecido como
Tishri). . . o sétimomês, na Festa das Tendas
(cf. Lv 23,33-36).
8:3-9.Oarcae todos osutensílios sagrados
detenda de reunião(cf. Ex 40), o tabernáculo,
foram introduzidos no templo poros levitas(vv.
3-4; cf. Nm 3, 4, 7; 2Sm 6:6-7). Na dedicação do
templo havia tantos sacrifícios ocorrendo
simultaneamente que oovelhas e bois
. . . não poderia ser contado(v. 5). Enquanto os
sacerdotes carregavam a arcaos polos, acabou
sendo colocado sobas asas dos querubins(vv.
6-8; cf. Ex 25:10-22). Se Kings foi escrito ou
finalmente concluído durante o tempo do exílio,
então a fraseeles estão lá até hoje (v. 8) não
poderia estar se referindo à existência desses
postes na época da conclusão do livro porque o
templo e seu conteúdo sagrado foram destruídos
em 586 aC. No entanto, conforme observado na
Introdução: Data deste comentário, o autor usou
várias fontes para compilar 1 e 2 Reis. House
sugere que, quando o autor se referiu a essas
fontes, ele usou uma frase como “elas estão lá até
hoje”. Nesse sentido, a frase é uma espécie de
“nota de rodapé” referindo-se a uma fonte
original (Paul R. House,1, 2 Reis, NAC [Nashville:
Broadman e Holman, 1995], 30).
8:10-21.Uma vez que a arca estava no lugar,a
nuvem encheu a casa do senhor(v. 10), um
fenômeno freqüentemente associado à presença
do Senhor (por exemplo, Ex 13:21-22; 16:10;
40:33-35; Ez 10:3-5). Aqui a manifestação foi tão
avassaladoraque os sacerdotes não suportavam
eu493eu
ministrar por causa da nuvem(v. 11). Deus, o
Grande Rei de Israel, veio habitar com Seu
povo. Salomão explicou o fenômeno
sobrenatural como um sinal de Deus
cumprindo Suas promessas a Davi:agora o
senhor cumpriu a palavra que falou. . .como
o senhor prometeu(v. 20; cf. 2Sm 7:8-16; 1Cr
22). Salomão também associou a presença da
glória do Senhor com a aliança feitacom
nossos pais quando Ele os trouxe da terra do
Egito(v. 21; cf. Êx 15:1-18). O propósito de
Salomão era lembrar ao povo que Deus havia
sido fiel à Sua Palavra o tempo todo.
8:22-26.Tendo em vista a fidelidade de Deus,
Salomão fez uma longa oração de intercessão por
si mesmo e por seus súditos.diante do altar do
senhor(vv. 22-53). Ele reconheceu a singularidade
do Senhor:deus de Israel, não há deus como
você. Ele reiterou a fidelidade de Deus:
mantendo a aliança. . .com seu servo, meu pai
david(vv. 23-24).
8:27-30.Salomão também enfatizou o grande
poder de Deus:o céu mais alto não pode conter
você (v. 27). No entanto, a intercessão dirigida ao
templo era apropriada, pois era lá que Deus disse:
meu nome estará lá(v. 29; cf. 5:5). O caráter de
Deus foi resumido pela frase “Meu nome” (cf. Ex
33:19; Dt 12:5; 2Sm 6:2; 7:13; Sl 61:8). Aqui
Salomão estabeleceu o costume judaico de se
voltar para Jerusalém, a localização do templo,
quando eles oram em direção a este lugar e
pedir a Deus paraouve no céu a tua morada;
ouvir e perdoar(v. 30; cf. 8:38, 44, 48; Dn 6:10; Sl
5:7).
8:31-40.Salomão intercedeu em nome dos
cidadãos e enfatizou seu relacionamento com o
Senhor como vivendo noterraEle os deu (vv. 34,
36, 40; cf. Gn 12:1-9). O povo devia depender dEle
em disputas legais entre si, vindodiante do seu
altar nesta casa(v. 31), pedindo que Deusouvir
no céu e agir e julgar(v. 32). Ele também pediu
misericórdia quando a nação pecou e foi
derrotadona batalha quandonão há chuvaou
fome(vv. 33-37). Salomão pediu perdão pelo
pecado, e que Deusensina-lhes o bom caminho
em que devem andar(v. 36). ele perguntou isso
eles teriam medo de você(v. 40), reconhecendo o
grande poder de Deus e, portanto, servindo-O
obedientemente.
8:41-45.Salomão então orou pelo relacionamento de
Israel com os não-judeus. Primeiro, ele orou por
misericórdia para oestrangeiroquem aprende de seu
grande nome(v. 42). Este é um excelente exemplo do
desejo de Deus para as nações, os gentios, em
eu494eu 1 Reis 8
o VT para conhecer o Senhor,para que todos
os povos da terra conheçam o teu nome,
para te temerem, como o teu povo Israel(v.
43). Próximo Salomão orou por vitória militar
ao seguir a orientação do Senhor embatalha
. . .qualquer maneira que você deve enviá-
los, que Ele ouviria seussúplica, e manter a
sua causa(v. 45).
8:46-49.Esta parte da oração de Salomão foi
uma instrução e advertência que apontava para o
futuro em relação ao exílio de Israel da terra.
Quando elespecadoe eles são levadoslonge em
cativeiro, evento ocorrido quase 400 anos depois
no cativeiro babilônico (586 aC), o povo foirezar
paraDeusem direção a sua terra(v. 48) e se
arrepender.
8:50-53.Então Salomão pediu a Deus para
ter compaixãonas pessoas eescute-os sempre
que ligarem para você(v. 52; cf. v. 29; Dn 6:1;
Sl 137). No entanto, a oração não foi baseada
no mérito do rei ou do povo, mas na realidade
de que Deus haviaseparadosIsraelde todos os
povos da terra como sua herança (v. 53).
8:54-61.Terminada a oração, Salomão virou-se e
abençoadoo povo, dizendoBendito seja o senhor(v.
56). Esta bênção tinha dois elementos. Primeiro
Salomão queria que a oração fosse cumpridapara
que todos os povos da terra saibam que o senhor
é deus; Não há mais ninguém (v. 60). Nesse sentido,
sua oração tinha um foco evangelístico externo. Em
segundo lugar, Ele desafiou o povoser totalmente
dedicado ao senhor nosso deus, tendo um foco
espiritual interior (v. 61).
8:62-66.A oração de Salomão foi seguida por uma
série de sacrifícios. O número de animais oferecidos
ao Senhor foi tão grande que uma pequena mudança
de local teve que ocorrer.o rei consagrou o meio da
corte. . .pois o altar de bronze que estava diante
do senhor era muito pequenocuidar das muitas
ofertas (v. 64). Grande cuidado e cautela foram
tomados para garantir que Deus recebesse o
respeito que Sua natureza santa merecia. O que
começou como a observância do feriado anual de
sete diascelebraçãodas barracas (8:2) acabou
durandoquatorze dias(v. 65). No entanto, as
atividades em andamento não eram exaustivas nem
para Salomão nem para seus súditos, porque ele
despediu o povo e eles abençoaram o rei. Eles
eramalegre e contente de coraçãoporque
perceberam que Deus, seu verdadeiro Rei, os havia
abençoado desde os dias em que seus antepassados
O experimentaram no Sinai até a conclusão do
grande templo (v. 66).
4. Aviso de Salomão do Senhor
(1Rs 9:1-9)
O reinado de Salomão como rei foi magnífico de
muitas maneiras. Deus concedeu-lhe uma sabedoria
superior à sua idade (cf. 1Rs 3,6-15). Ele havia dedicado o
templo e seus projetos de construção estavam
rapidamente se tornando mundialmente conhecidos
(caps. 6–8). Mal sabia Salomão, mesmo com toda a sua
sabedoria, que corria o risco de tomar decisões tolas e
desastrosas. No entanto, Deus tomaria a iniciativa de
alertar Salomão sobre os perigos à frente.
9:1-5.Depois que Salomão teveedifício acabado no
templo, Deus apareceu umsegunda vez, como lhe tinha
aparecido em gibeon(vv. 1-2; cf. 3:4-15). Deus assegurou
a Salomão que havia ouvido sua oração na dedicação do
templo. declaração de Deus, meus olhos e meu coração
estarão lá perpetuamente (v. 3) refere-se à Sua
presença constante com Seu povo no templo. Mesmo
que os céus mais altos não pudessem conter o Deus vivo,
Ele mostraria Seu amor de aliança a Seu povo residindo
de maneira única no templo. No entanto, a promessa de
Deus foi temperada por duas advertências condicionais.
O primeiro aviso foi afirmado positivamente. Deus
prometeu a Salomão que se eleandar
. . . na integridade de coração e na retidão,
então Deus estabeleceria seu trono e ele não
falta um homem no trono de Israel(vv. 4-5).
9:6-9.O segundo aviso foi afirmado
negativamente. Se Salomão ou seus filhos fossem
afaste-se de seguirDeus eles seriamcortarde
terrae acasa(isto é, o templo, v. 7). Tudo estaria
perdido se a idolatria substituísse a adoração a
Deus no templo. Afinal, o comportamento do rei
era o exemplo que o povo deveria seguir (Dt
17,18-20), e esse exemplo era ser correto em
tudo. Se a nação seguisse outros deuses,Israel
seriatornou-se um provérbio e uma palavra de
ordem entre todos os povos(v. 7). Ou seja, Israel
se tornaria o exemplo proverbial de como seria a
vida quando o Senhor fosse abandonado. Essas
predições exatas foram cumpridas quando
Jerusalém caiu para a Babilônia (cf. Jr 52).
5. o esplêndido Reino de Salomão
(1Rs 9:10–10:29)
Após o relato do segundo encontro de
Salomão com o Senhor, segue-se uma descrição
bastante longa do que Salomão completou ao
final de vinte anos de seu reinado. Este é o ponto
médio do reinado de 40 anos de Salomão de
970-930 aC. Embora seu reino parecesse glorioso,
havia indícios iniciais de desastre devido à atração
de Salomão por mulheres estrangeiras e sua
idolatria.
 1 Reis 1 0
9:10-14.Depois de uma longa relação comercial
comHiram,rei do pneu, quem tinhafornecido o
madeira de cedro e cipreste e ouropara os projetos
de construção de Salomão (v. 11; cf. 5:1-12), em vez
de pagar Hiram com dinheiro e provisões Salomão
deu a Hiram vinte cidades na terra da Galiléia, a
área do noroeste de Israel não muito longe de Tiro (v.
12). No entanto, essas cidadesnão agradouHiram,
então ele os chamoucabul, uma palavra hebraica que
significa “tão bom quanto nada” (v. 13). Embora as
cidades fossem inúteis para Hiram, ele forneceu a
Salomão120 talentos de ouro(v. 14). Salomão era o
monarca dominante no relacionamento, e seu
coração foi revelado no v. 11 na declaração de que
Hirão deu madeira e ouro a Salomão.de acordo com
todos os seus[Salomão] desejo. Os desejos materiais
estavam começando a influenciar as ações de
Salomão.
9:15-19.Esta seção (vv. 15-24) fornece esclarecimentos
sobre otrabalho forçadoSalomão usou em seus projetos
de construção (cf. 5:13). Esses trabalhadores construíram
a casa do senhor,assim como o de Salomão própria
casa. Seus outros projetos incluíammilho,
provavelmente as fortificações de Jerusalém de Salomão,
bem como suas três cidades carruagens deHazor,
megido,e gezer(v. 15). Esses sítios arqueológicos foram
identificados por suas extensas áreas estáveis e
correspondentes portões salomônicos. Parte da
motivação para construir pode ter vindo do sogro de
Salomão,faraó rei do egitoquem capturougezer(cerca
de 20 milhas a oeste de Jerusalém), e então deu-o como
umdotepara sua filha (v. 16).então Salomão reconstruiu
gezer (v. 17) indica que o presente levou à reconstrução
da cidade por Salomão, talvez uma pressão sutil colocada
sobre Salomão por sua esposa ou sogro. Seus outros
projetos de construção incluemcidades para seus carros
. . .e tudo o que aprouve a Salomão construir. . .em
toda a terra sob seu governo, indicando o autofoco de
seus projetos.
9:20-24.Os trabalhadores que realizaram esses
vários projetos de construção foramo povo que
restou das amoridades, os heteus, os perizeus,
os heveus e os jebuseusdepois da conquista sob
Josué (cf. Dt 7,1-2). Ele usou mão de obra nãodos
filhos de Israel(v. 22) porque Salomão não
transformou seu próprio povo em escravos. Seus
projetos de construção, embora impressionantes,
não o agradaram a seus súditos (cf. 12:4).
9:25.Em obediência à lei,tres vezes por ano,
nas três festas anuais dos peregrinos (a Festa
dos Pães Asmos, a Festa das Semanas e a Festa
das Cabanas; cf. Ex 23:14-17; Lv 23:34-43)
Salomão ofereceu holocaustos e paz
eu495eu
ofertas no altar. Por não ser sacerdote, ele
não fazia essas ofertas pessoalmente, mas
os sacerdotes as faziam em seu nome, como
faziam para todos os que traziam suas
ofertas ao templo.
9:26-28. Hiramnão apenas fornecia madeira para os
edifícios de Salomão, mas também forneciaouro (9:14).
Tiro era um império mercantil marítimo (cf. Is 23:1-8),
então, quando Salomão precisou de poder marítimo, ele
pediuHirampara enviar o seumarinheirospara tripular
os navios. Salomão construiu umfrota denavios em
Israel mar VermelhoPorto deezion-geber,que fica perto
de Eloth (moderna cidade portuária israelense de Eilat).
Em parceria com a Hiram, navios foram enviados para
ofir(v. 28; a localização real é desconhecida, mas a costa
árabe, a costa africana ou a Índia foram sugeridas) para
adquirirquatrocentos e vinte talentos de ouro, cerca
de 16 toneladas. Deus havia dito que daria riquezas a
Salomão (cf. 3:13), mas havia o sério perigo de violar as
precauções impostas ao rei de Israel em Dt 17:17b.
10:1-5.de Salomãofamaespalhado pelas
nações, e as pessoas queriam ter uma audiência
com ele. Uma dessas pessoas eraa rainha de
Sabá. Sabá estava localizada no sudoeste da
Arábia, no atual Iêmen, a cerca de 1.200 milhas de
Jerusalém (não da Etiópia, como comumente
sugerido). Sua chegada a Jerusalém foi motivada
pelo que ela ouviu sobre a morte de Salomão.
famaem conexão como nome do senhor(v. 1). Ela
queria para testá-lo com perguntas difíceis, o
que significa que ela o testou com enigmas. A
palavra hebraica traduzidaperguntas difíceis
refere-se a um tipo de diálogo realizado por
chefes de estado no mundo antigo. Durante sua
visita, a rainha de Sabá fez perguntas e observou
tudo o que ele havia feito. O que ela viu a
comoveu tanto quenão havia mais espírito nela(
v. 5), ou seja, ela ficou maravilhada com o
esplendor do reino de Salomão.
10:6-9.A rainha de Sabá admitiu que o que lhe
foi ditoo reiera umrelatório verdadeiro, embora
ela não acreditasse nos relatos até ouvir falar da
sabedoria de Salomão em primeira mão. Isso a
levou não apenas a louvar Salomão, mas também
a proclamar a grandeza de Deus. Ela disse,
Bendito seja o senhor teu deus que se agradou
de ti. . . ete fiz rei, para fazer justiça e retidão(v.
9). Salomão recebeu um lembrete sutil por meio
das palavras dessa sábia mulher de que o que ele
havia realizado era obra do Senhor.
10:10-13.Sheba encerrou sua visita dando presentes a
Salomão antes de voltar para casa:nunca mais houve
tamanha abundância de especiarias como
eu496eu 1 Reis 1 0
aquilo que a rainha de Sabá deu ao rei
Salomão.Solomon juntou-se novamente em
parceria com Hiram para trazerourodeofir;
Salomão estava acumulando ouro de várias fontes
(vv. 10, 11; 14; cf. 9:11). E, no entanto, Deus
advertiu todos os reis de Israel para evitar o que
parecia ser o poder cada vez maior da auto-
indulgência (cf. Dt 17,17).
