NEEMIAS E A RESTAURAÇÃO DOS MUROS DE JERUSALÉM

Neemias 6:3 “E enviei-lhes mensageiros a dizer: Estou fazendo uma

grande obra, de modo que não poderei descer. Por
que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse e fos-
se ter convosco?”

Jerusalém havia sido invadida. Muitos de seus habitantes levados cati-

vos e a cidade destruída.
Neemias se encontrava em Susã, na Pérsia, e através de Hanani, que
retornava de Jerusalém, toma conhecimento da situação em que se encontrava a
cidade.
Busca então, do Senhor, a ajuda para a solução do problema, orando e
jejuando (Neemias 1:4).
Como copeiro do Rei da Pérsia, vai à sua presença e, de maneira mara-
vilhosa, recebe ajuda; e toda providência é tomada para que ele retorne a Jerusa-
lém e inicie, juntamente com o povo, a restauração dos muros e das portas da
cidade (Neemias 2:17-18).
Levantam-se, então, os inimigos da obra (Neemias 2:19-20).
Já com a luta iniciada, restauram-se as portas e prossegue o trabalho.
Nada os intimidou.
Como na obra do Espírito Santo, em que estamos empenhados, de toda
forma o inimigo tenta nos atemorizar.
No capítulo 6 lemos que os inimigos de Jerusalém, tentando desanimar
os servos e fazer parar a obra, por cinco vezes enviam mensageiros pedindo que
Neemias viesse ter com eles, no Vale de Ono, para, juntos, se congregarem. Neemias
conhecia os seus intentos e mandou-lhes sempre a mesma resposta:
“Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei des-
cer ...” (Neemias 6:3).
1 Descer significava parar a obra, retroceder, ir ter com o inimigo. Não
há condição de parar a obra e, muito menos, dialogar com o inimigo.
2 Neemias tinha autoridade para dizer não ao inimigo, porque fazia uso
das armas, que são poderosas em Deus para destruir as fortalezas
(II Cor 10:4), pois diante das cinco afrontas, feitas pelos adversários,
foram usados cinco meios para resistir-lhes.
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 O Senhor revela que, assim como Davi buscou, nas águas do ribeiro, as O CLAMOR PELO SANGUE DE JESUS
pedras com as quais foi enfrentar o gigante Golias, estas cinco pedras estão,
também, à nossa disposição, como meios de graça, para vencermos todas as
Hebreus 10
lutas.
V. 19: “Tendo pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue
Observamos, no livro de Neemias, que são usados os cinco meios de
de Jesus,
graça:
V. 20: “ Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto
1 - Oração (Clamor) - Neemias 1:4;
é, pela sua carne, ...”
2 - Jejum - Neemias 1:4 (Ao saber do estado dos mu-
O clamor pelo sangue de Jesus é um dos fundamentos da obra do
ros e portas, orou e jejuou);
Espírito Santo, porque com o sacrifício do Senhor Jesus um novo e vivo caminho se
abriu para todos os que crerem.
Já com a obra concluída, foram usados os seguintes meios de graça:
É um novo e vivo caminho, porque a promessa de salvação, antes do sacri-
3 - Madrugada - Neemias 8:3 (Reuniram-se, desde a alva até ao
fício do Senhor Jesus, era só para os judeus. Depois, uma nova aliança é feita com
meio-dia);
todos os homens (Mateus 26:26 a 30). Judeus ou não podem ter acesso à presen-
4 - Palavra - Neemias 8:3 e 8:8 (Leram a Palavra, decla-
ça de Deus.
rando e explicando);
Quando entendemos a profundidade e a importância do sacrifício de Je-
5 - Louvor - Neemias 8:5-6 (Esdras abriu a Palavra, o povo
sus, encontramos a vida, a verdadeira vida, vida eterna em Jesus (Ef 2:19). Passa-
pôs-se de pé,
mos a fazer parte dos santos do Senhor, da família de Deus.
louvou ao Senhor, e respondeu: Amém! Amém!).
O clamor pelo sangue de Jesus deve ser constante na vida do servo, e só
o Espírito Santo nos revelará toda a glória, o poder, o valor e a profundidade do
MEIOS DE GRAÇA
clamor. Aquele que buscar, alcançará experiências profundas e maravilhosas, e
II Coríntios 10:4 “Pois as armas da nossa milícia não são carnais,
mas poderosas em Deus, para demolição de for- terá, em sua vida, a marca do poder do sangue de Jesus.
talezas;”

