Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Duplicatas a receber
Impostos a recolher / 4.800,00
18.500,00
Empréstimos e financiamentos
Estoques
17.600,00
Financiamentos a pagar
Investimentos
19.200,00
Sempre que encontrar esse ícone, Ao longo do livro, você será convida-
esteja conectado à internet e inicie do(a) a refletir, questionar e trans-
o aplicativo Unicesumar Experien- formar. Aproveite este momento.
ce. Aproxime seu dispositivo móvel
da página indicada e veja os recur-
sos em Realidade Aumentada. Ex- EXPLORANDO IDEIAS
plore as ferramentas do App para
saber das possibilidades de intera- Com este elemento, você terá a
ção de cada objeto. oportunidade de explorar termos
e palavras-chave do assunto discu-
tido, de forma mais objetiva.
RODA DE CONVERSA
“
Muitas empresas demoram a perceber a importância de realizar
uma gestão financeira eficiente dos seus negócios para que eles con-
sigam seguir em frente. Muitas vezes, em especial nos primeiros
anos de vida do empreendimento, acabam misturando as finanças
pessoais com as da empresa.
12
UNIDADE 1
“
Para controlar os animais, por exemplo, o dono do rebanho separava
uma pedra para cada animal, ou fazia ‘riscos’ em um pedaço de madeira
ou osso, assim ele acompanhava se havia a mesma quantidade de pe-
dras, ou de riscos, em comparação aos animais. É claro que esta era uma
forma muito rudimentar de contabilidade, mas já representava um
acompanhamento do patrimônio (FRAGALLI; SILVA, 2021, p. 14–15).
14
UNICESUMAR
Até o surgimento da
moeda, a Contabili-
dade teve uma evo-
lução relativamente
lenta, isso porque, na
época do escambo,
os negociantes ano-
tavam suas obriga-
ções, direitos e bens
perante terceiros sem
avaliação monetária,
ou seja, tratava-se de
um inventário físico
(IUDÍCIBUS, 2015).
Contudo, a preocu-
pação do homem com o seu patrimônio e a sua riqueza fez com que a Con-
tabilidade aperfeiçoasse a sua forma de avaliação da situação patrimonial à
medida em que as atividades foram se desenvolvendo em dimensão e com-
plexidade (IUDÍCIBUS, 2015).
Não é à toa que a Contabilidade enquanto disciplina adulta e completa
— a Contabilidade enquanto ciência — surgiu a partir do século XIII nas
cidades italianas de Veneza, Gênova, Florença, Pisa e outras, afinal essas ci-
dades representavam o que havia de mais avançado na época em termos de
empreendimentos comerciais e industriais incipientes (IUDÍCIBUS, 2015).
Entre os progressos tecnológicos e as mudanças socioeconômicas que
impulsionaram o desenvolvimento da Contabilidade, Hendriksen e Breda
(2012) destacam a invenção da vela triangular utilizada nas embarcações —
Figura 1. Antes de sua invenção, o comércio se limitava à navegação em uma
direção em uma época do ano e na direção oposta em outra época. A vela
triangular, conhecida como vela latina, permite viajar em qualquer época do
ano. Contudo, a necessidade desse meio de transporte provocou uma guerra
que conhecemos como Primeira Cruzada. Entre o final do século XI e o final
do século XIII, cruzadas sucessivas impulsionaram o desenvolvimento do
comércio, principalmente, entre as cidades italianas e o Oriente.
15
UNIDADE 1
Descrição da Imagem: a figura apresenta a imagem de uma caravela navegando no mar. A estrutura é
de madeira e tem alguns tripulantes. Há dois mastros com velas triangulares, cada uma com o desenho
de uma cruz.
16
UNICESUMAR
EXPLORANDO IDEIAS
17
UNIDADE 1
“
É de nosso conhecimento que a Contabilidade acompanha a evolu-
ção das sociedades, cidades e nações e, no início deste século, como
o cenário de maior desenvolvimento industrial e comercial passou
a ser a América do Norte, mais particularmente os Estados Unidos,
o eixo de evolução da Contabilidade deslocou-se em função desse
cenário (FAVERO et al., 2011, p. 21).
18
UNICESUMAR
Preocupação demasiada em
demonstrar a Contabilidade como
Preocupação com o aspecto
Ciência, não se preocupando com
informacional da Contabilidade.
as necessidades informativas dos
usuários.
Desenvolvimento da Contabilidade
Foco na Contabilidade Financeira.
de Custos.
Quadro 1 - Aspectos relevantes sobre as escolas de Contabilidade / Fonte: adaptado de Favero et al. (2011).
19
UNIDADE 1
“
Por ser uma ciência social, a Contabilidade é fortemente influen-
ciada pelo ambiente em que atua. Assim, as diferenças históricas,
os valores culturais e as estruturas políticas, legais e econômicas de
cada país acabam refletindo nas práticas contábeis em vigor. Nor-
malmente, os princípios e as práticas adotados na Contabilidade po-
dem ser diferentes de um país para outro. Em alguns países, como é
o caso do Brasil, a Contabilidade é influenciada pela exigência legal;
em outros, pelo consenso de órgãos profissionais de classe, como é o
caso dos Estados Unidos (NIYAMA; SILVA, 2013, p. 31–32).
É por isso que, de acordo com Niyama e Silva (2013), o crescimento do comércio
globalizado provocou a necessidade de padrões internacionais de Contabilidade.
Assim, o International Accounting Standards Board (Iasb), que é um órgão privado
formado por um Conselho de Membros constituído por representantes de mais
de 140 entidades de classe de todo o mundo, inclusive, o Brasil — representado
pelo Ibracon e pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) —, edita os cha-
mados IFRS (International Financial Reporting
Standards), conhecidos, aqui, como Normas Inter-
nacionais de Contabilidade. As Normas Internacio-
nais de Contabilidade têm como objetivo reduzir
as diferenças entre os procedimentos e as normas
contábeis adotadas nos diferentes países e come-
çaram a ser publicadas em 1975. O Brasil passou
a adotar as Normas Internacionais em 2007, com
a promulgação da Lei nº 11.638 (BRASIL, 2007).
20
UNICESUMAR
“
Na verdade, o desenvolvimento inicial do método contábil esteve
intimamente associado ao surgimento do Capitalismo, como for-
ma quantitativa de mensurar os acréscimos ou decréscimos dos
investimentos iniciais alocados a alguma exploração comercial
ou industrial. Não é menos verdade, todavia, que a economia de
mercado e seu florescer foram, por sua vez, fortemente ampara-
dos pelo surgimento e aperfeiçoamento das partidas dobradas, o
que equivale a dizer que se verificou uma interação entre os dois
fenômenos (IUDÍCIBUS et al., 2019, p. 1).
Isso nos permite dizer que as empresas são tão importantes para a Contabi-
lidade quanto a Contabilidade é importante para as empresas. As empresas
representam o maior consumidor de serviços contábeis, seja para fins legais,
tributários ou gerenciais. Por outro lado, se não fosse a Contabilidade, as
empresas não teriam uma base informacional confiável para auxiliar a sua
gestão (FRAGALLI; SILVA, 2021).
De qualquer forma, os registros contábeis, muito mais do que medir e
controlar riqueza, são uma importante base de dados. Sobre isso, Hendriksen
e Breda (2012, p. 39) relatam que:
21
UNICESUMAR
OLHAR CONCEITUAL
Aluno(a), conheça, nessa linha do tempo de 4.000 a.C. até 2007 d.C., a evolução da
Contabilidade.
23
UNIDADE 1
EXPLORANDO IDEIAS
24
UNICESUMAR
25
UNIDADE 1
“
Proceder ao registro da estrutura societária da organização, bem como
alterações futuras.
“
A função fundamental da Contabilidade [...] tem permanecido inal-
terada desde seus primórdios. Sua finalidade é prover os usuários dos
demonstrativos financeiros com informações que os ajudarão a tomar
decisões. Sem dúvida, tem havido mudanças substanciais nos tipos de
usuários e nas formas de informações que têm procurado. Todavia, esta
função dos demonstrativos financeiros é fundamental e profunda. O
objetivo básico dos demonstrativos financeiros é prover informação
útil para a tomada de decisões econômicas (AICPA, 1973 apud IU-
DÍCIBUS, 2015, p. 4).
26
UNICESUMAR
precisam saber sobre o fluxo de caixa, itens em estoque, valores a receber e pa-
gar, custo de produção, pedidos de clientes a serem atendidos, entre outras. Já os
usuários externos, como fornecedores e instituições financeiras, normalmente,
estão preocupados com a situação financeira da entidade, visando analisar sua
capacidade de pagamento. Já o Governo e as entidades reguladoras procuram
informações que possibilitem verificar se o regime tributário e os respectivos
recolhimentos estão corretos.
Favero et al. (2011) apresentam alguns exemplos de usuários e a sua respec-
tiva necessidade informacional:
27
UNIDADE 1
OLHAR CONCEITUAL
Aluno(a), conheça, aqui, as diferenças entre objeto, objetivo e usuários da informação
contábil na Contabilidade.
Usuários da
informação contábil
Objeto Objetivo Os usuários são todas as
A contabilidade A contabilidade pessoas que utilizam as
tem como objeto tem como informações contábeis.
o patrimônio da objetivo gerar São classificados
entidade informação para em internos e
contábil. os usuários. externos.
28
UNICESUMAR
PENSANDO JUNTOS
De certa forma, o “homem contador” põe ordem, classifica, agrega e inventaria o que o
“homem produtor”, em seu anseio de produzir, vai, às vezes, desordenadamente, amea-
lhando, dando condições a este último para aprimorar cada vez mais a quantidade e a
qualidade dos bens produzidos, por meio da obtenção de maiores informações sobre o
que conseguiu até o momento.
Fonte: Iudícibus (2015, p. 17).
29
UNIDADE 1
30
UNICESUMAR
Adoção e
Obrigatória Obrigatória Facultativa
elaboração
Conjunto
Relatórios Relatórios para
completo de
Produto principal específicos planejamento e
demonstrações
exigidos por lei controle
contábeis
Precisa Relevante e
A informação é... Rápida
(objetiva) confiável
Essência
A informação Objetividade e
econômica das Utilidade
busca... legalidade
transações
31
UNICESUMAR
• Administração
• Bancos
• Governo
• Fornecedores
Descrição da Imagem: a figura demonstra um processo que segue da esquerda para a direita. Na primeira
parte, está escrito “Coleta de dados”; abaixo, aparece a figura de um funil que tem a sua saída voltada
para figura da direita, na parte superior do funil, existem vários cifrões sendo coletados. Em seguida,
está escrito “Contabilidade”; abaixo, aparece a figura de um homem de terno e gravata ao lado de uma
calculadora. Na sequência, está escrito “Relatórios contábeis”; abaixo, aparece a figura de um papel com
texto ilegível. Por fim, está escrito “Usuários da contabilidade”; abaixo, aparecem as seguintes citações:
Administração, Bancos, Governo e Fornecedores.