10:14-25.Acumulação de Salomão deouroé uma
ideia chave, mencionada 11 vezes nesta seção (vv. 14,
16-18, 21-22, 25). Emum anosozinho Salomão
recebeu666 talentos de ouro, cerca de 25 toneladas
(v. 14). Mas, além disso, Salomão estava recebendo
receitas fiscais decomerciantes. . .comerciantes e
todos os reis dos árabes e os governadores do país
(v. 15). Salomão colocou sua riqueza acumulada em
uso impressionante para fazerescudos(vv. 16-17), seu
grande trono(vv. 18-20), e mesmo vasilhas para
beber(v. 21) de ouro. Em comparação com o ouro em
seu reino, a pratanão era considerado valioso nos
dias de Salomão(v. 21). Os que estavam ao redor de
Salomão em Jerusalém ficaram impressionados com
seus edifícios, sua ouro e prata, marfim e macacos
e pavões (v. 22). Ele não apenas foi abençoado com
grande sabedoria, mas tambémO rei Salomão
tornou-se maior do que todos os reis da terra em
riquezas e em sabedoria(v. 23). No entanto,
ninguém, exceto Deus, o verdadeiro Rei, veria como
todas essas coisas materiais estavam influenciando o
coração de Salomão. Aparentemente, grandes
quantidades de riqueza também vieram desses
monarcas como a rainha de Sabá quando tiveram
uma audiência com o rei de Israel (vv. 24-25).
10:26-29.A seção final do cap. 10 resumiu o
ponto alto do reinado de Salomão. O que Deus
havia prometido a Salomão (caps. 3–5)
certamente aconteceu. No entanto, Salomão
parecia ser motivado talvez mais pela acumulação
material do que pela lealdade espiritual. Salomão
importoucavalos. . .do Egito e Kue,
provavelmente a Cilícia na Turquia moderna (v.
28). O rei que devia meditar diariamente na lei de
Deus (cf. Dt 17, 18-19) vivia contrariando esta
mesma lei ao mandar os mercadores de volta ao
Egito, lugar onde o Senhor lhes disse para “nunca
mais voltar por aquele caminho”. (Dt 17:16). Em
vez de se aproximar espiritualmente do Senhor, o
coração de Salomão estava indo em uma direção
diferente, impulsionado pelo luxo e pela fama.
c. Coração dividido de Salomão e declínio
espiritual (1Rs 11:1-43)
Após um reinado inicial impressionante, a monarquia
de Salomão chegou a um fim trágico porque ele se
voltou para a adoração de ídolos. Deus tinha usado
ele para construir o templo e unir o povo. Pessoas de
todos os lugares vinham ao rei de Israel para
interagir com sua sabedoria e observar os grandes
projetos de construção que ele empreendia. Mas,
apesar de grandes feitos, a glória de Israel nunca
mais seria a mesma, pois ao final de seu reinado o
reino de Salomão seria dividido. As escolhas de
Salomão, boas e más (mas especialmente más),
seriam repetidas por sua descendência. As pessoas
no exílio, para quem 1 e 2 Reis foram escritos, leriam
sobre as façanhas de Salomão e lamentariam as
consequências de seu pecado. Mas o objetivo final
deste registro seria que os leitores no exílio
ponderassem sobre as severas conseqüências do
pecado, retornassem ao Senhor de acordo com a
oração de Salomão na dedicação do templo (cf.
8:46-53) e guardassem ansioso pelo prometido Rei
messiânico.
11:1-5.A queda política e espiritual de Salomão foi
o resultado de seu coração se voltar para o Senhor
por causa de seu amor pormuitas mulheres
estrangeiras junto com a filha do faraó. Ele levou
essas esposasdas nações sobre as quais o senhor
tinha dito claramente,não te associarás com eles. . .
porque certamente desviarão o teu coração para
seguir os seus deuses(v. 2; cf. Dt 7:3-4; 17:17). A
magnitude de sua traição espiritual ficou evidente na
multidão de mulheres com quem Salomão se casou
ou teve em seu harém—setecentas esposas,
princesas e trezentas concubinas (v. 3). A
concubinaera uma companheira ou escrava com
quem seu mestre tinha direito a relações sexuais,
mas que não era uma esposa legal; Considerando
que uma rainha era umaesposalegalmente casada
com o rei e seus filhos eram herdeiros legítimos.
Embora o Senhor tenha criado o casamento entre um
homem e uma mulher (cf. Gn 1,27; 5,2; Mc 10,5-9), no
período patriarcal não era incomum que os homens
tivessem mais de uma esposa, muitas vezes com
consequências desastrosas. No entanto, no caso de
Salomão, suas múltiplas esposas/concubinas eram
inéditas em magnitude, e os resultados desastrosos
foram igualmente monumentais. A gravidade do
problema também foi ampliada com o
reconhecimento de que Salomãoapegou-se a estes
mulheres pagãsapaixonado, esuas esposas
desviaram seu coração atrás de outros deuses(vv.
3-4).
11:6-13.O amor do rei por mulheres estrangeiras
o levou a tomar medidas ainda mais hediondas. Ele
construiu lugares altospara chemosh o ídolo
detestável de moabepara molech o ídolo
detestável dos filhos de amon(v. 7; cf. Lv 18:21).
Essas religiões exigiam práticas de adoração vis
 1 Reis 1 1
incluindo o sacrifício de crianças a esses deuses.
Salomão fez provisões paratodas as suas esposas
estrangeiras, que queimavam incenso e
sacrificavam a seus deuses(v. 8). Ao mesmo tempo,
Deus foi fiel à Sua Palavra em relação à punição pela
idolatria (cf. 9:6-9). o senhor ficou zangado com
salomão porque seu coração se desviou do senhor
(v. 9). O julgamento por seu pecado foi a perda do
reino de Salomão, como o Senhor disse:certamente
rasgarei de ti o reino, e o darei ao teu servo(v. 11).
O único consolo que Salomão teve foi que Deus não
faria isso durante sua vida, mas durante a vida de seu
filho(v. 12). O alívio inesperado foipor causa do meu
servo david por causa da lealdade de Davi a Deus, e
por causa de Jerusalém, a cidade que Deus tinha
escolhidocomo o lugar onde Seu nome seria
exaltado (v. 13; cf. 9:3; 2Sm 7:13; 2Rs 19:34; 21:4-8; Sl
132).
Toda esta seção é a prova narrativa de que
Salomão, apesar de ter construído o primeiro templo,
não cumpriu a promessa messiânica de 2Sm 7:12-16.
Portanto, Israel deveria continuar procurando o Filho
de Davi que obedeceria à lei perfeitamente e
cumpriria as promessas feitas a Davi (cf. 2Sm 7:12-16,
veja discussão em 1Rs 6:11-13).
11:14-22. o senhor levantoutrês inimigos
como adversários contraSalomão. Primeiro,
Hadade, o edomitaera dolinha real em edom.
Sua amargura para com a casa de Davi se
originou quandoJoabe, comandante militar de
David, tinha ido para Edomenterrar os mortos(
2Sm 8:13-18). Joabe aparentemente foi além de
sua designação ederrubou todo homem em
edom(vv. 14-16). Hadade fugiu para o Egitocom
certos edomitas(v. 17), bem como homens de
Paraná. Enquanto estava no Egito, Hadad ganhou
o favor defaraó, quem lhe deuuma casa. . .terra
. . .e umesposa(vv. 18-19). Ele também teve um
filho,genubat(v. 20), cujo nome significa “roubar”,
o que pode refletir o pensamento de Hadad de
que a família de Davi havia roubado a vida e as
terras das pessoas que ele amava. No entanto, ao
saber das mortes de Davi e Joabe, Hadad pediu
permissão ao faraó para retornar ao seu país (vv.
21-22). Ele foi apenas um dos três inimigos de
Salomão nos anos restantes de seu reinado.
11:23-28.O segundo Deus adversáriolevantado
erazona, quem tinhafugiu de seu senhor
Hadadezer, rei de Zobá,uma cidade-estado ao sul de
Damasco (v. 23; cf. 2Sm 8:3-6; 10:8) Aparentemente,
algum tempo depois de sua fuga de Hadadezer,
Rezon organizou umabanda saqueadoraque se
tornou um espinho no lado de Salomãotodos os dias
de Salomão(vv. 23-25). Isso foi no segundo
eu497eu
metade da monarquia de Salomão, já que havia
“segurança” na terra durante a primeira parte de
seu reinado, enquanto ele estava construindo o
templo (1Rs 4:25). Em vez de ser adorado por
chefes de estado visitantes, agora Solomon era
confrontado com gente como Rezon, que
abominou Israel(v. 25) e seu rei de seu reino em
aram(na atual Síria).
11:26-28.Um terceiro adversário foiJeroboão,
filho de Nebat, um efraimitae umservo de
Salomão. Este era o adversário que eventualmente se
tornaria rei. OrazãoJeroboão rebelou-se contra o rei
é detalhado (v. 27). Jeroboão eraum valente
guerreiroediligente (v. 28a). Então Salomão
designou-o sobre todos os trabalhos forçados da
casa de José(v. 28b). Como efraimita, Jeroboão era
descendente de um dos filhos de José (cf. Gn 41,52;
José não recebeu sua própria parcela de terra tribal,
mas cada um de seus dois filhos, Manassés e Efraim,
recebeu um território, conforme detalhado em Jos
16-17). Efraim era uma das áreas tribais do norte de
Israel. Portanto, foi conveniente para Salomão
colocar Jeroboão sobre otrabalho forçado da casa
de José; no entanto, estabelecer Jeroboão nesta área
levaria a uma divisão do reino de Salomão.
11:29-37.A vida de Jeroboão e o futuro de
Israel são colocados em foco pelo encontro
ordenado por Deus como profeta ahijah(v. 29;
cf. 12:15). A presença de Aías foi uma
introdução sutil à influência que os profetas
teriam nos dois novos reinos que estavam para
surgir. A mensagem do profeta a Jeroboão
assumiu a forma de uma lição prática usando o
manto novo,qualAíastomou contana
presença de Jeroboão erasgou em doze
pedaços(v. 30). Jeroboão foi então instruído a
tomardezdopeças, porque a profecia informou
a Jeroboão que ele governariadez tribose o
sucessor de Salomão governaria uma tribo(vv.
31-32). Mas e a décima segunda tribo? A
pequena tribo de Benjamim era vista em
associação tão próxima com Judá que era
contada em conjunto (cf. 12:21).
Ahijah disse que a razão para a próxima divisão
foiporque eles, o povo de Israel, tinha
abandonadoSenhor e adoraram os ídolos do
sidonianos. . .moabe. . .eamon(v. 33). No
entanto, a tribo de Judá manteria uma parte do
reino,uma tribo, que meu servo David[seus
descendentes]pode ter uma lâmpada [uma
presença perpétua]sempreperante o Senhor em
Jerusalém, a cidade que escolhi para mim para
pôr o meu nome(vv. 34-36; cf. 8:44, 48;
eu498eu 1 Reis 1 1
11:13, 32; 2Cr 6:34, 38; Zc 3:2). Mesmo na
declaração da divisão do reino, Deus
confirmou a aliança davídica. A profecia a
Jeroboão foi repetida para dar ênfase ao que
estava prestes a acontecer: o reino de
Salomão seria dividido e Jeroboão seria rei
sobre Israel(v. 37).
11:38-40.O profeta Aías informou a Jeroboão
que se ele fosse obediente ao Senhor, Ele lhe
dariauma casa duradoura, isto é, uma dinastia
duradoura. No entanto, a promessa do Senhor a
Davi não seria quebrada, pois embora Judá fosse
afligido, seria temporário,Mas não sempre(v. 39).
Quando Salomão soube dessa profecia de
Jeroboão assumindo o reino, eleprocurou,
portanto, matar Jeroboão. O futuro rei das
tribos do norte fugiu para o Egito para viveraté a
morte de salomão(v. 40). Porque um novo faraó,
shishak— não o sogro de Salomão — era agora
governante do Egito, Salomão não tinha mais
uma aliança matrimonial com o Egito. Essa
referência a outro adversário em potencial
aumentou as tensões políticas para Salomão, que
anos antes experimentou a paz em todas as suas
fronteiras (1Rs 4:25).
11:41-43.O relato final do reinado de Salomão
introduziu uma fórmula que aparece ao longo dos
relatos restantes dos reis em 1 e 2 Reis. Quatro
elementos na fórmula aparecem com frequência.
Primeiro, há a identificação de um recurso para
investigação adicional. Neste caso, o recurso foio
livro dos atos de salomo (v. 41). Este primeiro
elemento implicava sutilmente que o autor estava
escrevendo sobre eventos históricos para
fornecerteológicocompreensão de por que a
nação acabaria no exílio. Os leitores originais
poderiam verificar os fatos históricos por meio de
qualquer um dos três documentos originais — “o
livro dos atos de Salomão”, “o Livro das Crônicas
dos Reis de Israel” (cf. 14:19) e “o Livro das
Crônicas dos Reis de Judá” (cf. 15:7). Essas
crônicas não eram as mesmas que os livros
bíblicos de 1 e 2 Crônicas e não existem mais. Eles
eram fontes independentes que os monarcas do
mundo antigo mantinham para documentação
histórica (cf. 14:19).
O segundo elemento para definir o reinado de um
determinado rei era a duração de seu reinado e o local
onde ele governou. No caso de Salomão foiem
Jerusalémparaquarenta anos(v. 42). O terceiro
elemento identificava o local do sepultamento. Quando
Salomão morreu, oudormiu com seus pais(v. 43),ele foi
enterrado na cidade de seu pai david, a parte original
de Jerusalém capturada por David, onde
tinha construído o seu palácio (cf. 2Sm 5,7-11). E o
elemento final foi a nomeação do sucessor do rei.
Neste caso, o filho de Salomão,roboão, governaria
em seu lugar. Mas seu reinado seria muito diferente
do de Salomão. Na verdade, os dias de glória de
Israel haviam acabado e uma nova era de declínio
espiritual, político e econômico estava prestes a
começar.
II. o Reino dividido: norte de Israel e sul
de Judá (1Rs 12:1–2Rs 17:41) O relato
do reino dividido de Israel começa em 1
Reis 12:1, traçando o reino do norte de 10
tribos sob reis não-davídicos e o reino do sul
de Judá e Benjamim sob reis da linhagem de
Davi. No entanto, havia duas histórias no
registro, uma explícita e outra implícita. A
primeira tinha a ver com as decisões que os
reis humanos tomavam ao exercer o que
supunham ser seus direitos e
responsabilidades legítimos. Em outro nível,
o verdadeiro Rei, Deus Todo-Poderoso,
estava exercendo Sua total autoridade sobre
Seu povo que estava se rebelando cada vez
mais contra Seu reinado de aliança sobre a
nação e suas vidas. Deste ponto em diante,
ao longo de 1 e 2 Reis, os reinos de Israel e
Judá estavam em declínio por causa de sua
desobediência ao Senhor. A audiência
original de 1 e 2 Reis,
a. Roboão de Judá e Jeroboão de
Israel (1Rs 12:1–14:31)
1. reinado de Roboão: escolhas tolas e
suas consequências (1Rs 12:1-19)
12:1-5. roboãotinha 41 anos (cf. 14:21)
quandofoi para Siquémpara ser feitorei (931–
913 aC; 2Cr 9:31–12:16). Siquém era uma
cidade importante no território tribal do norte
de Efraim (cf. Gn 12:6; 33:18-20; Jos 8:30-35).
Foi aqui que Josué renovou a aliança entre o
Senhor e Seu povo perto do fim de seu
ministério (Jos 24). Talvez Roboão tenha
escolhido aquele local para se identificar com
aquele ex-líder de Israel. Seja qual for o caso, a
maioria dos líderes da nação,todo Israel,
reuniram-se lá paratorná-lo rei(v. 1).
QuandoJeroboão ouviuda coroação de
Roboão, ele voltou demorando no Egito, onde
tevefugiudeRei Salomão(v. 2; cf. 1Rs 11:30-40).
Jeroboão, juntamente coma assembléia de
israel, apelou ao rei Roboão paraclarear
 1 Reis 1 2
o serviço difícil(ojugoeraduro) Salomão havia
colocado sobre eles (v. 4). Eles disseram a Roboão
vamos atendê-lose ele atenderia ao pedido deles.
Este não era um pedido irracional em vista dos
enormes projetos de construção que Salomão
empreendeu, que cobravam impostos dos cidadãos
na forma de trabalho e dinheiro. Roboão concordou
em levar o pedido deles em consideração paratrês
dias, então dê-lhes sua resposta (v. 5).
12:6-11.Durante o intervalo de três dias,
Roboão consultou dois grupos. Ele primeiro
contatouos anciãos que serviram a seu pai (v. 6)
e observou as consequências da extravagância de
Salomão. Os anciãos aconselharam o jovem
Roboão afale boas palavras(v. 7) aos seus
súditos, com a perspectiva de conquistar esses
cidadãos como seusservos para sempre. Mas
Roboão recusou o conselho deles e buscou o
conselho dojovens que cresceram com ele(v. 8).
Seus colegas sugeriram que, embora Solomon
certamente tivesse feito suajugo pesado, Roboão
deveriaadicionar àdelesjugo. As palavras ecoam
o sofrimento que os israelitas experimentaram
nas mãos dos egípcios muitos anos antes, quando
foram forçados a fazer tijolos sem palha (vv.