A palavra graça significa favor imerecido. É aquilo que é recebido sem

preço.
A salvação é uma manifestação da graça de Deus para conosco. Pela
graça de Deus a recebemos, e, pela mesma graça, temos recebido as bênçãos do
Senhor, que nos são concedidas através do seu grande amor por nós.
Para recebermos as bênçãos do Senhor, pela sua graça (amor, favor),
Ele nos dá os meios, ou seja, a maneira como buscarmos estas bênçãos, que
são:
1- Oração (clamor)
2- Jejum
3- Madrugada
4- Louvor
5- Palavra revelada

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atendendo o Senhor assim à voz dum homem; pois o Senhor pelejava por
Israel.”
A oração é um meio de graça, através do qual falamos com o Se-
nhor, apresentamos a Ele as nossas necessidades, abrimos o nosso coração di-
ante d’Ele. Podemos expor o mais íntimo do nosso ser, apresentar a Ele a nossa
adoração, a nossa gratidão.
É um meio de comunhão do servo com o Senhor; é o diálogo do
servo com o Pai, tendo Jesus como mediador.
Orar é confessar a nossa dependência ao Senhor, em todas as coi-
sas.
O Espírito Santo é quem nos move a orar, e Ele mesmo intercede
por nós, muitas vezes com gemidos inexprimíveis (Rom 8:26).
JOSUÉ ORA AO SENHOR
O exército de Israel estava numa luta com os povos que habitavam
na terra a ser conquistada. O grande problema era a posição de Israel, que se
encontrava no vale. Os cinco exércitos que lutavam contra Israel, estavam nas
montanhas, e tinham habilidade e conhecimento daquele local. A chegada da noite
traria uma grande dificuldade a Israel, que seria facilmente derrotado.
Josué ora ao Senhor e, pela oração de um homem, Deus move o
universo, fazendo o sol deter-se em Gibeom e a lua no vale de Aijalom, por quase
um dia inteiro.
Deus ouviu a oração de um homem, porque o Senhor pelejava por
Israel.
Deus ouve a nossa oração, porque peleja por nós, sua igreja.
Temos em nossas mãos esta arma poderosa em Deus, para enfren-
tarmos as nossas lutas.
A IGREJA ORANDO POR PEDRO, NA PRISÃO
Atos 12:5 “Pedro, pois, estava guardado na prisão; mas a igreja orava com
insistência a Deus por ele.”
Vemos, aqui, Pedro, preso por amor ao evangelho, tendo, a seu
favor, contínua oração da igreja.
O Senhor ouve a oração, envia o seu anjo, que toca em Pedro, des-
pertando-o. As cadeias que o prendiam caem, e ele é libertado.
Esta vitória encheu a igreja de grande alegria, vendo o resultado de
suas orações.
A VITÓRIA PELO LOUVOR
LOUVOR COMO MEIO DE GRAÇA
II Cr 20: 20 e 21 “Pela manhã cedo se levantaram e saíram
ao deserto de Tecoa; ao saírem, Jeosafá pôs-
se em pé e disse: Ouvi-me, ó Judá, e vós,
moradores de Jerusalém. Crede no Senhor
vosso Deus, e estareis seguros; crede nos
seus profetas, e sereis bem sucedidos.
Tendo ele tomado conselho com o povo, de-
signou os que haviam de cantar ao Senhor e
louvá-lo, vestidos de trajes santos, ao saírem
diante do exército, e dizer: Dai graças ao
Senhor, porque a sua benignidade dura para
sempre.”
Em II Crônicas, no capítulo 20, lemos quando Josafá, rei de Judá, foi
avisado que uma grande multidão de povos vizinhos vinha para pelejar contra ele e
seu povo.
Com a notícia, Josafá temeu muito, e, juntamente com todo o Judá, pôs-
se a buscar ao Senhor. Então, veio a palavra do Senhor a ele: “... não temais, nem
vos assusteis por causa desta grande multidão, pois a peleja não é vossa, senão
de Deus.” (II Cr 20:15).
Ouvindo esta palavra maravilhosa, de ânimo, Josafá e todo o povo se
prostraram, adorando ao Senhor.
Josafá disse ao povo: “... crede no Senhor, vosso Deus, e estareis segu-
ros ...” (II Cr 20); e aconselhou-se com o povo, dispondo-se para a batalha, orde-
nando cantores para o Senhor, que saíram diante dos armados, louvando e dizen-
do: “... louvai ao Senhor, porque a sua benignidade dura para sempre.” (II Cr 20:21).
Enquanto cantavam, com júbilo e louvor, o Senhor pôs emboscadas con-
tra os inimigos, que vieram contra todo o Judá, e foram desbaratados e, em segui-
da, ajudaram uns aos outros a destruir-se.
Em Atos 16:16, lemos sobre uma jovem que tinha um espírito de adivi-
nhação, e que tenta perturbar Paulo e Silas, enquanto estes pregavam o evange-
lho. Paulo, então, repreende o espírito do mal e a jovem é liberta, e, por este