33
UNIDADE 1
“
O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações
financeiras sobre os ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e
despesas da entidade que reporta que sejam úteis aos usuários das
demonstrações contábeis na avaliação das perspectivas para futuros
fluxos de entrada de caixa líquidos para a entidade que reporta e na
avaliação da gestão de recursos da administração sobre os recursos
econômicos da entidade (CFC, 2019, [s.p.]).
NOVAS DESCOBERTAS
34
UNICESUMAR
É evidente que os relatórios de uma pequena empresa, com poucos tipos de transa-
ções — basicamente, compra, vende, recebe e paga — conterá bem menos informa-
ções que os relatórios de uma grande corporação que realiza uma extensa variedade
de transações, nacionais e internacionais, que apresenta uma enorme carga tribu-
tária e realiza operações em diversas instituições financeiras. Dessa forma, quanto
maior o nível de complexidade das atividades desempenhadas pela entidade, maior
também será a complexidade e o detalhamento das informações contábeis.
■ Distância entre os sócios/acionistas da gestão da empresa
35
UNIDADE 1
PENSANDO JUNTOS
Mesmo que não sejam poucas as demonstrações, muitas empresas também apre-
sentam o relatório da administração, que descreve e explica as características
principais do desempenho e da posição financeira e patrimonial da entidade,
assim como as incertezas às quais está sujeita. Muitas empresas também apre-
sentam relatórios ambientais e sociais, sobretudo as de setores em que os fatores
ambientais e sociais são significativos (CFC, 2017).
36
UNICESUMAR
“
As demonstrações contábeis fornecem informações sobre transa-
ções e outros eventos observados do ponto de vista da entidade
que reporta como um todo e, não, do ponto de vista de qualquer
grupo específico de investidores, credores por empréstimos e outros
credores, existentes ou potenciais, da entidade (CFC, 2019, [s.p.]).
37
UNIDADE 1
38
1. De acordo com Iudícibus (2015, p. 17), “o grau de desenvolvimento das teorias contá-
beis e de suas práticas está diretamente associado, na maioria das vezes, ao grau de
desenvolvimento comercial, social e institucional das sociedades, cidades ou nações”.
Isso explica o fato de a Contabilidade, enquanto Ciência, ter surgido nas cidades italia-
nas de Veneza, Gênova, Florença, Pisa, entre outras. Explique por que a Contabilidade,
enquanto disciplina, surgiu justamente nessas cidades italianas.
IUDÍCIBUS, S. de. Teoria da Contabilidade. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
2. Segundo Silva (2018, p. 17), a Ciência Exata é “qualquer campo da ciência capaz de ex-
pressar quantidades, predições precisas e métodos rigorosos de testar hipóteses”; já
a Ciência Social é um “ramo da ciência que estuda os aspectos sociais do ser humano,
propondo conhecer o ser humano enquanto elemento integrante de grupo organizado”.
39
Já os usuários externos podem ou não ter relações diretas com a empresa, mas não
atuam dentro dela. Considerando essas informações e tomando como base uma
empresa industrial, assinale a alternativa que apresenta um usuário da informação
contábil com sua correta classificação.
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
40
UNIDADE 2
O João, personagem do nosso material, que, assim como você, deseja conhecer
mais sobre Contabilidade, abriu uma loja de roupas chamada de Estilo. Para tanto,
ele e mais dois amigos investiram o montante de R$ 200.000,00 cada, totalizando
um capital de R$ 600.00,00. Com esse valor, eles compraram o ponto comercial
e montaram a loja com balcões, expositores, prateleiras, provadores, mesas, itens
de decoração e mercadorias para venda. Então, ela ficou assim:
Do valor investido, sobraram R$ 180.000,00, que foram depositados em uma
conta corrente aberta no nome da empresa. A abertura da empresa também gerou
dívidas com aluguel e com fornecedores, já que parte das mercadorias foram
adquiridas a prazo. Com essas informações eu lhe pergunto: o que compõe o
patrimônio da empresa Estilo? Quais são as origens de recursos financeiros e
como eles foram aplicados na empresa? A empresa Estilo apresenta uma situação
patrimonial positiva ou negativa?
42
UNIDADE 2
Balcões R$ 60.000,00
Expositores R$ 40.000,00
Prateleiras R$ 50.000,00
Provadores R$ 35.000,00
Mesas R$ 15.000,00
Mercadorias R$ 265.000,00
43
UNIDADE 2
máquina de cartão, roupas para venda, o próprio prédio no qual a loja está instalada,
entre outros. Todos esses elementos são bens e, dependendo da sua finalidade, são
registrados em grupos específicos. Os bens para uso na própria loja, como as prate-
leiras e os provadores, são registrados no imobilizado, já os bens para venda, como
as roupas, são registrados no estoque. Normalmente, o estoque e o imobilizado são
os grupos de bens mais significativos nas entidades, mas você conhecerá outros.
Existem várias maneiras de classificar os bens, dependendo do enfoque dado
pela ciência. Para a Ciência Contábil, a principal classificação é quanto à mate-
rialidade: bens materiais e bens imateriais.
■ Bens materiais
Os bens materiais são aqueles que possuem corpo, matéria. Esses bens, quando
destruídos por força física, deixam de ser bens. Os bens materiais, também de-
nominados bens tangíveis, são divididos em:
• Bens móveis: segundo o artigo 82 do Código Civil (BRASIL, 2002),
são os bens suscetíveis de movimento próprio ou de remoção por
força alheia, sem alteração da substância ou destinação econômico-
-social. Exemplos: máquinas, veículos, mercadorias.
• Bens imóveis: o artigo 79 do Código Civil (BRASIL, 2002) salienta
que é o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmen-
te. Exemplos: terrenos, edificações.
■ Bens imateriais
46
UNIDADE 2
Assim como a entidade tem direitos a receber, ela também tem obrigações a
pagar. As obrigações são todos os compromissos, deveres ou ações passivas que
envolvam valor econômico. Dessa forma, podemos dizer que as obrigações são
valores que a entidade tem a pagar, seja a outras empresas, instituições financei-
ras, poder público, funcionários, sócios etc. As obrigações são dívidas contraí-
das por diversos motivos, como: compras a prazo, obtenção de empréstimos ou
financiamentos, determinação legal, contratação de funcionários, entre outras.
Podemos classificar as obrigações, para fins didáticos, da seguinte forma:
Obrigações fiscais: são as dívidas com o órgão fiscal, seja ele federal, estadual
4 ou municipal, como os impostos e contribuições sociais. O ramo de atividade e
o regime tributário interferem diretamente nestas obrigações.
48
UNIDADE 2
EXPLORANDO IDEIAS
Uma das premissas básicas para a atividade contábil é reconhecer que a empresa é uma
entidade separada dos seus sócios. Isso significa que o patrimônio da empresa não pode
ser misturado com o patrimônio de seus sócios. Não é à toa que chamamos a empresa de
pessoa jurídica: é como se fosse, realmente, uma outra pessoa, com seus bens, direitos e
obrigações próprias. Assim, quando os sócios investem na empresa, esta passa a ter uma
obrigação financeira com aqueles.
49
UNIDADE 2
Caixa R$ 15.000,00
Mercadorias R$ 38.000,00
Móveis R$ 23.000,00
Fornecedores R$ 19.000,00
50
UNIDADE 2
PATRIMÔNIO
Bens e Obrigações
direitos
Obrigações Obrigações
exigíveis não exigíveis
PATRIMÔNIO
ATIVO PASSIVO
LÍQUIDO
Essa separação, muito mais do que uma simples organização, permite identificar
uma série de informações sobre a entidade, como nível de endividamento, origem
e aplicação de recursos financeiros, situação patrimonial (positiva ou negativa).
Conforme nos aprofundamos no detalhamento dessa sistematização, mais in-
formações descobriremos.
51
UNIDADE 2
EXPLORANDO IDEIAS
52
UNIDADE 2
Obrigação exigível /
Fornecedores R$ 19.000,00
Passivo
Obrigação exigível /
Salários a pagar R$ 5.000,00
Passivo
ATIVO PASSIVO
Duplicatas a
R$ 11.000,00 Salários a pagar R$ 5.000,00
receber
53
UNIDADE 2
54
UNIDADE 2
Passivo
R$ 200.000,00
Ativo
R$ 300.000,00
Descrição da Imagem: a figura apresenta um quadro maior com a descrição “Ativo: R$ 300.000,00”;
ao lado, há um quadro menor com a descrição “Passivo: R$ 200.000,00”; abaixo, há um quadro
menor ainda com a descrição “Patrimônio líquido: R$ 100.000,00”. A diferença entre o quadro do
“Ativo” (maior) e o quadro do “Passivo” (médio) é evidenciada com uma linha tracejada que indica
“Sobra de recursos”. Abaixo do quadro do Ativo, está evidenciado o total de R$ 300.000,00; assim
como, abaixo dos quadros do Passivo e do Patrimônio líquido, também está evidenciado o total
de R$ 300.000,00.
Como você pôde observar na Figura 5, a empresa consegue pagar todas as suas
dívidas e ainda sobram R$ 100.000,00.
■ Situação líquida negativa
Quando o valor do ativo é menor que o valor do passivo, significa que a entidade
não possui recursos suficientes para pagar as suas dívidas, assim se encontra em
uma situação negativa. Imagine que uma empresa possua R$ 200.000,00 de ativo
e R$ 280.000,00 de passivo (obrigação exigível). Aplicando a fórmula, teríamos o
seguinte valor de patrimônio líquido:
• Patrimônio líquido = Ativo - Passivo (exigível)
• Patrimônio líquido = R$ 200.000,00 - R$ 280.000,00
• Patrimônio líquido = (R$ 80.000,00)
56
UNIDADE 2
Ativo
R$ 200.000,00 Passivo
R$ 280.000,00
Falta de
recursos
Patrimônio Líquido
R$ (80.000,00)
Descrição da Imagem: a figura apresenta um quadro menor com a descrição “Ativo: R$ 200.000,00”; ao
lado, há um quadro maior com a descrição “Passivo: R$ 280.000,00”; abaixo, há um quadro menor com a
descrição “Patrimônio líquido: R$ (80.000,00)”. A diferença entre o quadro do “Ativo” (menor) e o quadro
do “Passivo” (maior) é evidenciada com uma linha tracejada que indica “Falta de recursos”. Abaixo do
quadro do Ativo, está evidenciado o total de R$ 200.000,00; assim como, abaixo dos quadros do Passivo
e do Patrimônio líquido, também está evidenciado o total de R$ 200.000,00.
