Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Comunitária e Familiar
3 - ENFERMAGEM FAMILIAR
3.3 - Consulta à família: vigilância de saúde no ciclo de vida
LICENCIATURA EM ENFERMAGEM
Docentes: Clarinda Cruzeiro
Cristina Veríssimo
Irma Brito
Margarida Silva
Marília Neves
CONSULTA À FAMÍLIA: VIGILÂNCIA DE SAÚDE NO CICLO DE VIDA
CONSULTA DE ENFERMAGEM
Plano Prévio
Introdução
(Melo, 2021)
Intervenções
Diagnósticas
Diagnóstico
Intervenção
Avaliação de
Resultados/Negociação
Intervenções
Diagnóstico
Diagnósticas
Avaliação de
Intervenção
Resultados/Negociação
Aula do conteúdo
Guião de Consulta
Plano Prévio – Contextualizar os dados relevantes para a preparação da consulta (material, ambiente, …
Introdução – Indicar os dados essenciais para introduzir a consulta: Focos e objetivos da consulta
Bibliografia consultada
OBJETIVOS
CONSULTA PRÉ-CONCECIONAL
CONSULTA DE VIGILÂNCIA DURANTE CONSULTA DO PUERPÉRIO
A GRAVIDEZ DE
BAIXO RISCO
OBJEIVOS:
Contribuir para o sucesso da gravidez através da identificação precoce de fatores de risco modificáveis e promoção da
sua correção;
Estabelecer o risco de anomalia reprodutiva, num determinado casal e propor medidas tendentes à sua minimização
ou eliminação;
Identificar indivíduos e famílias de risco genético e referenciar para aconselhamento especializado casais com história
familiar de anomalias congénitas, como trissomia 21, síndromes polimalformativos, defeitos do tubo neural, défices
cognitivos, entre outros;
Sistematizar e transmitir todas as recomendações pertinentes;
Promover a participação ativa do elemento masculino do casal nas questões de saúde sexual e reprodutiva.
Licenciatura em Enfermagem. UC Enfermagem de Saúde Comunitária e Familiar, ESEnFC
Consulta no âmbito do Programa Nacional para a Vigilância da Gravidez de Baixo Risco
PARA RECORDAR
1. CONSULTA PRÉ-CONCECIONAL – DETERMINAR/EFETUAR (DGS, 2015)
História clínica: determinar estado geral de saúde da mulher/casal e respetivos antecedentes pessoais e familiares;
Avaliação física: peso e altura |índice de massa corporal / pressão arterial (PA) exame mamário/exame ginecológico (atenção à
genitália externa para deteção de situações de mutilação genital feminina);
Avaliação laboratorial: GS e fator RhD / hemograma / glicémia jejum / rastreio das hemoglobinopatias / sífilis, hepatite B (vacinação,
se aplicável), VIH / Serologias da Rubéola (com respetiva vacinação, se aplicável), Toxoplamose e Citomegalovirus (se aplicável);
Rastreio do cancro do colo do útero, se não foi efetuado há menos de 3 anos;
Avaliação do estado vacinal e atualização do PNV (prioridade na vacinação contra o tétano, a difteria, a rubéola e o sarampo);
Avaliação do estado nutricional, peso adequado e distúrbios do comportamento alimentar;
Avaliação do consumo de tabaco, álcool e outras SPA;
Avaliação de fatores de risco social (imigração, desemprego, refugiados, condições habitacionais precárias);
Rastreio da violência nas relações de intimidade através de perguntas tipo, como:“Existem conflitos familiares que a estejam a
preocupar? Tem tido problemas de relacionamento com o seu companheiro? Sente-se segura na sua relação?”;
Avaliação de fatores de risco familiar/contextos de vida;
Preenchimento do BSR/PF (Avaliação pré-concecional).
PARA RECORDAR
2. CONSULTA DE VIGILÂNCIA DURANTE A GRAVIDEZ DE BAIXO RISCO
(DGS, 2015)
OBJETIVOS
Avaliar o bem-estar materno e fetal através da história clínica e dos dados dos exames complementares de
diagnóstico;
Detetar precocemente situações desviantes do normal curso da gravidez que possam afetar a evolução da gravidez
e o bem-estar materno e fetal, estabelecendo a sua orientação;
Identificar fatores de risco que possam vir a interferir no curso normal da gravidez, na saúde da mulher e/ou do
feto;
Promover a educação para a saúde, integrando o aconselhamento e o apoio psicossocial ao longo da vigilância
periódica da gravidez;
Preparar para o parto e parentalidade;
Informar sobre os deveres e direitos parentais.
Realizar a 1ª consulta, o mais precocemente possível e até às 12 semanas de gravidez (1ºT de gravidez);
Realizar as consultas de vigilância pré-natal, após a 1ª consulta:
cada 4-6 semanas até às 30 semanas;
cada 2-3 semanas entre as 30 e as 36 semanas;
cada 1-2 semanas após as 36 semanas até ao parto.
Todas as grávidas, entre as 36 e as 40 semanas, devem ter acesso a uma consulta no hospital onde se
prevê que venha a ocorrer o parto, programada de acordo com as especificidades estabelecidas em cada
Unidade Coordenadora Funcional (UCF).