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motivo, eles são presos e açoitados. Na prisão, um carcereiro os guardava com
segurança, prendendo seus pés num tronco.
Mas, perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos, e
todos os presos os escutavam. De repente, sobreveio um terremoto, que abalou os
alicerces, as portas e cadeias se abriram, e todos os presos foram soltos. O carce-
reiro, vendo isto, sendo o responsável pelos presos, intentou matar-se, mas Paulo
grita, de dentro da cela, que todos estavam ali; e, então, o carcereiro pergunta a
Paulo o que era necessário para se salvar, e ele disse: “... Crê no Senhor Jesus, e
serás salvo, tu e a tua casa.” (Atos 16:31).
E assim, tanto o carcereiro, como toda a sua família, foi salva naquela
noite.
Vemos aqui a vitória decretada pelo Senhor.
O Senhor tem concedido à igreja muitas vitórias através do louvor. Uma
serva, que morava no primeiro andar de um prédio, ficou toda a manhã em sua
casa, cantando louvores. No térreo estava um homem trabalhando, que se encon-
trava, há algum tempo, afastado do evangelho. Ele prestou atenção ao louvor. No
outro dia, quando ela saiu, o homem a cumprimentou com “A paz do Senhor” e lhe
disse: “Ontem, eu ouvi a senhora cantando, e fui tocado pelo Senhor a voltar para a
igreja.”
Foram mencionadas três experiências de vitória através do louvor: uma
no Velho Testamento, outra no Novo Testamento e outra em nossos dias.
O louvor, como meio de graça, representou vitória para o rei Josafá, para
as cidades de Judá e os moradores de Jerusalém. Também para Paulo e Silas, na
prisão, e para aquela pessoa que se achava longe do Senhor.
A VITÓRIA PELO JEJUM
Neemias 1:4 “Tendo eu ouvido estas palavras, sentei-me e chorei, e lamentei
por alguns dias; e continuei a jejuar e orar perante o Deus dos
céus.”
O jejum é um meio de graça, para alcançarmos vitórias através da inter-
venção do Senhor em nossas lutas. Na palavra de Deus, o jejum é de grande
importância, e está sempre ligado a fatos e decisões na vida de Israel e da Igreja.
A oração e o jejum de Neemias.
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v.6 “Se fores puro e reto, certamente mesmo agora ele despertará por ti, e
tornará segura a habitação da tua justiça.
v.7 “Embora tenha sido pequeno o teu princípio, contudo o teu último esta-
do aumentará grandemente.”
Diante das necessidades do nosso dia a dia, buscamos ao Senhor pelas
madrugadas, pedindo misericórdia, e vemos se cumprir esta palavra. Oramos ao
Senhor, com o coração contrito, nos humilhamos, colocando diante dele a nossa
pequenez diante de nossos problemas, e o Senhor nos concede a vitória.
3O MOTIVO
PELAS NECESSIDADES DA OBRA E DA IGREJA
Atos 5:19-21
v.19 “Mas de noite um anjo do Senhor abriu as portas do cárcere e, tirando-
os para fora, disse:
v.20 “Ide, apresentai-vos no templo, e falai ao povo todas as palavras desta
vida.
v.21 “Ora, tendo eles ouvido isto, entraram de manhã cedo no templo e
ensinavam. Chegando, porém o sumo sacerdote e os que estavam
com ele, convocaram o Sinédrio, com todos os anciãos dos filhos de
Israel, e enviaram guardas ao cárcere para trazê-los.”
Vemos que, após um grande livramento do Senhor, o anjo ordena aos após-
tolos que se dirijam para o templo, para levar a Palavra. Os servos,logo bem cedo
(de madrugada), foram ao templo. Vemos aqui, a madrugada feita por amor à obra,
pela salvação de vidas.
A VITÓRIA PELA ORAÇÃO
Josué 10:12 a 14
v.12 “Então Josué falou ao Senhor, no dia em que o Senhor entregou os
amorreus na mão dos filhos de Israel, e disse na presença de Israel:
Sol, detém-se sobre Gibeom, e tu, lua, sobre o vale de Aijalom.