Como você pôde observar na Figura 6, se a empresa utilizar todos os seus bens e di-
reitos, ainda assim não consegue pagar todas as suas dívidas, pois faltam R$ 80.000,00.
Segundo Fragalli e Silva (2021, p. 72), “a compreensão da situação patrimonial de
uma entidade é fundamental para os usuários das informações contábeis, pois permite
avaliar o desempenho da gestão empresarial, definir estratégias, entre outras questões
relevantes no processo decisório”. No entanto, é importante esclarecer que a situação
negativa não significa, necessariamente, que a empresa deve encerrar suas atividades.
Quando se fala de negócios, existe uma série de questões a serem observadas, como
expectativas de mercado, possibilidades de negociação, mudanças de estratégias etc.
57
UNIDADE 2
58
UNIDADE 2
“[...] do lado do Passivo, tanto Capital de Terceiros (Passivo Exigível) como Capi-
tal Próprio (Patrimônio Líquido), representa toda a fonte de recursos, toda a origem
de capital. Nenhum recurso entra na empresa se não for via Passivo ou Patrimônio
Líquido” (IUDÍCIBUS; MARION, 2018, p. 33). Assim, podemos afirmar que o lado
do passivo e patrimônio líquido representa toda a fonte de recursos de uma entidade.
Entretanto, talvez, você se pergunte: “como assim todas as obrigações repre-
sentam fontes de recursos?”. Acredito que, quando falamos em um empréstimo,
faz sentido dizer que é uma fonte de recurso, pois a empresa capta dinheiro de
uma instituição financeira, mas isso gera uma obrigação. Contudo, não é somente
esse tipo de obrigação que representa fonte de recursos, na verdade, por mais
estranho que pareça, sim, todas as obrigações representam fontes de recursos.
Imagine que uma empresa tenha comprado R$ 10.000,00 de mercadorias
para pagar em trinta dias. Essa transação gerou uma obrigação, mas também
corresponde a uma fonte de recurso: isso porque a empresa obteve as merca-
dorias, que correspondem a mais recursos para suas atividades, e, enquanto ela
não pagar o fornecedor, de certa forma, este estará financiando a sua atividade. É
como se o fornecedor tivesse emprestado R$ 10.000,00 para empresa, na forma
de mercadorias, pelo período de 30 dias. Quando a empresa efetuar o pagamen-
to, a obrigação será rescindida e sairá do grupo passivo; ao sair do passivo, não
representa mais uma fonte de recurso.
Acho que, agora, você concorda que a obrigação com fornecedores representa
uma fonte de recurso. Entretanto, e quanto aos salários a pagar e os impostos a
recolher? Afinal, eles também são obrigações registradas no passivo: por que eles
são considerados fontes de recursos? Para entender essa situação, acompanhare-
mos um pouco da rotina do nosso personagem João.
No último dia de cada mês, o contador da loja de João apura a folha de paga-
mento dos dois funcionários da loja. Esse cálculo é feito no final do mês, tendo em
vista que, se o funcionário trabalhou durante o mês, a empresa já tem a obrigação
de pagá-lo. Então, João recebe o holerite com o valor do salário a ser pago ainda
no último dia do mês ou, às vezes, no primeiro dia do próximo mês. Contudo, pela
legislação brasileira, João tem até o quinto dia útil do próximo mês para efetuar o
pagamento dos salários. Isso significa que, no período entre o cálculo da folha e o
pagamento do salário, a empresa fica com o dinheiro para ela, ou seja, se o salário
é de R$ 3.000,00, nesses cinco dias entre a apuração da folha e o pagamento, esses
R$ 3.000,00 permanecem com a empresa para outras atividades.
59
UNIDADE 2
Descrição da Imagem: na figura, há quatro cenas: na primeira, o cenário é de uma loja em que um
homem, representando um funcionário, segura uma capa de roupas; ao lado, há uma mulher em frente
ao caixa com uma sacola na mão, e um funcionário atrás do balcão do caixa. Na segunda cena, aparece
o personagem João com um papel na mão e a expressão de preocupado. Na terceira cena, aparece João
com um projeto em mãos com expressão de entusiasmo. Na última cena, aparece João digitando em um
tablet com expressão contente.
“
Os resultados positivos (lucro) apurados nas atividades empresariais
também representam recursos próprios, uma vez que não correspon-
dem às obrigações. Portanto, são recursos próprios os decorrentes de
receitas, lucros e ganhos obtidos pela sociedade em transações com
terceiros, tais como os rendimentos auferidos com aplicações finan-
ceiras, aluguéis de imóveis próprios, lucros na venda de mercadorias,
produtos e serviços (FRAGALLI; SILVA, 2021, p. 74).
60
UNIDADE 2
Patrimônio Sistematizado
ATIVO PASSIVO + PL
Origens
de recursos
$$
Obrigações exigíveis $$
Bens (Capital de terceiros) $$
$$$$$$$$$$ $$$$$$$$$$$$$$$$ $$
61
UNIDADE 2
Quando a empresa troca um recurso por outro, o valor total do seu patrimônio
não é afetado. Por exemplo, imagine que uma empresa tenha seu patrimônio
composto da seguinte forma:
ATIVO PASSIVO
Duplicatas a
R$ 8.000,00 Contas a pagar R$ 5.000,00
receber
62
UNIDADE 2
ATIVO PASSIVO
Duplicatas a
R$ 8.000,00 Contas a pagar R$ 5.000,00
receber
Essa situação comprova que nenhum novo recurso entra na empresa se não
for por meio do passivo ou do patrimônio líquido. Quando falo em “novo
recurso”, eu me refiro ao aumento do patrimônio da entidade, pois, na situação
apresentada, houve simplesmente a troca de um recurso por outro. Para faci-
litar sua compreensão, considere a situação inicial da entidade, apresentada
no Quadro 2, mas imagine que a empresa tenha feito uma compra de merca-
dorias a prazo, no mesmo valor de R$ 2.000,00. Nesse caso, após a compra, a
situação patrimonial da entidade seria esta:
ATIVO PASSIVO
Duplicatas a
R$ 8.000,00 Contas a pagar R$ 5.000,00
receber
63
1. A sistematização do patrimônio permite definir algumas equações patrimoniais. As-
sim, imagine que a empresa Alfa, que atua na comercialização de móveis para escri-
tório, possuía, no final do mês de outubro, R$ 385.000,00 de ativo e R$ 268.000,00
de passivo (obrigações exigíveis). Com essas informações, calcule o valor patrimônio
líquido da empresa Alfa no final do mês de outubro.
ATIVO PASSIVO
Banco c/
R$ 23.000,00 Contas a pagar R$ 26.000,00
movimento
Duplicatas a
R$ 11.000,00 Empréstimos a pagar R$ 98.000,00
receber
66
3. Você foi selecionado(a) para participar do processo seletivo para o cargo de Auxiliar
Contábil de um renomado escritório de Contabilidade. Para avaliar o seu conheci-
mento sobre a estrutura patrimonial, você recebeu uma planilha com vários elemen-
tos e seus respectivos valores. Sua tarefa é sistematizar esses elementos contábeis:
Caixa R$ 23.000,00
Fornecedores R$ 71.300,00
Mercadorias R$ 85.400,00
67
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
I - Quando a entidade possui uma dívida referente a impostos que serão recolhidos
no próximo período contábil, podemos dizer que esse valor representa uma
fonte de recurso.
PORQUE
II - Quando uma dívida é gerada, mas existe um prazo para o seu pagamento, sig-
nifica que o valor correspondente permanece com a empresa até o vencimento
da dívida, assim, durante esse prazo, o dinheiro fica à disposição da empresa
para realizar outras transações.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
68
UNIDADE 3
Encerrado em 31/12/20X1
ATIVO Em R$ PASSIVO Em R$
Disponível Fornecedores
Salários e
Banco A 203.000,00
encargos sociais
Salários a
Créditos 15.000,00
pagar
Duplicatas a Férias a
62.000,00 3.000,00
receber pagar
Obrigações
Estoque
fiscais
Impostos a
Mercadorias 388.000,00 16.000,00
recolher
Materiais de Obrigações
8.000,00
consumo financeiras
Empréstimos
ATIVO NÃO CIRCULANTE 35.000,00
e finan.
PASSIVO NÃO
Imobilizado
CIRCULANTE
72
UNICESUMAR
Máquinas e Obrigações
15.000,00
equipamentos financeiras
Móveis e Empréstimos
205.000,00 17.000,00
utensílios e finan.
(-)
Depreciação (20.000,00) PATRIMÔNIO LÍQUIDO
acumulada
Ponto
75.000,00 Capital subscrito 600.000,00
comercial
Lucros ou prejuízos
acumulados
Lucro do
190.000,00
exercício
João aprendeu que o ativo é composto pelos bens e direitos; o passivo, pelas obriga-
ções exigíveis; e o patrimônio líquido, pelas obrigações não exigíveis. Contudo, ago-
ra, ele está confuso: o que significa ativo circulante e ativo não circulante? Passivo
circulante e passivo não circulante? Por que o patrimônio líquido não se apresenta
em circulante e não circulante? O que significa essa estrutura com vários nomes?
Se pararmos para analisar os elementos patrimoniais de uma entidade, como
a loja Estilo do João, perceberemos o quanto é grande o conjunto de elementos pa-
trimoniais: os bens vão desde canetas até a estrutura física, os direitos de receber
por cada venda a prazo, as obrigações que podem estar relacionadas a questões
trabalhistas, fiscais, com fornecedores, aluguel, telefone, enfim o conjunto de ele-
mentos patrimoniais é abundante. Imagine, então, em uma grande corporação,
com várias unidades: é enorme a quantidade de elementos. É por esse motivo
que se torna necessário organizar, agrupar os elementos patrimoniais, de forma a
reduzir o número de itens apresentados na sistematização do patrimônio, e tudo
isso, no entanto, sem perder a qualidade da informação.
73
UNIDADE 3
76
UNICESUMAR
OLHAR CONCEITUAL
Segundo a NBC TG Estrutura Conceitual (CFC, 2019, [s.p.]), “se informações financeiras de-
vem ser úteis, elas devem ser relevantes e representar fidedignamente aquilo que preten-
dem representar. A utilidade das informações financeiras é aumentada se forem compa-
ráveis, verificáveis, tempestivas e compreensíveis”. Assim, para que a informação seja útil,
a norma determina a observação das características qualitativas fundamentais: relevância
e representação fidedigna; e das características qualitativas de melhoria: comparabilidade,
capacidade de verificação, tempestividade e compreensibilidade.
