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INSTITUTO BRASILEIRO PRÓ-EDUCAÇÃO, TRABALHO E DESENVOLVIMENTO

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Todos os direitos reservados ao ISBET— Instituto Brasileiro pró Educação, Trabalho e De-
senvolvimento. Nenhuma parte desta edição pode ser utilizada ou reproduzida em qual-
quer meio ou forma, seja ela mecânica ou eletrônica, fotocópia, gravação, etc., nem apro-
priada e estocada em sistema de banco de dados, sem a expressa autorização do ISBET.

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COMPOSIÇÃO DO CONSELHO 2011 – 2014

CONSELHO DELIBERATIVO ISBET 2011

PRESIDENTE: ROOSEVELT MISSIAS DE QUEIROZ

1º VICE-PRESIDENTE: JOÃO ADAYL LEGENDRE

2º VICE-PRESIDENTE: MAXIMINO BASSO

TESOUREIRO: JOSÉ ZUMBINI JUNIOR

SECRETÁRIA: SILVIA SAYURI YOSHIDA

CONSELHO FISCAL

PRESIDENTE: JULIO CESAR DOS REIS

TITULARES: LUIS FERNANDO RAMOS

SUPLENTE: WARNY MOREIRA SANTANA

Superintendente Executivo: Luiz Guimarães Mesquita

Gerente Nacional de Aprendizagem: Elisabeth Karinya Pelay Mesquita


Autores: Cristina Johnson e Vanessa Matos
Colaboração: Colaboradores presentes no 3º Encontro Nacional de Aprendizagem (08 à 10
de agosto de 2012).
Grafia atualizada segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa 1990
que entrou em vigor no Brasil em 2009, e a 5º edição do VOLP (Vocabulário Ortográfico da
Língua Portuguesa), da Academia Brasileira de Letras.

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Agradecimentos

A Elisabeth Pelay, por sua ousadia, sugerindo o audacioso projeto Jovem Aprendiz
ISBET e, depois, principalmente, por sua determinação ao insistir em uma ideia de suces-
so, superando o primeiro momento de descrédito.

Ao Ivan Roberto (in memorian) que com denodo e coragem batalhou pela implanta-
ção do Programa Jovem Aprendiz em todas as unidades do ISBET.
Nosso primeiro Gerente Nacional de Aprendizagem deixou sua marca e a ele rendemos
nossas póstumas homenagens ☼ 14/11/1977 † 19/01/2013.

"O fio não foi cortado" já dizia Santo Agostinho quando se expressou sobre morte. Nós que te ad-
miramos e por ti fomos admirados... tudo continuará no mesmo...tua presença continuará entre
nós...não podemos ver-te, mas sentiremos a tua presença e seu estado de espírito forte entre
nós.”

À memória do
Prof. Dorival Ignácio de Medeiros

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Apresentação do programa Jovem Aprendiz

É difícil para o jovem encontrar oportunidades no mercado profissional, pois, além


de serem ainda estudantes sem formação profissional, são também ainda inexperientes.

Nesse contexto o Isbet atua visando à colocação desses jovens no mercado de traba-
lho, por meio de Estágios e desenvolvendo Programas de Políticas Públicas, como o Progra-
ma do Governo Federal Jovem Aprendiz.

Este Programa Jovem Aprendiz visa desenvolver uma “formação técnicoprofissional


qualificada e efetividade social”. Através do curso, o aprendiz desenvolve habilidades que
possibilitarão a ele exercer plenamente a ocupação escolhida.

Esta apostila faz parte do programa inicial de formação e tem por objetivo contribuir
para agregar valores morais, éticos, profissionais e sociais aos jovens para que eles possam
ingressar no mercado de trabalho de forma esclarecida e efetiva, tornando-se cidadãos
conscientes de seus direitos e deveres cívicos, como parte da força de trabalho produtiva.

Acreditamos que estamos dando nossa parcela de contribuição para a formação de


potenciais cidadãos e melhores profissionais ao abordar temas como Noções de Ética, Mer-
cado de Trabalho, Postura no Ambiente Profissional.

O Isbet espera estar contribuindo com sua parcela para a construção de um Brasil
melhor, ao integrar o elenco de Entidades Sem Fins Lucrativos que atuam no Programa Jo-
vem Aprendiz.

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SUMÁRIO

1 DIREITOS HUMANOS 7

2 EDUCAÇÃO AMBIENTAL 41

3 INFORMÁTICA 67

4 LÍNGUA PORTUGUESA 97

5 MATEMÁTICA 121

6 MUNDO DO TRABALHO 137

7 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 180

8 CIDADANIA 227

9 O PROFISSIONAL DE HOJE 267

10 PLANEJAMENTO PESSOAL 300

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DISCIPLINA 4 - DIREITOS HUMANOS
HISTÓRIA DOS DIREITOS HUMANOS

O final da década de 1940 foi marcado por um sinal de alerta para a humanidade.
Reunida em Paris, a Organização das Nações Unidas (ONU), por meio de Assembleia
Geral, lançou, em dezembro de 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
O documento é formado por 30 artigos e surgiu no rastro da Segunda Guerra Mundial.
Apontou os principais direitos e deveres que todas as pessoas do planeta deveriam lan-
çar mão. Passadas mais de seis décadas da proclamação da declaração, o balanço ain-
da está longe do ideal. Os anos, sustentam dirigentes da ONU, ativistas e políticos,
ainda não foram suficientes para transformar o mundo.
O documento surgiu como um código moral, porque não teve um caráter imposi-
tivo. Traçou as linhas gerais de direitos civis, econômicos, sociais e culturais. Tais co-
locações são consideradas atuais, mesmo que estejam longe de serem colocadas em
prática por todas as nações do mundo. Mas se tornou a base de grande parte do direito
internacional. Na avaliação de especialistas e ativistas da área, a principal barreira pa-
ra a implementação da declaração é a impunidade. A falta de punições rígidas e de
uma fiscalização sobre os direitos humanos facilita a violação dos preceitos da decla-
ração.
Cenas de conflitos armados, governos autoritários, trabalho escravo, tortura, dis-
criminação, fome e pobreza, tão comuns em 1948, ainda pautam o cotidiano das pes-
soas. "'Não passa um dia sem que ocorra uma violação no Brasil e no mundo", reco-
nhece o ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos. "Mas
isso não significa que não tivemos avanços significativos". A alternativa para o futuro,
dizem especialistas, é aliar direitos humanos e educação.
A defesa da declaração pela ONU enfrentou resistências e só começou a ter con-
tornos mais claros a partir de meados da década de 1960. Nesta época surgiram os pri-
meiros pactos em favor dos direitos humanos. As medidas eram adotadas, geralmente,
de forma isolada. A maior parte das nações tratavam e cercavam os direitos civis e po-
líticos. Os países sentaram para discutir a declaração dos direitos humanos. Os soviéti-
cos defenderam a inclusão dos direitos civis e sociais na declaração, enquanto as ou-
tras nações que participaram das discussões, especialmente os Estados Unidos, ti-
nham resistências. Tal inclusão teria como resultado um documento legal para os ci-
dadãos cobrarem os direitos sociais, que exigem contrapartidas e investimentos do
Estado, como saneamento e urbanização.

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Em meio à falta de interesse e mobilização dos governantes, a declaração ganhou novo
fôlego com a Conferência Mundial de Direitos Humanos de Viena, em 1993. Os países co-
meçaram a se reunir em blocos regionais e discutir medidas em proteção, promoção e im-
plementação dos direitos humanos. O Brasil seguiu a onda. A técnica em Planejamento e
Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Nair Bicalho, vice coordena-
dora do Comitê Nacional de Educação e Direitos Humanos, afirma que a conferência foi um
marco. "O mundo passou por uma transformação. Os direitos humanos começaram a ser de-
fendidos. Os países se juntaram regionalmente e começaram a discutir maneiras de cumprir
a declaração", diz.
No Brasil o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criou a Secretaria de Direitos
Humanos ligada ao Ministério da Justiça. Sem estrutura e com orçamento contingenciado, a
secretaria foi responsável pelas primeiras políticas. Em 1996, surge o Programa Nacional de
Direitos Humanos (PNDH). Com mais de 500 metas, o documento era voltado para os di-
reitos civis e políticos. O Brasil escolheu como linhas de atuação a administração da Justiça,
defesa de crianças e adolescentes, educação, proteção de minorias e deficientes, seguindo os
principais instrumentos da ONU (criança e adolescente, mulheres, tortura, racismo e defici-
ência).
A chegada do sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto, disse Nair,
representou o aprofundamento das políticas. Deu status de ministério para a secretaria. O
País começou a discutir políticas de enfrentamento à violação dos direitos e reformulou o
Programa Nacional de Direitos Humanos. Criou ainda o Plano Nacional de Educação e Di-
reitos Humanos. Para este ano, o governo deve lançar uma nova versão do PNDH. Serão
sete metas que tentam definir o direcionamento do país para aliar os direitos humanos com
o desenvolvimento, especialmente voltado para questões ambientais. A ideia é ampliar as
unidades do governo em defesa dos direitos nos estados. Serão núcleos que terão como ob-
jetivo identificar as situações de violação e promover medidas a favor do respeito aos direi-
tos.

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Apesar de os especialistas destacarem o empenho dos governos em tratar os direitos
humanos em uma legislação, as radiografias mostram que o Brasil ainda precisa apresentar
melhores números. A violência urbana é o maior problema de violação. Segundo o relatório
da ONU, o País possui uma das maiores taxas de homicídio no mundo (aproximadamente
48 mil por ano). Dados de 2006 apontam que a taxa de homicídios é cerca de duas vezes
superior à média mundial, com 25 homicídios para cada 100 mil habitantes. A média mun-
dial é de 8,8 mortos por 100 mil habitantes, não incluindo mortes relacionadas às guerras, e
portanto, o Brasil está bem bastante distante do mundo ideal.

FONTE: http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=1222:reportagens-materias&Itemid=39

Atividades
A partir do seu entendimento sobre Direitos Humanos, relacione 10 ações (que
podem ou não existir na realidade) que teriam o intuito de preservar a dignida-
de das pessoas.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS – ONU

A Organização das Nações Unidas, também conhecida pela sigla ONU, é


uma organização internacional formada por países que se reuniram voluntaria-
mente para trabalhar pela paz e o desenvolvimento mundial.
Quando a ONU foi fundada, em 24 de outubro de 1945, ficou definido, na
Carta da ONU que para seu melhor funcionamento seus membros, vindos de
todos os cantos do planeta se comunicariam em seis idiomas oficiais: inglês,
francês, espanhol, árabe, chinês e russo.
O orçamento regular da ONU para o biênio 2010/11 é de 5.156 bilhões de
dólares e é financiado por todos os Estados-Membros da Organização – depen-
dendo da riqueza e do desenvolvimento de cada país.

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De acordo com a Carta, a ONU, para que pudesse atender seus múltiplos mandatos,
teria seis órgãos principais, a Assembleia Geral, o Conselho de Segurança, o Conselho Eco-
nômico e Social, o Conselho de Tutela, a Corte Internacional de Justiça e o Secretariado.
A Assembleia Geral: é o principal órgão deliberativo da ONU. É lá que todos os Esta-
dos-Membros da Organização (193 países) se reúnem para discutir os assuntos que afetam a
vida de todos os habitantes do planeta. Na Assembleia Geral, todos os países têm direito a
um voto, ou seja, existe total igualdade entre todos seus membros.
Assuntos em pauta: paz e segurança, aprovação de novos membros, questões de orça-
mento, desarmamento, cooperação internacional em todas as áreas, direitos humanos, etc.
As resoluções – votadas e aprovadas – da Assembleia Geral funcionam como recomen-
dações e não são obrigatórias.
O Conselho de Segurança: é o órgão da ONU responsável pela paz e segurança inter-
nacionais. Ele é formado por 15 membros: cinco permanentes, que possuem o direito a veto
– Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, França e China – e dez
membros não-permanentes, eleitos pela Assembleia Geral por dois
anos.
Este é o único órgão da ONU que tem poder decisório, is- to é,
todos os membros das Nações Unidas devem aceitar e cumprir as
decisões do Conselho.
Suas principais funções e atribuições são:
Manter a paz e a segurança internacional;
Determinar a criação, continuação e encerramento das Missões de Paz, de acordo com
os Capítulos VI, VII e VIII da Carta;
 Investigar toda situação que possa vir a se transformar em um conflito internacional;
 Recomendar métodos de diálogo entre os países;
 Elaborar planos de regulamentação de armamentos;
 Determinar se existe uma ameaça para o paz;
 Solicitar aos países que apliquem sanções econômicas e outras medidas para impedir
ou deter alguma agressão;
 Recomendar o ingresso de novos membros na ONU;
 Recomendar para a Assembleia Geral a eleição de um novo Secretário-Geral.

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O Conselho Econômico e Social: é o órgão coordenador do trabalho econômico e soci-
al da ONU, das Agências Especializadas e das demais instituições integrantes do Sistema
das Nações Unidas. O Conselho formula recomendações e inicia atividades relacionadas
com o desenvolvimento, comércio internacional, industrialização, recursos naturais, direitos
humanos, condição da mulher, população, ciência e tecnologia, prevenção do crime, bem-
estar social e muitas outras questões econômicas e sociais.
O Conselho de Tutela: a supervisão da administração dos territórios sob regime de tu-
tela internacional. As principais metas desse regime de tutela consistiam em promover o
progresso dos habitantes dos territórios e desenvolver condições para a progressiva indepen-
dência e estabelecimento de um governo próprio.
Os objetivos do Conselho de Tutela foram tão amplamente atingidos que os territórios
inicialmente sob esse regime – em sua maioria países da África – alcançaram, ao longo dos
últimos anos, sua independência. Tanto assim que em 19 de novembro de 1994, o Conselho
de Tutela suspendeu suas atividades, após quase meio século de luta em favor da autodeter-
minação dos povos. A decisão foi tomada após o encerramento do acordo de tutela sobre o
território de Palau, no Pacífico. Palau, último território do mundo que ainda era tutelado pe-
la ONU, tornou-se então um Estado soberano, membro das Nações Unidas.
A Corte Internacional de Justiça: com sede em Haia (Holanda), é o principal órgão ju-
diciário das Nações Unidas. Todos os países que fazem parte do Estatuto da Corte – que é
parte da Carta das Nações Unidas – podem recorrer a ela. Somente países, nunca indiví-
duos, podem pedir pareceres à Corte Internacional de Justiça.
Além disso, a Assembleia Geral e o Conselho de Segurança podem solicitar à Corte
pareceres sobre quaisquer questões jurídicas, assim como os outros órgãos das Nações Uni-
das.
O Secretariado: presta serviço a outros órgãos das Nações Unidas e administra os pro-
gramas e políticas que elaboram. Seu chefe é o Secretário-Geral, que é nomeado pela As-
sembleia Geral, seguindo recomendação do Conselho de Segurança. Cerca de 16 mil pesso-
as trabalham para o Secretariado nos mais diversos lugares do mundo.
Entre suas principais funções, destacam-se:

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 Administrar as forças de paz;
 Analisar problemas econômicos e sociais;
 Preparar relatórios sobre meio ambiente ou direitos humanos;
 Sensibilizar a opinião pública internacional sobre o trabalho da ONU;
 Organizar conferências internacionais;
 Traduzir todos os documentos oficiais da ONU nas seis línguas oficiais da Organiza-
ção.
FONTE: http://www.onu.org.br/conheca-a-onu/como-funciona/

Atividade
A partir do texto estudado, discuta em grupo e responda: “Qual o propósito da
ONU”?

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os


membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o funda-
mento da liberdade, da justiça e da paz no mundo; considerando que o desprezo
e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos bárbaros que ultraja-
ram a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que os ho-
mens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a sal-
vo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do ho-
mem comum; Considerando essencial que os direitos humanos sejam protegi-
dos pelo Estado de Direito, para que o homem não seja compelido, como últi-
mo recurso, à rebelião contra tirania e a opressão; Considerando essencial pro-
mover o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações; Considerando
que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos hu-
manos fundamentais, na dignidade e no valor da pessoa humana e na igualdade
de direitos dos homens e das mulheres, e que decidiram promover o progresso
social e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla; Conside-
rando que os Estados-Membros se comprometeram a desenvolver, em coopera-
ção com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos humanos e liberda-
des fundamentais e a observância desses direitos e liberdades; Considerando
que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mis alta impor-
tância para o pleno cumprimento desse compromisso:

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A Assembleia Geral proclama :
A presente Declaração Universal dos Diretos Humanos como o ideal comum a ser atin-
gido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada ór-
gão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e
da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medi-
das progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a
sua observância universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros,
quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.
Artigo I: Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de
razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.
Artigo II: Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos
nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, reli-
gião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento,
ou qualquer outra condição.
Artigo III: Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo IV: Ninguém será mantido em escravidão ou servidão, a escravidão e o tráfico de es-
cravos serão proibidos em todas as suas formas.
Artigo V: Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano
ou degradante.
Artigo VI: Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como pessoa
perante a lei.
Artigo VII: Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual pro-
teção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a
presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.
Artigo VIII: Toda pessoa tem direito a receber dos tributos nacionais competentes remédio
efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela
constituição ou pela lei.
Artigo IX: Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.
Artigo X: Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e pública por
parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir de seus direitos e deveres ou do
fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.
Artigo XI: 1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida ino-
cente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento
público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.

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2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não consti-
tuíam delito perante o direito nacional ou internacional. Tampouco será imposta pena mais
forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.
Artigo XII: Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu
lar ou na sua correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem di-
reito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.
Artigo XIII: 1. Toda pessoa tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das
fronteiras de cada Estado.
2. Toda pessoa tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a este regressar.
Artigo XIV: 1.Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo
em outros países.
2. Este direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por
crimes de direito comum ou por atos contrários aos propósitos e princípios das Nações Uni-
das.
Artigo XV: 1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de
nacionalidade.
Artigo XVI: 1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, naci-
onalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de
iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução.
2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes.
Artigo XVII: 1. Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros.
2.Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.
Artigo XVIII: Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião;
este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar es-
sa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou co-
letivamente, em público ou em particular.
Artigo XIX: Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a
liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações
e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras.

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Artigo XX: 1. Toda pessoa tem direito à liberdade de reunião e associação pacíficas.
2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.
Artigo XXI: 1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte no governo de seu país, diretamen-
te ou por intermédio de representantes livremente escolhidos.
2. Toda pessoa tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país.
3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será expressa em
eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equiva-
lente que assegure a liberdade de voto.
Artigo XXII: Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à
realização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organi-
zação e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis
à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.
Artigo XXIII: 1.Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condi-
ções justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.
2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.
3. Toda pessoa que trabalhe tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe asse-
gure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a
que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.
4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e neles ingressar para proteção de seus in-
teresses.
Artigo XXIV: Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das
horas de trabalho e férias periódicas remuneradas.
Artigo XXV: 1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua
família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e
os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença,
invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência fora de seu
controle.
2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crian-
ças nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social.

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Artigo XXVI:1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos
nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução
técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no
mérito.
2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana
e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A
instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos
raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção
da paz.
3. Os pais têm prioridade de direito n escolha do gênero de instrução que será ministrada a
seus filhos.
Artigo XXVII: 1. Toda pessoa tem o direito de participar livremente da vida cultural da co-
munidade, de fruir as artes e de participar do processo científico e de seus benefícios.
2. Toda pessoa tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qual-
quer produção científica, literária ou artística da qual seja autor.
Artigo XVIII: Toda pessoa tem direito a uma ordem social e internacional em que os direi-
tos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados.
Artigo XXIV: 1. Toda pessoa tem deveres para com a comunidade, em que o livre e pleno
desenvolvimento de sua personalidade é possível.
2. No exercício de seus direitos e liberdades, toda pessoa estará sujeita apenas às limitações
determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e
respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer às justas exigências da moral, da
ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática.
3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente
aos propósitos e princípios das Nações Unidas.
Artigo XXX: Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o re-
conhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade
ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui
estabelecidos.

FONTE: http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm

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Atividades
Tendo em vista a declaração dos direitos humanos estudada, faça uma redação
de no mínimo 15 linhas e no máximo 20 linhas com sua opinião sobre o assun-
to, e os aspectos que mais chamaram sua atenção.

DIREITOS E DEVERES DO CIDADÃO

O que é direito? Direito provém da palavra latina directum, que significa reto, no sentido
retidão, o certo, o correto, o mais adequado. A definição nominal etimológica de Direito é
“qualidade daquilo que é regra”. Da antiguidade chega a famosa e sintética definição de
Celso: “Direito é a arte do bom e do equitativo”. Na Idade Média se tem a definição conce-
bida por Dante Alighieri: “Direito é a proporção real e pessoal de homem para homem que,
conservada, conserva a sociedade e que, destruída, a destrói”. Numa perspectiva de Kant:
”Direito é o conjunto de condições, segundo as quais, o arbítrio de cada um pode coexistir
com o arbítrio dos outros de acordo com uma lei geral de liberdade”.
É o sistema de normas de conduta imposto por um conjunto de instituições para regu-
lar as relações sociais. São garantias que as maiorias delas estão previstas em leis, do que
podemos fazer ou ter acesso. Os direitos são pensados e definidos com o objetivo de garan-
tir a cidadania e a dignidade dos cidadãos.
O que são os deveres? Significado de Dever dicionário: v.t. Ter por obrigação; ter de (fazer
alguma coisa).
Ter dívidas: deve milhões.
Seguido de um infinitivo, exprime:
a) necessidade ou inevitabilidade: tudo deve acabar;
b) intenção: devo viajar muito breve;
c) suposição: ele deve estar muito rico;
d) probabilidade: deve chegar logo mais;
e) obrigação moral: ele devia dar mais assistência à família. Dever os olhos da cara, ter mui-
tas dívidas.
Os deveres são regras impostas pela lei, pela moral, pelos usos e costumes.
Os direitos de um indivíduo são garantidos a partir do cumprimento dos deveres dos demais
componentes da sociedade. Ambos dependem um do outro.

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Veja alguns exemplos dos direitos e deveres do cidadão:
Deveres:
- Votar para escolher nossos governantes.
- Cumprir as leis.
- Respeitar os direitos sociais de outras pessoas.
- Educar e proteger nossos semelhantes.
- Proteger a natureza.
- Proteger o patrimônio público e social do País.
- Colaborar com as autoridades.
Direitos:
- Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações.
- Saúde, educação, moradia, segurança, lazer, vestuário, alimentação e transporte são direi-
tos dos cidadãos.
- Ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
- Ninguém deve ser submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante.
- A manifestação do pensamento é livre, sendo vedado o anonimato.
- A liberdade de consciência e de crença é inviolável, sendo assegurado o livre exercício dos
cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto.
Direito ao Voto: A votação é uma parte importante do processo democrático formal. O
voto, também chamado de sufrágio censitário, é típico do Estado liberal (século XIX) e exi-
gia que os seus titulares atendessem certas exigências tais como pagamento de imposto dire-
to; proprietário de propriedade fundiária e usufruir de certa renda. No passado muitos gru-
pos foram excluídos do direito de voto, em vários níveis. Algumas vezes essa exclusão é
uma política bastante aberta, claramente descrita nas leis eleitorais; outras vezes não é clara-
mente descrita, mas é implementada na prática por meios que parecem ter pouco a ver com
a exclusão que está sendo realmente feita (p.ex., impostos de voto e requerimentos de alfa-
betização que mantinham afro-americanos longe das urnas antes
da era dos direitos civis). E algumas vezes a um grupo era per-
mitido o voto, mas o sistema eleitoral ou instituições do go-
verno eram propositadamente planejadas para lhes dar me- nos
influência que outro grupos favorecidos.

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Obrigatoriedade do voto: A prática do voto obrigatório remonta à Grécia Antiga, quan-
do o legislador ateniense Sólon fez aprovar uma lei específica obrigando os cidadãos a es-
colher um dos partidos, caso não quisessem perder seus direitos de ci-
dadãos. A medida foi parte de uma reforma política que visava conter a radica-
lização das disputas entre facções que dividiam a pólis. Além de abolir
a escravidão por dívidas e redistribuir a população de acordo com a renda,
criou também uma lei que impedia os cidadãos de se absterem nas vo- tações
da assembleia, sob risco de perderem seus direitos.
Exclusão Étnica: Muitas sociedades no passado negaram a pessoas o direito de votar
baseadas no grupo étnico. Exemplo disso é a exclusão de pessoas com ascendência africana
das urnas, na era anterior à dos direitos civis, e na época do apartheid na África do Sul.
maioria das sociedades hoje não mantém essa exclusão, mas algumas ainda o fazem. Por
exemplo, Fiji reserva um certo número de cadeiras no Parlamento para cada um dos princi-
pais grupos étnicos; essas exclusões foram adotadas para discriminar entre índios em favor
dos grupos étnicos.
O estudo mostra que a liberdade econômica, não a democracia, conduz a liberdade po-
lítica.
Até o século XIX, muitas democracias ocidentais tinham propriedades de qualificação
nas suas leis eleitorais, o que significava que apenas pessoas com um certo grau de riqueza
podiam votar. Hoje essas leis foram amplamente abolidas.
Exclusões de gênero: Outra exclusão que durou muito tempo foi a baseada no sexo.
Todas as democracias proibiam as mulheres de votar até 1893, quando a Nova Zelândia se
tornou o primeiro país do mundo a dar às mulheres o direito de voto nos mesmos termos
dos homens. No Brasil, pela constituição de 1822 e suas emendas antes dessa data, permitiu
-se o direito de voto feminino, desde que pertencesse à classe determinada dos fazendeiros
e fosse alfabetizada. Isso aconteceu devido ao sucesso do movimento feminino pelo direito
de voto, tanto na Nova Zelândia como no Brasil, sendo que houve participações parlamen-
tares já no Brasil depois dessa época. Hoje praticamente todos os estados permitem que
mulheres votem; as únicas exceções são sete estados muçulmanos, principalmente no Ori-
ente Médio.

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Direito de voto hoje: Hoje, em muitas democracias, o direito de voto é garantido sem
discriminação de raça, grupo étnico, classe ou sexo. No entanto, o direito de voto ainda não
é universal. É restrito a pessoas que atingem uma certa idade, normalmente 18 (embora em
alguns lugares possa ser 16 como no Brasil ou 21). Somente cidadãos de um país normal-
mente podem votar em suas eleições, embora alguns países façam exceções a cidadãos de
outros países com que tenham laços próximos
Outros casos: O direito de voto normalmente é negado a prisioneiros. Alguns países
também negam o direito a voto para aqueles condenados por crimes graves, mesmo depois
de libertados. Em alguns casos (p.ex. em muitos estados dos Estados
Unidos) a negação do direito de voto é automático na condenação de
qualquer crime sério; em outros casos (p.ex. em países da Europa) a
negação do direito de voto é uma penalidade adicional que a corte po-
de escolher por impor, além da pena do aprisionamento. Existem paí-
ses em que os prisioneiros mantêm o direito de voto (por exemplo
Portugal).
Critérios para exercer o seu direito de voto no Brasil:
 Ser brasileiro (nascido ou nacionalizado)
 Ter mais de 16 anos
 Ter título de eleitor
 Estar em dia com a justiça eleitoral

Atividades
Eleição de Presidente.
Cada jovem deverá fazer 10 propostas de melhoria para nosso país, dentro dos aspectos
estudados, e apresentar à turma. A melhor proposta vencerá e terá o direito de escolher
uma prenda para os colegas pagarem.