10-11; cf. Ex 5,7-18). A lei mosaica instruía o rei a
temer ao Senhor e a nunca se colocar acima dos
seus compatriotas (cf. Dt 17,20), mas os jovens
conselheiros de Roboão sugeriram que ele
dissesse (v. 11):meu pai disciplinou você com
chicotes, mas eu vou discipliná-lo com
escorpiões. Os jovens conselheiros de Roboão
estavam usando uma hipérbole para enfatizar
que a vida sob seu governo seria ainda mais
exigente do que fora o reinado de Salomão.
12:12-15.Sobreo terceiro diaRoboão
respondeu o povo duramente, assim como seu
homens jovenstinha aconselhado (vv. 13-14).
Embora ele se recusasse aouça as pessoas, o que
estava acontecendo foi uma reviravolta do
senhor(cf. 11:11). Este é um dos textos claros nas
Escrituras que revela a soberania de Deus em
realizar Sua vontade, ao mesmo tempo em que
opera dentro do que parece ser uma escolha
pessoal pecaminosa por parte dos seres
humanos. Deus havia predito o que aconteceria
com o reino (cf. 11:29-38). No entanto, Deus
também apresentou a Roboão duas escolhas —
uma que o tornaria querido pelo povo e outra que
traria sérios danos ao reino que Davi e Salomão
haviam unido ao longo dos anos.
12:16-19.Ouvindo a decisão do rei Roboão,
todo Israelderam seu próprio veredicto sobre o
que acabaram de ouvir. É melhor entender que
eu499eu
todo Israelreferia-se a todas as tribos de
Israel, a maioria do povo como um grupo. Ao
responder,Que porção temos em Davi?(v. 16),
eles indicaram que não sentiam mais lealdade
a Roboão, o rei davídico. Então o povo
declarou:Não temos herança no filho de
Jessé(cf. 1Sm 16:18; 1Cr 29:26). Salomão havia
colocado a nação sob condições econômicas
opressivas, e Roboão iria piorá-la. Portanto
Israel partiu para suas tendas, um idioma
para suas casas, em vez de se reunir em apoio
a Roboão. Agora, por causa da decisão tola de
Roboão, o outrora glorioso reino de Davi foi
dividido entre 10 tribos que se sentariam sob o
reinado de Jeroboão como Israel e duas tribos
docidades de Judáisso seguiriaroboãocomo
Judá (v. 17).
O profeta Aías afirmou que 10 tribos ficariam
sob a liderança de Jeroboão e uma tribo
permaneceria leal a Roboão (cf. 11:31-32). No
entanto, Roboão governou sobre duas tribos: Judá
e Benjamim. Nessa época, a tribo de Benjamim
era contada como parte deJudá(cf. 12:21, 23) por
causa de sua proximidade geográfica, seu
pequeno tamanho e sua lealdade à casa de Davi
(ver comentários acima em 11:29-37). O mais
importante no desdobramento da revelação de
Deus e no registro dos reis é o papel significativo
que Judá desempenhou no plano de Deus. Dez
tribos constituiriam o reino do norte e uma tribo,
Judá, seria o ator principal nos eventos espirituais
e políticos do reino do sul, porque os reis
davídicos eram da linhagem de Judá. A
importância dos reis de Judá é aparente nos
textos paralelos de 1 e 2 Crônicas.
QuandoRei Roboãoviu que ele havia perdido a
maior parte da nação, ele aparentemente enviou
adorar(cf. 2Sm 20:24; 1Rs 4:6; 5:14) como seu
representante para os rebeldes em uma tentativa
esperançosa de reunir o reino; no entanto,todo o
Israel o apedrejou até a morte(v. 18). Roboãofez
pressa. . . fugir para Jerusalémpela segurança dele.
assim Israel tem estado em rebelião contra
a casa de Davi até o dia de hoje(v. 19). O termo
“rebelião” (paxá') é freqüentemente usado tanto
em um sentido teológico quanto político.
Certamente as dez tribos do norte se rebelaram
contra o domínio e o reinado de Roboão, o rei
davídico. Mas o termo também implica rebelião
espiritual. O templo ainda estava em Jerusalém, e
o povo deveria adorar a Deus de acordo com seus
mandamentos neste único lugar (cf. 8:12-30; Dt
12:13-14). Deixar de fazê-lo seria mais do que
traição política; seria também rebelião espiritual.
eu500eu 1 Reis 1 2
2. A coroação de Jeroboão como Rei de Israel
(1Rs 12:20-24)
12:20-24.Em resposta à dureza de Roboão,
quandotodo o Israel ouviu que Jeroboão havia
voltado. . .eles o fizeram rei sobre todo o Israel,
as 10 tribos do norte (931–910 aC; cf. 2Cr 9:29–
13:22). No entanto,a tribo de Judá seguiu a casa
de davi, governado pelo filho de Salomão, o rei
Roboão (v. 20; cf. 12:17). Depois de tentar trazer
as tribos de volta à unidade por meio de seu servo
Adoram (v. 18),roboão reunido180.000 homens
escolhidos que eram guerreiros deJudáe
Benjamin. . .lutar contra a casa de Israel para
restaurar o reino(v. 21). Roboão tentou reunir
seu reino à força, mas Deus tinha outro plano. O
palavra de deus veio a shemaiah o homem de
deus(v. 22; cf. 2Cr 12:15) para informar Roboão,
você não deve
. . .lutar contra seus parentes, os filhos de
Israel (v. 24). Embora Roboão já tivesse recusado
conselhos sábios que levaram à divisão no reino,
eleouviu a palavra do senhore a guerra civil foi
temporariamente evitada (cf. 14:30).
3. Autoengano e escolhas pecaminosas de
Jeroboão (1Rs 12:25-33)
12:25.Para defender seu novo reino,Jeroboão
construiu Siquém, a principal cidadea região
montanhosa de efraim(v. 25; cf. 12:1) e fez dela sua
capital. Esta cidade era importante não apenas por
motivos religiosos, mas também estava na principal
rota comercial leste-oeste, tornando-se uma cidade
estratégica do reino do norte. A cidade dePenuel(
também chamado Peniel, v. 25; cf. Gn 32:30-31)
também estava em uma rota de caravanas que ia de
Gileade a Damasco, uma rota sul-norte e uma cidade
defensiva chave contra o ataque de Damasco.
12:26-27.Jeroboão estava preocupado com a
deserção, bem como com a defesa. Ele percebeu o
reino(as pessoas)voltaria para a casa de David
porque eles precisavamsobe para oferecer
sacrifícios na casa do senhor em Jerusalém. Para
evitar que as pessoas voltem para roboão, e
adorando em Judá, Jeroboão elaborou um plano em
seucoraçãopara todo um novo esquema religioso
(vv. 26-27, 33). Anos depois, Jeremias lembrou ao
povo que nada de bom sairia de um coração corrupto
e infestado de pecado (cf. Jr 17,9). E no caso de
Jeroboão, seu medo desenfreado de perder seu reino
(v. 27) levou à perda da fé no Senhor e ao
desenvolvimento de um novo sistema religioso
nacional, uma adoração corrompida do Senhor e
uma fé crescente em seus próprios artifícios. .
12:28-33.O novo sistema religioso de Jeroboão
envolvia cinco elementos: (1) novos objetos de adoração
na forma dobezerros de ouro(v. 28); (2) novos
locais de culto embetel, o centro edan, no
extremo norte de seu reino (v. 29); (3) novos
edifícios de culto na forma decasas em lugares
altos(v. 31); (4) um novo sacerdócio não levítico
para liderar a adoração recém-estabelecida (v. 31);
e (5) um novocelebraçãopara competir com a
Festa das Tendas (v. 32). Ao afirmar sua nova
religião, o rei Jeroboão disse:Eis os teus deuses, ó
Israel, que te tiraram da terra do Egito(v. 28).
Jeroboão combinou o símbolo pagão do bezerro,
familiar aos arameus e cananeus, com a adoração
do Senhor, e usou a mesma ideia que Aarão teve
com a adoração do bezerro de ouro no êxodo (cf.
Ex 32,4-5). . O relato paralelo indica que os
sacerdotes levíticos perceberam as práticas
religiosas corrompidas no plano de Jeroboão,
porque deixaram o reino do norte e se juntaram a
Roboão (cf. 2Cr 11,13-17).isto tornou-se pecado,
porque o povo foi adorar perante aquele até
dan(v. 30), a cidade mais ao norte. Jeroboão logo
teria que enfrentar as consequências de sua falta
de fé e desobediência contra o verdadeiro Rei de
Israel.
4. Jeroboão, Palavra de Deus e rebelião
espiritual (1Rs 13:1-34)
Deus havia prometido a Jeroboão que a
obediência à Sua Palavra lhe traria uma “casa
estável”, semelhante à que Ele prometeu a Davi
(cf. 1Rs 11:38). Mas o capítulo anterior indicou
que Jeroboão tinha mais medo das pessoas do
que de Deus. Este capítulo agora mostra as
sérias conseqüências de se recusar a aceitar a
Palavra de Deus.
13:1-10.A fraseagora eisé um recurso retórico
para chamar a atenção para a lição dada aJeroboão
enquanto ele estava ao lado do pagãoaltarele tinha
construído embetel(cf. 12:32). Três personagens
principais aparecem na narrativa do cap. 13: um
homem de deus de Judá(v. 1); Jeroboão, o rei (v. 4); e
umvelho profeta. . .morando em Betel (vv. 11-34). O
homem de Deusfoi um profeta que veio com um
chamado especial de Deus. Quatro vezes é dito que
ele veiopela palavra do senhorou entregou (vv. 1-2,
5, 9), indicando tanto seu chamado de Deus quanto a
autoridade por trás de sua mensagem. O profeta deu
dois sinais para adicionar poderosa credibilidade às
suas palavras. Asinal (Hb.mopheth, “maravilha” ou
“portento”) denota um milagre que comunica uma
mensagem de Deus. Esses foram os mesmos tipos de
intervenções milagrosas que Deus operou por meio
de Moisés e Arão quando eles apareceram diante do
faraó.
 1 Reis 1 3
no Egito (veja o uso da mesma palavra em Ex
4:21; 7:3).
Primeiro, ele deu um sinal de longo alcance,
gritando contra o altar, que um futurofilhoseria
nascido na casa de daviquem iriasacrificar os
sacerdotes dos altoseossos humanosneste
mesmo altar (v. 2). Ele chegou ao ponto de
identificar esse futuro rei comoJosias, que reinou
cerca de 100 anos depois e cumpriu exatamente a
profecia (cf. 2Rs 23,15-20).
Para provar que a profecia de longo alcance
ocorreria, ele também deu uma profecia que teve
cumprimento imediato. O profeta de Judá deu a
sinalqueo altar será fendido e as cinzas que
estão sobre ele serão derramadas(v. 3). Quando
Jeroboão ordenou que sua guardaaproveitaro
profeta, a mão do rei ficou paralisada,secou(v. 4).
Imediatamente, oaltar dividido, na frente do rei
Jeroboão e daqueles que vieram adorar com ele,
de acordo com o sinal que o homem de deus
tinha dado pela palavra do senhor(v. 5). A
destruição do altar de Betel demonstrou a
rejeição do Senhor a este culto sincrético (cf. Lv
6,10-11). Este homem que tentava exercer tanto o
poder político como o religioso de repente se viu
sob o poder do Deus Todo-Poderoso. Jeroboão
percebeu seu desamparo e, em pânico, procurou
a ajuda do profeta.Rogai ao senhor vosso deus,
e rezai por mim, para que a minha mão me seja
restituída(v. 6). Deus respondeu ao seu pedido ea
mão do rei foi restaurada. Significativamente,
Jeroboão referiu-se ao Senhor comoseu Deus,
não como seu Deus.
Aparentemente impressionado com a cura de sua
mão, o rei Jeroboão pode ter pensado que poderia
persuadir o homem de Deus a unir forças com ele.
Assim, ele o convidou para ir à casa do rei para se
refrescar e receber umrecompensa (v. 7). Mas o
profeta estava sob ordens de que veio pela palavra
do senhor(v. 1). Deus o havia informado de que ele
deverianão comam pão, nem bebam água, nem
voltem pelo caminho queele veio(v. 9). Em outras
palavras, ele não deveria demorar uma vez que sua
tarefa fosse cumprida.A palavra “retorno”
desempenha um papel fundamental no resto do cap.
13 (recorre nos vv. 9, 10, 16, 17, 22, 33). No entanto,
ele “voltou” para a casa de outro profeta e enfrentaria
as consequências de desobedecer a Deus (vv. 18-19).
E Jeroboão “não recuou do seu mal”, e sua
desobediência arbitrária lhe custaria o reino (v. 33).
13:11-19.O terceiro personagem principal da
narrativa foi apresentado comoum velho profeta. . .
eu501eu
morando em Betel(v. 11). Ele aprendeu sobre os
eventos no altar de Jeroboão através do testemunho
ocular deseus filhos. Este profeta não foi identificado
como um profeta do Senhor e seu comportamento
indicava que ele não era um homem de Deus. Depois
de aprender a direção em que ohomem de Deus
encabeçado, o velho profeta partiu para encontrá-lo
(v. 13). Quando os dois homens se encontraram, o
velho profeta perguntou ao homem de Deus:venha
para casa comigo e coma pão(v. 15). O homem de
Deus recitou a mesma declaração que havia dado a
Jeroboão antes,Eu não posso voltar com você(v. 16;
cf. vv. 8-9 acima). Porém, para dar mais força ao seu
convite, o velho profeta afirmou ter recebido
informações deum anjo(v. 18) dizendo ao homem de
Deus que ele deveria voltar. Surpreendentemente, o
profeta de Judá não consultou o Senhor nem fez mais
perguntas, mas aceitou o convite. Mas o texto revela
que o velho profeta mentiu para ele, e o profeta de
Judá acreditou na mentira sem questionar (vv. 18-19).
Deus havia falado com um rei e um profeta de Judá.
Mas ambos tomaram o caminho da desobediência
para a destruição.
13:20-25.Depois de enganar o homem de Deus de
Judá,a palavra do senhor veio ao [velho]profeta(v.
20). A declaração é surpreendentemente familiar ao
que o homem de Deus havia originalmente recebido
comoa palavra do senhor(cf. vv. 1-2, 5, 9). Assim
como o profeta de Judá havia falado as próprias
palavras de Deus a Jeroboão, agora o velho profeta
clamou ao homem de deus que veio de Judá (v. 21).
Duas palavras captam a essência desta segunda
profecia. Foi dito ao homem de Judá: Porque você
desobedeceu ao comando do senhor. . .teu corpo
não chegará à sepultura de teus pais(vv. 21-22).
A palavra traduzida como “desobedeceu” significa
literalmente “rebelar-se”; ele havia se rebelado ao não
obedecer à palavra do Senhor dita a ele. Seu pecado foi
tão perverso quanto o de Jeroboão e, em última análise,
foi contra o verdadeiro rei de Israel. A palavra hebraica
“sepultura” (qeber) refere-se ao túmulo da família. Para
uma pessoa ser enterrada longe do túmulo da família era
um sinal de desonra e, neste caso, também uma
indicação do severo julgamento de Deus. Embora o
profeta de Judá tenha deixado o velho profeta em
segurança,um leão o encontrou no caminho e o matou
(v. 24). No entanto, ao contrário do comportamento
usual do leão, não devorou o profeta nem matou o
burro, masestava parado ao lado do corpo. Conforme
as pessoas passavam, elas observaram essa cena
estranha e a relataramna cidade onde morava o velho
profeta(v. 25).
eu502eu 1 Reis 1 3
13:26-32.A notícia finalmente chegou ao velho
profeta, que disse:É o homem de deus, que
desobedeceu ao comando do senhor; por isso o
senhor lhe deu[o profeta de Judá]para o leão. . .
segundo a palavra do senhor(v. 26). Deus estava
demonstrando aos residentes do reino do norte
que Sua Palavra é santa e que a desobediência
traz consequências terríveis. Então o velho profeta
trouxe o corpo e o colocou em seu próprio
túmulo(v. 30), trazendo algum respeito ao profeta
mais jovem, apesar de sua desobediência
descuidada. Mas o velho profeta reconheceu a
gravidade de tudo o que havia acontecido:porque
certamente acontecerá o que ele clamou pela
palavra do senhor contra o altar em Betel e
contra todas as casas dos altos que estão nas
cidades de Samaria(v. 32). A cidade de Samaria,
sete milhas a noroeste de Siquém (cf. 12:1),
tornou-se a capital das 10 tribos do norte (cf.
16:24), mas o nome foi mais geralmente aplicado
à área central de Israel.