Comparabilidade
A informação é mais útil se puder ser comparada
com informações similares de outras entidades
ou com informações similares da mesma
entidade em outros períodos ou datas.
Relevância
Informação capaz de fazer a Compreensibilidade
diferença nas decisões A informação é mais útil
tomadas pelos usuários. se for classificada,
Estratégia caracterizada e
apresentada de forma
Representação Características clara e concisa.
fidedigna qualitativas de
Não basta apresentar informações Tempestividade
uma informação relevante, financeiras úteis. A informação é mais
é necessário que ela represente útil quando gerada a
fidedignamente o que se pretende tempo de influenciar as
informar. Para isso a informação precisa decisões dos usuários.
ser completa, neutra e isenta de erros.
Capacidade de verificação
A informação é mais útil quando diferentes
observadores conseguem verificá-la de forma
direta (Ex: contagem física) ou indireta
(Ex: recalcular o custo de produção) e
reconhecê-la como uma representação fidedigna.
77
UNIDADE 3
“
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os ele-
mentos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facili-
tar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.
78
UNICESUMAR
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Reserva
Imobilizado
de capital
Ajuste de avaliação
Intangível
patrimonial
Reservas de lucros
Ações em tesouraria
Prejuízos acumulados
79
UNIDADE 3
80
UNICESUMAR
NOVAS DESCOBERTAS
81
UNIDADE 3
Compra R$ 3.500,00
“
Classificação é a organização de ativos, passivos, patrimônio líquido,
receitas ou despesas com base em características compartilhadas para
fins de divulgação e apresentação. Essas características incluem, entre
outras, a natureza do item, seu papel (ou função) dentro das atividades
de negócio conduzidas pela entidade e como é mensurado.
Contudo, a norma contábil não determina como deve ser feita essa classificação,
ela simplesmente sugere que, se melhorar a utilidade das informações, “pode ser
apropriado separar ativo ou passivo em componentes circulantes e não circulantes
82
UNICESUMAR
Por mais que liquidez esteja relacionada à transformação em dinheiro, nem to-
dos os bens se transformam literalmente em dinheiro. Podemos dizer que as
mercadorias que são vendidas se transformam em dinheiro, mas os materiais
de limpeza e higiene, o seguro de um veículo, entre outros são ativos que não
se transformam diretamente em dinheiro. Assim, podemos dizer que os ativos
que serão transformados em dinheiro, vendidos ou consumidos no curto prazo,
devem ser registrados no grupo do ativo circulante.
83
UNIDADE 3
x2
x1
x2
/x2
x2
o/
o/
o/
o/
o/
/x3
/x2
/x2
x2
br
br
o/
x2
iro
br
br
rce is
/x2
br
/x2
x2
las
m
m
pa ma
br
iro
iro
to
o/
m
m
o/
re
m
ril/
lho
ve
ve
tu
os
ze
ze
aio
arç
nh
ve
ne
ne
te
De
Ou
No
No
Ab
De
De
Ag
Se
Fe
Ju
Ju
Ja
Ja
Mês da
venda
Fechamento
do Balanço
Descrição da Imagem: a figura apresenta, da esquerda para a direita, a sequência de meses: Novembro/
X1, Dezembro/X1, Janeiro/X2, Fevereiro/X2, Março/X2, Abril/X2, Maio/X2, Junho/X2, Julho/X2, Agosto/X2,
Setembro/X2, Outubro/X2, Novembro/X2, Dezembro/X2, Janeiro/X3, Demais parcelas. Abaixo do mês de
Janeiro/X1, aparece a descrição: Mês da venda. Abaixo do mês de Dezembro/X1, aparece a descrição:
Fechamento do balanço. Do mês de Novembro/X1 ao mês de Dezembro/X2, há uma referência indicando
curto prazo. Do mês de Janeiro/X3 até as demais parcelas, há uma referência indicando longo prazo.
84
UNICESUMAR
85
UNIDADE 3
Estoque de mercadorias
Estoque de matérias-primas
Descrição da Imagem: a imagem mostra cinco tipos de estoque. De cima para baixo: o estoque de
mercadorias, logo em seguida, o estoque de produtos acabados; em terceiro, o estoque de produtos em
elaboração; em quarto, o estoque de matérias-primas; e, por último, o estoque de materiais diversos.
Por exemplo, na loja do João, são vendidas, entre outras mercadorias, calças e camisas.
Se for necessário detalhar o ativo até esse elemento, a classificação ficaria desta forma:
ATIVO
ATIVO CIRCULANTE
Estoques
Estoque de mercadorias
Calças
Camisas
86
UNICESUMAR
87
UNIDADE 3
Descrição da Imagem: a figura apresenta seis imagens representando elementos do ativo imobilizado. A
imagem de um caminhão representa os “Veículos”. A imagem de um homem operando um equipamento
industrial representa os “Equipamentos”. A imagem de uma sala de reunião com mesa e cadeiras repre-
senta os “Móveis e utensílios”. A imagem de uma plantação de trigo representa “Terrenos”. A imagem de
uma furadeira representa “Ferramentas”. A imagem de um prédio representa “Edifícios”.
88
UNICESUMAR
“
Empresas comerciais normalmente vão aplicar mais recursos no
seu ativo circulante, mais precisamente no grupo do estoque, pois
sua atividade operacional se refere à compra e venda de mercado-
rias. Por outro lado, empresas industriais aplicam mais recursos no
ativo não circulante, isso porque a transformação de matéria-prima
em produto final requer a utilização de máquinas e equipamentos,
sendo estes pertencentes ao ativo imobilizado.
ATIVOS PASSIVOS
Assim como o ativo, o PASSIVO também possui uma estrutura que possibilita
identificar informações sobre a entidade. Contudo, antes de nos aprofundarmos
nesse grupo de elementos patrimoniais, gostaria de lembrar que, assim como
estudado na unidade anterior, o passivo representa as obrigações da entidade,
sendo dividido da seguinte maneira:
Descrição da Imagem: a figura apresenta dois retângulos. No primeiro, em destaque, está escrito “Pas-
sivo” e, logo abaixo, “Obrigações exigíveis”. No segundo, em destaque, está escrito “Patrimônio líquido”
e, logo abaixo, “Obrigações não exigíveis”.
89
UNIDADE 3
90
UNICESUMAR
De acordo com Nascimento (2019, p. 128), o passivo “é registrado por seu valor
original e deve ser apresentado no balanço por seu valor corrigido”. Isso signi-
fica que, quando a Contabilidade registra uma obrigação no passivo, utiliza-se
o valor original da dívida, contudo o valor da obrigação pode ser alterado em
função de juros ou variações monetárias — como, por exemplo, variação cam-
bial —, assim, quando elaborado o balanço, o valor das obrigações devem ser
corrigidos de forma a evidenciar o valor atual.
No que se refere à classificação, como dito anteriormente, as normas contá-
beis, especificamente, a NBC TG Estrutura Conceitual (2019, [s.p.]), afirmam
que “pode ser apropriado separar ativo ou passivo em componentes circulantes
e não circulantes e classificar esses componentes separadamente”. Lembre-se de
que essa norma está voltada para a Contabilidade Financeira. Contudo, para
a Contabilidade Fiscal, o art. 178, § 2º, da Lei nº 6.404/76 (BRASIL, 1976) de-
termina que as contas do passivo sejam classificadas em passivo circulante e
passivo não circulante.
91
UNIDADE 3
PASSIVO
PASSIVO CIRCULANTE
Obrigações fiscais
ICMS a recolher
PIS a recolher
COFINS a recolher
92
UNICESUMAR
93
UNIDADE 3
“
Existem teorias contábeis que enxergam o patrimônio líquido
como uma obrigação não exigível. Já outras teorias dizem que
ele representa uma sobra — em situação positiva. Ambas estão
corretas: é uma obrigação, porque, quando o sócio investe na
empresa, esta assume um compromisso para com o sócio, e, tam-
bém, é uma sobra, pois representa a situação líquida da empresa,
ou seja, se utilizar todo o ativo — bens e direitos — para cobrir
o passivo — obrigações exigíveis — e, ainda sobrarem recursos,
estes serão dos sócios.
94
UNICESUMAR
Roupas R$ 2.500,00
Calçados R$ 1.300,00
Eletrodomésticos R$ 18.000,00
Móveis R$ 23.000,00
Veículo R$ 30.000,00
Imóvel R$ 250.000,00
95
UNICESUMAR
Esse exemplo deixa claro o papel do patrimônio líquido como uma sobra,
pois, se a pessoa utilizar todos os seus bens para pagar todas as suas dívidas,
ainda assim sobraria para ela o valor de R$ 203.800,00.
Partindo, agora, para uma visão mais técnica, de acordo com a NBC TG
Estrutura Conceitual (CFC, 2019, [s.p.]), a definição de patrimônio líquido é:
97
UNIDADE 3
EXPLORANDO IDEIAS
98
UNICESUMAR
Em R$
ATIVO
ATIVO CIRCULANTE
Disponível
Caixa 15.000,00
Banco A 107.000,00
Créditos
Estoque
Mercadorias 146.000,00
Investimentos
Imobilizado
Imóveis 310.000,00
Veículos 87.000,00
Intangível
99
UNIDADE 3
PASSIVO
PASSIVO CIRCULANTE
Fornecedores
Fornecedor Y 73.000,00
Obrigações fiscais
Obrigações financeiras
Obrigações financeiras
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social
Capital social
Reserva de lucros
100
UNIDADE 3
Encerrado em 31/12/20X1
ATIVO Em R$
ATIVO CIRCULANTE
Disponível
Caixa 15.000,00
Banco A 203.000,00
Créditos
Estoque
Mercadorias 388.000,00
Imobilizado
Intangível
102
UNICESUMAR
Encerrado em 31/12/20X1
PASSIVO Em R$
PASSIVO CIRCULANTE
Fornecedores
Fornecedor X 75.000,00
Obrigações fiscais
Obrigações financeiras
Obrigações financeiras
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social
Aproveite que você treinou com a empresa Estilo e realize a leitura de outros
balanços. Na internet, você encontra facilmente as demonstrações de empresas
de capital aberto. Essa competência será um grande diferencial na sua carreira.
103
1. Conhecer os elementos patrimoniais e a sua correta classificação é fundamental para
a correta evidenciação da situação financeira e patrimonial de uma entidade. Dessa
forma, imagine que um estagiário que está sob sua supervisão tenha apresentado a
seguinte classificação de contas contábeis:
104
Conta contábil Valor
Caixa R$ 23.000,00
Fornecedores R$ 71.300,00
Mercadorias R$ 85.400,00
Banco R$ 166.000,00
Investimentos em ou-
R$ 60.000,00
tras companhias
a) R$ 239.000,00.
b) R$ 297.000,00.
c) R$ 326.000,00.
d) R$ 440.000,00.
e) R$ 488.000,00.