BONS COSTUMES

Bons costumes são as regras de conduta limpa nas relações familiares e sociais, em harmo-
nia com os elevados fins da vida humana e com a cultura moral de nossos dias. Dentro des-
sa temática de Direitos e Deveres, é importante destacar que no Rio de Janeiro foi aprovada
a Lei 6394, que foi intitulada de Lei dos Bons Costumes .

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Entretanto, a finalidade do programa não está clara. Na justificativa do projeto apre-
sentada à assembleia e divulgada pela deputada Myrian Rios em redes sociais, ela afirma
que a sociedade “vem cada dia mais se desvencilhando dos valores morais, sociais, éticos e
espirituais”, acrescentando que, sem eles, “tudo é permitido, se perde o conceito do bom e
ruim, do certo e errado”. “Perde-se o critério do que se pode e deve fazer ou o que não se
pode. Estamos vivendo em um mundo onde o egoísmo e a ganância são predominantes”,
diz Myrian. O texto da lei estabelece que o programa deverá envolver “diretamente a comu-
nidade escolar, a família, lideranças comunitárias, empresas públicas e privadas, meios de
comunicação, autoridades locais e estaduais, organizações não governamentais e comunida-
des religiosas” na chamada revisão dos valores.
Após uma chuva de críticas, a deputada escreveu no Twitter que “em momento algum
se faz discriminação contra qualquer religião ou sexualidade”. Um dos críticos escreveu pa-
ra ela que “a discriminação é clara, evidente, preconceituosa e ilegal; em especial contra
gays e ateus”. Eleita em 2010, Myrian já declarou no plenário da assembleia: “Ora, se so-
mos todos iguais, com os mesmos direitos, eu também tenho que ter o direito de não querer
um funcionário homossexual, se for da minha vontade.
No mesmo discurso, ela insinuou que a luta contra a homofobia estimularia a pedofilia,
depois disse que foi mal interpretada e pediu desculpas. Em entrevista nesta sexta, a deputa-
da disse que o projeto trata do “resgate de valores da vida”. Perguntada sobre como a ques-
tão do aborto seria abordada no programa, ela declarou: “Sou completamente contra. Isso é
um valor moral.” Segundo Myrian, a definição das prioridades será uma atribuição do go-
verno estadual.
A sugestão que estamos dando é que se crie grupos de voluntários para fazer campa-
nhas dentro das escolas, com palestras.” Estão previstos convênios com prefeituras e ONGs.
Indicada como órgão gestor, a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos foi pro-
curada pela reportagem, mas divulgou apenas uma nota, informando que a lei “ainda precisa
de um decreto regulamentando-a e indicando os critérios de execução”. “Ao publicá-la, o
governador entende que se trata de um programa importante, mas não é uma lei auto aplicá-
vel”, acrescentou.

FONTE: http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/lei-dos-bons-costumes-e-sancionada-no-estado-do-rio/

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Atividades
Debate:
A turma será dividida em dois grupos, e cada grupo defenderá a ideia abaixo.
Haverá um tempo para que os grupos possam discutir os argumentos entre os
componentes, e no momento da apresentação e exposição das ideias, deverá ser
convidado outro instrutor ou a supervisora de aprendizagem para assistir o de-
bate e eleger o grupo que mais convenceu.
Ideia 01:
O Governo deve criar leis que defendam os direitos do cidadão, porque caso
contrário, muitos ficariam prejudicados e teriam seus direitos desrespeitados,
afinal vivemos em uma época que o pensamento é: “O mundo é dos espertos.”
Ideia 02:
O Governo não deve interferir na vida pessoal e nas relações das pessoas, pois
todos conhecem os seus direitos e deveres, e se eles são não respeitados é por-
que o que falta é educação, e esse ensinamento vem de casa e não de legislação.

BASE DE DIREITO CIVIL

O direito civil é o principal ramo do direito privado. Trata-se do conjunto de normas


(regras e princípios) que regulam as relações entre os particulares, que comumente se en-
contram em uma situação de equilíbrio de condições. O direito civil é o direito do dia a dia
das pessoas, em suas relações privadas cotidianas.
Como tal, o direito civil compreende o direito das pessoas (na medida em que regula a
capacidade jurídica destas), o direito das obrigações e contratos, o direito dos bens, o direito
da família, o direito das sucessões e as normas de responsabilidade civil, por exemplo.
O direito civil tem como finalidade estabelecer padrões normativos que regem as rela-
ções jurídicas das pessoas físicas e jurídicas. Por isso, estabelece os termos em que os mem-
bros de uma comunidade estabelecem entre si relações jurídicas, nas mais variadas esferas e
nos mais diversos sentidos.
O principal corpo de normas objetivas do direito civil, no ordenamento jurídico brasi-
leiro, é o Código Civil (Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002), que é dividido em duas
partes: a parte geral e a parte especial.

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O Código Civil disciplina matérias relativas às pessoas, aos atos e negócios jurídicos,
aos bens e aos direitos a eles inerentes, às obrigações, aos contratos, à família e às sucessões
(estas últimas, ou sejam, a quem os bens atribuídos após a morte de alguém). Estabelece
ainda o regime das pessoas jurídicas, tanto as de natureza civil, propriamente dita, quanto
aquelas que atuam no âmbito do direito comercial ou direito de empresa.
O atual Código Civil Brasileiro (Lei 10.406 de 10 de janeiro de 2002) encontra-se em
vigor desde 11 de janeiro de 2003, após o cumprimento de sua vacatio legis de um ano.
História/Antecedentes:
Clóvis Beviláqua, foi autor do projeto do Código Civil de 1916. O atual Código Civil
substituiu o primeiro Código Civil brasileiro — Lei nº 3.071, de 1º de janeiro de 1916—,
que entrou em vigor em 1917, após quinze anos de discussão no Congresso brasileiro. Des-
de a Constituição Brasileira de 1824 previam-se dois códigos, o Civil e o Criminal, mas
apenas o segundo foi concretizado. Após a independência do Brasil, permaneceu em vigor a
legislação portuguesa, que correspondia às Ordenações Filipinas.
Houve, pelo menos, quatro tentativas de elaboração do Código Civil:
-Em 1845, o Barão de Penedo apresentou seu Da Revisão Geral e Codificação das Leis Ci-
vis e do Processo no Brasil;
-Em 1864, o Esboço inacabado de Augusto Teixeira de Freitas, que não chegou a ser apro-
vado, mas serviu de base para os códigos civis do Uruguai e da Argentina;
- Em 1881, o projeto Felício dos Santos e
- Em 1890, o projeto Coelho Rodrigues.
Finalmente, sob a presidência de Campos Sales e a convite de seu amigo de congrega-
ção da Faculdade de Direito do Recife, o Ministro da Justiça Epitácio Pessoa, Clóvis Bevi-
láqua apresenta, após seis meses de trabalho, seu projeto de Código Civil em 1901. Dura-
mente criticado por Rui Barbosa e por vários juristas da época, como Inglês de Sousa e Tor-
res Neto, o trabalho de Beviláqua foi fortemente influenciado pelo Código Civil alemão
(BGB) e sofreu várias alterações até sua aprovação, em 1916.
Vocabulário
Vacatio legis é uma expressão latina que significa "vacância da lei", ou seja: " A Lei Vaga";
designa o período que decorre entre o dia da publicação de uma lei e o dia em que ela entra
em vigor, ou seja, tem seu cumprimento obrigatório

FONTE: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm

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Atividades
Sabendo que Direito Civil é o conjunto de normas que regulam as relações, dê
pelo menos 10 exemplos de quais normas você conhece e deve seguir no seu
dia a dia em casa, no trabalho e no ISBET.

CREDOS RELIGIOSOS

Credo religioso é uma profissão de fé, é um conjunto de normas e convicções de uma reli-
gião. Doutrina, programa ou princípios pelos quais se governa uma pessoa, um partido, uma
seita e uma religião. Credo significa creio.
Nas sociedades democráticas, a liberdade de credo religioso é um legítimo direito do ser hu-
mano, assegurado, inclusive, pelas constituições desses países, embora, na prática, essa li-
berdade não seja tão respeitada assim. Como consequência dessa mais ou menos ampla li-
berdade de credo religioso – ou dessa mais ou menos ampla li-
berdade de partidarismo religioso – nada é mais natural do que exis-
tirem, como existem, tantas diferentes religiões no nosso mundo. O
lado bom disto é sempre existir uma religião que se afine com o per-
fil psicológico de cada pessoa. Mas o aspecto ilógico, irracional e in-
sensato dessa “inflação” de credos religiosos é o fato de, com ra-
ríssimas exceções, cada uma dessas religiões se considerar “a me-
lhor de todas” e, em muitos casos, a “única enviada por Deus”, com
o agravante de determinados credos religiosos rejeitarem, e até atacarem abertamente outras
religiões.
RELIGIÃO deriva do termo latino "Re-Ligare", que significa "religação" com o divino. Es-
sa definição engloba necessariamente qualquer forma de aspecto místico e religioso, abran-
gendo seitas, mitologias e quaisquer outras doutrinas ou formas de pensamento que tenham
como característica fundamental um conteúdo Metafísico, ou seja, de além do mundo físico.
Há várias formas de religião, e são muitos os modos que vários estudiosos utilizam pa-
ra classificá-las. Porém há características comuns às religiões que aparecem com maior ou
menor destaque em praticamente todas as divisões.

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A primeira destas características é cronológica, pois as formas religiosas predominan-
tes evoluem através dos tempos nos sucessivos estágios culturais de qualquer sociedade.
Outro modo é classificá-las de acordo com sua solidez de princípios e sua profundida-
de filosófica, o que irá separá-las em religiões com e sem Livros Sagrados.
Uma outra classificação leva em conta essas duas características, e divide as religiões
nos seguintes 4 grandes grupos distintos:
- panteístas - são as mais antigas, dominando em sociedades menores e mais "primitivas".
Tanto nos primórdios da civilização mesopotâmica, europeia e asiática, quanto nas culturas
das Américas, África e Oceania. Adepto ao panteísmo (sistema filosófico que identifica
Deus com o mundo.
- politeístas - por vezes se confundem com as Panteístas, mas surgem num estágio posterior
do desenvolvimento de uma cultura. Quanto mais a sociedade se torna complexa, mais o
Panteísmo vai se tornando Politeísmo. Pessoa que segue o politeísmo – religião em que há
pluralidade de Deuses.
- monoteístas -São mais recentes, e atualmente as mais dissemi-
nadas, o Monoteísmo quantitativamente ainda domina mais de
metade da humanidade. Crença em um só Deus. Sistema religio-
so que admite a existência em um só Deus.
- ateísta - negam a existência de um ser supremo central, embora
possam admitir a existência de entidades espirituais diversas. Es-
sas religiões geralmente surgem como um reação a um sistema
religioso Monoteísta ou pelo menos Politeísta.
CRISTIANISMO: Cristianismo (do grego Xριστός, "Christós",
messias) é uma religião monoteísta centrada na vida e nos ensi-
namentos de Jesus de Nazaré, tais como são apresentados no No-
vo Testamento. A fé cristã acredita essencialmente em Jesus como o Cristo, Filho de Deus,
Salvador e Senhor. O cristianismo se iniciou como uma seita judaica e, como tal, da mesma
maneira que o próprio judaísmo ou o islamismo, é classificada como uma religião abraâmi-
ca (ver também judaico-cristão).

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Após se originar no Mediterrâneo Oriental, rapidamente se expandiu em abrangência e
influência, ao longo de poucas décadas; no século IV já havia se tornado a religião domi-
nante no Império Romano. Durante a Idade Média a mai- or par-
te da Europa foi cristianizada, e os cristãos também se- guiram
sendo uma significante minoria religiosa no Oriente Mé- dio,
Norte da África e em partes da Índia. Depois da Era das Desco-
bertas, através de trabalho missionário e da colonização, o cris-
tianismo se espalhou para as Américas e pelo resto do mun-
do. O cristianismo desempenhou um papel de destaque na for-
mação da civilização ocidental pelo menos desde o sécu- lo IV.
No início do século XXI o cristianismo conta com entre 2,3 bi-
lhões de fiéis, representando cerca de um quarto a um terço da população mundial, e é uma
das maiores religiões do mundo. O cristianismo também é a religião de Estado de diversos
países.
Catolicismo: A Igreja Católica compreende as igrejas particulares, liderada por bispos,
em comunhão com o Papa, o Bispo de Roma, como sua mais alta autoridade em matéria de
moral, fé e governança da Igreja Como a Igreja Ortodoxa, o Igreja Católica Romana, atra-
vés da sucessão apostólica, traça suas origens à comunidade cristã fundada por Jesus Cristo.
Os católicos defendem que o “uma, santa, católica e apostólica” fundada por Jesus subsiste
plenamente na Igreja Católica Romana, mas também reconhece outras igrejas e comunida-
des cristãs e trabalha no sentido da reconciliação entre todos os cristãos.[99] A fé católica é
detalhada no catecismo da Igreja Católica. As 2 782 sé episcopais são agrupadas em 23 ritos
particulares, sendo o maior do rito latino, cada um com tradições distintas em relação à li-
turgia e à administração dos sacramentos. Com mais de 1,1 bilhão de membros batizados, a
Igreja Católica é a maior igreja cristã, representando mais da metade de todos os cristãos e
um sexto da população mundial.
O termo católico deriva do grego katholikos, universal. Exprime a ideia de uma igreja
que pode levar a salvação a qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo. Tem uma rígida
hierarquia, centrada na autoridade do papa, que é eleito pelo colegiado superior da Igreja e o
representa. A sede da Igreja fica no Vaticano, um pequeno Estado independente no centro de
Roma, Itália. Um dos pontos históricos de sua doutrina é a canonização dos cristãos que a
Igreja acredita terem sido mártires ou realizado atos milagrosos, reconhecendo-os santos.

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Os fiéis católicos veneram os santos como intermediários entre os homens e Deus. Ma-
ria, mãe de Jesus Cristo, é considerada a maior intermediária entre os fiéis e seu filho. Se-
gundo a doutrina da Imaculada Conceição, a mãe de Jesus teria nascido sem pecado e con-
cebido seu filho virgem. E teria ascendido aos céus viva. A veneração aos santos e os dog-
mas de Maria são dois dos principais pontos que distinguem os católicos dos cristãos pro-
testantes.
Ortodoxia: A segunda religião com o maior número de seguidores no Reino da Baviera
é com certeza a Igreja Ortodoxa. Aqui, tentaremos de forma breve explicar as diferenças su-
perficiais entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa. A origem da Igreja Ortodoxa data da
fragmentação do Império Romano, quando este se dividiu em Império Romano do Ocidente
e Império Romano do Oriente, que mais tarde se tornaria o Império Bizantino. Enquanto o
catolicismo, religião da metade ocidental do império, tinha seu centro em Roma, os ortodo-
xos, da metade oriental, tinham como seu centro a cidade de Constantinopla. Por terem se
desenvolvido isoladamente, ambas as religiões absorveram tradições diferentes de suas regi-
ões. A Igreja Ortodoxa acabou assimilando muito domisticismo das religiões pagãs eslavas
e gregas, desenvolvendo desta forma suas próprias doutrinas e sua própria liturgia, muito
mais intrincadas e ritualísticas do que as da Igreja Católica. Cada detalhe de uma missa or-
todoxa é imbuído de um profundo significado místico.
A primeira diferença, e talvez mais importante, entre a Igreja Católica e a Igreja
Ortodoxa reside no fato de que a liturgia ortodoxa está escrita em grego, ao invés de latim,
como a dos católicos. Outro ponto de conflito reside na adoção do celibato. Enquanto o ca-
tolicismo roga que seu clero deve manter o celibato como forma de poder devotar sua vida
exclusivamente a compreensão dos segredos do espírito, os ortodoxos afirmam que para que
um sacerdote possa compreender completamente as necessidades espirituais de seu rebanho,
ele deve viver como parte do mesmo. Afinal, como poderia um padre ortodoxo aconselhar
um fiel espiritualmente sobre o seu casamento, se este também não fosse casado? Assim
sendo, é permitido aos padres da Igreja Ortodoxa que se casem e tenham filhos, e esta per-
missão é duramente criticada pelos católicos.

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Portanto, nenhum artesão pode fazer uma estátua de um santo, pois teria como objetivo
representá-lo à perfeição, tentando desta forma conceder à estátua a característica divina do
santo. Já quando um artesão faz uma pintura de um santo, ele, deliberadamente, já não está
buscando representá-lo de forma perfeita, pois um desenho não compreende as três dimen-
sões de uma imagem real. Assim sendo, por causa da Iconoclastia, a Igreja Ortodoxa proíbe
a execução e adoração de estátuas, mas não de pinturas. Em alguns casos, para frisar a ca-
racterística efêmera de uma pintura, periodicamente artesãos pintam, nas paredes das igre-
jas, desenhos novos em cima dos antigos. A Iconoclastia também é um dos motivos do de-
senvolvimento dos belíssimos mosaicos bizantinos que adornam as igrejas ortodoxas e que
são tão admirados por alguns membros do Clã Toreador. A Igreja Ortodoxa também difere
na hierarquia em relação à Católica. A liderança dos ortodoxos não é constituída por apenas
uma pessoa, como no caso dos católicos, que se curvam perante apenas um Papa. A Igreja
Ortodoxa é liderada por um Conselho de Arcebispos, cujo número tem variado muito ao
longo do tempo, mas este número geralmente gira em torno de doze. Muitas vezes, porém,
o Arcebispo de Constantinopla acaba agindo como líder no caso de um impasse na resolu-
ção do Conselho de Arcebispos. Antigamente a Bavária, e agora toda a Baviera, representa
um dos Arcebispados, e o assento do arcebispo localiza-se na Catedral de São Basílio, em
Budapeste. São Basílio é o patrono da Igreja Ortodoxa no Reino da Baviera, pois foi o mon-
ge que levou os dogmas ortodoxos para os habitantes da região durante o período de domi-
nação bizantina, no século VIII.
Protestantismo : No século 16, um padre alemão chamado Martinho Lutero iniciou um
movimento de reforma religiosa que culminaria num cisma, ou seja, numa divisão no seio
da Igreja Católica. Foi assim que surgiram outras igrejas, igualmente cristãs, mas não liga-
das ao Papado. Lutero e os outros reformistas desejavam que a Igreja Cristã voltasse ao que
eles chamavam de "pureza primitiva". Tais ideias foram detalhadas em 95 teses, elaboradas
por Lutero, porém resultantes de uma série de discussões que envolveu boa parte do clero
alemão. Entre outras propostas, sugeria-se a supressão das indulgências - que consistiam na
remissão das penas referentes a um pecado, a partir de certos atos de devoção e piedade e
até mesmo da compra do perdão por meio das autoridades eclesiásticas. A mediação da
Igreja e dos Santos também deixaria de existir, prevalecendo então a ligação direta entre
Deus e a humanidade. É por isso que, nas igrejas protestantes, não vemos imagens de santos
e nem temos o culto à Virgem Maria, mãe de Jesus.

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Originalmente, Lutero e seus pares não pretendiam provocar um cisma na Igreja, mas ape-
nas rediscutir algumas diretrizes e efetuar mudanças. Porém, em 1530, Lutero foi excomun-
gado pelo Papa. Essa medida alterou radicalmente os rumos da fé cristã na Europa e no
mundo. O primeiro país a aderir ao luteranismo foi a Alemanha, berço de Lutero. Depois, a
Reforma irradiou-se pela Europa.
BUDISMO: O budismo não é só uma religião, mas também um sistema ético e filosófico,
originário da região da Índia. Foi criado por Sidarta Gautama (563? - 483 a.C.), também co-
nhecido como Buda. Este criou o budismo por volta do século VI a.C. Ele é considerado pe-
los seguidores da religião como sendo um guia espiritual e não um deus. Desta forma, os
seguidores podem seguir normalmente outras religiões e não apenas o budismo. O início do
budismo está ligado ao hinduísmo, religião na qual Buda é considerado a encarnação ou
avatar de Vishnu. Esta religião teve seu crescimento interrompido na Índia a partir do século
VII, com o avanço do islamismo e com a formação do grande império árabe. Mesmo assim,
os ensinamentos cresceram e se espalharam pela Ásia. Em cada cultura foi adaptado, ga-
nhando características próprias em cada região.
Os ensinamentos do budismo têm como estrutura a ideia de que o ser humano está condena-
do a reencarnar infinitamente após a morte e passar sempre pelos sofrimentos do mundo
material. O que a pessoa fez durante a vida será considerado na próxima vida e assim suces-
sivamente. Esta ideia é conhecida como carma. Ao enfrentar os sofrimentos da vida, o espí-
rito pode atingir o estado de nirvana (pureza espiritual) e chegar ao fim das reencarnações.
Para os seguidores, ocorre também a reencarnação em animais. Desta forma, muitos segui-
dores adotam uma dieta vegetariana. A filosofia é baseada em verdades: a existência está
relacionada a dor, a origem da dor é a falta de conhecimentos e os desejos materiais.

Portanto, para superar a dor deve-se antes livrar-se da dor e da ignorância. Para livrar-se da
dor, o homem tem oito caminhos a percorrer: compreensão correta, pensamento correto, pa-
lavra, ação, modo de vida, esforço, atenção e meditação. De todos os caminhos apresenta-
dos, a meditação é considerado o mais importante para atingir o estado de nirvana. A filo-
sofia budista também define cinco comportamentos morais a seguir: não maltratar os seres
vivos, pois eles são reencarnações do espírito, não roubar, ter uma conduta sexual respeito-
sa, não mentir, não caluniar ou difamar, evitar qualquer tipo de drogas ou estimulantes. Se-
guindo estes preceitos básicos, o ser humano conseguirá evoluir e melhorará o carma de
uma vida seguinte.

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JUDAÍSMO: O Judaísmo é uma crença monoteísta que se apoia em três pilares: na Torá, nas
Boas Ações e na Adoração. Por ser uma religião que supervaloriza a moralidade, grande
parte de seus preceitos baseia-se na recomendação de costumes e comportamentos "retos".
O Deus apresentado pelo Judaísmo é uma entidade viva, vibrante, transcendente, onipotente
e justa. Entre os homens, por sua vez, existem laços fraternos, e o dever do ser humano con-
siste em "praticar a justiça, amar a misericórdia e caminhar humildemente nas sendas divi-
nas". A prática da religião está presente no dia-a-dia do judeu. Ela se estende até sua alimen-
tação, que deve ser kosher, ou seja, livre de comidas impuras (certas carnes, como a suína,
entre outras substâncias, não são permitidas). Outro hábito arraigado é a observação do Sha-
bat, o dia do descanso, que se estende do pôr-do-sol da sexta-feira até o pôr-do-sol do sába-
do, e que é celebrado com rezas, leituras e liturgias na Sinagoga, o templo judaico. Em es-
sência, o Judaísmo ensina que a vida é uma dádiva de Deus e, por isso, devemos nos esfor-
çar para fazer dela o melhor possível, usando todos os talentos que o Criador nos concedeu.
As escrituras sagradas, as leis, as profecias e as tradições judaicas remontam a aproximada-
mente 3 500 anos de vida espiritual.
ISLAMISMO: Islamismo é uma religião muito antiga que foi fundada pelo profeta Maomé
na Arábia por volta do inicio do século sétimo, os povos que seguem o islamismo integram
o chamado Islã, ou seja, os povos de diversas raças que professam o islamismo, que tam-
bém pode ser designado como islamita ou maometano, esta ultima rejeitada por alguns que
vem nela uma referencia a Maomé enquanto o islamismo professa um só Deus.
O Islamismo tem uma vasta cultura religiosa que é seguida fielmente por seus adeptos, com
tradições e cultos que muitas vezes se confrontam diretamente com a cultura do mundo atu-
al, gerando conflitos de todas as ordens, no entanto para os islâmicos a tradição e os ritos
são parte fundamental de sua cultura religiosa. O Islamismo esta espalhado por todo o mun-
do, no Brasil existem cerca de dois milhões de islamitas e nos Estados Unidos cerca de seis
milhões, a maior concentração de islamitas é encontrada na Indonésia.

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Islã no seu sentido literal significa submissão, obrigação que todo muçulmano tem de seguir
acima de qualquer outra, a vontade de Deus, o termo faz referencia a paz, uma causa defen-
dida pelo profeta Maomé, enquanto viveu nas terras árabes. Há muitas curiosidades a cerca
do Islamismo e também muitas distorções sobre esta religião, a verdade é que eles são mo-
noteístas, ou seja, acreditam em um só Deus, que governa todas as coisas em todos os luga-
res, e a este Deus se curvam e obedecem. Alá é a palavra árabe que significa Deus.
Para se tornar muçulmano ou islamita não é preciso ter nascido muçulmano, os homens e as
cidades de qualquer lugar do mundo podem se tornar adeptos, professar os votos e se tornar
muçulmano, é bastante simples, depois dessa primeira conversão então começa um período
de preparação e aprofundamento na fé, quando então eles são acompanhados e orientados
por outro muçulmano, convertendo ateus. Existem dois segmentos do islamismo, uma que
congrega a maioria dos muçulmanos que tem um comportamento de tolerância e paz, contu-
do há um grupo mais radical que se sobressai apesar de serem minoria, pelas suas interpre-
tações radicalistas dos ensinamentos, especialmente no que se refere a intolerância a outros
grupos e povos religiosos, como forma de defender a pureza do islamismo. Outra faceta do
grupo radical é a grave discriminação contra as mulheres bonitas inclusive com algumas
agressões brutais por conta de interpretações extremas e radicais das escrituras .
Assim o Islamismo é uma religião monoteísta que se baseia nos ensinamentos do profeta
Maomé que nasceu na Arábia Saudita, na cidade de Meca, e viveu entre o ano de 570 a 632
depois de Cristo. Maomé viveu entre os mercadores e perdeu os pais ainda criança, e aos 40
anos teria tido uma visão do anjo Gabriel que lhe revelou a existência de um só Deus, os en-
sinamentos do profeta Maomé estão contidos no livro sagrado chamado “Corão” que con-
tém cinco pilares: a oração, jejuar, tributo, a profissão de fé e a peregrinação. Os seguidores
do islamismo são chamados de muçulmanos, ou seja, aqueles que se submetem a vontade
de Deus.
HINDUÍSMO: Ganesha: Primogênito do deus Shiva e de Parvati.

O Hinduísmo é uma das religiões mais antigas do mundo. Não há um fundador desta reli-
gião, ao contrário de tantas outras - no Islamismo, por exemplo, temos Maomé, e no Budis-
mo, o próprio Buda. O Hinduísmo, na verdade, se compõe de toda uma intersecção de valo-
res, filosofias e crenças, derivadas de diferentes povos e culturas.

