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LÍNGUA PORTUGUESA- CONCURSO MAPA

OLÁ CONCURSERIOS (AS)!

COMPREENDER CONCEITOS BÁSICOS DA LÍNGUA PORTUGUESA É UMA VANTAGEM NA


HORA DE RESOLVER QUESTÕES, POR ISSO TROUXE AQUI PARA VOCÊ UM BREVE
RESUMO DE COMO VOCÊ PODE CLASSIFICAR ALGUNS TERMOS IMPORTANTES E
GABARITAR NA HORA DA PROVA. SE LIGA AÍ!

MORFOLOGIA
CONHEÇA AS CLASSES GRAMATICAIS
As palavras podem ser analisadas e catalogadas em dez classes de palavras ou classes gramaticais distintas,
sendo elas: substantivo, artigo, adjetivo, pronome, numeral, verbo, advérbio, preposição, conjunção e
interjeição.

Substantivo
Substantivos são palavras que nomeiam seres, lugares, qualidades, sentimentos, noções, entre outros. Podem
ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (diminutivo, normal,
aumentativo). Exercem sempre a função de núcleo das funções sintáticas onde estão inseridos (sujeito,
objeto direto, objeto indireto e agente da passiva).

TIPOS DE SUBSTANTIVOS

Substantivos simples

 casa;
 amor;
 roupa;
 livro;
 felicidade.

Substantivos compostos

 passatempo;
 arco-íris;
 beija-flor;
 segunda-feira;
 malmequer.

Substantivos primitivos

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 folha;
 chuva;
 algodão;
 pedra;
 quilo.

Substantivos derivados

 território;
 chuvada;
 jardinagem;
 açucareiro;
 livraria.

Substantivos próprios

 Flávia;
 Brasil;
 Carnaval;
 Nilo;
 Serra da Mantiqueira.

Substantivos comuns

 mãe;
 computador;
 papagaio;
 uva;
 planeta.

Substantivos coletivos

 rebanho;
 cardume;
 pomar;
 arquipélago;
 constelação.

Substantivos concretos

 mesa;
 cachorro;
 samambaia;
 chuva;
 Felipe.

Substantivos abstratos

 beleza;
 pobreza;
 crescimento;
 amor;

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 calor.

Substantivos comuns de dois gêneros

 o estudante / a estudante;
 o jovem / a jovem;
 o artista / a artista.

Substantivos sobrecomuns

 a vítima;
 a pessoa;
 a criança;
 o gênio;
 o indivíduo.

Substantivos epicenos

 a formiga;
 o crocodilo;
 a mosca;
 a baleia;
 o besouro.

Substantivos de dois números

 o lápis / os lápis;
 o tórax / os tórax;
 a práxis / as práxis.

Artigo
Artigos são palavras que antecedem os substantivos, determinando a definição ou a indefinição dos mesmos.
Sendo flexionados em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural), indicam também o
gênero e o número dos substantivos que determinam.

TIPOS DE ARTIGOS

Artigos definidos

 o;
 a;
 os;
 as.

Artigos indefinidos

 um;
 uma;
 uns;
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 umas.

Adjetivo

Adjetivos são palavras que caracterizam um substantivo, conferindo-lhe uma qualidade, característica,
aspecto ou estado. Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e
grau (normal, comparativo, superlativo).

TIPOS DE ADJETIVO

Adjetivos simples

 vermelha;
 lindo;
 zangada;
 branco.

Adjetivos compostos

 verde-escuro;
 amarelo-canário;
 franco-brasileiro;
 mal-educado.

Adjetivo primitivo

 feliz;
 bom;
 azul;
 triste;
 grande.

Adjetivo derivado

 magrelo;
 avermelhado;
 apaixonado.

Adjetivos biformes

 bonito;
 alta;
 rápido;
 amarelas;
 simpática.

Adjetivos uniformes

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 competente;
 fácil;
 verdes;
 veloz;
 comum.

Adjetivos pátrios

 paulista;
 cearense;
 brasileiro;
 italiano;
 romeno.

Pronome

Pronomes são palavras que substituem o substantivo numa frase (pronomes substantivos) ou que
acompanham, determinam e modificam os substantivos, atribuindo particularidades e características aos
mesmos (pronomes adjetivos). Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular
e plural) e pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa do discurso).

TIPOS DE PRONOMES

Pronomes pessoais retos

 eu;
 tu;
 ele;
 nós;
 vós;
 eles.

Pronomes pessoais oblíquos

 me;
 mim;
 comigo;
 o;
 a;
 se;
 conosco;
 vos.

Pronomes pessoais de tratamento

 você;
 senhor;
 Vossa Excelência;
 Vossa Eminência.

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Pronomes possessivos

 meu;
 tua;
 seus;
 nossas;
 vosso;
 sua.

Pronomes demonstrativos

 este;
 essa;
 aquilo;
 o;
 a;
 tal.

Pronomes interrogativos

 que;
 quem;
 qual;
 quanto.

Pronomes relativos

 que;
 quem;
 onde;
 a qual;
 cujo;
 quantas.

Pronomes indefinidos

 algum;
 nenhuma;
 todos;
 muitas;
 nada;
 algo.

Numeral

Numerais são palavras que indicam quantidades de pessoas ou coisas, bem como a ordenação de elementos
numa série. Alguns numerais podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino) e número (singular e
plural), outros são invariáveis.

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TIPOS DE NUMERAIS

Numerais cardinais

 um;
 sete;
 vinte e oito;
 cento e noventa;
 mil.

Numerais ordinais

 primeiro;
 vigésimo segundo;
 nonagésimo;
 milésimo.

Numerais multiplicativos

 duplo;
 triplo;
 quádruplo;
 quíntuplo.

Numerais fracionários

 um meio;
 um terço;
 três décimos.

Numerais coletivos

 dúzia;
 cento;
 dezena;
 quinzena.

Verbo
Verbos são palavras que indicam, principalmente, uma ação. Podem indicar também uma ocorrência, um
estado ou um fenômeno. Podem ser flexionados em número (singular e plural), pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa
do discurso), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo), tempo (passado, presente e futuro), aspecto
(incoativo, cursivo e conclusivo) e voz (ativa, passiva e reflexiva).

TIPOS DE VERBOS

Verbos regulares

 cantar;
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 amar;
 vender;
 prender;
 partir;
 abrir.

Verbos irregulares

 medir;
 fazer;
 ouvir;
 haver;
 poder;
 crer.

Verbos anômalos

 ser;
 ir.

Verbos principais

 comer;
 dançar;
 saltar;
 escorregar;
 sorrir;
 rir.

Verbos auxiliares

 ser;
 estar;
 ter;
 haver;
 ir.

Verbos de ligação

 ser;
 estar;
 parecer;
 ficar;
 tornar-se;
 continuar;
 andar;
 permanecer.

Verbos defectivos

 falir;
 banir;

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 reaver;
 colorir;
 demolir;
 adequar.

Verbos impessoais

 haver;
 fazer;
 chover;
 nevar;
 ventar;
 anoitecer;
 escurecer.

Verbos unipessoais

 latir;
 miar;
 cacarejar;
 mugir;
 convir;
 custar;
 acontecer.

Verbos abundantes

 aceitado / aceito;
 ganhado / ganho;
 pagado / pago.

Verbos pronominais essenciais

 arrepender-se;
 suicidar-se;
 zangar-se;
 queixar-se;
 abster-se;
 dignar-se.

Verbos pronominais acidentais

 pentear / pentear-se;
 sentar / sentar-se;
 enganar / enganar-se
 debater / debater-se.

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Advérbio
Advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um advérbio, indicando uma circunstância
(tempo, lugar, modo, intensidade,…). São invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número. Contudo,
alguns advérbios podem ser flexionados em grau.

TIPOS DE ADVÉRBIOS

Advérbio de lugar

 aqui;
 ali;
 atrás;
 longe;
 perto;
 embaixo.

Advérbio de tempo

 hoje;
 amanhã;
 nunca;
 cedo;
 tarde;
 antes.

Advérbio de modo

 bem;
 mal;
 rapidamente;
 devagar;
 calmamente;
 pior.

Advérbio de afirmação

 sim;
 certamente;
 certo;
 decididamente.

Advérbio de negação

 não;
 nunca;
 jamais;
 nem;
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 tampouco.

Advérbio de dúvida

 talvez;
 quiçá;
 possivelmente;
 provavelmente;
 porventura.

Advérbio de intensidade

 muito;
 pouco;
 tão;
 bastante;
 menos;
 quanto.

Advérbio de exclusão

 salvo;
 senão;
 somente;
 só;
 unicamente;
 apenas.

Advérbio de inclusão

 inclusivamente;
 também;
 mesmo;
 ainda.

Advérbio de ordem

 primeiramente;
 ultimamente;
 depois.

Preposição
Preposições são palavras que estabelecem conexões com vários sentidos entre dois termos da oração.
Através de preposições, o segundo termo (termo consequente) explica o sentido do primeiro termo (termo
antecedente). São invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número.

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TIPOS DE PREPOSIÇÃO

Preposições simples essenciais

 a;
 após;
 até;
 com;
 de;
 em;
 entre;
 para;
 sobre.

Preposições simples acidentais

 como;
 conforme;
 consoante;
 durante;
 exceto;
 fora;
 mediante;
 salvo;
 segundo;
 senão.

Preposições compostas ou locuções prepositivas

 acima de;
 a fim de;
 apesar de;
 através de;
 de acordo com;
 depois de;
 em vez de;
 graças a;
 perto de;
 por causa de.

Conjunção

Conjunções são palavras utilizadas como elementos de ligação entre duas orações ou entre termos de uma
mesma oração, estabelecendo relações de coordenação ou de subordinação. São invariáveis, não sendo
flexionadas em gênero e número.

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TIPOS DE CONJUNÇÕES

Conjunções coordenativas aditivas

 e;
 nem;
 também;
 bem como;
 não só...mas também.

Conjunções coordenativas adversativas

 mas;
 porém;
 contudo;
 todavia;
 entretanto;
 no entanto;
 não obstante.

Conjunções coordenativas alternativas

 ou;
 ou...ou;
 já…já;
 ora...ora;
 quer...quer;
 seja...seja.

Conjunções coordenativas conclusivas

 logo;
 pois;
 portanto;
 assim;
 por isso;
 por consequência;
 por conseguinte.

Conjunções coordenativas explicativas

 que;
 porque;
 porquanto;
 pois;
 isto é.

Conjunções subordinativas integrantes

 que;
 se.

Conjunções subordinativas adverbiais causais


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 porque;
 que;
 porquanto;
 visto que;
 uma vez que;
 já que;
 pois que;
 como.

Conjunções subordinativas adverbiais concessivas

 embora;
 conquanto;
 ainda que;
 mesmo que;
 se bem que;
 posto que.

Conjunções subordinativas adverbiais condicionais

 se;
 caso;
 desde;
 salvo se;
 desde que;
 exceto se;
 contando que.

Conjunções subordinativas adverbiais conformativas

 conforme;
 como;
 consoante;
 segundo.

Conjunções subordinativas adverbiais finais

 a fim de que;
 para que;
 que.

Conjunções subordinativas adverbiais proporcionais

 à proporção que;
 à medida que;
 ao passo que;
 quanto mais… mais,…

Conjunções subordinativas adverbiais temporais

 quando;
 enquanto;

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 agora que;
 logo que;
 desde que;
 assim que;
 tanto que;
 apenas.

Conjunções subordinativas adverbiais comparativas

 como;
 assim como;
 tal;
 qual;
 tanto como.

Conjunções subordinativas adverbiais consecutivas

 que;
 tanto que;
 tão que;
 tal que;
 tamanho que;
 de forma que;
 de modo que;
 de sorte que;
 de tal forma que.

Interjeição

Interjeições são palavras que exprimem emoções, sensações, estados de espírito. São invariáveis e seu
significado fica dependente da forma como as mesmas são pronunciadas pelos interlocutores.

TIPOS DE INTERJEIÇÕES

Interjeições de alegria

 Oh!;
 Ah!;
 Oba!;
 Viva!;
 Opa!.

Interjeições de estímulo

 Vamos!;
 Força!;
 Coragem!;
 Ânimo!;
 Adiante!.

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Interjeições de aprovação

 Apoiado!;
 Boa!;
 Bravo!.

Interjeições de desejo

 Oh!;
 Tomara!;
 Oxalá!.

Interjeições de dor

 Ai!;
 Ui!;
 Ah!;
 Oh!.

Interjeições de surpresa

 Nossa!;
 Cruz!;
 Caramba!;
 Opa!;
 Virgem!;
 Vixe!.

Interjeições de impaciência

 Diabo!;
 Puxa!;
 Pô!;
 Raios!;
 Ora!.

Interjeições de silêncio

 Psiu!;
 Silêncio!.

Interjeições de alívio

 Uf!;
 Ufa!;
 Ah!.

Interjeições de medo

 Credo!;
 Cruzes!;
 Uh!;
 Ui!.

Interjeições de advertência
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 Cuidado!;
 Atenção!;
 Olha!;
 Alerta!;
 Sentido!.

Interjeições de concordância

 Claro!;
 Tá!;
 Hã-hã!.

Interjeições de desaprovação

 Credo!;
 Francamente!;
 Xi!;
 Chega!;
 Basta!;
 Ora!.

Interjeições de incredulidade

 Hum!;
 Epa!;
 Ora!;
 Qual!.

Interjeições de socorro

 Socorro!;
 Aqui!;
 Piedade!;
 Ajuda!.

Interjeições de cumprimentos

 Olá!;
 Alô!;
 Ei!;
 Tchau!;
 Adeus!.

Interjeições de afastamento

 Rua!;
 Xô!;
 Fora!;
 Passa!.

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SINTAXE
CONHEÇA UM POUCO MAIS SOBRE OS TERMOS DA ORAÇÃO
A sintaxe é a parte da gramática que estuda a posição que as palavras ocupam numa oração, analisando a estrutura da
frase. Estuda também as relações que as palavras estabelecem entre si e a relação que existe entre as diversas orações
que compõem um período.

TERMOS DA ORAÇÃO
Função sintática é o papel que determinada palavra desempenha dentro de uma oração. A função de cada termo da
oração é determinada pela análise sintática. Nesse tipo de análise, cada termo da oração é estudado de acordo com o
sentido e posição que ocupa na oração, estabelecendo relação com os restantes termos.

Exemplos de análise sintática

Ontem, eu emprestei o carro ao meu irmão.

Sujeito: eu
Predicado: emprestei o carro ao meu irmão
Objeto direto: o carro
Objeto indireto: ao meu irmão
Adjunto adverbial: ontem
Adjunto adnominal: o, meu

Meu pai está livre de obrigações.

Sujeito: meu pai


Predicado: está livre de obrigações
Predicativo do sujeito: livre
Complemento nominal: obrigações

Ela leu o livro.

Sujeito: Ela
Predicado: leu o livro
Objeto direto: o livro
Adjunto adnominal: o

A janela foi quebrada pelo Pedro, um menino irritante.

Sujeito: a janela
Predicado: foi quebrada pelo Pedro
Agente da passiva: Pedro
Aposto: um menino irritante

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Eu acusei-o de negligente.

Sujeito: eu
Predicado: acusei-o de negligente
Objeto direto: o
Predicativo do objeto: negligente.

Termos da oração

Os termos da oração dividem-se em: essenciais, integrantes e acessórios.

Termos essenciais da oração:

SUJEITO

O sujeito é a parte da oração sobre a qual a restante oração se refere, ou seja, de quem ou do que se fala.

Exemplos de sujeito

 O pai foi trabalhar.


 Nós queremos dormir agora.
 Alice e Mariana viajaram para o Chile.

Como identificar o sujeito?

Para fazer a identificação do sujeito, as perguntas quem? e o quê? Devem ser feitas antes do verbo. O sujeito
aparece quase sempre antes do predicado, sendo esta a ordem direta da oração.

Filipe conseguiu o primeiro lugar na competição.


Quem? Filipe = sujeito

O bolo de chocolate queimou no forno.


O quê? O bolo de chocolate = sujeito

O núcleo do sujeito, ou seja, a palavra principal do sujeito, pode ser representado por um:

Substantivo:
O computador da Eliane caiu da mochila.
O que caiu da mochila? O computador da Eliane = sujeito

Pronome pessoal:
Ela trabalha até tarde hoje.
Quem trabalha até tarde? Ela = sujeito

Pronome demonstrativo:
Aquilo foi a gota de água.
O que foi a gota de água? Aquilo = sujeito

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Pronome indefinido:
Ninguém esperou por mim.
Quem esperou por mim? Ninguém = sujeito

Pronome relativo:
Esperava por Pedro, que a acompanhava até casa.
Quem a acompanhava até casa? Que (referente a Pedro) = sujeito

Pronome interrogativo:
Quem está lá fora?
Quem está lá fora? Quem (pronome substantivo que indica uma pessoa) = sujeito

Numeral:
Os três estão cursando artes.
Quem está cursando artes? Os três = sujeito

Expressão substantivada:
Os sinceros não aguentam aquele ambiente falso.
Quem não aguenta aquele ambiente falso? Os sinceros = sujeito

Oração subordinada substantiva subjetiva:


É necessário que você também venha.
O que é necessário? Que você também venha = sujeito

TIPOS DE SUJEITOS

Sujeito simples

O sujeito é determinado simples quando apresenta apenas um núcleo relacionado com o verbo.

 A professora saiu da sala.


 Pedro esperou sua mãe na portaria.
 Os alunos estudaram para o teste.
 Elas gostam de sorvete de morango.

Sujeito composto

O sujeito é determinado composto quando apresenta dois ou mais núcleos relacionados com o verbo.

 Eu e ela fomos ao cinema.


 Patrícia e Eduardo casaram-se ontem.
 Alimentação equilibrada e exercício físico são essenciais para uma vida saudável.
 Inglês e alemão são línguas que domino na perfeição.

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Sujeito oculto

O sujeito é determinado oculto (ou implícito) quando pode ser facilmente identificado através da desinência
verbal ou por referência em outra oração, mesmo não aparecendo na oração de forma explícita.

 Fiz dieta durante três meses. (sujeito implícito: eu)


 Gostamos de acordar cedo e correr na praia. (sujeito implícito: nós)
 Pediram para você esperar. (sujeito implícito: eles)

Sujeito indeterminado

O sujeito é indeterminado quando não se consegue definir. Normalmente ocorre com:

Verbos na 3.ª pessoa do plural, sem qualquer referência anterior.

 Querem que eu mude de apartamento rapidamente.


 Pediram apoio financeiro para ajudar crianças órfãs.

Verbos na 3.ª pessoa do singular, com a partícula se, indeterminadora do sujeito.

 Gasta-se muito dinheiro nas festas de casamento.


 Precisa-se de ajuda!

Verbos conjugados no infinitivo impessoal.

 É essencial diminuir a desigualdade social.


 É insuportável estar na sua presença.

Sujeito inexistente ou oração sem sujeito

Orações sem sujeito são formadas com verbos impessoais, sempre conjugados na 3.ª pessoa do singular,
como:

Verbos que indicam fenômenos atmosférico e da natureza, como os verbos chover, nevar, ventar,
anoitecer, escurecer,…

 Todos os dias chove no fim da tarde.


 Nos dias frios neva muito.
 Já anoiteceu!

O verbo fazer indicando tempo decorrido.

 Vai fazer cinco anos que visitei o Canadá.


 Faz três meses desde a última vez que te vi.
 Faz duas horas que estou esperando você!

O verbo haver com sentido de existir ou indicando tempo decorrido.

 Há pastéis de carne e de queijo.


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 Havia várias crianças correndo no parque.
 Há três minutos você ainda não tinha chegado.

PREDICADO

O predicado é a parte da oração que faz referência ao que acontece ao sujeito, ou seja, tudo aquilo que não
faz parte do sujeito é considerado predicado. É obrigatoriamente composto por um verbo ou locução verbal.

Exemplos de predicado:

 Mariana e Pedro foram ao cinema.


 Minha avó fez um bolo de laranja delicioso.
 Meus antigos vizinhos mudaram de casa na semana passada.

O predicado pode ser classificado em predicado nominal, predicado verbal e predicado verbo-nominal,
conforme a classificação do seu núcleo.

Predicado nominal

O predicado nominal é constituído por um verbo de ligação e pelo predicativo do sujeito, possuindo como
núcleo um nome que atribui uma característica ao sujeito da oração.

Verbos de ligação são verbos que indicam um estado, ligando uma característica ao sujeito. Não indicam
uma ação realizada e não atuam como o núcleo do predicado nominal: estar, parecer, ficar, tornar-se,
continuar, andar e permanecer.

Frase com predicado nominal:


Pedro é feliz.

Análise da frase:
Pedro: sujeito
é feliz: predicado nominal
é: verbo de ligação
feliz: predicativo do sujeito

Exemplos de frases com predicado nominal

 Beatriz anda estudiosa.


 Rodrigo continua curioso.
 O pai está orgulhoso.
 Mariana parece ansiosa.

Predicado verbal

O predicado verbal possui um verbo significativo como núcleo. Verbos significativos indicam ações: pensar,
gostar, querer, estudar, subir, dar, agradecer, perdoar, chorar,…

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Estes verbos podem ser intransitivos ou transitivos, apresentando objeto direto e objeto indireto como
complemento.

Frase com predicado verbal:


Eu comi um brigadeiro.

Análise da frase:
Eu: sujeito
comi um brigadeiro: predicado verbal
comi: verbo transitivo direto
um brigadeiro: objeto direto

Exemplos de frases com predicado verbal

 Os professores ensinaram tudo o que sabiam.


 Tiago e seus amigos ganharam o jogo de futebol.
 Eu quero viajar pela Europa.
 Ela deu-lhe as informações necessárias.
 Minha avó caiu.

Predicado verbo-nominal

O predicado verbo-nominal possui dois núcleos: um verbo significativo que indica uma ação do sujeito e um
nome com função de predicativo do sujeito, indicando uma qualidade do sujeito ou com função de
predicativo do objeto, indicando uma qualidade do objeto direto.

Frase com predicado verbo-nominal:


A menina chegou cansada.

Análise da frase:
A menina: sujeito
chegou cansada: predicado verbo-nominal
chegou: verbo significativo
cansada: predicativo do sujeito

Exemplos de frases com predicativo verbo-nominal

 As funcionárias acabaram o trabalho cansadas.


 Madalena completou a prova feliz.
 Todos acusaram-no de desmotivado.
 Nós consideramos esta funcionária dispensável.

Normalmente, o predicado verbo-nominal é formado por:

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1) Verbo intransitivo mais predicativo do sujeito.


Exemplo: O bebê chorava infeliz.

2) Verbo transitivo mais objeto mais predicativo do sujeito.


Exemplo: Os corredores terminaram a maratona exaustos.

3) Verbo transitivo mais objeto mais predicativo do objeto


Exemplo: Ontem vi minha vizinha muito preocupada.

QUESTÕES GABARITADAS DE PROVAS ANTIGAS DO CONCURSO MAPA

1)

Texto para responder à questão.

É sina de minha amiga penar pela sorte do próximo, se bem que seja um penar jubiloso. Explico-me.
Todo sofrimento alheio a preocupa e acende nela o facho da ação, que a torna feliz. Não distingue entre
gente e bicho, quando tem de agir, mas, como há inúmeras sociedades (com verbas) para o bem dos homens,
e uma só, sem recurso, para o bem dos animais, é nesta última que gosta de militar. Os problemas aparecem-
lhe em cardume, e parece que a escolhem de preferência a outras criaturas de menor sensibilidade e
iniciativa (...).
(Carlos Drummond de Andrade. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1988.)

Os elementos destacados em “Todo sofrimento alheio a preocupa e acende nela o facho da ação,
que a torna feliz.” são responsáveis por importantes funções de coesão textual, estabelecendo vínculos
com elementos já anunciados. Com base no trecho anterior, marque V para as afirmativas
verdadeiras e F para as falsas.

( ) Os pronomes destacados possuem o mesmo referente, indicado anteriormente no texto.

( ) Os dois registros do pronome “a” podem ser substituídos pelo pronome “lhe”.

( ) O uso do pronome pessoal reto “ela” (nela), nesse caso, só é permitido porque está antecedido de
preposição. A sequência está correta em

A) F, V, F.

B) V, V, F.

C) V, F, V.

D) V, V, V.

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2)

Gerador de frases machistas

Campanha da ONU tenta mudar estereótipos femininos que se propagam em sistemas de buscas na internet.
Dessa os internautas de língua portuguesa escaparam por pouco. O órgão das Nações Unidas para a
igualdade de gênero lançou campanha mundial em novembro deste 2013 contra o machismo entranhado nos
sistemas de busca da internet. O preenchimento automático do Google sugere ao usuário uma lista dos
termos mais procurados ligados aos termos digitados.
Ao digitar “women shouldn’t” (mulheres não devem) no campo de pesquisa, o publicitário Christopher
Hunt (diretor de arte da agência Ogilvy & Mather, em Dubai, nos Emirados Árabes) percebeu que a
ferramenta autocompletar frases sugeria construções como “mulheres não devem trabalhar”, “ter direitos”,
“votar”, “falar na igreja”, “serem dignas de confiança” ou como “mulheres precisam ser disciplinadas”. A
busca pela mesma expressão, com a palavra “homem” como sujeito, traz resultados bem diferentes: “homem
não deve chorar”, “ser bonzinho” etc.
Em português, a expressão “mulheres não devem” não enumera sugestões sexistas ao Google, ao menos
nas buscas mais populares no Brasil. Os estereótipos emergem, na verdade, quando o termo pesquisado é
“mulherada”.
(Língua Portuguesa, Dez/2013.)
Os elementos de coesão são responsáveis pela clareza do texto. Ao iniciar o texto usando o pronome
demonstrativo, é feita uma referência à

Alternativas

A) mudança de estereótipos femininos.

B) busca na Internet por estereótipos femininos.

C) campanha da ONU para a igualdade de gênero.

D) situação tratada quanto ao “gerador de frases machistas”.

3)

Na expressão “Os cômodos são ridiculamente pequenos!”, o termo em destaque está diretamente ligado ao
adjetivo “pequenos” e estabelece, na frase, uma relação de sentido de

25
LÍNGUA PORTUGUESA- CONCURSO MAPA

Alternativas

A) meio.

B) causa.

C) modo.

D) intensidade.

4) É sina de minha amiga penar pela sorte do próximo, se bem que seja um penar jubiloso. Explico-me.
Todo sofrimento alheio a preocupa e acende nela o facho da ação, que a torna feliz. Não distingue entre
gente e bicho, quando tem de agir, mas, como há inúmeras sociedades (com verbas) para o bem dos homens,
e uma só, sem recurso, para o bem dos animais, é nesta última que gosta de militar. Os problemas aparecem-
lhe em cardume, e parece que a escolhem de preferência a outras criaturas de menor sensibilidade e
iniciativa (...).