105
CONTAS CONTÁBEIS Valor em R$ Classificação
Caixa 15.000,00
Mercadorias 74.000,00
Fornecedores 52.700,00
Veículos 35.000,00
Fornecedores – LP 19.000,00
106
UNIDADE 4
Demonstração do Resultado do
Exercício da empresa Estilo Ltda.
Período de 01/01/20X1 a 31/12/20X1
Em R$
110
UNIDADE 4
111
UNIDADE 4
112
UNIDADE 4
Assim, se o valor das receitas for maior que o valor das despesas, tem-se um
lucro. Por outro lado, se o valor das receitas for menor que o valor das despe-
sas, tem-se um prejuízo.
114
UNIDADE 4
DRE DRE
Descrição da Imagem: a figura apresenta um sinal de adição (+), e, ao lado dele, há uma tabela repre-
sentando uma DRE da Cia. Sucesso. Os dados da Cia. Sucesso são: receita de $ 90 milhões, despesa de
$ 48 milhões, e lucro de $ 42 milhões. Ao lado da DRE, tem-se a imagem de um empresário de terno
apontando um símbolo de exclamação; abaixo dele, há um gráfico que apresenta crescimento. A figura,
também, apresenta um sinal negativo (-), e, ao lado dele, há uma tabela representando uma DRE da Cia.
Fracasso. Os dados da Cia. Fracasso são: receita de $ 60 milhões, despesa de $ 72 milhões, e prejuízo
de $ 12 milhões. Ao lado dessa DRE, tem-se a imagem de um empresário de terno com três sinais de
interrogação; abaixo dele, há um gráfico que apresenta diminuição.
Contudo, muito mais do que apresentar o resultado, a DRE conta toda uma his-
tória de como a entidade chegou até ele. É por isso que dizemos que a DRE é uma
demonstração dinâmica.
EXPLORANDO IDEIAS
115
UNIDADE 4
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Ativo Circulante Passivo Circulante
Caixa e equivalentes de caixa Fornecedores
Caixa 7.800,00 Fornecedores 25.000,00
Banco 25.900,00 Obrigações trabalhistas
Créditos Salários a pagar 11.500,00
Duplicatas a receber 28.500,00 Obrigações fiscais
Estoques Impostos a recolher 4.800,00
Mercadorias 51.800,00 Passivo Não Circulante
Ativo Não Circulante Empréstimos e financiamentos
Investimentos Financiamentos a pagar 19.200,00
Investimentos na Cia A. 5.000,00 Patrimônio Líquido
Imobilizado Capital social
Móveis e utensílios 130.000,00 Capital subscrito 300.000,00
Veículos 42.200,00 (-) Capital a integralizar (75.000,00)
(-) Depreciação acumulada (1.700,00) Lucros/Prejuízos acumulados
Lucros acumulados 4.000,00
Balanço Patrimonial
Relatório estático (Foto)
DRE
Relatório dinâmico (Vídeo)
Descrição da Imagem: a imagem ilustra dois quadros, o primeiro, localizado acima, apresenta um
exemplo de um balanço patrimonial. Abaixo do relatório, há a figura de uma câmera fotográfica e, a
descrição: balanço patrimonial — relatório estático (foto). Na imagem do balanço, existe um contorno na
conta contábil lucros acumulados, que se encontra no grupo do patrimônio líquido. Desse contorno, sai
uma linha, que se divide em duas e se conecta ao quadro abaixo. Nesse quadro, encontra-se um exemplo
de Demonstração do Resultado do Exercício. Abaixo desse relatório, há a figura de uma câmera filmadora
com a descrição: DRE — relatório dinâmico (vídeo).
116
UNIDADE 4
Achou complicado? Vamos aos exemplos para facilitar. De forma geral, a re-
ceita provoca aumento no patrimônio da entidade. O melhor exemplo de
receita é a venda: quando a empresa vende uma mercadoria, um produto ou
presta um serviço, o seu patrimônio aumenta. Imagine a loja do sr. João: ele
compra uma calça por R$ 50,00 do fornecedor e a revende por R$ 80,00, ou
seja, ele pega um bem que estava registrado no estoque — no balanço patri-
monial — entrega para o cliente e recebe R$ 80,00, assim o seu patrimônio
aumenta em R$ 30,00. Contudo, é muito importante que você compreenda
que os R$ 30,00 que sobraram são o resultado; a receita, nesse caso, é de R$
80,00. Isso ficará mais claro quando começarmos a confrontar receitas e des-
pesas. De qualquer forma, espero que você tenha compreendido que a receita
provoca aumento no patrimônio. Além das vendas, os juros sobre aplicação
financeira e os descontos financeiros obtidos são outros exemplos de receita.
Agora, compreenderemos esses exemplos segundo o conceito apresentado
na norma contábil e entenderemos que nem sempre a receita provoca aumento
no caixa ou no banco.
117
UNIDADE 4
PENSANDO JUNTOS
Apenas as vendas de mercadorias podem gerar receita? Por exemplo, em uma loja de
calçados, apenas a venda dos calçados gera receita? Ou será que outras vendas, como a
venda de imobilizado, também podem gerar receita para a empresa?
Espero que tenha ficado claro que a receita é algo positivo para a entidade. Na
verdade, a obtenção de receita é uma questão de sobrevivência. No entanto, não
podemos enxergá-la como o recebimento de dinheiro. Mais cedo ou mais tarde,
as receitas são transformadas em dinheiro: vendas a prazo são recebidas, juros
sobre aplicação são resgatados etc., mas é importante saber que a Contabilidade
não registra a receita quando ela é recebida, mas, sim, quando ela é gerada.
118
UNIDADE 4
119
UNIDADE 4
120
UNIDADE 4
EXPLORANDO IDEIAS
Na nossa empresa modelo, o sr. João pagou R$ 75.000,00 pelo ponto comercial em que
instalou a loja Estilo. Considere que esse valor corresponde ao direito de utilizar o ponto
por cinco anos. Assim, a amortização é calculada da seguinte forma:
Isso significa que a empresa deverá apropriar uma amortização no valor de R$ 15.000,00
por ano, ou R$ 1.250,00 por mês, que, no caso, será registrada como despesa.
121
UNIDADE 4
PENSANDO JUNTOS
A palavra “caixa”, utilizada diversas vezes nesta unidade, corresponde ao dinheiro à dispo-
sição da entidade, assim ela engloba o valor que a entidade possui em papel moeda, na
conta corrente bancária e em aplicações de liquidez imediata.
Por outro lado, o regime de competência, que é utilizado para apurar o resultado
contábil, segue os conceitos de receita e despesa apresentados anteriormente. Nele,
as receitas e despesas são fatores independentes das entradas e saídas do caixa.
124
UNIDADE 4
Como você pôde observar, pelo regime de caixa, a empresa Estilo apresentou um pre-
juízo no mês de janeiro, mesmo tendo vendido 60% do seu estoque. É claro que não
consideramos o saldo inicial de caixa, afinal, se João comprou mercadorias à vista, havia
dinheiro para realizar essa compra. O que espero demonstrar com esse exemplo é que,
pelo regime de caixa, o resultado é calculado em função das entradas e saídas de di-
nheiro. Assim, no mês de janeiro, houve a saída de R$ 10.000,00 em função da compra
de mercadorias, e, como não houve entrada de dinheiro, a empresa ficou com prejuízo.
Já nos meses de fevereiro e março, mesmo considerando que não houve a realização
de novas vendas, como a empresa recebeu as parcelas das vendas de janeiro, houve o
reconhecimento de R$ 7.500,00 de receita em fevereiro e de R$ 7.500,00 em março, e,
como nesses meses não houve desembolso, a empresa apurou lucro nos dois períodos.
Por mais que a movimentação do caixa (dinheiro disponível) seja algo extre-
mamente importante para os negócios, ela não evidencia o verdadeiro desempenho
da entidade. É por isso que o regime de competência é tido como mais justo para
a apuração do resultado. Para que você compreenda, considere os mesmos dados
apresentados anteriormente, mas, agora, utilizados para apuração do resultado pelo
regime de competência:
125
UNIDADE 4
126
UNIDADE 4
Compra de mercadorias
11.000,00 (11.000,00)
à vista
Compra de mercadorias
30.000,00
a prazo
Venda de mercadorias à
15.000,00 15.000,00 15.000,00
vista
Venda de mercadorias a
22.000,00 22.000,00
prazo
Saída de mercadorias do
estoque em função das 18.000,00 (18.000,00)
vendas
Recebimento de mer-
cadorias vendidas em 4.500,00 4.500,00
outubro
O que você deve prestar atenção é que os fatos são os mesmos, é só você imaginar
a rotina de uma empresa: a diferença está em reconhecer ou não a receita ou a
despesa no mês de novembro, que é o período observado no quadro.
Dessa forma, pelo regime de caixa, os fatos que provocaram saída de dinheiro
no mês de novembro — compra de mercadorias à vista, pagamento de salário e
pagamento de aluguel — foram reconhecidos como despesa do período, assim
como os fatos que provocaram entrada de dinheiro no mês de novembro —
vendas à vista e recebimento de vendas — foram reconhecidos como receita do
período, gerando um resultado de R$ 2.800,00.
127
UNIDADE 4
Por outro lado, pelo regime de competência, os fatos que geraram receita no
mês de novembro — vendas à vista e vendas a prazo — foram reconhecidos como
receita do período, assim como os fatos que geraram despesa no mês de novem-
bro — saída de mercadorias do estoque e aluguel do mês de novembro — foram
registrados como despesa do período, gerando um resultado de R$ 16.800,00.
E a compra de mercadorias a prazo? Por que não foi registrada em nenhum
regime? Como foi a prazo, não é uma despesa no regime de caixa e, como foi uma
compra de mercadoria e não a saída (sacrifício), não representa uma despesa para
o regime de competência.
Compe-
2.000,00 2.000,00 2.000,00 2.000,00 2.000,00 2.000,00
tência
Quadro 5 - Reconhecimento da despesa com seguro pelo regime de caixa e pelo regime de compe-
tência / Fonte: a autora.
128
UNIDADE 4
Perceba que, no regime de caixa, toda a despesa com seguro foi reconhecida no
mês de janeiro, o que impacta de forma significativa na apuração do resultado
nesse mês. Por outro lado, pelo regime de competência, a despesa com seguros é
apropriada ao longo do seu período de vigência, uma vez que o fato gerador da
despesa é a sua utilização.
