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1 REIS
Autor: Rev. Welfany Nolasco Rodrigues 0
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O período dos reis está documentado nos livros dos Reis e das Crônicas, que, certamente,
oferecem uma quantidade considerável de dados cronológicos. Contudo, as indicações,
frequentemente, são tão imprecisas, que não são suficientes para estabelecer com exatidão as
datas do início e do final dos reinados correspondentes. Isso explica as variações de alguns anos
que aparecem em cronologias propostas por diferentes historiadores.
1 REIS - Resumo
Uma vez narradas as circunstâncias em que se deu a ruptura da unidade nacional sob o governo
de Roboão (1Rs 12) e a fundação do Reino do Norte, o livro dos Reis aborda, de modo paralelo, as
histórias de Judá e Israel, separadas para sempre e incapazes de superar a sua hostilidade
mútua. Os reis de um e de outro reino aparecem alternadamente, enquadrados em fórmulas
literárias que se repetem em cada caso e seguindo a respectiva ordem dinástica. Em geral o autor
não entra em pormenores, limitando-se a relacionar ou descrever alguns dos fatos mais
significativos dos monarcas e a julgar a sua conduta com base na lei de Moisés. Esses juízos são
de grande severidade. No que diz respeito a Judá, aprova-se o comportamento de alguns reis que
seguiram os passos de Davi, como Asa (1Rs 15.11), Josafá (1Rs 22.43), Ezequias (2Rs 18.3),
Josias (2Rs 22.2) e outros. Mas são muito mais os que merecem o veredito de reprovação: “Fez o
que era mau perante o Senhor” (p. ex., 1Rs 15.26; 22.53; 2Rs 13.2). Quanto aos monarcas de
Israel, nenhum deles fica livre de um juízo tão grave como: “andou no caminho de Jeroboão e no
seu pecado, o qual fizera Israel cometer” (1Rs 15.34). Jeroboão I (929-909 a.C.) é considerado por
isso como protótipo de infidelidade ao Senhor e à unidade do seu Templo em Jerusalém. Com
Jeroboão se inicia a cadeia de infidelidades dos reis do Norte, que provocam a ira de Deus e
arrastam o reino ao seu trágico fim no ano de 721 a.C.: “No ano nono de Oséias, o rei da Assíria
tomou a Samaria e transportou a Israel para a Assíria” (2Rs 17.6; cf. vs. 7-23).
A situação política de Israel sempre padeceu grande instabilidade. Nos seus pouco mais de dois
séculos de existência (929-721 a.C.), o reino teve nove dinastias, num total de dezenove reis,
muitos dos quais chegaram ao trono por meios violentos. Em Judá, ao contrário, os reis que
foram se sucedendo ao longo dos três séculos e meio de permanência do reino (929-586 a.C.)
foram todos descendentes de Davi, com exceção da rainha Atalia, que, tendo usurpado o trono,
conseguiu manter-se nele durante seis anos.
A última parte do livro dos Reis (2Rs 18—25) é dedicada aos tempos posteriores à queda de
Samaria e ao desaparecimento do Reino do Norte. Nesses caps., aparece com destaque a época
de Josias, por causa da reforma religiosa que ele impulsionou, mas que, apesar da sua
importância, não foi suficiente para impedir a designação moral e política de Judá (2Rs 23.26-27).
Depois de Josias, a sucessão monárquica se encaminhou diretamente ao seu final dramático
com a destruição de Jerusalém e o exílio babilônico.
Inscrita no marco histórico de Reis, corre também a vida de alguns profetas. Objeto de singular
atenção são Elias (1Rs 17—2Rs 1) e Eliseu (2Rs 2.1—8.15; 13.14-20), os dois grandes
representantes do profetismo mas, ao lado deles, figuram também o nome de outros profetas,
que vão de Natã (1Rs 1.45) a Hulda (2Rs 22.14-20), passando por Aías de Siló (1Rs 11.29-40),
Semaías (1Rs 12.21-24) e Isaías (2Rs 19.20—20.19). Dado o caráter narrativo dos livros
dos Reis, o autor procura mostrar especialmente a atitude dos profetas em momentos de
importância decisiva para a história de Israel. Não se limita, pois, a recolher e transmitir a
mensagem profética como tal, mas mostra os profetas no seu relacionamento pessoal com o
acontecer histórico. De particular importância são as passagens em que um profeta se confronta
com um rei para lançar-lhe na cara a sua conduta e a sua falta de fidelidade ao Senhor (1Rs
18.16-19; 21.17-29; 2Rs 1.15-16).
Na Bíblia Hebraica, os livros dos Reis estão integrados no grupo dos chamados Profetas
anteriores (ver a Introdução aos Livros Históricos). Isso significa que, mesmo que em princípio
sejam catalogados como escritos de gênero narrativo, o seu propósito, além do puramente
histórico, é projetar uma reflexão profética desde a base de uma etapa da história da salvação.
Aqui é bem evidente a influência da teologia do Deuteronômio, que insiste na fidelidade
à Torah como fundamento necessário para que se cumpram no povo de Deus as promessas
recebidas de paz e prosperidade (Dt 28.1-14; cf. 2Rs 21.8; ver a Introdução ao Pentateuco).
Como os livros de Samuel e Crônicas, também Reis é uma única obra composta de dois volumes.
Essa divisão do texto não se deve a nenhum plano prévio, mas é bem artificiosa e foi feita no séc.
III a.C. pelos tradutores da Septuaginta (LXX).
O autor de Reis se serviu de diversas fontes (p. ex., os arquivos do Templo) e também de um
número desconhecido de narrativas contemporâneas relativas aos profetas. De modo explícito o
livro alude a alguns documentos considerados perdidos hoje para a investigação histórica:
Esboço de 1 Reis:
1. Fim do reinado de Davi. Salomão proclamado rei (1.1—2.12)
2. Salomão torna-se rei (2.13-46)
3. Reinado de Salomão (3.1—11.43)
a. Primeiros anos (3.1—4.34)
b. Construção do Templo (5.1—8.66)
c. Últimos anos (9.1—11.43)
4. Dois reinos (12.1—22.54)
a. Revolta das tribos do Norte (12.1—14.20)
b. Reis de Judá e de Israel (14.21—16.34)
c. O profeta Elias (17.1—19.21)
d. O rei Acabe (20.1—22.40)
e. Reinados de Josafá e de Acazias (22.41-54)
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