13:33-34.Embora confrontado por tais exemplos
dramáticos de profecia e julgamento, Jeroboão não
se arrependeu de seu pecado de estabelecer um
sistema religioso alternativo em Israel. Em vez disso,
elenão voltou do seu mau caminho(v. 33). Como
resultado,este evento tornou-se pecado para a
casa de Jeroboão, para apagá-lo e destruí-lo da
face da terra(v. 34). As promessas condicionais em 1
Reis 11:38 não seriam cumpridas. A palavra de Deus
deveria ser atendida! Novamente a desobediência
resultou em sérias conseqüências.
5. as consequências da desobediência
de Jeroboão (1Rs 14:1-20)
14:1-5.Embora Jeroboão tenha voltado aos seus
maus caminhos, Deus ainda não havia terminado
com o primeiro rei do reino do norte. Uma terceira
profecia veio a Jeroboão durante a doença de seu
filhoabias. Então Jeroboão enviou sua esposa para
Shiloh, ao norte de Betel (cf. Jos 18; Jdg 21:19) para
consultar o agora idoso profetaahijah(cf. 11:29-39). O
rei aparentemente pensou que poderia controlar seu
próprio destino, ou talvez até mesmo manipular o
profeta de Deus, então ele disse a ela paradisfarce
ela mesma para que o profetanão sei dissoela eraa
esposa de Jeroboão(v. 2). Ele também enviou um
presente pessoal ao profeta (v. 3). No entanto,
Jeroboão esqueceu ou simplesmente não sabia que
Deus vê tudo. Por issoo Senhorinformou ao profeta
idoso e cego (v. 5) que a esposa do rei estava a
caminho para consultá-lo. Aías foi informado,diga
assim e assim para ela, um dispositivo retórico
usado para efeito dramático para condensar a
mensagem que seria revelada
em vv. 6-16. O Senhor também disse a Aías:ela
vai fingir ser outra mulher(v. 5).
14:6-11.A esposa de Jeroboão foi recebidacom
uma mensagem durade Aías. A profecia passou
da situação imediata na vida de Jeroboão para o
destino final do reino do norte. O julgamento
estava prestes a ser proferido com: (1) a causa
declarada no vv. 7-9, (2) o impacto do julgamento
na casa de Jeroboão, especificamente nos vv.
10-11, e (3) o impacto para o reino do norte de
Israel nos vv. 12-16. Aías anunciou que Jeroboão
tinhafeito mais mal do que todos os que foram
antesele inventando a religião dos bezerros de
ouro (v. 9; cf. 12:25-33). Jeroboão tinha feito. . .
outros deuses e imagens fundidas para
provocaro Senhorirritar. A severidade de suas
ações foi capturada nas palavras que vocême
jogou nas suas costas(v. 9). A série de metáforas
destaca a gravidade do que Deus estava prestes a
fazer em Israel. O Senhor também anunciou por
meio de Aías que Elecortou de Jeroboão todo
homem. . .e. . .fazer uma varredura limpa na
casa de Jeroboão(v. 10). O Senhor acabaria com a
linhagem familiar de Jeroboão de qualquer futura
liderança de Israel por causa do plano perverso
de Jeroboão de levar Israel à idolatria.
A causa do próximo julgamento foi o estabelecimento
de Jeroboão da adoração alternativa pagã do Senhor
com os bezerros de ouro - uma violação direta da Palavra
de Deus (cf. Êx 34:17; Dt 27:15). Por causa do pecado de
Jeroboão,os cachorrosseriacomersua descendência que
morreu na cidade, um fim repugnante e trágico (v. 11; cf.
16:4; 21:19, 24). No mundo antigo, os cães não eram
animais de estimação domesticados. Deixados
desnutridos, eles se tornaram necrófagos, vagando em
bandos selvagens, prontos para comer qualquer coisa.
Na profecia de Aías, os cães amplificam a corrupção
causada pela apostasia religiosa de Jeroboão, uma
apostasia que merecia o julgamento de Deus.
14:12-14.Somente o filho de Jeroboão, Abias (v.
1), seria poupado do terrível julgamento porque a
criançaseriamorrerquando sua mãe voltou para
casa depois de consultar o profeta, etodo o Israel
o lamentará e o sepultará(v. 13). Apesar da
maldade de Jeroboão, seu filho foi identificado
como uma pessoa em quemalgo de bom foi
encontrado para o senhor deus de Israel na
casa de Jeroboão. O tratamento dado ao filho
indicava que havia graça de Deus mesmo na
aplicação do julgamento divino. Após o enterro
respeitoso da criança,o senhor levantará para si
um rei sobre Israel que exterminará a casa de
Jeroboão(v. 14).
 1 Reis 1 4
14:15-18.Após a condenação da casa de
Jeroboão por Deus, a profecia se expandiu para
incluir o futuro de todo o reino do norte. Os atos
pecaminosos propagados por Jeroboão
permeariam o comportamento de todos os
cidadãos. A nação seria instável, do jeito que uma
cana é sacudida na água(v. 15). eles estariam
espalhadosalém do rio eufrates. Esta dispersão
foi cumprida quando o reino do norte caiu para a
Assíria em 721 aC (cf. 2Rs 17). Novamente, o
motivo da condenação de Deus foi a idolatria,
especificamenteseus aserins, provocando a ira
do senhor(v. 15; cf. v. 23; 15:13; 16:33). Asherim
eram postes de madeira, símbolos fálicos,
localizados perto de bosques de árvores e parte
de um panteão de deuses cananeus. Aserá era
uma das deusas da fertilidade adoradas pelas
tribos do norte em seus lugares altos. Quando
esposa de Jeroboãodevolvidapara tirzah, sua
casa (cf. 1Rs 16:23), enquanto ela cruzavao limiar
da casa real, o meninomorreu. isso foisegundo a
palavra do senhor. . .através de Seu servo
ahijah o profeta(vv. 17-18; cf. v. 12 acima).
14:19-20.Oatos de Jeroboãoeramescreveu o
livro das crônicas dos reis de Israel, não o livro
bíblico de Crônicas, mas uma história dos reis de
Israel, não mais existentes, freqüentemente
referidos em 1 e 2 Reis (por exemplo, 15:31; 16:5,
14, 20, 27; 22:39; 2Rs 1:18; 10:34; 13:8, 11). A
monarquia do primeiro rei de Israel foi resumida
comoo tempo que Jeroboão reinou foi vinte e
dois anos(v. 20). A menção da sucessão de
“Nadab, seu filho” foi um reinado temporário que
durou dois anos (cf. 15:25), quando Nadab foi
morto “segundo a palavra do Senhor, que ele
falou por meio de seu servo Aías” (15 :29).
6. reinado de Roboão em Judá
(1Rs 14:21-31)
O relato dos reinados dos reis de Israel e
Judá é frequentemente apresentado em seções
alternadas em 1 e 2 Reis, e frequentemente
seus reinados se sobrepõem (cf. Introdução:
Contexto). A seção seguinte continua o
governo de Roboão em Judá (cf. 12:1-24).
14:21.Reiroboão, depois de suas escolhas tolas
(cf. 12:1-19) no momento de sua ascensão (idade
quarenta e um),reinou dezessete anos em
Jerusalém, cidade que o Senhor escolhera dentre
todas as tribos de Israel(v. 21; cf. comentários acima
em 8:29; 11:13).
14:22-24.Uma avaliação espiritual dos reis
é feita em 1 e 2 Reis. Desde o início do reino
dividido, mesmoJudá fez o mal
eu503eu
aos olhos do senhor(v. 22). Alguém poderia
pensar que isso seria dito de Roboão, mas a
avaliação é de todo o reino do sul - Judá - para
mostrar que o que o rei escolheu fazer afetou
espiritualmente toda a nação. E as escolhas da
naçãoprovocadoo Senhorao ciúme. Em termos
do caráter de Deus, essa emoção está relacionada
ao Seu direito de amor e adoração exclusivos. Seu
ciúme O leva a advertir Seu povo sobre ser
espiritualmente infiel a Ele. Quando eles são
infiéis, Ele se torna “ciumento” – um sinônimo
virtual para “irritado” – porque Seu povo apegou
suas afeições a algum deus falso, e Ele então os
julga por seu adultério espiritual.
Os pecados específicos que motivaram Deus a se
envolver em Seu justo ciúme foram identificados
como olugares altos e colunas sagradas e aserins(
v. 23; cf. comentários sobre 14:15 acima). Estes eram
objetos religiosos que provavelmente existiam na
terra há séculos, desde que Israel falhou em
desapossar as nações e seus maus caminhos,
conforme 1Rs 9:20-21. As “colunas sagradas (de
pedra)” representavam a presença de vários deuses,
e os postes Asherah eram símbolos de vários deuses
da fertilidade, proibidos pelo Senhor (cf. Ex 23,24; Lv
26,1; Dt 16,21-22) . Também havia prostitutos de
culto, como parte do culto pagão,de acordo com
tudoas práticas pagãsdas nações(v. 24). Todas essas
práticas levaram o Senhorem ciúme justo para agir
em nome de Seu nome (cf. 1Rs 5:5; 11:36; Is 48:11).
14:25-28.O Senhor então levantou um
adversário contra Roboão,shishak o rei do egito.
Antes do reinado de Sisaque, existiam relações
pacíficas entre o Egito e Israel, especialmente
depois do casamento de Salomão com a filha do
Faraó (cf. 3:1). Paul House aponta que a outrora
decadente nação do Egito experimentou um
breve renascimento político e militar quando o
Egito 21stdinastia foi derrubada por um popular
nobre líbio chamado Shishak (House,1, 2 Reis,
195). Nenhuma informação foi dada sobre por
que ele atacou Judá, mas por qualquer motivo,
ele veio contra Roboão elevou os tesouros da
casa do senhor e os tesouros da casa do rei(
vv. 25-26). Os itens específicos que foram
entregues a Shishak para evitar a devastação
da cidade foram osescudos de ouro que
Salomão tinha feito(cf. 10:17). Para substituí-
los, escudos de bronze feitos de roboão. A
mudança do ouro para o bronze, um metal
muito mais barato, indicava o declínio da
riqueza do reino sob Roboão após a grande
glória sob Davi e Salomão.
eu504eu 1 Reis 1 4
14:29-31.Os detalhes,o resto dos atos de
Roboãodurante seu reinado de 17 anos estão
registrados emo Livro das Crônicas dos Reis
de Judá(cf. os comentários em 11:41-43; 14:19).
Dois itens de particular importância foram
mencionados. Primeiro, houveguerra entre
roboãoeJeroboão continuamente. Apesar de
o Senhor ter proibido a guerra civil (cf. 12:14),
houve batalhas entre Israel e Judá até a aliança
entre Acabe e Josafá (cf. 2Cr 18:1–19:3). Em
segundo lugar, a mãe de Roboão eranaamah a
amonita (v. 31; cf. v. 21; 2Cr 12:13), uma das
esposas de Salomão de Amon (cf. 1Rs 11:1).
Esta nação pagã a leste do Jordão estava
frequentemente em conflito com Israel (cf. Gn
19:30-38; Dt 23:3; 1Sm 11:1-15), e os amonitas
foram especificamente proibidos de fazer parte
da assembléia de Israel ( cf. Dt 23:3; Ne 13:1-2).
O fracasso de Roboão em seguir o Senhor foi
agravado pela influência pagã de sua mãe. E o
que impactou o rei também teria
consequências espirituais para o povo.
B. os reis de Judá e Israel até a queda de
Israel para a Assíria (1Rs 15:1–2Rs 17:41)
Os reinados de Roboão e dos sucessores de
Jeroboão demonstraram as conseqüências das
transigências espirituais. Por meio dos reis, Deus
estava chamando Seu povo da aliança para confiar
Nele em todas as coisas. Afinal, Ele é o verdadeiro Rei
e protetor de Seu povo.
1. abijam de Judá: um Rei Mau (1Rs 15:1-8)
15:1-2.O próximo rei sobreJudáeraabijam, ou
Abias como uma grafia variante em algumas
traduções (913-911 AC; cf. 2Cr 13:1-22). O padrão
típico para identificar os reis de Judá, incluindo o
nome de suas mães, é o seguinte: a mãe de Abias
eramaacah a filha de abishalom (v. 2). Visto que
ela também é identificada como filha de Uriel (2Cr
13:2), é provável que ela seja neta deabishalom,
(que é o filho de Davi, Absalão), já que as
referências genealógicas bíblicas muitas vezes
pulam uma ou mais gerações.
15:3-8.abijamandou em todos os pecados de
seu pai, dando a entender que as práticas
idólatras modeladas por Roboão agora eram
praticadas por seu filho. E a razão para isso era
queseu coração não era totalmente dedicado
ao senhor seu deus, como o coração de seu pai
david(v. 3), seu bisavô. Embora Davi tenha caído
em pecado grave (cf. 1Sm 11), ele nunca se
desviou para o paganismo, mas sempre adorou
somente o Senhor. Assim, Davi foi o padrão de
devoção através de Reis e Crônicas (cf. 1Rs 11:4, 6;
15:3, 11; 2Rs 14:3; 16:2; 18:3; 2 Crônicas 29:9).
A menção de Davi foi importante porque, por um
lado, a severidade do pecado estava aumentando,
mas, por outro lado, Deus foi misericordioso com
Judá.pelo amor de david(v. 4). Esta foi uma
referência sutil à aliança davídica (cf. 2Sm 7:12-14).
Deus foi gracioso com Abijão apesar de seus
caminhos idólatras porque Ele havia prometido dar a
Daviuma lâmpada em Jerusalém(v. 4; cf. 11:36)—um
herdeiro permanente do trono davídico. A razão da
bondade de Deus para com Davi eraporque Davi fez
o que era reto aos olhos do senhor(v. 5). Ele havia
cometido adultério e o horrível assassinato deuriah o
hitita(2Sm 11:14-27), mas Davi nunca havia recorrido
à idolatria.
Uma consequência da divisão do reino foi a
guerra entre as tribos de Israel e Judá. O
conflito foi declarado tanto comoguerra entre
Roboão e Jeroboão(v. 6) eguerra entre Abijão
e Jeroboão(v. 7). Isto é, os reinos do norte e do
sul, Israel e Judá, estavam envolvidos em um
conflito induzido pelo pecado.
2. asa de Judá: um bom Rei (1Rs 15:9-24) 15:9-10.
Após a morte de Abias após um reinado de
apenas três anos (v. 2),como umsucedeu-o como rei
em Judá (911–870 aC; cf. 2Cr 14:1–16:14). Elereinou
quarenta e um anos em Jerusalém. Uma declaração
introdutória surpreendente sobre Asa foi queo nome
de sua mãe era maacah filha de abishalom(v. 9).
Possivelmente esta é uma declaração de lapsos
geracionais como no caso de Abijão (cf. 15:1-2). No
entanto, Provan argumenta que, em vista de todos os
pecados idólatras com os quais Asa teve de lidar em
1 Reis 15, e em vista da remoção de Maacá (v. 13), é
altamente provável que Asa fosse o produto de um
incesto. relacionamento entre Abijam e sua mãe,
Maacah (Iain W. Provan,1 e 2 Reis,NIBC [Peabody,
MA: Hendrickson, 1995], 126).
15:11-15. como umfoi um dos oito bons reis de
Judá. Ele foi elogiado porquefez o que era reto aos
olhos do senhor, como Davi, seu pai(v 11; cf.
comentários acima em 15:3-8). Davi foi identificado
novamente como o grande modelo de devoção
espiritual. Enquanto Davi lutou contra os inimigos
pagãos de Israel e finalmente uniu as tribos de Israel
em uma grande nação, Asa foi retratado como
aquele que lutou contra a idolatria. Eleafaste os
prostitutos do culto masculino. . .e removeu todos
os ídolos que seus pais tinham feito(v. 12). De
particular interesse foram suas relações commaacah
sua mãe, a quem eleremovidoEnquanto omãe
Rainhaporque ela tinhafez uma imagem horrível
como um asherah(v. 13; cf. 14:15, 23). Como um
queimadoa imagem horrível
 1 Reis 1 5
(ídolo) ela fezno riacho Cedromfora de
Jerusalém.
Asa atacou a idolatria com vingança e, por sua
vez, por sua devoção ao Senhor, ele até trouxe
para a casa do senhor as coisas dedicadas(v.
15). Estes eram itens apresentados como ofertas e
presentes em honra de Deus. A única deficiência
aparente no reinado de Asa foi que os lugares
altos não foram tirados(v. 14), talvez por
estarem tão bem estabelecidos como parte da
sociedade (v. 14). Este é outro exemplo de falha
até mesmo dos bons reis de Judá em seguir o
Senhor perfeitamente.
