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SERVIÇO NACIONAL DE SALVAÇÃO PÚBLICA

COMANDO NACIONAL
DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO

CADEIRA DE FORMAÇÃO EM COMBATE


MÓDULO DE FORMAÇÃO EM PRIMEIROS SOCORROS

APRESENTAÇÃO

NOME / ORADOR:
CATEGORIA:
CONTACTO:

1
PRIMEIROS SOCORROS
CONTEÚDOS DA FORMAÇÃO
Objectivos
Suporte básico de vida
Paragem cárdio-respiratória
Hemoragias / sangramento
Choque hipovolémico
Feridas e fracturas
Queimaduras

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By: ELVINO DE ALFREDO
PRIMEIROS SOCORROS
OBJECTIVOS DA FORMAÇÃO

Dotar aos funcionários da STANDARD BANK de técnicas


básicas e eficazes a serem adoptadas no momento do
atendimento à vítimas de algum tipo de acidente, doenças
e outras situações de risco.

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PRIMEIROS SOCORROS

Breve historial dos primeiros socorros

1859 – grupo para aliviar o sofrimento humano.


julho/1895/Itália - Henry Dunant(Suiço)
Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR).
Foi o 1º a organizar a prestação de socorro
principios: humanidade, voluntariedade,
independência, neutralidade, imparcialidade,
unidade e universabilidade
Desde então, a Cruz Vermelha alastrou-se por todos os países
do mundo como uma das maiores organizações humanitárias
do sec. XXI.

10 de Julho de 1981, em Moçambique


2015- 34 anos
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PRIMEIROS SOCORROS

Primeiros socorros
São medidas sanitárias básicas aplicadas pelos
socorristas de forma provisória e imediata perante
enfermidades ou acidentes com o objectivo de garantir
que a vítima chegue nas melhores condições a unidade
sanitária onde receberá atenção especializada,

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PRIMEIROS SOCORROS

PRINCÍPIOS QUE NORTEAM UM SOCORRISTA


(PERFIL)
 Formação - Conhecer os primeiros socorros ()
 Preparação psicológica - Saber enfrentar uma
emergência
 Saber o que não deve fazer - Primeiro é “não
provocar dano”
 Segurança (os 3 “EU”- “Primeiro eu, segundo eu, e se
restar algo também é para mim”):
 Imparcialidade - (arrisque a sua vida por qualquer
pessoa)
 Informação - (da vítima ou terceiros)
 Prestação de socorro no local (atendendo a
segurança do local)
Para efeitos de segurança, todas as vítimas devem ser tratadas como
possíveis portadores e transmissores de doenças.
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PRIMEIROS SOCORROS

O QUE FAZER NO LOCAL DE SINISTRO

 Visitar o local
 Avaliar a situação
 Coordenar acções com outros organismos do sistema
 Fazer a segurança do local
 Fazer a defesa das vítimas
 Concentrar os feridos e mortos
 Fazer assistência e abastecimento

Numa operação de socorro, o socorrista nunca deve se


assustar perante a situação do terreno pois, este facto
trará insegurança à vítima que em algum momento
poderá não cooperar.
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PRIMEIROS SOCORROS

DURANTE AS INTERVENÇÕES
Sem dúvidas, o socorrista está submetido a possível
contaminação por agentes externos como: biológicos,
radioactivos, doenças infecciosas, etc.

Principais vias de contaminação


Respiratória - Contaminação por inalação
Digestiva – Contaminação por ingestão
Cutânea - Contaminação por Absorção
Incisiva – Contaminação por feridas, injecções ou troca
de fluidos corporais
NINGUEM VAI CUIDAR DA SUA
PROTECÇÃO SE NÃO VOCÊ MESMO

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PRIMEIROS SOCORROS

CADEIA DE SOBREVIVENCIA
Corresponde aos passos fundamentais para uma intervenção de
sucesso

Active o
Identificar a
Pedir ajuda serviço de
emergencia
Emergência

Objectivo: Objectivo: Objectivo:


Identificar o Activar o Sistema de Aplicar o mais rápido
problema, Emergência adequado possivel os primeiros
reconhecer para o mais rápido possivel. socorros que garantam a
poder activar o Grite” peço ajuda vida da vítima, enquanto
serviço de alguém, me escuta? se aguarda a chegada de
emergência Se ninguem estiver ajuda especializada.
escutando, chame
Apenas em caso de
você mesmo o serviço
obstrução da via aéria ou
de Emergência. Seja
de hemoragias externas,
sempre o último a
auxilie a vítima e depois
cortar a ligação.
chame os serviços de
emergência.
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PRIMEIROS SOCORROS

SUPORTE BÁSICO DE VIDA


Suporte Básico de Vida é um conjunto de manobras
que visam a manutenção da vida sem recurso a
equipamento específico. Estas manobras, surtem
efeitos positivos quando rapidamente aplicadas às
vítimas.
Exame da vítima
O exame primário detectar a existência de situações
que possam pôr em perigo imediato a vida da vítima, ou
seja, situações que comprometem das funções vitais:
RESPIRAÇÃO E PULSO

Exame secundário detectar alterações que não


comprometam de imediato a vida mas que carecem de
tratamento.
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PRIMEIROS SOCORROS
ASPÉCTOS A CONSIDERAR DURANTE O EXAME DA
VÍTIMA

• Actuar com rapidez, serenidade (inspira confiança a


vítima);
• Falar em tom normal (evita que a vítima se agite);
• Evitar aglomeração de pessoas em redor da vítima;
• Propicie uma boa ventilação do local;
• Manter o diálogo constante com a vítima (apoio
psicológico);
• Procurar alguma testemunha (Preferencialmente
alguém que represente alguma autoridade

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TÉCNICAS DE DETENÇÃO DE VENTILAÇÃO ARTIFICIAL EM
VÍTIMAS INCOSCIENTES- VOS

Observe (VER) Escute (OUVIR)


• Movimentos do tórax
• Sons respiratórios (entrada
• Frequência respiratória e saída do ar)
• Uso dos músculos do • Ruídos anormais, Qualidade
pescoço, abdómen, braços
da voz
para respirar
• Cianose (coloração azulada)

Sinta (SENTIR)
• Movimentos de ar em sua
bochecha
• Movimentos do tórax
• Posição da traqueia
• Trauma (cara, pescoço e tórax)
• Fluidos ou secreção na boca.
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ASFIXIA
é a dificuldade de respirar ocasionada pela ausência ou
deficiência de oxigénio.
Após 4-6 minutos sem oxigénio, as células do cérebro
começam a morrer ocasionando o mau funcionamento
generalizado de todos os órgãos vitais, causando a morte do
organismo em pouco tempo.
Possíveis causas Sinais e sintomas de asfixia
 Obstrução das vias respiratórias  Perda progressiva de
(Ex: corpos estranhos língua, consciência;
dentes, sangue …);  Dor de cabeça e zumbido nos
ouvidos;
 Compressão do tórax/  Cianose (Coloração azulada da
abdómen; pele);
 Depressão do centro do tórax;  Dispneia (Sensação de sufoco)
 Submersão a um meio líquido;  Subida de pressão arterial e
logo descida até a perda total;
 Ar com gases ou vapores
 Dilatação das pupilas. 14
tóxicos. By: ELVINO DE ALFREDO
PRIMEIROS SOCORROS

Desobstrução da via aérea


•Obstrução : parcial ou total).
Caso a vítima não chore, não fale nem
emite som aplique os seguintes
procedimentos:
Verifique se a posição da vítima lhe oferece segurança;
Verifique o estado de consciência, pergunte-lhe se está
afogado;
Se o paciente estiver de pé, o socorrista deve colocar-se
detrás dela; Segure a vítima pela mão esquerda colocando-a
no abdómen, e com a base da mão direita dê 5 pancadas
entre as omoplatas. Se em cerca de dois ou três segundos ela
não iniciar a respiração, inicie a Manobra de Heimlich
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PRIMEIROS SOCORROS