(Carlos Drummond de Andrade. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1988.)

Os elementos destacados em “Todo sofrimento alheio a preocupa e acende nela o facho da ação, que a torna
feliz.” são responsáveis por importantes funções de coesão textual, estabelecendo vínculos com elementos já
anunciados. Com base no trecho anterior, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) Os pronomes destacados possuem o mesmo referente, indicado anteriormente no texto.


( ) Os dois registros do pronome “a” podem ser substituídos pelo pronome “lhe”.
( ) O uso do pronome pessoal reto “ela” (nela), nesse caso, só é permitido porque está antecedido de
preposição.

A sequência está correta em

Alternativas

A) F, V, F.

B) V, V, F.

C) V, F, V.

D) V, V, V.

5)

Gerador de frases machistas

Campanha da ONU tenta mudar estereótipos femininos que se propagam em sistemas de buscas na internet.

Dessa os internautas de língua portuguesa escaparam por pouco. O órgão das Nações Unidas para a
igualdade de gênero lançou campanha mundial em novembro deste 2013 contra o machismo entranhado nos
sistemas de busca da internet. O preenchimento automático do Google sugere ao usuário uma lista dos

26
LÍNGUA PORTUGUESA- CONCURSO MAPA
termos mais procurados ligados aos termos digitados.

Ao digitar “women shouldn’t” (mulheres não devem) no campo de pesquisa, o publicitário Christopher
Hunt (diretor de arte da agência Ogilvy & Mather, em Dubai, nos Emirados Árabes) percebeu que a
ferramenta autocompletar frases sugeria construções como “mulheres não devem trabalhar”, “ter direitos”,
“votar”, “falar na igreja”, “serem dignas de confiança” ou como “mulheres precisam ser disciplinadas”. A
busca pela mesma expressão, com a palavra “homem” como sujeito, traz resultados bem diferentes: “homem
não deve chorar”, “ser bonzinho” etc.
Em português, a expressão “mulheres não devem” não enumera sugestões sexistas ao Google, ao menos nas
buscas mais populares no Brasil. Os estereótipos emergem, na verdade, quando o termo pesquisado é
“mulherada”.

(Língua Portuguesa, Dez/2013.)

Os elementos de coesão são responsáveis pela clareza do texto. Ao iniciar o texto usando o pronome
demonstrativo, é feita uma referência à

Alternativas

A) mudança de estereótipos femininos.

B) busca na Internet por estereótipos femininos.

C) campanha da ONU para a igualdade de gênero.

D) situação tratada quanto ao “gerador de frases machistas”.

6)

E se o Brasil ainda fosse uma monarquia?

Dom Luiz de Orleans e Bragança estrelaria os desfiles de Sete de Setembro, data que teria muito mais
pompa, já que não haveria o Quinze de Novembro para rivalizar como dia mais importante da nação. E, sem
a Proclamação da República em 1889, o governo Getúlio, a ditadura militar e a redemocratização do País, as
seis constituições que tivemos em cem anos não existiriam ou seriam diferentes. Nosso rei de hoje, então,
seguraria as rédeas do governo com o Poder Moderador, herança da Constituição de 1824 que o coloca
acima dos três poderes. “Se um partido fosse contra o que o rei queria, ele colocava a oposição no lugar”,
diz Eduardo Afonso, professor de história da Unesp.

A capital seria Brasília do mesmo jeito, por se tratar de um plano da monarquia. Em 1823, o patriarca da
independência, José Bonifácio de Andrada e Silva, apresentou o projeto de levar a capital ao Centro-Oeste,
distante de ataques de corsários no litoral. E seria nessa região que o governo teria seu maior apoio. Os
produtores de soja e outros grãos seriam a base da política imperial, assim como os cafeicultores foram no
século 19. “O império nunca formulou uma política econômica, só seguiu o projeto de uma colônia que
sobrevive de seu reservatório”, explica Estevão Martins, professor de história da UnB. Assim, agricultura,
mineração e petróleo seriam ainda mais importantes para a economia do que são hoje

27
LÍNGUA PORTUGUESA- CONCURSO MAPA

Nos anos 60, para combater a “ameaça comunista” dos movimentos da época, o imperador D. Pedro
Henrique diminuiria o poder do Parlamento. Nessa ditadura, a MPB faria barulho com letras cheias de
metáforas contra o império, driblando a censura.

Essa não seria a única ameaça, já que houve um racha na linhagem real em 1908, quando D. Pedro de
Alcântara renunciou ao direito dinástico ao se casar com uma reles condessa (e não uma princesa), passando
a coroa ao irmão Luis Maria. A situação não ficou tensa porque, bem, já não havia um trono a disputar. Mas,
se ainda fôssemos um reino, as relações familiares ficariam ruins. Os descendentes de D. Luis Maria, do
chamado ramo de Vassouras, teriam de lidar com a oposição dos primos do ramo de Petrópolis. Isso ficaria
claro em 2013. Durante as manifestações de junho, D. Luiz (neto de Luis Maria) recomendou a seus
seguidores que não fossem às ruas, temendo “envolvimento em atos de anarquismo”. Se fosse rei, a
declaração o deixaria no alvo dos protestos. E o nome do liberal D. João, do ramo de Petrópolis, ganharia
força. Empresário, fotógrafo e surfista, ele defende as monarquias parlamentaristas e representaria um sopro
de mudança - pelo menos até que a república fosse declarada.

(Nathan Fernandes. Disponível em: http://super.abril.com.br/historia/se-brasil-ainda-fosse-monarquia-


769935.shtml.)

Assinale a alternativa em que todas as palavras foram formadas por derivação sufixal.

Alternativas

A) Constituição – região – mineração.

B) Manifestações – oposição – produtores.

C) Reservatório – relações – descendentes.

D) Anarquismo – parlamentaristas – poderes.


7)

As verdades da razão

Raciocinar não é algo que aprendemos na solidão, mas algo que inventamos ao nos comunicar e nos
confrontar com os semelhantes: toda razão é fundamentalmente conversação. “Conversar” não é o mesmo
que ouvir sermões ou atender a vozes de comando. Só se conversa - sobretudo só se discute - entre iguais.
Por isso o hábito filosófico de raciocinar nasce na Grécia, junto com as instituições políticas da democracia.
Ninguém pode discutir com Assurbanipal ou com Nero, e ninguém pode conversar abertamente em uma
sociedade em que existem castas sociais inamovíveis. [...] Afinal de contas, a disposição a filosofar consiste
em decidir-se a tratar os outros como se também fossem filósofos: oferecendo-lhes razões, ouvindo as deles
e construindo a verdade, sempre em dúvida, a partir do encontro entre umas e outras.

[...]Oferecemos nossa opinião aos outros para que a debatam e por sua vez a aceitem ou refutem, não
simplesmente para que saibam “onde estamos e quem somos”. E é claro que nem todas as opiniões são
igualmente válidas: valem mais as que têm melhores argumentos a seu favor e as que melhor resistem à
prova de fogo do debate com as objeções que lhe sejam colocadas.

[... ]A razão não está situada como um árbitro semidivino acima de nós para resolver nossas disputas; ela
funciona dentro de nós e entre nós. Não só temos que ser capazes de exercer a razão em nossas
argumentações como também - e isso é muito importante e, talvez, mais difícil ainda - devemos desenvolver
a capacidade de ser convencidos pelas melhores razões, venham de quem vierem.
28
LÍNGUA PORTUGUESA- CONCURSO MAPA

[...] A partir da perspectiva racionalista, a verdade buscada é sempre resultado, não ponto de partida: e essa
busca incluía conversação entre iguais, a polêmica, o debate, a controvérsia. Não como afirmação da própria
subjetividade, mas como caminho para alcançar uma verdade objetiva através das múltiplas subjetividades.

(Fernando Savater. “As verdades da razão”. In: As perguntas da vida. São Paulo: Martins Fontes,
2001.)

A partir de mecanismos linguísticos que permitem uma sequência lógico-semântica entre as partes do
texto, identifique a referenciação corretamente estabelecida quanto ao destacado em “– e isso é muito
importante e, talvez, mais difícil ainda –” (3º§).

Alternativas

A) A capacidade de exercer a razão em nossas argumentações.

B) O exemplo dado de comparação entre razão e árbitro semidivino.

C) A consciência de que a razão não está situada como um árbitro semidivino.

D) O desenvolvimento da capacidade de sermos convencidos pelas melhores razões.

8)

Quanto à linguagem utilizada na mensagem expressa nos cartazes levados pelos personagens
da charge, é correto afirmar que a substituição por “Me sigam até a verdade” implicaria

Alternativas

A) uma aproximação maior com o público leitor através do uso de uma linguagem atual.

B) inadequação linguística, incorrendo em incompreensão da mensagem a ser transmitida.

C) desacordo do uso quanto à colocação do pronome oblíquo de acordo com a norma padrão.

D) uma manifestação de caráter popular em que há preocupação com o uso da norma padrão da língua.

29
LÍNGUA PORTUGUESA- CONCURSO MAPA

9)

30
LÍNGUA PORTUGUESA- CONCURSO MAPA

Nos itens abaixo, a oração adjetiva do trecho “a química fina – que, por sua vez, pertence ao vasto complexo
da indústria química” (4o §) foi reescrita de forma a gerar diferentes situações de emprego do pronome
relativo. A redação em que se contraria norma de regência da língua culta é a seguinte;

Alternativas

A) a química fina – em cujo desenvolvimento tem trabalhado o vasto complexo da indústria química.

B) a química fina – da qual está dependente o vasto complexo da indústria química.

C) a química fina – para cuja evolução tem-se dirigido as atenções do vasto complexo da indústria química.

D) a química fina – a qual está subordinada o vasto complexo da indústria química.

E) a química fina – em torno da qual giram os interesses do vasto complexo da indústria química.

10) Abaixo foram transcritos trechos do texto com verbos na voz passiva e, ao lado, os trechos foram
reescritos com os verbos na voz ativa, EXCETO em um trecho no qual o verbo continuou expresso na voz
passiva. O trecho em que o verbo continua expresso na voz passiva é:

Alternativas

A) “orquestrada por interesses oportunistas” (1º §) / a qual vem orquestrando interesses oportunistas

B) “As ações são desenvolvidas em duas direções” (1º §) / Desenvolvem as ações em duas direções.

C) “Ambas já foram analisadas em diferentes documentos” (2º §) / Ambas já se analisaram em diferentes


documentos.

D) “atualmente fornecidos pelas empresas instaladas em nosso país” (3º §) / que atualmente as empresas
instaladas em nosso país fornecem.

E) “Já a escolha do produto é influenciada pela especificidade de uso” (5º §) / Já a especificidade de uso
influencia a escolha do produto.

GABARITO DAS QUESTÕES

1: C 2: D 3: D 4: C 5: D 6: B 7: D 8: C 9: D 10: C

BONS ESTUDOS!

31
RACIOCÍNIO LÓGICO – CONCURSO MAPA

RACIOCÍNIO LÓGICO

Noções básicas da lógica matemática: proposições, problemas com tabelas e argumentação. Verdades e
Mentiras: resolução de problemas. A lógica matemática (ou lógica formal) estuda a lógica segundo a sua
estrutura ou forma. As estruturas lógicas em um sistema dedutivo de enunciados, que tem como objetivo
criar um grupo de leis e para determinar a validade dos raciocínios.

Assim, um raciocínio é considerado válido se é possível alcançar uma conclusão verdadeira a partir de
premissas verdadeiras.

O estudo das estruturas lógicas consiste em aprendermos a associar determinada proposição ao conectivo
correspondente. Mas é necessário aprendermos alguns conceitos importantes para o aprendizado

CONCEITO DE PROPOSIÇÃO

Entende-se por proposição todo o conjunto de palavras ou símbolos que transmitem um pensamento ou uma
ideia de sentido completo. Assim, as proposições expressam pensamentos, isto é, afirmam, declaram fatos
ou exprimem juízos que formamos a respeito de determinados conceitos ou entes.

Elas devem apresentar também:

- Um sujeito E um predicado;

- Deve sempre ser possível atribuir um valor lógico: verdadeiro (V) ou falso (F).

Preenchendo esses requisitos estamos diante de uma proposição!

A) Saturno é o maior planeta do sistema Solar Analisando temos:

- Quem é o maior planeta do sistema Solar? Saturno, logo tem um sujeito e um predicado;

- É uma frase declarativa (a frase informa ou declara alguma coisa);

- Podemos atribuir um valor lógico V ou F, independente da questão em si.

B) São Paulo é a capital do Brasil.

- Quem é a capital do Brasil? São Paulo (atenção, não estamos aqui para julgar), logo tem um sujeito e um
predicado;

Proposição simples: “Existe vida após a morte”, ela poderá ser verdadeira ou falsa, não importa no que nós
pensamos o que:

- É uma frase declarativa (a frase informa ou declara alguma coisa);

- Podemos atribuir um valor lógico V ou F, independente da questão em si.

C) Todos os atores são românticos.

- Quem são românticos? Todos os atores, logo tem um sujeito e um predicado;

- É uma frase declarativa (a frase informa ou declara alguma coisa);

1
RACIOCÍNIO LÓGICO – CONCURSO MAPA

- Podemos atribuir um valor lógico V ou F, independente da questão em si.

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA LÓGICA

A Lógica matemática possui como regra fundamental três princípios (ou axiomas):

Se os princípios acimas não puderem ser aplicados, NÃO podemos classificar uma frase como proposição.

VALORES LÓGICOS DAS PROPOSIÇÕES

Chamamos de valor lógico de uma proposição: a verdade, se a proposição for verdadeira (V), e a falsidade,
se a proposição for falsa (F). Designamos as letras V e F para abreviarmos os valores lógicos verdade e
falsidade respectivamente.

Consideremos as seguintes proposições e os seus respectivos valores lógicos:

a) A velocidade de um corpo é inversamente proporcional ao seu tempo. (V)

b) A densidade da madeira é maior que a densidade da água. (F) A maioria das proposições são proposições
contingenciais, ou seja, dependem do contexto para sua análise.

Assim, por exemplo, se considerarmos a importa é que pode ser atribuído um valor lógico que será
verdadeiro ou falso.

CLASSIFICAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES

As proposições podem ser classificadas em:

I - Proposições simples (ou atômicas): são formadas por uma única oração, sem conectivos, ou seja,
elementos de ligação.

Exemplos: O céu é azul.

Hoje é sábado

II - Proposições compostas (ou moleculares): possuem elementos de ligação (conectivos) que ligam as
orações, podendo ser duas, três, e assim por diante.

Exemplos:

O céu é azul ou cinza.

Se hoje é sábado, então vou à praia e jogo futebol.

2
RACIOCÍNIO LÓGICO – CONCURSO MAPA

Observação: os termos em destaque são alguns dos conectivos (termos de ligação) que utilizamos em lógica
matemática.

SENTENÇA ABERTA

Quando não se pode atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a proposição!),
portanto, não é considerada frase lógica. São consideradas sentenças abertas:

a) Frases interrogativas:

Quando será prova?

Estudou ontem?

Fez Sol ontem?

b) Frases exclamativas:

Gol!

Que maravilhoso!

c) Frase imperativas:

Estude e leia com atenção.

Desligue a televisão.

d) Frases sem sentido lógico (expressões vagas, paradoxais, ambíguas, ...):

“esta frase é falsa” (expressão paradoxal);

O cavalo do meu vizinho morreu (expressão ambígua)

y + 6 = 4 (se y = - 2 é verdadeira, mas se y for igual a qualquer outro valor, será falsa e uma proposição não
pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo, princípio da não contradição).

PROPOSIÇÃO (SENTENÇA) FECHADA

Quando a proposição admitir um único valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será
considerada uma frase, proposição ou sentença lógica

3
RACIOCÍNIO LÓGICO – CONCURSO MAPA

NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÕES COMPOSTAS

Quando temos alguma das proposições compostas (conjunção, disjunção, disjunção exclusiva, condicional
ou bicondicional), podemos utilizar o mesmo truque para obter a sua negação: buscar uma forma de
desmentir quem estivesse falando aquela frase.

a) Conjunção: “Chove hoje e vou à praia”. Se João nos diz essa frase, ele está afirmando que as duas coisas
devem ocorrer (se tiver dúvida, retorne à tabela-verdade da conjunção). Isto é, para desmenti-lo, bastaria
provar que pelo menos uma delas não ocorre. Isto é, a primeira coisa não ocorre ou a segunda coisa não
ocorre (ou mesmo as duas não ocorrem). Veja que para isso podemos usar uma disjunção, negando as duas
proposições simples como aprendemos no item anterior: “Não chove hoje ou não vou à praia”. Da mesma
forma, se João tivesse dito “Todo nordestino é forte e nenhum gato é preto”, poderíamos negar utilizando
uma disjunção, negando as duas proposições simples: “Algum nordestino não é forte ou algum gato é preto”.

b) Disjunção: “Chove hoje ou vou à praia”. Essa afirmação é verdadeira se pelo menos uma das proposições
simples for verdadeira. Portanto, para desmentir quem a disse, precisamos provar que as duas coisas não
acontecem, isto é, as duas proposições são falsas. Assim, a negação seria uma conjunção: “Não chove hoje e
não vou à praia”. Já a negação de “Todo nordestino é forte ou nenhum gato é preto” seria “Algum
nordestino não é forte e algum gato é preto”.

c) Disjunção exclusiva: “Ou chove hoje ou vou à praia”. Recorrendo à tabela-verdade, você verá que a
disjunção exclusiva só é verdadeira se uma, e apenas uma das proposições é verdadeira, sendo a outra falsa.
Assim, se mostrássemos que ambas são verdadeiras, ou que ambas são falsas, estaríamos desmentindo o
4
RACIOCÍNIO LÓGICO – CONCURSO MAPA

autor da frase. Para isso, podemos usar uma bicondicional: “Chove hoje se e somente se eu vou à praia”.
Veja que esta frase indica que ou acontecem as duas coisas (chover e ir à praia) ou não acontece nenhuma
delas.

d) Condicional: “Se chove hoje, então vou à praia”. Lembra-se que a condicional só é falsa caso a condição
(p) seja verdadeira e o resultado (q) seja falso? Portanto, é justamente isso que deveríamos provar se
quiséssemos desmentir o autor da frase. A seguinte conjunção nos permite negar a condicional: “Chove hoje
e não vou à praia”.

e) Bicondicional: “Chove hoje se e somente se vou à praia”. O autor da frase está afirmando que as duas
coisas (chover e ir à praia) devem ocorrer juntas, ou então nenhuma delas pode ocorrer. Podemos
desmenti lo provando que uma das coisas ocorre (é verdadeira) enquanto a outra não (é falsa). A disjunção
exclusiva no permite fazer isso: “Ou chove hoje, ou vou à praia”. Veja na tabela abaixo as principais formas
de negação de proposições compostas.

Outra forma de negar a bicondicional é escrevendo outra bicondicional, porém negando uma das
proposições simples. Por exemplo, p↔~ q é uma forma alternativa de negar p↔q. Esta negação pode ser
escrita como “Chove se e somente se NÃO vou à praia).

QUESTÕES RACIOCÍNIO LOGICO CONCURSO-MAPA

1) As pesquisas de campo são comuns nas atividades funcionais do cargo ora pretendido. Desse modo,
considerando uma pesquisa de campo realizada em um assentamento na cidade Cristalina (GO) com duas
perguntas, cada uma com as opções “sim” e “não”, os resultados encontrados foram: dos assentados, 92
responderam “sim” à primeira pergunta; 80, “sim” à segunda pergunta; 35, “sim” a ambas; e, 33, “não” a
ambas. Sendo assim, o número total de assentados entrevistados foi:

Alternativas

A) 105.

B) 138.

C) 153.

D) 170.

2) Qual das figuras apresentadas é DIFERENTE das demais?

A)

B)

5
RACIOCÍNIO LÓGICO – CONCURSO MAPA

C)

D)

3) Considere a sequência a seguir:

O milésimo termo dessa sequência é

Alternativas
A)

B)

C)

D)

4) “Todo vegetariano é magro. Alguns magros são elegantes.” Com base na afirmativa anterior, é
correto afirmar que
Alternativas

A) todo vegetariano é elegante.

B) alguns magros são vegetarianos.

C) alguns vegetarianos são elegantes.

D) alguns vegetarianos são magros e elegantes.

6
RACIOCÍNIO LÓGICO – CONCURSO MAPA

5) Seja a sequência de letras a seguir:

A, B, E, F, ..., U, V, Y, Z

O número de vogais e consoantes dessa sequência são, respectivamente, iguais a

Alternativas

A) 3 e 9.

C) 4 e 9.

D) 3 e 10.

E) 4 e 10.

6) Para preparar um sanduíche, uma pessoa dispõe de 3 tipos de carne, 4 tipos de queijo e 5 vegetais. De
quantas maneiras pode-se montar o sanduíche com 1 carne, 2 fatias de queijos iguais ou diferentes e 3
vegetais distintos?
Alternativas

A) 240.

B) 300.

C) 360.

D) 480.

7) Numa pesquisa realizada com 100 pessoas sobre a forma de se locomoverem para o trabalho, constatou-
se que:

• 45 usam ônibus;
• 51 usam automóvel;
• 32 usam moto;
• 18 usam ônibus e automóvel;
• 22 usam ônibus e moto;
• 15 usam automóvel e moto;
• 6 usam os três meios de transporte.

Analisando os dados apresentados, conclui-se que o número de pessoas que NÃO utiliza nenhum dos três
meios de transporte mencionados é

Alternativas

A) 17.

7
RACIOCÍNIO LÓGICO – CONCURSO MAPA

B) 21.

C) 23.

D) 26.

8) Três notas – uma de 20, uma de 50 e outra de 100 reais – foram colocadas em três envelopes de cores
diferentes, que foram guardados em três gavetas de um armário dispostas verticalmente. Considere que:

• o envelope vermelho ficou numa gaveta mais baixa que a do envelope branco;
• a nota de 50 não foi colocada no envelope branco e o envelope com menor valor ficou na gaveta mais alta;
• na gaveta mais baixa encontra-se o envelope com maior valor;
• o envelope amarelo não foi colocado na gaveta do meio e a nota de maior valor não se encontra no
envelope branco.

Nos envelopes vermelho, branco e amarelo encontram-se, respectivamente, as notas de

Alternativas

A) 20, 50 e 100 reais.

B) 50, 20 e 100 reais.

C) 50, 100 e 20 reais.

D) 100, 50 e 20 reais

9) Uma caixa contém 100 bolas coloridas numeradas de 1 a 100. As bolas numeradas de 1 a 20 são
vermelhas; as de 21 a 50, azuis e as restantes, amarelas. Será retirada da caixa uma única bola. Dessa forma,
a probabilidade de que a bola retirada contenha um número ímpar de dois algarismos e não seja da cor
vermelha é:

Alternativas

A) 0,30.

B) 0,35.

C) 0,40.

D) 0,45

10)

8
RACIOCÍNIO LÓGICO – CONCURSO MAPA

A letra que substitui corretamente o símbolo ? é

Alternativas

A) I

B) T

C) R

D) H

GABARITO DAS QUESTÕES

1: D 2: D 3: B 4: B 5: D 6: B 7: B 8: B 9: C 10: A

9
INFORMÁTICA- CONCURSO MAPA

SISTEMA OPERACIONAL WINDOWS 10

O Windows 10 é um Sistema Operacional da Microsoft, ele é um software proprietário, ou seja, o seu


código fonte é fechado.

A Microsoft vem lançando através dos anos novas versões do Sistema Operacional Windows, onde cada
nova versão conta com melhorias e mudanças na interface.

Windows 10 A mais nova versão do Windows, a versão 10 foi lançada em 2015, essa nova versão traz novas
ferramentas para efetuar tarefas de forma mais ágil, com o propósito de unificar a utilização de diferentes
dispositivos que usem o sistema, oferecendo uma experiência de total integração aos usuários.

Existem sete edições do Windows 10 disponíveis no mercado: Windows 10 Home: ideal para consumidores
domésticos que utilizam PCs (desktop e notebook), tablets e os dispositivos 2 em 1.

Windows 10 Mobile: ideal para uso de dispositivos de tela pequena e touchscreen, como smartphones e
tablets. Windows 10 Pro: ideal para uso em pequenas empresas, pois possui recursos adicionais aos
disponíveis na edição Home, tais como: segurança digital, suporte remoto, produtividade e uso de sistemas
baseados na nuvem. Windows 10 Enterprise: é ideal para uso em empresas de médio e grande porte, pois
apresenta recursos focados no campo da segurança digital.

Windows 10 Education: ideal para atender as necessidades da área educacional (uso de alunos, funcionários,
administradores e professores).

Windows 10 Mobile Enterprise: ideal para uso em smartphones e pequenos tablets, como as do Windows 10
Mobile, porém com funcionalidades voltadas para o mercado corporativo.

Windows 10 IoT Core: ideal para uso em caixas eletrônicos, terminais de autoatendimento, máquina de
atendimento para o varejo e robôs industriais.

Requisitos de hardware: Estes são os requisitos básicos para instalar o Windows 10 em um computador.
INFORMÁTICA- CONCURSO MAPA

Processador: Processador de 1 giga-hertz (GHz) ou mais rápido ou Sistema em um chip (SoC)

Memória RAM: 1 gigabyte (GB) para 32 bits ou 2 GB para 64 bits

Espaço em disco rígido: 16 GB para um sistema operacional de 32 bits ou 32 GB para um de 64 bits

Placa gráfica: DirectX 9 ou posterior com driver WDDM 1.0

Tela: 800 x 600

Conexão com a Internet: Requer uma conexão com a Internet para executar atualizações e baixar e
aproveitar alguns recursos.

ÁREA DE TRABALHO

A área de trabalho do Windows 10 é diferente se comparada às das versões anteriores. Ao clicar no botão
iniciar, além de mostrar os programas instalados o usuário também tem acesso a outras informações como
clima, fotos, jogos e a loja da Microsoft (Microsoft Store), nela é possível baixar e adquirir diferentes
aplicativos que também são comuns nos dispositivos móveis, como Whatsapp, Spotify, entre outros.

Os ícones permanecem organizados na área de trabalho da mesma forma que no Windows 7, podendo
incluir pastas, arquivos e atalhos de programas. Ao clicar com o botão direito do mouse é possível utilizar as
funções semelhantes às do Windows 7.