15:16-22.Asa também tomou decisões políticas
importantes em relação ao seu reino.houve
guerra entre Asa e Baasa, rei de Israel, todos
os seus dias(v. 16). A gravidade da ameaça de
Baasa a Judá foi que ele começou a fortificar
ramah, a fim de impedir que alguém saia ou
entrerenovar uma aliança comcomo um(v. 17).
ramahera uma cidade importante no território
tribal de Benjamim (cf. Jos 18:25), a outra tribo
aliada de Judá contra as 10 tribos do norte (cf.
12:21). Ramá também ficava a apenas seis
quilômetros ao norte de Jerusalém, tornando as
atividades de Baasa uma ameaça muito séria ao
reinado do rei Asa. Em uma tentativa de fortalecer
seu reino, Asatomou toda a prata e o ouro que
ficaram nos tesouros da casa do senhor. . .e a
casa do reie os enviou por seus servos aBen-
Hadade. . .o rei de aramna fronteira norte de
Israel (v. 18). Asa procurou fazer um tratado com
Ben-Hadade e também pediu que ele quebrasse
um tratado anterior com Baasa (v. 19).
Ben-Hadade concordou com a oferta eenviado
. . . seus exércitos contra as cidades de Israel e
conquistouas cidades do norte deIjon,dan. . .e
toda a terra de naftali(v. 20). Como resultado,
Baasa. . .cessou a fortificação de ramah(v. 21).
Não há menção aqui de um profeta que veio e
repreendeu Asa por não buscar a ajuda do Senhor
e, em vez disso, confiar em alguém que se
tornaria uma ameaça crescente contra as tribos
de Israel (cf. 2Cr 16,7-12). O propósito geral de
Reis é a história, enquanto o propósito de
Crônicas diz respeito à decisão espiritual da casa
de Davi (ver Introdução)..A omissão do registro da
visita de um profeta mostra a ênfase política dos
reis. No entanto, a informação em Crônicas revela
que, embora a maior parte de sua vida tenha sido
de devoção ao Senhor, Asa também sofreu crises
de amnésia espiritual, confiando mais nos
homens do que na força prometida pelo Senhor
(cf. 2Cr 16:7- 10; Dt 28:7).
eu505eu
15:23-24.Embora Asa tenha sido identificado
como um rei bom e devotado, seus últimos anos não
foram isentos de dificuldades. Por não ter invocado a
ajuda do Senhor, Asa enfrentou guerras durante todo
o seu reinado. Asa reinou 41 anos (15:10), e nos 39º
ano de seu reinado, emsua velhice ele estava
doente em seus pés, ainda "ele não buscou o
Senhor, mas os médicos" para aliviar sua dor (2
Crônicas 16:12). Este relatório de saúde, juntamente
com o fracasso de Asa em buscar a ajuda do Senhor
de todos os seus inimigos, indica sua falha geral em
depender do Senhor em uma variedade de
circunstâncias. Isso lembrou à audiência do exílio que
Asa foi parcialmente negligente em buscar o forte
apoio do Senhor - física, política e espiritualmente (cf.
2Cr 16:9), e que houve sérias consequências como
resultado.
3. de nadab até omri: crescente
declínio espiritual em Israel
(1Rs 15:25–16:34)
Esta seção final sobre os primeiros dias do
reino dividido descreve uma óbvia queda livre
política e espiritual. Sete reis durante um período
de 56 anos são descritos em termos de sua
ascensão ao poder e morte horrível. Mas há uma
frase que mantém a seção unida e explica por que
esses eventos históricos aconteceram como
aconteceram. Essa frase, “segundo a palavra do
Senhor”, aparece três vezes (15:29; 16:12, 34). O
que aconteceu não foi por acaso. O Senhor Deus
de Israel ordenou e previu o resultado final, e
aconteceu em todos os casos exatamente como
Ele disse que aconteceria. O pano de fundo
desses eventos foi a repreensão do profeta Aías
ao rei Jeroboão por suas ações idólatras, dizendo
à esposa do rei que Deus estava prestes a “varrer
a casa de Jeroboão” (14:10; cf. vv. 6, 20 ). Aías
também profetizou eventos além da família de
Jeroboão. Deus consistentemente advertiu
Jeroboão por meio do profeta que, à medida que
o mal aumentasse, a estabilidade política
diminuiria e que “o Senhor ferirá a Israel como se
agita a cana na água” (14:15).
15:25-26.O fim da casa de Jeroboão é registrado
pela reintrodução de seu filho,nadab (cf. 14:19-20).
Seu reinado durou apenasdois anos (910-909 aC). Tal
como acontece com todos os que governaram no
reino do norte, Nadabefez mal aos olhos do senhor,
e andou no caminho de seu pai.
15:27-31.Em cumprimento da profecia anterior
de Aías,Baasa(909–886 aC; cf. 2Cr 16:1-6) também
foi reintroduzido após a breve explicação sobre
suas guerras com Asa em 15:17-22 (cf. v. 32).
Baasaconspirou contraseu antecessor
eu506eu 1 Reis 1 5
Nadab e o matou enquanto o rei reinante
estava atacando a cidade ocupada pelos
filisteus degibbetão, localizada entre
Jerusalém e Jope (v. 27; cf. Jos 19:43-45). Baasa
assassinou Nadab, e tambémmatou toda a
casa de Jeroboão, não deixando um único
herdeiro vivo (v. 29; cf. 14:10).
Deus em Sua providência ordenou o fim do reino
de Jeroboão e até mesmo a eliminação de seus
herdeiros, mas Sua providência nunca exclui as
escolhas das pessoas. Porque Deus é soberano, até
mesmo os atos pecaminosos dos seres humanos
coincidem com Seus planos soberanos. De fato, Deus
usa as ações pecaminosas das pessoas para realizar
Seus propósitos. Mas isso não isenta o pecador da
culpa por seu pecado; Deus não pode ser acusado
das maldades que os seres humanos cometem (cf. Tg
1,13). Este é um dos mistérios mais profundos da
Bíblia. A própria determinação de Baasa estava
diretamente ligada às suas próprias decisões
espirituais e à aniquilação da família de Nadabe (cf.
16:7). (Para uma breve discussão sobre a interação
entre a soberania de Deus e a responsabilidade
humana, veja os comentários sobre Rm 9:18-23.) Os
detalhes daatos de nadabsãoescrito no Livro das
Crônicas dos Reis de Israel(v. 31; cf. comentários
acima em 11:41-43; 14:19).
15:32-34.O relato da ascensão de Baasa ao
poder serve como uma transição do reinado de
Jeroboão para o longo reinado da dinastia da casa
de Onri em 16:16. Embora Baasa estivesse
cumprindo as declarações proféticas de Aías
registradas no cap. 14, elefez mal aos olhos do
Senhor e andou no caminho de Jeroboão (v. 34;
cf. 16:2, 26; 22:52), adorando ídolos. Esta frase
está em total contraste com andar no caminho de
Davi (cf. 15:3).
16:1-5.Como seu predecessor Nadabe, Baasa
seguiu os caminhos idólatras de Jeroboão. Como
resultado, Deus enviou um profeta na pessoa de
Jeúpara anunciar o julgamento de Baasa. Jeú o
informou que, assim como aconteceu com
Jeroboão, Deus consumir. . .a casa dele(v. 3).
Uma razão para este julgamento divino foi o estilo
de vida idólatra de Baasa e porque ele “derrubou
toda a casa de Jeroboão” (15:29; 16:7). Não se
tratava simplesmente de remover Nadab do
poder. Deus também estava condenando a
intensa brutalidade com que Baasa realizou suas
ações. Isso revela a soberania e onisciência de
Deus sobre a responsabilidade humana.
16:6-14.A transição para a dinastia de Onri
continuou com a ascensão do filho de Baasa,elah
(886-885 aC)que se tornou rei de Israel em
tirzah(v. 8). Ele reinou apenasdois anos, até
ser assassinado porZinridelecomandante (vv.
8-10). QuandoZinri(885 aC)tornou-se rei emde
Elahlugar,eledestruiu toda a casa de Baasa,
conforme a palavra do senhor, que falou
contra Baasa por intermédio de Jeú, o
profeta(16:12; cf. 16:7).
16:15-24.Mas o reinado de Zinri como rei foi
um dos mais curtos de todos os reis de Israel. Ele
governou por apenassete dias em tirzah(v. 15).
Quando o povo que lutava contra os filisteus
soube do ocorrido,todo o Israel fez omri
(885-874 aC)o comandante do exército, rei
sobre Israel(v. 16). A profecia de Aías de que
Israel seria como uma “cana agitada na
água” (14:15) tornou-se realidade. Por um período
de tempo houve instabilidade política no reino do
norte em várias frentes.
Primeiro, Zimri percebeu que sua base de poder
era extremamente fraca. Entãoele entrou na
cidadela da casa do rei e queimou a casa do rei
sobre ele com fogo, e morreu(isto é, ele cometeu
suicídio, v. 18). Mas isso não foi simplesmente um ato
de desespero, pois isso aconteceupor causa dos
seus pecados que ele pecou(v. 19). Zinri, como
aqueles antes dele, seguiu os caminhos idólatras de
Jeroboão.
Em segundo lugar, oo povo de Israel estava
dividido (v. 21); metade queria fazertibnirei,
enquanto a outra metadeseguido omri. Onri
finalmente prevaleceu e uma segunda grande
dinastia para substituir o governo de Jeroboão
surgiu. O registro é simples:tibni morreu e onri
tornou-se rei(v. 22). Poucos detalhes históricos
foram dados sobre o governo de Onri, exceto que ele
reinou doze anos; ele reinou seis anos em tirzah(v.
23). Talvez porque um palácio real em Tirzah tenha
sido previamente queimado por Zinri, Onri pode ter
se sentido compelido a estabelecer um novo palácio
real. Então ele comprou a colina Samaria de
Shemer. . .e construído na colinaa cidade de
samaria(v. 24). Samaria se tornaria a cidade-chave
que identificava o local de residência dos reis do
norte, mas também um símbolo de intensa apostasia
religiosa contra o Senhor.
Embora o texto bíblico seja breve a respeito do
reinado de Onri, a história extrabíblica indica que ele
foi um homem de importância internacional. Seu
nome aparece na Pedra Moabita, a pedra memorial
de basalto negro erguida por volta de 850 aC em
memória dos feitos do rei Mesa de Moabe. Ali Omri é
referido como aquele que capturou uma região fértil
e militarmente estratégica conhecida como as
Planícies Moabitas (RD Patterson
 1 Reis 1 7
e Hermann J. Austel, “1 e 2 Reis”, no vol. 4 da EBC
[Grand Rapids, MI: Zondervan, 1988], 135).
Quando Tiglate-Pileser II da Assíria capturou
Israel, ele se referiu a Israel em seus anais como
“a casa de Onri”.
16:25-28. onri fez mal aos olhos do senhor, e
agiu pior do que todos os que foram antes dele,
mostrando assim a espiral descendente dos reis
de Israel (v. 25). Afinal,ele andou em todo o
caminho de Jeroboão. . . (v. 26). Depois de sua
morte,acabe, seu filho, tornou-se rei em seu
lugar(v. 28).
16:29-33.Acabe (874–853 AC; cf. 2Cr 18:1-
34), filho de Onri, o rei mais perverso de Israel,
reinou em Samaria por vinte e dois anos. Assim como
seu pai antes dele, Acabe levou uma vida de rebelião
espiritual. Ele participou do mal mais do que todos os
que foram antes dele (v. 30). Seus pecados são
evidentes em quatro atos específicos. (1) Ele se casou
com Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios (v. 31).
Como Salomão antes dele, a decisão de Acabe de se
casar com Jezabel, que introduziu a adoração de Baal
em Israel, foi uma clara violação da Escritura (cf. Dt
7,1-5). Na mente de Acabe, cometer pecados como
casar com uma mulher pagã era algo trivial (v. 31). A
palavra “trivial” vem da palavra hebraicaqalal, que
significa "rápido", "insignificante" ou "insignificante".
Acabe não se importava se a escolha de uma esposa
ofendesse o Senhor. (2) Acabe também foi servir a
Baal e o adorou (v. 31). Ele não apenas se desviou
para a idolatria, ele foi intencionalmenteserviro deus
da fertilidade dos cananeus, e levou a nação a seguir
em sua idolatria (cf. 18:1-46; 22:53). (3) Ele também
ergueu um altar para Baalem um templo que ele
construiu em Samaria (v. 32). (4) Eletambém fez o
asherah(v. 33, cf. 14:15,
23). Assim, Acabe é lembrado como o rei mais
perverso de Israel porquefez mais para provocar o
senhor Deus de Israel do que todos os reis de
Israel que foram antes dele(v. 33).
16:34. Jericóhavia sido reconstruída como uma
cidade sem muros após os dias de Josué (cf. Jos 18:21; Jdg
3:13; 2Sm 10:5). No entanto, quandoHiel, o betelita,
construiu Jericó. . .abiram seu primogênitofilho
morreu quandoele colocouofundaçõesda cidade eseu
filho mais novo segubmorreu quando eleconfigurar os
portões. Seu plano de reconstruir uma cidade fortificada
terminou em tragédia, exatamente como o Senhor
predisse. A reconstrução de Jericó foi proibidaconforme
a palavra do senhor, que ele falou por intermédio de
Josuéapós a destruição sobrenatural daquela cidade por
Deus, e o aviso da morte do primogênito foi específico
(cf. Jos 6:26). Deus havia falado claramente nos dias de
Josué, e Ele ainda estava
eu507eu
falando durante a vida de Acabe. Rejeitar os caminhos de
Deus não era “coisa trivial” (cf. 1Rs 16:31). Deus ainda era
o verdadeiro Rei de Israel, e Sua palavra deveria ser
ouvida e atendida. Se os reis não modelassem a vontade
e os caminhos de Deus, então o Senhor enviaria Seus
profetas, Elias e Eliseu, para chamar o povo de volta ao
reinado de Deus em suas vidas.
4. acabe e o profeta elias: a
supremacia de deus sobre a
natureza (1Rs 17:1–22:40)
Após a morte espiritual de Salomão, 1 e 2
Reis registram poucos monarcas que foram
representantes fiéis de Deus e Sua aliança.
Como resultado, o Senhor enviou profetas para
chamar os reis e o povo para que voltassem a
Ele e a Suas promessas de convênio. Os dois
profetas mais notáveis do reino do norte
foram Elias e Eliseu. A missão deles era trazer
várias acusações contra o reino do norte. Deus
os usou para anunciar julgamentos e também
para demonstrar Sua supremacia sobre
absolutamente tudo.
a. Elias e os Profetas de Baal
(1Rs 17:1–18:46)
Embora as divisões dos caps. 17 e 18 podem
implicar temas diferentes, os capítulos juntos
constituem uma unidade narrativa. O capítulo 17
apresenta a tensão de uma fome provocada por
Deus e introduzida por meio do profeta Elias. O
capítulo 18 traz resolução para a fome e demonstra
que Deus é supremo sobre a natureza e Baal, o deus
que Acabe e Jezabel serviram tão perversamente. Os
adoradores de Baal acreditavam que seu deus fazia a
chuva e era responsável pela fertilidade em toda a
terra. Se ocorresse uma seca, os adoradores de Baal
acreditavam que seu deus residia no lugar dos
mortos e precisava ser trazido de volta à vida. No
entanto, Elias mostraria que Baal não estava morto
ou incapacitado por uma temporada. Ele
simplesmente não existia.
17:1-7.Elias, cujo nome significa “o Senhor é
meu Deus”, apareceu nas páginas da história
bíblica sem aviso prévio. Ele eraElias, o tisbita,
que era dos colonos de Gileade. Gileade ficava a
leste do rio Jordão, do outro lado do vale de
Jezreel (cf. Dt 34,1), mas a localização exata de
Tishbi não pode ser identificada com certeza. O
profeta rapidamente anunciou aahabque haveria
sem orvalho ou chuva, exceto pela palavra de
Elias.
Quase tão rapidamente quanto Elias foi
apresentado, ele desapareceu da presença do rei
Acabe porque o Senhor lhe disse paraesconda-se
no riacho cherith, a leste do rio Jordão (v. 3).
eu508eu 1 Reis 1 7
Na primeira de várias demonstrações de Seu poder
sobre a natureza, o Senhorcomandou os corvos
para fornecerpara Elias e elestrouxe pão e carnea
Elias de manhã e à tarde (vv. 4-6). No entanto, Deus
estava prestes a mostrar Seu poder ao profeta e a
uma pequena família sidônia de uma maneira ainda
mais dramática. Então, para mover o profeta para
sua próxima tarefa,o riacho secou, porque não
chovia na terra (v. 7). Deus estava usando vários
aspectos da natureza para manifestar Sua
superioridade sobre Baal.
17:8-16.Um segundo milagre de provisão ocorreu
inesperadamente por meio de uma viúva pobre.