PARA RECORDAR
Consulta no âmbito do Programa Nacional para a Vigilância da Gravidez de Baixo Risco (DGS, 2015)
PARA RECORDAR
Consulta no âmbito do Programa Nacional para a Vigilância da Gravidez de Baixo Risco (DGS, 2015)
PARA RECORDAR
PARA RECORDAR
PARA RECORDAR
PARA RECORDAR
PARA RECORDAR
PARA RECORDAR
3. CONSULTA DO PUERPÉRIO
Puerpério é o período que se prolonga por 6 semanas pós-parto (42 dias)
PARA RECORDAR
OBJETIVOS
Avaliar o bem-estar físico, emocional e social da mulher/criança/família;
Corrigir/tratar situações de dificuldade ou desvio da normalidade durante o puerpério;
Identificar situações de luto perinatal (morte da criança ou pessoa significativa para a puérpera) ou de
internamento do recém-nascido para que recebam intervenção específica.
A) ENTREVISTA/CONSULTA
Realizada em articulação e complementaridade com as consultas de Saúde Infantil.
Recomenda-se a visita domiciliária durante o período do puerpério (até ao 42º dia) - importante nas famílias
ou situações identificadas como de risco.
Após o acolhimento recomenda-se recolher informação
NOTA: Na consulta ou na visita domiciliária identificar riscos, fatores protetores e sinais de maus tratos,
nomeadamente ligados ao recém-nascido e à fratria (Utilizar documento “Maus tratos em crianças e jovens –
Guia prático de abordagem, diagnóstico e intervenção”).
“Falou dos seus sentimentos com o pai do bebé?” “Já discutiu esse assunto com o pai do bebé? O que é que ele sente sobre isto?”
“Pode falar-me mais sobre os seus sentimentos?” “O que é que o seu companheiro pensa que poderá ser feito para melhorar o
bem-estar do bebé?”
PARA RECORDAR
Consulta no âmbito do Programa Nacional para a Vigilância da Gravidez de Baixo Risco (DGS, 2015)
D) INTERVENÇÕES
De acordo com os dados da história clínica, as necessidades da puérpera/ família,
e os protocolos de cada UCF.
D) INTERVENÇÕES
PARA RECORDAR
PARA RECORDAR
ESQUEMA E PERIODICIDADE
DA CONSULTA DO PUERPÉRIO
1. Avaliar o crescimento e desenvolvimento e registar os dados obtidos, nos suportes próprios (Sclínico,
Boletim de Saúde Infantil e Juvenil ou/eBoletim);
2. Estimular a opção, sempre que possível, por comportamentos promotores de saúde, entre os quais os
relacionados com:
Nutrição, adequada às diferentes idades e às necessidades individuais, promovendo comportamentos
alimentares equilibrados;
A prática regular de exercício físico;
brincar, e outras atividades de lazer em espaços livres e ambientes despoluídos; a gestão do stress;
Prevenção de consumos nocivos;
Adoção de medidas de segurança, reduzindo o risco de acidentes.
4. Detetar precocemente e encaminhar situações que possam comprometer a vida ou afetar a qualidade de
vida da criança e do adolescente, tais como: malformações congénitas (doença luxante da anca, cardiopatias
congénitas, testículo(s) não descido(s)), perturbações da visão, audição e linguagem, perturbações do
desenvolvimento estaturo-ponderal e psicomotor, problemas dentários, alterações neurológicas, alterações do
comportamento e do foro emocional e relacional.
5. Prevenir, identificar e saber como abordar as doenças comuns nas várias idades, nomeadamente reforçando
o papel dos pais e outros cuidadores, alertando para os sinais e sintomas que justificam o recurso aos diversos
serviços de saúde.
6. Sinalizar e proporcionar apoio continuado às crianças com doença crónica/deficiência e às suas famílias, bem
como promover a eficaz articulação com os vários intervenientes na prestação de cuidados a estas crianças.
7. Assegurar a realização do aconselhamento genético, sempre que tal esteja indicado, quer para os
progenitores, quer para os adolescentes, se necessário, através da referenciação para serviços especializados.
8. Identificar, apoiar e orientar as crianças e famílias vítimas de maus tratos e de violência, tais como:
negligência, maus tratos físicos, psicológicos, abuso sexual, bullying, práticas tradicionais lesivas, nomeadamente
a mutilação genital feminina.
9. Promover o desenvolvimento pessoal e social e a autodeterminação das crianças e dos jovens, com
progressiva responsabilização pelas escolhas relativas à saúde, prevenindo situações disruptivas ou de risco
acrescido e promovendo a equidade de género.
10. Apoiar e estimular o exercício adequado das responsabilidades parentais e promover o bem-estar familiar e
em outros ambientes específicos.
(DGS, 2013)
Direção Geral da Saúde (2008). Saúde Reprodutiva/ Planeamento Familiar. Orientações Técnicas. Edição
Revista e atualizada. Lisboa, DGS. Disponível em https://www.spdc.pt/files/publicacoes/11230_2.pdf
Direção Geral da Saúde (2015). Programa Nacional para a Vigilância da Gravidez de Baixo Risco. Lisboa,
DGS. Disponível em https://www.dgs.pt/em-destaque/programa-nacional-para-a-vigilancia-da-gravidez-
de-baixo-risco-pdf11.aspx
Direção Geral da Saúde (2013). Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil. Lisboa, DGS. Disponível em:
https://www.dgs.pt/pns-e-programas/programas-de-saude/saude-infantil-e-juvenil.aspx
Direção Geral da Saúde (2005). Promoção da Saúde Mental na Gravidez e Primeira Infância. Manual de
orientação para profissionais de saúde. Lisboa, DGS. Disponível em https://www.dgs.pt/documentos-e-
publicacoes/promocao-da-saude-mental-na-gravidez-e-primeira-infancia-manual-de-orientacao-para-
profissionais-de-saude-pdf.aspx