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Para compreender o Hinduísmo, é fundamental situá-lo historicamente. Por volta de 3 000
a.C., a Índia era habitada por povos que cultuavam o Pai do Universo, numa espécie de fé
monoteísta. Pouco depois, em 2 500 a.C., floresceu a civilização dravídica, no vale do rio
Indo, região que hoje corresponde ao Paquistão e parte da Índia. Os drávidas eram adeptos
de uma filosofia de louvor à natureza, de orientação matriarcal e baseada no princípio da
não-violência. Porém, em 1 500 a.C., os arianos invadiram e dominaram aquela região, re-
duzindo os antigos drávidas à condição de "párias" - espécie de sub-classe social, que até
hoje permanece sendo a casta mais baixa da pirâmide social indiana.
ESPIRITISMO: O livro de Arthur Conan Doyle, The History of Spiritualism, traduzido co-
mo A História do Espiritismo, relata a seqüência dos fenômenos mediúnicos ocorridos entre
o Século XVIII e meados do Século XX. Diz-nos que os espíritas tomaram oficialmente a
data de 31 de março de 1848 — Fenômeno de Hydesville, uma cidade de Nova York, EUA
onde um pastor protestante John Fox, sua esposa e duas filhas conversavam sobre fenôme-
nos de assombração. Catarina primeiro e depois Margarida ouviram seus dedos estalarem e
tiveram a impressão que isso fosse repetido por alguém . O medo se apoderou de todos. A
senhora Fox perguntou: “É um espírito?” “Se é espírito bata duas vezes”. E ouviram-se as
batidas. Não havendo outra explicação para o fenômeno, os presentes concluíram que se tra-
tava de um espírito desencarnado que queria comunicar-se com eles.
Entretanto não há época na história do mundo em que não se encontrem traços de interfe-
rências sobrenaturais e o seu tardio reconhecimento pela humanidade.
O fato mediúnico marcante, após o episódio de Hydesville, é o fenômeno das mesas giran-
tes, que assolou os Estados Unidos e a Europa. Um grupo de pessoas reunia-se em torno da
mesa, com as mãos sobre a mesma. Faziam perguntas aos espíritos e estes respondiam com
golpes e movimentos determinados. As mesas começavam a se movimentar independente
da vontade das pessoas, chegando a subir até o teto, andar pela sala e fazer outras manobras.
É dentro desse contexto que surge a Doutrina Espírita. Das brincadeiras de salão, surge
Hypollyte Leon Denizard Rivail — Allan Kardec—, um estudioso do magnetismo e do mé-
todo teórico experimental em ciência.

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Havendo uma disseminação muito grande dos fenômenos das mesas girantes, Kardec, ainda
Hipollyte, foi convidado para assistir a uma dessas sessões, pois o seu amigo Fortier, mag-
netizador, dissera que além da mesa mover-se ela também falava. É aí que entra o gênio in-
quiridor do pesquisador teórico experimental. Assim, Hipolyte retruca: só se ela tiver cére-
bro para pensar e nervos para sentir e que possa tornar-se sonâmbula. A partir daí, começa a
frequentar essas sessões e pesquisou por vários anos a respeito de manifestações espiritu-
ais, chegando a conclusão de que a única explicação possível fosse a atuação dos espíritos.
Não só isso, mais tarde pensou também que ele era a pessoa escolhida pelos próprios espíri-
tos para escrever e codificar, sob a inspiração dos mesmos, a doutrina espírita. Assim come-
çou a escrever seu primeiro livro “O Livro dos Espíritos”, que contém mais de mil pergun-
tas que fez aos espíritos e as respostas que eles lhe deram. Houve ainda uma
grande onde de manifestações mediúnicas nos EUA e na Europa. Essas manifestações con-
sistiam principalmente em ruídos estranhos, pancadas em móveis e objetos que se moviam
ou flutuavam sem nenhuma causa aparente.
Embora as raízes do espiritismo estejam na França, foi no Brasil que ele encontrou terreno
fértil para se expandir. O Brasil é hoje a maior nação espírita do mundo e a razão disso pode
estar nas respostas que a doutrina dá a quem quer entender e aceitar a finitude humana. O
espiritismo chegou ao Brasil em 1865, em pleno Império. Surgia então o “grupo Familiar do
Espiritismo”, na cidade de Salvador, Bahia, com Luiz Olimpio Teles de Menezes, que em
julho de 1869, para melhor defender e propagar o espiritismo, que era duramente atacado
pelo clero e pela imprensa de Salvador, publica o Jornal “O Echo de Além-túmulo”, o pri-
meiro jornal espírita do Brasil. Em 02 de agosto de 1873, já na cidade do Rio de Janeiro,
aparece a “Sociedade de Estudos Espíritas – Grupo Confúcio”, dando início à projeção do
Espiritismo em terras brasileiras. No ano de 1881 é realizado o Primeiro Congresso Espírita
do Brasil. A federação Espírita Brasileira – FEB – fundada em 02 de janeiro de 1884, no
Rio de Janeiro, congrega aproximadamente dez mil instituições espíritas, espalhadas por to-
das as regiões do país. Hoje o país reúne o maior número de espíritas do mundo.
Atualmente, o Brasil possui e 3 milhões de espíritas, de acordo com o Censo de 2000, reali-
zado pelo IBGE. Segundo este mesmo Censo, os espíritas são também, o terceiro maior gru-
po religioso do país e são o segmento social que têm maior renda e escolaridade.

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Os espíritas têm sua imagem fortemente associada à prática do bem e da caridade. Eles
mantêm em todos os estados brasileiros, asilos, orfanatos, escolas para pessoas caren-
tes, creches e outras instituições de assistência e promoção social.
Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo, é uma personalidade bastante conhecida e
respeitada no Brasil. Seus livros já venderam mais de 20 milhões de exemplares em to-
do o país. No dia 11 e abril de 1900, Bezerra de Menezes assume o apostolado do espi-
ritismo brasileiro. Em 1908 é fundada a União Espírita Mineira, sendo Antonio Lima o
primeiro presidente e em 02 de abril de 1910, nasce em Pedro Leopoldo (MG), Francis-
co Cândido Xavier, chamado do Chico Xavier. No dia 8 de julho de 1927, Chico Xavi-
er, em seu próprio lar, assiste à primeira reunião espírita e funda-se o Centro Espírita
Luiz Gonzaga. Em 1931, Chico Xavier começa a psicografar o livro Parnaso de Além-
Túmulo. Em 1960, o Presidente Juscelino Kubitschek declara a FEB como entidade de
utilidade pública.
FONTE: http://www.xr.pro.br/religiao.html

Atividades
Após o estudo das diversas religiões existentes, faça uma redação dissertativa
de no mínimo 20 linhas e no máximo 30 linhas com o tema: “Porque temos
hoje tanta intolerância religiosa?”.

POLÍTICAS PÚBLICAS

A função que o Estado desempenha em nossa sociedade sofreu inúmeras transformações ao


passar do tempo. No século XVIII e XIX, seu principal objetivo era a segurança pública e a
defesa externa em caso de ataque inimigo.
Entretanto, com o aprofundamento e expansão da democracia, as responsabilidades do Esta-
do se diversificaram. Atualmente, é comum se afirmar que a função do Estado é promover o
bem estar da sociedade. Para tanto, ele necessita desenvolver uma série de ações e atuar di-
retamente em diferentes áreas, tais como saúde, educação, meio ambiente.
Para atingir resultados em diversas áreas e promover o bem-estar da sociedade, os governos
se utilizam das Políticas Públicas que podem ser definidas da seguinte forma:
“(...) Políticas Públicas são um conjunto de ações e decisões do governo, voltadas para a so-
lução (ou não) de problemas da sociedade (...).”

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Dito de outra maneira, as Políticas Públicas são a totalidade de ações, metas e planos que os
governos (nacionais, estaduais ou municipais) traçam para alcançar o bem-estar da socieda-
de e o interesse público. É certo que as ações que os dirigentes públicos (os governantes ou
os tomadores de decisões) selecionam (suas prioridades) são aquelas que eles entendem se-
rem as demandas ou expectativas da sociedade. Ou seja, o bem-estar da sociedade é sempre
definido pelo governo e não pela sociedade.
Isto ocorre porque a sociedade não consegue se expressar de forma integral. Ela faz solicita-
ções (pedidos ou demandas) para os seus representantes (deputados, senadores e vereado-
res) e estes mobilizam os membros do Poder Executivo, que também foram eleitos (tais co-
mo prefeitos, governadores e inclusive o
próprio Presidente da República) para que atendam as demandas da população.
As demandas da sociedade são apresentadas aos dirigentes públicos por meio de grupos or-
ganizados, no que se denomina de Sociedade Civil Organizada (SCO), a qual inclui, confor-
me apontado acima, sindicatos, entidades de representação empresarial, associação de mo-
radores, associações patronais e ONGs em geral.
As sociedades contemporâneas se caracterizam por sua diversidade, tanto em termos de ida-
de, religião, etnia, língua, renda, profissão, como de ideias, valores, interesses e aspirações.
No entanto, os recursos para atender a todas as demandas da sociedade e seus diversos gru-
pos (a SCO) são limitados ou escassos. Como consequência, os bens e serviços públicos de-
sejados pelos diversos indivíduos se transformam em motivo de disputa. Assim, para au-
mentar as possibilidades de êxito na competição, indivíduos que têm os mesmos objetivos
tendem a se unir, formando grupos. Não se deve imaginar que os conflitos e as disputas na
sociedade sejam algo necessariamente ruim ou negativo. Os conflitos e as disputas servem
como estímulos a mudanças e melhorias na sociedade, se ocorrerem dentro dos limites da
lei e desde que não coloquem em risco as instituições.
Assim, o interesse público – o qual, por sua vez, reflete as demandas e expectativas da soci-
edade – se forma a partir da atuação dos diversos grupos. Durante a apresentação de suas
reivindicações os grupos tentam obter apoio de outros grupos, mas também sofrem oposição
daqueles que têm outras reivindicações contrárias. O interesse público se forma, portanto,
por meio da disputa de todos os grupos da Sociedade Civil Organizada (SCO).

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Compreendidas as diversas demandas e expectativas da sociedade, ele fará a seleção de pri-
oridades para, em seguida, oferecer as respostas. As respostas nunca atenderão às expectati-
vas de todos os grupos. Alguns grupos serão contemplados, outros não.
Para os grupos contemplados o governo terá de formular e desenvolver ações para buscar
atender suas expectativas, integral ou parcialmente. Quando o governo busca atender as
principais (na sua percepção) demandas recebidas, diz-se que ele está voltado para o inte-
resse público (ou seja, para o interesse da sociedade). Ao atuar na direção do interesse pú-
blico, o governo busca maximizar o bem estar social.
Em outras palavras, as Políticas Públicas são o resultado da competição entre os diversos
grupos ou segmentos da sociedade que buscam defender (ou garantir) seus interesses. Tais
interesses podem ser específicos – como a construção de uma estrada ou um sistema de
captação das águas da chuva em determinada região – ou gerais – como demandas por se-
gurança pública e melhores condições de saúde.
Exemplos de políticas públicas na educação:
- Políticas voltadas para o aumento do período de escolaridade obrigatória: era de 4 anos,
passou a ser de 8, depois 9, e já se faz campanha para que seja de 12 anos e abranja o Ensi-
no Fundamental e o Ensino Médio;
- Políticas voltadas para o aumento do número mínimo de dias letivos: o ano escolar tinha
160 dias, passou a ser de 180, chegou a 200 e já se fala em aumentá-lo para 220;
- Políticas voltadas para o aumento da duração dos turnos diários, chegando-se, no limite, à
escola de tempo integral (que quase todo mundo parece considerar ideal);
- Políticas voltadas para a garantia da presença e da permanência na escola da criança e do
adolescente que, por alguma razão, estão fora dela;
- Políticas voltadas para a redução da repetência e da evasão (ainda que se aplique a promo-
ção automática);
- Políticas voltadas à correção das defasagens idade/série;
- Políticas voltadas à melhoria do salário dos professores ou à introdução de mecanismos de
remuneração que privilegiem desempenho e mérito;
- Políticas voltadas à extensão e melhoria da formação dos professores;
- Políticas voltadas à introdução da tecnologia na escola e à implantação de programas de
educação a distância (inclusive para a formação de professores).

FONTE: http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/E0008A0F54CD3D43832575A80057019E/$File/NT00040D52.pdf

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Atividades
No texto, conhecemos alguns exemplos de políticas públicas na área da educa-
ção, individualmente, cada um irá levantar pelo menos 05 ações de políticas na
área da saúde.

EDUCAÇÃO FISCAL

A educação fiscal tem como proposta despertar na sociedade uma reflexão sobre o
contexto em que o cidadão está inserido, oferecendo a ele informações para uma atu-
ação consistente e de contribuição para a melhoria das condições sociais vigentes.
O fato é que grande parte da população não sabe que paga tributos, desconhecendo
sua própria contribuição para o financiamento dos serviços públicos. Alguns sequer
sabem que a escola e o hospital que estão a seu serviço são frutos dos tributos pagos
por eles – que tudo o que é público foi construído com os tributos que cada um paga.
Todos somos contribuintes de fato, ainda que sejamos isentos do imposto de renda,
que não tenhamos carro ou imóvel próprio, ou que estejamos desempregados. É que
pagamos vários impostos e contribuições aos consumirmos bens ou serviços, sem
percebermos. O tributo que um empresário cobra do consumidor ao vender uma mer-
cadoria sem nota fiscal e, consequentemente, não repassa aos cofres públicos certa-
mente estará faltando para garantir um medicamento a um doente, a merenda em uma
creche ou o salário do professor. Ainda que diretamente não lesem a integridade físi-
ca de qualquer cidadão, indiretamente têm um efeito social devastador, pois afetam
principalmente as populações mais necessitadas, que dependem fundamentalmente
dos serviços públicos essenciais até para garantir a sua sobrevivência.
Portanto, o tributo é essencial à construção da vida em sociedade e, por isso, ele
guarda relação direta com o cotidiano das pessoas. Daí a importância de tratarmos de
Educação Fiscal em nossos estabelecimentos de ensino, do mesmo modo que trata-
mos de assuntos sociais de alta relevância para a formação de um cidadão consciente
de seus direitos e obrigações, participativo e comprometido com as aspirações da co-
letividade, contribuindo assim para a construção de uma sociedade melhor por meio
do poder transformador do conhecimento.

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A Educação Fiscal é um processo que visa a construção de uma consciência voltada ao
exercício da cidadania. O objetivo é propiciar a participação do cidadão no funcionamento
e aperfeiçoamento dos instrumentos de controles social e fiscal do Estado. O tributo é um
instrumento que pode e deve ser utilizado para promover as mudanças e reduzir as desi-
gualdades sociais. O cidadão, consciente da função social do tributo como forma de redis-
tribuição da Renda Nacional e elemento de justiça social, é capaz de participar do processo
de arrecadação, aplicação e fiscalização do dinheiro público.

FONTE: http://www.fdr.com.br/educacaofiscal/?target=apresentacao

Atividades
O texto abaixo é uma crítica a todos nós brasileiros, que reclamamos muito, mas não fa-
zemos nada, e o que é pior, ainda temos atitudes que só faz justificar porque o Brasil ain-
da continua um país subdesenvolvido. Leia e reflita com sua turma.
“O presidente é ruim? O governador não faz nada? O prefeito da cidade está roubando?
Você está reclamando que os políticos são todos corruptos? Do que mais você está recla-
mando?”
Após discutir com os alunos, iremos refletir com a continuação do texto abaixo:
“Se reclamamos tanto das coisas erradas é porque não fazemos nada ao contrário, não é
isso? Então responda às perguntas abaixo, porque o brasileiro?”
01. – Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.
02. – Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.
03. – Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração.
04. – Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, dentadura.
05. – Fala no celular enquanto dirige.
06. – Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.
07. – Para em filas duplas, triplas em frente às escolas.
08. – Viola a lei do silêncio.
09. – Dirige após consumir bebida alcoólica.
10. – Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.
11. – Espalha mesas, churrasqueira nas calçadas.
12. – Pega atestados médicos sem estar doente, só para faltar ao trabalho.

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13. – Faz “gato” de luz, de água e de TV a cabo.
14. – Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisó-
rios, só para pagar menos impostos.
15. – Compra recibo para abater na declaração do imposto de renda para pagar menos
imposto.
16. – Muda a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas.
17. – Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10 pede nota fiscal de 20.
18. – Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes.
19. – Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.
20. – Adultera o odômetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado.
21. – Compra produtos pirata com a plena consciência de que são pirata.
22. – Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.
23. – Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pa-
gar passagem.
24. – Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.
25. – Frequenta os caça níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho.
26. – Leva das empresas onde trabalha pequenos objetos como clipes, envelopes, cane-
tas, lápis , como se isso não fosse roubo.
27. – Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que recebe das empresas onde
trabalha.
28. – Falsifica tudo, tudo mesmo. Só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado.
29. – Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta
o que traz na bagagem.
30. – Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve.
31. – Não sabe votar e depois nem lembra em quem votou
Responda as questões abaixo:
1. Qual a sua contribuição para melhoria das condições em que vivemos?
2. O que você pode fazer para melhorar?

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DISCIPLINA 6 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Nos últimos três séculos a humanidade passou por grandes mudanças:


- surgimento do processo de produção industrial que aumentou a utilização dos recursos na-
turais e a geração de resíduos;
- Migração das pessoas do meio rural para as cidades;
- Aumento da produção do conhecimento proporcionando rápido
desenvolvimento das ciências e da tecnologia;
- Mudanças nos valores e modos de vida da sociedade
- Acelerado crescimento populacional.
Essas mudanças tiveram consequências profundas para todo o planeta:
Cultura de separação do homem e ambiente: O homem não se enxerga como parte do meio
ambiente, não estabelece limites nem critérios apropriados para utilização dos recursos na-
turais.
Crise ambiental: surgimento de graves problemas ambientais devido ao aumento da utiliza-
ção dos recursos naturais e da produção de resíduos.
A preocupação com a crise ambiental fez com que surgisse a mobilização da socieda-
de, exigindo soluções e mudanças. Na década de 60, do séc. XX, a partir dos movimentos
contra culturais, surgiu o movimento ecológico que começou a elaborar a proposta da edu-
cação ambiental como ferramenta de mudanças nas relações do homem com o ambiente.
A educação ambiental (EA) surge como resposta à preocupação da sociedade com o
futuro da vida.
Sua proposta principal é a de estimular o surgimento de uma cultura de ligação entre
natureza e sociedade, através da formação de uma atitude ecológica nas pessoas. Um dos
seus fundamentos é a visão socioambiental, que afirma que o meio ambiente é um espaço
de relações, é um campo de interações culturais, sociais e na-
turais (a dimensão física e biológica dos processos vitais).

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Ressalte-se que, de acordo com essa visão, nem sempre as interações humanas com a
natureza são daninhas, porque existe um co-pertencimento, uma co-evolução entre o ho-
mem e seu meio. Co-evolução é a ideia de que a evolução é fruto das interações entre a na-
tureza e as diferentes espécies, e a humanidade também faz parte desse processo.
O processo educativo proposto pela EA objetiva a formação de sujeitos capazes de
compreender a sua realidade e agir nela de forma consciente. Sua meta é a formação de su-
jeitos ecológicos.
Num contexto de críticas ao desenvolvimento acelerado e à forma de exploração dos
recursos ambientais, realiza-se no Rio de Janeiro a Conferência da ONU sobre o Meio Am-
biente e Desenvolvimento – UNCED (ECO-92), com a participação de 170 países. A preo-
cupação centrou-se nos problemas ambientais globais e nas questões do desenvolvimento
sustentável. Como resultado da ECO-92, editaram-se vários documentos, dos quais destaca-
mos:
- A Agenda 21, que apresentou um plano de ação para um desenvolvimento sustentável dos
vários países. De acordo com os preceitos desta agenda, deveria ser promovido, com a cola-
boração apropriada das organizações não governamentais, todo o tipo de programas de edu-
cação de adultos, de forma a incentivar uma educação permanente sobre meio ambiente e
desenvolvimento, centrada nos problemas locais.
- O Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Glo-
bal, de caráter não oficial, celebrado por diversas organizações da sociedade civil, que reco-
nhece a educação como um processo dinâmico em permanente construção. Ela deveria pro-
piciar a reflexão, o debate e a sua própria capacidade de aperfeiçoamento. Reconhece ainda
a Educação Ambiental como um processo de aprendizagem permanente, baseado no res-
peito por todas as formas de vida.
Na ECO-92 elaborou-se também a Carta Brasileira de Educação Ambiental, onde se
estabelecem as recomendações para a capacitação de recursos humanos. Ainda em 1992, a
Lei 8.490 transforma a Secretaria de Meio Ambiente em Ministério do Meio Ambiente.

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Em 1999, é promulgada a Lei nº 9.795, que instituiu a Política Nacional de Educação
Ambiental, regulamentada pelo Decreto 4.281/2002. O decreto reafirma os principais pon-
tos da Lei 9795/99, que definiu a educação ambiental como "uma prática educativa integra-
da, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal", não como
disciplina específica no currículo de ensino, mas presente em todas as matérias. O decreto
estende a obrigatoriedade da Educação Ambiental para uma variedade de instituições: insti-
tuições educacionais públicas e privadas dos sistemas de ensino, órgãos e entidades inte-
grantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama) e outros órgãos públicos (desde
federais até municipais), envolvendo entidades não governamentais, de classe, meios de co-
municação.

Assim, a partir dos pressupostos da Lei 9.795/99 entende-se por Educação Ambiental
os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, co-
nhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do Meio
Ambiente, bem de uso comum, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

FONTE http://pga.pgr.mpf.gov.br/pga/educacao-ambiental

http://www.cacadoresdecachoeiras.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=419&Itemid=584

Atividades
Dividir a turma em 03 grupos, cada grupo irá receber um Estudo de Caso, que
deverá ser discutido e apresentado as propostas:

1) Poluição do Solo (disposição de resíduos sólidos em Lixão ilegal)


Em um lugar não muito distante daqui, existia um responsável pela coleta do
lixo misturado que costumava colocá-lo em um Lixão ao invés de levá-lo até o
Aterro Sanitário mais próximo da região. Isso ocorria provavelmente pela dis-
tância até o Aterro ser maior do que até a do Lixão. O que vocês, como repre-
sentantes do Grupo de Educação Ambiental “Guardiões da Natureza” do Muni-
cípio (colocar o nome de cada Município) fariam para tentar solucionar esse
caso? Que danos ambientais irreparáveis seriam causados ao longo dos anos
nesse local de deposição ilegal do lixo?

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2) Poluição do Ar (queima ilegal de resíduos sólidos)
Era uma vez, um condomínio de apartamentos que costumava queimar seu lixo
ao invés de destiná-lo ao caminhão de coleta que o levaria até o Galpão de Reci-
clagem mais próximo, caso o lixo estivesse separado, ou ao Aterro Sanitário
mais próximo, caso os resíduos (secos e orgânicos) estivessem misturados. Na
verdade, essas pessoas eram bem intencionadas, pois achavam que a queima do
lixo era ambientalmente mais adequada do que o depósito em Unidades de Tria-
gem e Compostagem (UTCs) ou em Aterros Sanitários. No entanto, elas esta-
vam mal informadas, pois sabemos que a queima do lixo em locais que não
apresentem os filtros necessários para absorverem os principais gases poluentes,
causa sérios danos ambientais à região, representando inclusive uma forte amea-
ça à saúde dos moradores das proximidades. Como vocês, como representantes
do Grupo de Educação Ambiental “Guardiões da Natureza” do Município
(colocar o nome de cada Município) solucionariam esse caso? Qual seria a me-
lhor maneira para informar esses moradores da forma correta de depositarmos
nosso lixo doméstico e dos danos que a queima inadequada de resíduos sólidos
causa ao meio ambiente?

3) Poluição da Água (disposição de resíduos domésticos, agrícolas e industriais


ilegais no Rio da Prata)
Durante um acampamento de escoteiros, um grupo de jovens constatou que o
cheiro da água do Rio da Prata estava desagradável. Quando retornaram a suas
casas, comentaram isso nas escolas e seus professores providenciaram uma pes-
quisa que identificasse a qualidade da água daquela região. Os resultados foram
assustadores, pois a quantidade de poluentes era muito maior do que a admitida
para que um rio mantenha vida em condições saudáveis. Foi descoberto que lixo
doméstico e embalagens de agrotóxicos eram jogados no rio. Como vocês, co-
mo representantes do Grupo de Educação Ambiental “Guardiões da Natureza”
do Município (colocar o nome de cada Município) solucionariam esse caso? Pa-
ra que órgão seria indicado que a denúncia dessas irregularidades ocorresse?

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RECICLAGEM

Reciclagem é um conjunto de técnicas que tem por finalidade aproveitar os detritos e


reutiliza-los no ciclo de produção de que saíram. E o resultado de uma série de atividades,
pela qual materiais que se tornariam lixo, ou estão no lixo, são desviados, coletados, separa-
dos e processados para serem usados como matéria-prima na manufatura de novos produ-
tos.
Reciclagem é um termo originalmente utilizado para indicar o reaproveitamento (ou a
reutilização) de um polímero no mesmo processo em que, por alguma razão foi rejeitado.
O retorno da matéria-prima ao ciclo de produção é denominado reciclagem, embora o
termo já venha sendo utilizado popularmente para designar o conjunto de operações envol-
vidas. O vocábulo surgiu na década de 1970, quando as preocupações ambientais passaram
a ser tratadas com maior rigor, especialmente após o primeiro choque do petróleo, quando
reciclar ganhou importância estratégica. As indústrias recicladoras são também chamadas
secundárias, por processarem matéria-prima de recuperação. Na maior parte dos processos,
o produto reciclado é completamente diferente do produto inicial.
Com a colaboração do consumidor, podemos facilitar ainda mais o processo de recicla-
gem. A reciclagem do material é muito importante, não apenas para diminuir o acúmulo de
dejetos, como também para poupar a natureza da extração inesgotável de recursos. Veja co-
mo fazer a coleta seletiva e dar a sua parcela de contribuição na preservação do meio ambi-
ente:
1. Procure o programa organizado de coleta de seu município ou uma instituição, entidade
assistencial ou catador que colete o material separadamente. Veja primeiro o que a institui-
ção recebe. Não adianta separar, por exemplo: plástico, se a entidade só recebe papel.
2. Para uma coleta de maneira ideal, separe os resíduos em não-recicláveis e recicláveis e
dentro dos recicláveis separe papel, metal, vidro e plástico.
3. Veja exemplo de materiais recicláveis:
- Papel: jornais, revistas, formulários contínuos, folhas de escritório, caixas, papelão, etc.
- Vidros: garrafas, copos, recipientes.
- Metal: latas de aço e de alumínio’, clipes, grampos de papel e de cabelo, papel alumínio.
- Plástico: garrafas de refrigerantes e água, copos, canos, embalagens de material de limpe-
za e de alimentos, sacos.

