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Kabbalah: Sefer Yetzirah - classe 12

Hoje é 7 de maio de 2017.


Continuamos com o curso de Cabala sobre o Sefer Yetzirá, na Fundação Yehieh Fundación.

Vemos que o Sefer Yetzirah e o Zohah possuem nuances complementares ou diferentes


na trama, não contraditória, mas na mesma direção, mas com outros tipos de detalhes.
Bem antes de começar a aula eu deixo vocês fazerem perguntas enquanto os outros
chegam.

Pergunta:
[Aluno]
Na última aula disseste que estamos tratando de uma mediação à D’us, mas em Shemot
está escrito que não se consegue ver Deus e continua vivendo.

Resposta:
[Mestre Gozlan]
Exatamente. É uma alegoria muito, muito interessante… ou seja é praticamente, no sentido
da lógica, alguém teria que dizer, preciso morrer para ver Deus, porque se diz: Não se pode
ver Deus e continuar vivendo, seria preciso estar morto. Então como posso estar vivo e ao
mesmo tempo morto para ver a D’us e continuar vivo, seria possível estar vivo e morto ao
mesmo tempo?! Porque quero vê-Lo enquanto estiver vivo, não quando estiver morto.
Então vamos resolver essa contradição. Está escrito que ao pobre chamam-lhe morto,
porque ninguém o considera, como se não existisse. Então vamos experimentar ser pobres
para equivaler a um morto e ver a D’us. Mas de que pobreza estamos falando?! A pobreza
de dinheiro?! Não. O rico é orgulhoso, o pobre é humilde; então seremos pobres de orgulho;
então o pobre [de orgulho] é considerado morto; o morto [pobre de orgulho] pode ver D’us.
Se nós matamos nosso orgulho, porque somos como um pobre, mas continuamos
respirando e então podemos senti-Lo. Quem é que mais se aproximou de HaKadosh
Baruchu?! Moshe Rabeinu. Conforme foi revelado e diz que ele era o homem mais humilde
de todos os homens. Quer dizer que era pobre de orgulho, respondi?!

[Aluno]
Muito bem, obrigado.

[Mestre Gozlan]
Mais perguntas?! Diga-me.
[Aluna]
Estamos errados sobre ao trançar um Nome, por exemplo: HE VAV HE YUD com ADONAI
numa Brachah, e erramos uma letra visualizando, eles não agem [perdem efeito] ou podem
ser pegos [capturados] por energias ruins e mal interpretado… [mestre Gozlan interrompe]
Não funciona. e se diz: Baruch Shem Kevod Malchut, e começa novamente.
Mais perguntas.

[Aluna]
Quando alguém tem um sonho ou uma visão, como saber que é bom um sonho bom?

[Mestre Gozlan]
Bem, temos um exemplo na Torá, na bíblia, Jacob Avino. Jacob Avino antes de derrotar o
anjo no sonho, a torá diz que [as mensagens] lhe viam sonhos, mas depois que ele se casou
e que seu vaso estava completo, diz-se que ele já viam [as mensagens] em visão. A visão é
um estado de consciência superior ao sono. Então, [n]o estado de casal, uma vez concluído,
via visões, sendo [estados] consciente, mas antes de ser completada [a união], podemos ter
sonhos. Agora, pois, saberemos se o sonho é uma mensagem verdadeira ou não:
Dependendo do nível de elevação espiritual a mensagem chega mais ou menos codificada,
então aquele que tem um nível profético, mesmo que não esteja em [estado de] visão, mas
esteja em [estado de] sonho profético, sua mensagem será [virá] praticamente sem alegorias
e sem códigos, virá muito, muito claramente. A pessoa que tem sonhos muito, muito
codificados, quer dizer que seu nível espiritual é muito baixo e então ela não está conectada
onde tem que se conectar; Então, de acordo com o nível de codificação que o sonho tem:
pouco codificado é muita elevação e muito, muito codificado é [de] baixa elevação. Então os
sonhos muito complicados e muito simbólicos já não podem ser considerados uma boa
conexão. [Aluna continua dentro da pergunta inicial] Porém como você reconhece que é
uma visão desde um sonho? Quero dizer, você está acordado [dentro do sonho como um
sonho lúcido], então despertas [fica lúcido] numa visão, então o vês assim desperto…?!
[Mestre Gozlan interrompe] [N]uma visão podes estar com os olhos fechados, mas
acordado e consciente, [Aluna seguindo o raciocínio] e um sonho é quando estais
inconsciente, no sonho, dormindo. Uma visão… [Mestre Gozlan] Não! Numa visão você
tem que estar acordado [lúcido]. O que fazemos quando visualizamos em meditações são
visões
não sonhos, e além do mais, visões dirigidas. Mais pergunta… [Mestre Gozlan] Não. Sem
mais perguntas [sobre esse assunto]. Mais perguntas [abre-se oportunidade à outros]

