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Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana

Superintendência de Obras e Serviços de Infraestrutura Urbana


Diretoria de Serviços de Infraestrutura Urbana
Gerência de Iluminação Pública

ESTUDO TÉCNICO PRELIMINAR

1. IMPORTÂNCIA DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA

A iluminação pública é um serviço essencial para a sociedade, sendo responsável por


proporcionar segurança e bem-estar para a população. Além disso, ela é uma ferramenta
importante para garantir o acesso das pessoas a espaços públicos durante a noite, como
parques, praças e ruas. De acordo com a Constituição Federal de 1988, é dever do Estado
garantir a segurança pública e promover o bem-estar da população. A iluminação pública está
diretamente relacionada a essas duas áreas, uma vez que ela ajuda a prevenir a criminalidade
e oferece mais qualidade de vida para as pessoas.

Figura 1 – Iluminação em praça pública revitalizada em Londrina, no Paraná.

A iluminação pública também é importante para a mobilidade urbana, ajudando a


sinalizar as vias públicas, definir hierarquias de vias e eixos de referência, orientando os
motoristas e pedestres durante a noite. Além disso, tem a função de proporcionar espaços de

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convivência e lazer para a população, valorizando obras com significado para a cidade e
tornando os espaços públicos atraentes para a utilização pela sociedade. Praças e parques
bem iluminados são mais seguros e convidativos para as pessoas, aumentando a sensação de
bem-estar e pertencimento. Esse papel é destacado pela Política Nacional de
Desenvolvimento Urbano, que tem como um dos seus objetivos promover o acesso aos
espaços públicos de qualidade para a população.

Em resposta à importância deste serviço, Carta Magna em seu art. 30 estabelece, que
os municípios são os responsáveis por prestar serviços públicos locais, entre eles a iluminação,
devendo garantir, em atendimento a Lei Federal n° 8.987/95, a continuidade e qualidade dos
serviços prestados, incluindo a manutenção e a modernização do sistema de iluminação. Para
custeio desses gastos, os municípios foram autorizados a instituírem, com fulcro no art. 149-
A da CF/88, uma contribuição de iluminação pública, que geralmente é cobrada na fatura de
consumo de energia elétrica.

Em atendimento ao preceituado na Constituição Federal, o Município de Goiânia


elevou a iluminação pública como uma das principais ações do Programa de Planejamento e
Adequação da Rede Viária, definido no Plano Diretor do Município:

Art. 25. O Programa de Planejamento e Adequação da Rede Viária efetivar-se-á por meio das
seguintes ações:

XVII - adequar os espaços públicos integrantes da rede viária, com calçadas, arborização,
iluminação, sinalização, priorizando pessoas com deficiência e mobilidade reduzida e a
qualidade da paisagem urbana, humanizando a cidade.

Em suma, a iluminação pública desempenha um papel fundamental para a segurança,


mobilidade, lazer e sustentabilidade das cidades. Por isso, é essencial o investimento na
implantação e manutenção de sistemas de iluminação modernos e sustentáveis.

2. TERMINOLOGIAS E DEFINIÇÕES

Para a adequada interpretação do presente Projeto Básico são apresentadas as


seguintes definições complementares:

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I. Iluminação Pública: serviço que tem como objetivo exclusivo prover de claridade os
logradouros públicos, de forma periódica, contínua ou eventual, exceto aqueles que tenha
por objetivo qualquer forma de propaganda ou publicidade, ou para realização de
atividades que visem a interesses econômicos.

II. LED: os diodos emissores de luz, dispositivos conhecidos pela abreviatura em língua
inglesa LED (Light Emiting Diode), são semicondutores em estado sólido que convertem
energia elétrica diretamente em luz.

III. Sistema ou parque de iluminação pública: é o conjunto dos elementos que compõem os
circuitos elétricos de iluminação pública, desde o ponto de conexão com a rede de
distribuição de energia elétrica da Concessionária, até a lâmpada.

IV. Expansão: é a instalação de novas unidades de iluminação, com ou sem instalação de


poste, para estender os serviços de iluminação a locais ainda não servidos ou eliminar
pontos escuros ou param iluminação de novas vias abertas no município.

V. Licitante: a pessoa física ou jurídica, ou consórcio de pessoas jurídicas, que participa ou


manifesta a intenção de participar de processo licitatório, sendo-lhe equiparável o
fornecedor ou o prestador de serviço que, em atendimento à solicitação da Administração,
oferece proposta.

VI. Manutenção: conjunto de ações necessárias para manter a rede de iluminação pública em
funcionamento normal (manutenção preventiva) ou para restabelecer o funcionamento
da rede em caso de defeito (manutenção corretiva).

VII. Ponto de Iluminação Pública: é composto por uma lâmpada e todos os acessórios
necessários ao seu funcionamento.

VIII. Fluxo luminoso: pode ser entendido como a quantidade de energia radiante em todas as
direções, emitida por unidade de tempo, e avaliada de acordo com a sensação luminosa
produzida, medida é o lúmen (lm).

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IX. Eficiência Luminosa: é a relação entre o fluxo luminoso emitido pela potência elétrica
absorvida, sendo a unidade de medida o lúmen por Watt (lm/W). Este conceito é utilizado
para comparar a diferentes fontes luminosas.

X. Iluminância: é a densidade de fluxo luminoso recebido por uma superfície. Por definição a
unidade de medida é o lúmen por metro ao quadrado (lm/m²), que pode ser denominada
também de lux. A verificação deste parâmetro é fundamental para comprovar a qualidade
da iluminação de um determinado local.

XI. Temperatura de Cor Correlata (TCC): é a aparência de cor da luz emitida pela fonte
luminosa, quanto mais alta a temperatura de cor, mais clara será a tonalidade de cor.

a) Luz QUENTE: < 3000 K.

b) Luz NEUTRA: ≥ 3600 K e < 4500 K.

c) Luz FRIA: ≥ 4600 K.

XII. Índice de Reprodução de Cor: é a capacidade de reprodução da cor de um objeto diante


de uma fonte de luz, que permita visualizar as cores com naturalidade, medido em uma
escala de 0 a 100%.

3. BENEFÍCIOS DO SISTEMA DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA COM LÂMPADAS LED

As cidades estão entre os maiores consumidores de energia elétrica no mundo,


respondendo por dois terços de todo o consumo. De fato, no Brasil, o parque de iluminação
pública no Brasil é estimado em mais de 18,4 milhões de pontos de luz, segundo dados de
2019 do Ministério de Minas e Energia. No ambiente urbano, em geral, as redes de iluminação
pública constituem uma importante fonte de consumo de energia, representando cerca de
5,0% do consumo total de energia do país no ano de 2020, segundo dados do Anuário
Estatístico de Energia Elétrica.

O custo de energia para iluminação pública já representa o segundo maior item


orçamentário de grande parte dos municípios, superado apenas pelos gastos com a folha de

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pagamento. Segundo Rosito (2009), estima-se que 85% desses gastos jaz no consumo e na
manutenção do sistema, computando-se apenas 15% do gasto total com a implantação de
novos equipamentos. Portanto, projetos de modernização e eficientização energética no setor
de iluminação pública tem um papel importante na consecução da sustentabilidade pelos
municípios, além de reduzir despesas que oneram o orçamento municipal.

Como ferramenta de modernização e sustentabilidade urbana estão a utilização de


lâmpadas de LED (Light Emiting Diode) e sistemas inteligentes de gestão de energia, os quais
contribuem para a redução do consumo de energia e dos custos do serviço. As lâmpadas LED
têm sido cada vez mais utilizadas na iluminação pública, e isso se deve à série de vantagens
que estas têm em relação às lâmpadas convencionais, como a durabilidade, eficiência
energética e qualidade de luz.

Segundo Silva (2006), até 2008 as lâmpadas de LED não eram viáveis comercialmente
pois sua eficiência era restrita e possuíam um alto custo. Como um reflexo da modernização
dessa tecnologia ao longo dos anos, entre 2007 e 2012, a eficiência das lâmpadas de LED
aumentou de 70 lm/W para 130 lm/W, consoante pesquisa conduzida pelo Banco Mundial
(2017), resultando em uma redução de nove vezes no custo por lúmen.

Com o avanço dos sistemas de iluminação artificial, a finalidade da iluminação pública


tem passado por transformações significativas. De acordo com Santos (2005), é possível
identificar três períodos distintos: inicialmente, antes do surgimento da eletricidade, a
iluminação pública tinha como principal objetivo fornecer segurança; em uma segunda fase,
do final do século XIX até os anos 80, o foco da iluminação pública era principalmente a
funcionalidade, priorizando o trânsito veicular em detrimento dos espaços públicos
destinados à circulação de pedestres; finalmente, na terceira fase, no final do século XX, a
iluminação urbana começou a ser vista como um elemento de valorização da paisagem e
desempenhou um papel importante no movimento de citymarketing, promovendo e
vendendo a imagem da cidade como lugar onde se concretiza o espírito de inovação e
originalidade.

