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APRESENTAÇÃO:
OBJETIVOS:
JUSTIFICATIVA:
DESENVOLVIMENTO:
RESULTADOS:
Viagem pelo Brasil de Spix e Martius: quadros da Karen Macknow Lisboa USP
natureza e esboços de uma civilização.
ConsIDERAÇÕES FINAIS:
Tal como fora dito, a origem dos artigos contidos na revista podem apontar para
um possível locus de estudo/utilização do conceito no Brasil, tal como pode ser indício
de uma possível representação do que se entende por “centro do conhecimento”. Em
uma outra pesquisa, inclusive, poder-se-ia levantar os dados referentes à origem (IES)
dos artigos das outras edições da RBH e cruzar com os índices de desempenho
escolar nas diversas regiões do país, procurando possíveis relações entre o número de
publicações em revistas acadêmicas por região e o índice de educação nas mesmas
regiões. Como nossa pesquisa não tem por objetivo tal empreendimento, fica como
menção/sugestão.
Com relação a “representações”, é notório como desde seu surgimento com
Serge Moscovici tal conceito passou a ser de suma importância para as Ciências
Humanas, mas que como produto de seu tempo e através do mesmo, passou por
diversas mudanças em seu entendimento e utilização até chegar a ser utilizado pela
História, e mesmo no interior desta disciplina também se modificou com o tempo.
Roger Chartier, historiador que primeiro utilizou as representações, lançou mão
de outro conceito que seria fundamental para o entendimento das representações: a
“apropriação”. A apropriação seria basicamente a leitura individual que os sujeitos
fazem do mundo que o cerca e que os possibilitam agir sobre o mesmo. Sendo, de
acordo com Chartier, o mundo composto sobretudo por representações, e estas sendo
“um modelo” a ser seguido pelos indivíduos de dada sociedade, a apropriação permite
ao indivíduo interpretar e recriar as práticas “impostas” pelas representações,
modificando-as. É justamente nesta dialética entre representação-apropriação que é
possível compreender o processo de mudança nas diversas sociedades.
A revista Brasileira de História, em sua edição intitulada “Representações”, além
de trazer a luz obras que utilizaram o conceito, deixa transparecer como o próprio
conceito foi apropriado pelos intelectuais do país. Nossa pesquisa, então, para além de
se inserir na discussão teórica acerca do que seriam “representação e apropriação”,
ganhará notoriedade quando for aliada às outras pesquisas de igual cunho e que estão
sendo realizadas concomitantemente a esta por meio do PIC.
REFERÊNCIAS:
Revista Brasileira de História, vol. 15, nº29 – São Paulo: Contexto, 1995, 231 p.