[Assistência]
Uma pergunta de um internauta sobre como usar os 72 nomes de Deus. Como você disse
nas aulas sobre os Segredos dos 72 Nomes de Deus, [que] cada pessoa nasceu em um
determinado dia e existem graus [específicos desses dias] como [a cada] cinco graus, dentro
dos 365 graus possíveis, que correspondem ao Nome do D’us do [grau] seu nascimento, mas
como é calculado? Com o calendário gregoriano ou com um calendário judaico, Quero dizer,
é por 1º de Nissan que se começa…?! [Mestre Gozlan interrompe] Não. , vai de acordo as
estrelas, quero dizer, a Lua de Áries [exemplo], em que dia da lua de Áries você nasceu ou
em que dia da lua de Touro ou em que dia da lua de Gêmeos…?! E assim sucessivamente,
cada [grupo] de dias lunares são 29 ou 30 dias [um mês], divididos em grupos de 5, porque
existe um Nome de D’us a cada grupo de cinco dias. Então, quem tenha nascido, por
exemplo, entre o dia 1 e o dia 5 de Gêmeos, pode ver qual o nome de Deus corresponde a
esses 5 dias. Isso já foi dado… [Assistência] sim… mas a pergunta é: são os dias de Gêmeos,
por exemplo, que agora estamos… [assistência e mestre Gozlan]... não, não, é Touro… se
considera segundo o ‘21 do mês’ [em curso] ou se considerado de acordo com a lua do
calendário Judaico, porque começa em Rosh Chodesh a partir desse mês ou é usado a partir
do dia 21? Por exemplo: De 22 de março a 21 de abril? [Mestre Gozlan] Não. São usadas as
luas hebraicas, de 1 a 30 e nissan, de 1 a 30 de taurus… e assim por diante. [Assistência]
então o primeiro nome VAV HE VAV começaria entre 1 e 5 de Nissan [a assistência e mestre
Gozlan, epifania!!!] Entre 1 e 5 dias iniciais, qualquer um desses cinco dias, e aí você calcula
e assim os 72 Nomes de cinco em cinco dias.

[Mestre Gozlan]
Muito bem, vamos começar a aula! [ aos 9m e 18s da aula]

Vimos que essas classes são muito, muito profundas e muito detalhadas. Hoje vou revelar
um segredo tremendo… tremendo, tremendo… que descobri no Sefer Yetzirah, vamos
entrar no assunto e então lhes digo qual é esse segredo.
Vimos que, no final da última aula, que Abraham: olhou, viu, entendeu, investigou,
registrou e esculpiu. Este é TODO o processo meditativo. Passamos à segunda fase em que
as letras hebraicas devem ser carregadas de poder espiritual. Portanto, uma das técnicas
que nos dá o Sefer Yetizirah é que, uma vez que as tenhamos visto [as letras], visualizamos
que as submergimos na água, ou seja, as vemos como se estivessem debaixo d'água, com
uma camada de água acima, e vemos como se estivéssemos olhando através de um vidro. E
essa é a primeira fase [da 2a fase?!]A segunda fase é a que acendermos as letras com fogo.
Como temos vimos a sephirah HOCHMAH que é a meditação dentro de ATZILUT [1o mundo,
Mundo das Emanações] é a água e a sephirah BINAH, que é o intelecto, é o fogo. Então
todas as letras vamos impregnar de HOCHMAH e BINAH, ou seja, de água e de fogo, mas é
uma visão. É uma visão… primeiro nós as vemos como se estivessem sob uma camada de
água e depois as iluminamos, como entendemos isso?! Como se fossem uma vela acesa.
Uma vez que tenhamos feito este trabalho… [o mestre interrompe essa explicação e pula
para outra técnica] Outra técnica de visualização é [consiste em] que vemos que as letras
ficarem borradas, transformarem-se em energia e desaparecerem, o que ‘temos’ [desse
processo] é uma energia que já está impregnada de água e fogo e essa energia nos envolve.
Temos visto [nas práticas] que ela envolve nosso cérebro, nosso coração, nosso fígado.
Porém, ele diz [Avraham no Sefer] que depois de passar pelo cérebro, coração e fígado e
sair pelo crânio, nos envolve como a água do líquido amniótico envolve um feto dentro do
útero da mãe. Assim, HOCHMAH é uma sensação úmida e BINAH é uma sensação morna, e
ele [Avraham] diz que essa luz com que acendemos as letras – tudo isso é uma visão, claro–
esta é uma luz ofuscante, é muito poderosa, uma luz branca muito poderosa. Então, o que
significa uma luz ofuscante, essa luz que nos envolve? Ele está falando de algo chamado:
musaf. Aí vem o segredo… Musaf significa adicionado [agregado, acrescentado], ou seja,
temos uma consciência e vemos [usamos essa consciência de uma determinada maneira] de
certa forma. Graças à meditação com as letras essa consciência [que possuímos] se soma à
uma consciência adicionada – musaf– que não é deste mundo, é musaf, é um acréscimo, é
algo mais que entra na nossa consciência, ou seja, temos nossa consciência básica mais uma
consciência adicional que nos é dada através meditação com letras. Essa consciência
adicional vem até nós daí!!! [de musaf] de onde dissemos, no Zohar HaKadosh, aqui eu,
agora, incluo o Sefer Yetzirah ao Zohar HaKadosh, que Deus nos dava a argila [musaf] e
nós dávamos a forma [ou a fôrma].Quem criou a argila [a Consciência adicional –Musaf]?!
D’us… !!! D’us criou as letras hebraicas que são vasos da Consciência Divina [Musaf]. Agora
o que fazemos com essa argila, quero dizer, com essa luz das letras? Vamos colocá-las num
molde: em molde de dinheiro, em molde do amor, num molde… molde de ter filhos
saudáveis, ​o molde de ter reconhecimento, autoestima, o molde de ter bons
pensamentos… Os 72 moldes que vimos.

