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Pr. Wladimir de Moura

Módulo 2

HISTÓRICOS
Módulo 2 – HISTÓRICOS

1Reis
Salomão e a Ruptura do Reino
Cumpre, pois, o dever para com o Senhor teu Deus,
trilhando seus caminhos e observando seus decretos e
mandamentos, suas decisões e estatutos, assim como
está escrito na Lei de Moisés, para que sejas bem
sucedido em tudo o que fizeres e empreenderes, a fim
de que o Senhor possa cumprir a palavra que
pronunciou a meu respeito nestes termos: ‘Se os teus
filhos andarem com cuidado na sua vereda,
caminhando na minha presença com sinceridade, de
todo o seu coração e com toda a sua alma – assim
disse ele – nunca te faltará um sucessor no trono de
Israel’. (1Reis 2.3-4)
Esse nome foi dado a esses livros devido às primeiras
palavras com que o primeiro deles se inicia, em
hebraico ("Sendo o rei"), nome que se adapta
perfeitamente ao assunto, pois os livros tratam do
domínio dos reis dos dois reinos, o de Israel e o de
Judá. Os hebreus consideravam-nos como um livro
único, pelo fato de constituírem uma história
ininterrupta.
Apesar de os livros serem anônimos, são tradicional-
mente considerados como tendo sido escritos por
Jeremias, auxiliado pelo seu secretário, Baruque
(Jeremias 45). É evidente que o autor era pelo menos
contemporâneo de Jeremias, e a ênfase dos livros
sugere o ponto de vista dos profetas. Assim,
Jeremias, o profeta que viveu na época do exílio
(descrito nos capítulos finais) pode muito bem ter sido
o autor.
✓ Certamente o autor fez uso de registros históricos
da época. Ele teve acesso à alguns documentos:
a. Livro da História de Salomão (1Rs 11.41);
b. Livro da História dos Reis de Israel (1Reis 14.19);
c. Livro da História dos Reis de Judá (1Reis 14.29).

✓ É provável que o autor também tivesse acesso a


outros conteúdos, como por exemplo, os registros
da vida e ministério dos profetas.
970-560 a.C.
Os acontecimentos de 1 e 2 Reis estendem-se desde
a morte do rei Davi, o primeiro rei da aliança, até o
cativeiro de Zedequias, último rei de Judá.
No último capítulo de 2Reis há ainda uma referência à
libertação de Joaquim, no ano 560 a.C., quando Evil-
Merodaque começou a reinar na Babilônia.
A. Cenário político

1. Nacionalmente – Os livros cobrem o período da


maior influência política de Israel, na época de
Salomão, até o completo eclipse político, quando o
reinado do Sul foi destruído e o povo restante foi
exilado para a Babilônia. As sementes da queda foram
plantadas na severa política doméstica de Salomão,
responsável pela inquietação nacional.
A. Cenário político

2. Internacionalmente – Os livros cobrem o período


da maior influência política de Israel, desde a época
de Salomão, até o completo eclipse político, quando o
reinado do Sul foi destruído e o povo restante foi
exilado para a Babilônia. As sementes da queda foram
plantadas na severa política doméstica de Salomão,
responsável pela inquietação nacional.
B. Cenário Religioso

1. A construção do templo de Salomão no começo do


período constitui o ponto máximo da história religiosa
de Israel. Salomão também instituiu um sistema de
adoração altamente organizado e, no começo,
inspirou forte sentimento religioso pelo discurso e
pela cerimônia da inauguração.
B. Cenário Religioso

2. A fraqueza religiosa do período pode ser vista no


caráter dos diversos reis de cada reino. Depois de
Salomão, Judá teve dezenove reis e uma rainha, dos
quais somente oito foram justos de acordo com o
padrão divino. O reino de Israel, do Norte, teve
dezenove reis, mas todos eles fizeram o que era
"mau" perante o Senhor.
TEMA: Glória do Reino de Salomão e o Grande Desafio da Idolatria
1. O REINADO DE SALOMÃO (CAPS. 1-11)
A. Salomão é estabelecido como sucessor legítimo de Davi
(1-4)
1. A ascensão de Salomão ao trono (1.1-2.11)
2. A consolidação do poder de Salomão (2.12-46)
3. O dom da sabedoria (3.1-15)
4. A sabedoria de Salomão é exemplificada (3.16-4.34)
B. Grandes realizações do reinado de Salomão (5-1O)
1. Os preparativos para a construção do templo (5)
2. A construção do templo (6)
3. A construção do palácio real (7.1-12)
4. O templo é equipado (7.13-51)
5. Oração e dedicação do templo de Salomão (8)
6. A dupla resposta de Deus (9.1-9)
7. Salomão em toda a sua glória (9.10-10.29)
C. Declínio político e espiritual de Salomão (11)
1. Os pecados de Salomão (11.1-13)
2. Castigos contra Salomão (11.14-25)
3. Ascensão de Jeroboão: castigo e nova esperança (11.26-
43)