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Consoante aos princípios da eficiência e economicidade, previstos da CF/88 e na Lei


Federal n° 14.133/2021, um dos principais benefícios das lâmpadas LED na iluminação pública
é a economia de energia. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a substituição das
lâmpadas convencionais pelas LED pode gerar uma economia de até 75% na conta de luz,
mantendo-se a mesma intensidade luminosa. Isso é possível devido à eficiência energética
das lâmpadas LED, que consomem menos energia para produzir a mesma quantidade de luz.
Além disso, essas lâmpadas têm uma vida útil mais longa, o que reduz a necessidade de
manutenção e troca frequente, conforme evidenciado na Figura 2.

Figura 2 – Vida útil e vida mediana de lâmpadas de IP, em horas.

Fonte: MOZZINI (2022).

Outro benefício é a melhora na qualidade da luz. A luz branca emitida pelas lâmpadas
LED é mais clara e uniforme, o que proporciona maior visibilidade e segurança para pedestres
e motoristas. Estudos feitos pelo Conselho Nacional de Pesquisa dos Estados Unidos mostram
que a implementação de sistema de iluminação pública efetivo reduz 65% dos acidentes fatais
ocorridos durante à noite. Segundo dados do INMETRO, cerca de 9% dos acidentes de trânsito
noturnos seriam evitados somente com o uso de luz branca, isso ocorre porque esta permite
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aos condutores ver melhor o movimento nas laterais da via a partir de uma distância maior, o
que lhes dá mais tempo para reagir em caso de possíveis acidentes.

Além disso, as lâmpadas LED são mais direcionais, o que permite um melhor
aproveitamento da luz e redução do desperdício.

A utilização de lâmpadas LED também traz benefícios ambientais, segundo dados da


Agência Internacional de Energia (IEA), a adoção de lâmpadas LED pode reduzir as emissões
de CO2 em até 1,5 bilhão de toneladas até 2030. Isso se deve à redução do consumo de
energia e à maior eficiência das lâmpadas LED em comparação com as lâmpadas
convencionais. No que concerne o descarte e reciclagem as lâmpadas LED, por terem tamanho
reduzido e não possuírem substâncias tóxicas, como os metais pesados das fluorescentes,
segundo Forcolini (2011), estas se tornam insuperáveis, ganhando ainda mais destaque no
quesito sustentável.

Além dos benefícios econômicos, de qualidade de luz e ambientais, as lâmpadas LED


também contribuem para a segurança pública. Com uma reprodução de cores superior e uma
maior luminosidade aparente, é mais fácil distinguir as pessoas, objetos, cores, formas e
outros detalhes. Em especial, o reconhecimento facial é mais fácil, mesmo a grandes
distâncias e ajuda também a captar melhores imagens de CFTV (Circuito Fechado de Televisão,
como por exemplo, câmeras de segurança), o que ajuda a inibir e minimizar a criminalidade.
Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo apontou que a troca das lâmpadas
convencionais pelas LED reduziu em até 50% os índices de criminalidade em determinadas
áreas da cidade. Isso ocorre porque a luz branca e uniforme emitida pelas lâmpadas LED deixa
as vias e logradouros mais claros e ajuda a inibir ações criminosas, o que pode ser percebido
no comparativo apresentado na Figura 3.

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Figura 3 – Comparativo entre o sistema de iluminação pública convencional, com


lâmpadas a vapor de sódio, e à LED na cidade de Seul na Coréia do Sul.

Fonte: LIFEGATE (2022).

Aliado à utilização de lâmpadas LED tem-se a possibilidade de gerenciamento


inteligente da iluminação com a utilização de sensores e softwares de controle e gestão. Com
esse sistema é possível ajustar a intensidade da luz de acordo com a necessidade, reduzindo
o consumo de energia e aumentando a eficiência da iluminação. Além disso, os softwares
também permitem a detecção de falhas e auxiliam na manutenção preventiva das lâmpadas,
o que contribui para melhoria dos serviços prestados à população.

Em resposta aos benefícios das lâmpadas LED, no ano de 2018 a Secretaria de


Planejamento e Desenvolvimento Energético do Governo Federal elaborou um Manual de
Iluminação Pública Municipal, no qual conta com orientações aos gestores municipais para
implementação e manutenção dos parques de iluminação pública. Neste manual a secretaria
incentiva os municípios à adoção desse sistema, in verbis:

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Nos últimos anos, o avanço tecnológico fez com que a iluminação pública a elementos LED
(sigla de Light Emitting Diode) fosse entendida como uma alternativa mais eficiente para a
modernização do parque, sendo esta tecnologia considerada o estado da arte em economia
de energia elétrica em equipamentos de iluminação em geral. O emprego da tecnologia LED
na iluminação pública pode contribuir significativamente na melhoria da qualidade do serviço
e no aumento de sua eficiência energética, o que se reflete numa redução dos custos de
energia do município.

O manual em comento traz uma comparação entre os tipos de lâmpadas empregadas


na iluminação pública, relacionando suas características principais. É possível perceber na
Figura 2 que a lâmpada LED é única alternativa que alia eficácia luminosa, índice de
reprodução de cor e vida útil da lâmpada. É necessário um comentário acerca do preço das
lâmpadas, visto que o levantamento foi feito em 2015, e com a evolução tecnológica e dos
meios de produção ao longo dos anos estas se tornaram bem mais acessíveis.

Tabela 1 – Comparação dos tipos de lâmpadas aplicadas na iluminação pública

Fonte: Manual de Iluminação Pública Municipal (2018).

Seguindo as sugestões da Secretaria de Secretaria de Planejamento e


Desenvolvimento Energético, inúmeras cidades ao redor do Brasil adotaram as luminárias LED
em seus parques de iluminação pública. Dentre essas cidades está São Paulo, onde a
Prefeitura lançou em 2018 o programa "LED nas Ruas", com o objetivo de substituir todas as
lâmpadas convencionais por lâmpadas de LED até 2020. O programa já alcançou 95% das vias
da cidade, alcançando um total de 541 mil lâmpadas, cerca de 88,5% do parque de iluminação
pública, gerando uma economia de pelo menos 52% segundo dados da Secretaria Municipal
de Urbanismo e Licenciamento. Outras cidades a adotar esse sistema é Curitiba, a qual conta

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com 65 mil pontos de iluminação com LED, Salvador com 70% das lâmpadas com essa
tecnologia, Florianópolis e Palhoça em Santa Catarina que conta com 100% do parque de
iluminação, mais de 27 mil pontos, com tecnologia LED e gerenciamento inteligente por
software.

Em suma, a utilização de lâmpadas LED na iluminação pública se mostra como uma


alternativa de não somente reduzir o consumo de energia elétrica, mas também promover
uma melhora nos parâmetros da iluminação, aliando economia, qualidade e eficiência. Pois
uma iluminação eficiente não significa deixar de se ter iluminação ou iluminação deficiente,
mas fornecer uma iluminação adequada, que corresponda às necessidades visuais do ser
humano.

4. REALIDADE DO PARQUE DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA DE GOIÂNIA

Segundo dados do Censo Demográfico de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatística (IBGE), dentre as 15 cidades com mais de um milhão de habitantes,
Goiânia e Belo Horizonte foram as cidades que apresentaram as melhores condições em
termos de infraestrutura urbana. A pesquisa avaliou diversos aspectos, e Goiânia destacou-se
em primeiro lugar nos índices de arborização urbana, com 89,5%, na iluminação pública, com
99,6%, e na identificação e sinalização de ruas e avenidas, com 94,1%.

Há de se destacar que o bom resultado no quesito iluminação pública no Censo de


2010 se deu pela participação do Programa Reluz em 2005, no qual foi recebido R$ 30 milhões
para substituir as lâmpadas de vapor de mercúrio de cento e dezoito mil pontos da iluminação
pública do município por lâmpadas de vapor de sódio, na época, a opção mais eficiente
disponível no mercado.

Na primeira etapa do projeto, 75% do parque luminotécnico de Goiânia foi


beneficiado, o que levou o município a ganhar o prêmio PROCEL por apresentar bons
resultados. Entretanto, essa situação não perdurou por muito tempo. Segundo dados da
Companhia de Urbanização de Goiânia - COMURG, em janeiro de 2021, havia cerca de 18 mil

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pontos de iluminação pública apagados ou danificados na cidade. Isso significa que


aproximadamente 20% do parque de iluminação pública da cidade estava inoperante.

A situação é ainda pior em algumas regiões da cidade, como as periferias, onde muitas
ruas ficam completamente escuras durante a noite. As deficiências na iluminação pública
corroboram com a violência, marginalidade e aumentam os riscos de acidentes de trânsito.
De acordo com dados do Atlas da Violência de 2020, Goiânia foi a quinta cidade mais violenta
do país em 2018, com uma taxa de homicídios de 38,8 por 100.000 habitantes. Ademais,
segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Goiânia teve mais de 17
mil acidentes de trânsito em 2020, com 177 mortes.