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4. Escolha um local adequado para guardar os recipientes com os recicláveis até a hora da
coleta. Antes de guardá-los, limpe-os para retirar os resíduos e deixe-os secar naturalmente.
Para facilitar o armazenamento, você pode diminuir o volume das embalagens de plástico e
alumínios amassando-as. As caixas devem ser guardadas desmontadas.
Atenção: Os objetos reciclados não serão transformados nos mesmos produtos. Por exem-
plo, garrafas recicláveis não serão transformadas em outras garrafas, mas em outros materi-
ais, como solados de sapato.
A quantidade de lixo produzida diariamente por um ser humano é de aproximadamente 5
Kg.
- Se somarmos toda a produção mundial, os números são assustadores.
- Só o Brasil produz 240 000 toneladas de lixo por dia.
- O aumento excessivo da quantidade de lixo se deve ao aumento do poder aquisitivo e pelo
perfil de consumo de uma população. Além disso, quanto mais produtos industrializados,
mais lixo é produzido, como embalagens, garrafas,etc.
Tipos de lixo:
- Doméstico (alimentos)
- Industrial (carvão mineral, lixo químico, fumaças)
- Agrícola (esterco, fertilizantes)
- Hospitalar
- Materiais Radioativos ( indústria medicina...)
- Tecnológico (TV, rádios)
Em torno de 88% do lixo doméstico vai para o aterro sanitário. A fermentação produz
dois produtos: o chorume e o gás metano. Menos de 3% do lixo vai para as usinas de com-
postagem(adubo). O lixo hospitalar, por exemplo, deve ir para os incineradores. Apenas 2%
do lixo de todo o Brasil é reciclado.
Por quê? Porque reciclar é 15 vezes mais caro do que jogar o lixo em aterros.
Nos países desenvolvidos como a França e Alemanha, a iniciativa privada é encarre-
gada do lixo. Fabricantes de embalagens são considerados responsáveis pelo destino do li-
xo e o consumidor também tem que fazer sua parte. Por exemplo, quando uma pessoa vai
comprar uma pilha nova, é preciso entregar a usada.

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Uma garrafa plástica ou vidro pode levar 1 milhão de anos para decompor-se. Uma la-
ta de alumínio, de 80 a 100 anos. Porém todo esse material pode ser reaproveitado, transfor-
mando-se em novos produtos ou matéria prima, sem perder as propriedades.
Separando todo o lixo produzido em residências, estaremos evitando a poluição e im-
pedindo que a sucata se misture aos restos de alimentos, facilitando assim seu reaproveita-
mento pelas indústrias. Além disso, estaremos poupando a meio ambiente e contribuindo
para o nosso bem estar no futuro, ou você quer ter sua água racionada, seus filhos com sede,
com problemas respiratórios.

Algumas Vantagens:
Cada 50 quilos de papel usado, transformado em papel novo, evita que uma árvore seja
cortada. Pense na quantidade de papel que você já jogou fora até hoje e imagine quantas ár-
vores você poderia ter ajudado a preservar.
Cada 50 quilos de alumínio usado e reciclado, evita que sejam extraídos do solo cerca
de 5.000 quilos de minério, a bauxita.
Quantas latinhas de refrigerantes você já jogou até hoje?
Com um quilo de vidro quebrado, faz-se exatamente um quilo de vidro novo. E a gran-
de vantagem do vidro é que ele pode ser reciclado infinitas vezes.
Agora imagine só os aterros sanitários: quanto material que está lá, ocupando espaço, e
poderia ter sido reciclado!
Economia de energia e matérias-primas. Menos poluição do ar, da água e do solo.
Melhora a limpeza da cidade, pois o morador que adquire o hábito de separar o lixo,
dificilmente o joga nas vias públicas.Gera renda pela comercialização dos recicláveis. Dimi-
nui o desperdício.
Gera empregos para os usuários dos programas sociais e de saúde da Prefeitura. Dá
oportunidade aos cidadãos de preservarem a natureza de uma forma concreta, tendo mais
responsabilidade com o lixo que geram.

FONTE: http://www.compam.com.br/

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Atividades
Relacione 10 objetos que podem ser confeccionados a partir de lixo reciclado.

ESCASSEZ DE RECURSOS NATURAIS

Natureza e Seus Recursos: A natureza e os seus recursos naturais são indispensáveis


para a sobrevivência humana, portanto, não adianta haver progresso se as gerações futu-
ras talvez não terão condições mínimas de sobrevivência, pois os recursos naturais são
essenciais a vida. Não adianta haver progresso se a população não tiver consciência de
que os recursos naturais são gratuitos e devem ser preservados, pois se eles se acabarem
não haverá dinheiro que compre água, ar, entre outros recursos.
Por essa razão, muitos estudiosos têm estudado o meio ambiente, para melhor en-
tender seus processos, para que se encontrem medidas que possam garantir que as gera-
ções futuras possam aproveitar desses recursos ambientais.
É indispensável que toda a população tenha consciência de que é preciso preservar e
conservar o meio ambiente, pois os seus recursos são indispensáveis e essenciais para a
nossa sobrevivência e somente cuidando desse patrimônio natural, poderemos garantir
melhores condições de vida para as gerações futuras.
Por cerca de 4 bilhões de anos o balanço ecológico do planeta esteve protegido.
Com o surgimento do homem, meros 100 mil anos, o processo de gradativo do meio am-
biente tem sido proporcional à sua evolução.
Algumas espécies da fauna brasileira se encontram extintas e muitas outras correm o ris-
co. De acordo com o IBGE há pelo menos 330 espécies e subespécies ameaçadas de ex-
tinção, sendo 34 espécies de insetos, 22 de répteis, 148 de aves e 84 de mamíferos. As
principais causas da extinção das espécies faunísticas são a destruição de habitats, a caça/
pesca predatórias, a introdução de espécies estranhas a um determinado ambiente e a po-
luição (WALLAVER, 2000). O tráfico de animais silvestres movimenta cerca de 10 bi-
lhões de dólares/ano, sendo que 10% corresponde ao mercado brasileiro, com perda de
38 milhões de espécimes (O GLOBO, 03/07/02).

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- FAUNA: A poluição, assim como a caça predatória, altera a cadeia alimentar e dessa
forma pode haver o desaparecimento de uma espécie e superpopulação de outra. P. ex., o
gafanhoto serve de alimento para sapos, que serve de alimento
para cobras que serve de alimento para gaviões que quando
morrem servem de alimento para os seres decompositores. Se
houvesse uma diminuição da população de gaviões devido à ca-
ça predatória, aumentaria a população de cobras, uma vez que
esses são seus maiores predadores. Muitas cobras precisariam
de mais alimentos e, consequentemente, o número de sapos di-
minuiria e aumentaria a população de gafanhotos. Esses gafa-
nhotos precisariam de muito alimento e com isso poderiam ata-
car outras plantações, causando perdas para o homem (IBAMA, 2001). É importante
lembrar que o desaparecimento de determinadas espécies de animais interrompe os ci-
clos vitais de muitas plantas (O GLOBO, 03/07/02).

- FLORA: Desde o princípio de sua história o homem tem exercido intensa atividade so-
bre a natureza extraindo suas riquezas florestais, pampas e, em menor intensidade, as
montanhas. As florestas têm sido as mais atingidas, devido ao aumento demográfico elas
vêm sendo derrubadas para acomodar as populações, ou para estabelecer campos agri-
cultáveis (pastagens artificiais, culturas anuais e outras plantações de valor econômico)
para alimentar as mesmas. Essa ocupação tem sido realizada sem um planejamento am-
biental adequado causando alterações significativas nos ecossistemas do planeta. As
queimadas, geralmente praticadas pelo homem, são atualmente um dos principais fatores
que contribuem para a redução da floresta em todo o mundo, além de aumentar a con-
centração de dióxido de carbono na atmosfera, agravando o aquecimento do planeta.
O fogo afeta diretamente a vegetação, o ar, o solo, a água, a vida silvestre, a saúde
pública e a economia. Há uma perda efetiva de macro e micronutrientes em cada quei-
mada que chega a ser superior a 50% para muitos nutrientes. Além de haver um aumento
de pragas no meio ambiente, aceleração do processo de erosão, ressecamento do solo
entre vários outros fatores.

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- RECURSOS HÍDRICOS: Já ouvimos falar muito sobre a guerra do petróleo e os países
da OPEP. Como se sabe, a maior concentração de petróleo conhecida está localizada no
Golfo Pérsico. Porém, o petróleo deste novo século que também causará muitas guerras é
outro: a água. Mais da metade dos rios do mundo diminuíram seu fluxo e estão contami-
nados, ameaçando a saúde das pessoas. Esses rios se encontram tanto em países pobres
quanto ricos.
Apenas 2% da água do planeta é doce, sendo que 90% está no subsolo e nos pólos.
Cerca de 70% da água consumida mundialmente, incluindo a desviada dos rios e a bom-
beada do subsolo, são utilizadas para irrigação. Aproximadamente 20% vão para a indús-
tria e 10% para as residências .Atualmente a água já é uma ameaça a paz mundial, pois,
muitos países da Ásia e do Oriente Médio disputam recursos hídricos. Relatórios da ONU
apontam que 1 bilhão de pessoas não tem acesso a água tratada e com isso 4 milhões de
crianças morrem devido a doenças como o cólera e a malária (DIAS, 2000). A expectativa
é de que nos próximos 25 anos 2,76 bilhões de pessoas sofrerão com a escassez de água.
A escassez de água se deve basicamente à má gestão dos recursos hídricos e não à
falta de chuvas. Uma das maiores agressões para a formação de água doce é a ocupação e
o uso desordenado do solo. Para agravar ainda mais a situação são previstas as adições de
mais de 3 bilhões de pessoas que nascerão neste século, sendo a maioria em países que já
tem escassez de água, como Índia, China, Paquistão.
- OCUPAÇÃO DO SOLO: O acesso a terra continua sendo um dos maiores desafios de
nosso país. O modelo urbanístico brasileiro praticamente se divide em dois: a cidade ofi-
cial (cidade legal, registrada em órgãos municipais) e a cidade oculta (ocupação ilegal do
solo). A cidade fora da lei, sem conhecimento técnico e financiamento público, é onde
ocorre o embate entre a preservação do meio ambiente e a urbanização. Toda legislação
que pretende ordenar o uso e a ocupação do solo, é aplicada à cidade legal, mas não se
aplica à outra parte, a qual é a que mais cresce. Mais de 3 milhões de moradias foram
construídas em terras invadidas ou em áreas inadequadas. Há uma relação direta entre as
moradias pobres e as áreas ambientalmente frágeis (beira de córregos, rios e reservatórios,
encostas íngremes, mangues, várzeas e áreas de proteção ambiental, APA). Obviamente
esses dados são melhor observados nas grandes metrópoles (Rio de Janeiro, São Paulo,
Fortaleza), onde mais da metade da população mora ilegalmente.

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As consequências dessa ocupação desorganizada já são bastante conhecidas: enchen-
tes, assoreamento dos cursos de água devido ao desmatamento e ocupação das margens, de-
saparecimento de áreas verdes, desmoronamento de encostas, comprometimento dos cursos
de água que viraram depósitos de lixo e canais de esgoto.
O censo de 2000, realizado pelo IBGE, aponta um crescimento de 22,5% de novas fa-
velas em 9 anos. Há 3.905 favelas no país, sendo 1.548 em São Paulo e 811 no Rio de Ja-
neiro.
- CRESCIMENTO POPULACIONAL: O controle da natalidade é indispensável pois o pla-
neta está acima de sua capacidade máxima de ocupação e há evidências de falta de alimen-
tos e água para as próximas décadas. Como alternativa, a limitação de 2 filhos por casal, be-
neficiaria as condições socioeconômicas do país, principalmente nos grandes centros onde a
maior porcentagem da população carente tem muitos filhos. Com número estável de habi-
tantes, os planos assistenciais seriam mais facilmente desenvolvidos e o meio ambiente po-
deria ser mantido.
Se no planeta com 6 bilhões de habitantes, a população já se encontra no limite, imagi-
ne-se com 10 bilhões de pessoas previstas para o ano de 2050. Países como a Índia terão um
acréscimo de 519 milhões de pessoas, China 211 milhões e o Paquistão de 200 milhões até
o ano de 2050 Se não for realizado um controle da natalidade, seremos todos responsáveis
pela condenação de milhões de pessoas a morrer de fome ou sede.

- LIXO: Outro trágico fator ambiental é o lixo que em sua maioria ainda é lançado a céu
aberto. No Brasil, cerca de 85% da população brasileira vive nas cidades. Com isso, o lixo
se tornou um dos grandes problemas das metrópoles. Pela legislação vigente, cabe às prefei-
turas gerenciar a coleta e destinação dos resíduos sólidos. De acordo com o IBGE, 76% do
lixo é jogado a céu aberto sendo visível ao longo de estradas e também são carregados para
represas de abastecimento durante o período de chuvas. Cada brasileiro produz 1 Kg de lixo
doméstico por dia, ou seja, se a pessoa viver 70 anos terá produzido em torno de 25 tonela-
das.

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- SANEAMENTO BÁSICO: Outro fator gravíssimo para aumentar a poluição ambiental é a fal-
ta de saneamento básico. Atualmente apenas 8% do esgoto doméstico é tratado no Brasil e o
restante é despejado diretamente nos cursos d’ água (MEIRELLES, 2000).
Um relatório da ONU revela que as regiões costeiras, sul e sudeste do Brasil, são as mais
poluídas do mundo. 40 milhões de pessoas vivem no litoral lançando 150 mil litros de esgo-
to por dia ou 6 bilhões de litros de esgoto sem tratamento (VITOR, 2002).
- CONDIÇÕES CLIMÁTICAS: Em 1990, 200 cientistas participaram do primeiro painel intergo-
vernamental de mudança do clima, organizado pelas Nações Unidas. À época eles alertaram
que o mundo precisava reduzir de 60 a 80% seus gases causadores do efeito estufa, para res-
tabelecer o equilíbrio na Terra. A partir desses dados foi criado o Protocolo de Kioto, o qual
estabeleceu que os países industrializados deveriam diminuir as emissões de dióxido de car-
bono em 5,2% até janeiro de 2012, sobre os níveis vigentes em 1990.
A preocupação com as mudanças climáticas é justificada, pois afetarão todo o planeta e de
forma desproporcional os países pobres que serão atingidos por ciclones tropicais, chuvas
torrenciais e ventos fortes, escassez de água, doenças e erosão. Esses países são mais vulne-
ráveis devido à falta de recursos. Além disso, poderá haver a redução de colheitas e nesse
caso o Brasil seria um dos países afetados entre vários outros efeitos (NORONHA, 2001).
Com verões mais longos e quentes aumentará a taxa de reprodução e crescimento de insetos
e, com isso, aumenta a transmissão de doenças por estes vetores (O GLOBO 21/06/02).
- DESPERDÍCIO: 20% dos alimentos são desperdiçados (desde a colheita até a mesa da comu-
nidade) segundo o IBGE. Essas toneladas perdidas seriam suficientes para matar a fome de
toda a população carente. Além disso, jogamos fora muito material reciclável (são despeja-
das na natureza 125 mil toneladas de rejeitos orgânicos e materiais recicláveis por dia). A
cada tonelada de papel que se recicla, 40 árvores deixam de ser cortadas. Em ambos os ca-
sos o desperdício gera poluição ambiental.

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50% da água tratada é desperdiçada no país. E o pior é que essa água retorna aos ma-
nanciais após o uso, sem tratamento e, novamente, retorna a nós para consumo após vários
tratamentos com custos elevadíssimos. Entre os maus hábitos estaria a lavagem de carro,
calçadas, roupas, banhos demorados, louças na qual é desperdiçada mais água do que o ne-
cessário, além de vazamentos.

FONTE: http://meioambiente.culturamix.com/recursos-naturais/escassez-de-recursos-naturais

http://www.terrabrasil.org.br/noticias/materias/pnt_problemasamb.htm

Atividades
Faça uma redação dissertativa, com no mínimo 20 linhas e no máximo 30 li-
nhas destacando os principais problemas ambientais estudados até o momento.
Descreva os impactos desses problemas na vida da população mundial.

PRINCIPAIS PROBLEMAS AMBIENTAIS NO BRASIL

O grande crescimento urbano, a demasiada e desenfreada poluição das águas, do ar e do


solo, e a devastação gradativa das florestas e o espantoso desmatamento da Amazônia são
alguns dos graves problemas ambientais brasileiros.
- Poluição hídrica: este tipo de poluição é gerado normalmente em áreas industriais, o de-
senvolvimento e o crescimento tecnológico aumentam significativamente as indústrias e
fabricas. Diversas dessas fábricas trabalham com produtos químicos e nocivos e que muitas
vezes após a sua utilização é descartado, e de forma errada alguns acabam despejando esses
produtos em rios e lagos. A principal fonte de poluição hídrica é sem duvidas o homem, se-
ja por meio da poluição por fabricas, ou simplesmente pelo gesto de jogar objetos na água,
o principal responsável, talvez o único pela poluição de rios, lagos e a própria água de con-
sumo é o homem.

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- Poluição do ar: a geração de poluição nas cidades hoje são resultado, principalmente, pela
queima de combustíveis fosseis como carvão mineral e derivados do petróleo. Um fator
muito importante que agrava e polui o ar é o monóxido de carbono e dióxido de carbono,
contido na gasolina, no diesel dentre outras fontes que são lançadas diretamente na atmosfe-
ra. Em grandes centros é incrível e notável a consequência da poluição, a saúde do ser hu-
mano, por exemplo, é a mais afetada, fora a poluição visível em grandes cidades como a
grande São Paulo. Doenças respiratórias são consequências muito comuns, rinite alérgica,
bronquite, alergias e asma. Consequência dessa poluição, a chuva acida mata plantas e ani-
mais além da corrosão gradativa de monumentos históricos e até mesmo carros.
- Lixo e poluição de rios, lagos e lençóis freáticos: fatores de ligação são consequência um
do outro, o lixo é um grande problema que muitas cidades enfrentam, tanto pela quantidade
gerada, como a dificuldade em se desfazer corretamente com os resíduos, sejam eles de
qualquer natureza. A poluição do solo é qualquer alteração prejudicial de suas característi-
cas naturais, a degradação da qualidade do solo é devido à presença do homem e disposição
de resíduos sólidos e líquidos. A contaminação do solo consequentemente atinge rios e la-
gos (se perto deles) além de contaminar (dependendo da gravidade) lençóis freáticos.
O índice de desmatamento em nosso território é tão alarmante que chega a pontuar propor-
cionalmente o Brasil como o segundo país, atrás apenas da China, com maiores áreas devas-
tadas em todo o mundo.
A floresta Amazônica, tida como a maior reserva natural do planeta,
já teve cerca de 15% de sua área original desmatada, e de Mata Atlân-
tica restam apenas 7% de sua composição silvestre.
De acordo com ambientalistas, na Amazônia, uma área de aproxima-
damente 50 mil km2 é atingida por queimadas em períodos de um
ano. Por causa disso, ocorre um empobrecimento do solo, acelerando
o processo de desertificação. A fumaça liberada, além de causar pro-
blemas à saúde, também contribuem para o aquecimento do planeta e as alterações climáti-
cas.

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Ilha de calor: É o aumento da temperatura em determinadas partes de uma cidade, na qual a
região com maior concentração predial, asfalto, vidros e concreto tem maior temperatura;
enquanto que em outra parte da cidade, que tem mais áreas verdes, a temperatura é menor,
com variações de até 10° C no mesmo dia.
Efeito estufa: Fenômeno causado pelo aumento da temperatura no planeta em virtude dos
gases poluentes emitidos pelas cidades. A camada poluente impede que o calor da atmosfera
se dissipe. É chamado de estufa, pois o planeta mantém a temperatura aquecida.
Erosão: Causada pelo uso e pela ocupação irregular de áreas de preservação ambiental nas
grandes cidades, como encostas, margens de rios, excesso de peso das edificações, compac-
tação do solo, etc.
Chuva ácida: Causada pela poluição do ar, em que os gases poluentes reagem com a água da
umidade do ar, ocasionando chuvas com presença de componentes ácidos e prejudicando
plantações, edificações, automóveis e o ser humano.
Enchentes e desmoronamento: As chuvas nas cidades podem causar enchentes e desmoro-
namentos, destruindo edificações e matando pessoas, em razão da ocupação irregular, pois
as águas das chuvas não têm para onde escoar.
Falta de áreas verdes: O desmatamento em áreas urbanas causa aumento da temperatura e
agrava a poluição do ar.
Poluição visual e sonora: As propagandas excessivas e o barulho alto dos grandes centros
podem causar transtornos psicológicos na sociedade.
FONTE: http://www.guiabrasilblog.com/problemas-ambientais-no-brasil/

http://www.brasilescola.com/biologia/problemas-ambientais-brasileiros.htm

http://www.brasilescola.com/geografia/problemas-ambientais-dos-grandes-centros.htm

Atividades
1. O que você faz para poupar água?
2. O que você pode fazer para poupar energia elétrica?
3. O que você pode fazer para diminuir a produção de lixo?
4. O que você faz para colaborar com o meio ambiente?
5. O que você mais gosta na natureza?
6. Você se considera parte da natureza? Por quê?
7. Qual a importância da água?
8. Qual a importância da terra?

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9. Qual é o maior problema ambiental, para você?
10. A pobreza é um problema ambiental? Por quê?
11. A superpopulação é um problema ambiental? Por quê?
12. O que você pensa sobre pássaros em gaiolas?
13. O que você pensa sobre o consumismo?
14. Como você se sente quando vê pessoas com más posturas ambientais?
15. Para você, quais as diferenças entre viver em um ambiente urbano (cidade) e um
ambiente rural (campo)?
16. Para você, por que é tão difícil mudar hábitos e atitudes?
17. Você acha que a escola colabora com o meio ambiente?
18. Você se preocupa com o meio ambiente? Por quê?

MUDANÇAS CLIMÁTICAS
As mudanças climáticas são alterações que ocorrem no clima geral do planeta Terra.
Estas alterações são verificadas através de registros científicos nos valores médios ou desvi-
os da média, apurados durante o passar dos anos.
Fatores geradores: As mudanças climáticas são produzidas em diferentes escalas de tempo
em um ou vários fatores meteorológicos como, por exemplo: temperaturas máximas e míni-
mas, índices pluviométricos (chuvas), temperaturas dos oceanos, nebulosidade, umidade
relativa do ar, etc. As mudanças climáticas são provocadas por fenômenos naturais ou por
ações dos seres humanos.
Consequências: Atualmente as mudanças climáticas têm sido alvo de diversas discus-
sões e pesquisas científicas. Os climatologistas verificaram que,
nas últimas décadas, ocorreu um significativo aumento da tem-
peratura mundial, fenômeno conhecido como aquecimento glo-
bal. Este fenômeno, gerado pelo aumento da poluição do ar, tem
provocado o derretimento de gelo das calotas polares e o au-
mento no nível de água dos oceanos. O processo de desertifi-
cação também tem aumentado nas últimas décadas em fun- ção
das mudanças climáticas. Todos os dias acompanhamos na tele-
visão, nos jornais e revistas as catástrofes climáticas e as mu-
danças que estão ocorrendo, rapidamente, no clima mundial. Nunca se viu mudanças tão
rápidas e com efeitos devastadores como tem ocorrido nos últimos anos.

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Desertificação: Desertificação é um fenômeno em que um determinado solo é transfor-
mado em deserto, através da ação humana ou processo natural. No processo de desertifica-
ção a vegetação se reduz ou acaba totalmente, através do desmatamento Neste processo, o
solo perde suas propriedades, tornando-se infértil (perda da capacidade produtiva).
No Brasil, a desertificação vem aumentando, atingindo várias regiões. Nordeste (região do
sertão), Pampas Gaúchos, Cerrado do Tocantins e o norte do Mato Grosso e Minas Gerais
são áreas do território brasileiro afetadas atualmente pela desertificação.
A desertificação gera vários problemas e prejuízos para o ser humano. Com a formação
de áreas áridas, a temperatura aumenta e o nível de umidade do ar diminui, dificultando a
vida do ser humano nestas regiões. Com o solo infértil, o desenvolvimento da agricultura
também é prejudicado, diminuindo a produção de alimentos e aumentando a fome e a po-
breza.
O meio ambiente também é prejudicado com este processo. A formação de desertos
elimina a vida de milhares de espécies de animais e vegetais, pois modifica radicalmente o
ecossistema da região afetada. A desertificação também favorece o processo de erosão do
solo, pois as plantas e árvores não existem mais para "segurar" o solo.
Ciclone: Ciclone é um fenômeno atmosférico em que os ventos giram em sentido circu-
lar, tendo no centro uma área de baixa pressão. Os ventos de um ciclone podem chegar a
200 km/h e, geralmente, apresentam-se acompanhados de fortes chuvas (tempestades). Es-
tas precipitações ocorrem, pois o ar quente se eleva, formando assim as nuvens.
Quando um ciclone nasce e se desenvolve no Oceano Atlântico ele é chamado de furacão.
Quando o ciclone é formado sobre as águas do Oceano Pacífico, então é chamado de tufão.
No Brasil não há registros de ocorrências de ciclone ou furacão, e os principais problemas
climáticos no Brasil são a seca e as enchestes.

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Segundo os estudos realizados, nos próximos 100 anos poderá haver um aumento da
temperatura média global entre 1,8ºC e 4,0ºC. Além disso, o nível médio do mar deve subir
entre 0,18 m e 0,59 m, o que pode afetar significativamente a atividade humana e os ecos-
sistemas terrestres.
Para se ter uma ideia de como o processo de aquecimento da Terra está acelerado, basta sa-
ber que o planeta demorou 10 mil anos para que a temperatura aumentasse 5ºC. Agora pode
levar apenas 200 anos para aumentar mais 5°C.
Com o objetivo de projetar as consequências desse fenômeno para o Brasil, o Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), traçou dois cenários: um pessimista, que estima au-
mento da temperatura no País entre 4ºC e 6°C, e outro otimista, com alta entre 1ºC e 3°C.
As duas projeções apontam para diminuição do volume de chuvas na região Norte, au-
mento da temperatura no Centro Oeste, seca no Nordeste, aumento de extremos de seca,
chuva e temperatura no Sudeste e aumento do volume de chuvas no Sul, mas com alta eva-
poração por causa do calor, o que afeta o balanço hídrico.

FONTE: http://planetaterra2010.wordpress.com/2009/05/27/mudancas-climaticas/

http://www.brasil.gov.br/cop/panorama/o-que-esta-em-jogo/mudancas-do-clima

Atividades
1. Quais as consequências da seca para população? Cite os impactos na saúde,
alimentação, finanças e qualidade de vida.
2. Quais as consequências das enchestes para a população? Cite os impactos na
saúde, alimentação, finanças e qualidade de vida.

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AQUECIMENTO GLOBAL

O aquecimento global é uma consequência das alterações climáticas ocorridas no pla-


neta. Diversas pesquisas confirmam o aumento da temperatura média global. Conforme ci-
entistas do Painel Intergovernamental em Mudança do Clima (IPCC), da Organização das
Nações Unidas (ONU), o século XX foi o mais quente dos últimos cinco, com aumento de
temperatura média entre 0,3°C e 0,6°C. Esse aumento pode parecer insignificante, mas é
suficiente para modificar todo clima de uma região e afetar profundamente a biodiversida-
de, desencadeando vários desastres ambientais.
As causas do aquecimento global são muito pesquisadas. Existe uma parcela da comu-
nidade científica que atribui esse fenômeno como um processo natural, afirmando que o
planeta Terra está numa fase de transição natural, um processo longo e dinâmico, saindo da
era glacial para a interglacial, sendo o aumento da temperatura consequência desse fenôme-
no.
No entanto, as principais atribuições para o aquecimento global são relacionadas às
atividades humanas, que intensificam o efeito de estufa através do aumento na queima de
gases de combustíveis fósseis, como petróleo, carvão mineral e gás natural. A queima des-
sas substâncias produz gases como o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e óxido
nitroso (N2O), que retêm o calor proveniente das radiações solares, como se funcionassem
como o vidro de uma estufa de plantas, esse processo causa o aumento da temperatura. Ou-
tros fatores que contribuem de forma significativa para as alterações climáticas são os des-
matamentos e a constante impermeabilização do solo.
O degelo é outra consequência do aquecimento global, segundo especialistas, a região
do oceano Ártico é a mais afetada. Nos últimos anos, a camada de gelo desse oceano tornou
-se 40% mais fina e sua área sofreu redução de aproximadamente 15%. As principais cordi-
lheiras do mundo também estão perdendo massa de gelo e neve. As geleiras dos Alpes recu-
aram cerca de 40%, e, conforme artigo da revista britânica Science, a capa de neve que co-
bre o monte Kilimanjaro, na Tanzânia, pode desaparecer nas próximas décadas.