II. O REINO DIVIDIDO EM SUA FASE INICIAL (12-16)


A. A secessão das tribos do Norte (12.1-24)
B. Jeroboão 1, de Israel (12.25-14.20)
1. Os bezerros de ouro de Jeroboão (12.25-33)
2. Dois profetas (13)
3. Decretada a condenação de Jeroboão (14.1-20)
C. Roboão, de Judá (14.21-31)
D. Abias, de Judá (15.1-8)
E. Asa, de Judá (15.9-24 )
F. Nadabe, de Israel (15.25-32)
G. Baasa, de Israel (15.33-16.7)
H. Elá, de Israel (16.8-14)
I. Zinri, de Israel (16.15-20)
J. Onri, de Israel (16.21-28)
K. Acabe, de Israel (16.29-34)
III. PROFETAS E REIS (1RS 17.1-2RS 8.15)
A. Os profetas e Acabe (17.1-22.40)
1. Elias, o tesbita (17)
2. Elias contra os profetas cananeus (18)
3. A revelação a Elias no monte Horebe (19)
4. A má conduta de Acabe na guerra santa (20)
5. Acabe e Jezabel apoderam-se da vinha de Nabote (21)
6. Julgamento de Micaías contra Acabe (22.1-40)
B. Josafá, de Judá (22.41-50)
C. Acazias, de Israel, desafia Elias (22.52-2 - Rs 1.18)
OS REIS DA MONARQUIA DIVIDIDA EM 1 REIS
ISRAEL JUDÁ
Jeroboão I 930-909 👎 Roboão 930-913 👎
Nadabe 909-908 👎 Abias 913-910 👎
Baasa 908-886 👎 Asa 910-869 👍
Elá 886-885 👎
Zinri 885 sem registro
Onri 885-874 👎
Acabe 874-853 👎 Josafá 872-848 👍
Acazias 853-852 👎
A. O objetivo literário
A intenção do autor era completar a história do
reinado de Davi, que tem início nos livros de Samuel
escritos 400 anos antes, aproximadamente. Como o
segundo livro de Samuel terminou com Davi
comprando o local do templo, 1Reis começa com
Salomão preparando a construção do templo, e 2Reis
continua a história até a destruição do templo,
terminando assim o período.
B. O objetivo religioso
Relacionar a história à observância da aliança.
O autor procura enfatizar para a nação, que marchava
para o cativeiro em 586, a conexão inseparável entre
obediência e bênção, e entre desobediência e
maldição. Os livros de Reis dão forte ênfase à
necessidade de arrependimento e resposta ao Deus
da aliança, de modo que a restauração pudesse ser
efetuada e cumpridos os objetivos da aliança.
1. GRANDEZA DE SALOMÃO (1Reis 1-11).
A preeminência de Salomão consistiu na sua sabedoria, na
construção do templo e no reinado de paz e esplendor. Sua
sabedoria é constatada nos três livros atribuídos a ele
(Provérbios, Eclesiastes e Cantares); seu templo foi uma
obra de arte e esplendor sem precedentes no mundo
antigo; e seu reinado de paz e glória trouxe-lhe aplausos do
mundo todo. Essa grandeza retrata as bênçãos prometidas
ao reino de Davi baseadas na obediência e nos princípios
teocráticos da aliança, revelando a intenção do Senhor para
com o seu povo, se este seguisse sua liderança. Salomão,
todavia, deixou de praticar o que proclamou com tanta
grandiosidade.
2. TEMPLO DE OURO DE SALOMÃO (I Reis 5-8).
Foi essa a contribuição de Israel para as "sete maravilhas
do mundo”. Quanto ao material e à execução, o templo
excedeu a tudo o que existia em sua época.
Templos posteriores (de Zorobabel e de Herodes) foram
maiores, mas não tão pomposos nem tão primorosamente
construídos (sem marteladas ou instrumentos de ferro no
local - 1Reis 6.7), nem tampouco tão dispendiosos.
Por que a casa de Deus seria tão suntuosa quando grande
parte do povo era pobre? Porque o Templo devia refletir a
glória e a grandeza do Deus de Israel e simbolizar essa
glória para as nações (2Cr 2.5-12).
3. REINO DIVIDIDO - 931 a.C. (1 Rs 12).
Após oitenta anos de construção estabelecimento do reino,
sob Davi e Salomão, ele foi dividido definitivamente em dois
reinos logo depois da morte de Salomão. Dez tribos
reuniram-se sob Jeroboão e as duas restantes sob Roboão,
com o nome de Israel e Judá (Na realidade, grande parte
das tribos de Simeão e Levi também uniram-se a Judá).