O parque de iluminação pública do município de Goiânia conta com 167.247 (cento e


sessenta e sete mil e duzentos e quarenta e sete) luminárias convencionais instaladas (vapor
de sódio, mercúrio e metálica). Segundo dados de FARIA (2014) levantados em visita à
COMURG em setembro de 2014, foi confirmado que não haviam pontos de iluminação que
utilizam tecnologia LED. Cenário que, mesmo após quase dez anos, não se alterou, visto que
a utilização de lâmpadas LED no município ainda é incipiente, contando com 13.442 (treze mil
e quatrocentos e quarenta e dois) pontos, perfazendo apenas 7,4% do parque instalado.

Ainda em 2014, a prefeitura de Caldas Novas começou a instalar a nova iluminação


pública de ruas e avenidas da cidade, com luminárias modernas e lâmpadas de LED de 250
watts. O Eixo Monumental de Brasília, a principal avenida da capital, foi escolhido como o
primeiro corredor de LED do Distrito Federal e do país. O projeto de modernização da
iluminação pública foi inaugurado em janeiro de 2014, com a conclusão da primeira etapa do
projeto. Foi instalada uma rede de iluminação de 16 km, com a colocação de 700 postes duplos
especiais, equipados com lâmpadas de LED de 300 Watts e 480 luminárias de 60 Watts para
as calçadas da avenida.

É notório perceber que Goiânia encontra-se atrasada no quesito de iluminação pública


se comparada não só com as demais capitais brasileiras, mas também com cidades de menor

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porte. Em levantamento feito em março de 2023, as mais de 167 mil luminárias convencionais
instaladas são distribuídas como mostrado na Tabela 2.

Tabela 2 – Quantitativo de luminárias por tipo de lâmpada no sistema de iluminação


pública de Goiânia.

Quantidade de
Item Descrição Potência Totais Parciais
Lâmpadas

1 70 98.020
2 Lâmpada vapor 100 363
3 1000 1 163.928
4 de sódio 150 19.085
5 250 38.202
6 400 8.257
7 70 6
8 Lâmpada vapor 80 238
9 125 72
10 de mercúrio 150 3
11 250 123 1.514
12 400 996
13 Lâmpada de 160 30
14 250 44
vapor misto
15 500 2
16 70 85
17 Lâmpada vapor 1000 1
18 150 554 1.805
metálico
19 250 364
20 400 801
TOTAIS 167.247 167.247
Fonte: SEINFRA / DIRSER, dados de fevereiro de 2021.

Ademais, foi feita uma vistoria técnica no atual parque de iluminação pública de
Goiânia, o qual se encontra extremamente precário em várias as regiões da cidade. Durante a
vistoria foram encontradas luminárias quebradas, sem a lâmpada, sem a lente refratora ou
com a lente muito suja e várias ligadas durante o dia, como mostra a Tabela 6.

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Tabela 3 – Deficiências do parque de iluminação pública de Goiânia (exemplos


recorrentes verificados em todas as regiões):

Problemas
Imagem Setor Macrorregião
encontrados

Luminária Setor Campinas-


sem lâmpada. Coimbra Centro

Luminária Campinas-
Vila Abajá
danificada. Centro

Luminária
Parque
ligada Sudoeste
Anhanguera
durante o dia.

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Luminária
Jardim
sem a lente Sudoeste
Atlântico
difusora.

Luminária
ligada
durante o
durante, sem Jardim Vila Sudoeste

a lente Boa
difusora e
soquete
quebrado.

Luminária
ligada Residencial
durante o dia Vereda dos Sudoeste
e sem a lente Buritis
difusora.

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Luminária
ligada
Setor Centro Campinas-
durante o dia
Oeste Centro
e com a lente
difusora suja.

Luminárias
Setor Campinas-
ligadas
Aeroporto Centro
durante o dia.

Luminária
ligada
Campinas-
durante o dia Vila Perdiz
Centro
e sem a lente
difusora.

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Luminária
Campinas-
ligada Vila Yrani
Centro
durante o dia.

Luminária
Jardim das
ligada Sul
Esmeraldas
durante o dia.

Luminária
Conj.
ligada Leste
Anhanguera
durante o dia.

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Luminária
Chácara do
ligada Leste
Governador
durante o dia.

Luminária Vila Jardim


Norte
danificada. Pompéia

Luminária Chácaras
Norte
danificada. Califórnia

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Luminária
com braço
longo em Setor dos Campinas-
função do Funcionários Centro
comprimento
da via.

Para avaliação da qualidade da iluminação pública a NBR 5101 determina parâmetros


mínimos a serem observados no dimensionamento e distribuição dos pontos, in verbis:

“A distribuição apropriada das intensidades luminosas das luminárias é um dos fatores


essenciais de iluminação eficiente em vias. As intensidades emitidas pelas luminárias são
controladas direccionalmente e distribuídas de acordo com a necessidade para visibilidade
adequada (rápida, precisa e confortável). Distribuições de intensidades são geralmente
projetadas para uma faixa típica de condições, as quais incluem altura de montagem de
luminárias, posição transversal de luminárias (avanço), espaçamento, posicionamento,
largura das vias a serem efetivamente iluminadas, porcentagem do fluxo luminoso na pista e
áreas adjacentes, mantida a eficiência do sistema. ”

De acordo com a normativa para iluminação pública que vigora no país, para termos
sistemas eficientes, se faz necessário classificar as vias por tipo de utilização e fluxo de
pedestres/veículos, para assim indicar a iluminação que se adequa às características da via.
Portanto, os critérios que foram utilizados no dimensionamento e na distribuição dos pontos
de iluminação pública foram os seguintes:

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Tabela 4 - Parâmetros luminotécnicos conforme o tipo de via – ABNT NBR 5101.

Classe de Volume de Iluminância Média Fator de Uniformidade


Descrição da via
Iluminação Tráfego Mínima (lux) Mínimo

Vias de trânsito rápido: vias


de alta velocidade de tráfego, V1 Intenso 30 0,4
com separação de pistas, sem
cruzamentos em nível e com
controle de acesso; vias de
V2 Médio 20 0,3
trânsito rápido em geral;
autoestradas:

Vias arteriais: vias de alta V1 Intenso 30 0,4


velocidade de tráfego com
separação de pistas; vias de
mão dupla, com cruzamentos
e travessias de pedestres
eventuais em pontos bem
V2 Médio 20 0,3
definidos; vias rurais de mão
dupla com separação por
canteiro ou obstáculo:

Vias coletoras: vias de tráfego V2 Intenso 20 0,3

importante; vias radiais e


V3 Médio 15 0,2
urbanas de interligação entre
bairros. V4 Leve 10 0,2

V4 Médio 10 0,2

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Vias locais: vias de conexão


menos importante; vias de V5 Leve 5 0,2
acesso residencial:

Vias de uso noturno Intenso


por pedestres (exemplo:
Calçadões, passeios de zonas P1 20 0,3
comerciais)

Vias de grande tráfego


noturno de pedestres
(exemplo: Passeios de
P2 10 0,25
avenidas, praças e área de
lazer)

Vias de uso noturno


moderado por pedestres
(exemplo: passeios, P3 5 0,2
acostamentos)

Vias de pouco uso


por pedestres (exemplo:
passeios de bairros P4 3 0,2
residenciais)

Durante as vistorias, foram efetuadas medições luminotécnicas, em conformidade


com a NBR 5101:2018 e os resultados mostraram que praticamente nenhum tipo de via, na
amostragem realizada, atende aos requisitos normativos. Os resultados dos ensaios podem

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ser vistos na Tabela 4, nos quais foram realizados ensaios em ruas V1 até V5, com lâmpadas
vapor de sódio e de LED.

Tabela 5 – Verificação de iluminância em ruas de Goiânia - refletindo todas as


características por tipo de vias:

MALHA DE MEDIÇÃO DE ILUMINÂNCIA DETALHADA


ENDEREÇO: ALAMEDA PEDRO I QD.119, SETOR FAÇALVILLE.
Nº dos postes: 00324978, 0032498X CLASSIFICAÇÃO DA VIA: V4
LÂMPADAS DE 150W DE VAPOR DE SÓDIO
DISTÂNCIA ENTRE OS POSTES: 41,0 m LARGURA DA VIA: 9 metros
1º FAIXA 16,8 lux 6,9 lux 1,9 lux 6,1 lux 21,2 lux
35,4 lux 8,1 lux 2,3 lux 7,1 lux 35,3 lux
4,5 metros
33,9 lux 7,4 lux 2,5 lux 7,1 lux 32,3 lux
2º FAIXA 27,6 lux 7,3 lux 2,4 lux 6,5 lux 24,9 lux
15,8 lux 5,5 lux 2,2 lux 5,1 lux 13,8 lux
4,5 metros
7,7 lux 3,9 lux 1,9 lux 3,3 lux 7,6 lux
Parâmetros Valores de Valores
Iluminância média mínima 10,0 lux 11,0 lux
Fator de uniformidade mínimo 0,20 0,17