Novamente a influência de Deus se tornou conhecida
quando Elecomandou uma viúva. . .fornecerpara
Elias (v. 9), e Ele a capacitou a fazer isso com uma
provisão milagrosa. O evento ocorreu emSarepta,
uma cidade em Sidon cerca de 45 milhas a noroeste
do Mar da Galiléia, na costa do Mediterrâneo. Esta
era uma região gentia fora de Israel, bem no centro
da adoração de Baal.
Ao chegar, Elias encontrou a mulher designada
por Deus para suprir suas necessidades físicas (v.
10). Quando a mulher atendeu ao seu pedido de
água, Elias perguntou à mulher: Por favor, traga-
me um pedaço de pão em sua mão (v. 11). O
pedido revelaria quão severa era a fome tanto em
Israel quanto em Sidom, pois a mulher
reconheceu que haviasem pão, eapenas um
punhado de farinha(v. 12). De fato, a mulher
informou ao profeta que estava prestes a
preparar uma última refeição para ela e seus
filhos. filho, para que pudessemcoma e morra.
No entanto, Elias a encorajou:não temao que
pode acontecer, mas simplesmente obedeça ao
seu pedido. Ela então seria capaz defazerpãopara
ela mesmae para delafilho(v. 13). Elias informou a
ela que se ela fizesse isso a farinha não seria
Exausta. . .ou o óleovazio(v. 14). Milagrosamente,
a vasilha de farinha não acabou nem a vasilha
de azeite ficou vazia(v. 16). Havia um suprimento
inesgotável de quatro e azeite para fazer bastante
pão. Sua obediência rapidamente levou à
revelação do poder e da fidelidade de Deus.
17:17-24.Um terceiro evento carregado de
milagres logo se seguiu:agora aconteceu depois
dessas coisas (v. 17). Coisas boas aconteceram com
Elias, a viúva e seu filho. Mas agora uma crise ainda
mais grave ocorreu quando o filho da viúva ficou
doentee acabou morrendo. A viúva interpretou a
morte de seu filho simplesmente como uma maneira
de Elias trazê-lainiquidade para lembrança(v. 18). A
viúva sentiu que a presença de Elias em sua casa fez
com que Deus a chamasse de volta (sem nome)
pecados passados, e o Senhor a estava punindo,
colocando-afilho até a morte.
Em vez de responder a ela, Elijah disse com
confiança:me dê seu filhoe o carregou parao
quarto superiorda casaonde ele estava
morando (v. 19). Ele consultou o Senhor sobre o
calamidade(v. 20) e se envolveu em um ato
incomum no qual a vida parecia ter sido
transferida dele para o menino. Eleestendeu-se
três vezes sobre a criança e clamou ao senhor
. . .paradeixe a vida desta criança voltar para
ele(v. 20). Em resposta à sua oração,o senhor
ouviu a voz de elias, e a vida da criança voltou
para ele e ele reviveu(v. 21). Como resultado da
intervenção sobrenatural do Senhor, a mulher
tirou duas conclusões importantes: (1) que Elias
eraum homem de deus, e que (2)a palavra do
senhor. . .é verdade(v. 24). O Senhor estava
construindo progressivamente o caso de que Ele,
não Baal, era Aquele que é supremo sobre a
natureza e a vida.
18:1-2.Um quarto milagre é introduzido
para convencer o povo de Israel de que o Deus
que guarda a aliança é soberano sobre tudo.
Este milagre aconteceuno terceiro ano, que se
refere ao terceiro ano da fome (cf. 17:1). De
acordo com a ordem do Senhor, foi dito a Elias
que ele deveriamostre-se a ahab, e por sua
vez, Deus fariaenviar chuva sobre a face da
terrapara acabar com a seca e trazer a fome,
que foigrave em Samaria, para fechar.
Obedecendo à ordem do Senhor, Elias passou
amostrar-se a(encontrar)ahab.
18:3-16.Embora a maior parte do reino do norte
tivesse abandonado o Senhor para seguir o
paganismo, um remanescente permaneceu fiel ao
Deus de Israel. Um dos servos de Acabe,obadias,
quem era sobre a casa, uma posição de alto escalão,
temia muito o senhor(v. 3). Obadias até arriscou a
vida escondendo-secem profetas do Senhorem uma
cavernapara protegê-los das políticas de aniquilação
deJezabel(vv. 4, 13). Acabe havia enviado Obadias
para procurarnascentes de água
. . . e manter os cavalos e mulas vivos(v. 5).
No caminho, este servo piedoso encontrou
Elias(v. 7), que estava escondido de Acabe, que
o procurava em todos os lugares.naçãoereino
(v. 10; cf. 17:3-24). O profeta disse a Obadias
para anunciar ao rei queElias está aqui(v. 8).
Obadias entendeu o comando como uma
acusação de algum pecado em sua vida,
porque Elias aparentemente tinha fama de
aparecer em um lugar e depois desaparecer
em outro (cf. 2Rs 2:16).
 1 Reis 1 8
Obadias tinha certeza de que, se ele anunciasse
que Elias viria a Acabe, mas Elias não aparecesse,ele[
Acabe]vai me matar(vv. 12, 14). Elias assegurou a
Obadias quecomo vive o senhor dos exércitos(v.
15), ele certamente apareceria diante de Acabe.
Obadias obedeceu à ordem do profeta então,e acabe
foi ao encontro de elias(v. 16).
18:17-19.Quando os dois homens se encontraram,
iniciou-se um debate centrado em quem era a verdadeira
causa por trás da fome devastadora. Acabe chamou Elias
deperturbador de Israel. Elias, por sua vez, indiciou
Acabe como o verdadeiro culpado,porqueEle tinha
abandonou os mandamentos do senhor e
. . . seguiu os baalins(v. 18). A palavra para
“incomodador” traduz a palavra hebraica'oker, usado
em outras partes do AT para se referir a indivíduos
que trouxeram dor espiritual e tragédia para a nação
(cf. Jos 6:18; 7:25). Para verificar sua afirmação de que
Acabe era o encrenqueiro, Elias propôs um teste para
acontecer emmonte carmelo. Acabe deveria trazer
dentre os líderes espirituais corruptos de Israel450
profetas de Baal e 400 profetas da asherah(v. 19).
Aparentemente, apenas os profetas de Baal
apareceram (vv. 22, 25, 40).
18:20-24.Em resposta,ahab. . .reuniu os profetas
no monte Carmelo(v. 20), uma colina perto da atual
Haifa que compreende a extremidade noroeste de
uma cadeia de colinas conhecida como cadeia do
Carmelo. Quando os profetas de Baal chegaram, Elias
falou comtodas as pessoas, pois aparentemente
havia uma multidão ali reunida para ver o confronto
entre os profetas e Elias. O profeta desafiou a
população imediatamente, perguntando-lhes:Até
quando você vai hesitar entre duas opiniões?(v.
21). A palavra traduzida como “hesitar” (Hb.páscoa)
significa literalmente “mancar” ou “dançar”. É usado
novamente para se referir ao tipo de dança ritual que
os profetas de Baal realizavam para chamar a
atenção de seu deus (v. 26). No geral, a palavra se
refere à indecisão espiritual que existia na mente das
pessoas.
Para efeito dramático, Elias fez duas coisas. Primeiro,
ele afirmou que ele sozinho era o único profeta do
senhorque ficou com coragem suficiente para ir ao
encontro dos profetas de Baal (v. 22). Os outros profetas
estavam escondidos (vv. 4, 13). Em segundo lugar, ele
propôs que os profetas de Baal recebessem umaboipara
o sacrifício, e ele também receberia umboi. Então cada
um faria prepararo boi para sacrifício commadeiramas
não coloque fogo embaixo dele(v. 23). Ele e os profetas
de Baal invocariam suas respectivas divindades para
responder pelo fogo para consumir as respectivas
oferendas. Elias afirmou,o deus que responde pelo
fogo,
eu509eu
ele é deus(v. 24). O povo concordou que a
proposta de Elias era boa.
18:25-29.Os eventos subsequentes ocorreram
durante um dia inteiro. Os profetas de Baal
invocaram primeiro seu deus,desde a manhã até
o meio-dia dizendo: ó Baal, responde-nos(v. 26).
Ao meio-dia não houve resposta, e Eliaszombado
seus oponentes:chamar em voz alta. . .ou ele
está ocupado ou foi embora, ou está em uma
viagem, ou. . .dormindo(v. 27). Os profetas de
Baalclamaram em alta voz e se cortaram de
acordo com seu costume, como parte de seu
ritual religioso (v. 28). Embora elesdelirou até. . .
noite houvesem vozem resposta de Baal (v. 29).
18h30-35.Então foi a oportunidade de Elias
invocar o Senhor.Ele consertou o altar do
senhor que havia sido demolido, talvez por
israelitas que não mais adoravam o Deus de
Israel, mas haviam derrubado os altares do
Senhor para adorar deuses pagãos (v. 30; cf.
19:14). Assim, a construção de um altar não era
uma contradição de declarações anteriores onde
os altos eram condenados (cf. 12:31-32; 15:14).
Este foi o altar do senhor, não um altar para a
adoração de Baal. Elias usoudoze pedrasem sua
construção para simbolizar as doze tribos de
Israel,as tribos dos filhos de Jacó, e lembrou ao
povo que o Senhor havia dito:Israel será o teu
nome (v. 31). Também quando ofogo do senhor
caiu, consumiu até as pedras que Elias havia
usado para seu altar temporário (cf. v. 38).
Antes de realmente invocar o Senhor, Elias
aumentou ainda mais a tensão ao construir o que
parecia uma tarefa impossível. Depois de arrumar
a lenha e o sacrifício derramouágua. . .na
madeirae o sacrifício três vezes diferentes para
quea água correu ao redor do altar e. . .
também encheu a trincheira(vv. 33-35). Pode
parecer que Elias estava sabotando seu próprio
desafio para que Deus respondesse com fogo. No
entanto, Deus estava prestes a mostrar Seu poder
e forçar o povo a se identificar com Baal ou com o
Senhor.
18:36-40.Depois de tudo pronto, Elias orou (cf.
Tg 5,18), dirigindo-se ao Senhor pelo nome da
aliança.o senhor, o deus de abraão, isaque e
israel(v. 36). Ele queria que quatro coisas
acontecessem como resultado do próximo
milagre: (1) que as pessoas soubessem que
somente o Senhor estavaDeus em Israel, (2) que
Elias era Seu servo, (3) que tudo o que estava
prestes a acontecer estava de acordo com o
Senhorpalavra, e (4) que o Senhor teriavoltou
seu coração de voltasegui-Lo (vv. 36-37).
eu510eu 1 Reis 1 8
Quase imediatamente e sem que Elias tivesse
que persuadir seu Deus como os profetas de Baal
faziam com seu deus, ofogo do senhorcaiu e
consumiu tudo sobre o altar - oholocausto, o
madeira, opedras, e apóe até mesmolambeu a
água na trincheira(v. 38). Sem qualquer sugestão
da parte de Elias,quando todo o povo viu isso,
eles caíramprostrou-se em adoração e declarou,o
senhor, Ele é deus; o senhor, ele é deus(v. 39). O
veredicto foi dado e Baal foi derrotado.Elias
ordenou imediatamente, agarrar os profetas de
Baale mandou executá-los emo ribeiro Quisom
ao pé da cordilheira do Carmelo (v. 40). A
eliminação dos profetas pode ter parecido um ato
brutal, mas esses mesmos indivíduos vinham
desencaminhando o povo da aliança de Deus há
anos, e medidas drásticas tiveram que ser
tomadas (cf. Dt 13,1-11). Não se podia permitir
que falsos profetas existissem na companhia do
povo de Deus.
18:41-46.Os dramáticos acontecimentos no
Monte Carmelo levaram Elias a dar os
primeiros passos para anunciar que a fome
estava para acabar. Apesar da óbvia
humilhação de Acabe,Eliasdisse à ahab, para
comemorar o fim da seca,suba, coma e beba;
pois há o som do rugido de uma chuva forte(
v. 41). A graça de Deus estava sendo estendida
à terra.elias subiu ao cume do carmo, onde
eleagachado na terra(v. 42). O texto não dá
mais detalhes sobre o que Elias estava
realmente fazendo quando se agachou, mas Tg
5:18 conecta os eventos de 1Rs 18:43-44 com a
oração (veja os comentários em Tg 5:15-18).
Finalmente umpequena nuvemapareceu na
sétima vigília. Com esta pequena nuvem em vista,
Elias ordenouahabpara levar o seucarruagemao
seu palácio noJezreelVale (onde ele tinha sua
capital de inverno entre o Monte Carmelo e
Samaria; cf. 21:1),para que o aguaceiro não te
pare (v. 44), tornando impossível viajar de carro.
O profeta, aparentemente pensando que a
idolatria havia sido finalmente derrotada, também
seguiu a pé na mesma direção. E porquea mão do
senhorestava sobre ele, Eliasultrapassou Acabe
para Jezreel(v. 46). A adoração de Baal havia
sofrido um revés significativo, mas Elias logo
enfrentaria um novo desafio quando finalmente
chegou a Jezreel (cf. 19:1-2).
b. Elias teme por Sua vida e é consolado pelo
Senhor (1Rs 19:1-21) 19:1-8.Elias e o povo de
Israel haviam acabado de testemunhar o poder de
Deus sobre a natureza e os deuses de Acabe e
Jezabel. No Monte Carmelo
o povo repetiu as palavras, “o Senhor, Ele é Deus; o
Senhor, Ele é Deus” (18:39). Mas as coisas estavam
prestes a mudar em Jezreel quandoJezabel
aprendidotudo o que elias tinha feito,
particularmente aqueleele matou todos os profetas
de Baal (v. 1). Ela enviouum mensageiro para elias
ameaçando acabar com sua vida no dia seguinte (v.
2). Apesar da recente vitória de Elias sobre os falsos
profetas e da miraculosa demonstração de poder do
Senhor, Jezabel agora fazia com que o profeta fosse
com medo, e ele correu por sua vida(v. 3). Ele
correu 120 milhas ao sul paraBerseba, uma das
cidades mais ao sulJudá(cf. 1Sm 3:20). Ele concluiu
que não eramelhor queseu falecidopais(v. 4), uma
declaração que significa simplesmente “Tire minha
vida; Já estou quase morto.
No entanto, o Senhor lidou com ele da mesma
forma que havia feito anteriormente (cap. 17),
fornecendo-lhe alimento e proteção. Nesta ocasião
um anjoveio a ele duas vezes para ministrar às suas
necessidades físicas, dizendo:levante-se, coma(vv. 5,
7). O Senhor compreendeu o esgotamento emocional
e físico que Elias experimentou após o confronto com
os profetas de Baal e a fuga para Berseba,porque a
jornada é muito grande para você (v. 7). Sob as
ordens do anjo, Eliaslevantou-se e comeu e bebeu,
e foi na força daquela comida quarenta dias e
quarenta noites até Horebe, a montanha do deus(
v. 8).Horebe, um nome alternativo para o Monte
Sinai, fica no deserto cerca de 250 milhas ao sul de
Berseba (cf. Êx 3:1; 19:1-3). Eliasfoi alimentado tanto
tempo quanto Moisés no monte Sinai (cf. Ex 24,18;
34,28) e Jesus no deserto (cf. Mt 4,2.11).
19:9-10.Elias deixou Berseba eveioparauma
cavernaem algum lugar perto do Monte Horebe.
Este foi o mesmo lugar onde Deus revelou as
estipulações de Sua aliança a Moisés, e aqui Elias
precisava de uma perspectiva renovada na vida. a
palavra do senhor veio a ele, fazendo uma
pergunta para chamar sua atenção e mudar sua
perspectiva. O Senhor perguntou duas vezes,O que
você está fazendo aqui, Elias?(vv. 9, 13).
Desesperado, Elias concluiu que seu zelo pelo Senhor
era inútil. Tudo o que ele conseguia pensar era que,
de todos os profetas, elesozinho[era]esquerda, e sua
vida estava em perigo (vv. 10, 14).
19:11-14.Enquanto ainda estava em estado de
desespero, Elias foi avisado parafique na montanha
diante do senhor. A cena era semelhante àquela em
que Deus passou por Moisés para que vislumbrasse a
glória de Deus (cf. Ex 33,21-23). No entanto, aqui Elias
estava prestes a receber uma visão de como o Deus
que guardava a aliança de Israel estava
 1 Reis 1 9
capaz de se revelar. não foi emum grande e forte
vento, emum terremoto, ou em umfogo(vv. 11-12).
O texto nem mesmo diz que o Senhor estava no
sopro suave. Mas, por implicação, parece que Elias
experimentou uma variedade de forças naturais na
montanha para mostrar a ele que Deus pode se
revelar de várias maneiras. Elias explicou ao Senhor o
motivo de sua depressão:Tenho sido muito zeloso
pelo senhor, o deus dos exércitos; porque os filhos
de Israel abandonaram a tua aliança, derrubaram
os teus altares e mataram os teus profetas à
espada. e só eu fiquei; e eles procuram a minha
vida(v. 14).
