Você está na página 1de 2

COELHO, Cláudio Novaes Pinto. CASTRO, Valdir José de.

Comunicação e sociedade do
espetáculo. São Paulo: Paulus, 2006.

MARQUES, Fábio Cardoso. Uma reflexão sobre a espetacularização da imprensa. In.: COELHO,
Cláudio. CASTRO, Valdir. Comunicação e sociedade do espetáculo. São Paulo: Paulus, 2006.

JORNALISMO PARA O SUCESSO DO MERCADO

Os jornais diários e as revistas semanais fazem um jornalismo cada vez mais preocupado com o
sucesso do mercado, regulados por parâmetros e metas mercadológicas. P. 35

SEGUIMENTAÇÃO DA PRODUÇÃO

Outro aspecto que define os grandes jornais e revistas como produtos da indústria cultural é a
estratégia de segmentação dessa produção. Assim como temos diversos tipos de público
consumidor de produtos culturais em outras áreas de produção, também no universo dos
leitores de jornais e revistas comprovamos esse aspecto de fragmentação do público leitor.
Essas publicações são produzidas segundo orientações mercadológicas, baseadas em
pesquisas, para atender esses diferentes públicos. P. 35

Grandes jornais e revistas concorre em dois mercados diferentes: o dos leitores e o dos
anunciantes

Portanto, eles apresentam um duplo caráter de mercadora. Os jornais são valorizados no


mercado dos anunciantes à medida que têm um grande público-leitor, que deve ser cativado e
atraído para se manter fiel a esse produto. Esse leitor, então, também se torna uma
“mercadoria” a ser vendida no mercado dos anunciantes, de onde vem a maior parte dos
recursos que sustentam essa imprensa. P. 37

ESTRATÉGIAS COMERCIAIS QUE AS EMPRESAS ADOTAM

Outra consequência dessa mudança no padrão da imprensa é o surgimento do jornalismo de


prestação de serviço, com o qual o jornal busca criar ou atender interesses ou necessidades de
consumo no público-leitor. P. 37

DISCURSO QUE DESVALORIZA O PENSAMENTO CRÍTICO

Os grandes veículos de comunicação preferem, na maioria das vezes, utilizar um jargão


jornalístico formado por uma conceituação funcional ou operacional, desvalorizando o
pensamento conceitual não funcional ou crítico, isto é, aquele que consegue perceber os
elementos que compõem um objeto ou um fato e suas contradições, que são comuns nas
sociedades capitalistas. P. 44

JORNALISMO COMO REPRODUTOR DA SOCIEDADE ESPETACULARIZADA


A imprensa acaba se constituindo num significado meio de reprodução de discursos
ideológicos, que tentam explicar o que não pode mais ser visualizado e vivido como
experiência direta por grande parte dos cidadãos, principalmente pelos trabalhadores. P. 53

A imprensa, que segundo Debord é uma forma particular de produção do espetáculo, colabora
muito para o triunfo dessa forma de sociedade quando, ao reproduzir os aspectos aparentes
da sua dinâmica e do seu funcionamento, deixa de aprofundar os assuntos estratégicos que
podem demonstrar as contradições essenciais entre as forças fundamentais que compõem as
sociedades capitalistas, ou seja, o capital e o trabalho. P. 54

Os grandes veículos de comunicação normalmente funcionam como um agente ideológico de


afirmação e justificação dos fatores estruturais e do funcionamento da sociedade capitalista. P.
56

Você também pode gostar