MALHA DE MEDIÇÃO DE ILUMINÂNCIA DETALHADA


ENDEREÇO: AV. DAS FLORES QD 52, RECANTO DAS MINAS GERAIS.
Nº dos postes: 01245284, 07588768 CLASSIFICAÇÃO DA VIA: V3
LÂMPADAS DE 150W DE VAPOR DE SÓDIO
DISTÂNCIA ENTRE OS POSTES: 40m LARGURA DA VIA: 7 metros
CALÇADA 11,2 lux 4,2 lux 0,6 lux 0,3 lux 4,1 lux
8,3 lux 5,4 lux 0,9 lux 0,9 lux 5,6 lux
4,2 metros
1º FAIXA 16,2 lux 6,9 lux 1,4 lux 1,9 lux 7,1 lux
21,6 lux 8,9 lux 1,6 lux 2,1 lux 10,4 lux
3,5 metros
21,6 lux 9,1 lux 1,4 lux 2,3 lux 11,4 lux
2º FAIXA 21,9 lux 9,3 lux 1,5 lux 2,2 lux 10,4 lux
18,5 lux 11,3 lux 1,8 lux 2,4 lux 8,5 lux
3,5 metros
14,1 lux 15,2 lux 1,3 lux 2,2 lux 6,3 lux
Parâmetros Valores de Valores
Iluminância média mínima 15 lux 8,4 lux
Fator de uniformidade mínimo 0,20 0,16
Iluminância mínima para a calçada ≥ 1lux 0,3 lux

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ENDEREÇO: RUA ESPÍRITO SANTO BATISTA PARQUE DAS
Nº dos postes: 01106892, 00016652 CLASSIFICAÇÃO DA VIA: V5
LÂMPADAS DE 70W DE VAPOR DE SÓDIO
DISTÂNCIA ENTRE OS POSTES: 35,7m LARGURA DA VIA: 6 metros
CALÇADA 4,3 lux 0,9 lux 0,3 lux 0,6 lux 1,9 lux
5,4 lux 1,0 lux 0,3 lux 0,6 lux 4,0 lux
4,6 metros
1º FAIXA 5,6 lux 1,2 lux 0,4 lux 0,7 lux 5,3 lux
5,3 lux 1,1 lux 0,4 lux 0,7 lux 5,3 lux
3 metros
4,4 lux 1,0 lux 0,4 lux 0,8 lux 4,6 lux
2º FAIXA 4,0 lux 1,0 lux 0,4 lux 0,8 lux 4,2 lux
3,0 lux 0,8 lux 0,4 lux 0,8 lux 3,4 lux
3 metros
2,3 lux 0,8 lux 0,4 lux 0,8 lux 2,6 lux
Parâmetros Valores de Valores
Iluminância média mínima 5,0 2,1 lux
Fator de uniformidade mínimo 0,20 0,19
Iluminância mínima para a calçada ≥ 1lux 1,9 lux

MALHA DE MEDIÇÃO DE ILUMINÂNCIA DETALHADA


ENDEREÇO: AV. ANHAGUERA QD.43, BAIRRO IPIRANGA
Nº dos postes: 15954456, 15945467 CLASSIFICAÇÃO DA VIA: V1
LÂMPADAS DE 400W DE VAPOR DE SÓDIO
DISTÂNCIA ENTRE OS POSTES: 37,4m LARGURA DA VIA: 15 metros
CALÇADA 29,1 lux 8,5 lux 3,2 lux 13,2 lux 45,9 lux
1º FAIXA 69,7 lux 11,8 lux 4,6 lux 20,3 lux 94,4 lux
94,3 lux 14,4 lux 5,7 lux 24,1 lux 153,9 lux
4,5metros
101,8 lux 15,3 lux 6,5 lux 26,1 lux 173,9 lux
2ºFAIXA 97,4 lux 14,9 lux 6,7 lux 25,7 lux 165,5 lux
79,3 lux 14,8 lux 7,2 lux 24,0 lux 130,8 lux
3 metros
60,3 lux 14,5 lux 7,0 lux 21,4 lux 94,2 lux
3ºFAIXA 43,1 lux 13,1 lux 6,8 lux 20,0 lux 59,1 lux
28,7 lux 12,9 lux 6,7 lux 15,9 lux 40,4 lux
3,5 metros
23,0 lux 11,7 lux 4,9 lux 15,3 lux 34,2 lux
Parâmetros Valores de Valores
Iluminância média mínima 30 42,6 lux
Fator de uniformidade mínimo 0,40 0,11
Iluminância mínima para a calçada ≥ 1lux 10,0 Lux

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ENDEREÇO: RUA DONA MORENA QD. 53, JARDIM CURITIBA
Nº dos postes: 01168381, 01168435 CLASSIFICAÇÃO DA VIA: V4
LÂMPADAS DE 250W DE VAPOR DE SÓDIO
DISTÂNCIA ENTRE OS POSTES: 38,4m LARGURA DA VIA: 8 metros
CALÇADA
3,3 metros 3,6 lux 9,2 lux 7,6 lux 9,3 lux 20,2 lux
6,6 lux 10,2 lux 6,6 lux 10,1 lux 31,0 lux
1º FAIXA
11,7 lux 8,1 lux 6,3 lux 12,4 lux 49,8 lux
18,5 lux 6,6 lux 5,5 lux 13,3 lux 53,0 lux
2º FAIXA
18,5 lux 6,4 lux 4,9 lux 11,3 lux 43,1 lux
14,3 lux 4,5 lux 3,7 lux 8,5 lux 26,5 lux
8,3 lux 3,8 lux 2,8 lux 6,7 lux 18,0 lux
Parâmetros
Valores Valores
Iluminância média mínima 10,0 lux 9,6 lux
Fator de uniformidade mínimo 0,20 0,29
Iluminância mínima para a calçada ≥ 1lux 5,0 lux

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ENDEREÇO: Av. Boulevard Conde dos Arcos QD. 12, GOIANIA 2.
Nº dos postes: 01106892, 01951488 CLASSIFICAÇÃO DA VIA: V3
LÂMPADAS DE 150W DE VAPOR DE SÓDIO
DISTÂNCIA ENTRE OS POSTES: 35m LARGURA DA VIA: 9 metros
CALÇADA 10,7 lux 5,3 lux 2,1 lux 3,7 lux 9,7 lux
1º FAIXA 19,6 lux 5,2 lux 2,2 lux 4,4 lux 13,4 lux
26,3 lux 6,1 lux 2,4 lux 5,3 lux 18,3 lux
2,5 metros
30,0 lux 6,8 lux 2,7 lux 6,0 lux 20,7 lux
2ºFAIXA 31,2 lux 7,1 lux 2,8 lux 6,3 lux 21,5 lux
32,0 lux 7,6 lux 3,3 lux 6,6 lux 21,5 lux
3,25 metros
28,6 lux 8,2 lux 3,5 lux 6,6 lux 20,4 lux
3ºFAIXA 26,5 lux 8,4 lux 4,0 lux 6,7 lux 19,2 lux
21,6 lux 8,4 lux 4,7 lux 6,8 lux 16,5 lux
3,25 metros
15,6 lux 7,7 lux 4,9 lux 6,5 lux 13,9 lux
Parâmetros Valores de Valores
Iluminância média mínima 10,0 lux 12,2 lux
Fator de uniformidade mínimo 0,20 0,18
Iluminância mínima para a calçada ≥ 1lux 3,2 lux

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ENDEREÇO: RUA F25 QD. 67, SETOR FALÇALVILLE.
Nº dos postes: 04302424, 04302436 CLASSIFICAÇÃO DA VIA: V5
LÂMPADAS DE 70W DE VAPOR DE SÓDIO
DISTÂNCIA ENTRE OS POSTES: 38,0 m LARGURA DA VIA:7 metros
1º FAIXA 7,2 lux 2,9 lux 1,2 lux 2,0 lux 7,7 lux
10,3 lux 2,8 lux 1,2 lux 1,8 lux 9,1 lux
3,5 metros
10,3 lux 2,4 lux 0,9 lux 1,8 lux 9,6 lux
2º FAIXA 9,8 lux 2,3 lux 0,9 lux 1,8 lux 9,1 lux
8,1 lux 2,0 lux 0,8 lux 1,5 lux 7,2 lux
3,5 metros
6,3 lux 1,8 lux 0,8 lux 1,4 lux 7,6 lux
Parâmetros Valores de Valores
Iluminância média mínima 5,0 lux 2,7 lux
Fator de uniformidade mínimo 0,20 0,30