Por que um reino tão maravilhoso dividiu-se com tanta
rapidez?
Três foram os motivos: espiritual, econômico e político.
a. Espiritualmente - aconteceu como o Senhor havia
predito, devido à idolatria de Salomão causada por suas
muitas esposas.
b. Economicamente - foi o resultado da tirania de
Salomão e dos pesados impostos. Ele estabeleceu um
trono magnífico, mas o povo estava pobre e oprimido
(1Reis 12).
c. Politicamente - havia antiga rivalidade entre Judá e
Efraim, a qual foi explorada por Jeroboão, que era
efraimita. Essa tribo relutou muitas vezes a inclinar-se à
liderança de Judá. A Efraim pertenciam Josué e José, dois
grandes líderes do povo israelita.
4. SISTEMA DE CULTO AOS BEZERROS EM ISRAEL
Essa instituição foi um expediente político de Jeroboão para
evitar que o povo descesse até Jerusalém e o seu templo.
Tomando essa atitude, Jeroboão prevenia-se contra o culto
aos deuses pagãos (11:33), mas começou um falso sistema
substituto de adoração a Jeová (12:28). Ele infringiu o
segundo mandamento para maior conveniência do culto.
Essa atitude exigia um novo sistema de sacerdócio, usando
o laicato em vez de levitas, que tinham ido para Judá (2Cr
11:14). Foi esse pecado de Jeroboão que condenou todos
os futuros reis do reino do Norte.
5. CULTO A BAAL INSTITUÍDO POR ACABE E JEZABEL
(1Reis 16:29 e ss.)
O culto aos bezerros infringiu o segundo mandamento e, o
culto a Baal infringiu o primeiro. Baal era o principal entre
os ídolos cananeus. Como deus da agricultura, da chuva e
da fertilidade, exercia atração especial sobre Israel.
Jezabel, esposa de Acabe, oriunda da Fenícia, foi quem
instigou essa religião em Israel e contratou 850 profetas de
Baal e de Aserá (1 Reis I8:19).
6. ELIAS, PROFETA DOS MILAGRES (1Reis 17)
Elias apareceu em Israel com os seus miraculosos poderes
um tanto repentinamente quando o culto a Baal foi
instituído em Israel por Acabe e Jezabel. Seu único
propósito era denunciar o culto a Baal e chamar a atenção
para o poder maior do Deus de Israel.
Seu primeiro milagre de fechar os céus por mais de três
anos foi um desafio ao poder de Baal, que era tido como o
deus da agricultura e da chuva.
a. O Culto
Quando o templo foi construído, Israel partiu de uma
premissa básica, a de que o templo não poderia
conter ou limitar Yahweh, que era universal e
onipresente. O templo era o local de Sua manifestação
em glória, beleza, santidade e justiça, onde o
desfavorecido e explorado podia buscar ajuda.
Infelizmente, com o passar dos séculos, a confiança
foi desviada Daquele que habitava no templo
para o Templo em si.
b. A Profecia
O movimento profético teve início em Samuel, mas
aparece mais organizado e “teológico” nas narrativas
de Elias e Eliseu. Aparentemente, era uma função
aceita pela nação, que os colocava acima dos reis. Nos
livros dos Reis, os profetas ungem e repreendem reis,
dão conselhos baseados em revelação divina e
acompanhavam os exércitos à guerra, como porta-
vozes de Deus. O ministério de Elias foi essencialmen-
te de julgamento, o de Eliseu foi de misericórdia.
Cumpre, pois, o dever para com o Senhor teu Deus,
trilhando seus caminhos e observando seus decretos e
mandamentos, suas decisões e estatutos, assim como
está escrito na Lei de Moisés, para que sejas bem
sucedido em tudo o que fizeres e empreenderes, a fim
de que o Senhor possa cumprir a palavra que
pronunciou a meu respeito nestes termos: ‘Se os teus
filhos andarem com cuidado na sua vereda,
caminhando na minha presença com sinceridade, de
todo o seu coração e com toda a sua alma – assim
disse ele – nunca te faltará um sucessor no trono de
Israel’. (1Reis 2.3-4)
Deus te
Abençoe!

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