Uma vez que temos essa direção, porque combinamos as letras com os Nomes de D’us, são
letras que vão de três em três e que se combinam [ainda] com HE VAV HE YUD, com o
TETRAGRAMA, é nesse momento vamos fazer com que essa energia que tem essa molde
[qualquer dos 72 Nomes] desça à terra. Para descer à terra ele tem que passar pelos sete
planetas: Saturno; Júpiter; Marte; Sol; Vênus; Mercúrio e Lua, até chegar à Terra, ou seja,
tem que estar impregnada com a energia desses sete planetas, que lhe dão corpo, porque
no momento é energia, mas vão pondo-se camadas de materialidade à medida que desce de
BINAH à MALCHUT; Quero dizer: de Saturno até a Terra. Cada planeta tem uma alma e essa
alma lhe dá uma camada, assim como no corpo humano que temos camadas, temos a
medula, temos os ossos, temos os tendões, vai de camada em camadas; Temos os nervos e
depois eles vêm os órgãos, depois vêm os músculos, depois a pele e os cabelos… em
camadas… Bem, é dessa qualquer maneira… é igual, essa energia vamos vestindo [o que
queremos] colocamos no molde, à medida que ela vai descendo, por Zaur Anpin [o Rosto
Menor, ou Microprosopos] , ou seja, pelas sephiroth que vão de BINAH à YESOD; E uma vez
que chega à YESOD vamos dar-lhe uma forma física. Ou seja, esta energia deve ser
impregnada em seis direções, [que são] as seis sephiroth, que vão desde de BINAH até
YESOD [recapitulando] como dissemos, que são os quatro pontos cardeais, mais acima e
abaixo. Ao final, nós, com a força da nossa meditação e sobretudo – tendo o cuidado de
hospedá-la no fígado– que é o que lhe dá peso: vamos dar-lhe uma circunstância física; ou
seja [outra recapitulação], aquela energia que criamos com as letras, no início, ao passá-las
pela água e pelo fogo, nós, também, às passamos pelas seis sephirot, e no final vamos
passá-las pelo nosso corpo, que é a máquina de transformar energia em matéria, e vamos
produzir o milagre. Porém para nós [para que TODOS tenham] poder fazer isso, é necessário
ter uma consciência adicional – Musaf – E onde conseguir uma consciência adicional?!
HOCHMAH & BINAH! No Mundo de ATZILUT. Porém, o [existe um] problema é que
HaKadosh Baruch nos envia esse material para criar circunstâncias milagrosas em nossas
vidas… Por onde Ele nos envia?! Envia à HOCHMAH, o cérebro direito. Mas, logo temos que
passar [transferir] à BINAH, o cérebro esquerdo. A maioria das pessoas – 99 99 9% – não
sabe interpretar o que recebeu cosmicamente de D’us, do mundo acima as mensagens
chegam até nós para nos fazer felizes neste mundo, mas a parte racional não sabe
interpretá-las. Ele nem sabe traduzir, precisamos de um tradutor. O exercício de meditar nas
letras é o que vai gerar a oscilação entre o cérebro direito e o cérebro esquerdo; as letras
meditadas, quero dizer: passadas por água e passadas por fogo, permite que essa conexão
seja gerada entre o cérebro direito e o cérebro esquerdo, isto é, entre o mundo espiritual e o
mundo físico. Se esse conector não estiver treinado, não poderemos passá-lo pelas seis
sephirot de Zair Anpin [o Rosto Menor, ou Microprosopos] para que chegue à matéria e não
podemos fazer o milagre. Então sem a ajuda das letras hebraicas é, praticamente, impossível
gerar um milagre porque as letras hebraicas são – responsáveis – que geram a oscilação
entre o cérebro direito e o esquerdo. Agora, não precisamos apenas dessa oscilação,
precisamos, também, de uma consciência adicional. O fato de ligar as letras e passá-las pelo
cérebro, coração e fígado nos dá a consciência acrescida, ou seja, nos gera uma elevação que
nos dá a capacidade de gerar este molde no mundo físico, estou explicando como fazer
milagres… sim… [aos 18m e 13s de um aula de 1h 7m e 37s, ele ensinou a fazer milagres,
ahahhahahah]

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