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ENDEREÇO: AV. DO POVO, JARDIM CURITIBA
Nº dos postes: 01106892, 01951488 CLASSIFICAÇÃO DA VIA: V2
LÂMPADAS DE 180W LED
DISTÂNCIA ENTRE OS POSTES: 40m LARGURA DA VIA: 13 metros
CALÇADA 5,7 lux 2,1 lux 1,1 lux 2,6 lux 6,1 lux
4,5 lux 1,3 lux 0,5 lux 1,6 lux 3,1 lux
4,5 metros
1º FAIXA 15,7 lux 5,1 lux 3,6 lux 6,8 lux 14,7 lux
30,9 lux 8,5 lux 5,7 lux 11,3 lux 29,3 lux
2,2metros
49,2 lux 11,9 lux 7,8 lux 16,6 lux 48,5 lux
2ºFAIXA 55,9 lux 13,5 lux 8,6 lux 19,1 lux 56,3 lux
61,4 lux 15,0 lux 10,6 lux 22,1 lux 62,5 lux
3 metros
58,9 lux 16,2 lux 11,8 lux 22,3 lux 59,2 lux
3ºFAIXA 37,1 lux 18,3 lux 12,7 lux 19,5 lux 41,2 lux
47,1 lux 21,3 lux 12,9 lux 21,1 lux 48,3 lux
3,5 metros
58,7 lux 23,4 lux 12,7 lux 21,3 lux 59,4 lux
Parâmetros Valores de Valores
Iluminância média mínima 20,0 lux 27,0 lux
Fator de uniformidade mínimo 0,30 0,13
Iluminância mínima para a calçada ≥ 1lux 2,9 lux

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ENDEREÇO: AV. SÃO FRANCISCO QD. 40, SETOR SANTA GENOVEVA
Nº dos postes: 0346166X, 0438403 CLASSIFICAÇÃO DA VIA: V2
LÂMPADAS DE 180W LED
DISTÂNCIA ENTRE OS POSTES: 37,4m LARGURA DA VIA: 8,5 metros
1º FAIXA 15,2 lux 6,0 lux 4,5 lux 6,8 lux 13,5 lux
23,0 lux 7,2 lux 4,9 lux 9,1 lux 25,5 lux
2 metros
45,3 lux 8,9 lux 5,5 lux 14,1 lux 43,8 lux
2º FAIXA 60,6 lux 11,0 lux 6,2 lux 16,3 lux 54,5 lux
74,3 lux 18,0 lux 8,1 lux 19,7 lux 64,9 lux
3,5 metros
71,4 lux 20,7 lux 10,2 lux 20,9 lux 62,3 lux
3º FAIXA 66,0 lux 20,7 lux 10,7 lux 20,7 lux 59,0 lux
55,7 lux 20,1 lux 12,0 lux 22,1 lux 51,0 lux
3 metros
46,6 lux 17,8 lux 14,4 lux 23,0 lux 45,4 lux
Parâmetros Valores de Valores
Iluminância média mínima 20 27,5 lux
Fator de uniformidade mínimo 0,30 0,16

MALHA DE MEDIÇÃO DE ILUMINÂNCIA DETALHADA


ENDEREÇO: AV. ANHAGUERA QD.23, BAIRRO CAPUAVA
Nº dos postes: 01841063, 01841075 CLASSIFICAÇÃO DA VIA: V1
LÂMPADAS DE 400W DE VAPOR DE SÓDIO
DISTÂNCIA ENTRE OS POSTES: 37,4m LARGURA DA VIA: 15 metros
CALÇADA 58,4 lux 11,4 lux 2,2 lux 7,1 lux 32,2 lux
1º FAIXA 137,8 lux 18,9 lux 5,0 lux 12,1 lux 88,4 lux
180,3 lux 24,1 lux 4,7 lux 14,2 lux 107,3 lux
4,5metros
186,3 lux 28,2 lux 5,7 lux 14,5 lux 96,0 lux
2º FAIXA 173,6 lux 27,6 lux 5,9 lux 14,8 lux 83,3 lux
128,2 lux 26,6 lux 6,5 lux 14,3 lux 62,0 lux
3 metros
87,8 lux 24,7 lux 5,7 lux 13,3 lux 43,8 lux
3º FAIXA 57,6 lux 16,2 lux 6,2 lux 12,9 lux 29,6 lux
40,9 lux 16,6 lux 6,3 lux 11,2 lux 23,2 lux
3,5 metros
34,0 lux 15,1 lux 6,6 lux 10,2 lux 22,1 lux
Parâmetros Valores de Valores
Iluminância média mínima 30 43,3 lux
Fator de uniformidade mínimo 0,4 0,11
Iluminância mínima para a calçada ≥ 1lux 11,1 Lux

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ENDEREÇO: RUA 1012, PARQUE ATHENEU
Nº dos postes: 00324978, 0032498x CLASSIFICAÇÃO DA VIA: V5
LÂMPADAS DE 70W DE VAPOR DE SÓDIO
DISTÂNCIA ENTRE OS POSTES: 41,0 m LARGURA DA VIA: 7 metros
1º FAIXA 7,7 Lux 3,9 Lux 2,1 Lux 4,0 Lux 8,3 Lux
11,1 Lux 4,4 Lux 2,3 Lux 4,9 Lux 8,9 Lux
3 metros
14,3 Lux 4,5 Lux 2,5 Lux 5,3 Lux 12,9 Lux
2º FAIXA 14,7 Lux 5,0 Lux 2,6 Lux 2,7 Lux 13,8 Lux
13,0 Lux 5,4 Lux 2,7 Lux 6,0 Lux 13,3 Lux
3 metros
10,8 Lux 5,2 Lux 2,5 Lux 6,2 Lux 10,5 Lux
Parâmetros Valores de Valores
Iluminância média mínima 5,0 lux 4,7 Lux
Fator de uniformidade mínimo 0,20 0,45

MALHA DE MEDIÇÃO DE ILUMINÂNCIA DETALHADA


ENDEREÇO: RUA F25 QD. 67, SETOR FALÇALVILLE.
Nº dos postes: 04302424, 04302436 CLASSIFICAÇÃO DA VIA: V5
LÂMPADAS DE 70W DE VAPOR DE SÓDIO
DISTÂNCIA ENTRE OS POSTES: 38,0 m LARGURA DA VIA: 7 metros
1º FAIXA 7,2 lux 2,9 lux 1,2 lux 2,0 lux 7,7 lux
10,3 lux 2,8 lux 1,2 lux 1,8 lux 9,1 lux
3,5 metros
10,3 lux 2,4 lux 0,9 lux 1,8 lux 9,6 lux
2º FAIXA 9,8 lux 2,3 lux 0,9 lux 1,8 lux 9,1 lux
8,1 lux 2,0 lux 0,8 lux 1,5 lux 7,2 lux
3,5 metros
6,3 lux 1,8 lux 0,8 lux 1,4 lux 7,6 lux
Parâmetros Valores de Valores
Iluminância média mínima 5,0 lux 2,7 lux
Fator de uniformidade mínimo 0,20 0,30
Fonte: SEINFRA / DIRSER.

A partir dos registros elencados é perceptível que mesmo utilizando tecnologia LED,
mas sem se atentar aos critérios técnicos necessários, pode não se atender aos requisitos
mínimos normativos. Diante o exposto, pode-se perceber que é urgente e essencial que a
Administração invista na manutenção e modernização do sistema de iluminação pública da
cidade para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e garantir um ambiente mais seguro e
sustentável.

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5. DESCRIÇÃO DA SOLUÇÃO COMO UM TODO

O interesse público caracterizado por este estudo se consubstancia na substituição de


100% dos 167.247 (cento e sessenta e sete mil e duzentos e quarenta e sete) pontos de
iluminação pública com luminárias convencionais (vapor de sódio, mercúrio e metálica) por
luminárias com lâmpadas LED. Como já exposto anteriormente, esta substituição segue a
tendência de modernização do parque de iluminação constante nas cidades brasileiras e
corrobora com a gestão pública voltada para a eficiência, redução de custo e prestação de
serviço público de qualidade.

O objeto a ser licitado com base em suas características, possui natureza não
continuada. Os serviços são considerados comuns de engenharia pois enquadram-se na
classificação nos termos do art. 6°, inciso XXI, alínea “a” da Nova Lei de Licitações e Contratos
(NLLC):

Art. 6° Para os fins desta Lei, consideram-se:


XXI - serviço de engenharia: toda atividade ou conjunto de atividades destinadas a obter
determinada utilidade, intelectual ou material, de interesse para a Administração e que, não
enquadradas no conceito de obra a que se refere o inciso XII do caput deste artigo, são
estabelecidas, por força de lei, como privativas das profissões de arquiteto e engenheiro ou
de técnicos especializados, que compreendem:
a) serviço comum de engenharia: todo serviço de engenharia que tem por objeto ações,
objetivamente padronizáveis em termos de desempenho e qualidade, de manutenção, de
adequação e de adaptação de bens móveis e imóveis, com preservação das características
originais dos bens; (Grifo nosso)

Os serviços serão prestados por empresa especializada no ramo, devidamente


regulamentada e autorizada pelos órgãos competentes, em conformidade com os
instrumentos normativos e com a legislação vigente. Os serviços e produtos que serão
contratados são facilmente encontrados no mercado local e já são amplamente utilizados em
outras instituições, não existindo restrição de fornecedores. Serão realizados os seguintes
serviços:

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I. Substituição de todas as luminárias a vapor de sódio, mercúrio, metálico e misto


existentes no parque de iluminação pública da cidade por novas com tecnologia LED;

II. Substituição da alimentação e cabeamento de energia elétrica dos pontos de


iluminação pública, incluída a retirada dos conectores e cabeamento anterior,
fornecimento e instalação de novos;

III. Recolhimento, armazenamento e transporte dos componentes retirados do sistema


de iluminação pública.