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60
O efeito estufa
Do total de raios solares que atingem o planeta, quase 50% ficam retidos na atmosfera; o
restante, que alcança a superfície terrestre, aquece e irradia calor. Esse processo é chamado
de efeito estufa.
Apesar de o efeito estufa ser figurado como algo ruim, é um evento natural que favorece a
proliferação da vida no planeta Terra. O efeito estufa tem como finalidade impedir que a
Terra esfrie demais, pois se a Terra tivesse a temperatura muito baixa, certamente não tería-
mos tantas variedades de vida. Contudo, recentemente, estudos realizados por pesquisadores
e cientistas, principalmente no século XX, têm indicado que as ações antrópicas (ações do
homem) têm agravado esse processo por meio de emissão de gases na atmosfera, especial-
mente o CO2.

O dióxido de carbono (CO2) é produzido a partir da queima de combustíveis fósseis usados


em veículos automotores movidos à gasolina e óleo diesel. Esse não é o único agente que
contribui para emissão de gases, existem outros como as queimadas em florestas, pastagens
e lavouras após a colheita.
Com o intenso crescimento da emissão de gases e também de poeira que vão para a atmos-
fera, certamente a temperatura do ar terá um aumento de aproximadamente 2ºC em médio
prazo. Caso não haja um retrocesso na emissão de gases, esse fenômeno ocasionará uma in-
finidade de modificações no espaço natural e, automaticamente, na vida do homem. Dentre
muitas, as principais são:
• Mudanças climáticas drásticas, onde lugares de temperaturas extremamente frias sofrem
elevações e áreas úmidas enfrentam períodos de estiagem. Além disso, o fenômeno pode
levar áreas cultiváveis e férteis a entrar em um processo de desertificação.
• Aumento significativo na incidência de grandes tempestades, furacões ou tufões e torna-
dos.
• Perda de espécies da fauna e flora em distintos domínios naturais do planeta.
• Contribuir para o derretimento das calotas de gelo localizadas nos polos e, consequente-
mente, provocar uma elevação global nos níveis dos oceanos.
O tema "efeito estufa" é bem difundido nos mais variados meios de comunicação do mun-
do, além de revistas científicas e livros, no entanto a explicação é razoavelmente simples.
Em razão de os gases se acumularem na atmosfera, a irradiação de calor da superfície fica
retida na atmosfera e o calor não é lançado para o espaço; dessa forma, essa retenção provo-
ca o efeito estufa artificial.

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Algumas tentativas de solucionar o problema:
Protocolo de Kyoto
Este protocolo é um acordo internacional que visa a redução da emissão dos poluentes
que aumentam o efeito estufa no planeta. Entrou em vigor em 16 fevereiro de 2005. O prin-
cipal objetivo é que ocorra a diminuição da temperatura global nos próximos anos. Infeliz-
mente os Estados Unidos, país que mais emite poluentes no mundo, não aceitou o acordo,
pois afirmou que ele prejudicaria o desenvolvimento industrial do país.
Conferência de Bali
Realizada entre os dias 3 e 14 de dezembro de 2007, na ilha de Bali (Indonésia), a
Conferência da ONU sobre Mudança Climática terminou com um avanço positivo. Após 11
dias de debates e negociações. os Estados Unidos concordaram com a posição defendida pe-
los países mais pobres. Foi estabelecido um cronograma de negociações e acordos para tro-
ca de informações sobre as mudanças climáticas, entre os 190 países participantes. As bases
definidas substituirão o Protocolo de Kyoto, que vence em 2012.
Conferência de Copenhague - COP-15
A 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima foi realizada entre os
dias 7 e 18 de dezembro de 2009, na cidade de Copenhague (Dinamarca). A Conferência
Climática reuniu os líderes de centenas de países do mundo, com o objetivo de tomarem
medidas para evitar as mudanças climáticas e o aquecimento global. A conferência terminou
com um sentimento geral de fracasso, pois poucas medidas práticas foram tomadas. Isto
ocorreu, pois houve conflitos de interesses entre os países ricos, principalmente Estados
Unidos e União Européia, e os que estão em processo de desenvolvimento (principalmente
Brasil, Índia, China e África do Sul).
De última hora, um documento, sem valor jurídico, foi elaborado visando à redução de ga-
ses do efeito estufa em até 80% até o ano de 2050. Houve também a intenção de liberação
de até 100 bilhões de dólares para serem investidos em meio ambiente, até o ano de 2020.
Os países também deverão fazer medições de gases do efeito estufa a cada dois anos, emi-
tindo relatórios para a comunidade internacional.

FONTE: http://www.brasilescola.com/geografia/aquecimento-global.htm

http://www.brasilescola.com/geografia/efeito-estufa.htm

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Atividades
Os jovens deverão ler o texto abaixo, a partir dele, desenvolver um texto crítico com
no mínimo 20 linhas e no máximo 30 linhas sobre o assunto.
Faça um texto organizado e que relacione argumentos, fatos e opiniões para defender
seu ponto de vista e suas propostas, sem ferir os direitos humanos.

Amazônia e aquecimento global

Reconhecido especialista em aquecimento global, o cientista Philip Fearnside é pesqui-


sador titular do Departamento de Ecologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
(Inpa), em Manaus, onde trabalha há muitos anos. O ecólogo tem cerca de 400 artigos publi-
cados, boa parte com dados sobre a emissão de gases causadores do efeito estufa, que indi-
cam como a Floresta Amazônica tem papel fundamental nesse processo. De acordo com o
pesquisador, a Floresta presta um serviço inestimável ao planeta e o mundo precisa ajudar a
preservá-la. Em dezembro, ele concedeu uma entrevista ao Portal da Amazônia, falando so-
bre o tema.
Portal Amazônia: Os ambientalistas alegam que o desmatamento da Floresta Amazôni-
ca está contribuindo para o aquecimento global. Qual é a real responsabilidade da região?
Philip Fearnside: Desmatamento é parte do problema, não é todo o problema. Mundial-
mente, o que mais contribui para o aquecimento global é a queima de combustíveis fósseis,
ou seja, carvão mineral, petróleo, gás natural. Eles representam como um todo cerca de 80%
do efeito estufa, o restante se dá por conta do desmatamento. Fala-se muito no Brasil porque,
por aqui, a maior emissão de gases vem com desmatamento. Temos que lembrar que o des-
matamento só favorece os grandes fazendeiros da Amazônia, que representam 4 mil pessoas,
não beneficia nem sustenta a população e dá uma contribuição mínima à economia do País.
A Amazônia é considerada a maior floresta tropical do mundo. Tem um imenso e diver-
sificado estoque de biodiversidades, com variadas espécies de vegetais e animais e uma re-
serva gigantesca de minérios, além de suportar 15 de água doce não congelada do planeta e
80% do recurso disponível em território brasileiro. Por isso, é considerada como umas das
armas contra o aquecimento global, embora não seja a única. No entanto, o desmatamento
de milhões de quilômetros quadrados de floresta pode desregular o regime de chuvas e
acentuar o aquecimento global, por causa dos gases emitidos pelas queimadas.

FONTE http://www.agenciaamazonia.com.br/

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SUSTENTABILIDADE

Define-se por Desenvolvimento Sustentável um modelo econômico, político, social,


cultural e ambiental equilibrado, que satisfaça as necessidades das gerações atuais, sem
comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer suas próprias necessidades.
Esta concepção começa a se formar e difundir junto com o questionamento do estilo de de-
senvolvimento adotado, quando se constata que este é ecologicamente predatório na utiliza-
ção dos recursos naturais, socialmente perverso com geração de pobreza e extrema desi-
gualdade social, politicamente injusto com concentração e abuso de poder, culturalmente
alienado em relação aos seus próprios valores e eticamente censurável no respeito aos direi-
tos humanos e aos das demais espécies.
O conceito de sustentabilidade comporta sete aspectos ou dimensões principais, a sa-
ber:
Sustentabilidade Social - melhoria da qualidade de vida da população, equidade na distri-
buição de renda e de diminuição das diferenças sociais, com participação e organização po-
pular;
Sustentabilidade Econômica - públicos e privados, regularização do fluxo desses investi-
mentos, compatibilidade entre padrões de produção e consumo, equilíbrio de balanço de pa-
gamento, acesso à ciência e tecnologia;
Sustentabilidade Ecológica - o uso dos recursos naturais deve minimizar danos aos sistemas
de sustentação da vida: redução dos resíduos tóxicos e da poluição, reciclagem de materiais
e energia, conservação, tecnologias limpas e de maior eficiência e regras para uma adequa-
da proteção ambiental;
Sustentabilidade Cultural - respeito aos diferentes valores entre os povos e incentivo a pro-
cessos de mudança que acolham as especificidades locais;
Sustentabilidade Espacial - equilíbrio entre o rural e o urbano, equilíbrio de migrações, des-
concentração das metrópoles, adoção de práticas agrícolas mais inteligentes e não agressi-
vas à saúde e ao ambiente, manejo sustentado das florestas e industrialização descentraliza-
da;
Sustentabilidade Política - no caso do Brasil, a evolução da democracia representativa para
sistemas descentralizados e participativos, construção de espaços públicos comunitários,
maior autonomia dos governos locais e descentralização da gestão de recursos;
Sustentabilidade Ambiental - conservação geográfica, equilíbrio de ecossistemas, erradica-
ção da pobreza e da exclusão, respeito aos direitos humanos e integração social. Abarca to-
das as dimensões anteriores através de processos complexos.

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64
O grande marco para o desenvolvimento sustentável mundial foi, sem dúvida a
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio
de Janeiro em junho de 1992 (a Rio 92), onde se aprovaram uma série de documentos im-
portantes, dentre os quais a Agenda 21, um plano de ação mundial para orientar a transfor-
mação desenvolvimentista, identificando, em 40 capítulos, 115 áreas de ação prioritária. A
Agenda 21 apresenta como um dos principais fundamentos da sustentabilidade o fortaleci-
mento da democracia e da cidadania, através da participação dos indivíduos no processo de
desenvolvimento, combinando ideais de ética, justiça, participação, democracia e satisfação
de necessidades. O processo iniciado no Rio em 92, reforça que antes de se reduzir a ques-
tão ambiental a argumentos técnicos, deve-se consolidar alianças entre os diversos grupos
sociais responsáveis pela catalisação das transformações necessárias.
Dentre alguns dos focos discriminados na Agenda 21, podemos destacar:
 Cooperação internacional
 Combate à pobreza
 Mudança dos padrões de consumo
 Habitação adequada
 Integração entre meio ambiente e desenvolvimento na tomada de decisões
 Proteção da atmosfera
 Abordagem integrada do planejamento e do gerenciamento dos recursos terrestres
 Combate ao desflorestamento
 Manejo de ecossistemas frágeis: a luta contra a desertificação e a seca
 Promoção do desenvolvimento rural e agrícola sustentável
 Conservação da diversidade biológica
 Manejo ambientalmente saudável dos resíduos sólidos e questões relacionadas com os
esgotos
 Fortalecimento do papel das organizações não governamentais: parceiros para um de-
senvolvimento sustentável
 Iniciativas das autoridades locais em apoio à agenda 21 a comunidade científica e tec-
nológica
 Fortalecimento do papel dos agricultores
 Transferência de tecnologia ambientalmente saudável, cooperação e fortalecimento
institucional a ciência para o desenvolvimento sustentável.
 Promoção do ensino, da conscientização e do treinamento.

FONTE: http://catalisa.org.br/textoteca/30-o-conceito-de-sustentabilidade-e-desenvolvimento-sustentl

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65
Atividades
O SWU (Starts With You – Começa Com Você) é um movimento de conscientização
em prol da sustentabilidade que tem o intuito de mobilizar o maior número possível de pes-
soas em torno da causa, mostrando que, por meio de pequenas ações, com simples atitudes
individuais do seu dia a dia, é possível ajudar a construir um mundo melhor para se viver.
Outra ideia de uma vida sustentável é estabelecer uma relação economicamente viável
com o mundo. Trabalhar e buscar parcerias com quem está perto da gente é melhor, pois,
além de fomentar o desenvolvimento daquela região, favorece o equilíbrio de todo o meio
ambiente à sua volta.
Como cidadãos conscientes e comprometidos com a sustentabilidade é possível cada
um de nós trazer para dentro de sua vida, de sua rotina, de sua casa, as suas próprias ações
sustentáveis, que podem ter uma importância muito maior do que a se imagina!
Limpar o oceano das manchas de óleo que os navios cargueiros despejam parece uma
tarefa impossível, não é mesmo? Mas, separar o lixo, apagar as luzes na hora de dormir e
não desperdiçar a água que utilizamos está, sim, ao seu alcance. E, acredite: é exatamente a
força dessa conscientização e dessa união que poderá, um dia, deixar limpos e cristalinos
todos os oceanos do planeta.
Tendo em vista esse movimento, que já existe, individualmente estabeleça 10 ações
que podem ser feitas por você em prol da sustentabilidade e do meio ambiente.

FONTE: http://www.swu.com.br/

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DISCIPLINA 7 - INFORMÁTICA
CONCEITOS BÁSICOS DE INFORMÁTICA

Conceitos de Hardware: A Informática atua em todas as áreas do conhecimento humano. A


sua utilização passou a ser um diferencial para pessoas e empresas, visto que, o controle da
informação passou a ser algo essencial para se obter maior flexibilidade no mercado. As-
sim, o profissional, que melhor integrar sua área de atuação com a informática, atingirá,
com mais rapidez, os seus objetivos e, consequentemente, o seu sucesso. Então o que vem a
ser um computador? É um sistema constituído por HARDWARE , SOFTWARE e PEO-
PLEWARE.

Os computadores eletrônicos evoluíram baseados em quatro gerações assim descritas:

1ª Geração (1951 – 1958) – Tinham como característica principal o uso de válvulas, alto
consumo de energia e tamanho aproximado de 140m2, geravam uma grande quantidade de
calor.

2ª Geração(1959 – 1965) – Tinham como característica principal o uso de transistores, ele-


mento que revolucionou o mundo da eletrônica, dando aos computadores mais rapidez e um
tamanho bem menor que a geração anterior.

3ª Geração(1965 – 1969) – Tinham como característica principal o tamanho reduzido para


médio e pequeno porte, ainda com o lançamento do IBM/360 esses computadores passaram
a possuir a tecnologia dos circuitos integrados no seu modo primário.

4ª Geração(1970 até os dias atuais) – Característica principal: domínio da tecnologia dos


Circuitos Integrados (semicondutores a silício) CHIP VLSI.

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68
Os processadores atuais utilizam de 22 a 30 milhões de transistores integrados na pastilha
de silício.

MICROCOMPUTADOR: É um computador pequeno, de tamanho tal que pode ser colocado


sobre uma mesa. Quando surgiram os microcomputadores, existiam apenas os computado-
res de grande porte (que ocupavam salas inteiras) e os minicomputadores, que eram do ta-
manho de uma geladeira. Na atualidade o tamanho dos computadores são os mais variados
sendo classificados como:

 Desktop (computador de mesa, tradicional, o tipo mais comum usado em casas, es-
critórios e empresas),

 Laptop (computador de colo, também conhecido como notebook),

 Palmtop (computador com pequenas dimensões, também chamado computador de


mão), atualmente conhecido como PDA e HANDHELD.

 Mainframe (computador de grande porte; alta capacidade de armazenamento e pro-


cessamento).

Os principais fabricantes de microcomputadores são: ITAUTEC, IBM, HP-COMPAQ,


DELL, TOSHIBA, APPLE.

Microprocessador: É um pequeno CHIP, que cabe na palma da mão. Podemos dizer que es-
se chip é o "cérebro" do computador. É ele que executa os programas, faz os cálculos e to-
ma as decisões, de acordo com as instruções armazenadas na memória. Os principais fabri-
cantes de microprocessadores são:

SOFTWARE são programas executados no computador. O termo software pode denominar


um conjunto de programas ou apenas um programa específico.

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69
Um PROGRAMA é uma sequência lógica de ações, que, após serem executadas, apre-
sentam um resultado, que pode ser correto ou não. Um programa é formado por linhas se-
quenciais mas nem sempre são executadas na ordem em que aparecem, pois pode ocorrer
que determinada linha possua um desvio para outro local.

Tipos de software: Básico e aplicativo

O software básico é essencial para o funcionamento do computador e também para au-


xiliar no desenvolvimento e execução de certas tarefas. Entre o software básico destacam-se
os Sistemas Operacionais (WINDOWS, MS-DOS, LINUX, SOLARIS, UNIX, etc.) e as
Linguagens de Programação (COBOL, C, VISUAL BASIC, DELPHI, JAVA, CLIPPER,
etc.). Um sistema operacional é principal software para o funcionamento do computador,
pois é através dele que o usuário efetua tarefas como copiar informações do computador pa-
ra um disquete e vice-versa, formatar meios de armazenamento, instalar periféricos específi-
cos no computador, configurar impressoras, etc.

Uma linguagem de programação é utilizada para desenvolver sistemas específicos co-


mo folha de pagamento, sistemas de contabilidade, controle de estoque e outros.

O software aplicativo são programas utilizados na execução de tarefas especificas co-


mo:

Editores de textos (Microsoft Word, Bloco de notas).


Apresentam facilidades na elaboração de diversos tipos de documentos proporcionan-
do gravar modelos para serem usados posteriormente. Os documentos podem possuir tipos
de letras (fontes) diferentes. O usuário pode alterar a cor e o tamanho dos caracteres e tam-
bém pode incluir figuras. A extensão padrão de um arquivo criado no Word é .doc.

Planilhas eletrônicas (Microsoft Excel, Lotus123).

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70
São programas usados para tratar números e efetuar a computação de funções matemáticas.
A diferença fundamental entre uma planilha e uma calculadora é que, quando se altera um
determinado número em uma planilha, as fórmulas que utilizam esse número são automati-
camente atualizadas. Uma planilha estabelece os dados através de linhas e colunas. O cru-
zamento entre uma linha e uma coluna é denominado de CÉLULA. A extensão padrão no
Excel é a .xls. O Excel também permite que uma planilha seja utilizada como uma base da-
dos em um determinado banco de dados a extensão apropriada para isso é .dbf.

Bancos de dados
Um banco de dados proporciona armazenar, manter e gerenciar informações, as quais po-
dem ser acessadas de diversas formas. Os mais conhecidos são: Microsoft Access, Micro-
soft Sql Server, Oracle, Sybase, MySql, Interbase, Informix. As principais extensões de ar-
quivo de banco de dados são: .dat, .mdb, .dbf.

 Programas Gráficos (Adobe Photoshop, Corel Draw).

 Editoração Eletrônica (Pagemaker).

 Transferência de dados (Norton PcAnyware).

 Antivírus (Norton Antivírus, Virus Scan,Panda Antivírus, AVG Antivírus).

 Navegadores para internet (Internet Explorer, Netscape Navigator).

 Programas para Backup ou compactadores (Winzip).

Programas para a leitura de superfície ( Scan Disk).


Ainda dentro da categoria de software aplicativos temos os softwares desenvolvidos especi-
ficamente para atender rotinas especificas tais como: Sistema de Faturamento, Sistema de
emissão de cupom fiscal, Sistema orçamentário, Sistema de controle de contas a receber e a
pagar,etc.

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71
WORD

Para abrir o Word, clique sobre o botão Iniciar na Barra de Tarefas, clique em Programas e,
em seguida, clique sobre o aplicativo Word.

Salvando um Documento: Salvar um documento significa que é possível guardar todo o


trabalho desenvolvido e abri-lo novamente. Para salvar clique no menu Arquivo Salvar. Se o
arquivo vai ser salvo pela primeira vez clique em Salvar Como ou clique para também sal-
var. Digite um nome para o arquivo.

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72
Configurando a Página: Para configurar o documento escolha no menu Arquivo Configu-
rar Página. Nesta caixa de diálogo pode-se configurar as margens da página e o papel para
posterior impressão.

Formatando um texto

Acima a barra de ferramentas do Word apresenta diferentes botões para configuração de um


texto com o tipo da fonte, tamanho da fonte, negrito, itálico, sublinhado, alinhamento, mar-
cadores e numeradores, borda, realce, cor da fonte.

Para modificar a formatação é necessário selecionar o que se deseja alterar. Todas essas
funções também podem ser realizadas através do menu Formatar - Fonte, Formatar - Pará-
grafo, Formatar - Marcadores e Numeração.

Inserindo numeração de páginas: É possível inserir números nas páginas tanto na parte
superior ou inferior da página. Clique no menu Inserir - Números de páginas.

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73
Na caixa de diálogo a seguir pode-se escolher entre inserir um número no rodapé ou no ca-
beçalho, com alinhamento à direita, esquerda ou centralizada.

Cabeçalho e Rodapé: Um cabeçalho e rodapé é um trecho de texto impresso no topo ou na


parte inferior de todas as páginas de um documento. O cabeçalho fica na margem superior e
o rodapé na margem inferior.

Para criar um cabeçalho ou rodapé vá para o menu clique em Exibir -- Cabeçalho e rodapé
e um retângulo tracejado irá aparecer.

Inserir um clip-art: O Word traz uma série de imagens e para um inserir um clip-art vá ao
menu clique em Inserir Figura - Clip-art e selecione a imagem ou na barra de desenho.

Inserir uma figura: Uma figura pode ser qualquer arquivo de imagem ou fotografia. Vá em
Inserir Figura - Do arquivo e selecione a imagem desejada ou na barra de desenho.

Colunas: Um texto pode ser formatado em uma ou mais colunas. Para colocar um texto em
colunas, selecione o texto clique no menu Formatar - Colunas e selecione o número de colu-
nas.

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74
Borda da Página: Para inserir uma borda na página vá em Formatar - Bordas e sombrea-
mento e clique no item Borda da página, escolha os itens de formatação.

Tabela: Uma tabela é um conjunto de linhas e colunas, onde cada área é chamada de célula,
que podem ser preenchidas com texto e elementos gráficos. Existem duas formas de inserir
uma tabela, a primeira vá ao menu clique em Tabela - Inserir Tabela ou na barra de ferra-
mentas.

Se for pelo menu a seguinte caixa de diálogo irá aparecer, digite o número de colunas e o
número de linhas:

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75
Imprimindo um documento: Imprimir um documento só é possível se a impressora estiver
configurada corretamente. Caso esteja funcionando corretamente, clique em Arquivo - Im-
primir e depois no botão Ok.

NOÇÕES DE DIGITAÇÃO

Conhecendo o teclado:

- Tab: É a tecla usada para avançar marcas de tabulação. Sua função mais utilizada é demar-
car o início do parágrafo. A tecla Tab é muito útil, também, para avançar campos.

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76
- Caps Lock: Tecla de acionamento de maiúsculas. A Caps Lock acionada (luz indicadora
acesa) mantém todo o texto em maiúsculo. A Caps Lock acionada não habilita os sinais grá-
ficos secundários (aqueles que ficam em cima dos números na quarta fileira ou em teclas de
acentuação e pontuação). Para digitá-los, mesmo com a Caps Lock acionada, você precisará
do Shift.

- Shift: Tecla usada, normalmente, para grafar iniciais em maiúsculas (mantendo pressiona-
da Shift e apertando a tecla da letra que se deseja em maiúscula). Com Shift, você também
digita os sinais gráficos secundários e de acentuação e pontuação. Embora normalmente se
utilize o mouse para selecionar fragmentos de texto, um digitador rápido pode fazer isso
muito melhor com o Shift em conjunto com uma das teclas de cursor, aquelas setinhas que
ficam entre o teclado numérico e o alfanumérico. Basta levar o cursor com elas até o final
da palavra que se deseja selecionar (para negritar, apagar, etc), pressionar Shift e continuar
correndo a tecla de cursor até cobrir a palavra inteira. Com o tempo, ganha-se muito mais
velocidade do que com o uso do mouse, que obriga o digitador a tirar as mãos do teclado.

- Ctrl: A tecla Ctrl (Control) é muito usada para determinadas operações especiais (teclas de
atalho). Para isso, ela é combinada com outras teclas. O bom uso da tecla Ctrl aumenta
enormemente a velocidade do digitador, que passa dispensar o uso do mouse.

- Alt: A tecla Alt costuma ser pouco usada pelo digitador no ambiente dos editores de texto.
Pode servir, por exemplo, para acionar um caractere especial ou terceiro símbolo de uma
tecla (observe que algumas têm três símbolos), como se fosse um Shift secundário. Saindo
do editor de texto, o digitador descobre, por exemplo, que Alt + Tab permite “saltar” de um
aplicativo aberto para o outro dentro do Windows.

- F1 a F12: São as teclas para funções operacionais. Servem para agilizar determinadas
operações. Por exemplo, para acessar a ajuda de determinados programas (F1) ou para
repetir o último fragmento digitado (F4).

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77
- Print Screen, Scroll Lock e Pause Break: São teclas muito utilizadas em ambiente DOS,
servindo para avanço e interrupção da “rolagens” de dados pela tela do micro. No ambiente
Windows, a tecla Print Screen SysRq serve para capturar integralmente a tela que está sen-
do visualizada, jogando-a na área de transferência. Depois, é possível editar essa tela atra-
vés, por exemplo, da ferramenta Paint.

- Insert: Tendo sido pressionada, a tecla Insert provoca a substituição de um texto que já es-
tá estrito pelo novo texto. Ou seja, o novo texto irá apagando o texto escrito daquele ponto
para frente.

- Delete: a tecla Delete serve para apagar, basta selecionar o fragmento que deseja destruir e
pressionar Delete.

- Home: Em conjunto com Ctrl, avança o cursor para o início do documento.

- End: Em conjunto com Ctrl, avança o cursor para o final do documento

- Page Up: Desloca o cursor em “saltos” para um ponto anterior ao que está sendo lido ou
digitado.

- Page Down: – Desloca o cursor em “saltos” para um ponto posterior ao que está sendo li-
do ou digitado.

- Esc: A tecla Esc é muito utilizada para interromper a execução de determinados programas
em ambiente Windows, sem a necessidade dos procedimentos normais de finalização.

Posição das mãos no teclado:

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78
Atividades
Os jovens deverão fazer uma pesquisa sobre os tipos de software de sistema e
de software de aplicação.

EXCELL

Para abrir o programa Excel, usaremos os seguintes passos:

1.Clique no botão iniciarà

2. Posicione o cursor do mouse na opção todos os Programasà

3. Posicione o cursor na opção Microsoft Officeà

4. Visualize e clique em Microsoft Office Excel 2003

A tela do Excel

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79
Conhecendo as barras do Excel:

Barra de Título
Fornece o nome do software e também o nome do arquivo que está sendo editado (ou que se
encontra aberto).
Barra de Menus
Fornece os menus de comandos do Excel.