Manobra de heimlich para vitimas adultas


conscientes
1.Coloque-se por detrás da vítima, e coloque os seus
braços ao redor da cintura da vítima. Feche o punho da
mão com o dedo polegar para dentro e coloque-o em um
ponto médio entre o umbigo e a parte inferior do
apêndice chifóide.
2.Agarre o punho com a outra mão e pressione contra o
abdómen realize compreensões com movimentos rápidos
(de Baixo para cima) durante 5 vezes.
3.Logo depois das compressões, revise a boca
novamente, e tente até 2 ventilações de resgate para
verificar se mantém a obstrução ou não.
Repita as compressões até a saída do
corpo estranho ou até que o paciente 16
perca a consciência By: ELVINO DE ALFREDO
Posição Lateral de Segurança -PLS

Posição indicada a vítimas inconscientes ou a aquelas que


tem ventilação espontânea. No entanto a PLS, só se aplica a
vítimas que não existam sobre elas suspeitas de
traumatismo Vértebro-medular ou outros cuidados a
aplicar. Ainda assim, a vítima em PLS, deve ser vigiada uma
vez que pode ocorrer perigo de vómitos e consequente
aspiração deste para os pulmões.

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PRIMEIROS SOCORROS

Posição Lateral de Segurança

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PRIMEIROS SOCORROS

PARAGEM CÁRDIO-RESPIRATÓRIA

•É a interrupção súbita das funções cardíacas (ausência


de sinais de circulação sanguínea) e respiratórias
(ausência de respiração Espontânea). Geralmente se
associa a enfermidades ou traumatismos severos, e é
diagnosticada pela ausência de sinais vitais na vítima:
Pulso e Respiração.

•Em caso de uma paragem cárdio-respiratória, o


socorrista dispõe de apenas 3 à 5 minutos para iniciar
a Reanimação Cárdio-Pulmonar (RCP) sem que se
produza uma lesão irreversível no tecido cerebral,
aumentando a probabilidade da morte da vítima.

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Passos para iniciar a Reanimação Cárdio-Pulmonar

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Passos para iniciar a Reanimação Cárdio-Pulmonar

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PRIMEIROS SOCORROS

Regras para a execução da RCP


Colocar a base da mão (apenas a base da mão) sobre o
centro do tórax do doente (4 dedos acima do apêndice
chifóide), de seguida, colocar a base da outra mão sobre
a mão que se encontra posicionada sobre o esterno e
entrelaçar os dedos, esticar os braços e Comprimir o
esterno para que este baixe entre 4 a 5cm a um ritmo de
100 contracções /minuto.

Em afogamentos, inicie as manobras com 5 insuflações


(garantindo que exista oxigénio nos tecidos nobres do
coração e do cérebro para evitar a morte dos órgãos
durante o tempo entre a manobra e o pedido de ajuda),
e depois as massagens cardíacas, devendo o pedido de
ajuda ser efectuado somente ao fim de um minuto. 22
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PRIMEIROS SOCORROS
2º DIA
CHOQUE ELÉTRICO
O choque eléctrico é a passagem
da corrente eléctrica pelo copo
tornando-se um condutor
eléctrico.
Essa condução de corrente varia de
acordo com a intensidade de volts
com que a pessoa é submetida no
choque eléctrico e pode gerar
desde um pequeno susto, até uma
fibrilação cardíaca, ou mesmo a
morte. 23
O que fazer nos casos de choque eléctrico?

• Afaste a vítima do condutor e ou desligue a corrente,


use para o efeito materiais não condutores;
• Accione o serviço de socorro especializado
• Desaperte as roupas da vitima e aplique o VOS
• Aplique as técnicas de ressuscitação com massagem
cardíaca e respiração artificial.
• Se a vítima apresentar ventilação, coloque-lhe em
PLS
• Aguardar a chegada de socorro especializado

Em casos de choques, essas variações de quadro são


comuns, e pode ser necessária nova intervenção de
reanimação.
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É a saída descontrolada do sangue dos vasos
sanguíneos

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CLASSIFICAÇÃO DAS HEMORRAGIAS:

Quanto a localização podem ser:

Interna: Quando se produzem em uma cavidade fechada


e não se vê a origem do sangrado.
Visíveis – O sangue sai por um dos orifícios
naturais do corpo (nariz, ouvidos, boca)

Não visíveis – são de difícil reconhecimento,


sendo a suspeita efectuada com base nos sinais e
sintomas que o doente apresenta.