IV. Coleta, descontaminação (separação do mercúrio dos demais componentes das


lâmpadas), transporte e destinação final dos resíduos e componentes das lâmpadas de
vapor de mercúrio, vapor de sódio, vapor metálico e vapor misto, quebradas ou com
mal funcionamento.

V. Substituição de braços/suportes comuns instalados ao longo das principais avenidas


da cidade por braços ornamentais, com características estéticas que valorizem a beleza
da cidade;

VI. Expansão do parque de iluminação pública de Goiânia em aproximadamente 4% no


período de 12 meses de execução dos serviços, considerando a instalação de braços
convencionais, que foram substituídos pelos braços ornamentais, de luminárias LED
juntamente com alimentação e cabeamento.

Para garantir que o atual parque luminotécnico seja substituído sem prejuízo à
intensidade luminosa já instalada, foi necessário encontrar luminárias LED com fluxo luminoso
equivalentes ou superiores às das atuais lâmpadas de vapor de sódio, mercúrio, metálico e
misto.

Segue abaixo as características das lâmpadas que serão substituídas comparadas com
as características das luminárias LED.

Tabela 6 - Características das lâmpadas de vapor de mercúrio.

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Potência (W) Fluxo luminoso (lm) Eficiência Vida útil (hrs) IRC (%) Temperatura
luminosa (lm/W) de cor (K)
70 3500
80 4000
125 6250 50 9.000 - 15.000 < 48 3500 - 4500
250 12500
400 20000
Fonte: Adaptado de MORAIS (2021).

Tabela 7 - Características das lâmpadas de vapor de sódio.

Potência (W) Fluxo luminoso (lm) Eficiência Vida útil (hrs) IRC (%) Temperatura
luminosa (lm/W) de cor (K)
70 5600
80 6400
125 10000 80 18.000 - 32.000 < 25 2000
250 20000
400 32000
Fonte: Adaptado de MORAIS (2021).

Tabela 8 - Características das lâmpadas de vapor metálico.

Potência (W) Fluxo luminoso (lm) Eficiência Vida útil (hrs) IRC (%) Temperatura
luminosa (lm/W) de cor (K)
70 5600
80 4000
125 6250 80 8.000 - 12.000 < 85 3000 - 6000
250 12500
400 20000
Fonte: Adaptado de MORAIS (2021).

Tabela 9 - Características das lâmpadas de vapor misto.

Potência (W) Fluxo luminoso (lm) Eficiência Vida útil (hrs) IRC (%) Temperatura
luminosa (lm/W) de cor (K)
160 3200 20 6.000 < 30 3000
250 5000 20 6.000 < 30 3000
500 14000 20 6.000 < 30 3000
Fonte: SEINFRA/DIRSER.

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Tabela 10 - Características das lâmpadas LED.

Fluxo luminoso Eficiência


Potência (W) luminosa Vida útil (hrs) IRC (%) Temperatura
mínimo (lm) de cor (K)
mínima (lm/W)
50 7950 159
60 9850 164
100 16450 164 ≥ 100.000 > 70 5000
150 25150 167
200 33450 167
240 40200 167
Fonte: SEINFRA/DIRSER.

Com base nas Tabelas 06 a 09 se decidiu pela substituição das lâmpadas de vapor de
sódio, mercúrio, metálico e misto para luminárias com tecnologia LED, nas seguintes
características:

I. Luminária para iluminação pública convencional, com lâmpada de vapor misto de


160W; lâmpada vapor de mercúrio de 70W; vapor de sódio de 70W; e lâmpada vapor
metálico 70W, por luminária LED de 50W.

II. Luminária para iluminação pública convencional, com lâmpada de vapor misto de
250W; lâmpada vapor de mercúrio de 80W, 125W e 150W; vapor de sódio de 70W e
100W; e lâmpada vapor metálico 100W, por luminária LED de 60W.

III. Luminária para iluminação pública convencional, com lâmpada de vapor misto de
500W, lâmpada vapor de mercúrio de 250W, vapor de sódio de 150W e lâmpada vapor
metálico 150W, por luminária LED de 100W.

IV. Luminária para iluminação pública convencional, com lâmpada vapor de sódio de
250W e lâmpada vapor metálico 250W, por luminária LED de 150W.

V. Luminária para iluminação pública convencional, com lâmpada vapor de mercúrio de


400W, vapor de sódio de 400W e lâmpada vapor metálico 400W e 1000W, por
luminária LED de 200W.

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VI. Luminária para iluminação pública convencional, com lâmpada vapor de sódio de
400W e 1000W, por luminária LED de 240W, em rodovias.

6. JUSTIFICATIVAS PARA O PARCELAMENTO EM LOTES

Os serviços de engenharia em iluminação pública envolvem diversas etapas e


atividades interdependentes, como fornecimento de materiais, instalação e manutenção e
dos sistemas de iluminação. Em vista disso da necessidade da integração e coerência entre os
materiais fornecidos e os serviços executados, torna-se inviável o parcelamento da
contratação em itens e consequentemente a adoção do critério de julgamento menor preço
por item. Entretanto, devido à grande dimensão territorial, ao elevado número de pontos
luminosos espalhados na área urbanizada de Goiânia, o que inclui as rodovias federais e
estaduais e aos altos dispêndios que serão necessários nos serviços de substituição das
luminárias é visto como prejudicial à competitividade da contratação esta ser realizada
adotando-se o critério menor preço global.

Como forma de ponderação entre os dois critérios supracitados, além de facilitar a


execução dos serviços contratados e ampliar a competição, em atendimento ao art. 40, § 2º
da NLLC, a presente contratação será dividida em sete lotes, os quais correspondem às sete
regiões do município (Campinas Centro, Norte, Leste, Sul, Oeste, Noroeste e Sudoeste),
conforme a Figura 4 abaixo.

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Figura 4 – Mapa das regiões/ lotes do Município de Goiânia.

Fonte: SEINFRA/DIRSER.

A divisão em lotes favorece que todas as etapas e atividades sejam executadas de


forma integrada e coerente, evitando problemas de coordenação e assegurando a eficiência
e a qualidade da execução, visto que todas as etapas da execução dos serviços serão
executadas pela mesma empresa, tendo estas uma visão mais abrangente do escopo e
poderão planejar melhor a execução dos serviços. Além de atrair maior competitividade entre
os licitantes e obter preços mais vantajosos, pois agrupa serviços similares ou
complementares em lotes, facilita a gestão e o controle dos contratos, pois a concentração

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dos serviços em um menor número de contratos permite uma supervisão mais eficiente,
fiscalização mais rigorosa e controle mais adequado dos serviços, garantindo a conformidade
com as especificações técnicas e os prazos estabelecidos.

O parcelamento também se apresenta como benéfico pelo fato de permitir a


participação de empresas de pequeno e médio porte, que por ventura não possuam
capacidade técnica-operacional para executar a contratação como um todo.

7. ESTIMATIVAS DAS QUANTIDADES E DO VALOR DA CONTRATAÇÃO

Para a substituição de 100% (cem por cento) das luminárias com lâmpadas vapor de
sódio, mercúrio, metálico e misto serão necessárias as seguintes quantidades de luminárias
LED nas potências determinadas abaixo:

Figura 5 – Quantitativo de lâmpadas por lote/região do município.

Fonte: SEINFRA/DIRSER

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Tabela 11 - Quantitativo de luminárias LED que substituirão as lâmpadas


convencionais por lote.
Tipo de Lote I - Lote II - Lote III - Lote IV - Lote V - Lote VI - Lote VII -
TOTAL
Lâmpada Centro Leste Noroeste Norte Oeste Sudoeste Sul
Lâmpada
1.129 1.423 1.417 1.722 2.131 2.298 753 10.873
LED 50W
Lâmpada
9.159 11.863 11.451 14.010 16.970 18.360 6.080 87.893
LED 60W
Lâmpada
2.763 3.845 1.673 2.030 2.017 3.507 3.908 19.743
LED 100W
Lâmpada
6.414 5.636 2.727 5.495 3.425 7.180 7.719 38.596
LED 150W
Lâmpada
1.541 1.931 405 496 561 485 931 6.350
LED 200W
Lâmpada
220 683 168 1.340 719 460 202 3.792
LED 240W
TOTAL 21.226 25.381 17.841 25.093 25.823 32.290 19.593 167.247

Fonte: SEINFRA/DISER.

Tabela 12 – Quantitativo de luminárias LED para expansão do sistema de iluminação


pública por lote.
Tipo de Lote I - Lote II - Lote III - Lote IV - Lote V - Lote VI - Lote VII -
TOTAL
Lâmpada Centro Leste Noroeste Norte Oeste Sudoeste Sul
Lâmpada
87 28 53 53 6 44 84 355
LED 50W
Lâmpada
707 237 425 427 51 353 678 2.878
LED 60W
Lâmpada
213 77 62 62 6 67 436 923
LED 100W
Lâmpada
495 113 101 168 10 138 861 1.886
LED 150W
Lâmpada
119 39 15 15 2 9 104 303
LED 200W
Lâmpada
17 14 6 41 2 9 23 112
LED 240W
TOTAL 1.638 508 662 766 77 620 2.186 6.457
Fonte: SEINFRA/DIRSER.