Barra padrão ou de ferramentas de comandos

Fornece,
ao usuário, botões representando alguns dos comandos disponíveis nos menus

Barra de Ferramentas de Formatação

Permite ao usuário formatar os caracteres do texto na célula, modificando estilo, cor de tex-
tos e células, alinhamento do texto, centralizar colunas, formatar em moeda, etc.
Barra de Fórmulas

Mostra a célula selecionada pelo cursor, bem como a fórmula, função e ainda textos, se usa-
dos, em cada célula.
Área de Trabalho
É o local onde iremos digitar nas células e trabalhar com colunas e linhas de uma planilha.

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80
Barras de Rolagens
Usadas para que o usuário se desloque pelo texto com o auxílio do mouse, elas
podem ser vertical ou horizontal. Você desloca pela planilha clicando nas setas
ou arrastando o botão.

Vertical

Horizontal

Os componentes do excel 2003:


Este software é composto de cinco partes fundamentais, que são:

1. Pasta.

2. Planilha.

3. Coluna.

4. Linha.

5. Célula.

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81
Pasta  É denominada “PASTA” todo arquivo que for criado neste software “Excel”. Tudo
que for criado e posteriormente será um arquivo, porém considerado uma PASTA.

Planilha  Uma planilha é considerada a parte onde será executado todo o trabalho por is-
so esta é fundamental, se não temos planilha não podemos criar qualquer calculo que se-
ja.

OBS: Dentro de uma planilha estão contidas as colunas, linhas e células.

O Excel 2003 possui varias planilhas, (Inicialmente temos 03 planilhas para trabalharmos,
mas que posteriormente podem podem ser alteradas).

Podemos localizar uma planilha através dos nomes que elas receberam inicialmente
PLAN1, PLAN2... Na parte inferior da Área de Trabalho, que recebe o nome de guia de
planilhas.

Coluna èÉ o espaçamento entre dois traços na vertical.


As colunas do Excel são representadas em letras de acordo coma a ordem alfabética
crescente sendo que a ordem vai de A até IV, e tem no total de 256 colunas em cada pla-
nilha.

Linha  É o espaçamento entre dois traços na horizontal. As linhas de uma planilha são re-
presentadas em números, formam um total de 65.536 linhas e estão localizadas na parte
vertical esquerda da planilha.

Célula  As células são formadas através da intersecção “cruzamento” de uma coluna com
uma linha e, cada célula tem um endereço “nome” que é mostrado na caixa de nomes
que se encontra na Barra de Fórmulas. Multiplicando as colunas pelas linhas vamos ob-
ter o total de células que é 16.777.216.

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82
Sinais operacionais:

Sinal de * = Multiplicação
Sinal de / = Divisão
Sinal de + = Adição
Sinal de – = Subtração
Sinal de ^ = Potenciação
Sinal de % = Porcentagem

OPERAÇÕES BÁSICAS
Podemos realizar todo tipo de cálculo através dos operadores aritméticos, tais como:

Adição (+), Subtração (-), Multiplicação (*), Divisão (/), Potenciação(^), e outros. Para tais
operações entre células, depois de introduzirmos os valores, basta que façamos referência
ao nome da célula que o valor acompanhará sempre que está for referida.

Obs.: Para que o Excel reconheça uma função é necessário por o sinal de igual
(=) antes de qualquer comando.

Dessa forma, para se fazer um cálculo utilizando o excell é necessário digitar:

- Sinal de Igual (=);

- Localização da célula em que o valor está inserido (A1 ,B1 ,C1 ou D1 , e as-
sim por diante);

Obs.: A letra está relacionada a coluna e o número está relacionado à linha.

- Sinal representado o tipo de operação almejada (*, /, +, -).

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Atividades
1) Digite para as seguintes células os seguintes valores:

A1 : 100 B1 : 200 C1 : 300

A2 : 50 B2 : 150 C2 : 250

A3 : 150 B3 : 250 C3 : 300

2) Faça os cálculos abaixo:

1. Divida A1 e C3

2. Some: A1e A3

3. Multiplique B1 e B3.

4. Some C1, B2 e C3

5. Diminua A1 e B3.

6. Divida B1 com C3 e multiplique com B2.

7. Multiplique C2 com C1 e Divida com A2 .

8. Crie a coluna TOTAL e some todos os valores das colunas e das linhas.

POWERPOINT
O PowerPoint é um software de criação e edição de apresentações de slides, sua interface
permite aos usuários integração com outros programas, como, MS WORD, MS EXCEL,
ACCESS, já que sua aparência e ferramentas são muito parecidas, proporcionando assim
um aprendizado mais simples.

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84
A janela que aparecerá em seguida será o local onde podemos selecionar o formato dese-
jado. Geralmente para o 1o slide escolhemos o slide de título.

Para inserir texto nos campos:

Clique com o botão esquerdo no campo desejado

Digite o texto

Para inserir um novo slide

Menu Inserir > Novo Slide ou clique no ícone

Para excluir um slide: Menu Editar > Excluir Slide

Modos de exibição dos Slides

Modos de exibição de slides (Barra de ícones no canto inferior à esquerda)

1. Modo de Slides (1o)– utilizada para visualizar o slide e os campos de texto individual-
mente.

2. Modo Estrutura de tópicos (2o) – podemos visualizar os pontos principais da apresentação.

3. Modo Classificação de Slides (3o) – Podemos ver a apresentação inteira, sendo fácil
adicionar, excluir e mover slides.
4. Modo de Anotações (4o) – é possível incluir notas para o apresentador utilizar durante
a apresentação.

5. Modo Apresentação de slides (5o) – utilizada para visualizar a apresentação dos slides
individualmente e em tela cheia.

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85
Inserir uma figura de outro arquivo ou Clipart:

No menu Inserir, aponte para Figura e, em seguida, clique em Do arquivo ou Clipart.

Localize a figura que você deseja inserir.

Clique duas vezes na figura a ser inserida.

Inserindo data, número do slide

Insere as configura-
ções no slide.

Insere as configura-
Aplica ao slide
ções na página. atual

Menu Exibir > Cabeçalho e rodapé

Transição de Slides: Utilizada para definição da passagem de um slide para outro.


Clique no menu Apresentações >

Selecionar o efeito desejado;

Clicar no botão Aplicar a todos se

desejar que a definição seja

aplicada para toda apresenta-

ção e Aplicar, caso deseje

que seja somente para o sli-

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86
Definindo a cor de fundo
Menu Formatar > Segundo Plano

Animando os slides
Menu Apresentações > opção Personalizar animação

Nesta guia (Intervalos)

podemos trocar a ordem

dos tópicos a serem ani-

mados

Nesta guia (Efeitos) definem-se quais serão os

efeitos de para cada um dos tópicos

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87
Slide mestre: Slide que contém a formatação para títulos, texto principal e qual-
quer item que deva aparecer em todos os slides. Se uma alteração for feita no mes-
tre todos os slides serão automaticamente alterados.
Menu Exibir > Mestre > Slide Mestre

Qualquer alteração feita no Slide mestre alterará o título mestre

Impressão
Menu Arquivo > opção Imprimir

Na opção folhetos, permite a impressão de vários slides por página, basta clicar
em “Imprimir” e trocar a opção “Slides”.

Atividades
Cada jovem deverá fazer uma apresentação pessoal com as informações abaixo em cada
slide:

1. Nome e idade

2. Onde reside e com quem

3. Datas marcantes

4. O que gosta de fazer nas horas vagas

5. Aspectos que precisa melhorar e porque.

6. Um ponto forte

7. Uma situação difícil que foi vivenciada.

Obs.: Os slides precisam estar formatados com todos os recursos que o PowerPoint ofere-
ce.

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INTERNET

Formas de conexão à internet: Basicamente existem três formas de acesso à internet:

• Acesso discado: Acesso através da linha telefônica convencional (também chamado de


acesso via Dial-Up), produzindo uma velocidade de acesso muito baixa e um custo elevado.

• Acesso banda larga (ADSL): Acesso através de modernos equipamentos (modens) utili-
zando o cabo do telefone e não a linha em si, isto proporciona uma velocidade de acesso
muito boa e um custo baixo.

• Acesso por Rede Privada ou Corporativa: Acesso realizado através de uma rede já existen-
te (intranet).

• Acesso via Wi-FI: Acesso à internet através de rede sem fio utilizando-se de conexões
ADSL ou Rede Privada/corporativa.

• Acesso via tecnologia 3G: Acesso através das operadoras de telefone celular.

Intranet: A palavra Intranet apareceu no vocabulário de informática e de administração em-


presarial já há algum tempo. Nos Estados Unidos, 16% das corporações já têm sua Intranet,
enquanto outras 50% planejam implantá-la. Não se conhece tecnologia que tenha se alastra-
do com tamanha rapidez.

O que caracteriza a Intranet é o uso das tecnologias da World Wide Web no ambiente priva-
tivo da empresa. Em vez de circular publicamente pelo mundo, como na Internet, as infor-
mações confinadas numa rede Intranet são acessíveis apenas à organização a que pertencem
e às pessoas autorizadas por ela a consultá-la. Por suas características, esse tipo de rede é
uma poderosa ferramenta de gestão empresarial e, ao mesmo tempo, um meio de viabilizar
o trabalho em grupo na organização.

Navegadores Web: O navegador web é um software cuja principal função é a de visualizar


páginas web.

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89
Com ele se tem a possibilidade de navegar pela grande rede de computadores, visu-
alizando imagens, textos formatados, ouvindo sons, música e executando aplicações especi-
almente desenvolvidas para a internet. Hoje, existe uma infinidade de navegadores web dis-
poníveis, uns pagos outros gratuitos, uns rápidos outros mais lentos, uns mais seguros e ou-
tros nem tanto. Entretanto a grande maioria cumpre o seu papel fundamental, ou seja, colo-
car ao alcance de todos as mais variadas páginas existentes, desde uma simples leitura de
uma notícia até a compra de um determinado produto. A seguir são apresentados o Internet
Explorer da Microsoft e o Mozilla Firefox, por serem, atualmente, os navegadores mais uti-
lizados no mundo todo.

O internet explorer é o navegador mais utilizado na internet. Ele é fabricado


pela Microsoft e estamos mostrando abaixo as principais ferramentas que ele
possui.

Ao lado temos os botões de navegação: O primeiro botão permite voltar na página em que
você acabou de sair sem ter que digitar o endereço (URL) novamente na barra de endereços.
O segundo botão tem a função invertida.

O botão atualizar tem como função recarregar a página em execução, ou seja, ver
o que há de novo na mesma. Geralmente utilizado para rever a página que não foi
completamente baixada, faltando figuras ou textos.

O botão página inicial tem como função ir para a página que o seu navegador está
configurado para abrir assim que é acionado pelo usuário, geralmente o IE está
configurado para ir a sua própria página na Microsoft.

A utilização deste botão faz a impressão da página atualmente visitada na impresso-


ra padrão definida no Windows. Ao se clicar na seta preta existem também outras op-
ções como: Visualizar Impressão e Configurar Página.

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90
Quando visitamos constantemente alguns endereços de sites, podemos uti-
lizar o recurso chamado de Favoritos para adicionar o endereço que dese-
jarmos em uma pasta, assim o mesmo endereço poderá ser acessado mais facilmente em ou-
tra ocasião. Ou seja, não precisaremos digitá-lo novamente.

Redes Sociais: Sites como o Facebook e o Twitter estão por toda a parte, atualmen-
te. Você ouve falar em tweets e em postar em murais e fica se perguntando se o mundo das
redes sociais é para você. Esta breve explicação irá ajudar você a entender o que são redes
sociais. Depois, apresentaremos você às redes sociais online Facebook e Twitter, juntamente
com instruções de como começar a usá-las e como se manter seguro. Vamos lá!

O que são redes sociais?

Grosso modo, redes sociais são um meio de se conectar a outras pessoas na inter-
net. Os sites de redes sociais geralmente funcionam tendo como base os perfis de usuário -
uma coleção de fatos sobre o que um usuário gosta, não gosta, seus interesses, hobbies, es-
colaridade, profissão ou qualquer outra coisa que ele queira compartilhar.

Geralmente, esses sites oferecem vários níveis de controle de privacidade. Por


exemplo, o Facebook permite que outras pessoas encontrem o seu perfil, procurando pelo
seu nome ou endereço de email, mas você pode proteger as informações particulares do seu
perfil de qualquer um que você não tenha aprovado especificamente. No Twitter, você pode
definir que suas atualizações sejam particulares, podendo ser vistas apenas pelas pessoas
que você aprovar.

O objetivo das redes sociais é juntar um grupo de pessoas com quem você esteja
interconectado por um ou mais fatores.

Algumas redes sociais estão montadas especificamente ao redor de interesses espe-


ciais. Esses sites existem para compartilhar experiências, conhecimentos e formar grupos
sobre tópicos específicos.

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91
Presentes no dia a dia principalmente para uso pessoal, as redes sociais revelam um pouco
da personalidade e da postura dos profissionais. Sabendo disso, as empresas têm buscado
utilizar essas mídias como ferramenta de recrutamento de recursos humanos. Mesmo quem
não está à procura de emprego precisa atentar para o tipo de conteúdo que divulga nos per-
fis virtuais.

• Expor intimidades pessoais;


• Entrar em comunidades preconceituosas;
• Usar a rede social no ambiente de trabalho;
• Manifestar insatisfação com a empresa;
• Dizer na rede social o que não diria pessoalmente;
• Manifestar posições políticas ou partidárias;
 Mentir;
 Não se preocupar com ortografia e gramática.
OUTLOOK
O Microsoft Outlook 2007 é um programa de gestão de informações pessoais e de mensa-
gens que auxilia no gerenciamento de mensagens, compromissos, contatos, tarefas e parti-
lhar informações com outras pessoas.

Ele nos permite realizar as principais funções de uma agenda de forma mais rápida e sim-
ples.

Com ele você pode:

 Definir compromissos em um Calendário

 Anotar contatos

 Organizar tarefas

Escrever lembretes pessoais etc.


Uma das especialidades do Outlook 2007 é o trabalho com e-mails. Ele te ajuda a montar,
enviar e receber um e-mail, além de organizá-los de forma apropriada e segura.

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Aparece à esquerda da tela principal e normalmente apresenta os modos de traba-
lho Email, Calendário, Contatos e Tarefas.

No Painel de Navegação, você encontra uma lista de pastas usadas


para a organização de emails. Selecionando uma das pastas, todos
os e-mails que estão dentro dela são exibidos em uma área de apare-
ce ao lado do painel.

Uma das novidades do Email é que o conteúdo de uma mensagem é exibido au-
tomaticamente uma área ao lado da lista de mensagens assim que ela é selecio-
nada.

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Calendário: É o modo de trabalho Calendário que você agenda compromissos com dia,
hora e local definidos. Ao acioná-lo, o Painel de Navegação exibe um calendário do lado
superior esquerdo já janela, onde nele você pode escolher em que dia deseja ver ou inserir
compromissos.

Para inserir um compromisso basta clicar no botão Novo ou dar um clique duplo sobre a
linha do horário desejado e a janela de trabalho será exibida.

Contatos: Neste modo de trabalho você poderá adicionar pessoas ou empresas com quem
você talvez precise entrar em contato. Você deve anotar informações como seu endereço,
telefone, email etc. Escolhendo o modo de trabalho Contato, o Painel de Navegação mos-
tra vários modos de exibição dos contatos cadastrados, tais como, Cartões de Visita, Car-
tões de Endereço, Lista de telefones etc.

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Para inserir novos contatos, você deverá passar para o modo de trabalho Contatos usando
o Painel de Navegação, em seguida clicar no botão Novo na Barra de Ferramentas. Você
também poderá dar um duplo clique sobre uma área vazia da área de trabalho.

Tarefas: Neste modo, você registra todas as tarefas que precisam ser feitas, ou compromis-
sos sem dia, hora e local definidos. Assim como o modo Contatos, o modo de trabalho Ta-
refas possui várias formas de exibir as tarefas agendadas no Painel de Navegação.

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Para iniciar a criação de uma nova tarefa, você pode dar um duplo clique em uma das li-
nhas em branco da planilha, ou também clicar no botão Novo na Barra de Ferramentas.
Assim como um compromisso, uma tarefa é identificada pelo seu assunto.

Enviando um e-mail: Para criar e enviar uma mensagem, você deve acionar o modo de
trabalho E-mail ou Outlook e clicar no botão Novo da Barra de Ferramentas.

Atividades
Cada jovem irá pesquisar ao menos 02 cursos (superiores, técnicos, qualificação)
que tenham interesse em cursar. Na pesquisa devem-se obter as seguintes informa-
ções:

- Grade do curso (Disciplinas do curso);

- Duração do curso;

- Preço;

-Contato da instituição que está oferecendo com nome, telefone, endereço e e-mail.

A pesquisa deverá ser formatada no Word e ao final da pesquisa deverá ser feito
uma apresentação em PowerPoint dos resultados da busca.

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DISCIPLINA 1 - LÍNGUA PORTUGUESA
CONTEXTUALIZANDO O ACORDO ORTOGRÁFICO

A existência de duas ortografias oficiais da língua portuguesa, a lusitana (de Portugal)


e a brasileira, tem sido considerada como largamente prejudicial para a unidade interconti-
nental do português e para o seu prestígio no Mundo.
Tal situação remonta, como é sabido, a 1911, ano em que foi adoptada em Portugal a
primeira
grande reforma ortográfica, mas que não foi extensiva ao Brasil.
Por iniciativa da Academia Brasileira de Letras, em consonância
com a Academia das Ciências de Lisboa, com o objetivo de se minimiza-
rem os inconvenientes desta situação, foi aprovado em 1931 o primeiro
acordo ortográfico entre Portugal e o Brasil. Todavia, este acordo não
produziu, afinal, a tão desejada unificação dos dois sistemas ortográficos,
fato que levou mais tarde à Convenção Ortográfica de 1943.
Perante as divergências persistentes nos Vocabulários, realizou-se, em 1945, em Lis-
boa, novo encontro entre representantes daquelas duas agremiações, o qual conduziu à cha-
mada Convenção Ortográfica Luso-Brasileira de 1945. Mais uma vez, porém, este Acordo
não produziu os almejados efeitos, já que ele foi adoptado em Portugal, mas não no Brasil.
Em 1971, no Brasil, e em 1973, em Portugal, foram promulgadas leis que reduziram subs-
tancialmente as divergências ortográficas entre os dois países. Apesar destas louváveis inici-
ativas, continuavam a persistir, porém, divergências sérias entre os dois sistemas ortográfi-
cos. No sentido de as reduzir, a Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira
de Letras elaboraram em 1975 um novo projeto de acordo que não foi, no entanto, aprovado
oficialmente por razões de ordem política, sobretudo vigentes em Portugal.
E é neste contexto que surge o encontro do Rio de Janeiro, em Maio de 1986, e no qual
se encontram, pela primeira vez na história da língua portuguesa, representantes não apenas
de Portugal e do Brasil mas também dos cinco novos países africanos lusófonos entretanto
emergidos da descolonização portuguesa.
O Acordo Ortográfico de 1986, conseguido na reunião do Rio de Janeiro, ficou, porém,
inviabilizado pela reação polêmica contra ele movida sobretudo em Portugal.
O Acordo enfim foi assinado em 1990 e tem o apoio da Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa (CPLP) e tem como objetivo unificar as regras do português escrito em
todos os países que têm a língua portuguesa como idioma oficial.

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98
O governo de cada país deve ratificar o acordo assinado e definir seus prazos para que
ele entre em vigor internamente. Segundo a CPLP, Brasil, Cabo
Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Prínci-
pe já ratificaram o acordo. Timor Leste, que em 1990 ainda não
era uma nação independente, também já aderiu. Angola é o úni-
co país-membro da CPLP que ainda não ratificou o acordo.
Após várias tentativas de se unificar a ortografia da língua
portuguesa, a partir de 1º de janeiro de 2009 passou a vigorar no
Brasil e em todos os países da CLP (Comunidade de países de Língua Portuguesa) o perío-
do de transição para as novas regras ortográficas que se finaliza em 31 de dezembro de
2015.
Algumas modificações foram feitas no sentido de promover a união e proximidade dos
países que têm o português como língua oficial: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-
Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Brasil e Portugal.
A obrigatoriedade do uso do Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa, assinado em
2008 e previsto para entrar em vigor no próximo dia 31, foi adiada por mais três anos. O no-
vo prazo para entrada em vigor do acordo é 1º de janeiro de 2016. A presidente Dilma Rous-
seff assinou um decreto redigido pelo Ministério de Relações Exteriores e publicado na edi-
ção desta sexta-feira (28) do "Diário Oficial da União".
Fonte: http://www.priberam.pt/docs/AcOrtog90.pdf;

http://www.brasilescola.com/acordo-ortografico/;

http://g1.globo.com/educacao/noticia/2012/12/governo-adia-inicio-do-acordo-ortografico-de-lingua-portuguesa.html;

AS NOVAS REGRAS DE ACENTUAÇÃO

A) Fica abolido o trema:


Palavras como lingüiça, cinqüenta, seqüestro passam a ser grafadas: linguiça, cin-
quenta, sequestro;
B) Desaparece o acento circunflexo do primeiro ‘o’ em palavras terminadas em ‘oo’:
Palavras como vôo, enjôo, abençôo passam a ser grafadas: voo, enjoo, abençoo;
C) Desaparece a acento circunflexo das formas verbais da terceira pessoa do plural
terminadas em –eem:
Palavras como lêem, dêem, crêem, vêem passam a ser grafadas: leem, deem, creem,
veem;
Palavras como idéia, assembléia, heróico, paranoico passam a ser grafadas: ideia,
assembleia, heroico, paranoico.

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D) Deixam de ser acentuados os ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas:
Palavras como idéia, assembléia, heróico, paranoico passam a ser grafadas: ideia, assem-
bleia, heroico, paranoico.
E) Fica abolido, nas palavras paroxítonas, oacento agudo no i e no u tônicos quando prece-
didos de ditongo :
Palavras como feiúra, baiúca passam a ser grafadas: feiura, baiuca;
F) Fica abolido, nas formas verbais rizotônicas (que têm o Acento tônico na raiz), o acento
agudo do u tônico precedido de g ou q e seguido de e ou i.
Essa regra alcança algumas poucas formas de verbos como averiguar, apaziguar, arg(ü/u)ir:
averigúe, apazigúe e argúem passam a ser grafadas: averigue, apazigue, arguem;
G) Deixa de existir o acento agudo ou circunflexo usado para distinguir palavras paroxíto-
nas que, tendo respectivamente vogal tônica aberta ou fechada, são homógrafas de palavras
átonas. Assim, deixam de se distinguir pelo acento gráfico:
—para (á), flexão do verbo parar, e para, preposição;
—pela(s) (é), substantivo e flexão do verbo pelar, e
pela(s), combinação da preposição per e o artigo a(s);
—polo(s) (ó), substantivo, e polo(s), combinação
antiga e popular de por e lo(s);
—pelo (é), flexão de pelar, pelo(s) (ê), substantivo, e
pelo(s) combinação da preposição per e o artigo o(s);
—pera (ê), substantivo (fruta), pera (é), substantivo
arcaico (pedra) e pera preposição arcaica.
Fonte: FARACO, Carlos Alberto, Novo Acordo Ortográfico; Editora Parábola.

AS NOVAS REGRAS DO HÍFEN

O hífen é, tradicionalmente, um sinal gráfico mal sistematizado na ortografia da


língua portuguesa. O texto do Acordo tentou organizar as regras, de modo a tornar
seu uso mais racional e simples:
Não se emprega o hífen:
1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo
termo inicia-se em “r” ou “s” . Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: an-
tirreligioso, contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia, microrradiografia,
etc.

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2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo ter-
mo inicia-se com vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, autoestrada, autoa-
prendizagem, hidroelétrico, plurianual, autoescola, infraestrutura, etc.
3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos des- e in- e o segundo elemento perdeu
o h inicial: desumano, inábil, desabilitar, etc.
4. Nas formações com o prefixo co-, mesmo quando o segundo elemento começar com o:
cooperação, coobrigação, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir, etc.
5. Em certas palavras que com o uso adquiriram noção de composição: pontapé, girassol,
paraquedas, paraquedista, etc.
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfeito, benquerer, benquerido, etc.

Emprega-se o hífen:
1. Nas formações em que o prefixo tem como segundo termo uma palavra iniciada por h:
sub-hepático, eletro-higrómetro, geo-história, neo-helênico, extra-humano, semi-hospitalar,
super-homem.
2. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina na mesma vogal do segundo
elemento: micro-ondas, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc.

Para não gerar dúvidas, vejamos os casos mais comuns do uso do hífen que continua o mes-
mo depois do reforma ortográfica:

3. Em palavras compostas por justaposição que formam uma unidade semânti-


ca, ou seja, nos termos que se unem para formam um novo significado: tio-avô,
porto-alegrense, luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda-feira, conta-gotas,
guarda-chuva, arco-íris, primeiro-ministro, azul-escuro.
4. Em palavras compostas por espécies botânicas e zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-
me-quer, eva-do-chá, abóbora-menina, erva-doce, feijão-verde.
5. Nos compostos com elementos além, aquém, recém e sem: além-mar, recém-nascido,
sem-número, recém-casado, aquém-fiar, etc.

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101
6. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algumas exceções continuam por já esta-
rem consagradas pelo uso: cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de-meia, água-
de-colônia, queima-roupa, deus-dará.
7. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio-Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-
Porto e nas combinações históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, Alsácia-
Lorena, etc.
8. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super- quando associados com outro ter-
mo que é iniciado por r: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc.7. Nas formações
com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor, ex-presidente, vice-governador, vice-prefeito.
9. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-
graduação, etc.
10. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abraça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-
ei, etc.
Fonte: http://www.brasilescola.com/acordo-ortografico/hifen.htm

OUTRAS REGRAS: LETRAS E ALFABETO

Foram reintroduzidas as letras k, w e y que fizeram parte do nosso alfabeto até 1943,
quando foram retiradas, conservando-se apenas em palavras estrangeiras e em algumas
abreviaturas.
Importante deixar claro que essa medida nada altera do que está estabelecido. Ape-
nas fixa a sequência dessas letras para efeitos da listagem alfabética de
qualquer natureza. Adotou-se a convenção internacional: o k vem depois do j,
o w depois do v e o y depois do x.
Veja as situações em que k, w e y são usadas:
1. Em siglas, símbolos ou palavras adotadas como unidades de medida in-
ternacional: Na (Sódio), W (oeste), kW (kilowatt), kg (kilograma), km (quilômetro), etc;
2. Em nomes próprios de lugar (topônimos) originários de outra língua e derivados: Kuwait,
kuwaitiano, Malawi, malawiano, etc.
3. Em nomes próprios de pessoas (antropônimos) originários de outra língua e derivados:
Kant, Byron, Taylor, byroniano, etc.
4. Em palavras estrangeiras e seus derivados: playground, show, windsurf, flash, stand by,
shopping, pizza, etc.

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102
Então, como vimos acima, essas letras não estão liberadas para formação de novas pa-
lavras, então, antes de começarmos a trocar o “i” pelo “y” ou o “u” pelo “w”, lembremo-nos
dessas conformidades que devem ser seguidas.

