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MATARAM OS MEUS PROFETAS

“Por estas coisas choro eu; os meus olhos, os meus olhos se des-
fazem em águas; porque se afastou de mim o consolador que devia
restaurar a minha alma; os meus filhos estão desolados, porque
prevaleceu o inimigo.” (Lm 1:16)

Há uma história bonita, importante, interessante, que retrata a vida de um povo.


Não tem muitas coisas para se falar a respeito, pois já é conhecida, mas quando
olhamos para essa história, em todos os momentos da existência de Israel, podemos
pontuar alguns aspectos que são importantes, que dizem respeito à relação daquele
povo com Deus.
Deus nunca deixou o seu povo, os seus queridos, à deriva. Deus nunca aban-
donou o homem.
Deus criou o homem, Adão, conversava com ele no jardim, falava com ele. O
homem teve suas falhas, pecou, mas Deus não abandonou Adão. Deus não abando-
nou o homem, porque ele tinha um projeto para resgate do homem, porque ele é a
coroa de toda a criação. A criação vai passar, mas aquilo que está no homem, que é o
sopro que veio da eternidade, esse vai voltar para o seu criador.
O homem foi plantado aqui na terra, mas não entendeu, não conseguiu alcan-
çar aquilo que Deus tinha para ele. Quando nós focalizamos o aspecto da rejeição do
homem a Deus vamos ver alguns detalhes que, isoladamente, trouxeram tantos trans-
tornos a este projeto que veio até nós, que está no nosso meio, confiado a nós, e que
precisa continuar sendo vivido e trabalhado.
Deus chama o homem, família, povo, nação, terra, um projeto. Coloca uma
semente lá no começo, lá na primeira civilização, porque Abrão era de Ur dos Caldeus,
e toda aquela região da Caldéia tinha cidades já conhecidas, famosas. Povos viveram
ali, os acadianos e tantos outros, reis, impérios que se levantaram ali, enfim, naquele
lugar havia um propósito de Deus, o olhar de Deus encontra um homem disposto a
cumprir o seu projeto de fé. Era aquilo que precisava para dar seqüência ao que viria
no decorrer dos séculos.
Da seqüência familiar de Abraão se deu o projeto de Deus, para que, do ho-
mem, da família, da nação, surgisse o Salvador, porque o projeto de Deus não seria
simplesmente de uma nação ou o povo de Israel, mas era também da humanidade,
que viveria tantos momentos difíceis, tais como vivemos hoje, do homem aflito, amar-
gurado, triste, vazio, obstinado, sofredor, incompreendido, dentro de um papel que não
sabe qual, de onde veio, onde está, para onde vai, um homem sem rumo. Deus sabia
disso.
Quando Deus cria o homem, ele cria todos os elementos para a sua subsistência. Ele
sabia que o homem iria fazer o que tem feito: deteriorar a Terra, amaldiçoá-la,

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usá-la indevidamente para o interesse humano, ceder suas fronteiras sem prever o do de artifícios? De shows? De teatro? De pessoas irresponsáveis? Um povo que
futuro, mas Deus coloca a ciência a disposição do homem e os cientistas descobrem tem desprezado a profecia? A grande profecia, que Jesus está às portas.
