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O tema vem sendo debatido, cada vez mais, nas instituições e merece sempre a atenção
por parte da Administração Pública, que deve, não apenas coibir tais práticas, como
também prevenir e orientar aqueles que se encontrem nessas situações. Mais do que
reconhecer a existência desse grave problema, deve-se estabelecer um planejamento
de ações para garantir o cumprimento das normas legais e administrativas que regem o
serviço público, com o objetivo de preservar a humanidade nas relações de trabalho.
Certamente, o tema não se esgota nesta cartilha e muitos debates ainda virão.
Aproveite a leitura e usufrua desse conteúdo de forma a se conscientizar sobre
o Assédio Moral e compartilhe o conhecimento com seus colegas de trabalho.
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Sumário
3
“ [...] toda e qualquer conduta abusiva
manifestando-se, sobretudo por
comportamentos, palavras, atos, gestos,
escritos que possam trazer dano à
personalidade, à dignidade ou à
integridade física ou psíquica de uma
pessoa, pôr em perigo seu emprego ou
”
degradar o ambiente de trabalho.
Lembre-se:
Agente público é todo aquele que
exerce emprego, cargo ou função
pública por eleição, nomeação,
designação ou contrato administrativo
ou qualquer outro vínculo no âmbito
da administração pública.
(Lei Complementar nº 116/2011)
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É preciso uma análise cuidadosa para caracterizar o assédio moral,
pois ele é sempre dirigido a uma pessoa ou pode ocorrer em
relação a um grupo específico de servidores, com fins
discriminatórios.
O assédio moral se
caracteriza pelo fato
do autor apresentar
uma conduta reiterada,
ou seja, requer um certo
tempo, o que necessita de
um lapso temporal para
ser caracterizado.
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Há que chamar atenção para outra característica do assédio moral, em
que as ações direcionadas a uma pessoa ou grupo, geram efeitos
ou causam impactos negativos, sejam eles no campo moral ou
psicológico.
EFEITO
DANO MORAL OU
PSICOLÓGICO
ASSÉDIO
MORAL MOTIVAÇÃO
INTENCIONALIDADE DO ATO
ATOS DISCRIMINATÓRIOS
OBJETO
ATOS DE NATUREZA PSICOLÓGICA
CONDUTA ABUSIVA
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O comportamento é inoportuno ou ofensivo?
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Nunca é demais lembrar que o assédio
moral é caracterizado pela prática
reiterada e discriminatória, pautada em
uma conduta abusiva.
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Muitas vezes o assédio moral é confundido com um conflito, com
um ato de gestão ou com um ato diretivo. Os exemplos a seguir
trazem algumas situações em que o fato, por si, não é considerado
uma prática de assédio moral:
A - Situações eventuais
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D - Conflitos no ambiente de trabalho
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O assédio moral pode ser identificado como:
manifestar-se jocosamente em
detrimento da imagem de agente
público, submetendo-o a situação
vexatória, ou fomentar boatos
inidôneos e comentários maliciosos;
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As condutas de assédio moral ocasionam diversas consequências
ao agente público, seja sob a perspectiva de sua saúde física ou
mental, seja sob a perspectiva do desempenho e produtividade,
entre as quais destacam-se:
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Um aspecto relevante e decorrente do assédio moral, é que as
consequências não se restringem à vítima, mas também provocam
inúmeros problemas nas relações interpessoais das equipes, bem
como para a instituição, tais como:
Rotatividade;
Faltas e afastamentos por problemas
de saúde;
Perda de produtividade e qualidade
do trabalho;
Deterioração do clima organizacional;
Aumento dos índices de acidente de
trabalho;
Desestímulo na criatividade e
na inovação;
Comprometimento dos resultados.
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Aquele que se sentir assediado poderá procurar a Ouvidoria-Geral
do Estado ou a unidade setorial de recursos humanos do órgão ao qual
estiver vinculado, a quem cabe, assegurada a confidencialidade das
informações apresentadas, esclarecer ao agente público sobre
o assédio moral e orientar quanto às medidas que poderão ser adotadas
para registrar a denúncia.