v.13 “E o sol se deteve, e a lua parou, até que o povo se vingou de seus
inimigos. Não está isto escrito no livro de Jasar? O sol, pois, se deteve
no meio do céu, e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro.
V.14 “E não houve dia semelhante a esse, nem antes nem depois dele,
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 A VITÓRIA PELA MADRUGADA Neemias 2:4 “Então o rei me perguntou: Que me pedes agora? Orei,
pois, ao Deus dos céus,”
Neemias estava cativo na Fortaleza de Susã, depois da invasão e des-
Provérbios 8:17
truição de Jerusalém por Nabucodonosor. Ele era copeiro do rei da Pérsia e, diari-
“Eu amo aos que me amam, e os que de madrugada me
amente, ia à sua presença para servi-lo.
buscam me acharão.”
Neemias soube, através de Hanani, e de alguns de Judá, a situação de
Jerusalém. Os muros estavam fendidos e as portas da cidade queimadas a fogo.
A madrugada é um momento especial. É quando, bem cedo, bus-
Os restantes, que restaram do cativeiro, estavam em grande miséria e desprezo.
camos ao Senhor e podemos, com intimidade, no silêncio da madrugada, colo-
Ao ouvir estas notícias, Neemias se assenta, chora e lamenta por alguns dias;
car diante d’Ele toda a nossa necessidade e a nossa adoração. Além disto, esse
jejua e ora ao Deus dos céus por Jerusalém.
momento são as primícias do nosso dia, que dedicamos ao Senhor.
Como poderia resolver, na sua condição, um problema de tão grande
Lemos, em Lucas 21:38, que todo o povo ia ter com o Senhor, no
dimensão? Reconstruir muros e portas de uma cidade. É quando busca, ao Se-
templo, para aprender e ouvi-lo , pela madrugada, demonstrando, assim, a ne-
nhor, com jejum e oração.
cessidade de estar com o Mestre, logo pela manhã, antes do início do dia, como
Ao retornar à presença do rei, para servi-lo, o rei nota o seu semblante
um preparo diário para as suas vidas.
triste, e pergunta o motivo de sua tristeza, já que não estava doente, e diz: “Que me
Podemos destacar três motivos para buscarmos ao Senhor pelas
pedes agora?”. Neemias pede tudo o que necessitava para ir a Jerusalém, e re-
madrugadas:
construir os muros. O rei concede-lhe, além do seu pedido, chefes do exército e
1º – O amor pelo Senhor Jesus;
cavaleiros para acompanhá-lo.
2º – A busca pelo socorro para a nossa necessidade;
Vemos, nesta experiência maravilhosa de Neemias, a vitória através do
3º – Pelas necessidades da obra e da igreja.
jejum e da oração. Para Neemias, o impossível tornou-se possível, através do uso
do jejum, como meio de graça.
1O MOTIVO
O AMOR PELO SENHOR JESUS A VITÓRIA NA EVANGELIZAÇÃO, USANDO O JEJUM
COMO MEIO DE GRAÇA
Prov 8:17 “Eu amo aos que me amam, e os que de madrugada me bus-
cam me acharão.”
Atos 13:2, 6, 7 e 12
A igreja ama ao Senhor Jesus, e esse amor nos move a buscá-lo
v.2 “Enquanto eles ministravam perante o Senhor e jejuavam, disse o
pela madrugada. Anelamos estar mais próximos d’Ele, nos fortalecendo para
Espírito Santo: Separai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a
enfrentar as lutas, sabendo que Ele cumpre a promessa de ser encontrado por
que os tenho chamado.
aqueles que O buscam, demonstrando, assim, o seu amor por nós.
v.6 “Havendo atravessado a ilha toda até Pafos, acharam um certo
mago, falso profeta, judeu, chamado Bar-Jesus,
2O MOTIVO
v.7 “que estava com o procônsul Sérgio Paulo, homem sensato. Este
A BUSCA DO SOCORRO PARA A NOSSA NECESSIDADE
chamou a Barnabé e Saulo e mostrou desejo de ouvir a palavra
de Deus.
Jó: 8
v. 12 “Então o procônsul, vendo o que havia acontecido, creu, maravi-
v.5 “Mas, se tu de madrugada buscares a Deus, e ao Todo-Poderoso fize-
lhando-se da doutrina do Senhor.”
res a tua súplica,