FONTE: http://www.mundoeducacao.com.br/acordo-ortografico/o-alfabeto.htm

Atividades
Pesquisa sobre os tipos de Redação, sendo que para cada uma delas, deverá ser feito
uma redação com tema livre, de no mínimo 20 linhas e no máximo 30 linhas para
exemplificação dos tipos.

NÍVEIS DE LINGUAGEM, DE FALA E GÍRIAS


Os níveis de linguagem dizem respeito ao uso da fala e escrita em uma determinada
situação comunicativa. O emissor e o receptor devem estar em concordância para que haja
entendimento. Assim sendo, cada ocasião exige uma linguagem diferente.
Temos uma norma que rege a língua escrita que é a gramática. No entanto, a fala não
se trata de uma convenção, mas do modo que cada um utiliza esse acordo. Portanto, a língua
falada é mais desprendida de regras, e, portanto, mais espontânea e expressiva. Por este mo-
tivo, está suscetível a transformações, diariamente. Assim, a mudança na escrita começa
sempre a partir da língua falada e, por este motivo, esta é tão importante quanto à língua es-
crita. Contudo, não é toda alteração na fala que é reconhecida na escrita, mas somente aque-
las que têm significação relevante à sociedade.
O que determinará o nível de linguagem empregado é o meio social no qual o indiví-
duo se encontra. Portanto, para cada ambiente sociocultural há uma medida de vocabulário,
um modo de se falar, uma entonação empregada, uma maneira de se fazer as combinações
das palavras, e assim por diante.
A linguagem, por conseguinte, deve estar de acordo com o contexto em que o emissor
da mensagem e o destinatário se encontram. Claro, porque você não con-
versa com o vizinho da mesma forma que conversa com o professor ou
conversa com o representante de sala da mesma forma que conversa com
o diretor ou com este do mesmo jeito que com os pais.
Os níveis de fala compreendem o modo como o falante se manifesta
nas diversas situações vividas.

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Então, para cada situação linguística, há uma linguagem adequada.
Alguns conceitos:

Língua: é um código linguístico usado por uma sociedade e, portanto, trata-se de uma con-
venção entre um grupo. Então, dizemos que a língua é social.

Fala: é o modo como a língua é utilizada, logo, parte de cada pessoa, é individual. Daí dize-
mos que a língua é individual, pois cada um tem um modo de se expressar oralmente.
Muitos fatores influenciam na maneira como determinado indivíduo fala: idade, sexo, grau
de escolaridade, local onde trabalha, cargo que ocupa, local onde estuda, local onde mora,
profissão, o caráter, a criação, as amizades, a família de modo geral.
Os níveis de fala compreendem o modo como o falante se manifesta nas diversas situações
vividas.

O nível culto ou formal: obedece às regras da norma culta, da gramática normativa. É fre-
quente em ambientes que exigem tal posicionamento do falante: em discursos, em sermões,
apresentação de trabalhos científicos, em reuniões, etc. Logicamente, a escrita também se-
guirá padrões quando se trata de textos acadêmicos ou de teor científico.

O nível coloquial ou informal: é a manifestação espontânea da língua. Independe de regras,


apresenta gírias, restrição de vocabulário, formas subtraídas das palavras. Está presente nas
conversas com amigos, familiares, pessoas com quem temos intimidade. É muito comum se
ver o coloquialismo sendo utilizado em textos, principalmente da internet, como no MSN,
no Orkut, blogs, etc.

Gíria é um tipo de linguagem empregada em um determinado grupo social, mas que pode
se estender à sociedade em razão do grau de aceitação.
Portanto, a gíria pode ficar restrita ou pode se tornar pública. Trata-se de um fato social ob-
tido através da língua e, por este motivo, é definido como fenômeno linguístico e compre-
ende:

 Gíria de grupo – É restrita às pessoas do grupo, pois só elas são capazes de deci-
frar o que está sendo dito; código entre seus membros; meio de identificação própria,
peculiar; expressão de sentimentos de restrição relativos à sociedade; representa uma
escolha social.

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 Gíria comum – É aquela que tomou proporções maiores e atingiu a população;
ocasiona vínculo com os demais, a fim de se formar uma identidade nacional; rompe
com a formalidade; expressão de sentimentos de frustração, felicidade, concordância e
discordância.
A expansão da gíria ocorre de acordo com a proporção social que atingiu. Então, é co-
mum se ouvir nas ruas algo que está sendo dito em uma novela ou programa de audiência.
A gíria também acompanha os movimentos de ordem política e podem surgir nos pa-
lanques, nas manifestações de reivindicação por melhoras, nas reuniões sindicais, nas pro-
pagandas, etc.
É importante estudar a gíria e seu efeito em relação aos valores sociais, pois é um
meio de se entender o mundo atual e a repercussão que os canais de comunicação detêm.
No entanto, sempre estabelecendo os limites e os motivos pelos quais tal fenômeno é usa-
do. Pois há muitos que o utilizam desordenadamente.
Alguns tipos de gírias comuns:
 “Abrir o jogo”- contar a verdade
 “Baixar a bola” – acalmar
 “Arregaçar as mangas” – dar início a um trabalho
 “paty” ou “patricinha” – rica, bem-vestida, mulher fresca
 “baranga”, “tribufu” – mulher feia
 “playboy” ou “mauricinho” – garoto rico ou que quer aparentar que é
 “bater na mesma tecla” – insistir
 “bater boca” – brigar, discutir
 “com a faca e o queijo na mão” – com tudo para resolver um problema
 “dar com a língua nos dentes” – fofocar, contar um segredo
 “fazer vista grossa” – fingir que não viu algo importante, negligenciar
 “Mudar da água para o vinho” – mudar radicalmente para melhor.
Compondo o quadro do padrão informal da linguagem, estão as chamadas variedades
linguísticas, as quais representam as variações de acordo com as condições sociais, cultu-
rais, regionais e históricas em que é utilizada. Dentre elas destacam-se:

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Variações históricas: Dado o dinamismo que a língua apresenta, a mesma sofre transforma-
ções ao longo do tempo. Um exemplo bastante representativo é a questão da ortografia, se
levarmos em consideração a palavra farmácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”,
contrapondo-se à linguagem dos internautas, a qual fundamenta-se pela supressão do vocá-
bulos.

Variações regionais: São os chamados dialetos, que são as marcas determinantes referen-
tes a diferentes regiões. Como exemplo, citamos a palavra mandioca que, em certos luga-
res, recebe outras nomenclaturas, tais como: macaxeira e aipim. Figurando também esta
modalidade estão os sotaques, ligados às características orais da linguagem.

Variações sociais ou culturais: Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma ma-
neira geral e também ao grau de instrução de uma determinada pessoa. Como exemplo,
citamos as gírias, os jargões e o linguajar caipira. .

VÍCIOS DE LINGUAGEM
Vícios de linguagem são, segundo Napoleão Mendes de Almeida; gramático, filólogo e
professor brasileiro de português e latim; .palavras ou construções que deturpam, desvirtu-
am, ou dificultam a manifestação do pensamento, seja pelo desconhecimento das normas
cultas, seja pelo descuido do emissor.

Ambiguidade é a possibilidade de uma mensagem ter dois sentidos. Ela geralmente é pro-
vocada pela má organização das palavras na frase. A ambiguidade é um caso especial de po-
lissemia, a possibilidade de uma palavra apresentar vários sentidos em um contexto.
Exemplos:
 "Onde está a vaca da sua avó?" (Que vaca? A avó ou a vaca criada pela avó?)
 "Onde está a piranha da sua mãe?" (Que piranha? A mãe ou a piranha criada pela
mãe?)
 "Este líder dirigiu bem sua nação” ("Sua"? Nação da 2ª ou 3ª pessoa (o líder)?)
 "Antes ele andava de Lotação, hoje não anda mais” ("Não anda porque"? Adquiriu
uma deficiência ou porque comprou um automóvel?
Obs 1: O pronome possessivo "seu(ua)(s)" gera muita confusão por ser geralmente associa-
do ao receptor da mensagem.
Obs 2: A preposição "como" também gera confusão com o verbo "comer" na 1ª pessoa do
singular.

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Os jargões estão relacionados ao profissionalismo, caracterizando um linguajar técnico. Re-
presentando a classe, podemos citar os médicos, advogados, profissionais da área de infor-
mática, dentre outros.
FONTE: http://www.mundoeducacao.com.br/redacao/niveis-linguagem.htm;

http://www.mundoeducacao.com.br/redacao/niveis-de-fala.htm;

http://www.mundoeducacao.com.br/redacao/giria-1.htm;

http://www.brasilescola.com/gramatica/variacoes-linguisticas.htm

Os jargões estão relacionados ao profissionalismo, caracterizando um linguajar técnico. Re-


presentando a classe, podemos citar os médicos, advogados, profissionais da área de infor-
mática, dentre outros.
FONTE: http://www.mundoeducacao.com.br/redacao/niveis-linguagem.htm;

http://www.mundoeducacao.com.br/redacao/niveis-de-fala.htm;

http://www.mundoeducacao.com.br/redacao/giria-1.htm;

http://www.brasilescola.com/gramatica/variacoes-linguisticas.htm

A ambiguidade normalmente é indesejável na comunicação unidirecional, em particular na


escrita, pois nem sempre é possível contactar o emissor da mensagem para questioná-lo so-
bre sua intenção comunicativa original e assim obter a interpretação correta da mensagem.
Barbarismo: Barbarismo, peregrinismo ou estrangeirismo (para os latinos qualquer estran-
geiro era bárbaro) é o uso de palavra, expressão ou construção estrangeira no lugar de equi-
valente vernácula.
De acordo com a língua de origem, os estrangeirismos recebem diferentes nomes:
Galicismo ou francesismo, quando provenientes do francês (Pais de Gália, antigo nome da
França);
Anglicismo, quando do inglês; Castelhanismo, quando vindos do espanhol;
Ex: Mais penso, mais fico inteligente (galicismo; o mais adequado seria "quanto mais pen-
so, (tanto) mais fico inteligente");
Comeu um roast-beef (anglicismo; o mais adequado seria "comeu um rosbife");
Eles têm serviço de delivery (anglicismo; o mais adequado seria "Eles têm serviço de entre-
ga").
Premiê apresenta prioridades da Presidência lusa da UE (galicismo, o mais adequado
seria Primeiro-ministro).
Nesta receita gastronômica usaremos Blueberries e Grapefruits (anglicismo, o mais
adequado seria Mirtilo e Toranja).
Convocamos para a Reunião do Conselho de DA's (plural da sigla de Diretório Acadê-
mico). (anglicismo, e mesmo nesta língua não se usa apóstrofo 's' para pluralizar; o mais
adequado seria DD.AA. ou Das.).

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Irei ao toilette (galicismo, o mais adequado seria Banheiro).
Há quem considere barbarismo também divergências de pronúncia, grafia, morfologia,
etc., tais como "adevogado" ou "eu sabo", pois seriam atitudes típicas de estrangeiros, por
eles dificilmente atingirem alta fluência no dialeto padrão da língua.
Em nível pragmático, o barbarismo normalmente é indesejável porque os receptores da
mensagem frequentemente conhecem o termo em questão na língua nativa de sua comuni-
dade linguística, mas nem sempre conhecem o termo correspondente na língua ou dialeto
estrangeiro à comunidade com a qual ele está familiarizado. Em nível político, um barbaris-
mo também pode ser interpretado como uma ofensa cultural por alguns receptores que se
encontram ideologicamente inclinados a repudiar certos tipos de influência sobre suas cultu-
ras. Pode-se assim concluir que o conceito de barbarismo é relativo ao receptor da mensa-
gem.
Em alguns contextos, até mesmo uma palavra da própria língua do receptor poderia ser
considerada como um barbarismo. Tal é o caso de um cultismo (ex: "abdômen") quando
presente em uma mensagem a um receptor que não o entende (por exemplo, um indivíduo
não escolarizado, que poderia compreender melhor os sinônimos "barriga", "pança" ou
"bucho").

Cacofonia: A cacofonia é um som desagradável ou obsceno formado pela união das sílabas
de palavras contíguas. Por isso temos que tomar cuidado ao falar para não ofendermos a
pessoa que ouve. São exemplos desse fato:
 "Ele beijou a boca dela."
 "Bata com um mamão para mim, por favor."
 "Deixe ir-me já, pois estou atrasado."
 Não são cacofonia:
 "Eu amo ela demais !!!"
 "Eu vi ela."
 "você veja"
Como cacofonias são muitas vezes cômicas, elas são algumas vezes usadas
de propósito em certas piadas, trocadilhos e "pegadinhas".

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Paradoxo vicioso: O paradoxo é uma figura de linguagem. Quando consiste numa antítese
extrema inútil e desnecessária de significado em uma sentença, é considerado um vício de
linguagem. A esse tipo de paradoxo chamamos paradoxo vicioso.
Exemplos destes absurdos:
 "Ele vai ser o protagonista terminal da peça."
 "Meninos, entrem já para fora!"
 "Estou subindo para baixo."
 "Tenho certeza relativa!"

Não é paradoxo:
"Há um quadro duma laranja celeste pintada nele." É possível que haja laranjas de outras
cores em nossas imaginações, até mesmo em desenhos nossos.
O paradoxo nem sempre é um vício de linguagem, mesmo para os exemplos supra ci-
tados, a depender do contexto. Em certos contextos, ele é um recurso que pode ser útil para
se fornecer ênfase a determinado aspecto da mensagem.

Plebeísmo: O plebeísmo normalmente utiliza palavras de baixo calão, gírias e termos con-
siderados informais.
Exemplos:
 "Ele era um tremendo mané!"
 "Tô ferrado!"
 "Tá ligado nas quebradas, meu chapa?"
 "Esse bagulho é 'radicaaaal'!!! Tá ligado mano?"
 'Vô piálá'mais tarde ' !!! Se ligou maluco ?
Por questões de etiqueta, convém evitar o uso de plebeísmos em contextos sociais que
requeiram maior formalismo no tratamento comunicativo.

Prolixidade: É a exposição fastidiosa e inútil de palavras ou argumentos e à sua superabun-


dância. É o excesso de palavras para exprimir poucas idéias. Ao texto prolixo falta objetivi-
dade, o qual quase sempre compromete a clareza e cansa o leitor.
A prevenção à prolixidade requer que se tenha atenção à concisão e precisão da men-
sagem. Concisão é a qualidade de dizer o máximo possível com o mínimo de palavras. Pre-
cisão é a qualidade de utilizar a palavra certa para dizer exatamente o que se quer.

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Pleonasmo vicioso: O pleonasmo é uma figura de linguagem. Quando consiste numa redun-
dância inútil e desnecessária de significado em uma sentença, é considerado um vício de
linguagem. A esse tipo de pleonasmo chamamos pleonasmo vicioso.
Exemplo:
 "Ele vai ser o protagonista principal da peça". (Um protagonista é, necessariamente, a
personagem principal)
 "Meninos, entrem já para dentro!" (O verbo "entrar" já exprime ideia de ir para dentro)
 "Estou subindo para cima." (O verbo "subir" já exprime ideia de ir para cima)
 "Tenho certeza absoluta " - (Toda "certeza" é absoluta)
 Não é pleonasmo:
 "Não deixe de comparecer pessoalmente." É possível comparecer a algum lugar na for-
ma de procurador.
O pleonasmo nem sempre é um vício de linguagem, mesmo para os exemplos supra
citados, a depender do contexto. Em certos contextos, ele é um recurso que pode ser útil pa-
ra se fornecer ênfase a determinado aspecto da mensagem.

Especialmente em contextos literários, musicais e retóricos, um pleonasmo bem colocado


pode causar uma reação notável nos receptores (como a geração de uma frase de efeito ou
mesmo o humor proposital). A maestria no uso do pleonasmo para que ele atinja o efeito de-
sejado no receptor depende fortemente do desenvolvimento da capacidade de interpretação
textual do emissor. Na dúvida, é melhor que seja evitado para não se incorrer acidentalmen-
te em um uso vicioso.

Solecismo: Solecismo é uma inadequação na estrutura sintática da frase com relação à gra-
mática normativa do idioma. Há três tipos de solecismo:
De concordância:
 "Fazem três anos que não vou ao médico." (Faz três anos que não vou ao médico.)
 "Aluga-se salas nesse edifício." (Alugam-se salas nesse edifício.)
 De regência:
 "Ontem eu assisti um filme de época." (Ontem eu assisti a um filme de época.)

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De colocação:
 "Me empresta um lápis, por favor." (Empresta-me um lápis, por favor.)
 "Me parece que ela ficou contente." (Parece-me que ela ficou contente.)
 "Eu não respondi-lhe nada do que perguntou." (Eu não lhe respondi nada do que
perguntou.)

Eco: O eco vem a ser a própria rima que ocorre quando há na frase terminações iguais ou
semelhantes, provocando dissonância.
 "Falar em desenvolvimento é pensar em alimento, saúde e educação."
 "O aluno repetente mente alegremente."
 "O presidente tinha dor de dente constantemente."

Colisão: A repetição de uma mesma, ou semelhante consoante em várias palavras é de-


nominada aliteração. Aliterações são preciosos recursos estilísticos quando usados com a
intenção de se atingir efeito literário ou para atrair a atenção do receptor. Entretanto,
quando seus usos não são intencionais ou quando causam um efeito estilístico ruim ao
receptor da mensagem, a aliteração torna-se um vício de linguagem e recebe nesse con-
texto o nome de colisão. Exemplos:
 "Eram comunidades camponesas com cultivos coletivos."
 "O papa Paulo VI pediu a paz."
Uma colisão pode ser remediada com a reestruturação sintática da frase que a con-
tém ou com a substituição de alguns termos ou expressões por outras similares ou sinôni-
mas.
FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Vício_de_linguagem

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TIPOS DE TEXTOS
Tipo textual é a forma como um texto se apresenta. As únicas tipologias existentes são: nar-
ração, descrição, dissertação ou exposição, informação e injunção. É importante que não se
confunda tipo textual com gênero textual.

Texto narrativo: Tipo textual em que se conta fatos, fictícios ou não, que ocorreu num de-
terminado tempo e lugar, envolvendo personagens e um narrador. Refere-se a objetos do
mundo real ou fictício. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. Estamos cercados
de narrações desde as que nos contam histórias infantis, como o Chapeuzinho Vermelho ou
A Bela Adormecida, até as piadas do cotidiano.

Exemplo: Numa tarde de primavera, a moça caminhava a passos largos em direção ao con-
vento. Lá estariam a sua espera o irmão e a tia Dalva, a quem muito estimava. O problema
era seu atraso e o medo de não mais ser esperada...

Texto descritivo: Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa,
um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo,
pela sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sen-
sações ou sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterioridade. É fazer uma des-
crição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se Pega. Nessa espécie textual
as coisas acontecem ao mesmo tempo ou não.
Exemplo: Seu rosto era claro e estava iluminado pelos belos olhos azuis e contentes. Aquele
sorriso aberto recepcionava com simpatia a qualquer saudação, ainda que as bochechas co-
rassem ao menor elogio. Assim era aquele rostinho de menina-moça da adorável Dorinha.

Texto argumentativo/dissertativo: Esse texto tem a função de persuadir o leitor, convencen-


do-o de aceitar uma ideia imposta pelo texto. É o tipo textual mais presente em manifestos e
cartas abertas, e quando também mostra fatos para embasar a argumentação, se torna um
texto dissertativo-argumentativo.
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. As-
sim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto
de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo enciclopédico. Em princí-
pio, o texto dissertativo não está preocupado com a persuasão e sim, com a transmissão de
conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo. Quando o texto, além de explicar,
também persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um texto dissertativo
-argumentativo.

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Exemplo: Tem havido muitos debates em torno da ineficiência do sistema educacional do
Brasil. Ainda não se definiu, entretanto, uma ação nacional de reestrutura do processo edu-
cativo, desde a base ao ensino superior.

Texto injuntivo: Indica como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer aconteci-
mentos e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua mai-
oria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do
futuro do presente do modo indicativo.
Ex: Previsões do tempo, receitas culinárias, manuais, leis, convenções, regras, e eventos.

Outros tipos de textos: Não há outros tipos de texto senão os citados acima. Diálogo, relato,
entrevista, explicação, entre outros, são gêneros textuais.
Poesia e Prosa são formas literárias ou formas textuais.
Texto épico, dramático e lírico são gêneros literários. Geralmente, percebe-se uma confusão
entre os conceitos de 'gênero textual' e 'tipo textual'. Tipo de texto ou tipo textual é o conte-
údo do texto e o formato padrão comum dele. Gênero textual é a forma variada do texto.
Um gênero textual não tem quantidade limitada: pode surgir um novo a qualquer momento.
Qualquer pessoa pode "criar" um novo gênero textual, porém, tipo de texto não.

FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tipos_textuais

Atividades
1 Fazer um texto para cada tipo explicitado na aula, conforme os temas abaixo:
Texto Narrativo - Tema: Violência
Texto Descritivo – Tema: Tristeza
Texto Dissertativo – Tema: Meu futuro profissional
Os textos devem ter no mínimo 15 linhas e no máximo 20 linhas e devem conter tí-
tulo.

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COMPREENSÃO O INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Uma boa medida para avaliar se o texto foi bem compreendido é a resposta a três questões
básicas:
I - Qual é a questão de que o texto está tratando? Ao tentar responder a essa pergunta, o lei-
tor será obrigado a distinguir as questões secundárias da principal, isto e, aquela em torno
da qual gira o texto inteiro. Quando o leitor não sabe dizer do que o texto está tratando, ou
sabe apenas de maneira genérica e confusa, é sinal de que ele precisa ser lido com mais
atenção ou de que o leitor não tem repertório suficiente para compreender o que está diante
de seus olhos.

II - Qual é a opinião do autor sobre a questão posta em discussão? Disseminados pelo texto,
aparecem vários indicadores da opinião de quem escreve. Por isso, uma leitura competente
não terá dificuldade em identificá-la. Não saber dar resposta a essa questão é um sintoma de
leitura desatenta e dispersiva.

III - Quais são os argumentos utilizados pelo autor para fundamentar a opinião dada? Deve-
se entender por argumento todo tipo de recurso usado pelo autor para convencer o leitor de
que ele está falando a verdade. Saber reconhecer os argumentos do autor é também um sin-
toma de leitura bem feita, um sinal claro de que o leitor acompanhou o desenvolvimento das
idéias. Na verdade, entender um texto significa acompanhar com atenção o seu percurso ar-
gumentatório.
Sempre que nos deparamos com um texto, estabelecemos com ele algum tipo de diálo-
go. Antes mesmo de saber seu conteúdo, nós já temos algumas pistas sobre o que encontra-
remos nele. Ao manusear um livro, por exemplo, adquirimos muitas informações sobre seu
conteúdo antes de iniciar a leitura; ao recebermos uma correspondência, temos algo de seu
conteúdo “pré-denunciado” ao manusear o envelope, por seu formato, pelo tipo de letra, pe-
lo remetente, pelo local de onde vem... O tipo de texto com o qual nos defrontamos também
é denunciado em nosso primeiro contato com ele: uma entrevista, uma reportagem jornalís-
tica, uma crônica de futebol, um romance, um poema, uma propaganda, um e-mail etc.
Esse diálogo continua durante todo o tempo em que temos contato com a escrita, am-
pliando nossa leitura, até o ponto em que o interpretar supera em muito o mero compreen-
der e reproduzir as idéias do texto lido, levando-nos a assumir uma atitude de posiciona-
mento diante da escrita.

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Considerada a complexidade da leitura, e o sem-número de elementos que interferem
em sua realização, não se pode estabelecer uma lista fechada de itens que funcionem como
um “programa” de leitura eficaz, mas é possível lembrar alguns procedimentos que podem
ajudá-lo a se comportar criticamente diante da escrita:
• procure identificar que tipo de texto você está lendo;
• verifique a ocorrência de variação lingüística e analise-a;
• julgue a adequação do texto à situação em que ele foi empregado;
• identifique as relações entre as partes do texto, que denunciam sua estrutura;
• identifique as estratégias lingüísticas utilizadas pelo autor;
• relacione o texto à cultura da época em que ele foi produzido, comparando-a com a da
atualidade;
• identifique termos cujo aparecimento freqüente denuncia um determinado enfoque ao
assunto;
• identifique expressões que o remetem a outro texto;
• localize trechos que refletem a opinião do autor;
• identifique traços que permitem relacionar o autor a certos grupos sociais e profissio-
nais ou a correntes ideológicas conhecidas;
• procure evidências que permitem extrair conclusões não explicitadas no texto;
• relacione textos apresentados, confrontando suas características e propriedades.
 posicione-se diante do texto lido, dando sua própria opinião.
FONTE: Professor Cid Ottoni Bylaardt;

http://www.mundovestibular.com.br/articles/411/1/O-Aprendizado-da-Leitura---Compreensao-e-Interpretacao-de-Textos/
Paacutegina1.html

REGRAS DE PONTUAÇÃO
A pontuação é um elemento importante da linguagem e da escrita. A pontuação indica
onde pausar, o tempo da pausa e possivelmente a necessidade da inflexão da voz. E alguns
idiomas, se o leitor não mudar o tom de voz, quando a pontuação exige, poderá transformar
uma pergunta em afirmação ao mudar completamente o sentido da frase. Em muitos idio-
mas é impossível ler corretamente sem prestar bastante atenção dos sinais de pontuação ``
tanto os gráficos como os que se encontram subentendido no contexto´´. Pois os sinais in-
fluenciam o som das letras. Por isso somos exigidos a conhecer bem as regras de pontuação
e acentuação.
Os sinais de pontuação podem ser encontrados num contexto para mostrar a riqueza e a
pontuação do código oral que marcam no modo de leitura as pausas maiores ou menores,
que também concorrem para o valor expressivo da frase são:

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1-O ponto (.): É um sinal de pontuação que serve para marcar o fim de uma frase do tipo
declarativa, o fim de um período e o fim de um parágrafo. Também serve para indicar uma
pausa maior e indicar que uma palavra ou nome esteja abreviado.
Exemplo: No domingo choveu em Viana. Exemplo: Nome: José Domingos de Andrade. Jo-
sé D. de Andrade.

2-A vírgula(,): É um sinal que indica uma pausa menor em relação ao ponto. Usa-se tam-
bémentre outros, nos seguintes casos:
 Para separar elementos sequenciados ou enumerados;
Exemplo: Comprei livros, cadernos, uniforme, borrachas e lápis.
 Para isolar o nome de um lugar quando se escreve a data;
Exemplo: Luanda, ao 12 de Junho de 1932

3-Ponto e vírgula(;): Serve para marcar o fim de uma frase e indicar que a frase seguinte vai
continuar a ideia anterior (a frase que se segue ao ponto e vírgula inicia-se com letra minús-
cula). E usa-se mais nas sucessões das alíneas.
Exemplo: - A Joana fez uma participação especial;- o João não participou;- mas a Beatriz
venceu.

4-Dois pontos(:): É um sinal que se emprega para:- Introduzir uma citação.


Exemplo: Os alunos mais comportados são: A Benilda, o Mateus, e o Lino.

5- Ponto de interrogação(?): É um sinal que é utilizado nas frases interrogativas referindo-se


a uma pergunta direta.
Exemplo: Quem fez isto?

6- Ponto de exclamação(!): É um sinal de pontuação que indica as emoções transmitidas pe-


lo sujeito (assinala uma frase exclamativa).
Exemplo: Deste-me uma grande alegria! Trabalha! O bem é para ti!