aquilo que já existia, porque foi criado por Deus suprindo os enganos do homem.
É a voz do que clama no deserto. O machado já está posto sobre a raiz
Deus estabelece um povo numa terra. Dá todas as condições de vida, de
das árvores. Não dá fruto? Tem que cortar. Ele foi subindo como renovo, raiz de
existência, e sempre num sentido, sempre mostrando que, apesar das deficiências da
uma terra seca, não tinha beleza nem formosura nenhuma para que o amássemos.
terra, ele era o provedor de todas as coisas. Apesar do povo estar num cativeiro, sem
Era o profeta de Nazaré da Galiléia.
condições de sair, ele tiraria o povo. Apesar de no deserto não ter alimento, ele providen-
ciou o alimento. Tudo isso para mostrar ao homem o cuidado dele e não somente isso,
mas também a ação dele na vida de um povo que não estaria abandonado à sua
própria sorte.
Deus traz para aquele povo os líderes, homens notáveis, descritos na Bíblia,
que foram: Davi, Jefté, Sansão, Moisés, Elias, Eliseu.
Deus levanta sacerdotes, profetas, institui o culto, determina as leis do culto,
mostra como o homem poderia se relacionar com ele em todas as épocas. Quando ele
conversa com Abraão, está estabelecendo um diálogo. A palavra diz: “... Abraão, meu
amigo” (Is 41:8). Quando ele fala sobre Moisés diz: “... com o meu servo Moisés, que
é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele...” (Nm 12:7-8), sobre Davi diz:
“... Achei a Davi, filho de Jessé, varão conforme o meu coração, que executará toda
a minha vontade.” (At 13:22).
Deus escolhe o homem a dedo. Isso era a ligação dele, era o culto, eram os
reis, era a sabedoria dele na história do homem, é o chamado ao projeto dele para a
humanidade, o templo, Salomão, eram homens daquela época totalmente voltados
para aquilo que Deus fez para um povo.
Deus levantava os profetas. O Espírito do Senhor pousava sobre o profeta, e
Deus o usava para dizer que ele estava presente na vida do povo, e que quando o povo
clamasse, ele estaria presente, como afirma Jeremias: “Clama a mim, e responder-
te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que não sabes (Jr 33:3).
Deus amou um povo, quando diz: “Quando Israel era menino, eu o amei, e do
Egito chamei a meu filho (...) Atraí-o com cordas humanas, com cordas de amor...”
(Os 11:1,4).
Deus amou o homem, o mundo, um povo, uma nação; estabeleceu um culto,
mas tudo isso ficou no passado, tudo ficou para trás. A terra foi tomada, invadida. A seca
dos desertos tomou conta da terra. O culto ao Deus Todo-Poderoso foi desviado pelos
sacerdotes, os donos da religião. A lei desapareceu. Aquilo que Deus queria para aque-
le povo não conseguiu.
Havia uma grande mensagem para aquele povo e Deus não fez as coisas de
qualquer maneira, porque ele é o Todo-Poderoso. Ele preparou um povo dando-lhe
tudo, se ligando e se unindo a ele em todos os momentos. No deserto, Deus se revela
de uma maneira totalmente diferente. À noite, na coluna de fogo. De dia, na nuvem.
Tudo estava sendo preparado. Era um milagre a cada dia, mas o lamento veio antes da