Assim como no Windows 7 a barra de tarefas pode ser bloqueada ou desbloqueada, podendo ser movida
para a parte superior da tela e para as laterais. A barra de tarefas só pode ser movida para as extremidades da
tela, nunca para o meio. Ao clicar com o botão direito no mouse na barra de tarefas possibilita o acesso a
diversas funções, como Gerenciador de Tarefas (podendo ser acessado através do atalho Ctrl + Shift + Esc),
Configurações da Barra de Tarefas
INFORMÁTICA- CONCURSO MAPA

O gerenciador de tarefas também pode ser acessado através do atalho Ctrl + Alt + Del, nele é possível ver
quais aplicativos (programas) e processos estão sendo executados no momento, desempenho, histórico de
aplicativos, inicialização de aplicativos, usuários conectados, detalhes do sistema e serviços

CARACTERÍSTICAS DO WINDOWS 10

Neste capítulo poderemos ver as principais características do Windows 10.

Multitarefas: o Windows 10 é um sistema operacional que pode executar múltiplas tarefas ao mesmo
tempo. Além das tarefas do usuário ele também executa tarefas ocultas do sistema interno, como executar
um antivírus, scanear, gerenciar redes e usuários.

Multisessão: o Windows 10 possui a capacidade de trabalhar com várias sessões de usuários logados ao
mesmo tempo. Multiusuário: permite o acesso a diversas sessões simultaneamente, além de permitir o
acesso de vários usuários ao mesmo tempo no computador.

Multiprocessamento: é capaz de operar com vários processos simultaneamente, em um único sistema


possui duas ou mais unidades centrais de processamento.

Preemptivo: pode parar uma tarefa por um determinado tempo e depois voltar a executá-la.

Dual Boot: o usuário pode instalar mais de um sistema operacional no computador. Possui o sistema e
Arquivos NTFS (sistema de arquivo de nova tecnologia) esse sistema tem a capacidade de gerenciar um
grande volume de dados, arquivos e informações, além de ter a capacidade de criptografar arquivos.

REDE E INTERNET

Status: Mostra o status da rede, ou seja, se o usuário está conectado à alguma rede e qual rede ele está
conectado. Também é possível alterar as configurações de rede, como alterar opção do adaptador e
compartilhamento.
INFORMÁTICA- CONCURSO MAPA

Wi-Fi: está opção está disponível em notebooks ou computadores que utilizam adaptador de rede wi-fi.
Nesse recurso é possível visualizar se o wi-fi está ou não ativado, redes disponíveis. Endereços de hardware
aleatórios; Redes de Hotspot 2.0

Ethernet: corresponde à rede cabeada, ou seja, quando o computador está conectado na internet através do
cabo.
INFORMÁTICA- CONCURSO MAPA

Conexão discada: possibilita configurar conexões discadas, é comum ser utilizada em zonas rurais.

PRIVACIDADE

Controla todo o acesso dos aplicativos ao dispositivo. Geral: é permitido ao usuário alterar as opções de
privacidade do dispositivo.
INFORMÁTICA- CONCURSO MAPA

Assim como na aba Geral, o usuário também pode alterar a privacidade no controle por voz, personalização
de escrita, diagnóstico e comentários, localização, câmera, entre outros.

ATUALIZAÇÃO E SEGURANÇA

Permite acessar a atualização e segurança do dispositivo e fazer as alterações necessárias. Windows Update:
mostra se o Windows está atualizado e verifica se há alguma atualização

SISTEMA E SEGURANÇA:

Segurança e Manutenção: permite verificar o status do computador e resolver problemas, alterar


configurações de controle de Conta de Usuário e Solução de problemas comuns no computador.

Windows Defender Firewall: o usuário pode verificar o status do Firewall e permitir um aplicativo pelo
Firewall do Windows.

Sistema: exibe informações básicas sobre o computador, como quantidade de memória RAM, velocidade e
nome do computador.

Opções de Energia: o usuário pode alterar as configurações de bateria em caso de notebooks, alterar o
funcionamento dos botões de energia e alterar quando o computador é suspenso.

Histórico de arquivos: salva cópias de backups dos arquivos e restaura arquivos.

Backup e Restauração: permite ao usuário configurar um backup.

Espaços de Armazenamento: gerencia espaços de armazenamento.

Pastas de Trabalho: gerencia pasta de trabalhos.


INFORMÁTICA- CONCURSO MAPA

Ferramentas Administrativas: permite ao usuário liberar espaço no disco (limpeza de disco),


desfragmentar e otimizar suas unidades, criar e formatar espaços no disco rígido, exibir logs de eventos e
agendar tarefas.

MICROSOFT OFFICE WORD 2010

O Microsoft Office Word é um editor de texto que faz parte do Pacote Office, uma suíte de aplicativos de
escritório. No Word é possível criar e editar textos, inserir tabelas, imagens, fórmulas etc.

Esta é interface do Word 2010.

Toda vez que criamos um novo documento no Word o nome do mesmo na barra de títulos é Documento1

No canto esquerdo da barra de títulos podemos localizar a Barra de Ferramentas de Acesso Rápido, nela
podemos salvar o documento, desfazer a última, repetir a última digitação e também possui a opção de
personalizar, adicionando nela, outros atalhos.
INFORMÁTICA- CONCURSO MAPA

O Word 2010 possui oito guias ou abas

A seguir vamos ver os detalhes de cada guia.

Arquivo

Na guia Arquivo é possível salvar o documento, salvar como, abrir, fechar. Além dessas opções podemos
ver os documentos recentes, abrir um novo documento, imprimir, salvar e enviar o documento, ajuda,
opções e sair.

Quando abrimos a guia Arquivo aparece as informações sobre o documento que estamos trabalhando no
momento, na opção de Informações é possível proteger o documento para que outras pessoas não o alterem,
também é possível verificar problemas antes de compartilhar o arquivo e gerenciar versões.
INFORMÁTICA- CONCURSO MAPA

Quando o documento é novo e ainda não foi salvo e selecionamos a opção salvar, o Word abre a janela de
salvar como, nesta janela é possível renomear o documento e escolher onde o mesmo será salvo. Para salvar
um documento no Word também é possível utilizar o atalho Ctrl + B.

Para abrir um documento (já existente) podemos utilizar o atalho Ctrl + A e para fechar podemos utilizar o
atalho Ctrl + W. O Word possui diversas teclas de atalhos para diferentes, ao longo das aulas iremos
conhece-las. Para criar um novo documento no Word podemos utilizar o atalho Ctrl + O, para imprimir Ctrl
+ P, para acessar a ajuda utilizamos a tecla de função F1.
INFORMÁTICA- CONCURSO MAPA

Quando clicamos no botão de Opções abre uma nova janela onde podemos alterar algumas configurações do
Word.

Geral: Opções de interface do Usuário; Personalizar a cópia do Microsoft Office.

Exibir: Opções para exibição de páginas; Sempre mostrar marcas de formatação na tela; Opções de
Impressão.

Revisão de Texto: Opções de Autocorreção; Ao corrigir a ortografia nos programas do Microsoft Office;
Ao corrigir a ortografia e a gramática no Word; Exceções para.

Salvar: Salvar documentos; Opções de edição off-line para arquivos de servidor de gerenciamento de
documentos; Preservar fidelidade ao compartilhar este documento.

Idioma: Escolher idiomas de edição; Escolher idiomas de exibição e ajuda; Escolher idioma da dica de tela.

Avançado: Opções de edição; Cortar, copiar e colar; Tamanho e qualidade da imagem; Mostrar o conteúdo
do documento; Exibir; Imprimir; Ao imprimir este documento; Salvar; Preservar fidelidade ao compartilhar
este documento; Geral; Opções de compatibilidade.

Personalizar Faixa de Opções: permite que o usuário altere a faixa de opções e os atalhos do teclado.

Barra de Ferramentas de Acesso Rápido: permite que o usuário personalize a barra de ferramentas de
acesso rápido. Suplementos: exibe e gerencia suplementos do Microsoft Office.

Central de Confiabilidade: Protegendo sua privacidade; Segurança e outras informações; Central de


confiabilidade do Microsoft Word.
INFORMÁTICA- CONCURSO MAPA

Página Inicial A página inicial é a guia principal do word, ela é separada por Área de Transferência, Fonte,
Parágrafo, Estilo e Edição.

Teclas de Atalho Ctrl

● 1. CTRL+A: abrir um documento

● 2. CTRL+B: salvar um documento

● 3. CTRL+O: criar um novo documento

● 4. CTRL+W: fechar documento

● 5. CTRL+T: selecionar tudo

● 6. CTRL+N: aplicar negrito ao texto selecionado

● 7. CTRL+I: aplicar itálico ao texto selecionado

● 8. CTRL+S: aplicar sublinhar ao texto selecionado


INFORMÁTICA- CONCURSO MAPA

● 9. CTRL+[: diminuir o tamanho da fonte em 1 ponto

● 10. CTRL+]: aumentar o tamanho da fonte em 1 ponto

● 11. CTRL+E: centralizar o texto

● 12. CTRL+Q: alinhar à esquerda

● 13. CTRL+G: alinhar à direita

● 14. CTRL+J: justificar

● 15. CTRL+Z: desfazer ação

● 16. CTRL+R: refazer ação

● 17. CTRL+F1: expandir ou ocultar a faixa de opções

● 18. CTRL+K: inserir hyperlink

● 19. CTRL+L: abra a caixa de pesquisa

● 20. CTRL+U: localizar e substituir texto

● 21. CTRL+P: imprimir documento

● 22. CTRL+seta para a esquerda: mover o cursor uma palavra à esquerda

● 23. CTRL+seta para a direita: mover o cursor uma palavra à direita

● 24. CTRL+seta para cima: mover o cursor um parágrafo para cima

● 25. CTRL+seta para baixo: mover o cursor um parágrafo para baixo

● 26. CTRL+PgDown: mover para o topo da próxima página

● 27. CTRL+PgUP: mover o cursor para o topo da página anterior

● 28. Ctrl+Shift+W: sublinhar as palavras selecionadas, mas não os espaços

● 29. Ctrl+Shift+A: formatar todas as letras selecionadas como maiúsculas

● 30. Ctrl+Shift+D: aplicar sublinhado duplo ao texto selecionado

● 31. Ctrl+Shift+H: aplicar formatação de texto oculto

● 32. Ctrl+Shift+K: formatar as letras com versalete

● 33. Ctrl+=: formatar com subscrito (espaçamento automático)

● 34. Ctrl+Shift+Sinal de mais (+): aplicar sobrescrito (espaçamento automático)

● 35. Ctrl+Barra de espaços: remove a formatação manual dos caracteres


INFORMÁTICA- CONCURSO MAPA

● 36. Ctrl+Shift+Q: alterar a seleção para a fonte Symbol

● 37. Ctrl+Shift+F: abrir a caixa de diálogo Fonte para alterar a fonte

● 38. Ctrl+Shift+>: aumentar o tamanho da fonte

● 39. Ctrl+Shift+

MODOS DE EXIBIÇÃO

● 41. ALT+CTRL+O: alternar para o modo de exibição de estrutura de tópicos

● 42. ALT+CTRL+N: alternar para o modo de rascunho

TRABALHAR COM TÍTULOS NO MODO DE EXIBIÇÃO DE ESTRUTURA DE TÓPICOS

● 43. Alt+Shift+Seta para a esquerda: Promover um parágrafo

● 44. Alt+Shift+Seta para a direita: rebaixar um parágrafo

● 45. Alt+Shift+Seta para cima: mover os parágrafos selecionados para cima

● 46. Alt+Shift+Seta para baixo: mover para baixo os parágrafos selecionados

EDITAR ELEMENTOS GRÁFICOS

● 47. F8: Duas vezes, seleciona a palavra; três, a frase; quatro o parágrafo; cinco, o texto todo.

● 48. F8+setas: selecionar o caractere mais próximo

● 49. Shift+F8: reduzir o tamanho de uma seleção

● 50. Shift+seta para a direita: ampliar uma seleção com um caractere à direita

● 51. Shift+seta para a esquerda: ampliar uma seleção com um caractere à esquerda

● 52. CTRL+Shift+seta para a direita: ampliar uma seleção até o final de uma palavra

● 53. CTRL+Shift+seta para a esquerda: ampliar uma seleção até o início de uma palavra

● 54. Shift+End: ampliar uma seleção até o final de uma linha

● 55. CTRL+Shift+End: seleciona até o final do documento

● 56. Shift+Page Down: ampliar uma seleção uma tela para baixo

● 57. Shift+Page Up: ampliar uma seleção uma tela para cima

● 58. Ctrl+Shift+Home: ampliar uma seleção até o início de um documento

● 59. Ctrl+Shift+End: ampliar uma seleção até o final de um documento


INFORMÁTICA- CONCURSO MAPA

● 60. Alt+Ctrl+Shift+Page Down: ampliar uma seleção até o final de uma janela

● 61. Ctrl+Shift+F8 e, em seguida, utilize as teclas de setas; pressione Esc para cancelar o modo de seleção:
selecionar um bloco vertical de texto

● 62. F8+Teclas de setas; pressione Esc para cancelar o modo de seleção: ampliar uma seleção até um local
específico em um documento

EDITAR TABELAS

● 63. Tab: selecionar o conteúdo da próxima célula

● 64. Shift+Tab: selecionar o conteúdo da célula anterior

● 65. Shift+Alt+Page Down: para selecionar a coluna da parte superior para a inferior

● 66. Shift+Alt+Page Up: para selecionar a coluna da parte inferior para a superior

● 67. Alt+Shift+End: para selecionar a linha da esquerda para a direita

● 68. Alt+Shift +Home: para selecionar a linha da direita para a esquerda

● 69. Ctrl+Shift+F8 e, em seguida, utilize as teclas de setas; pressione Esc para cancelar o modo de seleção:
estender uma seleção (ou um bloco)

● 70. Alt+5 no teclado numérico (com Num Lock desativado): selecionar uma tabela inteira

TECLAS DE FUNÇÃO

● 71. F1: acessar a Ajuda

● 72. F4: repetir a última ação

● 73. F5: comando Ir Para

● 74. F7: escolher o comando Ortografia

● 75. F8: estender uma seleção

● 76. F9: atualizar campos selecionados

● 77. F10: mostrar dicas de teclas

● 78. F11: ir para o próximo campo

● 79. F12: comando Salvar Como

● 80. Shift+F1: iniciar a ajuda contextual ou revelar a formatação

● 81. Shift+F2: copiar texto

● 82. Shift+F3: alternar as letras entre maiúsculas e minúsculas


INFORMÁTICA- CONCURSO MAPA

● 83. Shift+F5: ir para a última alteração

● 86. Shift+F7: escolher o comando Dicionário de Sinônimos (guia Revisão, grupo Revisão de Texto)

● 87. Shift+F8: reduzir o tamanho de uma seleção

● 89. Shift+F10: exibir um menu de atalho

● 90. Shift+F12: escolher o comando. Salvar

● 91. Ctrl+F1: expandir ou recolher a faixa de opções

● 92. Ctrl+F2: escolher o comando Visualizar Impressão

● 93. Ctrl+F3: recortar para o Auto Texto Especial

● 94. Ctrl+F4: fechar a janela

● 95. Ctrl+F6: ir para a próxima janela

● 96. Ctrl+F9: inserir um campo vazio {}

● 97. Ctrl+F10: minimizar e maximizar a janela do documento

● 98. Ctrl+F11: proteger um campo

● 99. Ctrl+F12: escolher o comando abrir

● 100. Ctrl+Shift+F3: inserir o conteúdo do Auto Texto Especial

● 101. Ctrl+Shift+F5: editar um indicador

● 102. Ctrl+Shift+F6: ir para a janela anterior

● 103. Ctrl+Shift+F7: atualizar informações vinculadas em um documento de origem do Word

● 104. Ctrl+Shift+F8 e pressione uma tecla de setas: estender uma seleção ou um bloco

● 105. Ctrl+Shift+F9: desvincular um campo

● 106. Ctrl+F11: proteger um campo

● 107. Ctrl+Shift+F11: desproteger um campo

● 108. Ctrl+Shift+F12: escolher o comando imprimir

● 109. ALT+F5: restaurar a janela

● 110. ALT+F7: localizar o próximo erro gramatical ou ortográfico

● 111. ALT+F8: executar uma macro

● 112. ALT+F9: alternar entre todos os códigos de campo e seus resultados


INFORMÁTICA- CONCURSO MAPA

● 113. Alt+F10: exibir o painel de tarefas de Seleção

● 114. ALT+F11: exibir código do Visual Basic

MICROSOFT OFFICE EXCEL

O Microsoft Office Excel é uma planilha eletrônica que faz parte do Pacote Office, uma suíte de aplicativos
de escritório.

No Excel é possível criar planilhas, tabelas e gráficos.

Esta é interface do Excel 2010.

O Excel por ser uma planilha, sua interface é dividida em linhas e colunas, que formam as células.

Toda vez que criamos um novo documento no Excel o nome do mesmo na barra de títulos é Pasta1. No
canto esquerdo da barra de títulos podemos localizar a Barra de Ferramentas de Acesso Rápido, nela
podemos salvar a planilha, desfazer a última, repetir a última digitação e também possui a opção de
personalizar, adicionando nela, outros atalhos.
INFORMÁTICA- CONCURSO MAPA

Excel 2010 possui oito guias ou abas.

FÓRMULAS

A guia Fórmula é uma das guias mais importantes do Excel, é a guia onde se encontra todas as fórmulas que
podem ser utilizadas.

Nesta guia estão os grupos Biblioteca de Funções, Nomes Definidos, Auditoria de Fórmulas e Cálculo.

Biblioteca de Funções: neste grupo, no botão Inserir Função (Shift + F3) o usuário pode editar a fórmula da
célula selecionada escolhendo funções e editando os argumentos.
INFORMÁTICA- CONCURSO MAPA

No botão AutoSoma (Alt + =) o usuário pode exibir a soma das células selecionadas e também pode utilizar
outras funções como média, contar números e etc.

No botão Usadas Recentemente ficam as últimas fórmulas utilizadas pelo usuário.


INFORMÁTICA- CONCURSO MAPA

Cálculo: neste grupo o usuário pode utilizar o botão Opções de Cálculo para especificar quando as fórmulas
serão calculadas. O botão Calcular Agora (F9) calcula a pasta de trabalho inteira no momento que o usuário
clicar no botão, só é necessário utilizar esse recurso se o cálculo automático estiver desativado. O botão
Calcular Planilha (Shift + F9) calcula a planilha atual no momento em que o usuário clica no botão, assim
como no botão anterior, só é necessário utilizar esse recurso se o cálculo automático estiver desativado.

Teclas de Atalho

Atalhos de guias e janelas


INFORMÁTICA- CONCURSO MAPA
INFORMÁTICA- CONCURSO MAPA
INFORMÁTICA- CONCURSO MAPA
INFORMÁTICA- CONCURSO MAPA

QUESTÕES GABARITADAS DE CONCURSOS DO MAPA

1) Considere a seguinte planilha do Excel.

O resultado da fórmula =SOMASE(D2:D6;“>15”) é

Alternativas

A) 15.

B) 74.

C) 52.

D) 16.

E) 37.

2) No Microsoft Word, quando se pretende alterar rapidamente a formatação de texto, os estilos do Word
são as ferramentas mais eficazes. Após aplicar um estilo em diferentes seções de texto no documento, é
possível modificar a formatação desse texto alterando o estilo. O Word inclui vários tipos de estilos, alguns
dos quais podem ser usados para criar tabelas de referência neste aplicativo. Por exemplo, o estilo usado
para criar um Sumário é denominado.

Alternativas

A) Citação.

B) Título.

C) Índice.

D) Normal.

E) Referência.
INFORMÁTICA- CONCURSO MAPA

3) No Excel 2000, em relação aos tipos de dados, são estabelecidos quatro formatos básicos. Esses formatos
básicos são conhecidos como:

A) Data e hora, texto, cifra e boleano;

B) Número, boleano, fórmula e cifra;

C)Cifra, fórmula, data e hora e texto;

D) Fórmula, número, cifra e data e hora;

E) Texto, número, data e hora e fórmula.

4) No MS Excel, o tipo de referência que indica uma posição na planilha, sendo a melhor maneira para
trabalhar com fórmulas, pois elimina, caso haja alteração de valores, a necessidade de digitar novamente a
fórmula, é conhecida como referência:

Alternativas

A) absoluta;

B) estatística;

C) lógica;

D) máxima;

E) relativa.

5) No software livre BrOffice, o aplicativo que consiste de uma planilha eletrônica, correspondente ao Excel
da Microsoft, é conhecido como:

Alternativas

A) Writer;

B) Math;

C) Base;

D) Impress;

E) Calc.
INFORMÁTICA- CONCURSO MAPA

6) Suponha que no MS Excel existam os seguintes valores nas seguintes células:

B10 = 5;
F5 = 1;
F6 = 2;
F7 = 3;
F8 = 4;
G1 = 6.

Admita ainda que o cursor esteja na célula B9. O resultado apresentado, ao ser utilizada a seguinte função
=SOMA(B10;F5:F8;G1), na célula B9 será:

Alternativas

A) 21;

B) 12;

C) 16;

D) 15;

E) 6.

7) No processador de textos Word 2000, ao se pressionar a tecla Tab (tabulações), estando o usuário com o
cursor na última célula de uma tabela, ocorre:

Alternativas

A) o retorno do cursor para a primeira célula da tabela;

B) o aparecimento de uma mensagem avisando que é a última célula;

C) a inserção automática de outra nova linha da tabela;

D) o deslocamento do foco do aplicativo (Word 2000) para a primeira janela aberta ou para o botão iniciar
do Windows;

E) o fechamento da tabela no aplicativo Word 2000.

GABARITO DAS QUESTÕES

1: E 2: B 3: E 4: E 5: E 6: A 7: C
ATUALIDADES - MAPA

ÉTICA E CIDADANIA

Introdução

Ao falarmos de Ética e de Cidadania é necessário ter cuidado com relação ao fato de que, embora esses dois
conteúdos possam parecer iguais, eles são, no entanto, assuntos diferentes.

É verdade que Ética e Cidadania têm muitas características em comum, como, por exemplo, o bem da
coletividade e a busca pela justiça, mas os termos não têm sentidos únicos, e é preciso ter cuidado para não
confundir todo o conteúdo da Ética com todo o conteúdo da Cidadania.

Cidadania

Se buscarmos historicamente a origem do termo “Cidadania”, seremos remetidos ao termo “política” já que,
na Grécia Antiga, político era a pessoa responsável por cuidar e tomar decisões em relação à polis (cidade,
região). Quando o Império Romano invadiu a Grécia, houve adaptação do termo grego polis para o termo
latino civis. Desse termo surgiram palavras como cidade, civilização, civismo e cidadania. Por causa desse
fato histórico, pelo menos em termos linguísticos, o termo “cidadão” é o equivalente, em língua latina, do
termo de origem grega “político”.

Em nossos dias e em nossa língua, ser politico é antes ser um profissional da política. Ou seja, não se diz que
todos somos políticos simplesmente porque todos somos cidadãos. A equivalência, essa igualdade entre ser
político e ser cidadão, não existe mais em nosso dia a dia. Então a pergunta é: o que é um cidadão se ele não
for político?

O cidadão só é cidadão se cuida de sua cidade, de seu meio, ou seja, se for político no sentido original grego
da palavra. Dessa afirmação podem-se retirar muitas discussões sociológicas, mas o que nos interessa é
compreender que o eixo da Cidadania envolve a noção de cuidado com a coletividade. São exemplos
simples dessas ações:

 o não desperdício da água;


 o respeito às instituições e a recursos públicos e privados;
 a responsabilidade na educação das crianças;
 o respeito às leis de trânsito;
 o voto consciente;
 a solidariedade com os mais necessitados;
 a exigência de direitos e o cumprimento de deveres etc.

O núcleo da Cidadania reside na consciência de que fazemos parte de uma comunidade e que essa
comunidade depende de um meio. Quanto mais harmonia, paz, segurança, saúde, justiça e recursos existirem
nessa comunidade, melhor será a qualidade de vida de cada indivíduo que pertence a ela. 

Por esse motivo é que o cumprimento das leis, a reivindicação de direitos, a responsabilidade com a
educação dos jovens, o voto consciente e o uso adequado dos recursos naturais são atitudes
indiscutivelmente cidadãs. Enfim, toda atitude que busque o bem-estar do conjunto social e natural ao qual
pertencemos é uma atitude cidadão.

1
ATUALIDADES - MAPA
Ética

Temos a origem do termo também na Grécia Antiga. O primeiro tratado formal de Ética é de Aristóteles,
feito na obra chamada Ética a Nicômaco, escrito que traz uma série de considerações de como agir da
melhor forma possível, da forma mais justa, mais próxima do bem e, antes de mais nada, do bem comum.
Para Aristóteles, “o homem é um animal político”, ou seja, suas ações se referem e devem se referir à
coletividade. Portanto, a boa ação só pode ser de fato boa se envolver a felicidade da coletividade.

Assegurar o bem de um indivíduo é apenas melhor que nada; porém, assegurar o bem de uma nação ou de
um Estado é uma realização mais nobre e mais divina. (Aristóteles)

Posteriormente a Aristóteles, a ética foi motivo de muitos estudos que envolviam questões diversas. Na
Idade Média, por exemplo, o foco da Ética era Deus. Na Idade Moderna (a partir do século XVI) passou a
ser o homem. Em nossos dias, passam a ser, predominantemente, os avanços científicos e os acontecimentos
da macropolítica.

Mas a ênfase no bem comum e na justiça foi aquilo que marcou toda a trajetória das principais éticas
desenvolvidas ao longo da história do pensamento ocidental. Pode-se, então, de maneira resumida, dizer que
o centro da ética reside na busca pela melhor ação a ser realizada visando ao benefício do maior número de
pessoas possível.

2
ATUALIDADES - MAPA

Segundo Aristóteles, a finalidade da ação humana deve ser a felicidade coletiva, sendo que a felicidade
estaria ligada ao comportamento racional do homem. Isso porque a razão seria capaz de desenvolver as
virtudes (coragem, honestidade, lealdade, justiça, bondade etc.), que são reconhecidas como a manifestação
do bem.

Quando uma pessoa rouba um objeto qualquer, ela está roubando todo o trabalho, todo o direito de
propriedade daquelas forças que produziram esse objeto. Não seria justo roubar um carro, porque ele teve
custo para ser produzido. O carro representa um conjunto de esforços e trabalhos que pertencem a alguém
que, por uma questão de justiça, deve ser respeitado. Mas como respeitar o trabalho dessas pessoas e
empresas que construíram o desejado automóvel? Ora, comprando o automóvel, e não roubando-o. Quando
compramos um objeto, estamos trocando o trabalho e o investimento que foram necessários para produzir
esse objeto pelo nosso trabalho, que proporcionou o dinheiro para a compra. Assim, trocamos o lucro
financeiro de quem produziu o objeto pela nossa satisfação ao adquiri-lo. Ou seja, nessa situação existe
justiça porque existe benefício para ambas as partes.

