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Broca do maracujazeiro

Broca do Maracujazeiro (Philonis passiflorae): Uma Análise Detalhada

A broca do maracujazeiro, cientificamente conhecida como Philonis passiflorae,


é um besouro de aproximadamente 7 mm de comprimento. Sua coloração
apresenta um padrão distintivo, com cabeça e protórax marrons e élitros
esbranquiçados, destacando-se por duas faixas de coloração marrom que se
cruzam. Além disso, suas larvas, que são brancas e ápodas, desenvolvem-se
no interior dos ramos do maracujazeiro.

Ciclo de Vida:
Os ovos da Philonis passiflorae são colocados nos ramos mais finos, em
cavidades abertas pelas fêmeas. As larvas, medindo cerca de 8 mm de
comprimento, passam por um período de desenvolvimento no interior dos
ramos, que varia de 53 a 69 dias. A fase de pupa ocorre em uma câmara pupal
construída nos ramos, com duração de 14 a 35 dias. Esses besouros são mais
frequentemente encontrados em plantios novos e na periferia do pomar.

Danos Causados:
Os danos provocados pela broca do maracujazeiro são significativos. As
larvas abrem galerias no caule da planta, tornando-os fracos e
quebradiços, prejudicando o fluxo de seiva e, consequentemente,
promovendo o secamento e a morte do ramo. Quando o ataque ocorre na
haste principal da planta, os danos são mais severos, podendo levar à
morte da planta. Os sintomas externos do ataque manifestam-se como
dilatações nos ramos.

Controle:
O controle efetivo da broca-do-maracujazeiro envolve práticas cuidadosas. A
inspeção periódica do plantio é crucial para detectar focos iniciais de
infestação. Caso seja identificado um ataque, a poda dos ramos afetados é
aconselhável. Diversas abordagens podem ser empregadas, como a aplicação
de pasta sulfocálcica no interior da galeria, resultando na morte da larva. Outra
opção é a introdução de uma calda contendo Beauveria bassiana, aplicada por
meio de seringa no interior da galeria, também promovendo a morte da larva.

Em termos de controle cultural, devido à dificuldade no controle da praga, é


recomendável, após a poda, realizar inspeções periódicas nos pomares e
destruir os ramos ou plantas infestadas (OLIVEIRA; FRIZZAS, 2014). Essas
práticas integradas contribuem para o manejo eficiente da broca do
maracujazeiro, minimizando seus impactos negativos no cultivo.

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