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grande profecia.
Essa é a lamentação do Espírito Santo hoje. O mesmo Jesus que foi
A profecia existente, que era da responsabilidade dos profetas e dos sacerdo-
crucificado é o que está sendo vilipendiado por ai. É a figura dos sacerdotes que
tes começou a desbotar. Era profético que Jesus nasceria do tronco de Jessé, da
dominam a religião, é a figura dos profetas que não podem profetizar, que estão
linhagem de Davi, filho de Jessé. Era profético que Jesus nasceria em Belém. Era
escondidos, amedrontados nos desertos. É a voz de Jesus, glorioso, nosso Se- profético que Ele viria de Efrata, e que seria o Profeta de Nazaré, da Galiléia. Era profé-
nhor e Salvador. É a voz Dele que clama nesta hora, quando diz: “Eis que estou à tico o seu sofrimento, as suas dores, mas principalmente o seu nascimento.
porta, e bato...” (Ap 3:20). Cerca de 400 anos antes, no período chamado interbíblico, a profecia cessou.
O profeta estava ali e o profeta iria morrer, e morreu, desprezado, indigno, Então surge a pergunta: Por que cessou a profecia? O que aconteceu? Quais foram
o mais indigno entre os homens, varão de dores, tudo o que os profetas viveram, as os responsáveis? Foram os que não deram ouvidos à profecia. Foi o povo? O povo era
lágrimas, a prisão, o sofrimento, o abandono. responsável, porque do povo saíam os sacerdotes.
Quantos estavam ao pé da cruz? Onde estava o filho da viúva de A palavra diz que o povo não ouvia mais a voz de Deus. “... Todo o dia estendi
Naim? Onde estava o cego Bartimeu? Onde estava o coxo que foi curado lá as minhas mãos a um povo rebelde e contradizente.” (Rm 10:21), e os profetas se
no poço de Betesda? Onde estava a multidão? “... Não conheço tal ho- levantavam e vinham as lamentações. Sofrimento. Alguns tinham que experimentar
esterco, para sentir o gosto e o mau cheiro do pecado do povo. O Senhor começa a
mem.’ (Mt 26:72).
levantar os profetas, e eles começam a profetizar.
“Por estas coisas choro eu; os meus olhos, os meus olhos se desfa-
Os profetas maiores profetizam sobre a situação do povo e depois de um
zem em águas...” (Lm 2:16).
tempo, o Senhor começa a mudar o foco para um futuro que já não entendiam mais,
Há uma profecia. Há um momento que nos espera e nós não podemos
pois não estava mais na direção deles. O interessante é que havia uma profecia para o
deixar a experiência do passado, que é a grande bênção do presente, que é enten- tempo deles, e havia um outro tempo, já que eles não tinham mais condições de ouvir
der que nós somos chamados para uma missão, para atender um momento profé- a palavra profética.
tico de grande proporção. Os sacerdotes, que eram os donos da religião, não estavam mais preocupa-
A profecia está ai. A “voz do que clama no deserto” é a mesma voz que dos com Deus. Os profetas traziam as mensagens, e eles diziam, como foi o caso de
clama no deserto deste mundo de hoje. A mesma roupa do profeta, ferido, num Jeroboão. Amós profetizou sobre a situação dele e da sua casa, e o sacerdote Amazias
canto de uma sala, esbofeteado pelos religiosos, nenhuma contemplação, nada. disse: “...Vai-te, ó vidente, foge para a terra de Judá, e ali come o pão, e ali profetiza,
O ímpio disse que não via nada nele, um homem simples, um pobre, o que mas em Betel daqui por diante não profetizarás mais, porque é o santuário do rei e a
ele fez de mal, a não ser curar os enfermos, os cegos, os coxos, dando uma casa do reino.” (Am 7:12-13). Imaginem que defesa de um sacerdote, daquele que
palavra de esperança para tantos que iam ter com ele; as bem-aventuranças; as deveria cumprir o que era o profético, mas ele passou a defender o que era o político.
Ele começou a defender o erro de Jeroboão. Ele expulsou o profeta, e o profeta voltou e
parábolas; a vida incomum; um homem que não tinha lugar para dormir.
disse: “... Tua mulher se prostituirá na cidade, e teus filhos e tuas filhas cairão à
Que homem é esse? Que mal este homem fez? Que mal o Espírito
espada, e a tua terra será repartida a cordel...” (Am 7:17). A luta estava travada. Os
Santo está fazendo hoje à religião? Que mal? Esse Espírito dócil, o Espírito
profetas perseguidos, como foi o caso de Elias. Foi para debaixo de um zimbro e disse:
de profecia. Que mal ele tem feito a você, quando falou do seu pecado?
“... Já basta, ó Senhor; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus
Quando falou da sua vida? Quando falou da sua necessidade como pastor, pais.” (1 Rs 19:4).
como diácono, como obreiro, como crente, como servo de Deus? Mas Jesus Um povo que não ama, um povo que não quer, e Elias queria morrer no deser-
tomou sobre si as nossas dores, e o pecado que estava sobre os seus ombros nos to, debaixo daquela árvore maldita, e então veio o anjo e disse: “... Levanta-te, come. E
trouxe a paz, e pelas suas pisaduras nós fomos sarados. olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pão cozido sobre as brasas, e uma botija
As vestes rasgadas pela lança, despido, maltratado, humilhado, sofrido. de água ...” (1 Rs 19:5-6). Elias tinha que ir falar com Acabe, falar com Jezabel, porque
Era o grito dos profetas, era a lamentação dos profetas. Eles choravam e nós era longo o seu caminho.
também, o Espírito Santo tem chorado também, por causa da filha do meu povo, Jeremias chora, quando diz: “Por estas coisas choro eu...” (Lm 1:16). A filha
por uma igreja por quem Ele morreu, a quem deu o Seu Espírito Santo. Está viven do seu povo estava ali, dispersa, um povo que não quer a sua presença. Jeremias pede