A questão do bem e da justiça, o centro de toda Ética, não é algo simples, pois todos nós somos diferentes.
Assim, torna-se tarefa muito delicada tomar uma decisão, estabelecer uma norma que, respeitando as
diferenças, consiga atingir um estado bom e justo. Aqui podemos acrescentar que o bem está geralmente
ligado a um estado de satisfação, felicidade, que não foi obtido por meio do sofrimento alheio. A justiça
geralmente está associada ao equilíbrio, a uma adequação entre causa e consequência: roubo/ punição,
trabalho/sucesso etc.

Dessa forma, se a finalidade da minha ação é exclusivamente atingir o meu bem ou o bem daqueles que
estão próximos a mim, eu não posso dizer que se trata de um agir ético. Se, por outro lado, a finalidade da
minha ação visa ao bem e à justiça da coletividade, podemos dizer, seguramente, que essa ação está ligada
aos principais fundamentos da Ética.

Conclusão

Ética e Cidadania são conceitos próximos pelo fato de terem como ponto central a noção de bem comum. A
Ética está mais ligada a virtudes e valores morais, enquanto a Cidadania se refere mais às condições
materiais necessárias para o bem-estar da sociedade. Na prática não é possível separar completamente a
Ética da Cidadania. Uma conduz à outra.

RELAÇÕES HUMANAS NO TRABALHO

Manter o equilíbrio social é essencial em todas as áreas e momentos da vida, em especial no trabalho.
Afinal, é no ambiente corporativo onde passamos a maior parte do dia a interatividade se faz necessária,
independentemente do grau hierárquico. Por isso, é tão importante conservar a harmonia nas relações
humanas no trabalho.

Isso gera empatia, colaboração, alinhar metas e produtividade.

O desequilíbrio emocional pode causar vários problemas de ordem emocional, afetando diretamente a
capacidade produtiva individual e até em equipe.

3
ATUALIDADES - MAPA
Entre os mais comuns citamos a desmotivação e o estresse, sinais de que o ambiente de trabalho não é
saudável e muito menos desenvolvido.

Os colaboradores precisam se sentir seguros, amparados, motivados para desempenhar bem suas funções.
Além disso, se relacionar faz parte da natureza humana e no trabalho não é diferente. As relações humanas
no trabalho ocorrem naturalmente durante o expediente.

Por exemplo, a partir de uma ordem dada, a convocação de uma reunião, um retorno sobre alguma atividade,
novas ideias que surgem, um debate, entre outras atividades.

Relações humanas têm a arte de se comunicar e de expressar como princípios básicos para se manter um
bom convívio. Independente do ambiente onde esteja, a pessoa precisa ter consciência de que se relacionar
com o outro é essencial para sua interação com a sociedade de uma forma geral.

Basicamente temos dois tipos de relação humana: a interpessoal, onde as pessoas interagem em eventos, na
família, na escola, na empresa, entre outros locais e o intrapessoal, consigo mesma.

Alinhar o conhecimento interno com os anseios do outro é essencial para manter relações humanas
saudáveis, duradouras e prazerosas.

De acordo com o contexto e o local em que se está inserido, comportamento e a maneira de se relacionar
mudam constantemente. Por isso é tão importante saber se comunicar, se expressando de forma correta em
cada ambiente, em especial no trabalho.

São fatores que influenciam diretamente na adaptação e na construção de boas relações sociais. Trabalhar
em um ambiente positivo, com condições favoráveis, tanto em estrutura como na convivência com os
colegas é fundamental.

PARA MANTER UMA BOA CONVIVÊNCIA

Existem vários fatores que colocam em risco essa boa convivência.

Entre elas podemos destacar a:

 falta de empatia;
 o desrespeito de ambos os lados;
 a arbitrariedade
 competitividade excessiva.

A relação humana se dá quando existe qualquer tipo de interação entre uma ou mais pessoas.

O mesmo acontece no ambiente corporativo, envolvendo o relacionamento entre os chefes, chefes e


subordinados e entre os colaboradores. As relações humanas no trabalho devem ser restritas aos processos
da empresa.

Um conceito que já vem sendo estudado há anos. Um exemplo aconteceu em 1930, quando a fábrica
americana Hawthorne Works introduziu algumas mudanças na rotina diária dos trabalhadores. Os gestores
viram que isso afetou de alguma forma a produtividade dos trabalhadores. Qualquer alteração, ruído na
comunicação ou descumprimento das regras, pode colocar em risco o convívio diário interno.

4
ATUALIDADES - MAPA
Para que isso não ocorra é preciso definir muito bem e de forma clara, quais são as competências de cada um
nesse processo, alinhando objetivos, habilidades, e, por consequência, produtividade.

Nesse contexto, o setor de Recursos Humanos tem papel essencial para promover relações humanas
saudáveis no trabalho.

São várias as estratégias que podem ser adotadas nesse processo. Entre elas, promover uma melhor gestão
comportamental; planejar ações de socialização; estimular a cultura do retorno sobre alguma ação, entre
outras iniciativas.

Um ambiente socialmente agradável reflete boas relações, boas ideias e boa produtividade. Saber interpretar
e não extrapolar os limites dessa relação é outro ponto importante.

GERENCIAR O TEMPO

Um colaborador que gerencia bem o seu tempo dentro das relações de trabalho consegue diferenciar as
urgências ou não de seu trabalho. Desta forma consegue executar bem as funções profissionais, encontrando
mais tempo para se dedicar à família e ao lazer.

COMUNICAÇÃO

Saber se comunicar de forma clara, objetiva e simples, seja impessoal ou por meio de programas e
campanhas é essencial para qualidade do ambiente de trabalho e inibi os conflitos internos.

Para um bom convívio, precisamos estar em um ambiente agradável e prazeroso.

DEVEMOS EVITAR

A importância das relações humanas no trabalho está diretamente ligada à convivência em um ambiente
harmonioso e agradável para todos da empresa.

5
ATUALIDADES - MAPA
Por isso é tão importante que a gestão de Recursos Humanos esteja muito bem alicerçada para promover
boas relações internas. Índices de produtividade positivos e de satisfação no trabalho dependem disso.

QUESTÕES DO CONCURSO MAPA

1) A foto mostra vários jovens vestidos de preto e mascarados, internacionalmente conhecidos por Black
Blocs, que vêm se integrando às manifestações brasileiras, principalmente nas cidades do Rio de Janeiro e
São Paulo.

Acerca dos Black Blocs, mundialmente conhecidos, é INCORRETO afirmar que

Alternativas

A) ganharam força nas manifestações contra o neoliberalismo, a globalização e o capitalismo.

B) têm origem na Alemanha, nos movimentos de contracultura da segunda metade do século XX.

C) não se intitulam uma organização, mas uma tática de protesto condicionada a contextos políticos.

D) é um grupo fascista, que se manifesta através de movimentos pacíficos, oriundo de


cenários punks anarquistas.

Nos últimos meses, o país Honduras tem vivido momentos de incertezas políticas. Sobre a situação política
de Honduras, analise as sentenças abaixo:

6
ATUALIDADES - MAPA
I. O governo brasileiro adotou uma política de neutralidade e distanciamento, não se pronunciando sobre as
questões internas do país.

II. Os dois presidentes, o deposto e o interino, envolvidos na crise política, são do Partido Liberal.

III. A deposição do presidente hondurenho Roberto Micheletti foi um dos fatores da crise política.

IV. Um acordo foi selado, em fins de outubro do corrente ano, tendo como um de seus pontos a transferência
da autoridade das Forças Armadas para o Supremo Tribunal Eleitoral.

Das sentenças acima, estão corretas apenas:

Alternativas

A) I, II e IV;

B) I e III;

C) II e III;

D) II e IV;

E) III e IV.

GABARITO DAS QUESTÕES

1: D 2: D

7
ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

DECRETO Nº 24.114 DE 12 DE ABRIL DE 1934.

Aprova o Regulamento de Defesa Sanitária Vegetal

O CHEFE DO GOVERNO PROVISÓRIO DA REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL,


usando das atribuïções que lhe confere o art. 1º do decreto nº 19.398, de 11 de novembro de 1930,

DECRETA:

Art. 1º Fica aprovado o regulamento da Sanitaria Vegetal que com êste baixa, assinado pelo ministro de
Estado dos Negócios da Agricultura e referendado pelos da Fazenda, das Relações Exteriores e da Viação e
Obras Públicas.

Art. 2º Revogam-se as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 12 de abril de 1934, 113º da Independência e 46º da República.

GETÚLIO VARGAS
Juarez do Nascimento Fernandes Tavora
Oswaldo Aranha
Felix de Barros Cavalcanti de Lacerda
José Americo de Almeida

Este texto não substitui o publicado na CLBR, de 1934 e retificado em 28.5.1934.

Regulamento de Defesa Sanitária Vegetal

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º São proibidos, em todo o território nacional, nas condições abaixo determinadas, a importação, o
comércio, o trânsito e a exportação:

a) de vegetais e partes de vegetais, como sejam: mudas, galhos, estacas, bacélos, frutos, sementes, raízes,
tubérculos, bulbos, rizomas, fôlhas e flores, quando portadores de doenças ou pragas perigosas;

b) de insétos vivos, ácaros, nematodes e outros parasitos nocivos às plantas, em qualquer fase de evolução;

c) de culturas de bactérias e cogumelos nocivos às plantas;

d) de caixas, sacos e outros artigos de acondicionamento, que tenham servido ao transporte dos produtos
enumerados nêste artigo;

e) de terras, compostos e produtos vegetais que possam conter, em qualquer estado de desenvolvimento,
criptógomos, insetos e outros parasitos nocivos aos vegetais, quer acompanhem ou não plantas vivas.

§ 1º Para determinadas espécies vegetais, a critério do Serviço da Defesa Sanitária Vegetal, poderá ser
admitida a importação com terra, sujeitando-se as mesmas, obrigatòriamente, à desinfeção e substituição da
terra à chegada.

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ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

§ 2º Sòmente para fins experimentais em estabelecimentos científicos do país, poderá o Ministério da


Agricultura permitir a importação do material previsto nas alíneas a, b e c dêste artigo, observadas, porém as
medidas preventivas que forem prescritas em cada caso pelo Conselho Nacional de Defesa Agrícola.

§ 3º Ministério da Agricultura permitirá, por portaria, ouvido o Conselho Nacional de Defesa Agrícola, a
introdução no país, das espécies de insétos, fungos, bactérias, etc., reconhecidamente úteis, aos quais não se
aplicada a proïbição contida nas letras b e c dêste artigo.

Art. 2º Independentemente do estabelecido no art. 1º, o Ministério da Agricultura poderá proïbir ou


estabelecer condições especiais para a importação de qualquer vegetais, partes de vegetais e produtos
agrícolas que provenham de paízes suspeitos ou assolados por doenças ou pragas, cuja introdução no país
possa constituir perigo para as culturas nacionais.

Parágrafo único. O Ministério da Agricultura determinará em portaria. quais os produtos e respectivos países
de procedência, compreendidos nêste artigo.

CAPÍTULO II
IMPORTAÇÃO DE VEGETAIS E PARTES DE VEGETAIS

Art. 3º A Importação de vegetais e partes de vegetais sòmente será permitida pelos portos ou estações de
fronteiras em que houver sido instalado o Serviço de Defesa Sanitária Vegetal.

Parágrafo único. O Ministério da Agricultura determinará, por portaria, periòdicamente, quais os portos ou
estações que se acham aparelhados para os efeitos do presente artigo.

Art. 6º Para os fins previstos neste regulamento, o Ministério da Fazenda. por intermédio de suas alfândegas
e postos aduaneiros, notificará imediatamente ao técnico do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal com
jurisdição no pòrte ou estação de fronteira, a chegada, com procedência do estrangeiro, de quaisquer
vegetais ou partes de vegetais.

Parágrafo único. Idêntica notificação será feita pelo Ministério da Viação e Obras Públicas, por intermédio
do Departamento dos Correios e Telégrafos, com referência aos vegetais e partes de vegetais importados por
via postal.

Art. 7º Em caso algum as repartições referidas no artigo anterior e parágrafo único permitirão o despacho de
vegetais e partes de vegetais, sem a respectiva autorização do técnico do Serviço de Defesa Sanitária
Vegetal.

§ 1º Essa autorização será impetrada mediante requerimento do importador ou seu despachante, que deverá
fornecer ao técnico do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal o seguinte:

a) o certificado de origem e de sanidade vegetal do país de origem: (Redação dada pelo Decreto nº
6.946, de 2009)

b) informações completas sôbre os produtos a despachar, inclusive as que se tornarem precisas par a
estabelecer a sua identificação.

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ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

§ 2º O certificado a que se refere a alínea a do parágrafo 1º dêste artigo deverá ser assinado pela autoridade
competente do serviço oficial de proteção aos vegetais do país exportador e conter:

a) quantidade e natureza dos volumes;

b) peso e marca:

c) navio e data da partida;

d) discriminação dos vegetais e partes de vegetais;

e) indicação do lugar da cultura;

f) nome do exportador;

g) nome e enderêço do destinatário;

h) data em que se realizou a inspeção;

i) atestado de que os produtos exportados são considerados isentos de doenças e pragas nocivas às culturas;

j) visto consular, no caso de país de origem que requeira o mesmo procedimento nos certificados sanitários
expedidos pelo Brasil

§ 3º Para determinadas espécies de produtos vegetais, deverão ser incluídas no certificado as declarações
especiais exigidas por portarias do Ministério da Agricultura.

Art. 8º Poderão ser dispensadas das exigências do certificado de sanidade de que trata o artigo anterior, as
pequenas partidas de vegetais e partes de vegetais importadas por via postal, inclusive encomendas postais,
registrados, amostras sem valor, etc., ou trazidas na bagagem dos passageiros, procedentes do estrangeiro,
não podendo tais produtos ser entretanto desembaraçados, sem o competente exame do Serviço de Defesa
Sanitária Vegetal.

§ 1º O Ministério da Agricultura poderá limitar as quantidades e determinar as condições em que será


permitida a dispensa do certificado de sanidade, nos têrmos dêste artigo.

§ 2º Os passageiros procedentes do estrangeiro e que, tragam, em suas bagagens, plantas, sementes, estacas,
rizomas, tubérculos, frutas, etc., são obrigados a isso declarar às autoridades aduaneiras, para efeito da
inspeção sanitária vegetal, ficando tais volumes retidos até o competente exame e autorização de despacho,
concedido pelos técnicos do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal.

§ 3º Em caso de sonegação ou de falsa declaração, ficam os infratores sujeitos à apreensão dos produtos,
além de outras penalidades previstas em leis.

Art. 9º Satisfeitas as exigências dos artigos anteriores, procederá o técnico do Serviço de Defesa Sanitária
Vegetal a inspeção dos produtos importados, autorizando o seu despacho, no caso do haver verificado que os
mesmos não incidem no dispositivo do art. 1º e suas alíneas e artigo 2º e seu parágrafo único, dêste
regulamento.
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ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

Parágrafo único. As plantas vivas e os produtos vegetais de fácil deterioração terão precedência na inspeção
à chegada.

Art. 10. No caso de se verificar na inspeção à chegada que os vegetais ou partes de vegetais estão
compreendidos na proibição prevista no art. 1º e alíneas ou art. 2º e parágrafo, ficarão desde logo sob a
vigilância do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, em lugar por êste indicado.

§ 1º Tais produtos serão reembarcados dentro de 15 dias, ou quando não, após êsse prazo, desnaturados ou
destruídos.

§ 2º As despesas decorrentes das exigências estabelecidas neste artigo caberão ao interessado, sem que ao
mesmo assista direito a qualquer indenização.

§ 3º Tratando-se de praga ou doença perigosa ou de fácil alastramento, fará o Serviço de Defesa Sanitária
Vegetal a apreensão e a destruição imediata dos produtos condenados.

§ 4º A desnaturação, remoção e destruição de produtos condenados será feita pelo Serviço de Defesa
Sanitária Vegetal, ou pelas alfândegas, aos portos em que aquela não estiver para tal fim aparelhada.

Art. 11. Os produtos vegetais importados, infectados ou infestados, ou mesmo suspeitos de serem
veiculadores de fungos, insetos e outros parasitos, já existentes e disseminados no país e reputados de
importância econômica secundária, poderão ser despachados, uma vez submetidos à situação ou expurgo, ou
esterilização, segundo as condições determinadas pelo Ministério da Agricultura.

Parágrafo único. Nos casos das infecções ou infestações, a que se refere êste artigo, terem maior intensidade,
ficarão os vegetais ou partes de vegetais sujeitos ao disposto no art. 10 e seus parágrafos.

Art. 12. Os vegetais ou partes de vegetais procedentes de países ou regiões suspeitas, ou cujo estado
sanitário à chegada, ofereça dúvidas, poderão ser plantados, sob quarentena, em estabelecimento oficial, ou
lugar que ofereça as garantias necessárias, a juízo do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, que os manterá
sob fiscalização não podendo os mesmos ser removidos sem autorização prévia.

Art. 13. O Ministério da Agricultura determinará, por portaria, quais os produtos vegetais destinados à
alimentação, fins industriais, medicinais ou de ornamentação, cuja livre entrada no país não constitua perigo
para as culturas nacionais, podendo assim ficar dispensados de algumas ou de todas as exigências do
presente regulamento.

Art. 14. Por extravio, ou imperfeição, nos certificados de sanidade ou de desinfeção, exigidos em virtude
dêste regulamento, para a importação de vegetais e partes de vegetais, poderia ser facultado ao importador -
a critério do Ministério da Agricultura - assinar têrmo de responsabilidade e prestar caução em dinheiro,
mediante a condição de ser apresentado posteriormente e no prazo prefixado, o certificado respectivo.

§ 1º Só será concedida a permissão do que trata êste artigo, para produtos que não incidam nas proibições do
artigo 1º e suas alíneas, ou nas medidas de exclusão em vigor.

§ 2º Em portaria especial serão reguladas as condições e taxas exigidas para a concessão a que se refere êste
artigo.

Art. 15. As infrações referentes a importação, ficam sujeitas às seguintes penalidades:

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ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

a) multa de 500$ a 5:000$ a todos aqueles que, em desobediência a êste regulamento, introduzirem ou
tentarem introduzir no território nacional, vegetais, partes de vegetais ou quaisquer produtos ou artigos de
importação proibida, previstas nos art. 1º e alínea e 2º e parágrafo;

b) multa de 500$ a 5:000$ para os que, sem a necessária autorização do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal,
introduzirem ou tentarem introduzir, no país, vegetais, partes de vegetais ou quaisquer produtos ou artigos
capazes de serem transmissores ou veiculadores de doenças ou pragas das plantas;

c) multa de 50$ a 500$ para os que, subtraindo-se à fiscalização a que se refere o art. 8º e seus parágrafos,
introduzirem ou procurarem introduzir pequenas partidas de vegetais e partes de vegetais, importadas por
via postal ou na bagagem;

d) multa de 200$ a 3:000$ para o importador de vegetais, sujeitos a quarentena, nos termos do art. 12, que os
remover sem autorização do funcionário técnico do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal encarregado da
fiscalização;

c) multa de 100$ a 1:000$ a todos aqueles que auxiliares, as infrações de que trata, as alíneas a, b, c, e d
deste artigo.

CAPITULO III
COMÉRCIO DE VEGETAIS E PARTE DE VEGETAIS

Art. 16. Todos os estabelecimentos que negociarem em vegetais e partes de vegetais, como sejam: mudas,
galhos, estacas, bacelos, frutos, sementes, raízes, tubérculos, bulbos, rizomas, folhas, etc., estão sujeitos à
fiscalização periódica do Ministério da Agricultura por intermédio dos funcionários do Serviço de Defesa
Sanitária Vegetal.

Parágrafo único. Todos os estabelecimentos referidos neste artigo são obrigados a conservar expostos à vista
dos compradores, no mesmo local em que oferecerem à venda vegetais e partes de vegetais do seu comércio,
o certificado de sanidade, quadros murais e instruções relativas à profilaxia vegetal, que lhes forem
fornecidos pelo Ministério da Agricultura.

Art. 17. Os estabelecimentos referidos do artigo anterior deverão manter escrituração dos produtos com que
comerciam, exibindo-a aos funcionários do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, sempre que lhes for
solicitado.

Art. 18. Os vegetais e partes de vegetais expostos à venda deverão ser acompanhados de etiqueta contendo o
nome do produto e a localidade de onde provêm.

Art. 19. As propriedades agrícolas mencionadas no artigo 16 deverão possuir certificado de sanidade para
que, possam negociar livremente com seus produtos.

§ 1º O certificado a que se refere este artigo será concedido mediante requerimento feito ao Serviço de
Defesa Sanitária Vegetal, vigorará pelo prazo nele estipulado e será exigido, inicialmente, nas localidades
sob jurisdição de técnicos do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal.

§ 2º A obrigatoriedade do certificado de sanidade, de que trata este artigo, será estendida a outros ponto do
território nacional na medida dos recursos orçamentários.

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ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

§ 3º Em casos especiais, poderá o certificado de que cogita este artigo ser anulado, antes da terminação do
prazo nele consignado.

Art. 20. É livre, em todo o território nacional, o trânsito de plantas, partes de vegetais ou produtos de
origem vegetal. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 5.478, de 1943)

Parágrafo único. O Ministério da Agricultura, verificada a irrupção, no país, de pragas ou doenças


reconhecidamente nocivas às culturas, poderá, em qualquer tempo, mediante portaria, proibir, restringir ou
estabelecer condições para o trânsito de que trata o presente artigo. (Incluído pelo Decreto-lei nº
5.478, de 1943)

Art. 21 Verificada a existência, funcionário do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, de qualquer doença ou
praga perigosa e em qualquer grau de desenvolvimento, em vegetais ou partes de vegetais destinados ao
comércio, será imediatamente interditada a venda dêsses produtos, bem como de outros que possam estar
contaminados, até que seja dado cumprimento ao disposto no § 1º dêste artigo.

§ 1º O proprietário, arrendatário ou ocupante a qualquer titulo, do estabelecimento, é obrigado:

a) a realizar, no prazo e nas condições prescrita, a destruição ou tratamento dos vegetais e partes de vegetais
atacados;

b) a aplicar todas as medidas profiláticas, julgadas suficientes a critério do Serviço de Defesa Sanitária
Vegetal.

§ 2º Pelos trabalhos executados de conformidade com as exigências deste artigo, não assistirá aos
interessados direito a qualquer indenização.

§ 3º As interligações e conseqüentes medidas de defesa sanitária vegetal, previstas neste artigo, aplicam-se
igualmente aos vegetais e partes de vegetais existentes em fazendas, sítios, pomares, chácaras, quintais,
jardins e quaisquer outros estabelecimentos.

§ 4º Em se tratando de fungo, inseto ou outro parasito, que, por sua natureza ou grau de desenvolvimento,
seja dificilmente, reconhecido poderá o interessado recorrer da decisão dos técnicos do Serviço de Defesa
Sanitária Vegetal, para o Conselho Nacional de Defesa Agrícola, mantenha-se, todavia, a interdição prevista
neste artigo até decisão final.

Art. 22. Independentemente da prévia verificação a que alude o art. 21, incidem na proïbição do art. 1º e
suas alíneas, e são passiveis das penalidades estatuídas neste regulamento, os proprietários de
estabelecimentos que houverem vendido, ou simplesmente exposto à venda, vegetais e partes do vegetais
atacados por praga ou doenças cujo reconhecimento não exija o exame de um especialista.

Art. 23. Não estão sujeitos às prescrições dêste capítulo III os estabelecimentos que negociam com produtos
vegetais exclusivamente destinados à alimentação ou outros fins domésticos, ou que tenham aplicações
industriais e medicinais desde que disso não decorra perigo para a economia nacional.

Art. 24 Aplicam-se os art. 16 a 22 aos estabelecimentos agrícolas que se destinam a fornecer, para a
reprodução, vegetais e partes de vegetais, como sejam: mudas, galhos, estacas, bacelos, frutas, sementes,
raízes, tubérculos, bulbos, rizomas, fôlhas, etc.

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ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

Art. 25. O Govêrno Federal poderá entrar em acôrdo com os governos locais para a execução das medidas
constantes do presente capítulo.

Art. 26. As infrações dêste capitulo serão sujeitas às seguintes penalidades:

a) multa de 50$000 a 300$000 para os proprietários dos estabelecimentos que negociarem em vegetais e
partes de vegetais (art. 16) que não cumprirem o disposto nos artigos 17 e 18, mantendo declarações
errôneas ou recusando o seu exame aos funcionários incubidos de inspecioná-los, nos têrmos deste
regulamento;

b) multa de 50$ a 500$, para os proprietários dos estabelecimentos referidos no art. 16, que comerciarem
sem o certificado de sanidade previsto no art. 19 e seus parágrafos;

c) multa de 200$ a 3:000$, para os proprietários de estabelecimentos indicados no art. 16, que venderem,
oferecerem à venda ou cederem produtos sob interdição pronunciada na forma do art. 21, a despeito das
providências consignadas no § 1º do art. 21;

d) multa de 200$ a 2:000$, para os proprietários dos mesmos estabelecimentos que tentarem esquivar-se à
destruição ou ao tratamento previstos no § 1º da art. 21, ou que opuserem qualquer obstáculo à execução das
medidas no mesmo consignadas

e) multa de 100$ a 2:000$, para os proprietários dos mesmos estabelecimentos que venderem ou oferecerem
venda vegetais e partes de vegetais contaminados nos têrmos previstos pelo art. 22;

f) multa de 50$ a 200$ para os proprietários dos estabelecimentos referidos no art. 16 que deixarem de expor
os quadros murais, organizados para o reconhecimento de doenças e pragas, com desobediência ou
desrespeito no parágrafo único do art. 16.

CAPÍTULO IV
ERRADICAÇÃO E COMBATE DAS DOENÇAS E PRAGAS DAS PLANTAS
E TRÂNSITO DE VEGETAIS E PARTES DE VEGETAIS

Art. 27. O Ministério da Agricultura, por intermédio dos técnicos encarregados da execução das medidas de
defesa sanitária vegetal, poderá inspecionar quaisquer propriedades como sejam: fazendas sítios, chácaras,
quintais, jardins, hortas, etc., com o fim de averiguar da, existência de doenças e, pragas dos vegetais e
aplicar às medidas constantes dêste regulamento.

Art. 28. O Ministério da Agricultura, com os recursos de que dispuzer e com a colaboração dos governos
estaduais e municipais; promoverá o reconhecimento periódico e completo do estado sanitário vegetal de
todo o país.

