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DE 2008 a 2011
Natália Alcâtara1
1- Aluna da Especialização de Farmacologia Clínica e Dispensação
Farmacêutica, João Pessoa, Paraíba, Brasil
RESUMO
INTRODUÇÃO
A intoxicação caracteriza-se como uma manifestação clínica do efeito
nocivo produzido como resultado da interação de um agente tóxico com o
organismo. A propriedade intrínseca que o agente tóxico apresenta em causar
efeitos nocivos ao organismo denomina-se toxicidade. Está dependente da dose
ou concentração, das propriedades físico-químicas da substância, da via de
administração, tempo e frequência de exposição e da suscetibilidade do
organismo (CHASIN & PEDROZO, 2004; LARINI, 1997).
Entre os mais de 12 milhões de produtos químicos conhecidos, menos de
3.000 causam a maioria das intoxicações acidentais ou premeditadas. Contudo,
praticamente qualquer substância ingerida em grande quantidade pode ser
tóxica. As fontes comuns de venenos incluem drogas, produtos domésticos,
produtos agrícolas, plantas, produtos químicos industriais e substâncias
alimentícias (ALONZO, 2007; BORTOLETTO et al., 1996).
Dentre as intoxicações acidentais, as crianças, os idosos, os pacientes
hospitalizados (por erros de medicação), os trabalhadores da agricultura,
pecuária e da indústria, são particularmente vulneráveis. (ZAMBOLIM, et al.,
2008).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 1,5 a 3% da
população é intoxicada anualmente. Para o Brasil, isto representa até 4.800.000
novos casos a cada ano. Aproximadamente 0,1 a 0,4 % das intoxicações
resultam em óbito (ZAMBOLIM, et al., 2008). E, segundo diversos autores, os
medicamentos ocupam o primeiro lugar nos acidentes resultantes da exposição
a agentes tóxicos (ANDRADE et al., 2001 até 3 autores não é et al., precisa
colocar o nome dos outros; BORTOLETTO, 1990; KLAASSEN, 2003;
SCHVARZSMAN, 1991).
Segundo dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-
Farmacológicas (SINITOX), entre 2002 e 2004, foram registrados aumentos
progressivos de intoxicação do Brasil (SINITOX, 2008).
O objetivo deste estudo é caracterizar as intoxicações exógenas
registradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINANNET),
no site do Ministério da Saúde, no estado da Bahia entre 2008 e 2011, com
ênfase nas causadas por medicamentos.
METODOLOGIA
RESULTADOS
50%
42,90%
45%
40%
35%
30%
25%
20% 15,58%
13,39%
15% 11,25%
10% 5,34% 5,18%
2,78% 2,14%
5% 1,39%
0,05%
0%
<1 1a4 5a9 10 a 14 15 a 19 20 a 39 40 a 59 60 a 69 > 70 Em
branco
LEGENDA
NSA: Não se aplica
ES: Ensino Superior
EM: Ensino Médio
EF: Ensino Fundamental
Em branco 26,81%
Outro 3,26%
Alimento e Bebida 12,11%
Planta Tóxica 1,46% LEGENDA
Drogas de Abuso 3,22%
Prod.: Produto
Metal 3,84%
Agrotóxico A + D + SP:
Prod. Químico 2,65%
Agrotóxico Agrícola +
Cosmético 0,73%
Doméstico + de Saúde
Prod. Uso Domiciliar 5,70%
Pública
Prod. Veterinário 1,15%
Raticida 8,21%
Agrotóxico A + D + SP 8,65%
Medicamento 22,20%
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
As intoxicações exógenas representam um importante problema de saúde
no mundo. No Brasil, elas não só geram gastos em complicações decorrentes e
internações para o SUS, como também respondem por um número considerável
de óbitos. Desse modo, é importante pensarmos em políticas públicas voltadas
principalmente, a prevenção e a qualificação profissional e de serviços para que
possamos diminuir o número de casos de intoxicação exógena.
REFERÊNCIAS
MARIN, L.; BARROS, M. Mortes por suicídio: diferenças de gênero e nível sócio-
econômico. Rev Saúde Pública 2003; 37: 357-63.
WHO - World Health Organization. The World Health Report 2001. Mental health:
New understanding, new hope. [S.l.]: WHO, 2001.