Agora que você sabe o que é receita e despesa e compreende a diferença entre
regime de caixa e regime de competência, conheceremos a ESTRUTURA DA
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO. Além de utilizar
o regime de competência para evidenciar o desempenho da entidade, a DRE
segue toda uma organização que permite ao usuário identificar uma série de
informações sobre como a entidade alcançou determinado resultado no período.
Da mesma maneira que, no balanço patrimonial, os elementos são agrupados
de forma específica, na DRE, as receitas e despesas também o são, assim temos uma
estrutura a ser seguida. De qualquer forma, caso a entidade necessite, o nível de
detalhamento das contas contábeis pode ser ampliado. A seguir, estão as descrições
dos principais grupos de receitas e despesas que compõem a estrutura da DRE.
Receita operacional bruta: corresponde às receitas geradas pela atividade
principal da entidade em seu valor bruto. São divididas em: vendas de produtos,
vendas de mercadorias e prestação de serviços.
129
UNIDADE 4
130
UNIDADE 4
131
UNIDADE 4
Em seu artigo 176, a Lei 6.404/76, Lei das Sociedades Anônimas (BRASIL, 1976),
obriga a elaboração e publicação da Demonstração do Resultado do Exercício ao
final de cada exercício social, devendo apresentar os valores correspondentes ao pe-
ríodo anterior para fins de comparação. Em seu artigo 177, a lei também determina
a adesão aos princípios de Contabilidade, mencionando a necessidade de registro
segundo o regime de competência. Mesmo sem a obrigatoriedade de publicação,
todas as empresas devem elaborar, anualmente, a sua DRE, mas, por uma questão
de auxílio à gestão, é comum as empresas elaborarem a DRE mensalmente.
A NBC TG 26 (R5) — Apresentação das Demonstrações Contábeis (CFC, 2017)
define duas formas de apresentação das receitas e despesas pela DRE: uma basea-
da na natureza da despesa e outra baseada na função da despesa. Independente do
modelo utilizado ou do nível de detalhamento das contas, a DRE sempre se inicia
com a receita operacional bruta, que evidencia a receita que a empresa obteve em sua
atividade principal, e, desta receita, deduzem-se as despesas incorridas no período.
De qualquer forma, a estrutura da DRE deve possibilitar ao usuário da informação
obter dados que retratam o desempenho da entidade. Assim, o modelo apresentado
no Quadro 6 é um bom exemplo de como a DRE pode ser estruturada.
Venda de produtos
Venda de mercadorias
Prestação de serviços
Devoluções de vendas
Abatimentos
132
UNIDADE 4
Imposto de renda
Quadro 6 - Modelo de Demonstração do Resultado do Exercício / Fonte: adaptado de Gelbcke et al. (2021).
133
UNIDADE 4
134
UNIDADE 4
Em R$
Abatimentos (70.000,00)
135
UNIDADE 4
136
UNIDADE 4
137
UNIDADE 4
Mas não se acanhe, é possível ir além desses pontos e descobrir outros aspectos
relevantes sobre o desempenho da nossa empresa modelo.
140
1. Os regimes de caixa e de competência adotam momentos distintos para o reconhe-
cimento das receitas e das despesas, interferindo na apuração do resultado de cada
período. Nesse sentido, considere que a empresa Rende Mais Ltda. apresentou os
seguintes dados para apuração do resultado do mês de setembro.
Quadro 1 - Dados para apuração do resultado da empresa Rende Mais Ltda. / Fonte: a autora.
A partir desses dados, calcule o resultado da empresa Rende Mais Ltda. pelo regime
de caixa e pelo regime de competência.
141
Considerando a estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício, a venda de
produtos e os juros sobre aplicações financeiras devem ser reconhecidos, respec-
tivamente, como:
Receitas e despesas Em R$
Quadro 2 - Receitas e despesas do mês de abril da empresa Doce Lar Ltda./ Fonte: a autora.
142
UNIDADE 5
Convido-lhe a descobrir as respostas para essas perguntas, assim você e João estarão
preparados para utilizar a Contabilidade a seu favor. “Bora” lá?!
A importância de conhecer como a Contabilidade acompanha e registra todos os
fatos contábeis se dá pelo caráter informativo das demonstrações. Como disse a nove-
lista Josephine Tey,“a verdade não está nas histórias, mas nos livros de Contabilidade”
(HENDRIKSEN; BREDA, 2012, p. 39). Isso significa que os registros contábeis são
muito mais do que o preenchimento de dados em um programa: eles representam os
acontecimentos ocorridos no dia a dia da entidade, ou seja, eles contam a história da
entidade. Contudo, para que se possa enxergar essa história, assim como para que se
saiba contar essa história por meio das demonstrações, é preciso compreender como
o patrimônio é impactado pelos fatos contábeis.
Lembra-se do balanço patrimonial que João recebeu do contador após o
encerramento do primeiro período contábil? Então, foi este aqui:
146
UNICESUMAR
ATIVO Em R$ PASSIVO Em R$
Disponível Fornecedores
Duplicatas a
62.000,00 Férias a pagar 3.000,00
receber
Materiais de
8.000,00 Obrigações financeiras
consumo
Máquinas e
15.000,00 Obrigações financeiras
equipamentos
Móveis e Empréstimos e
205.000,00 17.000,00
utensílios finan.
(-) Depreciação
(20.000,00) PATRIMÔNIO LÍQUIDO
acumulada
147
UNICESUMAR
“
Escola italiana: parte dos lançamentos contábeis (escrituração)
para, no final, chegar às demonstrações financeiras. Escola ameri-
cana: parte de uma visão conjunta das demonstrações financeiras,
principalmente o Balanço Patrimonial, para, em seguida, estudar
os lançamentos contábeis (escrituração) que deram origem a essas
demonstrações (MARION, 2018, p. 126).
149
UNIDADE 5
BP DRE
Figura 1 - Escrituração contábil segundo a escola americana / Fonte: Marion (2018, p. 126).
Descrição da Imagem: a figura apresenta dois passos da escrituração contábil. Inicia-se do lado
esquerdo: o título do primeiro passo é “1. Relatórios contábeis”; abaixo, há duas tabelas em branco:
uma com o título BP, de balanço patrimonial, outra com DRE, de Demonstração do Resultado do
Exercício. Ao lado do primeiro passo e das tabelas, há duas setas apontadas para a direita, onde está
o segundo passo, que tem como título “2. Escrituração contábil”, abaixo, há dois desenhos represen-
tando livros de registros contábeis.
150
UNICESUMAR
151
UNIDADE 5
PENSANDO JUNTOS
Uma vez estruturado o plano de contas a ser utilizado pela empresa, é possível alterar
alguma conta contábil — incluir, excluir, renomear etc. — ou a lista deve permanecer
inalterada para sempre?
Estudar o plano de contas também é tarefa indispensável para quem quer com-
preender o processo de registro contábil, afinal o registro nada mais é do que
a evidenciação das alterações que os fatos contábeis provocam nos elementos
patrimoniais. Assim, não é possível efetuar o registro sem conhecer as contas
contábeis que representam tais elementos.
Por esse motivo, no final deste livro, encontra-se, como ANEXO A, um modelo
de plano de contas que utilizaremos para efetuar os registros contábeis neste mate-
rial. Ele pode ser utilizado por qualquer tipo de empresa: comercial, industrial ou
prestadora de serviços, desde que contemple os elementos existentes na entidade,
contudo ter um plano de contas exclusivo para cada empresa é, sem dúvida, o ideal.
Observe o plano de contas em anexo e, então, você poderá perceber que cada
conta contábil possui um código — normalmente, utilizado para parametrizar os
softwares — e uma descrição. Esses códigos são divididos em três grupos: 1 para
ativo, 2 para passivo e 3 para contas de resultado (receitas e despesas). Perceba que
não há um código exclusivo para as contas do patrimônio líquido, porque este é
considerado um subgrupo do passivo. Esses grupos, por sua vez, são detalhados
até chegar a conta contábil analítica, a qual, efetivamente, recebe o lançamento:
152
UNICESUMAR
Dessa forma, as contas sintéticas evidenciam a soma das contas analíticas. Com
base no Quadro 2, a conta sintética “caixa e fundo fixo” evidenciará a somatória
das contas analíticas “caixa” e “fundo fixo”.
PENSANDO JUNTOS
As demonstrações divulgadas pelas empresas, como as de capital aberto, que são obriga-
das a tornarem públicas suas demonstrações, normalmente, não evidenciam os dados a
nível de contas analíticas.
OLHAR CONCEITUAL
Para efetuar o registro contábil de um fato, é necessário passar por um processo que envol-
ve, basicamente, quatro passos ordenados, conforme vemos a seguir:
Como já abordado neste material, a base dos registros contábeis é o Método das
Partidas Dobradas. Não é à toa que o frei Luca Pacioli, que foi o primeiro a pu-
blicar o método, ficou conhecido como o “pai da Contabilidade”. O Método das
Partidas Dobradas estabelece que:
153
UNIDADE 5
Ativo Devedora
Passivo e PL Credora
Receita Credora
Despesa Devedora
154
UNICESUMAR
Empresa
D C
Ativo Passivo + PL
Receita (C)
• Resultado
Despesa (D)
Figura 2 - Natureza das contas contábeis / Fonte: a autora.
155
UNIDADE 5
156
UNICESUMAR
Perceba que o valor lançado a débito é igual ao valor lançado a crédito, atendendo à
determinação do Método das Partidas Dobradas. No exemplo apresentado, houve
aumento nas duas contas, mas existem fatos que provocam aumento em uma conta
e diminuição em outra ou, até mesmo, diminuição em duas. De qualquer forma, não
importa o fato a ser contabilizado, uma vez identificadas as alterações nas contas
contábeis, basta observar o esquema do Quadro 4 para realizar a contabilização.
157
UNIDADE 5
158
UNICESUMAR
A empresa Fato a Fato Ltda. foi constituída no dia 01 de setembro de 20X1. Nesse
primeiro mês, ocorreram os seguintes fatos:
159
UNIDADE 5
Fato 01:
01/09/20X1: subscrição do Capital Social no valor de R$ 800.000,00.
Fato 02:
02/09/20X1: integralização de 60% do capital subscrito da seguin-
te maneira: R$ 30.000,00 em dinheiro, R$ 260.000,00 em depósito
bancário na conta corrente da empresa e R$ 190.000,00 em mesas,
cadeiras, armários e outros móveis.
Fato 03:
02/09/20X1: compra de computadores, câmeras de segurança e
aparelhos de ar-condicionado à vista no valor de R$ 80.000,00. O
pagamento foi feito por meio de transferência bancária.