Art. 29. Verificada a irrupção, em qualquer ponto do país, de doenças ou pragas reconhecidamente nocivas
às culturas e cuja disseminação se possa estender à outras regiões e constituir perigo para a lavoura nacional,
o Ministério da Agricultura procederá, imediatamente, à delimitação da área contaminada, que declarará
zona interditada, onde aplicará rigorosamente todas ás medidas de erradicação constantes dêste regulamento
e de instruções complementares.

Art. 30. Em tôrno da zona declarada infestada, nos têrmos do artigo anterior, poderá ser delimitada, sempre
que o exigir a doença ou praga a erradicar, uma zona suspeita, cujo perímetro, a critério do Ministério da
Agricultura, poderá variar, quer na demarcação inicial, quer durante os trabalhos de erradicação.

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ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

Parágrafo único. Na zona suspeita, as propriedades referidas no art. 27, serão mantidas sob constante
inspeção por todo o tempo da erradicação e nela o trânsito de vegetais, partes de vegetais e produtos
empregados na lavoura será regulado pelo art. 32, deste regulamento.

Art. 31. Aos proprietários arrendatários ou ocupantes a qualquer título de estabelecimentos agrícolas,
situados quer na zona interditada, quer na zona suspeita, o Ministério da Agricultura divulgará as instruções
para o reconhecimento combate e demais procedimentos em relação à doença ou praga em questão.

Art. 32. Será proibido o trânsito dentro da zona interditada e para fora dela, de vegetais e partes de vegetais
atacados bem como de quaisquer objetos e até mesmo veículos que não tenham sido desinfetados,
susceptíveis de disseminar a doença ou praga declarada.

Parágrafo único. Em se tratando de produtos para os quais a inspeção ou tratamenot, a juízo do Ministério da
Agricultura, ofereça garantia suficiente contra a disseminação da doença ou praga, poderá ser permitido o
seu trânsito desde que os mesmos venham acompanhados de certificados dos técnicos incumbidos da defêsa
sanitária vegetal, atestando que foram inspecionados ou submetidos ao tratamento prescrito.

Art. 33. Os proprietários, arrendatários ou ocupantes a qualquer título de estabelecimentos localizados em


zona interditada, são obrigados, sob as penalidades previstas neste regulamento, a executar, à sua custa e
dentro das respectivas propriedades e no prazo que lhes fôr cominado, tôdas as medidas de combate à
doença ou praga constantes dêste regulamento e das instruções complementares que o Ministério da
Agricultura expedir, cuja aplicação lhes for determinada pelo técnico incumbido da erradicação, com
pessoal, material, aparelhos e utensílios de que dispuzerem ou que lhes forem fornecidos.

Parágrafo único. No caso de se recusarem os proprietários ou ocupantes a executar as medidas previstas


neste artigo, ou as deixarem de executar no prazo cominado, os funcionários incumbidos da defesa sanitária
vegetal deverão aplicar compulsoriamente as referidas medidas, por conta dos proprietários ou ocupantes.

Art. 34. Entre as medidas adotadas para a erradicação poderá o Ministério da Agricultura incluir a destruição
parcial ou total das lavouras, arvorêdos ou matas contaminadas ou passíveis de contaminação.

§ 1º Quando as plantas ou matas, cuja destruição for ordenada, ainda se encontrarem indenes ou, embora
contaminadas, ainda se mantiverem aptas ao seu objetivo econômico, poderá ser arbitrada uma indenização
ao seu proprietário, baseada no custo de produção e levando-se em conta a depreciação determinada pela
doença ou praga, bem como o possível aproveitamento do material resultante da condenação.

§ 2º As indenizações poderão consistir, em parte ou não todo, na substituição das plantas destruídas por
outras saídas e de qualidades recomendáveis para o lugar.

§ 3º Não terá o proprietário direito a indenização sempre que se apurar que a doença ou praga, por sua
natureza ou grau de intensidade, devesse causar a destruição das plantações ou matas.

§ 4º Perderá direito a indenização todo o proprietário que houver infringido qualquer dispositivo do presente
regulamento ou das instruções especiais baixadas para a erradicação.

Art. 35. O Governo Federal poderá entrar em acordo com o governo do Estado ou do Município em cujos
territórios houver irrompido a doença ou praga a erradicar e dos Estados e Municípios circunvisinho ou mais
diretamente ameaçados pela mesma, para a execução das medidas de erradicação e custeio das despesas dela
resultantes.

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ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

§ 1º A direção e fiscalização supremas dos trabalhos de erradicação de que trata este artigo caberão em todos
os casos ao Governo da União por intermédio do Ministério da Agricultura.

§ 2º Indenpendente da conclusão de qualquer acôrdo, deverá o Ministério da Agricultura aplicar dêsde logo
as medidas de erradicação no território de qualquer Estado ou Município, quando se trata de doença ou
praga que obrigue a pronta intervenção.

Art. 36. Quando se tratar de doença ou praga que já se encontre desseminada a ponto de ser impossivel a sua
completa erradicação do país, competira principalmente, aos govêrnos estaduais e municipais diretamente
interessados, providenciar quanto as medidas de defêsa agrícola a serem aplicadas nos respectivos territórios
visando a profilaxia e proteção das lavouras locais.

Parágrafo único. Ao Ministério da Agricultura caberá estimular e coordenar tais trabalhos, prestando aos
interessados, direta ou indiretamente, a necessária assistência.

Art. 37. Em se tratando de doença ou praga que embora mais ou menos disseminada no país, exija, por sua
importância econômica, medidas de caráter rigorôso, poderá o Ministério da Agricultura equipará-la as de
que tratam os artigos 29 e 34, baixando para tal fim as portarias que se fizerem necessárias.

Art. 38. Sempre que os proprietários, arrendatários, usufrutuários ou ocupantes a qualquer título dos
estabelecimentos agrícolas de uma determinada região conjugarem esforços para o combate a uma doença
ou praga que não passa ser eficazmente combatida sem a generalização das respectivas medidas de controle
a uma área de determinada extensão, poderão dirigir-se ao Ministério da Agricultura, solicitando- lhe, que
declare obrigatório o combate à referida doença ou praga, dentro de, um perímetro circundando os seus
estabelecimentos.

Art. 39. O Ministério da Agricultura verificará preliminarmente:

a) se a doença ou praga pode ser eficazmente combatida;

b) se o combate solicitado é realmente útil à lavoura da, região;

c) se a área indicada e suficiente para o emprego eficaz das medidas profiláticas e não excede às exigências
das mesmas.

§ 1º O Ministério da Agricultura convidará os demais proprietários, arrendatários, usufrutuários ou


ocupantes a qualquer título de estabelecimentos na área na qual se pretende dar combate a doença ou praga a
cooperarem voluntáriamente na execução das medidas e lhes determinara um prazo para significarem a sua
adesão.

§ 2º Findo o prazo, reunidas ou não novas adesões, o Ministério da Agricultura acertará com os interessados
a forma por que os mesmos devem dar aplicação às medidas constantes das instruções complementares a
êste regulamento para o combate da doença ou praga em questão, exigirá o compromisso escrito ou
testemunhado de que as executarão pela forma acordada e declarara obrigatório o combate em aprêço.

§ 3º O Ministério da Agricultura por intermédio dos técnicos do Serviço de Defêsa Sanitária Vegetal,
orientará, auxiliará e fiscalizará os trabalhos dos que houverem manifestado a sua adesãão para o combate à
doença ou praga e exigirá, simultaneamente, a aplicação de medidas equivalentes por parte dos não
aderentes.

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ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

§ 4º No caso de uns ou outros deixarem de, executar as medidas que lhes forem exigidas dentro do prazo
combinado, deverá o Ministério da Agricultura pratica-las compulsóriamente, por conta dos ocupantes dos
terrenos, salvo a serem os mesmos notoriamente falhos de recursos.

Art. 40. O Ministério da Agricultura, dentro dos recursos orçamentários que lhe forem atribuídos para êsse
fim e por todos os meios indicados pela técnica, pelas condições locais e pela natureza das disseminação das
doenças ou pragas, auxiliará os o ocupantes de terrenos ou suas associações, principalmente os situados nas
zonas do irradiação ou de combate, empregando máquinaria e aparelhamento não acessíveis ao particular,
fornecendo a baixo preço ou gratuitamente, se possível, máquinas, inséticidas, fungicidas, utensílios,
sementes e mudas sádias ou resistentes, etc.

Parágrafo único. Os particulares que voluntariamente se reünirem para o combate de doenças ou pragas nas
suas circunvisinhanças, terão preferência em todos os auxílios que o Ministério da Agricultura puder
proporcionar.

Art. 41. O Governo da União entrará em acordo com os govêrnos locais para a realização do combate dentro
dos respectivos territórios.

Art. 42. Fica proíbida a exportação ou redespacho de plantas vivas ou partes vivas de plantas, nos pôrtos ou
outras localidades em que existirem técnicos do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, sem a apresentação da
"permissão de transito" passada pelos referidos técnicos, nas condições do art. 20 e parágrafos.

Parágrafo único. Os estabelecimentos que negociam com plantas e partes vivas de plantas, para reprodução,
poderão, a critério do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, usar o "certificado de sanidade" disposto no art.
19, em substituïção à "permissão de trânsito".

Art. 43. Em nenhum caso as alfândegas, guardamorias, mesas de rendas e companhias de transporte, dos
lugares em que estiver proíbido o livre trânsito de plantas ou partes de plantas, permitirão o embarque ou
despacho de plantas ou partes vivas de plantas sem a autorização do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal.

Art. 44. Com o intuito de evitar a transmissão de determinada doença ou praga a zonas de culturas ainda não
infestadas poderá o Ministério da Agricultura determinar rigorosas medidas preventivas e exigir que sejam
desinfetados ou expurgados determinados vegetais, partes de vegetais, sacária vasia outros objetos e até
mesmo veículos, que penetrem na referida zona não infestada e que sejam suscetíveis de disseminar a
doença ou praga.

Art. 45. As infrações deste, capitulo serão sujeitas as às seguintes penalidades:

a) multa de 200$ a 1:000$, aos proprietários, arrendatários ou ocupantes a qualquer título de


estabelecimentos a que se refere o art. 27, que impedirem ou dificultarem os trabalhos de defesa sanitária
vegetal;

b) multa de 300$ a 3:000$ para os proprietários de vegetais o partes de vegetais e objetos suscetíveis do
disseminar a doença ou praga, que infringirem as disposições do art. 32 e parágrafo único;

c) multa de 200$ a 1:000$ aos proprietários, arrendatários, ou ocupantes a qualquer título de propriedades
localizadas em zona interditada, que se negarem a executar as medidas de combate constantes deste
regulamento e das instruções complementares que o Ministério da Agricultura expedir, nos termos do art. 33
e parágrafo único;

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ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

d) multa do 100$ a 1:000$ para os que infringindo os §§ 3º e 4º, do art. 39. deixarem de executar as medidas
de Sanitária Vegetal;

e) multa de 200$ a 2:000$ para os particulares, empresas, e companhias de transporte em geral, que depois
de notificadas facilitarem ou executarem o transporte de vegetais e partes de vegetais bem como de outros
objetos sujeitos a inspeção, desinfeção o expurgo, conforme prescrevem o art. 32. e parágrafo único e os
arts. 42 e 44.

Art. 46. Nas instruções complementares a êste capítulo, expedidas com relação a zonas de irradiação ou
combate, serão estabelecidos o máxima e o mínimo das penalidades que couberem por outras infrações.

CAPíTULO V
EXPORTAÇÃO DE VEGETAIS E PARTES DE VEGETAIS

Art. 47. O Ministério da Agricultura, por intermédio do Serviço de Sanitária Vegetal, concederá a quantos
desciarem exportar para o estrangeiro, vegetais ou partes de vegetais, como sejam : mudas, galhos estacas,
frutos, sementes, raízes, tubérculos, bulbos, rizomas, fôlhas, flores, etc., o certificado de sanidade da
sementeira ou plantação de origem e dos Produtos a serem exportados.

§ 1º Os certificados de origem e sanidade vegetal obedecerão aos modelos aprovados pelo ministro da
Agricultura.

§ 2º Poderá ser dispensado o certificado de sanidade para a exportação de quaisquer dos produtos vegetais
referidos neste artigo, quando destinados ao território das nações com as quais o Brasil não se tenha
comprometido a estabelecer tal exigência, por acordo ou convenção internacional;

Art. 48. Os exportadores que pretenderem os certificados a que se refere o artigo anterior, deverão requerer
com a necessária antecedência, ao Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, a inspeção da sementeira, plantação,
etc., e posteriormente a dos produtores que tencionem exportar.

§ 1º Nessas condições deverão ser realizadas duas inspeções pelos técnicos do Serviço de Defesa Sanitária
Vegetal: uma de sementeira ou plantação, no correr da qual serão suficientemente verificadas as condições
da cultura e identificados os produtos a exportar, e outra ocasião do embarque ou transporte ou dos referidos
produtos para o estrangeiro.

§ 2º Onde faltarem os técnicos indicados neste artigo, poderão essas inspeções ser efetuadas por outros
especialistas para esse fim designados pelo Ministério da Agricultura.

§ 3º O Certificado de origem e sanidade vegetal será concedido aos vegetais e parte de vegetais,
inspecionados nas condições determinadas nos artigos anteriores e encontrados, aparentemente, livres de
doenças e pragas nocivas.

Art. 49. Serão comunicados aos representantes dos governos dos países estrangeiros, acreditados no Brasil, e
com função nos diferentes pôrtos, as assinaturas dos funcionários, técnicos do Serviço de Defesa Sanitária
Vegetal, aos quais competira firmar certificados.

Art. 50. O Ministério da Agricultura concederá o certificado de desinfeção ou expurgo, por intermédio de
estabelecimentos oficiais ou dos estabelecimentos compreendidos nas alíneas b e c do art. 79 dêste
regulamento, para os produtos vegetais destinados a exportação ou mesmo ao comercio no país.

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ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

Parágrafo único. Tais atestados deverão limitar-se a certificar o tratamento, data e condições técnicas em que
se realizou, não lhes competindo nenhum pronunciamento direto sobre as condições de sanidade dos
produtos.

Art. 51. Será aplicada a multa de 100$000 a 1:000$000, ao exportador de vegetais e partes de vegetais, que
procurar eximir-se das exigências estabelecidas neste capitulo e em instruções completamente relativas a
exportação, independentemente relativas a exportação, independentemente de outras sanções a que possa
ricar sujeito.

CAPíTULO VI
FISCALIZAÇÃO DE INSETICIDAS E FUNGICIDAS COM APLICAÇÃO NA LAVOURA

Art. 52. Os fabricantes, importadores ou representantes de inseticidas e fungicidas, com aplicação na


lavoura, não poderão vende-los ou expo-los à venda, sem o registro e licenciamento dos respectivos
produtos ou preparados no Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, nos termos dos artigos subseqüentes.

Art. 53. Para obter o registro e licença a que se refere o artigo anterior, deverão os fabricantes importadores
ou representantes autorizados, apresentar ao serviço de Defesa Sanitária Vegetal, um requerimento
devidamente selado acompanhado do seguinte:

a) amostras dos produtos ou preparados;

b) certidão de analise química realizada no Instituto de Química Agricola ou outra repartição oficial indicada
pelo Serviço;

c) instrução para uso;

d) indicação da sede da fabrica ou estabelecimento;

e) marca comercial si tiver, e outros esclarecimentos que se tornarem necessários.

§ 1º O requerente, nos Estados, poderá encaminhar seu pedido por intermédio das Inspetorias de Defesa
Sanitária Vegetal ou das Inspetorias Agrícolas Federais.

§ 2º O registro será valido por cinco anos, devendo os interessados renova-lo obrigatoriamente, decorrido
este prazo.

§ 3º Qualquer alteração na composição dos produtos ou preparados já registrados obrigara a novo pedido de
registro.

§ 4º Para os efeitos dêste regulamento , ficam equiparadas as firmas comerciais as associações cooperativas
reconhecidas pelo Governo Federal.

Art. 54. Verificado que os produtos ou preparados correspondem as condições de pureza, inocuidade,
praticabilidade, no Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, sendo expedida a licença para efeito do art. 52.

§ 1º Será negada licença aos produtos ou preparados que embora, inocuos, estejam por sua composição, em
desacordo com os conhecimentos existentes sobre o valor terapêutico de seus componentes.

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ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

§ 2º - A licença expedida de acôrdo com este artigo não exime os produtos ou preparados das exigências do
Departamento Nacional de Saúde Publica.

Art. 55. O serviço de Defesa Sanitária Vegetal procedera aos ensaios que se fizerem necessários quanto a
praticabilidade e eficácia dos produtos e preparados solicitando, sempre que for conveniente a colaboração
cientifica do Instituto de Biologia Vegetal e de outras repartições.

§ 1º - Havendo necessidade ensaios que não possam ser realizados com os recursos da repartição, caberá aos
interessados fornecer os elementos indispensáveis a êsse fim.

§ 2º Preenchidas pelos interessados as formalidades do art. 53, poderá o Serviço de Defesa Sanitária
Vegetal, si previr demora na conclusão dos ensaios estabelecidos no artigo anterior, conceder um
licenciamento provisório para ser o produto ou preparado exposto à venda até que se torne efetivo o seu
registro.

Art. 56. Os inséticidas e fungicidas não poderão ser vendidos ou expostos á venda sem que tragam
externamente, em etiquetas, bulas, rótulos ou invólucros, as seguintes declarações:

a) nome e marca comercial do produto ou preparado;

b) declaração dos princípios ativos que contém e respectivas percentagens;

c) peso bruto e peso liquido, expressos no sistema decimal;

d) dóses e indicações relativas ao uso;

e) firma e sede dos fabricantes e importadores;

f) declaração de registro de acôrdo com o art. 59, dêste regulamento;

g) emblema exigido pelo Departamento Nacional de Saúde Pública para as substâncias tóxicas.

§ 1º Não serão permitidas as declarações falsas ou exageradas quanto á eficácia dos produtos ou preparados.

§ 2º Cada revendedor que negociar com os referidos produtos deverá carimbá-los, ou colar ao vasilhame um
pequeno rótulo contendo a sua firma comercial e o endereço da mesma.

§ 3º Será exigido de fabricantes, importadores e revendedores, embalagem condizente com os interesses do


agricultor, á juízo do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal.

Art. 57. No ato da apresentação do requerimento a que se refere o artigo 53, cobrará o Serviço de Defesa
Sanitária Vegetal, por produto ou preparado, a taxa fixa de 100$000.

Parágrafo único. As importâncias recebidas serão recolhidas aos cofres públicos, de conformidade com a
legislação em vigor.

Art. 58. Indeferido o pedido de registro e licenciamento, poderá ainda o interessado, á crédito do Serviço de
Defesa Sanitária Vegetal, submeter a novo exame o produto ou preparado.

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ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

Art. 59 - Nas bulas, etiquetas, anúncios ou quaisquer publicações referentes a inséticidas e fungicidas, só
poderá ser usada, quanto ao registro dos mesmos, a expressão "Registrado em.............. de.......... 193.........
sob o n............ pelo Serviço de Defesa Sanitária Vegetal".

Art. 60. Os produtos químicos ou substâncias de uso generalisado nas indústrias e outros mistéres, quando
destinados a venda como inséticidas ou fungicidas, ficam igualmente sujeitos ao registro e licenciamento de
que trata êste capítulo.

Art. 61. O Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, ouvido o Instituto de Química Agrícola, determinará,
oportunidade, os limites para as percentagens de substâncias úteis, matérias inertes e impurezas admitidas
nos produtos químicos e outras substâncias vendidas ou expostas á venda como inseticidas ou fungicidas.

Art. 62. Os produtos químicos vendidos ou expostos á venda como inseticidas ou fungicidas com aplicação
na lavoura, sem adições ou manipulações especiais que lhes modifiquem o modo de ação ou emprego não
podem trazer outra denominação sinão a usual, científica ou vulgar.

Art. 63. As funções atinentes á fiscalização de inseticidas e fungicidas com aplicação na lavoura serão
exercidas pelos técnicos do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal e ainda pelos de outras repartições do
Departamento Nacional da Produção Vegetal para êsse fim designados.

Art. 64. O Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, por intermédio dos funcionários incumbidos da fiscalização
de inseticidas e fungicidas, nos têrmos do artigo anterior, procederá, sempre que for necessário, à tomada de
amostras de preparados ou produtos vendidos ou expostos à venda como inseticidas ou fungicidas com
aplicação na lavoura, quer para efeitos de registro, quer para posterior fiscalização dos mesmos, podendo
para tal fim solicitar a colaboração do Instituto de Química e de outras repartições.

Parágrafo único. O Serviço de Defesa Sanitária Vegetal em sua função fiscalizadora, tomará conhecimento
de toda e qualquer infração e êste regulamento, que lhe fôr comunicada, quer por funcionários, quer por
estranhos ao serviço público, apurando a responsabilidade dos culpados.

Art. 65. Para efeitos da fiscalização, as análises dos inseticidas e fungicidas com aplicação da lavoura
poderão ser executados, nos Estados, pelos laboratórios federais e ainda pelos estaduais e municipais,
mediante acôrdos com os respectivos Governos.

Parágrafo único. Na execução dessas análises serão seguidos os métodos indicados pelo Instituto de
Química e mandados adotar pelo Ministério da Agricultura.

Art. 66. O Serviço de Defesa Sanitária Vegetal condenará os produtos ou preparados cujos exames
revelarem falsificação ou deficiência em seus elementos componentes, ou ainda si contiverem quaisquer
substâncias nocivas às plantas, independentemente das sanções previstas neste regulamento.

Art. 67. Compete aos funcionários incumbidos da fiscalização de inseticidas e fungicidas proceder a
apreensão, inutilisação ou destruïção, nos termos do artigo anterior, sendo lavrado um têrmo assinado pelo
funcionário que efetuar a diligência, pelo dono do estabelecimento, e, na sua falta, se possível, por duas
testemunhas.

Parágrafo único. A inutilização não se fará se o produto puder servir para outro fim, a juízo do Serviço de
Defesa Sanitária Vegetal desde que paga a multa, se responsabilize o proprietário a dar-lhe o destino que fôr
indicado

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ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

Art. 68. Os funcionários incumbidos da fiscalização de inseticidas e fungicidas poderão declarar interditas
uma parte ou a totalidade do produto ou preparado, que não poderá ser removido até ulterior decisão do
Serviço de Defesa Sanitária Vegetal.

Art. 69 Aos fabricantes, importadores, representantes, depositários ou negociantes de inseticidas e


fungicidas com aplicação na lavoura, já existentes na data da publicação dêste regulamento, será concedido
um prazo de 3 a 12 meses para o cumprimento das exigências dêste capítulo, findo o qual ficarão sujeitos às
penalidades estabelecidas no artigo 72 letra a.

Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo não se refere a inseticidas o fungicidas de marcas a serem
introduzidas no mercado posteriormente à publicação dêste regulamento os quais deverão ser préviamente
registrados e licenciados.

Art. 70. Os funcionários incumbidos da fiscalização de insetícidas e fungícidas, mediante a apresentação da


carteira de identidade de funcionário do Ministério da Agricultura, terão entrada livre nas fábricas,
armazens, depositos e outros estabelecimento comerciais em que sejam fabricados, manipulados ou
vendidos inseticidas ou fungicidas com aplicação na lavoura para a fiscalização e tomada de amostras dos
produtos ou preparados e demais providências decorrentes da execução do presente regulamento.

Art. 71. O Ministério da Agricultura entrará em entendimento com o Ministério da Fazenda no sentido de
ser concedida redução nas taxas de importação de inseticidas fungicidas com aplicação na lavoura é bem
assim para as matéria primas empregadas no preparo dos mesmos.

§ 1º Só gozarão dos favores e vantagens aduaneiras eventualmente vigentes, na data da importação, os


importadores de inseticidas o fungicidas com aplicação na lavoura, cujos nomes figurarem no registro de
que trata êste capítulo.

§ 2º O Ministério da Agricultura reserva-se o direito de fiscalizar a aplicação dada aos produtos ou


preparados importados com redução de direitos nos têrmos dêste artigo, comunicando ao Ministério da
Fazenda as irregularidades observadas, para efeito da anulação dos favores e vantagens aduaneiras de que
trata o parágrafo anterior, além da imposição de outras penalidades.

Art. 72. As infrações a êste capítulo serão sujeitas às seguintes penalidades:

a) - multa de 100$000 a 1:000$000 a quem vender ou expuser à venda inseticidas ou fungicidas com
aplicação na lavoura sem o necessário registro de licenciamento;

b) - multa de 100$000 a 1:00$000 aqueles que expuserem à venda inseticidas ou fungicidas com aplicação
na lavoura sem as declarações constantes do art. 56 ou que de qualquer forma infringirem os §§ 1º e 2º
e 3º do referido artigo;

c) - multa de 500$000 a 5:00$000 aos que falsificarem venderem ou tentarem vender inseticidas ou
fungicidas com aplicação na lavoura, iludindo ou tentando iludir o comprador, seja quanto a natureza,
qualidade, autenticidade, origem ou procedência dos referidos produtos, seja quanto à sua composição,
alterada ou deficiente em elementos úteis, ou ainda dando-lhes nomes que pelo uso pertençam a outras
substâncias;

d) multa de 500$ a 5:000$ àqueles que fizerem desaparecer os produtos ou preparados interditados ou
condenados, em virtude dêste regulamento;

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ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

e) multa de 500$ a 3:000$ aos fabricantes, representantes, depositários e negociantes de inséticidas e


fungicídas com aplicação na lavoura, que se opuzerem ao cumprimento do disposto no art. 70;

f) multa de 100$ a 500$ aos que auxiliarem os infratores, ou de qualquer outra forma infringirem as
disposições dêste capítulo.

Art. 73. A critério do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, em virtude de irregularidades verificadas, além
das multas impostas, poderá ser cassada a licença de que trata êste capítulo.

Art. 74. Independentemente das sanções estabelecidas nos artigos 72 e alíneas e 73, poderão os funcionários
encarregados da fiscalização do inséticidas a fungicidas proceder, no caso do art. 66, e em outros casos
especiais, a imediata apreensão, inutilização ou destruição dos produtos ou preparados que infrigirem os
dispositivos dêste capítulo, sem que ao infrator assista direito à indenização.

Art. 75. Poderá o Govêrno Federal entrar em entendimento e assinar acôrdos com os govêrnos estaduais para
efeito apenas da fiscalização do comércio de inséticidas e fungicídas, com aplicação na lavoura.

CAPÍTULO VII
DESINFEÇÃO DE VEGETAIS E PARTES DE VEGETAIS

Art. 76. Ao Serviço de Defesa Sanitária Vegetal compete orientar, superintender e fiscalizar os trabalhos de
fumigação, expurgo ou desinfeção de vegetais e partes de, vegetais, tendo como finalidade a defesa sanitária
da produção agrícola.