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 A igreja primitiva usava, constantemente, o jejum como meio de graça.
O texto mostra que alguns servos, reunidos na igreja de Antioquia, bus-
cavam, com jejuns, a direção do Senhor para a obra que teriam que realizar.
Em resposta a esse jejum, o Espírito Santo revelou: “... Apartai-me a
Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado ...” (Atos 13:2).
Tendo partido para a primeira viagem missionária, chegaram ao destino,
e anunciavam a palavra de Deus. Na Ilha de Chipre, em Pafos, o Senhor salvou, de
maneira maravilhosa, o proconsul Sérgio Paulo, que procurava muito ouvir a palavra
de Deus, mesmo sendo impedido por Elimas, falso profeta, que intentava apartá-lo
da fé (Atos 13:1 a 12). Paulo, então, que estava cheio do Espírito Santo, o repreen-
de, e aquele falso profeta fica cego por algum tempo.
Aqui está registrada mais uma vitória de uma igreja, que buscou ao
Senhor através do jejum, e foi revestida de poder para evangelizar. Aleluia!
A VITÓRIA PELA PALAVRA
Hebreus 4:12 “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais
cortante do que qualquer espada de dois gumes,
...”
Salmo 119:105 “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz
para o meu caminho.”
Salmo 119:133 “Firma os meus passos na tua palavra; e não se
apodere de mim iniqüidade alguma.”
A palavra de Deus é viva e eficaz. É viva porque o seu autor
está vivo, e habita em nosso meio. É viva porque dá vida ao homem.
É eficaz porque surte efeito. É poderosa para operar no cora-
ção do homem e transformá-lo, direcionando-o para o projeto de Deus.
A palavra de Deus é lâmpada para os nossos pés. No pas-
sado, eram usadas as pequenas candeias. A candeia era uma lâmpada,
podemos dizer, individual, que era levada para iluminar os pés, durante a
caminhada. A Palavra orienta os nossos passos, nos livrando de tropeçar.
Ela é a luz para o nosso caminho.
Ordenar os passos na Palavra é submeter ao Senhor, atra-
vés da consulta à Palavra, todos os nossos caminhos. É colocar em or-
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dem (ordenar) a nossa vida, consultando todas as coisas, o que nos livra-
rá da iniqüidade, ou seja, de pecarmos.
O maior exemplo de vitória, através da Palavra, foi o do
Senhor Jesus. Depois de quarenta dias em jejum, Ele foi tentado pelo
adversário (Mateus 4:1 a 11 e Lucas 4:1 a 13).
Em Lucas 4:2 lemos: “... durante quarenta dias, sendo
tentado pelo diabo. E naqueles dias não comeu coisa alguma; e ter-
minados eles, teve fome”. Então, o inimigo tentou ao Senhor, dizendo
que Ele transformasse pedras em pães; Jesus combateu o mal citando
a Palavra: “... escrito está que nem só de pão viverá o homem, mas
de toda a palavra de Deus.”
O inimigo ofereceu pão material - Jesus respondeu que ti-
nha o alimento espiritual, toda a palavra de Deus.
Em Lucas 4:6-7, foi dito a Jesus: “... Dar-te-ei a ti todo este
poder e a sua glória (...) se tu me adorares, tudo será teu.”
O inimigo ofereceu poder e glória, no sentido material: gló-
ria e poder dos homens. JESUS respondeu citando a palavra: “... porque
está escrito: Adorarás o Senhor teu Deus, e só a Ele servirás.” (Lc
4:8).
Todo o poder e glória pertencem ao Senhor. Ele não precisa
de nada material, porque todas as coisas pertencem a Ele.
Em Lucas 4:9-10, o inimigo, intentando confundir o Senhor,
diz para que Ele se atire, do alto do templo, e cita a palavra: “Porque está
escrito: Mandará aos seus anjos, acerca de ti, ...” Jesus responde,
mais uma vez, com a Palavra: “... dito está: Não tentarás o Senhor teu
Deus.” (Lc 4:12).
Tentar a Deus é fazer algo, já tendo a promessa de livramen-
to, da parte d’Ele, como experiência, para ver o que acontece. Um exem-
plo: “Vou tomar veneno, para ver se morro ou não”. Isso é tentar a Deus.
Mas, quando certas coisas nos ocorrem involuntariamente,
por investida do maligno, o Senhor, certamente, nos dará o escape. Ve-
mos o exemplo de Paulo com a víbora.
Por tudo que ouvimos, mais uma vez, podemos sentir o po-
der da palavra de Deus.
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