Externa: Quando se vê a origem do sangramento, isto é


o sangue sai para o exterior.
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CLASSIFICAÇÃO DAS HEMORRAGIAS:

Quanto a causa podem ser:


Traumáticas: São causadas por um agente externo que
obrando sobre os tecidos curta ou rasga os vasos
sangüíneos.
Patológica: São produzidas por uma doença.
Quanto a tipo podem ser:
Arteriais: O sangue é abundante. O sangue tem cor
vermelho brilhante e a sua saída apresenta pulsação

Venosa: o sangue tem uma cor vermelha obscura.

Capilar: O sangramento é geralmente lento e fácil de


estancar. 27
PRIMEIROS SOCORROS

Controlo das hemoragias externa

Compressão manual directa


•Fazer compressão directamente sobre a lesão que
sangra, utilizar compressas ou um pano limpo para
auxiliar. Caso o volume de compressas seja excessivo,
retirar a maioria sem remover aquelas que estão em
contacto directo com a ferida, de forma a evitar que a
mesma volte a sangrar.

•Esta técnica, apesar de eficaz, não deve ser aplicada


quando se está perante:
Ferida com objecto empalado/Perfurado;
Ferida associada a fracturas.

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PRIMEIROS SOCORROS

Controlo das hemoragias externa

Garrote ou torniquete
O garrote ou torniquete, devido às lesões que provoca,
é colocado somente quando todas as outras técnicas de
controlo de hemorragias falharam ou quando se está
perante a amputação ou destruição de um membro.
Este deve ser de tecido não elástico e largo.

Quando se recorre ao garrote ou torniquete, deve-se


registar a hora da sua aplicação.

Para se estancar muito mais rápido a hemorragia,


podemos associar às técnicas de compressão manual
directa os seguintes procedimentos:
• Aplicação de frio ou gelo
• Elevação do membro 29
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PRIMEIROS SOCORROS

CHOQUE HIPOVOLÉMICO

O choque hipovolémico surge quando existe uma


perda substancial de líquidos circulantes do organismo,
seja sangue ou plasma sanguíneo.

A causa mais frequente de choque são as hemorragias,


em que o choque se instala pela perda de sangue, mas
o organismo pode perder os seus líquidos por diversas
formas, como vómitos, diarreias, alterações graves do
metabolismo, etc.

O choque hipovolémico é caracterizado pela má


circulação do sangue nos tecidos

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PRIMEIROS SOCORROS

SINTOMAS E SINAIS DE CHOQUE

• Alteração do estado de consciência: o doente


apresenta-se ansioso, confuso, agitado, inconsciente;
• Ventilação: rápida e superficial;
• Pulso: rápido, fino e irregular;
• Alterações da coloração e humidade da pele: pálida,
suada e numa situação mais grave surge a cianose;
• Pressão Arterial: (hipotensão, abaixo de 90mm Hg);
• Náuseas ou vómitos;
• Sede;
• Pupilas dilatadas e olhos sem brilho;
• Hipotermia (sensação de frio)
• Vasoconstrição (contracção dos vasos sanguíneos).
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PRIMEIROS SOCORROS

Actuação em caso de choque

• Combater a causa controlar possíveis hemorragias ou


outras situações;
• Manter a via aérea permeável ter em atenção um
possível vómito;
• Elevar os membros inferiores a cerca de 30/45º (se
possível) -Trem de Lenburg;
• Manter o doente quente por meio de uma manta.
• Avaliar e registar os parâmetros vitais e repetir a
avaliação;
• Pedir ajuda especializada
• Aguardar pelo socorro, mantendo a vigilância sobre o
doente

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PRIMEIROS SOCORROS

FERIDAS
é a ruptura ou danificação da pele, podendo afectar os
tecidos e órgãos. Estas lesões podem apresentar
sangramento ou não, podendo ser fechadas ou abertas

Feridas fechadas -As feridas fechadas são lesões


internas em que a pele se mantém intacta e
normalmente estão associadas a uma hemorragia
interna. Estes tipos de lesões são, na maior parte dos
casos, originado por impacto, mas pode surgir também
em determinadas situações patológicas.