Art. 77. Fica estabelecida a obrigatoriedade da desinfeção ou expurgo dos cereais grãos leguminosos e
sementes de algodão, destinados à exportação para o estrangeiro, devendo tais produtos, ser acompanhados
do respectivo certificado expedido de conformidade com o disposto no § 1º do art. 79.

§ 1º, Para iso, o Ministério da Agricultura promoverá a creação e regulará o funcionamento de estações ou
postos de desinfeção ou expurgo de plantas e produtos agrícolas nos principais portos e centros comerciais
do paiz.

§ 2º A obrigatoriedade tornar-se-á efetiva à medida que forem aparelhados, para êsses trabalhos, os portos
ou centros comerciais do paiz e poderá estender-se, em virtude de portaria do Ministério da Agricultura e
mediante sugestão do Conselho Nacional de Defesa Agrícola, ao comércio interestadual.

§ 3º O Ministério da Agricultura poderá, ainda, estender a medida a outros produtos da lavoura e a materiais
de acondicionamento, nas condições do parágrafo anterior.

Art. 78. As alfândegas e mesas de rendas da República não permitirão a exportação ou o trânsito
interestadual de cereais grãos leguminosos, sementes de algodão, sacaria usada e outros produtos que sejam
sujeitos à desinfeção ou expurgo obrigatório, nos têrmos do artigo anterior, sem que lhes seja presente, por
ocasião dos despachos, o respectivo certificado expedido pela autoridade competente.

Art. 79. As estações ou postos de que trata o § 1º do art. 77, deverão ser registrados e fiscalizados pelo
Ministério da Agricultura, podendo ser:

a) estabelecimentos federais diretamente subordinados ao Ministério da Agricultura;

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ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

b) estabelecimentos estaduais ou municipais, funcionando por concessão ou, em casos especiais, por
delegação temporária do Govêrno Federal;

c) estabelecimentos funcionando por concessão do Ministério da Agricultura às emprêsas de estradas de


ferro, de exploração de portos, sindicatos, cooperativas, sociedades agrícolas, associações comerciais em
emprêsas particulares, que se proponham a fundar e manter estações ou postos de desinfeção ou expurgo, de
acôrdo com êste regulamento.

§ 1º Sòmente poderão fornecer o certificado de que trata o art. 77, as estações e postos de desinfeção de
plantas e produtos agrícolas federais a os estabelecimentos compreendidos nas letras b e c do art. 79,
devidamente registrados no Serviço de Defesa Sanitária Vegetal.

§ 2º As concessões e delegações de que cogitam as letras b e c dêste artigo, não poderão ser substabelecidas
sem prévia autorização do Ministério da Agricultura.

Art. 80. O pedido de registro e fiscalização deverá ser acompanhado de plantas ou esquerdas das instalações
e conter informações completas sôbre a capacidade das mesmas, processos a empregar, natureza dos
produtos a tratar e quaisquer outros esclarecimentos que se tornarem necessários.

Art. 81. Aos estabelecimentos já existentes e em funcionamento no paiz na data da publicação dêste
regulamento, será dado um prazo do 3 a 12 meses para requererem o registro e fiscalização necessários à
validade dos certificados de desinfeção ou expurgo.

Art. 82. Para a obtenção do registro deverão as estações ou postos de desinfeção ou expurgo, preencher
integralmente, quanto às suas instalações e funcionamento, as exigências estabelecidas nêste regulamento.

Art. 83. As câmaras do desinfeção ou expurgo instaladas para uso privativo dos proprietários estão isentas
de registro, ficando, porém sujeitas à fiscalização e à observância das disposições que dizem respeito à
segurança pessoal.

Parágrafo único. A fiscalização a que se refere o presente artigo será gratuita, devendo no entanto, os
proprietários facultarem as inspeções e esclarecimentos necessários.

Art. 84. O Ministério da Agricultura fixará prévia e periodicamente as taxas do registro e fiscalização a
serem cobradas das estações ou postos de desinfeção ou expurgo de plantas e produtos agrícolas em
funcionamento no país.

§ 1º A taxa de registro será paga no ato, variando com a classificação das estações ou postos, e a de
fiscalização será paga mensalmente e relativa ao movimento de cada mês anterior, incidindo sôbre os
trabalhos de desinfeção ou expurgo, expurgo e beneficiamento e de armazenagem, por unidade.

§ 2º As estações ou postos dos govêrnos estaduais e municipais ficam sujeitos unicamente a taxa de
fiscalização.

§ 3º Fica isento do pagamento da taxa de fiscalização o expurgo de sacaria vasia feito pelos govêrnos
estaduais e municipais.

Art. 85. As rendas provenientes das taxas de registro e fiscalização e as arrecadadas pela Estação de
Desinfeção de Plantas e Produtos Agrícolas no Distrito Federal e por outras federais, serão recolhidas aos
cofres públicos.

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ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

Art. 86 . As estações ou postos de que cogita o art. 79 serão classificadas nas classes A. e B.

§ 1º Serão considerados da classe A os estabelecimentos que dispuzerem de aparelhamento para os trabalhos


de desinfeção ou expurgo e de beneficiamento e da classe G aqueles sòmente aparelhados para os trabalhos
de desinfeção ou expurgo.

§ 2º Mediante acôrdo com outras repartições do Departamento Nacional da Produção Vegetal,


estabelecimentos da classe A poderão ter anexa uma secção de classificação.

Art. 87. As câmaras para desinfeção ou expurgo devem preencher, na sua construção ou montágem, entre
outros, os seguintes requisitos:

a) não permitirem, quando em funcionamento, o escapamento dos gáses;

b) serem dotadas de aparelhamento que permita a perfeita aplicação e distribuição dos inséticidas, sem
perigo para os operadores;

c) facultarem, após o expurgo, sem perigo de acidentas, a retirada dos gáses utilizados e a renovação do ar
interior.

Art. 88. Nas câmaras em que se tornar necessária a iluminação artificial, para a carga ou descarga, esta só
poderá ser feita a eletricidade, obedecidas rigorosamente as exigências técnicas.

Art. 89. As câmaras devem ser localizadas à d' mínima de 50 metros de outras edificações.

Parágrafo único. Esta exigência poderá ser dispensada a critério do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal,
dêsde que o escapamento dos gases se de a uma altura mínima de 5 metros acima das edificações
compreendidas num raio de 50 metros.

Art. 90. As câmaras de expurgo, quanto ao seu funcionamento, obedecerão à seguinte classificação:

a) câmaras funcionando a vácuó;

b) câmaras sem vácuo.

Art. 91. As câmaras funcionando a vácuo devem, por sua natureza, ser constituidas com material que
assegure a resistência à pressão atmosférica e a perfeita impermeabilização de suas paredes.

Parágrafo único. A forma desas câmaras deve obedecer, tanto quanto possível, a moldes que assegurem a
homogênea distribuïção da pressão atmosférica e dos gazes inseticidas.

Art. 92. As câmaras sem vácuo poderão ser construidas de qualquer material, dêsde que preencham as
exigências dispostas nas letras a, b e c do art 87.

Art. 93. As câmaras, funcionando a vácuo, serão dotadas de depósitos de inseticidas instalados de maneira
que sòmente após o fechamento e feito o vácuo seja introduzido o inséticida no interior das mesmas.

Art. 94. As câmaras de funcionamento sem vácuo deverão, igualmente, ser providas de depósitos para
inséticidas com dispositivos para que o respectiva carga seja feita do exterior e após o fechamento das
mesmas.
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ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

Art. 95. Para efeito do disposto na letra c do art. 87, as câmaras referidas no artigo anterior deverão ser
providas de exaustôres, dispensando-se esta instalação nas câmaras a vácuo, por funcionarem como tal as
bombas que o produzem.

§ 1º As câmaras dotadas de aparelhamento para produção do gás cianídrico devem ser munidas, para a
exaustão, de tanques de neutralização do gás, podendo essa exigência ser dispensada, a critério do Serviço
de Defesa Sanitária Vegetal de acôrdo com as condições locais.

§ 2º Nas câmaras sem vácuo, localizadas fora dos edifícios e, pelo menos, a 50 metros de distância de
habitações, poderá ser dispensada a instalação de exaustores, dêsde que sejam providas de aberturas que
permitam, após o funcionamento, a saída dos gáses e o indispensável arejamento.

§ 3º Quando se tornar necessária a entrada na câmara antes da completa exaustão e arejamento, esta só
poderá ser levada a efeito por duas pessoas, no mínimo, devidamente protegidas por máscaras contra gáses.

§ 4º Para o cumprimento do disposto no parágrafo anterior, todos os postos deverão possuir pelo menos,
duas máscaras contra gáses e regular suprimento de filtros apropriados e medicamentos para socorros de
urgência.

Art. 96. Para a expedição dos certificados de desinfeção ou expurgo, os estabelecimentos qualquer que seja a
sua categoria, deverão dispôr de câmaras que satisfaçam as condições prescritas nos arts. 87 a 95.

Parágrafo único. Para a expedição do certificado de expurgo e beneficiamento, as estações ou postos


deverão dispôr, ainda, de instalações necessárias à retirada das impurezas.

Art. 97. Os armazens onde se acham insteladas as máquinas de beneficiamento devem ser, obrigatoriamente,
providos de exaustores de pó e renovadores de ar, afim de salvaguardar a saúde das pessoas que neles
trabalham.

Parágrafo único. Esta exigência será dispensada quando os aparelhos de beneficiamento dispuzerem de
aspiradores.

Art. 98. Os métodos de desinfeção ou expurgo e beneficiamento, tipos do aparelhos e reagentes a adotar nos
estabelecimentos registrados, serão determinados pelo Ministério da Agricultura, com a proïbição expressa
de emprêgo de processos que não tenham sido prèviamente submetidos à sua aprovação.

§ 1º Fica permitido o emprêgo do bisulfureto de carmono e do ácido cianídrico para a desinfeção em


câmaras, além de outros reagentes de reconhecida eficácia e aprovados pelo Serviço de Defesa Sanitária
Vegetal.

§ 2º Fica igualmente permitida a desinfecção pelo calor e por imersão em banhos químicos, observadas as
disposições a elas referentes.

§ 3º A utilização de outros processos fica dependente de prévia autorização do Ministério da Agricultura,


após a verificação da conveniência do seu emprego.

Art. 99. O bisulfureto de carbono a ser utilizado no expurgo/de cereais, grãos Ieguminosos sementes de
algodão e outros produtos da lavoura, deverá ter a densidade de 1,27 a temperatura de 15º C, e não conter
resíduos apreciáveis de enxofre, de ácido sulfúrico, de gás sulfuroso, de gás sulfídrico e de água.

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ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

Art. 100. O ácido cianídrico, respeitadas as disposições do decreto nº 20.425, de 28 de setembro de 1931,
será empregado em estado gasoso, líquido, ou preparado com substâncias inertes, de preferência sob pressão
e de mistura com substâncias estabilizadoras irritantes que revelem a sua presença.

§ 1º A exigência da mistura com substâncias estabilizadoras e irritantes, referidas neste artigo, só poderá ser
dispensada quando a produção e o emprêgo do gás se der em aparelhamento que o distribua, diretamente às
câmaras de expurgo.

§ 2º O emprêgo do gás cianídrico pela reação do ácido sulfúrico sôbre o cianureto de sódio ou de potássio, e
bem, assim o do ácido cianídrico líquido, fica restrito aos estabelecimentos que dispuzerem do necessário
aparelhamento.

§ 3º O ácido cianídrico líquido deve ter no mínimo 95% de pureza e ser isento de sais alcalinos, ácido
sulfúrico, ácido nítrico e clorina livre.

§ 4º Fica proíbido o uso, nas estações de desinfeção ou expurgo, do gás cianídrico obtido pelo processo
chamado de "vasilha", tendo-se em vista os perigos decorrentes dessa processo.

Art. 101. O expurgo por meio do calor só poderá ser realizado em aparelhamento que mantenha temperatura
constante e regulável.

Art. 102. Os certificados de expurgo e de expurgo e beneficiamento, quando referentes a mercadorias


destinadas ao estrangeiro, poderão ser expedidos, si houver conveniência, em português e francês ou
português e inglês.

Art. 103. O certificado de expurgo de vegetais ou partes de vegetal não terá prazo de validade para garantia
de conservação dos produtos expurgados. (Incluído pelo Decreto nº 51.116, de 1961)

Parágrafo único. Constatada a reinfestação das partidas expurgadas, torna-se obrigatório o reexpurgo das
mesmas. (Incluído pelo Decreto nº 51.116, de 1961)

Art. 104. Nenhuma responsabilidade caberá ao estabelecimento que realizar a desinfeção ou expurgo pelas
infestações ou contaminações que forem verificadas dentro dêsse prazo nas mercadorias portadoras de
certificados:

a) quando forem depositadas com outras não tratadas;

b) quando armazenadas em depósitos não desinfetados;

c) quando transportadas com outras mercadorias infestadas ou contaminadas;

d) quando transportadas em vagões, portões de navios, etc., não desinfetados.

Art. 105. O certificado de desinfeção ou expurgo não supre nem substitue o certificado de origem e sanidade
vegetal.

Art. 106. O expurgo ou desinfeção de plantas vivas, partes vivas de plantas e de produtos vegetais
importados, poderá também ser realizado nas estações ou postos que dispuzerem do necessário
aparelhamento, devendo o Serviço de Defesa Sanitária Vegetal determinar o tratamento a ser efetuado.

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ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

Art. 107. Sempre que se tratar de desinfeção ou expurgo de sementes destinadas ao plantio, deverão as
estações ou postos providenciar afim de que não seja prejudicado o valor germinativo das sementes,
procedendo, quando necessário, a ensaios de germinação.

Art. 108. Nos volumes desinfetados ou expurgados, destinados à exportação, será aposta, em tinta indelével,
bem visível, a marca da estação ou posto que realizou o tratamento e a localidade.

Parágrafo único. Esta marca, quando a mercadoria for acondicionada em sacos, será aposta sôbre a costura
da boca.

Art. 109. Os estabelecimentos oficiais e os registrados, estaduais, municipais ou particulares, ficam


obrigados a remeter, mensalmente, boletins demonstrativos do seu movimento, organizados de acôrdo com
as instruções do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal.

Art. 110. Os preços a serem cobrados pelas estações ou postos para os trabalhos de desinfeção ou expurgo, e
expurgo o beneficiamento e, de armazenagem, deverão ser prèviamento submetidos à aprovação do
Ministério da Agricultura e serão rixados:

a) por saco infracionável de 60 quilos - para os cereais, grãos leguminosos e outras sementes de peso
equivalente;

b) pela cubagem - para plantas vivas, frutas, sementes de algodão, de capins e outros produtos
acondicionados em caixas engradados, encapados, amarrados, sacos, etc.;

c) por unidade - para sacaria vasia.

§ 1º - A taxa de armazenagem recairá sôbre a mercadorias que não tiver sido retirada dentro de 48 horas
após a notificação da completa execução do trabalho, e será cobrada por mês infraccionável, iniciado em
qualquer data.

§ 2º As taxas de desinfeção ou expurgo e de expurgo e beneficiamento variarão com o número de volumes


que constituir o lote, podendo ser gradativos.

§ 3º O lote será formado pela quantidade de produtos da mesma natureza e marco, compreendidos na mesma
remessa.

§ 4º No caso do lote ser constituído por volumes de peso inferior ou superior ao da unidade fixada, o peso
total será apurado é dividido por 60 para a cobrança da importância respectiva.

Art. 111. As taxas de que trata o art. 110 serão cobradas pelas estações ou postos da seguinte fórma:

a) as de desinfecção ou expurgo e as de expurgo e beneficiamento, após a comunicação de estar pronta a


mercadoria;

b) a taxa de armazenagem, mensalmente, após o vencimento, ou no áto da retirada da mercadoria


armazenada.

Art. 112. Nenhuma mercadoria poderá ser retirada das estações ou postos de desinfecção ou expurgo sem
prévio pagamento das taxas referidas nas alineas a e, b do artigo precedente.

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ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

Parágrafo único. As mercadorias responderão pelo pagamento das taxas acima referidas.

Art. 113. Nenhuma mercadoria destinada a desinfecção ou expurgo ou a expurgo e beneficiamento será
recebida nas estações ou postos sem que seja acompanhada da respectiva carta de remessa, conformando-se
o interessado com as diferenças que, por ventura, resultem do tratamento ou beneficiamento a que fôr
submetida.

§ 1º No ato do recebimento a mercadoria será conferido, sendo então passado o recibo ao entregador, com as
indicações necessárias à sua identificação.

§ 2º Será obrigatória a pesagem, no ato da entrega, de toda a mercadoria destinada ao beneficiamento.

Art. 114. A armazenagem dos produtos desinfetados ou expurgados será feita em condições de assegurar-
lhes a conservação e em compartimentos isolados, de modo que seja evitada a reinfestação.

Art. 115. As estações ou postos, funcionando em virtude de acôrdos celebrados entre o Ministério da
Agricultura e os governos estaduais e municipais ficam, como os demais, sujeitas às prescrições dêste
regulamento, podendo, nos casos de delegação, ser isentadas de fiscalização permanente.

Parágrafo único. As delegações ou acôrdos não importam em proíbição do funcionamento das estações já
existentes no Estado, sob fiscalização do Ministério da Agricultura.

Art. 116. Sempre que em determinada zona fôr necessária a instalação de uma estação e não convier ao
Govêrno delegado fundá-la, poderá o Ministério da Agricultura fazê-lo ou permitir sua instalação, nos
têrmos das letras b e c do art. 79 dêste regulamento.

Art. 117. As funções atinentes à, fiscalização das estações ou postos de desinfeção ou expurgo de plantas e
produtos agrícolas serão exercidas pelos técnicos do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal e ainda pelos de
outras repartições do Departamento Nacional da Produção Vegetal para êsse fim designados.

Art. 118 As infrações dêste capítulo serão sujeitas às seguintes penalidades, graduadas conforme a gravidade
das infrações:

a) advertência, por escrito, pelos técnicos encarregados da fiscalização, ou pelo chefe da 2ª Secção Técnica
do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal;

b) multa de 300$ a 3:000$000;

c) declaração, pelo diretor da Defesa Sanitária Vegetal, de invalidade dos certificados por tempo
determinado ou cancelamento definitivo da licença;

d) multa de 1:000$ a 5:000$ para os estabelecimentos que, não estando devidamente autorizados pelo
Ministério da Agricultura, expedirem os certificados de desinfeção ou expurgo estabelecidos pelo art. 77 e
seus parágrafos ou que, submetidos a uma das penalidades estabelecidas na alínea c dêste artigo,
continuarem expedindo os referidos certificados.

Art. 119. A aplicação de qualquer das penalidades aludidas no artigo anterior não exime o responsável do
que, com referência a segurança pessoal, possam dispor outras, leis, decretos e regulamentos.

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ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

CAPÍTULO IX
PENALIDADES E PROCESSO ADMINISTRATIVO DAS INFRAÇÕES

Art. 127. As infrações aos dispositivos dêste regulamentos que não tiverem penalidades especificadas, serão
punidas com a multa de 100$000 a 1:000$000.

Art. 128. As penalidades estabelecidas no presente regulamento não excluem a desnaturação, sequestro ou
destruïção dos vegetais e partes de vegetais contaminados, a cobrança executiva, de trabalhos realizados
compulsoriamente, nem a aplicação de outras medidas, da competência dos poderes locais e que tiverem de
ser instituídas, por acôrdo com o Govêrno Federal, para a perfeita execução do regulamento.

Art. 129. As multas serão aplicadas pelo funcionário técnico que verificar a infração e fôr responsável pela
fiscalização.

Art. 130. As multas serão impostas, à vista de denúncia de particular, dada por escrito, selada e com a firma
reconhecida, cuja procedência tenha sido verificada, ou em virtude de auto de infração, lavrado por
funcionário técnico incumbido da execução.

Parágrafo único. A denúncia deve ser acompanhada do amostras ou outros esclarecimentos que a
autentifiquem ou permitam suspeitar de sua procedência.

Art. 131. O auto de infração será lavrado por funcionário técnico responsável pela execução, com a precisa
clareza, não conterá entrelinhas, rasuras, emendas ou borrões, e relatará minuciosamente a ocorrência,
indicando o local, dia e hora do lavramento, bem como o nome do infrator, o das testemunhas e tudo mais
que ocorrer na ocasião e possa esclarecer o processo.

§ 1º A ausência de testemunhas e a recusa em assinar, de parte das que existirem, e do proprietário,


consignatário ou condutor de mercadoria, ou do infrator, não invalidarão o auto, cumprindo, porém, que
destas circunstâncias seja feita menção especial.

§ 2º Se as testemunhas, o proprietário, o consignatário, o condutor ou o responsável pela mercadoria, ou o


infrator, não souberem assinar, poderão outras pessoas assinar por eles declarando, cada uma, em nome de
quem assina.

§ 3º As incorreções ou omissões do auto não acarretarão a nulidade do processo, quando dêste constarem
elementos suficientes para determinar com segurança a infração e o infrator.

§ 4º Os autos deverão ser sempre apresentado à assinatura dos autuados ou seus representantes, não
implicando a assinatura, que poderá ser lançada sob protesto, em confissão da falta argüida.

Art. 132. Iniciado o processo terá o interessado, vista do mesmo, por cinco dias. na sede da repartição do
Ministério da Agricultura, estabelecida no local da infração ou mais próximo a êle.

Art. 133. Findo o prazo estabelecido no artigo anterior, será ainda concedido um prazo de cinco dias, dentro
do qual poderá o infrator apresentar recurso, mediante prévio depósito, da multa no Tesouro Nacional, suas
delegacias. alfândegas ou coletorias federais.

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ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

Parágrafo único. Terminado o prazo indicado neste artigo, não tendo o infrator recorrido, será lavrada o
têrmo de perempção, sendo o processo igualmente encaminhado ao Conselho Nacional de Defesa Agrícola.

Art. 134. Caberá ao Conselho Nacional de Defesa Agrícola julgar em grau de recurso, tôdas as penalidades
aplicadas por infrações a êste regulamento.

Art. 135. Quando confirmada pelo Conselho Nacional de Defesa Agrícola a penalidade imposta em virtude,
de infração a dispositivos dêste regulamento, e, não tendo o infrator depositado prèviamente a importância
correspondente à multa, ser-lhe-á concedido o prazo de 15 dias para recolhê-la aos cofres públicos findo o
qual será a mesma cobrada judicialmente.

Artições técnicas do Ministério da Agricultura poderão colaborar na execução das funções de defesa
sanitária vegetal, mediante determinação especial do citado Ministério.

§ 2º Na hipótese do parágrafo precedente, os funcionários designados poderão dirigir-se diretamente ao


Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, em assuntos ao mesmo atinentes e dêle receber as devidas instruções.

Art. 137. Os funcionários encarregados da execução do presente regulamento, terão livre acesso às
propriedades rurais, estabelecimentos oficiais agrícolas, chacaras, jardins, depósitos, armazéns, casas
comerciais, estações de estradas de ferro, aeroportos, bordo de navios atracados ou não, alfândegas, estações
de encomendas postais, ou qualquer outro lugar onde possam exisitir vegetais e partes de vegetais,
inseticidas, fungicidas, etc., a serem fiscalizados, mediante a apresentação da carteira de identidade de
funcionário do Ministério da Agricultura.

Parágrafo único. Os referidos funcionários poderão requisitar o auxílio da fôrça pública para as diligências
que se fizerem necessárias na execução dêste regulamento.

CAPÍTULO X
DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIA

Art. 136. As funções técnico-administrativas atinentes à defesa sanitária vegetal e constantes dêste
regulamento, serão exercidas pelo Serviço de Defesa Sanitária Vegetal.

§ 1º Outras repa

Art. 138. Tornando-se necessário realizar algum trabalho de caráter experimental, ou adquirir
conhecimentos relacionados com trabalhos que se realizem em outros estabelecimentos, fica o Diretor do
Serviço de Defesa Sanitária Vegetal autorizado a solicitar a colaboração do chefe do referido
estabelecimento.

Art. 139. Sempre que houver necessidade, serão realizados exames e experimentos sôbre a praticabilidade e
eficácia de máquinas e aparelhos com aplicação na defesa sanitária vegetal.

Art. 140. São excluídos das atribuições do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal os exames e pareceres
relativos à, concessão de patentes para máquinas ou aparelhos de defesa agrícola e para inseticidas e
fungicidas.

Art. 141. No caso de trabalhos extraordinários executados fora da horas de expediente, por solicitação
expressa de particulares, os funcionários perceberão gratificações prèviamante determinadas por portaria do
Ministro da Agricultura, e anteriormente depositadas pelos interessados.

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ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

Art. 142. Será transferido ao Serviço de Defesa Sanitária Vegetal o registro, com o respectivo arquivo, de
produtos ou preparados inseticidas e fungicidas com aplicação na lavoura, existente no Instituto de Química
Agrícola, e criado pelo decreto nº 16.271, de 19 de dezembro de 1923.

Parágrafo único, Também será transferido para o Serviço de Defesa Sanitária Vegetal o arquivo referente
aos mesmos assuntos, existente no Instituto Nacional de Biologia Vegetal e que pertenceu ao Instituto
Biológico da Defesa Agrícola.

Art. 143. Os casos omissos ao presente regulamento ou que necessitarem de posteriores instruções, serão
resolvido por portaria do Ministro da Agricultura, ouvido o Conselho Nacional de Defesa Agrícola. - Juarez
Tavora.

FISCALIZAÇÃO DE INSUMOS AGRÍCOLAS: AGROTÓXICOS - FERTILIZANTES -


SEMENTES E MUDAS (LEI Nº LEI Nº 7802/89 - LEI Nº 10711/2003 LEI Nº 7.802, DE 11 DE
JULHO DE 1989.)

Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o


armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o
destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de
agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a


seguinte Lei:

Art. 1º A pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o


armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o
destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de
agrotóxicos, seus componentes e afins, serão regidos por esta Lei.

Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se:

I - agrotóxicos e afins:

a) os produtos e os agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de
produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de
florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de ambientes urbanos, hídricos e
industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação
danosa de seres vivos considerados nocivos;

b) substâncias e produtos, empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de


crescimento;

II - componentes: os princípios ativos, os produtos técnicos, suas matérias-primas, os ingredientes inertes e


aditivos usados na fabricação de agrotóxicos e afins.

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ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

Art. 3º Os agrotóxicos, seus componentes e afins, de acordo com definição do art. 2º desta Lei, só poderão
ser produzidos, exportados, importados, comercializados e utilizados, se previamente registrados em órgão
federal, de acordo com as diretrizes e exigências dos órgãos federais responsáveis pelos setores da saúde, do
meio ambiente e da agricultura.