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A seleção dos preços referenciais teve como fundamento a Instrução Normativa


SEMAD nº 001/2022. Desse modo, considerando a ordem de prioridade em conformidade
com o artigo 8º da citada instrução, foram adotados os seguintes sistemas referenciais de
custos para composição do preço estimado:

a) Composição de custos unitários menores ou iguais à mediana do item


correspondente do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil –
SINAPI;

b) Composição de custos do item correspondente da Tabela de Preços da GOINFRA;

c) Contratações similares realizadas pela Administração Pública, em execução ou


concluídas no período de 1 (um) ano anterior à data da pesquisa de preços, inclusive mediante
sistema de registro de preços, observado o índice de atualização de preços correspondente;

d) Pesquisa direta com fornecedores, materializada pela solicitação formal de cotação.

Entretanto, para as luminárias LED não foi utilizada os insumos constantes nas Tabelas
SINAPI pelo fato das especificações constantes no referencial não atendem as especificações
exigidas pela Administração. Pretende-se nesse item justificar a não adoção do critério
previsto no citado normativo.

A característica mais discrepante entre elas é a eficiência luminosa, a qual reflete o


fluxo luminoso produzido pela luminária comparado com a potência consumida necessária
para essa emissão de luz. Com o advento da utilização das luminárias LED, a nível nacional,
por volta dos anos de 2014 e 2015, as luminárias LED encontradas no mercado possuíam uma
classificação de eficiência luminosa em torno de 80 a 100 Lm/W (sendo lm unidade para fluxo
luminoso e W unidade para potência elétrica consumida). Não havia até aquele momento uma
regulamentação para definição de critérios de aceitabilidade destes equipamentos de
iluminação pelo mercado brasileiro. Além disso, a vida útil declarada pelos fabricantes destes
equipamentos, era repassada sem comprovação técnica de laboratórios qualificados, diante
da inexistência de uma entidade regulamentadora e fiscalizadora até aquele momento.

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Com a crescente demanda da utilização das luminárias LED no cenário da iluminação


pública nacional, as luminárias foram regulamentadas pelo Inmetro, através da Portaria n° 20,
de 15 de fevereiro de 2017, que entrou em vigor apenas em 20 de agosto de 2019, depois
revogada pela Portaria nº 62, de 17 de fevereiro de 2022. Esta regulamentação fixou os
parâmetros mínimos a serem exigidos para a comercialização de luminárias LED no mercado
nacional. Dentro destas exigências foi destacada a eficiência luminosa da luminária de no
mínimo 100 Lm/W e a vida útil mínima de 50.000 horas. Porém, no decorrer dos anos, a
tecnologia das luminárias não parou de avançar, e hoje encontramos especificações técnicas
em luminárias LED atualmente comercializadas que ultrapassam em muito as exigências
mínimas estabelecidas pela portaria nº 62 do INMETRO.

No âmbito da eficientização energética, vem sendo buscado pelas administrações


públicas municipais produtos de iluminação que refletem muita economia gerada, através de
altos valores de eficiência luminosa e vida útil. A redução de custos com a implantação e a
manutenção em iluminação pública se torna bem vantajosa nesse contexto, garantindo
reinvestimentos na área da própria iluminação pública ou mesmo investimentos em outras
áreas. Nos projetos de eficientização e modernização atuais em iluminação pública é cada vez
mais comum observarmos a presença da exigência de altos valores referenciais para a
eficiência luminosa e vida útil dos conjuntos de iluminação.

Para a implantação das obras de eficientização em iluminação pública a economia


gerada comprovada requerida pelos órgãos públicos, na maioria das vezes, gira em torno de
40 a 60%, tal como demonstram a maioria dos editais de iluminação pública publicados
atualmente. Em se tratando de custos do investimento de eficientização de iluminação, existe
uma grande variação de valores dos equipamentos de iluminação, conforme os valores de
eficiência luminosa, vida útil e garantia das luminárias. É provável esta diferença de valores
encontrados, sob forma de cotações de mercado realizadas por empresas especializadas em
iluminação pública.

Um problema que precisa ser relatado é o da padronização dos preços destes


equipamentos de iluminação, mediante os preços constantes na tabela de preços SINAPI. Esta
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tabela traz consigo descrições técnicas simplistas, que não ilustram as especificações técnicas
mais importantes a serem exigidas nos equipamentos de iluminação, além do que os preços
destes insumos correspondem aos preços praticados para equipamentos luminosos de pouca
eficiência, vida útil e garantia. Como forma de comparação entre as luminárias LED descritas
na Tabela SINAPI e as disponíveis no mercado atual, apresentamos abaixo o insumo
exemplificativo de código 42248: LUMINARIA DE LED PARA ILUMINACAO PUBLICA DE 181W
ATE 239W INVOLUCRO EM ALUMINIO OU ACO INOX, que possui valor unitário de R$647,42
conforme referência 07/2023.

Tabela 13 – Comparação entre as luminárias LED SINAPI e modelo disponível no mercado.

DIFERENÇAS DE
CARACTERÍSTICAS
TÉCNICAS ENTRE AS
TECNOLOGIAS DE
LUMINÁRIAS DE MESMA ESPECIFICAÇÃO SINAPI LUMINÁRIA PÚBLICA LED
POTÊNCIA ESPECIFICAÇÃO PROPOSTA

Potência elétrica 200 W 200 W

Eficiência 100 lm/W 167 lm/W

Temperatura de cor 4000 K / 5000 K 5000 K

Vida útil 50.000 h 100.000 h

Através das cotações de mercado, podemos comprovar que uma luminária cujo pedido
de cotação traz consigo especificações de qualidade em torno da eficiência luminosa mínima
de 167 lm/W, da garantia mínima de 5 anos e da vida útil mínima de 100.000 horas, potência
consumida de 200W, tem o preço referencial de RS 897,79. Analisando o custo por lúmen,
que reflete qual o valor está sendo desembolsado por cada lúmen de fluxo luminoso encontra-
se o valor de 0,0324 R$/lm para a luminária LED SINAPI e o valor de 0,0269 R$/lm para a

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luminária proposta. Isso comprova que a exigência por uma eficiência luminosa maior traz
economia para os cofres públicos pois estarão sendo empenhados menos recursos para
qualidade luminosa igual ou superior.

8. DEMONSTRATIVO DOS RESULTADOS PRETENDIDOS

Com a conclusão dos serviços de substituição de todo o parque e iluminação pública


do município por luminária LED estima-se uma economia mensal de 40,55% no consumo de
energia elétrica, conforme detalhado na Memória de Cálculo da Economia de Energia. Além
da economia anual de consumo, com o aumento da vida útil das luminárias, presume-se uma
economia ainda maior com a redução da frequência de manutenção e substituição destas.

A vantajosidade da presente contratação se mostra inegável na comparação do


investimento que será empreendido na substituição das luminárias com a economia do
consumo de energia. A calcularmos o payback, índice econômico que mede quanto tempo
leva para recuperar o dinheiro investido em um determinado projeto ou aplicação, encontra-
se que todo o recurso empenhado na contratação será retornado em 9,44 anos apenas com
a redução do consumo de energia elétrica, sem considerar a economia em manutenção do
sistema.

9. CONTRATAÇÕES CORRELATAS E PROVIDÊNCIAS ADOTADAS PELA ADMINISTRAÇÃO

O parque de iluminação pública do município, por força do art. 30 da CF/88 e da Lei


Federal n° 8.987/95, é mantido e gerido pela Prefeitura Municipal de Goiânia, por meio da
Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos. Atualmente, a manutenção e
expansão do sistema se dá diretamente por este órgão, por meio da aquisição de materiais e
equipamentos por meio de procedimentos licitatórios e a mão de obra é própria da pasta.

Devido às luminárias hoje instaladas estarem, em grande parte, no fim de sua vida útil,
estas demandam elevada periodicidade de reparos e substituições, elevando o custo de
manutenção do parque luminotécnico. Com a presente contratação, pretende-se modernizar

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a iluminação pública do município, por meio de uma tecnologia consolidada e testada


extensivamente em vários municípios no Brasil.

Ademais, busca-se, em paralelo, a realização de pesquisas e estudos para, no futuro,


caso seja entendido como viável técnico e economicamente, implementar telegestão e
dimerização nos pontos luminosos. A telegestão, segundo Guedes (2022), “consiste em um
gerenciamento remoto dos pontos de iluminação, permitindo o acompanhamento em tempo
real dos parâmetros de funcionamento”. De acordo com Oliveira (2022), as luminárias de LED
podem ser equipadas com drivers que permitem a dimerização (ajuste da intensidade
luminosa) e o controle de forma remota, onde todos os dispositivos estão conectados entre
si, através de uma rede de pontos onde existe a telegestão.