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PRIMEIROS SOCORROS

Classificação das feridas fechadas

• O hematoma, e surge aquando do


rompimento de vasos sanguíneos de um
calibre considerável, provocando o acumular
de sangue nos tecidos, e podem estar
associados a outros traumas como fracturas
Caracteriza-se por um inchaço doloroso de
cor escura.

• A equimose, normalmente conhecida por


nódoa negra, é o resultado do rompimento
de vasos capilares, levando a uma
acumulação de sangue em pequena
quantidade nos tecidos. 34
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PRIMEIROS SOCORROS

Feridas abertas - classificação


• surgem quando a integridade da pele foi atingida,
sendo facilmente identificada pela existência de
feridas expostas.
Escoriação ou abrasões
São aberturas produzidas por violenta fricção da
pele com uma superfície áspera, causando o
desprendimento da camada superficial da pele.
Laceração ou incisão
Uma lesão da pele originada normalmente por
objectos afiados, podendo apresentar uma
forma regular ou irregular. Pode, no entanto,
ser profunda e atingir vasos sanguíneos de
grande calibre. 35
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PRIMEIROS SOCORROS

Feridas abertas - classificação

Feridas penetrantes/perfurantes
• Estetipo de lesões está associado outras, como
hemorragias internas e lesões de órgãos internos.

Avulção ou blunt
• É causada por objectos pontiagudos, onde o
agente traumático supera a resistência dos
tecidos, causando uma perda completa ou
incompleta de tecidos. As avulsões envolvem
normalmente os tecidos moles, podendo, no
entanto, ser profundas e atingir vasos sanguíneos
de grande ou até partes do corpo.

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PRIMEIROS SOCORROS

Feridas abertas - classificação

• Amputação ou dilacerante
• A amputação é a separação total de um
membro. Este tipo de lesão é grave estando
associada a hemorragias e fracturas. Por este
motivo, a actuação deve ser rápida e eficaz.

• Feridas causadas por arma de fogo


• Estasferidas podem ser muito perigosas,
podendo externas, longitudinais e transversais,
possuem na sua maioria, corpos estranhos e
superfícies avasculares e geralmente são
contaminada.

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PRIMEIROS SOCORROS

Tratamento das feridas


•Limpar a ferida e a área circundante, usar soro
fisiológico ou agua oxigenada, ou com Água e sabão ou
água potável, lançando-a a jacto arrastando-a sobre a
ferida e a área circundante.
•Cobrir a ferida com um curativo, almofada ou lenço
triangular ou parte similar de um tecido limpo;
•Proteger o material que cobre a ferida com um
curativo de rolo ou lenço triangular preferencialmente
esterilizado.
•Quando há uma ferida com objecto empalado ou
espetado, não remover o objecto sobre qualquer
circunstância;
• Transportar o ferido para o hospital mais próximo. 38
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PRIMEIROS SOCORROS

FRACTURAS
Fractura, é a alteração da continuidade de osso. Esta
descontinuidade ocorre quando uma força exposta e
externa a direcção da resistência óssea supera a
capacidade elástica do osso, quebrando totalmente ou
parcialmente o tecido ósseo.

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Classificação das fracturas:

•Abertas (expostas): quando existe exposição dos topos


ósseos, podendo facilmente infectar. São as mais
arriscadas porque se podem acompanhar de uma
hemorragia pela afetação de algum vaso sangüíneo
grande (artéria ou veia)
•Fechada (não exposta): quando não há exposição dos
topos ósseos, isto é, a pele apresenta-se intacta. Esta
pode ser Completa ou incomplea (fissura)
Classificação quanto a causa : traumática (Acidentes) ou
patológica (Doenças: Cancer, etc)
Outras classificações: Fractura sem deslocamento de
fragmento, com deslocamento de fragmento, Múltiplas,
abertas sem saída para o exterior, aberta com
deslocamento para o exterior e Fractura com minuta. 40
PRIMEIROS SOCORROS