§ 1º Fica criado o registro especial temporário para agrotóxicos, seus componentes e afins, quando se
destinarem à pesquisa e à experimentação.

§ 2º Os registrantes e titulares de registro fornecerão, obrigatoriamente, à União, as inovações concernentes


aos dados fornecidos para o registro de seus produtos.

§ 3º Entidades públicas e privadas de ensino, assistência técnica e pesquisa poderão realizar experimentação
e pesquisas, e poderão fornecer laudos no campo da agronomia, toxicologia, resíduos, química e meio
ambiente.

§ 4º Quando organizações internacionais responsáveis pela saúde, alimentação ou meio ambiente, das quais
o Brasil seja membro integrante ou signatário de acordos e convênios, alertarem para riscos ou
desaconselharem o uso de agrotóxicos, seus componentes e afins, caberá à autoridade competente tomar
imediatas providências, sob pena de responsabilidade.

§ 5º O registro para novo produto agrotóxico, seus componentes e afins, será concedido se a sua ação tóxica
sobre o ser humano e o meio ambiente for comprovadamente igual ou menor do que a daqueles já
registrados, para o mesmo fim, segundo os parâmetros fixados na regulamentação desta Lei.

§ 6º Fica proibido o registro de agrotóxicos, seus componentes e afins:

a) para os quais o Brasil não disponha de métodos para desativação de seus componentes, de modo a
impedir que os seus resíduos remanescentes provoquem riscos ao meio ambiente e à saúde pública;

b) para os quais não haja antídoto ou tratamento eficaz no Brasil;

c) que revelem características teratogênicas, carcinogênicas ou mutagênicas, de acordo com os resultados


atualizados de experiências da comunidade científica;

d) que provoquem distúrbios hormonais, danos ao aparelho reprodutor, de acordo com procedimentos e
experiências atualizadas na comunidade científica;

e) que se revelem mais perigosos para o homem do que os testes de laboratório, com animais, tenham
podido demonstrar, segundo critérios técnicos e científicos atualizados;

f) cujas características causem danos ao meio ambiente.

Art. 4º As pessoas físicas e jurídicas que sejam prestadoras de serviços na aplicação de agrotóxicos, seus
componentes e afins, ou que os produzam, importem, exportem ou comercializem, ficam obrigadas a
promover os seus registros nos órgãos competentes, do Estado ou do Município, atendidas as diretrizes e
exigências dos órgãos federais responsáveis que atuam nas áreas da saúde, do meio ambiente e da
agricultura.

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ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

Parágrafo único. São prestadoras de serviços as pessoas físicas e jurídicas que executam trabalho de
prevenção, destruição e controle de seres vivos, considerados nocivos, aplicando agrotóxicos, seus
componentes e afins.

Art. 5º Possuem legitimidade para requerer o cancelamento ou a impugnação, em nome próprio, do registro
de agrotóxicos e afins, argüindo prejuízos ao meio ambiente, à saúde humana e dos animais:

I - entidades de classe, representativas de profissões ligadas ao setor;

II - partidos políticos, com representação no Congresso Nacional;

III - entidades legalmente constituídas para defesa dos interesses difusos relacionados à proteção do
consumidor, do meio ambiente e dos recursos naturais.

§ 1º Para efeito de registro e pedido de cancelamento ou impugnação de agrotóxicos e afins, todas as


informações toxicológicas de contaminação ambiental e comportamento genético, bem como os efeitos no
mecanismo hormonal, são de responsabilidade do estabelecimento registrante ou da entidade impugnante e
devem proceder de laboratórios nacionais ou internacionais.

§ 2º A regulamentação desta Lei estabelecerá condições para o processo de impugnação ou cancelamento do


registro, determinando que o prazo de tramitação não exceda 90 (noventa) dias e que os resultados apurados
sejam publicados.

§ 3º Protocolado o pedido de registro, será publicado no Diário Oficial da União um resumo do mesmo.

Art. 6º As embalagens dos agrotóxicos e afins deverão atender, entre outros, aos seguintes requisitos:

I - devem ser projetadas e fabricadas de forma a impedir qualquer vazamento, evaporação, perda ou
alteração de seu conteúdo e de modo a facilitar as operações de lavagem, classificação, reutilização e
reciclagem; (Redação dada pela Lei nº 9.974, de 2000)

II - os materiais de que forem feitas devem ser insuscetíveis de ser atacados pelo conteúdo ou de formar com
ele combinações nocivas ou perigosas;

III - devem ser suficientemente resistentes em todas as suas partes, de forma a não sofrer enfraquecimento e
a responder adequadamente às exigências de sua normal conservação;

IV - devem ser providas de um lacre que seja irremediavelmente destruído ao ser aberto pela primeira vez.

§ 1o O fracionamento e a reembalagem de agrotóxicos e afins com o objetivo de comercialização somente


poderão ser realizados pela empresa produtora, ou por estabelecimento devidamente credenciado, sob
responsabilidade daquela, em locais e condições previamente autorizados pelos órgãos
competentes. (Incluído pela Lei nº 9.974, de 2000)

§ 2o Os usuários de agrotóxicos, seus componentes e afins deverão efetuar a devolução das embalagens
vazias dos produtos aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos, de acordo com as instruções
previstas nas respectivas bulas, no prazo de até um ano, contado da data de compra, ou prazo superior, se
autorizado pelo órgão registrante, podendo a devolução ser intermediada por postos ou centros de
recolhimento, desde que autorizados e fiscalizados pelo órgão competente.(Incluído pela Lei nº 9.974, de
2000)
27
ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

§ 3o Quando o produto não for fabricado no País, assumirá a responsabilidade de que trata o § 2 o a pessoa
física ou jurídica responsável pela importação e, tratando-se de produto importado submetido a
processamento industrial ou a novo acondicionamento, caberá ao órgão registrante defini-la.(Incluído pela
Lei nº 9.974, de 2000)

§ 4o As embalagens rígidas que contiverem formulações miscíveis ou dispersíveis em água deverão ser
submetidas pelo usuário à operação de tríplice lavagem, ou tecnologia equivalente, conforme normas
técnicas oriundas dos órgãos competentes e orientação constante de seus rótulos e bulas.(Incluído pela Lei nº
9.974, de 2000)

§ 5o As empresas produtoras e comercializadoras de agrotóxicos, seus componentes e afins, são responsáveis


pela destinação das embalagens vazias dos produtos por elas fabricados e comercializados, após a devolução
pelos usuários, e pela dos produtos apreendidos pela ação fiscalizatória e dos impróprios para utilização ou
em desuso, com vistas à sua reutilização, reciclagem ou inutilização, obedecidas as normas e instruções dos
órgãos registrantes e sanitário-ambientais competentes. (Incluído pela Lei nº 9.974, de 2000)

§ 6o As empresas produtoras de equipamentos para pulverização deverão, no prazo de cento e oitenta dias da
publicação desta Lei, inserir nos novos equipamentos adaptações destinadas a facilitar as operações de
tríplice lavagem ou tecnologia equivalente.(Incluído pela Lei nº 9.974, de 2000)

Art. 7o Para serem vendidos ou expostos à venda em todo o território nacional, os agrotóxicos e afins são
obrigados a exibir rótulos próprios e bulas, redigidos em português, que contenham, entre outros, os
seguintes dados: (Redação dada pela Lei nº 9.974, de 2000)

I - indicações para a identificação do produto, compreendendo:

a) o nome do produto;

b) o nome e a percentagem de cada princípio ativo e a percentagem total dos ingredientes inertes que
contém;

c) a quantidade de agrotóxicos, componentes ou afins, que a embalagem contém, expressa em unidades de


peso ou volume, conforme o caso;

d) o nome e o endereço do fabricante e do importador;

e) os números de registro do produto e do estabelecimento fabricante ou importador;

f) o número do lote ou da partida;

g) um resumo dos principais usos do produto;

h) a classificação toxicológica do produto;

II - instruções para utilização, que compreendam:

a) a data de fabricação e de vencimento;

28
ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

b) o intervalo de segurança, assim entendido o tempo que deverá transcorrer entre a aplicação e a colheita,
uso ou consumo, a semeadura ou plantação, e a semeadura ou plantação do cultivo seguinte, conforme o
caso;

c) informações sobre o modo de utilização, incluídas, entre outras: a indicação de onde ou sobre o que deve
ser aplicado; o nome comum da praga ou enfermidade que se pode com ele combater ou os efeitos que se
pode obter; a época em que a aplicação deve ser feita; o número de aplicações e o espaçamento entre elas, se
for o caso; as doses e os limites de sua utilização;

d) informações sobre os equipamentos a serem usados e a descrição dos processos de tríplice lavagem ou
tecnologia equivalente, procedimentos para a devolução, destinação, transporte, reciclagem, reutilização e
inutilização das embalagens vazias e efeitos sobre o meio ambiente decorrentes da destinação inadequada
dos recipientes; (Redação dada pela Lei nº 9.974, de 2000)

III - informações relativas aos perigos potenciais, compreendidos:

a) os possíveis efeitos prejudiciais sobre a saúde do homem, dos animais e sobre o meio ambiente;

b) precauções para evitar danos a pessoas que os aplicam ou manipulam e a terceiros, aos animais
domésticos, fauna, flora e meio ambiente;

c) símbolos de perigo e frases de advertência padronizados, de acordo com a classificação toxicológica do


produto;

d) instruções para o caso de acidente, incluindo sintomas de alarme, primeiros socorros, antídotos e
recomendações para os médicos;

IV - recomendação para que o usuário leia o rótulo antes de utilizar o produto.

§ 1º Os textos e símbolos impressos nos rótulos serão claramente visíveis e facilmente legíveis em condições
normais e por pessoas comuns.

§ 2º Fica facultada a inscrição, nos rótulos, de dados não estabelecidos como obrigatórios, desde que:

I - não dificultem a visibilidade e a compreensão dos dados obrigatórios;

II - não contenham:

a) afirmações ou imagens que possam induzir o usuário a erro quanto à natureza, composição, segurança e
eficácia do produto, e sua adequação ao uso;

b) comparações falsas ou equívocas com outros produtos;

c) indicações que contradigam as informações obrigatórias;

d) declarações de propriedade relativas à inocuidade, tais como "seguro", "não venenoso", "não tóxico"; com
ou sem uma frase complementar, como: "quando utilizado segundo as instruções";

e) afirmações de que o produto é recomendado por qualquer órgão do Governo.

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ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

§ 3º Quando, mediante aprovação do órgão competente, for juntado folheto complementar que amplie os
dados do rótulo, ou que contenha dados que obrigatoriamente deste devessem constar, mas que nele não
couberam, pelas dimensões reduzidas da embalagem, observar-se-á o seguinte:

I - deve-se incluir no rótulo frase que recomende a leitura do folheto anexo, antes da utilização do produto;

II - em qualquer hipótese, os símbolos de perigo, o nome do produto, as precauções e instruções de


primeiros socorros, bem como o nome e o endereço do fabricante ou importador devem constar tanto do
rótulo como do folheto.

Art. 8º A propaganda comercial de agrotóxicos, componentes e afins, em qualquer meio de comunicação,


conterá, obrigatoriamente, clara advertência sobre os riscos do produto à saúde dos homens, animais e ao
meio ambiente, e observará o seguinte:

I - estimulará os compradores e usuários a ler atentamente o rótulo e, se for o caso, o folheto, ou a pedir que
alguém os leia para eles, se não souberem ler;

II - não conterá nenhuma representação visual de práticas potencialmente perigosas, tais como a
manipulação ou aplicação sem equipamento protetor, o uso em proximidade de alimentos ou em presença de
crianças;

III - obedecerá ao disposto no inciso II do § 2º do art. 7º desta Lei.

Art. 9º No exercício de sua competência, a União adotará as seguintes providências:

I - legislar sobre a produção, registro, comércio interestadual, exportação, importação, transporte,


classificação e controle tecnológico e toxicológico;

II - controlar e fiscalizar os estabelecimentos de produção, importação e exportação;

III - analisar os produtos agrotóxicos, seus componentes e afins, nacionais e importados;

IV - controlar e fiscalizar a produção, a exportação e a importação.

Art. 10. Compete aos Estados e ao Distrito Federal, nos termos dos arts. 23 e 24 da Constituição Federal,
legislar sobre o uso, a produção, o consumo, o comércio e o armazenamento dos agrotóxicos, seus
componentes e afins, bem como fiscalizar o uso, o consumo, o comércio, o armazenamento e o transporte
interno.

Art. 11. Cabe ao Município legislar supletivamente sobre o uso e o armazenamento dos agrotóxicos, seus
componentes e afins.

Art. 12. A União, através dos órgãos competentes, prestará o apoio necessário às ações de controle e
fiscalização, à Unidade da Federação que não dispuser dos meios necessários.

Art. 12A. Compete ao Poder Público a fiscalização: (Incluído pela Lei nº 9.974, de 2000)

I – da devolução e destinação adequada de embalagens vazias de agrotóxicos, seus componentes e afins, de


produtos apreendidos pela ação fiscalizadora e daqueles impróprios para utilização ou em desuso; (Incluído
pela Lei nº 9.974, de 2000)
30
ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

II – do armazenamento, transporte, reciclagem, reutilização e inutilização de embalagens vazias e produtos


referidos no inciso I. (Incluído pela Lei nº 9.974, de 2000)

Art. 13. A venda de agrotóxicos e afins aos usuários será feita através de receituário próprio, prescrito por
profissionais legalmente habilitados, salvo casos excepcionais que forem previstos na regulamentação desta
Lei.

Art. 14. As responsabilidades administrativa, civil e penal pelos danos causados à saúde das pessoas e ao
meio ambiente, quando a produção, comercialização, utilização, transporte e destinação de embalagens
vazias de agrotóxicos, seus componentes e afins, não cumprirem o disposto na legislação pertinente,
cabem: (Redação dada pela Lei nº 9.974, de 2000)

a) ao profissional, quando comprovada receita errada, displicente ou indevida;

b) ao usuário ou ao prestador de serviços, quando proceder em desacordo com o receituário ou as


recomendações do fabricante e órgãos registrantes e sanitário-ambientais; (Redação dada pela Lei nº 9.974,
de 2000)

c) ao comerciante, quando efetuar venda sem o respectivo receituário ou em desacordo com a receita ou
recomendações do fabricante e órgãos registrantes e sanitário-ambientais; (Redação dada pela Lei nº 9.974,
de 2000)

d) ao registrante que, por dolo ou por culpa, omitir informações ou fornecer informações incorretas;

e) ao produtor, quando produzir mercadorias em desacordo com as especificações constantes do registro do


produto, do rótulo, da bula, do folheto e da propaganda, ou não der destinação às embalagens vazias em
conformidade com a legislação pertinente; (Redação dada pela Lei nº 9.974, de 2000)

f) ao empregador, quando não fornecer e não fizer manutenção dos equipamentos adequados à proteção da
saúde dos trabalhadores ou dos equipamentos na produção, distribuição e aplicação dos produtos.

Art. 15. Aquele que produzir, comercializar, transportar, aplicar, prestar serviço, der destinação a resíduos e
embalagens vazias de agrotóxicos, seus componentes e afins, em descumprimento às exigências
estabelecidas na legislação pertinente estará sujeito à pena de reclusão, de dois a quatro anos, além de
multa. (Redação dada pela Lei nº 9.974, de 2000)

Art. 16. O empregador, profissional responsável ou o prestador de serviço, que deixar de promover as
medidas necessárias de proteção à saúde e ao meio ambiente, estará sujeito à pena de reclusão de 2 (dois) a 4
(quatro) anos, além de multa de 100 (cem) a 1.000 (mil) MVR. Em caso de culpa, será punido com pena de
reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, além de multa de 50 (cinqüenta) a 500 (quinhentos) MVR.

Art. 17. Sem prejuízo das responsabilidades civil e penal cabíveis, a infração de disposições desta Lei
acarretará, isolada ou cumulativamente, nos termos previstos em regulamento, independente das medidas
cautelares de estabelecimento e apreensão do produto ou alimentos contaminados, a aplicação das seguintes
sanções:

I - advertência;

II - multa de até 1000 (mil) vezes o Maior Valor de Referência - MVR, aplicável em dobro em caso de
reincidência;

31
ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

III - condenação de produto;

IV - inutilização de produto;

V - suspensão de autorização, registro ou licença;

VI - cancelamento de autorização, registro ou licença;

VII - interdição temporária ou definitiva de estabelecimento;

VIII - destruição de vegetais, partes de vegetais e alimentos, com resíduos acima do permitido;

IX - destruição de vegetais, partes de vegetais e alimentos, nos quais tenha havido aplicação de agrotóxicos
de uso não autorizado, a critério do órgão competente.

Parágrafo único. A autoridade fiscalizadora fará a divulgação das sanções impostas aos infratores desta Lei.

Art. 18. Após a conclusão do processo administrativo, os agrotóxicos e afins, apreendidos como resultado da
ação fiscalizadora, serão inutilizados ou poderão ter outro destino, a critério da autoridade competente.

Parágrafo único. Os custos referentes a quaisquer dos procedimentos mencionados neste artigo correrão por
conta do infrator.

Art. 19. O Poder Executivo desenvolverá ações de instrução, divulgação e esclarecimento, que estimulem o
uso seguro e eficaz dos agrotóxicos, seus componentes e afins, com o objetivo de reduzir os efeitos
prejudiciais para os seres humanos e o meio ambiente e de prevenir acidentes decorrentes de sua utilização
imprópria.

Parágrafo único. As empresas produtoras e comercializadoras de agrotóxicos, seus componentes e afins,


implementarão, em colaboração com o Poder Público, programas educativos e mecanismos de controle e
estímulo à devolução das embalagens vazias por parte dos usuários, no prazo de cento e oitenta dias contado
da publicação desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.974, de 2000)

Art. 20. As empresas e os prestadores de serviços que já exercem atividades no ramo de agrotóxicos, seus
componentes e afins, têm o prazo de até 6 (seis) meses, a partir da regulamentação desta Lei, para se
adaptarem às suas exigências.

Parágrafo único. Aos titulares do registro de produtos agrotóxicos que têm como componentes os
organoclorados será exigida imediata reavaliação de seu registro, nos termos desta Lei.

Art. 21. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 90 (noventa) dias, contado da data de sua
publicação.

Art. 22. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 23. Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 11 de julho de 1989; 168º da Independência e 101º da República.

32
ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

LEI No 10.711, DE 5 DE AGOSTO DE 2003.

Dispõe sobre o Sistema Nacional de Sementes e Mudas e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a


seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1o O Sistema Nacional de Sementes e Mudas, instituído nos termos desta Lei e de seu regulamento,
objetiva garantir a identidade e a qualidade do material de multiplicação e de reprodução vegetal produzido,
comercializado e utilizado em todo o território nacional.

Art. 2o Para os efeitos desta Lei, entende-se por:

I – amostra: porção representativa de um lote de sementes ou de mudas, suficientemente homogênea e


corretamente identificada, obtida por método indicado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento - Mapa;

II – amostra oficial: amostra retirada por fiscal, para fins de análise de fiscalização;

III - amostragem: ato ou processo de obtenção de porção de sementes ou de mudas, definido no regulamento
desta Lei, para constituir amostra representativa de campo ou de lote definido;

IV - amostrador: pessoa física credenciada pelo Mapa para execução de amostragem;

V - armazenador: pessoa física ou jurídica que armazena sementes para si ou para terceiros;

VI - beneficiamento: operação efetuada mediante meios físicos, químicos ou mecânicos, com o objetivo de
se aprimorar a qualidade de um lote de sementes;

VII - beneficiador: pessoa física ou jurídica que presta serviços de beneficiamento de sementes ou mudas
para terceiros, assistida por responsável técnico;

VIII - categoria: unidade de classificação, dentro de uma classe de semente, que considera a origem
genética, a qualidade e o número de gerações, quando for o caso;

IX - certificação de sementes ou mudas: processo de produção de sementes ou mudas, executado mediante


controle de qualidade em todas as etapas do seu ciclo, incluindo o conhecimento da origem genética e o
controle de gerações;

X - certificado de sementes ou mudas: documento emitido pelo certificador, comprovante de que o lote de
sementes ou de mudas foi produzido de acordo com as normas e padrões de certificação estabelecidos;

XI - certificador: o Mapa ou pessoa jurídica por este credenciada para executar a certificação de sementes e
mudas;

XII - classe: grupo de identificação da semente de acordo com o processo de produção;


33
ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

XIII - comerciante: pessoa física ou jurídica que exerce o comércio de sementes ou mudas;

XIV - comércio: o ato de anunciar, expor à venda, ofertar, vender, consignar, reembalar, importar ou
exportar sementes ou mudas;

XV - cultivar: a variedade de qualquer gênero ou espécie vegetal superior que seja claramente distinguível
de outras cultivares conhecidas, por margem mínima de descritores, por sua denominação própria, que seja
homogênea e estável quanto aos descritores através de gerações sucessivas e seja de espécie passível de uso
pelo complexo agroflorestal, descrita em publicação especializada disponível e acessível ao público, bem
como a linhagem componente de híbridos;

XVI - cultivar local, tradicional ou crioula: variedade desenvolvida, adaptada ou produzida por agricultores
familiares, assentados da reforma agrária ou indígenas, com características fenotípicas bem determinadas e
reconhecidas pelas respectivas comunidades e que, a critério do Mapa, considerados também os descritores
socioculturais e ambientais, não se caracterizem como substancialmente semelhantes às cultivares
comerciais;

XVII - detentor de semente: a pessoa física ou jurídica que estiver na posse da semente;

XVIII - fiscalização: exercício do poder de polícia, visando coibir atos em desacordo com os dispositivos
desta Lei e de sua regulamentação, realizado por Fiscal Federal Agropecuário do Mapa ou por funcionário
da administração estadual, municipal ou do Distrito Federal, capacitados para o exercício da fiscalização e
habilitados pelos respectivos conselhos de fiscalização do exercício profissional;

XIX - híbrido: o resultado de um ou mais cruzamentos, sob condições controladas, entre progenitores de
constituição genética distinta, estável e de pureza varietal definida;

XX - identidade: conjunto de informações necessárias à identificação de sementes ou mudas, incluindo a


identidade genética;

XXI - identidade genética: conjunto de caracteres genotípicos e fenotípicos da cultivar que a diferencia de
outras;

XXII - introdutor: pessoa física ou jurídica que introduz pela primeira vez, no País, uma cultivar
desenvolvida em outro país;

XXIII - jardim clonal: conjunto de plantas, matrizes ou básicas, destinado a fornecer material de
multiplicação de determinada cultivar;

XXIV - laboratório de análise de sementes e mudas: unidade constituída e credenciada especificamente para
proceder a análise de sementes e expedir o respectivo boletim ou certificado de análise, assistida por
responsável técnico;

XXV - mantenedor: pessoa física ou jurídica que se responsabiliza por tornar disponível um estoque mínimo
de material de propagação de uma cultivar inscrita no Registro Nacional de Cultivares - RNC, conservando
suas características de identidade genética e pureza varietal;

XXVI - muda: material de propagação vegetal de qualquer gênero, espécie ou cultivar, proveniente de
reprodução sexuada ou assexuada, que tenha finalidade específica de plantio;

34
ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

XXVII - muda certificada: muda que tenha sido submetida ao processo de certificação, proveniente de
planta básica ou de planta matriz;

XXVIII - obtentor: pessoa física ou jurídica que obtiver cultivar, nova cultivar ou cultivar essencialmente
derivada;

XXIX - planta básica: planta obtida a partir de processo de melhoramento, sob a responsabilidade e controle
direto de seu obtentor ou introdutor, mantidas as suas características de identidade e pureza genéticas;

XXX - planta matriz: planta fornecedora de material de propagação que mantém as características da Planta
Básica da qual seja proveniente;

XXXI - produção: o processo de propagação de sementes ou mudas;

XXXII - produtor de muda: pessoa física ou jurídica que, assistida por responsável técnico, produz muda
destinada à comercialização;

XXXIII - produtor de semente: pessoa física ou jurídica que, assistida por responsável técnico, produz
semente destinada à comercialização;

XXXIV - propagação: a reprodução, por sementes propriamente ditas, ou a multiplicação, por mudas e
demais estruturas vegetais, ou a concomitância dessas ações;

XXXV - qualidade: conjunto de atributos inerentes a sementes ou a mudas, que permite comprovar a origem
genética e o estado físico, fisiológico e fitossanitário delas;

XXXVI - reembalador: pessoa física ou jurídica que, assistida por responsável técnico, reembala sementes;

XXXVII - responsável técnico: engenheiro agrônomo ou engenheiro florestal, registrado no respectivo


Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - Crea, a quem compete a responsabilidade
técnica pela produção, beneficiamento, reembalagem ou análise de sementes em todas as suas fases, na sua
respectiva área de habilitação profissional;

XXXVIII - semente: material de reprodução vegetal de qualquer gênero, espécie ou cultivar, proveniente de
reprodução sexuada ou assexuada, que tenha finalidade específica de semeadura;

XXXIX - semente genética: material de reprodução obtido a partir de processo de melhoramento de plantas,
sob a responsabilidade e controle direto do seu obtentor ou introdutor, mantidas as suas características de
identidade e pureza genéticas;

XL - semente básica: material obtido da reprodução de semente genética, realizada de forma a garantir sua
identidade genética e sua pureza varietal;

XLI - semente certificada de primeira geração: material de reprodução vegetal resultante da reprodução de
semente básica ou de semente genética;

XLII - semente certificada de segunda geração: material de reprodução vegetal resultante da reprodução de
semente genética, de semente básica ou de semente certificada de primeira geração;

35
ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

XLIII - semente para uso próprio: quantidade de material de reprodução vegetal guardada pelo agricultor, a
cada safra, para semeadura ou plantio exclusivamente na safra seguinte e em sua propriedade ou outra cuja
posse detenha, observados, para cálculo da quantidade, os parâmetros registrados para a cultivar no Registro
Nacional de Cultivares - RNC; (Vide Medida provisória nº 223, de 2004)

XLIV - termo de conformidade: documento emitido pelo responsável técnico, com o objetivo de atestar que
a semente ou a muda foi produzida de acordo com as normas e padrões estabelecidos pelo Mapa;

XLV - utilização de sementes ou mudas: uso de vegetais ou de suas partes com o objetivo de semeadura ou
plantio;

XLVI - usuário de sementes ou mudas: aquele que utiliza sementes ou mudas com objetivo de semeadura ou
plantio;

XLVII - valor de cultivo e uso - VCU: valor intrínseco de combinação das características agronômicas da
cultivar com as suas propriedades de uso em atividades agrícolas, industriais, comerciais ou consumo in
natura.

Parágrafo único. Aplicam-se, também, no que couber e no que não dispuser em contrário esta Lei, os
conceitos constantes da Lei no 9.456, de 25 de abril de 1997.

CAPÍTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE SEMENTES E MUDAS

Art. 3o O Sistema Nacional de Sementes e Mudas - SNSM compreende as seguintes atividades:

I - registro nacional de sementes e mudas - Renasem;

II - registro nacional de cultivares - RNC;

III - produção de sementes e mudas;

IV - certificação de sementes e mudas;

V - análise de sementes e mudas;

VI - comercialização de sementes e mudas;

VII - fiscalização da produção, do beneficiamento, da amostragem, da análise, certificação, do


armazenamento, do transporte e da comercialização de sementes e mudas;

VIII - utilização de sementes e mudas.

Art. 4o Compete ao Mapa promover, coordenar, normatizar, supervisionar, auditar e fiscalizar as ações
decorrentes desta Lei e de seu regulamento.

Art. 5o Compete aos Estados e ao Distrito Federal elaborar normas e procedimentos complementares
relativos à produção de sementes e mudas, bem como exercer a fiscalização do comércio estadual.

36
ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

Parágrafo único. A fiscalização do comércio estadual de sementes e mudas poderá ser exercida pelo Mapa,
quando solicitado pela unidade da Federação.

Art. 6o Compete privativamente ao Mapa a fiscalização do comércio interestadual e internacional de


sementes e mudas.

CAPÍTULO III

DO REGISTRO NACIONAL DE SEMENTES E MUDAS

Art. 7o Fica instituído, no Mapa, o Registro Nacional de Sementes e Mudas - Renasem.

Art. 8o As pessoas físicas e jurídicas que exerçam as atividades de produção, beneficiamento, embalagem,
armazenamento, análise, comércio, importação e exportação de sementes e mudas ficam obrigadas à
inscrição no Renasem.

§ 1o O Mapa credenciará, junto ao Renasem, pessoas físicas e jurídicas que atendam aos requisitos exigidos
no regulamento desta Lei, para exercer as atividades de:

I - responsável técnico;

II - entidade de certificação de sementes e mudas;

III - certificador de sementes ou mudas de produção própria;

IV - laboratório de análise de sementes e de mudas;

V - amostrador de sementes e mudas.

§ 2o As pessoas físicas ou jurídicas que importem sementes ou mudas para uso próprio em sua propriedade,
ou em propriedades de terceiros cuja posse detenham, ficam dispensadas da inscrição no Renasem,
obedecidas as condições estabelecidas no regulamento desta Lei.

§ 3o Ficam isentos da inscrição no Renasem os agricultores familiares, os assentados da reforma agrária e os


indígenas que multipliquem sementes ou mudas para distribuição, troca ou comercialização entre si.

Art. 9o Os serviços públicos decorrentes da inscrição ou do credenciamento no Renasem serão remunerados


pelo regime de preços de serviços públicos específicos, cabendo ao Mapa fixar valores e formas de
arrecadação para as atividades de:

I - produtor de sementes;

II - produtor de mudas;

III - beneficiador de sementes;

IV - reembalador de sementes;

V - armazenador de sementes;

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ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

VI - comerciante de sementes;

VII - comerciante de mudas;

VIII - certificador de sementes ou de mudas;

IX - laboratório de análise de sementes ou de mudas;

X - amostrador;

XI - responsável técnico.

Parágrafo único. A pessoa física ou jurídica que exercer mais de uma atividade pagará somente o valor
referente à maior anuidade e à maior taxa de inscrição ou de credenciamento nas atividades que desenvolve.

CAPÍTULO IV

DO REGISTRO NACIONAL DE CULTIVARES

Art. 10. Fica instituído, no Mapa, o Registro Nacional de Cultivares - RNC e o Cadastro Nacional de
Cultivares Registradas - CNCR.

Parágrafo único. O CNCR é o cadastro das cultivares registradas no RNC e de seus mantenedores.

Art. 11. A produção, o beneficiamento e a comercialização de sementes e de mudas ficam condicionados à


prévia inscrição da respectiva cultivar no RNC.

§ 1o A inscrição da cultivar deverá ser única.

§ 2o A permanência da inscrição de uma cultivar, no RNC, fica condicionada à existência de pelo menos um
mantenedor, excetuadas as cultivares cujo material de propagação dependa exclusivamente de importação.

§ 3o O Mapa poderá aceitar mais de um mantenedor da mesma cultivar inscrita no RNC, desde que
comprove possuir condições técnicas para garantir a manutenção da cultivar.

§ 4o O mantenedor que, por qualquer motivo, deixar de fornecer material básico ou de assegurar as
características da cultivar declaradas na ocasião de sua inscrição no RNC terá seu nome excluído do registro
da cultivar no CNCR.

§ 5o Na hipótese de cultivar protegida, nos termos da Lei no 9.456, de 25 de abril de 1997, a inscrição deverá
ser feita pelo obtentor ou por procurador legalmente autorizado.

§ 6o Não é obrigatória a inscrição no RNC de cultivar local, tradicional ou crioula, utilizada por agricultores
familiares, assentados da reforma agrária ou indígenas.

§ 7o O regulamento desta Lei estabelecerá os critérios de permanência ou exclusão de inscrição no RNC, das
cultivares de domínio público.

38
ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

Art. 12. A denominação da cultivar será obrigatória para sua identificação e destinar-se-á a ser sua
denominação genérica, devendo, para fins de registro, obedecer aos seguintes critérios:

I - ser única, não podendo ser expressa apenas na forma numérica;

II - ser diferente de denominação de cultivar preexistente;

III - não induzir a erro quanto às características intrínsecas ou quanto à procedência da cultivar.

Art. 13. O Mapa editará publicação especializada para divulgação do Cadastro Nacional de Cultivares
Registradas.

Art. 14. Ficam convalidadas as inscrições de cultivares já existentes no RNC, na data de publicação desta
Lei, desde que, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, os interessados atendam ao disposto no art. 11.

Art. 15. O Mapa estabelecerá normas para determinação de valor de cultivo e de uso - VCU pertinentes a
cada espécie vegetal, para a inscrição das respectivas cultivares no RNC.

Art. 16. A inscrição de cultivar no RNC poderá ser cancelada ou suspensa, na forma que estabelecer o
regulamento desta Lei.

Art. 17. Os serviços públicos decorrentes da inscrição no RNC serão remunerados pelo regime de preços de
serviços públicos específicos, cabendo ao Mapa fixar valores e formas de arrecadação.

CAPÍTULO V

DA PRODUÇÃO E DA CERTIFICAÇÃO

Art. 18. O Mapa promoverá a organização do sistema de produção de sementes e mudas em todo o território
nacional, incluindo o processo de certificação, na forma que dispuser o regulamento desta Lei.

Art. 19. A produção de sementes e mudas será de responsabilidade do produtor de sementes e mudas inscrito
no Renasem, competindo-lhe zelar pelo controle de identidade e qualidade.

Parágrafo único. A garantia do padrão mínimo de germinação será assegurada pelo detentor da semente, seja
produtor, comerciante ou usuário, na forma que dispuser o regulamento desta Lei.

Art. 20. Os padrões de identidade e qualidade das sementes e mudas, estabelecidos pelo Mapa e publicados
no Diário Oficial da União, serão válidos em todo o território nacional.

Art. 21. O produtor de sementes e de mudas fica obrigado a identificá-las, devendo fazer constar da
respectiva embalagem, carimbo, rótulo ou etiqueta de identificação, as especificações estabelecidas no
regulamento desta Lei.

Art. 22. As sementes e mudas deverão ser identificadas com a denominação "Semente de" ou "Muda de"
acrescida do nome comum da espécie.

Parágrafo único. As sementes e mudas produzidas sob o processo de certificação serão identificadas de
acordo com a denominação das categorias estabelecidas no art. 23, acrescida do nome comum da espécie.

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ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

Art. 23. No processo de certificação, as sementes e as mudas poderão ser produzidas segundo as seguintes
categorias:

I - semente genética;

II - semente básica;

III - semente certificada de primeira geração - C1;

IV - semente certificada de segunda geração - C2;

V - planta básica;

VI - planta matriz;

VII - muda certificada.

§ 1o A obtenção de semente certificada de segunda geração - C2, de semente certificada de primeira geração
- C1 e de semente básica se dará, respectivamente, pela reprodução de, no máximo, uma geração da
categoria imediatamente anterior, na escala de categorias constante do caput.

§ 2o O Mapa poderá autorizar mais de uma geração para a multiplicação da categoria de semente básica,
considerando as peculiaridades de cada espécie vegetal.

§ 3o A produção de semente básica, semente certificada de primeira geração - C1 e semente certificada de


segunda geração - C2, fica condicionada à prévia inscrição dos campos de produção no Mapa, observados as
normas e os padrões pertinentes a cada espécie.

§ 4o A produção de muda certificada fica condicionada à prévia inscrição do jardim clonal de planta matriz e
de planta básica, assim como do respectivo viveiro de produção, no Mapa, observados as normas e os
padrões pertinentes.

Art. 24. A produção de sementes da classe não-certificada com origem genética comprovada poderá ser feita
por, no máximo, duas gerações a partir de sementes certificadas, básicas ou genéticas, condicionada à prévia
inscrição dos campos de produção no Mapa e ao atendimento às normas e padrões estabelecidos no
regulamento desta Lei.

Parágrafo único. A critério do Mapa, a produção de sementes prevista neste artigo poderá ser feita sem a
comprovação da origem genética, quando ainda não houver tecnologia disponível para a produção de
semente genética da respectiva espécie.

Art. 25. A inscrição de campo de produção de sementes e mudas de cultivar protegida nos termos da Lei
no 9.456, de 1997, somente poderá ser feita mediante autorização expressa do detentor do direito de
propriedade da cultivar.

Art. 26. A produção de muda não-certificada deverá obedecer ao disposto no regulamento desta Lei.

Art. 27. A certificação de sementes e mudas deverá ser efetuada pelo Mapa ou por pessoa jurídica
credenciada, na forma do regulamento desta Lei.

40
ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

Parágrafo único. Será facultado ao produtor de sementes ou de mudas certificar a sua própria produção,
desde que credenciado pelo Mapa, na forma do § 1o do art. 8o desta Lei.

CAPÍTULO VI

DA ANÁLISE DE SEMENTES E DE MUDAS

Art. 28. A análise de amostras de sementes e de mudas deverá ser executada de acordo com metodologias
oficializadas pelo Mapa.

Art. 29. As análises de amostras de sementes e de mudas somente serão válidas, para os fins previstos nesta
Lei, quando realizadas diretamente pelo Mapa ou por laboratório por ele credenciado ou reconhecido.

Parágrafo único. Os resultados das análises somente terão valor, para fins de fiscalização, quando obtidos de
amostras oficiais e analisadas diretamente pelo Mapa ou por laboratório oficial por ele credenciado.

CAPÍTULO VII

DO COMÉRCIO INTERNO

Art. 30. O comércio e o transporte de sementes e de mudas ficam condicionados ao atendimento dos padrões
de identidade e de qualidade estabelecidos pelo Mapa.

Parágrafo único. Em situações emergenciais e por prazo determinado, o Mapa poderá autorizar a
comercialização de material de propagação com padrões de identidade e qualidade abaixo dos mínimos
estabelecidos.

Art. 31. As sementes e mudas deverão ser identificadas, constando sua categoria, na forma estabelecida no
art. 23 e deverão, ao ser transportadas, comercializadas ou estocadas, estar acompanhadas de nota fiscal ou
nota fiscal do produtor e do certificado de semente ou do termo de conformidade, conforme definido no
regulamento desta Lei.

Art. 32. A comercialização e o transporte de sementes tratadas com produtos químicos ou agrotóxicos
deverão obedecer ao disposto no regulamento desta Lei.

CAPÍTULO VIII

DO COMÉRCIO INTERNACIONAL

Art. 33. A produção de sementes e mudas destinadas ao comércio internacional deverá obedecer às normas
específicas estabelecidas pelo Mapa, atendidas as exigências de acordos e tratados que regem o comércio
internacional ou aquelas estabelecidas com o país importador, conforme o caso.

Art. 34. Somente poderão ser importadas sementes ou mudas de cultivares inscritas no Registro Nacional de
Cultivares.

Parágrafo único. Ficam isentas de inscrição no RNC as cultivares importadas para fins de pesquisa, de
ensaios de valor de cultivo e uso, ou de reexportação.

41
ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

Art. 35. A semente ou muda importada deve estar acompanhada da documentação prevista no regulamento
desta Lei.

§ 1o A semente ou muda importada não poderá, sem prévia autorização do Mapa, ser usada, ainda que
parcialmente, para fins diversos daqueles que motivaram sua importação.

§ 2o As sementes ou mudas importadas, quando condenadas, devem, a critério do Mapa, ser devolvidas,
reexportadas, destruídas ou utilizadas para outro fim.

CAPÍTULO IX

DA UTILIZAÇÃO

Art. 36. Compete ao Mapa orientar a utilização de sementes e mudas no País, com o objetivo de evitar seu
uso indevido e prejuízos à agricultura nacional, conforme estabelecido no regulamento desta Lei.

CAPÍTULO X

DA FISCALIZAÇÃO

Art. 37. Estão sujeitas à fiscalização, pelo Mapa, as pessoas físicas e jurídicas que produzam, beneficiem,
analisem, embalem, reembalem, amostrem, certifiquem, armazenem, transportem, importem, exportem,
utilizem ou comercializem sementes ou mudas.

§ 1o A fiscalização de que trata este artigo é de competência do Mapa e será exercida por fiscal por ele
capacitado, sem prejuízo do disposto no art. 5o.

§ 2o Compete ao fiscal exercer a fiscalização da produção, do beneficiamento, do comércio e da utilização


de sementes e mudas, sendo-lhe assegurado, no exercício de suas funções, livre acesso a quaisquer
estabelecimentos, documentos ou pessoas referidas no caput.

Art. 38. O Mapa poderá descentralizar, por convênio ou acordo com entes públicos, a execução do serviço
de fiscalização de que trata esta Lei, na forma de seu regulamento.

Parágrafo único. A delegação de competência prevista no caput fica sujeita a auditorias regulares,
executadas pelo Mapa conforme estabelecido no regulamento desta Lei.

Art. 39. Toda semente ou muda, embalada ou a granel, armazenada ou em trânsito, identificada ou não, está
sujeita à fiscalização, na forma que dispuser o regulamento.

CAPÍTULO XI

DAS COMISSÕES DE SEMENTES E MUDAS

Art. 40. Ficam criadas as Comissões de Sementes e Mudas, órgãos colegiados, de caráter consultivo e de
assessoramento ao Mapa, às quais compete propor normas e procedimentos complementares, relativos à
produção, comércio e utilização de sementes e mudas.

§ 1o As Comissões de Sementes e Mudas, a serem instaladas nas unidades da Federação, serão compostas
por representantes de entidades federais, estaduais e municipais e da iniciativa privada, vinculadas à
42
ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

fiscalização, à pesquisa, ao ensino, à assistência técnica e extensão rural, à produção, ao comércio e ao uso
de sementes e mudas.

§ 2o A composição, a estrutura, as atribuições e as responsabilidades das Comissões de Sementes e Mudas


serão estabelecidas no regulamento desta Lei.

§ 3o Cabe ao Mapa a coordenação, em âmbito nacional, das Comissões de Sementes e Mudas.

CAPÍTULO XII

DAS PROIBIÇÕES

Art. 41. Ficam proibidos a produção, o beneficiamento, o armazenamento, a análise, o comércio, o


transporte e a utilização de sementes e mudas em desacordo com o estabelecido nesta Lei e em sua
regulamentação.

Parágrafo único. A classificação das infrações desta Lei e as respectivas penalidades serão disciplinadas no
regulamento.

CAPÍTULO XIII

DAS MEDIDAS CAUTELARES E DAS PENALIDADES

Art. 43. Sem prejuízo da responsabilidade penal e civil cabível, a inobservância das disposições desta Lei
sujeita as pessoas físicas e jurídicas, referidas no art. 8 o, às seguintes penalidades, isolada ou
cumulativamente, conforme dispuser o regulamento desta Lei:

Parágrafo único. A multa pecuniária será de valor equivalente a até 250% (duzentos e cinqüenta por cento)
do valor comercial do produto fiscalizado, quando incidir sobre a produção, beneficiamento ou
comercialização.

Art. 44. O responsável técnico, o amostrador ou o certificador que descumprir os dispositivos desta Lei,
estará sujeito às seguintes penalidades, isolada ou cumulativamente, conforme dispuser a regulamentação
desta Lei:

I - advertência;

II - multa pecuniária;

III - suspensão do credenciamento;

IV - cassação do credenciamento.

Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto no caput deste artigo, fica o órgão fiscalizador obrigado a
comunicar as eventuais ocorrências, imediatamente, ao respectivo Conselho Regional de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia - Crea.

CAPÍTULO XIV

DISPOSIÇÕES FINAIS
43
ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CONCURSO MAPA

Art. 45. As sementes produzidas de conformidade com o estabelecido no caput do art. 24 e denominadas na
forma do caput do art. 22 poderão ser comercializadas com a designação de "sementes fiscalizadas", por um
prazo máximo de 2 (dois) anos, contado a partir da data de publicação desta Lei.

Art. 46. O produto da arrecadação a que se referem os arts. 9 o e 17 será recolhido ao Fundo Federal
Agropecuário, de conformidade com a legislação vigente, e aplicado na execução dos serviços de que trata
esta Lei, conforme regulamentação.

Art. 47. Fica o Mapa autorizado a estabelecer mecanismos específicos e, no que couber, exceções ao
disposto nesta Lei, para regulamentação da produção e do comércio de sementes de espécies florestais,
nativas ou exóticas, ou de interesse medicinal ou ambiental, bem como para as demais espécies referidas no
parágrafo único do art. 24.

Art. 48. Observadas as demais exigências desta Lei, é vedado o estabelecimento de restrições à inclusão de
sementes e mudas de cultivar local, tradicional ou crioula em programas de financiamento ou em programas
públicos de distribuição ou troca de sementes, desenvolvidos junto a agricultores familiares.

Art. 49. O Mapa estabelecerá os mecanismos de coordenação e execução das atividades previstas nesta Lei.

Art. 50. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 90 (noventa) dias, a contar da data de sua
publicação.

Art. 51. Esta Lei entra em vigor 90 (noventa) dias após a data de sua publicação.

Art. 52. Fica revogada a Lei no 6.507, de 19 de dezembro de 1977.

Brasília, 5 de agosto de 2003; 182o da Independência e 115o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA


Roberto Rodriques

QUESTÕES AGRONOMIA- CONCURSO MAPA

1) O depositário tem o direito de retenção de produtos depositados, até o limite dos valores
correspondentes, para garantia dos seguintes pagamentos, EXCETO:
Alternativas

A) Armazenagem e demais despesas tarifárias.

B) Investimentos relativos à modernização pós-depósito dos produtos.

C) Comissões, custos de cobrança e outros encargos relativos à operação com mercadorias depositadas.

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D) Adiantamentos feitos com fretes, seguros e demais despesas e serviços, desde que devidamente
autorizados, por escrito, pelo depositante.

2) Assinale a sequência correta de acordo com o uso adequado de agrotóxicos e afins, mediante o
procedimento de lavagem de embalagens de forma manual.
Alternativas

A) Adicionar água limpa à embalagem até metade do seu volume; tampar bem a embalagem e agitá-la por
30 segundos; despejar a água de lavagem no tanque pulverizador; e, inutilizar a embalagem plástica ou
metálica perfurando o fundo.

B) Adicionar água limpa à embalagem até 1/4 do seu volume; tampar bem a embalagem e agitá-la por 30
segundos; despejar a água de lavagem no tanque pulverizador; repetir esta operação três vezes; e, inutilize a
embalagem plástica ou metálica perfurando o fundo.

C) Adicionar água limpa à embalagem até 1/4 do seu volume; tampar bem a embalagem e agitá-la por 10
segundos; despejar a água de lavagem no tanque de descarte; repetir esta operação três vezes; e, inutilize a
embalagem plástica ou metálica perfurando o fundo.

D) Adicionar água limpa à embalagem até metade do seu volume; tampar bem a embalagem e agitá-la por
10 segundos; despejar a água de lavagem no tanque do pulverizador; repetir esta operação três vezes; e,
inutilize a embalagem plástica ou metálica perfurando o fundo.
3) De acordo com os níveis estabelecidos pelo MAPA, classifique as Estações Quarentenárias a seguir.

( ) Estação quarentenária com capacidade de detectar e identificar algumas espécies de pragas


quarentenárias, dispondo de especialistas renomados em uma ou mais das seguintes áreas: virologia,
acarologia, nematologia, bacteriologia, entomologia e plantas invasoras.

( ) Estação quarentenária para acompanhamento de campo de materiais de propagação vegetal harmonizados


pelo MERCOSUL, em local de realização de ensaios de pesquisa em melhoramento genético de vegetais,
com laboratório de fitopatologia e responsável técnico com capacidade para realização de análises e o
monitoramento das ocorrências fitopatológicas, entomológicas e de plantas invasoras.
( ) Estação quarentenária com capacidade de detectar e identificar pragas quarentenárias em nível de espécie
e que dispõe de instalações adequadas e especialistas renomados nas áreas de virologia, acarologia,
nematologia, bacteriologia, entomologia e plantas invasoras.

Os níveis das estações anteriores são, respectivamente,


Alternativas

A) 2, 1, 3.

B) 2, 3, 1.

C) 3, 1, 2.

D) 3, 2, 1.
4) Acerca da lei de proteção de cultivares, analise as afirmativas.

I. Materiais genéticos homogêneos, obtidos por algum processo autogâmico continuado.

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II. Cultivar que se distingue claramente de qualquer outra, cuja existência na data do pedido de proteção seja
reconhecida.

III. Cultivar que, reproduzida em escala comercial, mantenha a sua homogeneidade através de gerações
sucessivas.

IV. Cultivar que, utilizada em plantio, em escala comercial, apresente variabilidade mínima quanto aos
descritores que a identifiquem, segundo critérios estabelecidos pelo SNPC (Serviços Nacionais de Proteção
de Cultivares).

As afirmativas anteriores, referem-se, respectivamente, a

Alternativas

A) linhagem; cultivar distinta; cultivar homogênea; e, cultivar estável.

B) cultivar homogênea; cultivar estável; cultivar distinta; e, linhagem.

C) cultivar homogênea; cultivar distinta; cultivar estável; e, linhagem.

D) linhagem; cultivar distinta; cultivar estável; e, cultivar homogênea.

5) A respeito da receita, específica para cada cultura ou problema, necessária à compra de agrotóxico
ou afim, analise as seguintes afirmativas.

I. São exemplos de informações que deverão constar da recomendação técnica: doses de aplicação e
quantidades totais a serem adquiridas; época de aplicação; intervalo de segurança; e, orientação quanto à
obrigatoriedade da utilização de EPI (Equipamentos de Proteção Individual).

II. Para doenças ou praga de diagnóstico de domínio público, como a ferrugem do cafeeiro, fica dispensado
o item diagnóstico da receita.

III. As orientações quanto ao manejo integrado de pragas e de resistência são obrigatórias na receita.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

A) I, apenas.

B) I e III, apenas

C) II e III, apenas

D) I, II e III.

6) São consideradas ações emergenciais para o manejo integrado de Helicoverpa spp, EXCETO:
Alternativas

A) Planejamento da área de cultivo.

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B) Monitoramento contínuo de pragas.

C) Importação de ovos machos estéreis para controle biológico.

D) Registro emergencial e uso de inseticidas químicos e biológicos.


7) Relacione os tipos de fertilizantes às respectivas características.

1. Fertilizante orgânico simples.

2. Fertilizante orgânico composto.

3. Fertilizante orgânico misto.

( ) Produto natural de origem vegetal ou animal, contendo um ou mais nutrientes de plantas.

( ) Produto de natureza orgânica, resultante da mistura de dois ou mais fertilizantes orgânicos simples,
contendo um ou mais nutrientes de plantas.

( ) Produto obtido por processo físico, químico, físico-químico ou bioquímico, natural ou controlado, a partir
de matéria-prima de origem industrial, urbana ou rural, animal ou vegetal, isoladas ou misturadas, podendo
ser enriquecido de nutrientes minerais, princípio ativo ou agente capaz de melhorar suas características
físicas, químicas ou biológicas.

A sequência está correta em

Alternativas

A) 1, 2, 3.

B) 1, 3, 2.

C) 2, 1, 3.

D) 3, 2, 1.

8) Assinale a alternativa que define corretamente uma Praga NÃO Quarentenária Regulamentada.

Alternativas

A) É aquela cuja presença em plantas para plantio não influi no seu uso proposto, mas tem repercussões
qualitativas, estando, portanto, regulamentada no território da parte contratante importadora.

B) É aquela cuja presença em plantas para plantio influi no seu uso proposto, com repercussões econômicas,
mas que, no entanto, não está regulamentada no território da parte contratante importadora.

C) É aquela cuja presença em plantas para plantio influi no seu uso proposto, com repercussões
economicamente inaceitáveis, estando, portanto, regulamentada no território da parte contratante
importadora.
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D) É aquela cuja presença em plantas para alimentação influi no seu uso proposto, com repercussões
economicamente inaceitáveis, estando, portanto, regulamentada no território da parte contratante
importadora.

9) Acerca dos organismos geneticamente modificados (OGM) e biossegurança, são consideradas


infrações administrativas, EXCETO:

Alternativas

A) Comercializar células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in


vitro.

B) Realizar atividades de pesquisa e uso comercial de OGM e seus derivados sem autorização da CTNBio
ou em desacordo com as normas por ela expedidas.

C) Utilizar, para fins de pesquisa e terapia, células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos
produzidos por fertilização in vitro mesmo com o consentimento dos genitores.

D) Realizar atividade ou projeto que envolva OGM e seus derivados relacionados ao ensino com
manipulação de organismos vivos, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico e à produção
industrial como pessoa física em atuação autônoma.

10) De acordo com os conhecimentos da entomologia, marque V para as afirmativas verdadeiras


e F para as falsas.

( ) Os insetos possuem seu corpo dividido em cabeça, tórax e abdome.


( ) A ordem Hymenoptera abriga os insetos conhecidos como cigarras.
( ) A ordem Coleoptera não possui insetos considerados como pragas.
( ) A praga Helicoverpa spp. pertence à ordem Lepidoptera.

A sequência está correta em


Alternativas

A) V, F, F, V.

B) V, V, F, V.

C) V, F, V, V.

D) F, F, F, V.

GABARITO DAS QUESTÕES


1: B 2: B 3: B 4: D 5: B 6: C 7: B 8: C 9: C 10: A
1: B 2: B 3: B 4: D 5: B 6: C 7: B 8: C 9: C 10: A

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