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Conforme foi enfatizado, o assédio moral tem como característica o fato
de ser ação repetitiva, reiterada e, desta forma, caberá ao denunciante
relatar as diversas ações e fatos que, uma vez associados, permitam
compreender a intencionalidade e a autoria, bem como, os danos
morais e psicológicos causados ao assediado. O relato deve detalhar,
sempre que possível, os dias, as circunstâncias como cada fato ocorreu,
com destaque para as condutas do denunciado (que deve ser nominado),
com o devido detalhamento que permita a caracterização do assédio
moral.
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A Ouvidoria de Assédio Moral e Sexual irá realizar uma análise prévia
das informações encaminhadas para verificar se foram demonstrados
na denúncia os elementos e requisitos mínimos que caracterizam a
prática do assédio moral. Se necessário, serão solicitadas informações
complementares ao manifestante.
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se houver mais de um denunciado, o número de membros da Comissão
de Conciliação poderá ser alterado de forma proporcional.
Importante
O procedimento conciliatório tem por finalidade
buscar soluções de forma consensual para as
denúncias de assédio moral, promovendo o
entendimento entre as partes.
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Encerrados os trabalhos da Comissão de Conciliação, não sendo possível
a conciliação, a Ouvidoria de Assédio Moral e Sexual tramitará a
denúncia para a Controladoria-Geral do Estado, a quem caberá
formular o juízo de admissibilidade (identificação de autoria e
materialidade) e, caso necessário, instaurar o processo administrativo
disciplinar (apuração).
Análise Preliminar
(Plausibilidade)
Ouvidoria-Geral do Estado
Procedimento
Conciliatório
Comissão de Conciliação dos órgãos
Juízo de
Admissibilidade
Controladoria-Geral do Estado, por meio
das Controladorias Setoriais e Seccionais
Apuração
Controladoria-Geral do Estado
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?
Nos termos definidos na legislação vigente, o agente público poderá
informar à Ouvidoria-Geral do Estado - OGE, anonimamente ou não,
por meio de sistema eletrônico, sobre indícios de práticas em seu
ambiente de trabalho que possam ser configurados como assédio
moral de acordo com o definido no Decreto nº 47.528, de 12 de
novembro de 2018.
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Recomendação de acompanhamento
psicológico aos agentes públicos
envolvidos em episódios de assédio
moral;
Registro e consolidação de
informações sobre licenças e
afastamentos de agentes em
decorrência de patologias
associadas ao assédio moral.
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A prevenção da prática do assédio moral na administração pública
estadual é requisito fundamental e todos nós podemos contribuir para
que essa prática abusiva seja coibida do nosso ambiente de trabalho.
Para tanto, as unidades setoriais de recursos humanos têm papel
fundamental na implementação de medidas preventivas, as quais
contarão com a orientação da SEPLAG e da OGE, nos termos previsto
no artigo 4º do Decreto nº 47.528/2018.
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Lei Complementar nº 116, de 11/01/2011;
Decreto nº 47.528, de 12/11/2018; e
Resolução Conjunta OGE/SEPLAG/CGE nº 01,
de 05 de dezembro de 2018.
Curiosidades
BULLYING
MOBBING
PSICOTERROR OU
ACOSO MORAL
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“ Muitos que convivem com a violência
diariamente supõem que seja uma parte
intrínseca da condição humana. Mas não é
assim. A violência pode ser evitada.
Culturas violentas podem ser modificadas.
No meu próprio país e ao redor do mundo,
nós temos exemplos brilhantes de como a
violência tem sido combatida. Governos,
comunidades e indivíduos podem fazer a
”
diferença.
Nelson Mandela
O que NÃO é assédio moral no trabalho. Há algumas situações que podem ser confundi-
das com assédio moral.
Disponível em: http://neppot.ufsc.br/?page_id=87. Acesso em 11/03/2019
Link de acesso ao sistema eletrônico próprio, disponibilizado pela OGE para registro de
reclamação de assédio moral. http://www.ouvidoriageral.mg.gov.br/ouvidorias-especiali-
zadas/assedio-moral
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