Existem alguns paralelos notáveis entre a
experiência de Elias no Monte Horebe e as
experiências de Moisés. Primeiro, enquanto Moisés
passou 40 dias no monte Horebe (Êx 34:28), Elias
levou 40 dias para chegar lá (1Rs 19:8); Elias estava
emuma caverna(19:9), provavelmente uma alusão à
“fenda da rocha” em que Moisés se encontrou em Êx
33:22. Foi dito que Deus “passou por” Moisés (cf. Êx
33:22) e Elias (1Rs 19:11), a mesma palavra em ambas
as passagens, e ambos receberam uma visão de
Deus (para Moisés, veja Êx 34; para Elias, veja 1Rs
19:11-13). Além disso, como Moisés, Elias lutou em
nome de Deus contra os apóstatas, pediu a decisão
de seguir a Deus e foi a Horebe em busca de
segurança. A teofania de Elias compartilhava com a
teofania dada a Moisés e a Israel os elementos do
vento, terremoto e fogo (para esses elementos na
experiência de Moisés, veja Ex 19:9; 20:18-19; Dt
4:9-10; 5: 24-25).
Apesar desses paralelos, no entanto, o escritor de
1 Reis provavelmente mostrou uma disparidade
fundamental entre os dois indivíduos, não uma
correlação. Na exposição que teve a Deus, Moisés
recebeu encorajamento para sua obra (cf. Êx 6;
19:1-25; 32:7-17; 33:23-23), mas a interação de Elias e
Deus foi essencialmente um descomissionamento de
Elias como profeta. Elias não parecia ter aprendido
muito, se é que aprendeu alguma coisa, na teofania
que experimentou, nem ouviu muito nosopro suave(
v. 12). Elias era decididamente pessimista em relação
a seus irmãos (1Rs 19:14 é uma condenação velada
de Israel por Elias; veja Rm 11:2, onde Paulo disse
que Elias “suplica a Deuscontra Israel”), ao invés de
um intercessor em nome do povo como Moisés era. A
pergunta feita duas vezes por Deus em 1 Reis 19:9 e
13 sugere que Deus não havia realmente aprovado a
jornada de Elias ao Monte Sinai. Essas diferenças
indicam que Elias eranãoum novo Moisés, e que Deus
não estava começando um movimento radicalmente
novo através dele.
eu511eu
Tudo isso tende a enfatizar o ponto exposto
abertamente em 1 Reis 19:18, a saber, que o
próprio Deus preservaria um remanescente fiel
que não adoraria Baal, e que Ele faria isso
soberana e graciosamente à parte da obra de
Elias. Elias certamente foi um herói, mas
aparentemente no final de seu ministério ele se
cansou e precisou transferir o ministério profético
para outro (para saber mais sobre esta seção,
consulte Michael G. Vanlaningham, “Paul's Use of
Elijah's Mount Horeb Experience in Romanos
11:2-6: Uma Nota Exegética,”Jornal do Seminário
de Mestrado 6 [Outono, 1995]: 223-32).
19:15-18.A palavra do Senhor veio novamente a
Elias, dizendo-lhe pararetornar emdelecaminho
para o deserto de damasco(v. 15). Ele era o
mensageiro de Deus para o reino do norte e
precisava cuidar da obra de Deus. Especificamente,
ele deveria ungirtrês indivíduos:Hazael rei sobre
aram (v. 15);Jeú. . .rei sobre Israel(v. 16);e Eliseu. . .
como profetana casa de Eliaslugar(v. 16). Apenas a
última unção foi realmente realizada por Elias,
enquanto Eliseu realmente ungiu os dois reis,
levando alguns comentaristas a ponderar se Elias
viveu seu ministério terreno em desobediência
(Provan,1, 2 Reis,147), ou que Deus escolheu reduzir
o ministério de Elias à luz da determinação de Elias
de nomear a si mesmo como o “novo Moisés” de
Israel (veja os comentários em 19:11-14 acima;
Vanlaningham, “Elijah's Mount Horeb Experience,”
229-30, nº 17).
No entanto, o texto não condena realmente o
comportamento de Elias, e a natureza da profecia
bíblica não exige que Elias realmente unja todos
os três indivíduos identificados nos vv. 15-16.
Tanto Eliseu quanto João Batista ministrariam “no
espírito e poder de Elias” (Lc 1:17; e veja os
comentários em Mt 11:13-15), ou seja, ambos
serviriam com uma unção especial de Deus e com
um ministério semelhante ao de Elias. Eliseu
completaria o ministério de Elias, mas não estaria
sozinho no seguimento do Senhor, pois haveria
7.000 em Israel. . . que não se curvaram a Baal
. . .oubeijou ele (v. 18), ou seja, não haviam
adorado Baal. Deus estava prestes a estabelecer
uma nova ordem de acordo com Seus caminhos, e
Elias foi o primeiro a saber disso.
19:19-21.Elias obedeceu eencontrou Eliseu,
filho de Safate, que seria o próximo grande
profeta do reino do norte. O fato de esse
fazendeiro, que estava prestes a se tornar profeta,
ter tantos bois—Eliseu. . .estava lavrando com
doze juntas de bois diante dele
eu512eu 1 Reis 1 9
(v. 19) — indicou que ele e sua família eram pessoas
com recursos financeiros substanciais.Elias. . . jogou
seu mantoEliseu (v. 19), mostrando simbolicamente
que o poder profético estava passando de um
homem para outro. Também é significativo o fato de
que, assim como Deus passou por Elias (v. 11) para
revelar Seus caminhos ao profeta, agora Elias
tambémpassadopor Eliseu (v. 19)comunicar a
vontade de Deus.
Eliseudeixou os bois e correu atrás de elias,
indicando seu desejo de entrar no ofício profético.
Seu único pedido era que ele pudessebeijoseu pai e
sua mãe como um gesto de despedida. Ele estava
abandonando sua vida anterior para se tornar servo
e protegido de Elias (vv. 20-21). Elias pode ter
percebido que, apesar de sua vitória no Monte
Carmelo, Baal não foi derrotado. Mas Deus havia
revelado que estava presente e ainda prestes a fazer
uma grande obra no reino do norte.
c. acabe e a supremacia de deus sobre o poder
militar (1Rs 20:1-43)
Seguindo as profecias feitas a Elias em 1Rs
19:15-16, seria de se esperar que Hazael ou Jeú
fossem ungidos para seus respectivos cargos.
Mas a narrativa toma um rumo inesperado
quando Deus continua Seu relacionamento
com Acabe. A LXX inverte os caps. 20 e 21,
aparentemente em uma tentativa de manter
intacta a relação entre Elias e Acabe. No
entanto, o texto hebraico faz uma forte
conexão entre a atitude do rei em 20:43 e o
que foi revelado sobre ele em 21:4. O leitor
deve ter em mente o foco principal do capítulo,
ou seja, que era intenção do Senhor mostrar
Seu poder a Acabe mais uma vez, para que o
rei soubesse que o Senhor era Deus, o
verdadeiro Rei de Israel (20: 13, 26).
20:1-6.Uma das ameaças constantes que o reino
do norte enfrentava eram as frequentes invasões de
aram(Síria) no norte.Ben-Hadadereuniu um exército
detrinta e dois reisesubiu e sitiou Samaria e lutou
contra ela(v. 1). Antigos registros extrabíblicos
indicam que confederações de reis eram comuns no
antigo Oriente Próximo (Patterson e Austel, “1 & 2
Kings,” 153). EsseBen-Hadadenão era o mesmo rei
de Aram identificado anteriormente (cf. 15:17-20). O
mais provável é Ben-Hadade II (c. 860-843 aC), por
causa da declaração de que ele concordou em
devolver a Acabe as cidades que seu pai havia
tomado (cf. 20:34). A tática militar de Ben-Hadade era
de intimidação. Eleenviou mensageirosparaahab,
dizendo-lhe que ele estava prestes a tomar seuprata
. . .ouro. . .esuas mais belas esposas e
crianças(vv. 2-3). Acabe concordou com as
exigências, dizendo:Eu sou seu, e tudo o que tenho(
v. 4). Então Ben-Hadade enviou mensageiros pela
segunda vez para anunciar que ele estava vindo
amanhãpara levar tudo o que eradesejávelaos olhos
de Acabe. A ameaça indicava que Ben-Hadade queria
reduzir Acabe a seu vassalo (vv. 5-6).
20:7-12.Acabe,o rei de Israel, de repente
percebeu as conseqüências da ameaça de Ben-
Hadade e procurou o conselho deos anciãos da
terra (v. 7). O conselho deles eranão ouvir ou
consentir(v. 8). Quando o rei de Aram soube da
decisão de Acabe, ele aumentou a intimidação verbal.
Ben-Hadade disse:que os deuses me façam assim e
mais ainda, se o pó de samaria for suficiente para
punhados de todas as pessoas que me seguem(v.
10). Ele estava dizendo que a destruição total e
completa de Samaria não satisfaria seu exército.
Acabe, por sua vez, advertiu Ben-Hadade,não se
vanglorie aquele que veste a armadura como
aquele que a tira (v. 11). A batalha ainda não havia
sido travada, e o rei de Aram precisava se lembrar de
não se vangloriar cedo demais (v. 12).
20:13-21.Acabe não havia buscado o conselho
do Senhor, mas Deus em Sua graça enviouum
profetapara informar o rei de Israel que Deus o
livraria. Acabe, por sua vez, fariasaiba que eu sou
o senhor(v. 13). Quando ele perguntou quem iria
liderar a batalha, o profeta o informou que seria
os jovense o próprio Acabe (v. 14). O termo
hebraico para “jovens” (na'are) ao longo de 1 Reis
sempre se refere àqueles sem instrução em
assuntos militares; um jovem em contraste com
um guerreiro treinado (cf. 1Sm 17,33). Isso se
presta ao drama da passagem em que o inimigo
parecia ser esmagadoramente grande e Israel
parecia fraco e inexperiente. O número
7.000(v. 15) é o mesmo que o número do
remanescente fiel em 19:18. Embora essas não
sejam as mesmas pessoas, o escritor de 1 Reis
pode estar indicando que Deus tem o poder de
preservar 7.000 fiéis a Ele, e Ele provou isso dando
vitória ao rei de Acabe.7.000soldados.
Acabe claramente não merecia esta vitória. A
preservação espiritual de Deus das 7.000 pessoas
fiéis e a vitória dos 7.000 soldados de Acabe
exibem a profunda graça de Deus. Ao mesmo
tempo em que Acabe conversava com o profeta
(vv. 13-14), Ben-Hadade erabebendo ele mesmo
bêbadojunto com o deletrinta e dois reis, seus
confederados do exército (v. 16). Quando o rei de
Aram ouviu issohomens saíram de Samaria, ele
ordenou,Se eles saíram em busca de paz,
pegue-os vivos; ou se eles saíram para
 1 Reis 2 0
guerra, leve-os vivos(vv. 17-18). Seu comando
fez o jogo do exército de Israel e da vontade do
Senhor.Ben-Hadadeescapou por pouco com
vida (v. 20).o rei de Israel saiu e feriu. . .e
matou os arameus com grande matança(v.
21).
20:22-25.O mesmoprofetaque informou Ahab
do primeiro plano de batalha veio com um
segundo, avisando-o de quena virada do ano, na
primavera, o rei de Aram retornaria. O próprio
Ben-Hadade decidiu por uma estratégia diferente,
tendo sido erroneamente avisado de que os
deuses de Israel eramdeuses das montanhas(v.
23). Seus servos propuseram que ele lutasse
contra Israel nas planícies e que substituísse os
reis que empregou anteriormente ecolocar
capitães em seu lugar (v. 24). Do ponto de vista
estritamente militar, a estratégia parecia sábia, já
que o exército de Aram era maior emais forte,
com muito mais cavalos e carros do que Israel
seria capaz de montar.
20:26-30.Uma segunda batalha ocorreu perto
aphek, algumas milhas a leste do Mar da Galileia. O
contraste entre os exércitos era chocante: o exército
de Israel eracomo dois pequenos rebanhos de
cabras, enquanto o exército de Aramencheu o país(
v. 26). Ahomem de Deus apareceu a Acabe,o rei de
Israel, para informá-lo novamente que Aram's
multidãoseria entregue em sua mão, para que ele
soubesse queo Senhortrouxe a vitória, não Acabe ou
Baal (v. 28). Quando a batalha finalmente aconteceu,
Israel matou100.000 soldados de infantaria em um
dia(v. 29). Outro grupo de arameusfugiu para
afeque, onde ummuro caiu sobre 27.000 homens(v.
30). A cena remonta a outras batalhas como a vitória
de Josué em Jericó. O povo de Deus foi para a
batalha, contra grandes probabilidades, mas foi Deus
quem realmente lutou e deu a vitória.
20:31-34.Ben-Hadade também fugiu para Afeque
para encontrar proteção (v. 30). Percebendo que suas
vidas estavam em perigo, alguns arameus aconselharam
Ben-Hadade a considerar os termos de paz porque eles
haviamouvi dizer que os reis da casa de Israel são
misericordiosos(v. 31). Então, para mostrar seu desejo
de se render e não lutar, eles cingirampano de saco em
seus lombos ecolocarcordas em delescabeças(v. 32) em
uma tentativa de encontrar misericórdia (chesed), um
termo hebraico consistentemente associado ao
cumprimento da aliança. No entanto, as promessas da
aliança de Deus com Israel não se aplicavam a seus
vizinhos inimigos. Como no caso de Josué (cf. Jos 6:15-20),
os vizinhos pagãos de Israel deveriam ser destruídos,
especialmente quando Deus foi quem venceu a batalha.
Infelizmente Ahab esqueceu
eu513eu
ou simplesmente não conhecia os caminhos de Deus
e aceitou os pedidos de misericórdia de Ben-Hadade,
dizendo do rei de Aram,Ele é meu irmão(v. 32). Ben-
Hadade fez um acordo com Acabe pararestaurar
território e dar-lhe acesso aDamasco, para que
Acabefez uma aliança com ele e o deixou ir(v. 34).
20:35-43.Mais uma vez Acabe foi confrontado por
um dos mensageiros de Deus - desta vez porum
certo homem dos filhos dos profetas(v. 35). Esses
homens eram alunos que estudavam nas escolas dos
profetas, e esse profeta sem nome estava entre eles
(cf. 2Rs 9:1). Esse profeta tinha uma mensagem para
Acabe a respeito de seu fracasso em punir Ben-
Hadade (vv. 32-34), e transmitiu a mensagem na
forma de um drama. Em uma cena semelhante a
13:21-25, aquele que recebeu a informação pela
palavra do senhorpediu a um colega profeta que
batidaele para dar a impressão de que tinha sido um
dos soldados na batalha contra os arameus (v. 35).
Quando o segundo profeta se recusou a fazê-lo, foi-
lhe dito que umleãoseria matarele. Eassim que ele
partiu. . .um leão o encontrou e o matou(v. 36)
como Deus havia predito. O profeta finalmente
encontrououtro homempara ajudá-lo, e assim o
confronto foi colocado em prática.
Quando o rei encontrou o profeta que havia
disfarçou-se com um curativo sobre os olhos(v.
38), o profeta contou-lhe uma história sobre
deixar um prisioneiro escapar. Disseram a Acabe
que uma de duas coisas lhe aconteceria: ou ele
teria que pagar com seuvida, ou ele teria que
pagarum talento de prata, cerca de 75 libras,
uma quantia impossível para um soldado comum
pagar (v. 39).o rei de Israelfoi impiedoso, dizendo
ao profeta disfarçado que ojulgamentoficaria de
pé. Nesse momento o profetaapressadamente
tirou o curativoe revelou sua verdadeira
identidade a Acabe (v. 41). Tal como o profeta
Natã tinha feito ao contar a parábola a David
sobre Bate-Seba (cf. 2Sm 12), este profeta usou a
sua história do prisioneiro fugitivo para acusar o
rei. Ahab foi informado de que, por ter deixado
seu inimigosair dedelemão, embora Ben-Hadade
fossededicado à destruição, A vida de Acabe
seria tirada no lugar da de Ben-Hadade (v. 42). O
veredicto foi dado e Acabe novamente percebeu
que somente Deus é o Rei! Então elefoi para sua
casa taciturno e irritadocomo ele voltou para
casa parasamaria(v. 43). Seu desespero
emocional seguiria Acabe, pois ele agora entendia
que estava destinado a viver o resto de seus dias
sob o julgamento de Deus.
eu514eu 1 Reis 2 1
d. acabe cobiça a Vinha de Nabote e aprende
sobre a Justiça de Deus (1Rs 21:1-29) Alguém
poderia pensar que depois de ver o julgamento de
Deus sobre a adoração de Baal (cf. 18:30-40) e a
poderosa libertação de Deus sobre a Síria (cf.