Figura 6 – Modelo de sistema de telegestão.

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Entre os benefícios desse sistema, elencados por Guedes (2022), estão: (a)
possibilidade de ligar/desligar remotamente em horários pré-definidos; (b) diminuir a
intensidade luminosa em horários de baixo fluxo; (c) identificação de falhas, onde pode se
verificar lâmpadas desligadas no período noturno ou ligadas durante o dia; (d) indicadores de
qualidade do serviço como por exemplo, tempo médio de atendimento das solicitações,
percentual de lâmpadas que não estão funcionando; (e) otimização da logística da equipe de
manutenção, dentre outros.

Para que a presente contratação seja planejada e executada em conformidade com os


requisitos legais a Administração tomará as seguintes providências previamente ao contrato:

a) Definição de equipe técnica para elaboração do Projeto Básico e documentos


correlatos;

b) Designação de grupo de trabalho para estudos e planejamento da contratação do


sistema de telegestão;

c) Definições dos servidores que farão parte da equipe de fiscalização e gestão contratual
ficando recomendada que a fiscalização do contrato seja exercida por servidor
específico para cada lote;

d) Capacitação dos fiscais e gestores a respeito do tema objeto da contratação;

e) Definição de planos de trabalho com vistas à boa execução contratual;

f) Acompanhamento rigoroso das ações previstas para melhoria, modernização e


expansão do parque de iluminação pública de Goiânia.

Em virtude da possibilidade futura de implantação do Sistema de Telegestão em


Goiânia, em tempo, resolveu-se que traria mais economicidade ao município aprimorar o
estudo realizado especificando luminárias com tecnologia led preparadas para telegestão,
pois dessa forma não teria a necessidade de troca de drives e a tomada de 03 para 07 pinos,

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o que permitirá escolher luminárias de maior eficiência luminosa devido a utilização de drives
dimerizáveis que admite o controle do seu fluxo luminoso.

Dentro dessa perspectiva foi realizado novas cotações de mercado utilizando


especificações de luminárias preparadas para telegestão, conforme citado acima.

Diante disso, foi observado que houve redução dos custos do projeto, resultando em
tecnologia led aprimoradas e eficientes com valores inferiores ao estudo anterior, cumprindo
o princípio da vantajosidade, viabilidade e economicidade.

10. PREVISÃO DA CONTRATAÇÃO NO PLANO DE CONTRATAÇÕES ANUAL

Com arrimo no art. 18, da NLLC, a fase preparatória do processo licitatório é


caracterizada pelo planejamento e deve compatibilizar-se com e com as leis orçamentárias e
com o Plano de Contratações Anual, sempre que elaborado, de modo a indicar o seu
alinhamento com o planejamento da Administração.

Embora não houve a elaboração, por parte desse órgão, do referido plano para o
exercício financeiro em curso, informamos que foram consolidadas as demandas previstas
para o ano de 2023, incluindo a prestação de serviços, aquisições de materiais de consumo,
materiais permanentes e outros, bem como a previsão do procedimento licitatório em
questão. Outrossim, a contratação pretendida encontra previsão no contexto do Programa
Goiânia Adiante e no Programa 0020 – Serviços Urbanos, Ação 231 - Serviços de Manutenção,
Ampliação e Modernização da Iluminação Pública, proposto no Plano Plurianual (2022-2025)
cujo objetivo consiste em realizar ações que visem a manutenção, ampliação e modernização
com melhoria dos serviços de iluminação pública proporcionando melhores condições de
vida.

11. POSSÍVEIS IMPACTOS AMBIENTAIS E RESPECTIVAS MEDIDAS MITIGADORAS

A utilização da tecnologia LED na iluminação pública, devido à sua eficiência energética


e longa vida útil é a alternativa mais moderna e sustentável disponível no mercado, conforme

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já descrito no presente estudo. No entanto, é imperioso avaliar os possíveis impactos


ambientais decorrentes do seu uso, juntamente com possíveis medidas para mitigar esses
impactos.

Um aspecto a ser considerado é o descarte adequado das lâmpadas LED ao fim de sua
vida útil. Embora as LEDs tenham uma longa durabilidade, quando se tornam inutilizáveis, é
essencial descartá-las corretamente para evitar a contaminação ambiental. Por serem
compostas, mesmo que em quantidades mínimas, por metais pesados, o descarte incorreto
pode causar poluição do solo e da água. Com isso será necessário estabelecer programas de
reciclagem e conscientização para garantir que as lâmpadas LED sejam devidamente tratadas
após o fim de sua vida útil. Programas esses que de acordo com a União Internacional de
Telecomunicações são muito eficazes, visto que a reciclagem de lâmpadas LED pode ajudar a
reduzir a demanda por matérias-primas em até 60%.

A iluminação pública excessiva, incluindo as lâmpadas LED, contribui para a poluição


luminosa. A intensidade e a direção da luz emitida pelas LEDs podem causar perturbações nos
ecossistemas noturnos, afetando a vida silvestre e saúde humana. Estudos sugerem que a
iluminação excessiva pode desorientar aves noturnas e afetar sua orientação, resultando em
colisões com edifícios, fios elétricos e outros obstáculos. Ademais, a exposição excessiva a
essa luz pode afetar a qualidade do sono, suprimindo a produção de melatonina, o pode levar
a distúrbios do sono, como insônia e fadiga. À vista disso, serão realizados cálculos e medições
para adequar a intensidade luminosa e o espectro de luz emitido pelas lâmpadas LED, a fim
de minimizar os impactos negativos na fauna.

As lâmpadas LED sejam mais eficientes que as convencionais de vapor de sódio e


mercúrio, possuindo uma vida útil maior e consumindo menos energia elétrica. De qualquer
maneira, esses equipamentos demandam uma quantidade considerável de energia, além de
estarem disponíveis no mercado diversos modelos de lâmpadas com diferentes consumos e
eficiências. Em vista disso, buscou-se nessa contratação a aquisição de equipamentos
certificados pelo INMETRO, para garantir a qualidade, eficiência energética e segurança dos

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produtos, além da obrigatoriedade de os equipamentos possuírem o selo do PROCEL, o qual


indica que as luminárias foram submetidas a ensaios para verificar sua eficiência energética,
contribuindo para a redução do consumo elétrico e dos impactos ambientais. Ambos os selos
proporcionam maior confiabilidade à Administração, garantindo a aquisição de produtos
seguros, eficientes e que atendam às necessidades da iluminação pública.

Em conclusão, em atendimento à Lei Municipal n° 9.645/2015, a qual institui o


Programa Licitação Sustentável, é fundamental considerar os impactos ambientais negativos
da utilização de lâmpadas LED na iluminação pública e implementar medidas mitigadoras
correspondentes. Os programas de reciclagem, o controle e planejamento adequado da
iluminação e aquisição de equipamentos certificados pelo Inmetro e pelo PROCEL são
aspectos-chave para minimizar esses impactos adversos, promover o desenvolvimento
sustentável, proteger os ecossistemas, elevar a qualidade de vida da população e garantir um
equilíbrio entre os benefícios e os riscos ambientais da utilização das lâmpadas LED.

12. POSICIONAMENTO CONCLUSIVO SOBRE A ADEQUAÇÃO DA CONTRATAÇÃO

Os estudos preliminares evidenciaram que a contratação em pleito, mostra-se viável


tecnicamente e fundamentadamente necessária. Diante do exposto, declara-se ser viável a
contratação pretendida, mediante procedimento licitatório regular, sendo necessária análise
de viabilidade econômico-financeira e jurídica pelas autoridades competentes para que
possam tomar ciência do ato e demandar as providências cabíveis.

Conforme demonstrado, a iluminação pública baseada na tecnologia LED, tem as


características técnicas e econômicas que a tornam a escolha inequívoca para se alcançar uma
maior eficiência na gestão do parque luminotécnico do Município de Goiânia. Ademais, tem-
se na substituição de 100% (cem por cento) das luminárias convencionais existentes por novas
com tecnologia LED, conforme descrição detalhada no presente estudo, o caminho adequado
para alcançar o resultado proposto e colocar Goiânia a par das principais cidades do país no
quesito iluminação pública.

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Goiânia, 14 de setembro de 2023.

Responsáveis Técnicos:

Eng.ª Eletricista Sara Eugênia B. Ferreira Engº Eletricista Carlos Araújo Costa Filho
Gerência de Iluminação Pública Gerência de Iluminação Pública
CREA nº 9432/D-GO CREA nº 2919/D-GO

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Eletrotécnico Francisco Melo Falcão Neto


Gerente de Operações de Serviços de Infraestrutura Urbana
CFT/CRT-01 nº 24700525134

De acordo:

Warley Johny Santos Souza


Gerente de Iluminação Pública

Aline Cantuária Gomes


Diretora de Serviços de Infraestrutura Urbana

Assinado de forma digital por


DICKSON DOS SANTOS DICKSON DOS SANTOS
GOMES:05742801467 GOMES:05742801467
Dados: 2023.09.15 15:07:56 -03'00'

Dickson dos Santos Gomes


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