Sintomas ou sinais de fracturas


•Dor localizada na zona do foco de fractura,
normalmente intensa e aliviando após a imobilização;
• Perda da mobilidade. Pode, em alguns casos, existir
alteração da sensibilidade;

•Existe normalmente deformação;

•Edema (inchaço) normalmente presente;

•Exposição dos topos ósseos, no caso da fractura


exposta,

•Alteração da coloração do membro. Surge no caso de


existir compromisso da circulação sanguínea. Palpar o
pulso na extremidade;
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PRIMEIROS SOCORROS

Tratamento das fracturas

•Imobilizar (talas de madeira) a área afectada


(imobilizar a diáfise acima e outra abaixo, nas fracturas
de articulações, se possível, imobilizar uma articulação
acima e outra abaixo. Caso não seja possível, não forçar
o alinhamento. Se necessário, imobilizá-lo na posição
em que este se encontra.);
•Administrar analgésico (estes só devem ser aplicados
por pessoal treinado);
•Se existirem feridas, limpá-las e desinfectá-las antes de
imobilizar;
•Se a fractura for num osso longo, alinhar o membro;

O objectivo do tratamento da fractura é de aliviar a dor da


vítima. No caso de fracturas expostas, considerar primeiro
a ferida e só depois é que se trata a fractura.
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Epiderme

Derme

Hipoderme
Classificação

Extensão – dimensão da área atingida (quanto


maior for a área atingida maior será a
gravidade); 45
Profundidade – grau de destruição dos tecidos.
Avaliação da queimadura segundo à
profundidade
1.º Grau – Trata-se de uma queimadura sem gravidade
em que apenas foi atingida a primeira camada da pele.
Trata-se de uma queimadura em que a pele apresenta-
se vermelha, sensível e dolorosa

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Avaliação da queimadura segundo à
profundidade
2.º Grau – Trata-se de uma queimadura em que já é
atingida a primeira (epiderme) e segunda (derme)
camadas da pele. Caracteriza-se por ser dolorosa e
apresenta flictenas (bolhas)

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Avaliação da queimadura segundo à
profundidade
3.º Grau – Trata-se de uma queimadura em que existe a
destruição da pele e de outros tecidos subjacentes.
Apresentam cor castanha ou preta (tipo carvão). O
doente, na maioria dos casos, não refere dor devido ao
facto de existir destruição dos terminais nervosos
existentes na pele responsáveis pela transmissão de
informação de dor ao cérebro

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Factores que determinam a gravidade de uma
queimadura:
• Profundidade: condiciona a
cicatrização;

• Extensão: o perigo de morte é


diretamente proporcional à
superfície queimada;

• Localização: cara, mãos,


orifícios naturais, genitais, etc.
• Idade: meninos e anciões;

• Riscos de infecção: produz-se


sempre pela perda da pele;

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Tratamento das queimaduras

• Apoio psicológico ao lesado (brindar conforto e lhe


ajudar a manter a calma) “Tudo vai sair bem”
• Examinar a queimadura
• Evite falar, tossir ou espirrar sobre a queimadura para
evitar contaminação.
• Limpar com algum anti-séptico ou ao menos
abundante água (Do centro para a periferia)
• Cobrir com vendagem. (Exceto as provocadas por
substâncias químicas)
• Manter umedecida (fresca) a zona da queimadura
• Tomar medidas para minimizar o choque
• Proteger a vítima contra infecções e contaminações
• Transladar a vítima para o hospital
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Maneira de apagar as roupas incendiadas
sobre uma pessoa

• Deitar à pessoa no chão e envolvê-la com uma manta,


um tapete ou similar lhe dando voltas sobre o chão.
• Tratar de cobrir primeiro a parte que corresponde ao
pescoço para que as chamas e a fumaça não cheguem à
cara.
• Se o fogo se achar em uma prenda de vestir que
pode-se tirar facilmente, tratar de tirá-la rapidamente.

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"Lembre-se sempre que você pode ser a sua
primeira vítima"... Por isso conserve e assegure-se
de ter conhecimento necessário para a prestação
de socorro

28 de Marco de 2022
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