20:1-30), Acabe teria se arrependido de seus
caminhos pecaminosos. Mas o rei de Israel falhou
consistentemente em reconhecer o Senhor como Rei,
e que os monarcas humanos de Judá e Israel eram
Seus servos. E assim a educação espiritual dos
exilados da Babilônia, o público para quem 1 e 2 Reis
foi escrito, continuou através de mais um capítulo
relacionado à vida de Acabe.
21:1-4.A história narrativa da vida de Acabe
continuou com as palavras de transiçãodepois
dessas coisas(v. 1). Acabe havia sido repreendido
por um dos filhos dos profetas e estava amuado
em Samaria com o pensamento de que seu fim
estava próximo com pouca glória para
acompanhá-lo. O rei viu um jardim pertencente a
Nabot, o Jezreelitae o queria para sua própria
posse. Acabe ofereceu a Nabote o que ele pensou
ser um acordo razoável—uma vinha melhorouo
preço disso em dinheiro(v. 2). Nabote recusou
todas as ofertas, alegando que o jardim estavaa
herança dedelepais(v. 3). Aparentemente,
Nabote entendeu que Deus disse que a terra era
Sua propriedade pessoal e Ele apenas a confiou
ao Seu povo (cf. Lv 25:23). A terra não devia ser
negociada como bens imóveis disponíveis, mas
devia ficar ao cuidado das famílias às quais foi
atribuída (cf. Dt 25,5-10). Quando Acabe percebeu
que seus desejos não seriam atendidos, ele
tornou-se novamente taciturno e irritadoe foi
paracamae não comia (cf. 20:43).
21:5-14.QuandoJezabelpercebeu por que
Acabe estava de mau humor (vv. 5-6), ela elaborou
um plano. A rainha recorreu a um jogo de poder
político, dizendo-lhe:agora reinas sobre Israel?
(v. 7). Talvez ela soubesse das profecias contra ele,
mas poragoraele era o rei, e ela o encorajava a
tirar proveito de sua base de poder. Ainda mais ao
seu gosto, Jezebel informou Acabe,Eu te darei a
vinha de Nabot, o Jezreelita(v. 7). Ela então
passou a enviarcartassob o reiselopara oanciãos
de Jezreel, encorajando-os a proclamar uma
rápido e convide Nabote (v. 9). A convocação de
um jejum em toda a cidade implicava a ocorrência
de algum pecado grave ou infração legal. Além
disso, os anciãos deviam convidardois homens
inúteisquem acusaria Nabote de amaldiçoardeus
e o rei(v. 10). Feitas as acusações, Nabote deveria
ser apedrejado até a morte. O plano de Jezabel foi
executado
perfeitamente, pelo menos em sua mente, e a palavra
voltou para a rainha quenaboteramorto(v. 14).
21:15-24. Jezabelentão disseahabque ele poderia
irtomar posse da vinha de Nabot, o jezreelita(v.
15). A propriedade ainda era identificada como
pertencente a Nabote, não importa o que Acabe e
Jezabel conspirassem. Eles assumiram que tudo
estava indo bem com seu esquema, masa palavra do
senhor veio a elias(v. 17). Disseram-lhe para ir e
confrontarahabque estava a caminho para levar
posseda vinha roubada. Elias foi instruído a informar
Acabe queonde os cães lamberam o sangue de
nabotocães devemtambémlambersangue de Acabe
(v. 19). Acabe percebeu que tinha sidoencontradopor
Elias, e chamou-oo meu inimigo, reconhecendo que
o profeta falava pelo Senhor, que havia se tornado
inimigo do rei perverso.Elias entregou sua
mensagem: pronunciamento de uma morte horrível
que aparece oito vezes em 1 e 2 Reis contra aqueles
que se rebelariam contra os preceitos do Senhor (cf.
1Rs 14:11; 16:4; 21:19, 23-24; 22:38; 2Rs 9:10, 36).
Elias deixou claro que a morte de Acabe estava
chegandoporqueEle tinhavendeu-se para fazer o
mal aos olhos do senhor(v. 20; cf. v. 22). Acabe
havia abandonado quaisquer qualidades justas
que pudesse ter para fazer o mal em seu próprio
benefício e em detrimento do reino. Portanto, o
Senhor faria de Acabecasa como a casa de
Jeroboão. . .porque você fez Israel pecarcom a
adoração de Baal (v. 22). Além disso,Jezabel
também seria julgada por sua maldade em incitar
Acabe a liderar a nação na adoração de Baal eos
cães comerão Jezabel no distrito de Jezreel,
profecia cumprida exatamente no reinado de Jeú
(cf. 2Rs 9,30-37).
21:25-29.Aqui está um resumo inesperado da vida
de Acabe.certamente não houve ninguém como
Acabe que se vendeu para fazer o mal(v. 25). No
entanto, uma vez Acabe ouviu Eliaspalavras. . .
rasgou as suas vestes e vestiu-se de saco e jejuou(
v. 27). O Senhor reconheceu o comportamento
arrependido do rei para com Elias e Sua disposição
de estender misericórdia a Acabe. Especificamente
Deus farianão traga o mal (ra'ah, “o desastre”),
previamente anunciado, a Acabe em sua vida (v. 29).
Seria o filho de Acabe, Jorão/Jeorão, que acabaria por
experimentar o cumprimento das profecias
anunciadas por Elias contra Acabe (cf. 2Rs 9,1-37).
Este evento levanta a questão da misericórdia e do
plano de Deus. Embora Deus tenha pronunciado
julgamento sobre Acabe, dentro de Seu próprio
plano Ele permitiu a modificação desse julgamento,
tudo dentro de Sua própria onisciência.
 1 Reis 2 2
e. ahab confrontado pelo profeta micaiah: a
supremacia de deus sobre os planos (1Rs
22:1-40)
Embora Acabe parecesse ter mudado de idéia
depois que Elias o confrontou (21:27-29), os eventos
que se seguiram indicam que uma cosmovisão
pecaminosa tinha controle sobre grande parte do
pensamento do rei. Acabe foi testemunha ocular da
supremacia de Deus sobre a natureza (cap. 17), sobre
os profetas de Baal (cap. 18) e sobre seus próprios
caminhos secretos e injustos (cap. 21). Nesta seção,
Acabe aprenderia da maneira mais difícil que a
palavra profética de Deus é superior às palavras
manipuladoras de seus autoproclamados profetas.
22:1-4.Nessa época, houve uma paz de curta
duração entre Israel e Aram enquanto eles
estavam em uma aliança contra o rei assírio,
Shalmaneser III, entãotrês anos se passaram
sem guerra entre aram e Israel(v. 1). Uma
vitória decisiva contra Shalmaneser ocorreu em
Qarqar, no norte da Síria, em 853 aC. Concluída a
campanha assíria, Acabe quis cumprir o acordo
feito com Ben-Hadade (cf. 20,34). Ele tinha
preocupações específicas pararamoth-gileade,
uma das principais cidades pertencentes a Gad,
cerca de 30 milhas a leste do rio Jordão e 15
milhas ao sul do mar da Galileia. Acabe afirmou
que esta área pertencia a Israel, mas ainda estava
ema mão do rei de aram(v. 3). Ao mesmo tempo,
Acabe foi visitado porJosafá, rei de Judá (v. 4);
porque a filha do rei de Israel era casada com o
filho do rei da Judéia, havia uma aliança
matrimonial entre Israel e Judá (cf. 2Cr 18:1).
Ameaças militares e um casamento real uniram os
dois homens.
22:5-12.EmboraJosafáestava disposto a
fornecer pessoas e cavalos para a batalha (v. 4),
ele insistiu que os dois reispergunte primeiro
pela palavra do senhor(v. 5). O diálogo entre os
reis indicava que Josafá era muito mais sensível
espiritualmente aos desejos do Senhor do que
Acabe. Então Acabe reuniu cerca de
quatrocentosprofetas (v. 6). Este era quase o
mesmo número dos profetas de Asherah que não
apareceram no Monte Carmelo para o confronto
com Elias; consequentemente, eles escaparam da
execução ao lado dos 450 profetas de Baal (cf.
18:19, 40). Esses profetas pagãos comunicaram
claramente a Acabe o que ele queria ouvir: sobe,
porque o senhor darávitórianas mãos do rei(v.
6). Mas quando Josafá desafiou seu relatório, o
único profeta do Senhor Acabe poderia identificar
eramicaiah filho de Imlah(v. 8). Ahab afirmou
que sua relutância em
eu515eu
trazer Micaías à sua presença foi queele não
profetiza bem a meu respeito, mas o mal(ra',
ou seja, “angústia; calamidade"). No entanto,
Jeosafá insistiu que Micaías fosse consultado, e
planos foram implementados para trazê-lo à
assembléia real (v. 9). A tensão da reunião
aumentou com o conhecimento de que outro
profeta,Zedequias, e vários outrosprofetas
encorajou Acabe e Josafá a lutar por ramoth-
gileadedizendo,o senhor a entregará na mão
do rei(v. 12).
22:13-18. o mensageiro que foi convocar
micaiah(v. 13) advertiu-o de que os outros
profetas estavam dando aos reis umafavorável
relatório sobre ir para a batalha. A confiança vinha
das vitórias conquistadas três anos antes, bem
como da mais recente vitória contra Salmaneser
III. Mas Micaías não tinha a mesma confiança.
Quando o mensageiro o advertiu para falar
favoravelmente a Acabe, o profeta declarou:como
vive o senhor, o que o senhor me disser, isso
falarei(v. 14). Quando Micaías finalmente
apareceu diante dos dois reis, ele sarcasticamente
concordou com os outros profetas, dizendo: suba
e tenha sucesso(v. 15). Mas Acabe certamente
detectou algo na voz ou comportamento de
Micaías e exigiu:Quantas vezes devo conjurá-lo
a falar. . .a verdade?(v. 16). Micaías então contou
sobre uma visão que teve, revelando a derrota
total de Israel nas mãos dos arameus.Eu vi todo o
Israel espalhado nas montanhas(v. 17). Mais
uma vez Acabe lamentou que este profeta nunca
disse nada de bom,mas mal.
22:19-28.Micaías então explicou como sua
profecia aconteceu. Ele se referiu a uma visão
celestial como senhor sentado em seu trono, uma
imagem do Senhor no comando real (cf. Is 6,1; Jr
23,16-20; Ez 1,26-28), um contraste surpreendente
com os dois reis sentados em seus tronos (v. 10).
Nesta visão celestial, o profeta descreveu um diálogo
entre o Senhor eo anfitrião do céu(v. 19). O Senhor
perguntou,Quem seduzirá Acabe a subir e cair em
Ramote-Gileade? (v. 20). Aquiatrairsignifica
“persuadir ou tentar persuadir”. O Senhor não
engana as pessoas para cumprir Seu propósito. A
visão de Micaías deve ser entendida como a imagem
de um antigo monarca do Oriente Próximo sentado
em seu trono com seus assistentes e conselheiros ao
seu redor. O Senhor não estava sentado literalmente
em seu tronovisto que Ele é um espírito incorpóreo
(cf. Jo 4:24), e como Aquele que é onisciente, Ele não
teria exigido a entrada de outros seres. Oespírito
enganadortambém é improvável que
eu516eu 1 Reis 2 2
foram necessárias para o Deus soberano
realizar algo.
Em vez disso, nesta passagem, oespírito
enganador (v. 22) fornece uma “camada”
teológica entre Deus e os falsos profetas. Por
causa doespírito enganador, Deus não é descrito
como causando diretamente o próprio engano,
embora o escritor de Reis claramente pretendesse
indicar que Ele estava supervisionando esta
situação (v. 23). De forma misteriosa, Deus
governou e ordenou este evento sem que Ele
mesmo o produzisse como causa direta e
imediata (uma vez que “Ele mesmo a ninguém
tenta”, Tg 1:13). Em vez disso, Ele trouxe à tona o
episódio como a “causa indireta”, “última”, e os
falsos profetas, que foram responsáveis por suas
próprias ações morais, são culpados pela culpa de
suas ações, não Deus.
Os profetas e suas palavras alimentaram
exatamente o que Acabe queria ouvir. Mas a visão
foi claramente revelada a Acabe (vv. 17-23), e ele
teve a oportunidade de se arrepender e fazer o
que era certo antes da batalha. Mas Acabe se
recusou a fazê-lo, preferindo colocarmicaiahem
prisão, e não ser lançadoaté eu voltar em
segurança(v. 27). Micaías havia falado a verdade
para o Senhor; no entanto, ele sofreu maus-tratos
nas mãos de Acabe e talvez tenha sido deixado
para morrer na prisão porque o profeta disse:Se
você realmente voltar com segurança, o
senhor não falou por mim(v. 28). Ahab se
recusou a ouvir e então marchou para a morte.
22:29-40.A profecia deve ter tido algum tipo de
impacto duradouro no pensamento de Acabe,
porque ele propôs quedisfarceele mesmo antes de
entrar na batalha, enquanto Josafá permaneceria em
suas vestes reais (v. 30). Ele queria que o rei de Judá
fosse o alvo do inimigo, enquanto ele podia se mover
pelo campo de batalha anonimamente. Orei de aram
deu ordens específicas para o seutrinta e dois
capitãespara lutarapenas contra o rei de Israel,
Acabe (v. 31). A missão deles era encontrá-lo e matá-
lo. Com o decorrer da batalha,um certo homem
puxou seu arco ao acaso e enfiou o rei de Israel
em uma junta da armadura(v. 34). Isso pode ter
parecido umaleatóriodisparou, mas a flecha caiu
exatamente onde Deus queria que caísse. Apesar de
estar disfarçado na batalha, Ahab foi mortalmente
ferido e morreu.apoiado em sua carruagem(v. 35),
como o sangue da ferida correu para o fundo da
carruagem. A profecia de sua morte e que os
cachorros lamberam seu sanguefoi cumprido
exatamente
(v. 38; cf. 21:19). Mesmo sua opulênciacasa de marfim e
as realizações como monarca (v. 39) empalidecem em
contraste com o fato de que Acabe tentou viver sua vida
independente do Deus que é supremo sobre
absolutamente tudo. Após a morte de Acabe, Acazias,
seu filho, tornou-se rei em seu lugar(v. 40). O reinado
de Acazias é detalhado em 2Kg 1.
5. Josafá de Judá: um bom Rei (1Rs
22:41-50)
22:41-50.O livro fecha com o relato de Jeosafá,
filho de Asatornando-serei sobre Judá(873–848
aC; cf. 2Cr 17:1–20:37). Ao contrário de sua
contraparte no reino do norte, Josafáandou em
todo o caminho de seu pai Asa; não se desviou
dela, fazendo o bem aos olhos do senhor(v. 43).
Jeosafá foi um dos bons reis de Judá, embora,
como Asa, não tenha conseguido remover o
lugares altos(v. 43; cf. 15:14). Em geral, ele era
um rei que procurava obedecer à vontade do
Senhor. Sua tentativa devá a ofir em busca de
ourofalhou porque os navios foram quebrados
emezion-geber(v. 48; cf. comentários sobre 10:20
e 2Cr 20), aindaJosafá não estava disposto fazer
aliança com o filho de Acabe,acazias(v. 49).
6. Acazias de Israel: um Rei Mau
(1Rs 22:51–2Rs 1:18)
22:51-53.Em contraste com a justiça revelada
no reinado de Josafá, o livro de 1 Reis termina
com um comentário sobre o reiacazias(853–852
aC; cf. 2Cr 20:3-37), filho de ahab, Quemtornou-
se rei de Israel em Samaria no décimo sétimo
ano de Josafá, rei de Judá(v. 51). Como Acabe,
seu pai,Acazias fez mal aos olhos do Senhor(v.
52). Ele continuou a servir Baal eprovocou a ira
do senhor deus de Israel(v. 53). Os detalhes de
seu reinado continuam em 2Rs 1. Seu
comportamento perverso, junto com o do resto
dos reis de Israel, levou ao fim do reino do norte
(cf. 2Rs 17) e eventualmente levou à deportação
do reino do sul de Judá para a Babilônia. Nestes
versos finais, o texto dá evidência suficiente de
que o vindouro cativeiro babilônico foi merecido.
Somente Deus era seu único Rei justo e soberano
(cf. Êx 19:4-6; 1Sm 8:7). Osenhor deus de Israel
sozinho merece adoração e fidelidade, e a nação
deve continuar a procurar o rei messiânico, o
Filho de Davi.
O relato histórico e os detalhes teológicos dos
reis de Israel e Judá continuam ininterruptos em 2
Reis, começando com detalhes sobre a morte de
Acazias.
 1 Reis
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