Fato 04:
05/09/20X1: compra de calçados a prazo no valor de R$ 200.000,00,
a vencer em 30 dias.
Fato 05:
06/09/20X1: compra de calçados à vista no valor de R$ 50.000,00. O
pagamento foi feito por meio de transferência bancária.
Fato 06:
10/09/20X1: compra de um veículo no valor de R$ 32.400,00 por
meio de um financiamento que será pago em 36 parcelas mensais
de R$ 900,00, sendo que 16 parcelas vencem no curto prazo e 20 no
longo prazo.
Fato 07:
10/09/20X1: pagamento de aluguel referente ao mês de setembro no
valor de R$ 5.000,00. O pagamento foi efetuado em dinheiro.
Fato 08:
12/09/20X1: venda de calçados à vista no valor de R$ 150.000,00,
recebidos em dinheiro. O custo dos calçados que saíram do estoque
foi de R$ 70.000,00.
160
UNICESUMAR
Fato 09:
12/09/20X1: depósito de dinheiro na conta corrente bancária no valor
de R$ 125.000,00.
Fato 10:
15/09/20X1: venda de calçados a prazo no valor de R$ 200.000,00. O
custo dos calçados que saíram do estoque foi de R$ 95.000,00.
Fato 11:
16/09/20X1: integralização de 25% do capital subscrito por meio da
aquisição de calçados.
Fato 12:
20/09/20X1: pagamento da primeira parcela do financiamento em
dinheiro.
Fato 13:
21/09/20X1: pagamento da dívida com fornecedores por meio de trans-
ferência bancária. Como o pagamento foi realizado antes do vencimen-
to, o fornecedor concedeu 10% de desconto.
Fato 14:
25/09/20X1: recebimento de clientes no valor de R$ 90.000,00, sendo R$
18.000,00 em dinheiro e o restante por meio de transferência bancária.
Fato 15:
28/09/20X1: compra de calçados no montante de R$ 120.000,00, sendo
que R$ 40.000,00 foram pagos à vista por meio de transferência bancá-
ria e o restante ficou para pagamento em 30 dias.
Fato 16:
30/09/20X1: reconhecimento da despesa com salário do mês de setem-
bro no valor de R$ 15.000,00, o qual será pago no mês outubro.
Fato 17:
30/09/20X1: reconhecimento da despesa com depreciação dos ativos
imobilizados no montante de R$ 4.000,00.
161
UNIDADE 5
162
UNICESUMAR
Caixa 30.000,00
163
UNIDADE 5
Caixa 30.000,00
Máquinas e equipa-
80.000,00 (-) Capital a integralizar (320.000,00)
mentos
164
UNICESUMAR
Nesse fato, não houve uma nova fonte de recurso, por isso, o balanço se manteve
com o valor de R$ 480.000,00. O que aconteceu foi a transformação de um re-
curso do ativo em outro, no caso, a transformação de dinheiro da conta corrente
bancária em equipamentos.
Mercadorias 200.000,00
Máquinas e
80.000,00 (-) Capital a integralizar (320.000,00)
equipamentos
165
UNIDADE 5
Com a nova captação de recursos, agora, por meio de fornecedores, o valor total
do ativo, assim como do passivo e PL aumentou, totalizando R$ 680.000,00.
Mercadorias 250.000,00
Máquinas e equipa-
80.000,00 (-) Capital a integralizar (320.000,00)
mentos
166
UNICESUMAR
Máquinas e equipa-
80.000,00 Capital subscrito 800.000,00
mentos
167
UNIDADE 5
Como ainda estamos registrando os fatos contábeis, ou seja, ainda não fechamos
um período, não sabemos se o resultado será de lucro ou prejuízo, por isso, utili-
zaremos a conta lucro/prejuízos acumulados. A saída de dinheiro decorrente do
pagamento do aluguel deve ser registrada na conta caixa.
Registro:
168
UNICESUMAR
Máquinas e equi-
80.000,00 Capital subscrito 800.000,00
pamentos
Lucros/prejuízos acu-
(5.000,00)
mulados
169
UNIDADE 5
Ativo não
Financiamentos a pagar 18.000,00
circulante
Máquinas e
80.000,00 Capital subscrito 800.000,00
equipamentos
Lucros/prejuízos
75.000,00
acumulados
170
UNICESUMAR
Máquinas e
80.000,00 Capital subscrito 800.000,00
equipamentos
Lucros/prejuízos
75.000,00
acumulados
171
UNIDADE 5
172
UNICESUMAR
Financiamentos a
Banco A 255.000,00 14.400,00
pagar
Duplicatas a
200.000,00 Passivo não circulante
receber
Financiamentos a
Mercadorias 85.000,00 18.000,00
pagar
Máquinas e
80.000,00 (-) Capital a integralizar (320.000,00)
equipamentos
Lucros/prejuízos
Veículo 32.400,00 180.000,00
acumulados
Após essa venda, novamente, houve aumento na fonte de recursos próprios (PL),
aumentando o saldo do balanço para R$ 892.400,00.
173
UNIDADE 5
Registro:
BALANÇO PATRIMONIAL (EM R$)
ATIVO PASSIVO
Financiamentos a
Banco A 255.000,00 14.400,00
pagar
Financiamentos a
Mercadorias 285.000,00 18.000,00
pagar
Lucros/Prejuízos
Veículo 32.400,00 180.000,00
acumulados
O capital investido pelos sócios é uma fonte de recurso próprio, por isso, o saldo
do balanço aumentou para R$ 1.092.400,00.
174
UNICESUMAR
Duplicatas a
200.000,00 Passivo não circulante
receber
Máquinas e
80.000,00 (-) Capital a integralizar (120.000,00)
equipamentos
Lucros/prejuízos
Veículo 32.400,00 180.000,00
acumulados
175
UNIDADE 5
Mercadorias 285.000,00
Máquinas e equipa-
80.000,00 (-) Capital a integralizar (120.000,00)
mentos
Lucros/prejuízos acu-
Veículo 32.400,00 200.000,00
mulados
176
UNICESUMAR
Financiamentos a
Caixa 67.100,00 13.500,00
pagar
Mercadorias 285.000,00
Máquinas e equipa-
80.000,00 (-) Capital a integralizar (120.000,00)
mentos
Lucros/prejuízos acu-
Veículo 32.400,00 200.000,00
mulados
Após o registro desse fato, o balanço permaneceu inalterado, pois houve apenas
a transformação de um recurso — o direito de receber — em outro — dinheiro
no caixa e na conta corrente.
177
UNIDADE 5
Duplicatas a
110.000,00 Passivo não circulante
receber
Máquinas e
80.000,00 (-) Capital a integralizar (120.000,00)
equipamentos
Lucros/Prejuízos
Veículo 32.400,00 200.000,00
acumulados
O saldo do balanço aumentou, pois parte da compra foi a prazo, o que provocou
a captação de recursos de terceiros.
178
UNICESUMAR
Após o reconhecimento da despesa com salário, o novo resultado deve ser regis-
trado na conta lucros/prejuízos acumulados.
Registro:
Duplicatas a Financiamentos a
110.000,00 13.500,00
receber pagar
179
UNIDADE 5
Máquinas e
80.000,00 Capital subscrito 800.000,00
equipamentos
Lucros/Prejuízos
185.000,00
acumulados
Como a despesa com salário ainda não foi paga, o saldo do balanço não foi alterado.
180
UNICESUMAR
Máquinas e equipa-
80.000,00 Capital subscrito 800.000,00
mentos
181
UNIDADE 5
Em R$
182
UNICESUMAR
Agora, sim, finalizado o processo contábil. Espero que você tenha compreendido
como as demonstrações contábeis são resultado dos fatos ocorridos na entidade
durante um período: os registros, ou lançamentos, contam a história dos acon-
tecimentos da entidade e, ao final de um período, o resultado dessa história é
apresentado por meio das demonstrações.
NOVAS DESCOBERTAS
Quer conhecer como seriam os registros dos fatos da empresa Fato a Fato
Ltda. pelo mecanismo de débito e crédito? Então assista ao vídeo.
Quer conhecer como seriam os registros dos fatos da empresa Fato a
Fato Ltda. pelo mecanismo de débito e crédito? Então acesse o qr code
para saber mais.
183
UNIDADE 5
ATIVO Em R$ PASSIVO Em R$
Disponível Fornecedores
Duplicatas a
62.000,00 Férias a pagar 3.000,00
receber
Materiais de
8.000,00 Obrigações financeiras
consumo
Máquinas e
15.000,00 Obrigações financeiras
equipamentos
Móveis e
205.000,00 Empréstimos e finan. 17.000,00
utensílios
(-) Depreciação
(20.000,00) PATRIMÔNIO LÍQUIDO
acumulada
184
UNICESUMAR
185
1. A Contabilidade por balanços sucessivos é bastante simples: a cada operação reali-
zada pela empresa se faz a alteração em um novo balanço (MARION, 2015).
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Banco A 80.000,00
Como você pôde perceber, a empresa foi constituída com um Capital Social — in-
vestimento dos sócios — no montante de R$ 300.000,00, sendo integralizados R$
20.000,00 em dinheiro, R$ 80.000,00 em depósito bancário e R$ 200.000,00 em
máquinas e equipamentos. Após a contabilização de um novo fato, o balanço da
empresa ficou da seguinte forma:
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Mercadorias 50.000,00
186
Analisando as alterações provocadas no balanço após a contabilização, assinale a
alternativa que descreve corretamente o fato contábil registrado.
3. Elabore um balanço patrimonial para cada fato utilizando o método dos balanços
sucessivos.
187
UNIDADE 1
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações.
1976. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm. Acesso em: 12
maio 2022.
CARAVELAS: Bartolomeu Dias, Boa Esperança e Vera Cruz. Samuel & Filhos, LDA., [2022]. Dis-
ponível em: https://www.samuelefilhos.pt/portefolio-caravela.html. Acesso em: 12 maio 2022.
CFC. NBC TG 26 (R5), de 24 de novembro de 2017. Altera a NBC TG 26 (R4) que dispõe sobre
apresentação das demonstrações contábeis. 2017. Disponível em: https://www1.cfc.org.br/sis-
web/SRE/docs/NBCTG26(R5).pdf. Acesso em: 12 maio 2022.
FAVERO, H. L. et al. Contabilidade: teoria e prática. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
FRANCO, H. Estrutura, Análise e Interpretação de Balanços. 15. ed. São Paulo: Atlas, 1989.