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para não ser mandado para o calabouço, porque certamente morreria naquele lugar. coisas choro eu; os meus olhos, os meus olhos se desfazem em águas...” (Lm 1:16).
Era dessa maneira como os profetas passaram a ser tratados. Choro pela vida dos filhinhos como ribeiros de águas; choro pela vida dos filhinhos que
Deus envia profetas em todas as ocasiões e com uma palavra distinta para desfalecem nas estradas; choro pela filha do meu povo que se acabou.
cada momento. Quando o povo endurecia, ele chamava um boiadeiro, que diz: “Eu não Era o grito profético. Era a lamentação de uma causa que foi desprezada,
era profeta, nem filho de profeta, mas boiadeiro, e cultivador de sicômoros. Mas o esquecida, porque os religiosos tomaram conta daquilo que não deram conta. Eles
Senhor me tirou de após o gado, e o Senhor me disse: Vai, e profetiza ao meu povo esqueceram o profético, ficou de lado, mas ficaram com a cultura, com as discussões
Israel.” (Am 7:14-15). Um homem rude, que estava acostumado a lidar com gado, diz: teológicas, com as infestações doutrinárias que surgiam, mas profetas andavam pelas
ruas em lágrimas, vivendo da esmola do povo.
“Ouvi estas palavras, vós, vacas de Basã...” (Am 4:1).
O profeta chorava porque via lá na frente, o Espírito Santo dizia aquilo que João
O grito dos profetas, o choro, as lamentações, o sofrimento deles foi esqueci-
estava vivendo: que eram seus últimos dias. “...Voz do que clama no deserto: Preparai
do dos religiosos, que dormiam para as coisas boas, e acordavam para o que não
o caminho do Senhor, endireitai as vossas veredas.” (Mt 3:3) “... está posto o macha-
prestava. Dormiam quando aconteceu a grande profecia e eles eram os responsáveis
do à raiz das árvores ...” (Mt 3:10) “...Que fostes ver no deserto? Uma cana agitada
por ela, porque todos os atos do culto eram proféticos com relação ao filho de Davi. O
pelo vento? “ (Mt 11:7).
próprio cego de Jericó sabia o que eles não se mostravam interessados, quando diz:
Você está aqui porque quis ver movimento? Alguém vestido de vestes talares,
“... Jesus, filho de Davi! Tem misericórdia de mim.” (Mc 10:47).
teólogos, doutores em divindade? Muito mais do que isso, é a voz do que clama no
Toda a profecia, toda a dor, todo o sofrimento iria cair em cima do profeta, do deserto.
profeta da Galiléia. Era a dor do profeta. As lamentações dos profetas. Passou o tempo e o grito
João veio antes, o último profeta. Durante quase 400 anos a profecia cessou. vem ser cortado, que era o último profeta da lei. A cabeça numa bandeja, numa festa
Choram os sacerdotes, os ministros no altar. Vem a profecia de Joel falando: “A se- degradante de contaminação e pecado, estava ali o profeta, a cabeça do profeta. Que
mente apodreceu debaixo dos seus torrões...” (Jl 1:17). quadro dantesco! Que derrota para um povo ver e saber que a cabeça, a morte de um
Ele começa a falar. E agora João vem. Um homem que deveria estar em Jeru- profeta estava ali enfeitando o pecado de Herodes e de Herodias no palácio que não
salém, grande profeta, vem e profetiza a respeito de Jesus. João começa o seu minis- tinha a presença da religião nem do culto, para dizer aquilo que o profeta falou.
tério e diz: “... Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” (Jo 1:29). Era a última voz, era a voz do que estava clamando no deserto, e tudo isso se
João disse isso de longe. Quem entendia? João pregava no deserto, porque transfere um dia para o homem que agora estava lá diante de Pilatos. Humilhado,
não tinha lugar em Jerusalém, por isso andava pelo deserto. abatido, surrado ... Três anos andando nas longas viagens, sem comer, sem beber,
Ele não tinha as vestes sacerdotais; não tinha a tiara de ouro dos sacerdotes; estava um trapo, e a palavra diz que Jesus aniquilou-se a si mesmo. Já estava morto
não tinha comida; a sua roupa era do pelo de camelo, ressecado, um animal triste, um quando foi para a cruz, a ponto de não poder carregá-la. Pilatos olhou para ele e viu
animal que só servia para transportar pessoas. Era chicoteado sem parar, ia e voltava aquele homem simples, aquele graveto, canelas finas, encostado, amedrontado, por
pelas estradas desertas, escaldantes, poeirentas. Era aquela a roupa de João. Não era certo, faminto, sedento, a ponto de pedir água, e não teve quem desse um copo de
a túnica, o manto, não era a estola, não eram as pedras que iriam enfeitar o peitoral do água, porque ele sabia o quanto custa um copo de água para aqueles que estão com
sede e com fome.
sacerdote. Era um pobre que estava ali, que comia gafanhotos e mel silvestre.
O quadro do Velho Testamento, dos profetas, o choro, as lamentações dos
Ninguém lhe dava nada, mas o Senhor o levantou para falar do pecado, aquilo
profetas, a amargura dos profetas, elas caíram todas sobre o Profeta de Nazaré da
que os sacerdotes não fizeram e um povo se acabou, perdeu a sua memória, perdeu a
Galiléia.
sua cultura, perdeu o seu governo, perdeu a sua terra, e agora a profecia via aquilo que
A palavra diz: “...Herodes quer matar-te. E lhes respondeu: Ide, e dizei àquela
o profeta Isaias viu: uma terra seca, mas viu também o que era profético: um renovo, e
raposa: Eis que eu expulso demônios, e efetuo curas, hoje e amanhã, e no terceiro
como poderia sair de uma terra seca, de onde a profecia tinha desaparecido, onde o
dia sou consumado. Importa, porém, caminhar hoje, amanhã, e no dia seguinte, para
culto não tinha valor, quando diz: “Aborreço, desprezo as vossas festas, e as vossas que não se suceda que morra um profeta fora de Jerusalém.” (Lc 13:31-33). A palavra
assembléias solenes não me dão nenhum prazer.” (Am 5:21) “...cavaram cisternas, diz assim: “...Arroja isso ao oleiro, esse belo preço em que fui avaliado por eles. E
cisternas rotas, que não retêm as águas.” (Jr 2:13). Cisternas sem água. “Por estas tomei as trinta moedas de prata...” (Zc 11:13).

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