IUDÍCIBUS, S. de et al. Contabilidade Introdutória. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
IUDÍCIBUS, S. de. Teoria da Contabilidade. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
IUDÍCIBUS, S. de; MARION, J. C. Contabilidade Comercial. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
NIYAMA, J. K.; SILVA, C. A. T. Teoria da Contabilidade. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
SERASA EXPERIAN. Ir à Falência: veja os principais motivos e como evitá-los. Blog Empresas,
12 jun. 2020. Disponível em: https://empresas.serasaexperian.com.br/blog/ir-a-falencia-veja-
-os-principais-motivos-e-como-evita-los/. Acesso em: 12 maio 2022.
188
UNIDADE 2
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de dezembro de 2002. Institui o Código Civil. 2002. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406compilada.htm. Acesso em: 23 nov.
2021.
IUDÍCIBUS, S. de; MARION, J. C. Contabilidade para Não Contadores. 8. ed. São Paulo: Atlas,
2018.
UNIDADE 3
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações.
1976. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm. Acesso
em: 18 maio 2022.
IUDÍCIBUS, S. de; MARION, J. C. Curso de Contabilidade para Não Contadores: para as áreas
de Administração, Economia, Direito e Engenharia. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
189
UNIDADE 4
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações.
1976. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404compilada.htm. Acesso
em: 19 maio 2022.
CFC. NBC TG 26 (R5), de 24 de novembro de 2017. Altera a NBC TG 26 (R4) que dispõe sobre
apresentação das demonstrações contábeis. 2017. Disponível em: https://www1.cfc.org.br/sis-
web/SRE/docs/NBCTG26(R5).pdf. Acesso em: 12 maio 2022.
UNIDADE 5
ANEXO
CFC. Edital do Exame de Suficiência Edição nº 02/2021. Exame de suficiência como requisito
para obtenção de registro profissional em Conselho Regional de Contabilidade (CRC). 2021.
Disponível em: https://d3du0p87blxrg0.cloudfront.net/concursos/1515/1_1213980.pdf. Aces-
so em: 20 maio 2022.
190
UNIDADE 1
1. O surgimento das partidas dobradas justamente na Itália não foi por acaso. As cidades
italianas de Veneza, Gênova, Florença, Pisa e outras representavam o que de mais
avançado poderia existir, na época, em termos de empreendimentos comerciais e
industriais (IUDÍCIBUS, 2015). Nesse sentido, nada mais natural do que justamente
os italianos desenvolverem um mecanismo de controle patrimonial que auxiliasse
os negócios.
IUDÍCIBUS, S. de. Teoria da Contabilidade. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
2. A Contabilidade utiliza números, mas estes não são sua razão de ser. A Contabilidade
não tem como objetivo alcançar um número exato e nem obter uma fórmula definitiva
para alcançar um resultado. Ela tem como objetivo gerar informação sobre o patrimô-
nio; este, por sua vez, representa o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma
ou mais pessoas. Ao acompanhar esse patrimônio, a Contabilidade busca analisar o
aspecto social da entidade, seja ela uma pessoa física ou jurídica, verificando como o
seu patrimônio foi afetado pelas decisões tomadas.
3. Os usuários internos são aqueles que trabalham na empresa e ocupam cargos que
requerem a tomada de decisões e, por isso, necessitam de informações direcionadas.
Já os usuários externos não possuem relação de trabalho com a empresa, mas, tam-
bém, necessitam de informações para a tomada de decisões. Para esses usuários, as
informações são, normalmente, padronizadas (FAVERO et al., 2011).
FAVERO, H. L. et al. Contabilidade: teoria e prática. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
5. D. A afirmativa I está incorreta, pois quanto maior o nível de complexidade das ati-
vidades desempenhadas pela entidade, maior também será a complexidade e o
detalhamento das informações contábeis.
191
UNIDADE 2
2. A situação patrimonial da empresa Beta é negativa, pois o valor total do ativo (R$
140.000,00) é menor que o valor total do passivo (R$ 162.000,00), o que significa
que ela não tem recursos suficientes para cobrir as suas obrigações exigíveis, pois
faltam R$ 22.000,00.
3.
ATIVO PASSIVO
Invest. em outras
R$ 60.000,00 Capital Social R$ 350.000,00
companhias
R$
Total do ativo R$ 572.200,00 Total do passivo + PL
572.200,00
192
UNIDADE 3
193
3. Primeiramente, a classificação:
194
Balanço patrimonial da empresa X
Encerrado em 31/12/20X1
ATIVO Em R$ PASSIVO Em R$
Disponível Fornecedores
Salários e encargos
Banco A 27.300,00
sociais
Impostos a
9.100,00 Obrigações fiscais
recuperar
Impostos a
Estoque 13.800,00
recolher
Empréstimos e
ATIVO NÃO CIRCULANTE 27.800,00
finan.
Investim. em outras
80.000,00 Fornecedores
cias.
Máquinas e
70.000,00 Obrigações financeiras
equipamentos
Empréstimos e
Veículos 35.000,00 52.000,00
finan.
195
Balanço patrimonial da empresa X
Encerrado em 31/12/20X1
Reserva de lucros
Res. de lucros
65.000,00
para expansão
TOTAL DO PASSIVO
TOTAL DO ATIVO 558.400,00 558.400,00
+ PL
UNIDADE 4
1. Para apurar o resultado pelo regime de caixa, é necessário observar os fatos que
provocaram entrada ou saída de dinheiro no mês de setembro. Já para apurar o
resultado pelo regime de competência, é necessário observar os fatos que geraram
receita ou despesa no mês de setembro:
Fatos do mês de
Valor Caixa Competência
setembro
Compra de mercadorias a
R$ 15.800,00
prazo
Compra de mercadorias
R$ 12.600,00 (R$ 12.600,00)
à vista
Venda de mercadorias a
R$ 40.300,00 R$ 40.300,00
prazo
Venda de mercadorias à
R$ 11.700,00 R$ 11.700,00 R$ 11.700,00
vista
196
Custos das mercadorias
R$ 22.500,00 (R$ 22.500,00)
vendidas
Despesas incorridas e
R$ 16.000,00 (R$ 16.000,00) (R$ 16.000,00)
pagas
Despesas incorridas a
R$ 7.600,00 (R$ 7.600,00)
pagar
Quadro 1 - Resultado da empresa Rende Mais Ltda. pelo regime de caixa e pelo regime de competência
Fonte: a autora.
3.
Em R$
197
Demonstração do Resultado do Exercício da empresa Doce Lar Ltda.
Período de 01/04/20X1 a 30/04/20X1
UNIDADE 5
198
2. 01/03: a subscrição do capital representa que a empresa recém-constituída passa a
possuir um Capital Social, registrado no patrimônio líquido. Em contrapartida, como
os sócios ainda não integralizaram o capital, o valor a ser recebido dos sócios fica
registrado na conta capital a integralizar.
05/03: compra provocou aumento na conta móveis e utensílios. Em contrapartida, por ter
sido a prazo, provocou o aumento de uma dívida registrada na conta dividendos a pagar.
3.
199
BALANÇO PATRIMONIAL (EM R$) - 03/03
ATIVO PASSIVO
Móveis e
150.000,00 Capital subscrito 420.000,00
utensílios
(-) Capital a
(84.000,00)
integralizar
200
BALANÇO PATRIMONIAL (EM R$) - 09/03
ATIVO PASSIVO
Móveis e
150.000,00 Capital subscrito 420.000,00
utensílios
201
BALANÇO PATRIMONIAL (EM R$) - 18/03
ATIVO PASSIVO
Aplicação finan.
70.000,00 Dividendos a pagar 150.000,00
Liq. Imed.
Computadores e
40.000,00
periféricos
Aplicação finan.
70.000,00 Dividendo a pagar 125.000,00
Liq. Imed.
Computadores e
40.000,00
periféricos
CÓDIGO CONTA
1 ATIVO
1.01.01.01.001 CAIXA
1.01.01.02.001 BANCO A
1.01.01.02.002 BANCO B
1.01.01.03.001 BANCO A
1.01.01.03.002 BANCO B
1.01.03.01 CLIENTES
203
1.01.03.02.001 ADIANTAMENTO A EMPREGADOS
1.01.04 ESTOQUES
1.01.04.01.003 INSUMOS
1.01.04.01.007 ALMOXARIFADO
204
1.01.06 DESPESAS PAGAS ANTECIPADAMENTE
1.02.01.03.001 EMPRESA B
1.02.01.03.002 EMPRESA C
1.02.02 INVESTIMENTOS
205
1.02.02.01.002 PARTICIPAÇÕES EM COLIGADAS
1.02.03 IMOBILIZADO
1.02.03.01.001 TERRENOS
1.02.03.01.002 EDIFICAÇÕES
1.02.03.01.003 INSTALAÇÕES
1.02.03.01.007 VEÍCULOS
206
1.02.03.03 (-) EXAUSTÃO ACUMULADA
1.02.03.04.001 EDIFICAÇÕES
1.02.03.04.002 INSTALAÇÕES
1.02.03.04.003 EQUIPAMENTOS
1.02.04 INTANGÍVEL
1.02.04.01.001 PATENTES
1.02.04.01.004 SOFTWARE
2 PASSIVO
2.01.01 FORNECEDORES
2.01.02.01.003 PRÓ-LABORE
207
2.01.02.01.009 CONTRIBUIÇÃO SINDICAL A RECOLHER
2.01.05.01 DEBÊNTURES
2.01.05.01.001 DEBÊNTURES
208
2.01.06.01.001 ÁGUA E LUZ
2.01.08 PROVISÕES
2.02.02 DEBÊNTURES
2.02.02.01.001 DEBÊNTURES
209
2.02.03 TRIBUTOS DIFERIDOS
2.02.04 PROVISÕES
2.03.02 RESERVAS
210
2.03.06.01.001 AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL
3. RESULTADO
3.03 CUSTOS
211
3.04.01.01 DESPESAS COM PESSOAL
3.04.01.01.004 FÉRIAS
3.04.01.01.006 INSS
3.04.01.01.007 FGTS
3.04.01.01.011 PRÓ-LABORE
3.04.02.01.004 FÉRIAS
212
3.04.02.01.006 INSS
3.04.02.01.007 FGTS
3.04.02.01.011 PRÓ-LABORE
3.04.02.02 OCUPAÇÃO
3.04.02.03.002 SEGUROS
3.04.02.03.007 MANUTENÇÃO
3.04.02.03.009 VIGILÂNCIA/PORTARIA
213
3.04.02.04 DESPESAS ADMINISTRATIVAS GERAIS
3.04.03.01.001 IPTU
3.04.03.01.004 IOF
3.04.03.01.005 TAXAS
214
3.04.06.01.003 RECEITA COM DIVIDENDOS
215
3.05.05 RECEITAS FINANCEIRAS GERAIS
216