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116
7-Reticências(…:): É o sinal de pontuação que indica que o emissor ainda não terminou o
seu pensamento, que alguma coisa ficou por dizer.
Exemplo: Eu estou dizendo que a Joana é…

8-As aspas(´´``):São utilizadas para marcar o inicio ou o fim de citações e salientar uma pa-
lavra ou expressão na frase.
Exemplo:``Fernando Pessoa disse: quem quiser passar a Bojador, tem que passar além da
dor´´. Também podemos utiliza-las da seguinte forma:
 Para referir-se ao título de uma obra literária;
Exemplo: Gostei muito do texto “A pisadela”.
 para destacar estrangeirismos ou palavras que pertencem a um nível de língua diferente
do que está a ser utilizado.
Exemplo: Tomei ontem um “drinck” com o diretor.

9-Parênteses(()): São sinais de pontuação que são utilizados quando se incluir um comentá-
rio ou uma explicação dentro de uma frase.
Exemplo: Freud diz que a zona erógena (região do prazer) na fase oral é aboca.

10-Travessão(−): É um sinal de pontuação utilizado geralmente e frequentemente em textos


onde há dialogo;- para introduzir a fala de uma personagem;
Exemplo:
− Saíras mais tarde?
− Penso que sim.
− Com o Jorge.
FONTE: http://pt.scribd.com/doc/27829888/regras-de-pontuacao

REGRAS DE ACENTUAÇÃO
Classificação das palavras quanto ao acento tônico:
As que têm mais de uma sílaba classificam-se como:
1. OXÍTONAS: Palavras cuja sílaba tônica é a última: funil, parabéns, rapaz, saci.
2. PAROXÍTONAS: Palavras cuja sílaba tônica é a penúltima: escola, retorno, bisteca, afá-
vel.
3. PROPAROXÍTONAS: Palavras cuja sílaba tônica é a antepenúltima: lâmina, público, pa-
ralelepípedo.

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117
Observação: os MONOSSÍLABOS podem ser:
a) ÁTONOS
Palavras com apenas uma sílaba, átona. Podem ser:
 artigos: o, a, os, as, um, uns;
 pronomes pessoais oblíquos: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes;
 pronome relativo: que;
 preposições: a, com, de, por;
 combinações e contrações de preposição: ao, do, da, no, à, na, das, dos, nos,nas;
 conjunções: e, mas, ou, se, nem, pois, que.

b) TÔNICOS
Palavras com apenas uma sílaba tônica. Podem ser: substantivos: flor, sol, mar; adjetivos:
mau, má, bom; verbos: pôr, dá, dê, vi; pronomes: nós, vós, tu, mim, ti; advérbios: cá, lá.

Palavras quanto ao número de sílabas:

1. MONOSSÍLABAS: Quando constituídas de uma só sílaba: a, meu, me, nos, vós, pás,
paz, quais, sol, de, vez, giz, bis, tu, nus, mim, ti, si, nós, noz.
2. DISSÍLABAS: Quando constituídas de duas sílabas: ru-a, he-rói, sa-guão, á-gua, ca-sa,
mui-to, so-nhar, li-vro, rit-mo, bí-ceps, fór-ceps, mi-lho.
3. TRISSÍLABAS: Quando constituídas de três sílabas: a-lu-no, cri-an-ça, Eu-ro-pa,
por-tu-guês, ja-ne-la, guer-rei-ro, en-xa-guar.
4. POLISSÍLABAS: Quando constituídas de mais de três sílabas:
pa-ra-le-le-pí-pe-do, es-tu-dan-te, a-míg-da-la, u-ni-ver-si-da-de.

Normas de acentuação gráfica, segundo o novo acordo ortográfico:

1. ACENTUAM-SE OS MONOSSÍLABOS TÔNICOS TERMINADOS EM:


A(S): cá, dá, má, já, vá, Brás, gás, más, pás, vás;
E(S): crê, dê, fé, lê, Lé, pé, ré, sé, crês, dês, mês, pés, rês, vês;
O(S): dó, mó, nó, pó, só, mós, nós, cós, pôs, pós, sós.
Observação: São também acentuadas as formas verbais terminadas em a, e, o, tônicos, se-
guidas de lo(s), la(s).
Exemplos: em a: dá-lo, fá-lo-ás, fá-los-ás;
em e: vê-lo, tê-los, tê-las-íamos;
em o: pô-la-ão, pô-lo-emos, pô-los.

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DITONGOS ABERTOS ÉI: réis (moeda), géis, méis, féis;
ÉU: véu, céu, réu, léu, déu, téu;
ÓI: sóis, dói, rói, mói, sói, gói, cói.

2. ACENTUAM-SE OS OXÍTONOS TERMINADOS EM:


A(S): cajá, vatapá, jacá, Pará, quiçá, dará, Satanás, aliás, ananás, atrás;
E(S): café, rapé, sapé, você, através, pontapés, cafés, cortês, português, freguês;
O(S): paletó, cipó, mocotó, dominó, avô, compôs, robô, vovô, avós, cipós.
Observação: São também acentuadas as formas verbais terminadas em a, e, o,
tônicos, seguidas de lo(s), la(s).
Exemplos: em a: recuperá-lo, cortá-lo, animá-las, acompanhá-los-íamos;
em e: vendê-lo, fazê-las, conhecê-los-íamos, convencê-los;
em o: dispô-las, propô-los, compô-lo, repô-la-emos.
EM(ENS): também, ninguém, vinténs, Jerusalém, além.
DITONGOS ABERTOS
ÉI: papéis, anéis, fiéis, cordéis, quartéis, coronéis;
ÉU: troféu, ilhéu, mausoléu, fogaréu, chapéu;
ÓI: herói, anzóis, lençóis, faróis, constrói.

3. ACENTUAM-SE OS PAROXÍTONOS TERMINADOS EM:


L: ágil, amável, fácil, hábil, cônsul, desejável, útil, nível, têxtil, móvel, níquel;
N: éden, hífen, pólen, abdômen, líquen, sêmen, Nélson, Wílson;
R: caráter, revólver, éter, mártir, destróier, açúcar, cadáver, néctar, repórter;
X: tórax, fênix, ônix, Félix, cóccix, córtex, códex, xérox (xerox), látex;
PS: bíceps, fórceps, Quéops, tríceps;
Ã(S): ímã, órfã, ímãs, órfãs, Bálcãs;
ÃO(S): órfão, órgão, bênção, sótão, órfãos, órgãos, bênçãos;
I(S): júri, cáqui, beribéri, táxi, dândi, lápis, grátis, oásis, miosótis;
ON(S): próton, elétrons, nêutrons, íon, Críton, náilon, rádons;
UM(UNS): médium, álbum, fórum, médiuns, álbuns, fóruns;
US: bônus, ônus, vírus, Vênus, tônus, húmus, múnus (obrigação);
DITONGOS: áurea, azálea, marmórea, argênteo, terráqueos, ígneo, ânsia,
boêmia, frequência, calvície, imundície, cárie, barbárie, declínio, pátios, lábios,
amêndoa, Páscoa, mágoas, nódoa, contígua, espáduas, tênues, bilíngue, árduo.

4. ACENTUAM-SE TODOS OS PROPAROXÍTONOS:


Exemplos: abdômen, aeródromo, biológico, cálido, cátedra, ênclise, fonógrafo,
hífenes, hipódromo, infinitésimo, lêssemos, parêntese, têmporas, Verônica.

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119
5- ACENTUAÇÃO GRÁFICA:
1. DITONGO:
Dois elementos vocálicos (a, e, i, o, u) na mesma sílaba: boi, saudável.
2. HIATO
Dois elementos vocálicos seguidos, mas em sílabas diferentes: ca-í-da, sa-ú-va.

6. ACENTUAM-SE O I E O U, VOGAIS TÔNICAS DOS HIATOS:


Quando eles formam sílaba sozinhos ou com s e não são seguidos de nh:
Exemplos: ruína, raízes, países, faísca, doía, egoísmo, egoísta, saída, suíço, ateísmo, baía,
Avaí, caída, aí, Jacareí, Pirajuí, Piauí, juízo, cafeína, Icaraí, Grajaú, balaústre, reúne, saúde,
ataúde, Jaú, Anhangabaú, viúva, baú, baús, viúvos.
Observação 1: Não se devem acentuar, portanto: raiz, paul, ruim, ruins, rainha, moinho, tai-
nha, ainda, juiz, Coimbra, ruindade, Raul, cair, cairdes.
Observação 2: Não se devem acentuar, nas palavras paroxítonas, o I ou U tônicos precedi-
dos de ditongo: feiura, baiuca, maoismo, taoismo.

7. USA-SE O ACENTO DIFERENCIAL NAS PALAVRAS:


pôde (passado) ≠ pode (presente)
pôr (verbo) ≠ por (preposição)
Observação: É facultativo o emprego do acento cincunflexo para diferenciar as palavras for-
ma / fôrma, desde que garantida a clareza da frase.

8. ACENTO EM FORMAS VERBAIS:


OCORRE EM: verbos ter e vir, bem como em seus derivados (deter, manter, reter, intervir,
sobrevir etc.).
SINGULAR: ele tem, ele vem, ele intervém, ele mantém.
PLURAL: eles têm, eles vêm, eles intervêm, eles mantêm.

FONTE: http://fessor.com.br/arquivos/dicas/Portuguese/Reforma%20Ortografica.pdf

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121
DISCIPLINA 5 - MATEMÁTICA
RACIOCÍNIO LÓGICO

O raciocínio lógico é aquele que se desvincula das relações entre os objetos e procede
da própria elaboração do individuo. Surge através da coordenação das relações previamente
criadas entre os objetos.
É importante ter em conta que as diferenças e as semelhanças entre os objetos existem uni-
camente na mente daquele(a) que as pode criar. Por isso, o conhecimento lógico é algo que
não se pode ensinar de forma direta. No entanto, é algo que se vai desenvolvendo à medida
que o sujeito interage com o meio envolvente.
De acordo com a pedagogia, os professores devem propiciar experiências, atividades,
jogos e projetos que permitam que as crianças possam desenvolver o seu raciocínio lógico
através da observação, da exploração, da comparação e da classificação dos objetos.
Cabe destacar que a lógica é a ciência que expõe as leis, os modos e as formas do co-
nhecimento científico. Etimologicamente, o conceito de lógica deriva do latim logĭca que,
por sua vez, deriva do termo grego logikós (de logos, que significa “razão” ou “estudo”).
Trata-se de uma ciência formal desprovida de conteúdo, uma vez que se dedica ao estudo
das formas válidas de inferência. Portanto, a lógica trata do estudo dos métodos e dos prin-
cípios utilizados para distinguir o raciocínio correto do incorreto.
Neste sentido, o raciocínio lógico serve para analisar, argumentar, raciocinar, justificar
ou provar raciocínios. Caracteriza-se pela sua precisão e exatidão,
ao basear-se em dados prováveis ou em fatos. O raciocínio lógico é
analítico (na medida em que divide os raciocínios em partes) e ra-
cional, segue regras e é sequencial (linear, vai passo a passo).

FONTE: http://conceito.de/raciocinio-logico

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122
Atividades
1. Em uma assembleia de 12 professores do IFAL, três são matemáticos. Quantas comis-
sões de cinco membros podem ser formadas, incluindo, no mínimo, um professor de ma-
temática?

A) 676 comissões.
B) 666 comissões.
C) 646 comissões.
D) 668 comissões.
E) 636 comissões.
2. Cinco colegas foram ao cinema e um deles entrou sem pagar. Apanhados por um fun-
cionário do cinema, que queria saber qual deles entrou sem pagar, eles informaram:
I. Não fui eu, nem Plácido, disse Marcos.
II. Foi o Plácido ou a Maria, disse Mário.
III. Foi a Viviane, disse Plácido.
IV. O Mário está mentindo, disse Viviane.
V. Foi a Viviane ou o Marcos, disse Maria.
Nestas condições, quem entrou sem pagar no cinema foi
A) Mário.
B) Viviane.
C) Maria.
D) Marcos.
E) Plácido.
3. Na quadra de basquete do IFAL existem 9 refletores localizados em pontos distintos da
quadra. De quantas maneiras essa quadra pode ser iluminada?
A) 562.
B) 561.
C) 513.
D) 511.
E) 512.

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123
ESTATÍSTICA

O que é Estatística?
O que modernamente se conhece como Ciências Estatísticas, ou simplesmente Estatís-
ticas, é um conjunto de técnicas e métodos de pesquisa que entre outros tópicos envolve o
planejamento do experimento a ser realizados, a coleta qualificada dos dados, a inferência,
o processamento, a análise e a disseminação das informações.
O desenvolvimento e o aperfeiçoamento de técnicas estatísticas de obtenção e análise
de informações permitem o controle e o estudo adequado de fenômenos, fatos, eventos e
ocorrências em diversas áreas do conhecimento. A Estatística tem por objetivo fornecer mé-
todos e técnicas para lidarmos, racionalmente, com situações sujeitas a incertezas.
Apesar de a Estatística ser uma ciência relativamente recente na área da pesquisa, ela
remonta à antiguidade, onde operações de contagem populacional já eram utilizadas para
obtenção de informações sobre os habitantes, riquezas e poderio militar dos povos. Após a
idade média, os governantes na Europa Ocidental, preocupados com a difusão de doenças
endêmicas, que poderiam devastar populações e, também, acreditando que o tamanho da
população poderia afetar o poderio militar e político de uma nação, começaram a obter e ar-
mazenar informações sobre batizados, casamentos e funerais. Entre os séculos XVI e XVIII
as nações, com aspirações mercantilistas, começaram a buscar o poder econômico como
forma de poder político. Os governantes, por sua vez, viram a necessidade de coletar infor-
mações estatísticas referentes a variáveis econômicas tais como: comércio exterior, produ-
ção de bens e de alimentos.
Atualmente os dados estatísticos são obtidos, classificados e armazenados em meio
magnético e disponibilizados em diversos sistemas de informação acessíveis a pesquisado-
res, cidadãos e organizações da sociedade que, por sua vez, podem utilizá-los para o desen-
volvimento de suas atividades. A expansão no processo de obtenção, armazenamento e dis-
seminação de informações estatísticas tem sido acompanhada pelo rápido desenvolvimento
de novas técnicas e metodologias de análise de dados estatísticos.

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124
Censo e Sondagem:
Sondagem é o estudo apenas de uma parte da população.
Fazem-se sondagens quando:
•A população é grande.
Exemplo: estudo do índice de satisfação dos munícipes.
•Há necessidade de uma rápida obtenção do estudo.
Exemplo: estudo do índice de audiência de um programa televisivo.
•Quando se aplicam ensaios destrutivos.
Exemplo: estudo da qualidade dos fósforos produzidos, do modo como se comporta um car-
ro ao choque, etc.
Censo é o estudo de toda a população.
Há casos que temos necessidade de estudar toda a população.
•Quando a população é pequena e não se pode obter uma amostra significativa.
•Quando estão em causa a segurança humana.
Exemplo: O sistema de travagem dos automóveis produzidos, as peças de avião, etc.
Algumas definições:
—Indivíduo: o elemento estudado. Ex.: o parafuso, o aluno, o munícipe, o fósforo.
—Variável estatística: a característica que se es estuda. Ex.: a altura de cada aluno, a cor
dos olhos, o grau de satisfação de cada munícipe.
—População: Conjunto dos indivíduos a que se faz o estudo. Ex.: A produção de parafusos
de uma fábrica, o conjunto dos alunos de uma escola, o conjunto dos munícipes.
—Amostra: A parte da população estudada. Por exemplo, se de um total de 45000 muníci-
pes se perguntou apenas 1650 se estavam satisfeitos ou não com a sua autarquia, a amostra
foi de 1650 munícipes.
A população são os 45 000 munícipes.
—Variável quantitativa: variável que se classifica com um número: Ex: nº de irmãos, peso
das pessoas, nº de casas assoalhadas.
—Variável qualitativa: variável que se classifica com uma descrição não numérica. Ex:
bom, mau, alto, azul, vermelho, grande.
—Variável discreta: variável quantitativa, cujos valores são bem definidos e não admitem
valores intermédios. Ex: O número de irmãos são números e não pode haver valores inter-
médios entre dois valores seguidos.

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125
—Variável contínua: variável quantitativa, em que é possível, sempre, encontrar um valor
intermédio entre dois valores quaisquer. Ex: os pesos e as alturas das pessoas.
Desvio Padrão: De um modo genérico, podemos defini-lo como a média da diferença
entre cada valor da distribuição e a média dos mesmos. Isso quer dizer, quanto menor for o
desvio padrão de uma distribuição, maior será a homogeneidade dos diversos valores.
A moda e a mediana são, assim como a média, medidas de tendência central de um
conjunto de dados. São chamadas também de medidas de posição, pois servem para
"resumir", em apenas uma informação, a característica desse conjunto de dados.
Dependendo da situação, é mais conveniente usar a média, a moda ou a mediana.
A partir das medidas das alturas de um grupo de pessoas, é possível calcular uma altura
que caracteriza o grupo todo.
Conhecendo as notas de um aluno durante um semestre da faculdade, é possível calcu-
lar uma nota que "resume" a sua situação no semestre.
Com base no número de gols de um time, em várias partidas de um campeonato, é pos-
sível chegar a um número de gols que descreva a sua situação no campeonato.
Observando os tempos de viagem de um determinado ônibus, em várias viagens, é
possível se chegar a um valor que indica, em geral, o tempo dessa viagem.
Média aritmética simples: É a média aritmética mais utilizada, que é obtida dividindo-
se a soma das observações pelo número delas. É um quociente geralmente representado pela
letra M ou pelo símbolo.
Média aritmética ponderada: Consideremos uma coleção formada por n números de forma
que cada um esteja sujeito a um peso ["peso" é sinônimo de "ponderação"].
A média aritmética ponderada desses n números é a soma dos produtos de cada um por
seu peso, dividida por n.
Moda é a medida de tendência central que consiste no valor observado com mais fre-
quência em um conjunto de dados.
Se um determinado time fez, em dez partidas, a seguinte quantidade de gols: 3, 2, 0, 3,
0, 4, 3, 2, 1, 3, 1; a moda desse conjunto é de 3 gols.

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126
Se uma linha de ônibus registra, em quinze ocasiões, os tempos de viagens, em minu-
tos: 52, 50, 55, 53, 61, 52, 52, 59, 55, 54, 53, 52, 50, 51, 60; a moda desse conjunto é de 52
minutos.
As alturas de um grupo de pessoas são: 1,82 m; 1,75 m; 1,65 m; 1,58 m; 1,70 m. Nesse
caso, não há moda, porque nenhum valor se repete.
Mediana é uma medida de tendência central que indica exatamente o valor central de uma
amostra de dados.
Exemplos: As notas de um aluno em um semestre da faculdade, colocadas em ordem cres-
cente, foram: 4,0; 4,0; 5,0; 7,0; 7,0. São cinco notas. A mediana é o valor que está no centro
da amostra, ou seja, 5,0. Podemos afirmar que 40% das notas estão acima de 5,0 e 40% es-
tão abaixo de 5,0.
A quantidade de hotéis 3 estrelas espalhados pelas cidades do litoral de um determina-
do Estado é: 1, 2, 3, 3, 5, 7, 8, 10, 10, 10. Como a amostra possui dez valores e, portanto,
não há um valor central, calculamos a mediana tirando a média dos dois valores centrais:
Assim, há exatamente 50% das cidades com mais de 6 hotéis três estrelas e 50% das
cidades com menos de 6 hotéis três estrelas.
Dessa forma, podemos resumir o cálculo da mediana da seguinte forma:
- os valores da amostra devem ser colocados em ordem crescente ou decrescente;
- se a quantidade de valores da amostra for ímpar, a mediana é o valor central da amostra.
Nesse caso, há a mesma quantidade de valores acima e abaixo desse valor;
- se a quantidade de valores da amostra for par, é preciso tirar a média dos valores centrais
para calcular a mediana. Nesse caso, 50% dos valores da amostra estão abaixo e 50% dos
valores da amostra estão acima desse valor.
FONTE: http://www.lep.ibge.gov.br/ence/estatistica/default.asp

http://alvaroneves.2000pt.net/matematica/tutoriais/nocoies_de_estatistica_index.htm

Atividades
Fazer grupos de 05alunos para resolverem as questões abaixo:
1. Qual a média da idade de vocês?
2. Identifique a moda e a mediana dessas informações.
3. Crie 02 atividades de estatística, com gabarito, para serem feitas por outro grupo.

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127
REGRA DE 03
Regra de três simples é um processo prático para resolver problemas que envolvam
quatro valores dos quais conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um valor a
partir dos três já conhecidos. Os passos utilizados numa regra de três simples:
1º. Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma espécie em colunas e mantendo
na mesma linha as grandezas de espécies diferentes em correspondência;
2º. Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais;
3º. Montar a proporção e resolver a equação.
Exemplos:
1. Com uma área de absorção de raios solares de 1,2m2, uma lancha com motor movido a
energia solar consegue produzir 400 watts por hora de energia. Aumentando-se essa área pa-
ra 1,5m2, qual será a energia produzida?

Solução: montando a tabela:

Área (m²) Energia (Wh)

1,2 400
1,5 x

Identificação do tipo de relação:

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).
Observe que: aumentando a área de absorção, a energia solar aumenta.
Como as palavras correspondem (aumentando - aumenta), podemos afirmar que as
grandezas são diretamente proporcionais. Assim sendo, colocamos uma outra seta no mes-
mo sentido (para baixo) na 1ª coluna.
Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

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128
2. Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de 400Km/h, faz um determinado per-
curso em 3 horas. Em quanto tempo faria esse mesmo percurso, se a velocidade utilizada
fosse de 480km/h?
Solução montando a tabela:

Identificação do tipo de relação:

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o X (2ª coluna).
Observe que: aumentando a velocidade, o tempo do percurso diminui.
Como as palavras são contrárias (aumentando - diminui), podemos afirmar que as
grandezas são inversamente proporcionais. Assim sendo, colocamos uma outra seta no sen-
tido contrário (para cima) na 1ª coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação te-
mos:

Logo, o tempo desse percurso seria de 2,5 horas ou 2 horas e 30 minutos.


FONTE: http://www.somatematica.com.br/fundam/regra3s.php

Atividades
1. 08 metros de tecido custam R$ 200. Quanto custam 12 metros desse mesmo tecido?
2. Desejo ler um livro de Física de 240 páginas. Nas primeiras duas horas consegui ler 10
páginas. Continuando nesse ritmo, quantas horas gastarei para ler o meu querido livro de
Física?

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129
PORCENTAGEM

A porcentagem é de grande utilidade no mercado financeiro, pois é utilizada para capi-


talizar empréstimos e aplicações, expressar índices inflacionários e deflacionários, descon-
tos, aumentos, taxas de juros entre outros. No campo da Estatística possui participação ativa
na apresentação de dados comparativos e organizacionais.
Os números percentuais possuem representações na forma de fração centesimal
(denominador igual a 100), quando escritos de maneira formal devem aparecer na presença
do símbolo de porcentagem (%). Também podem ser escritos na forma de número decimal.
Observe os números a seguir, eles serão demonstrados através das três formas possíveis:

Exemplo 1:
Uma mercadoria é vendida em, no máximo, três prestações mensais e iguais, totalizando o
valor de R$ 900,00. Caso seja adquirida à vista, a loja oferece um desconto de 12% sobre o
valor a prazo. Qual o preço da mercadoria na compra à vista?
Podemos utilizar a razão centesimal ou o número decimal correspondente.
12% = 12/100 = 0,12
Utilizando razão centesimal
12/100 x 900 = 12x900/100 = 1080/100 = 10800/100 = 108 reais
900 – 108 = 792 reais
Utilizando número decimal
0,12 x 900 = 108 reais
900 – 108 = 792 reais

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130
A utilização de qualquer procedimento fica a seu critério, pois os dois métodos chegam ao
resultado de forma satisfatória e exata. No caso do exemplo 1, o desconto no pagamento à
vista é de R$ 108,00, portanto o preço é de R$ 792,00.

Exemplo 2:
O FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) é um direito do trabalhador com cartei-
ra assinada, no qual o empregador é obrigado por lei a depositar em uma conta na Caixa
Econômica Federal o valor de 8% do salário bruto do funcionário. Esse dinheiro deverá ser
sacado pelo funcionário na ocorrência de demissão sem justa causa. Determine o valor do
depósito efetuado pelo empregador, calculado o FGTS sobre um salário bruto de R$
1.200,00.
8% = 8/100 = 0,08

Utilizando razão centesimal


8/100 x 1200 = 8x1200 / 100 = 9600 / 100 = 96 reais
Utilizando número decimal
0,08 x 1200 = 96 reais
O depósito efetuado será de R$ 96,00.

Exemplo 3
Em uma sala de aula com 52 alunos, 13 utilizam bicicletas como transporte. Expresse em
porcentagem a quantidade de alunos que utilizam bicicleta.
Podemos utilizar uma regra de três simples.
Alunos → 13 ---------- 52
Porcentagem → x ----------- 100%
52*x = 13*100
52x = 1300
x= 1300/52
x = 25%
Portanto, 25% dos alunos utilizam bicicleta.
FONTE: http://www.brasilescola.com/matematica/porcentagem.htm

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131
Atividades
1) Quanto é 15% de 80?
2) Quanto é 70% de 30?
3) Quanto é 150% de 45?
4) Quanto é 100% de 40?
5) Do meu salário R$ 1.200,00 tive um desconto total de R$ 240,00. Este desconto equi-
vale a quantos por cento do meu salário?
6) Eu tenho 20 anos. Meu irmão tem 12 anos. A idade dele é quantos por cento da mi-
nha?
7) Meu carro alcança uma velocidade máxima de 160 km/h. O carro de meu pai atinge
até 200 km/h. A velocidade máxima do carro do meu pai é quantos por cento da veloci-
dade máxima do meu carro?
8) Por um descuido meu, perdi R$ 336,00 dos R$ 1.200,00 que eu tinha em meu bolso.
Quantos por cento eu perdi desta quantia?

JUROS
Juros: O regime de juros será simples quando o percentual de juros incidir apenas sobre o
valor principal. Sobre os juros gerados a cada período não incidirão novos juros. Valor Prin-
cipal ou simplesmente principal é o valor inicial emprestado ou aplicado, antes de somar-
mos os juros. Transformando em fórmula temos:
Considere o capital inicial “P”ou “C” aplicado a juros simples de taxa “i” por período,
durante “n” períodos. Lembrando que os juros simples incidem sempre sobre o capital inici-
al, podemos escrever a seguinte fórmula, facilmente demonstrável:
J = P . i . n = Pin
J= juros produzidos depois de n períodos, do capital P aplicado a uma taxa de juros por pe-
ríodo igual a i.

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132
No final de n períodos, é claro que o capital será igual ao capital inicial adicionado aos
juros produzidos no período. O capital inicial adicionado aos juros do período é denomina-
do MONTANTE (M). Logo, teríamos:
M = P + J = P + P.i.n = P(1 + i.n)
Portanto, M = P(1+in).
Exemplo: A quantia de $3000,00 é aplicada a juros simples de 5% ao mês, durante cinco
anos. Calcule o montante ao final dos cinco anos.
Solução:
Temos: P = 3000, i = 5% = 5/100 = 0,05 e n = 5 anos = 5.12 = 60 meses.
Portanto, M = 3000(1 + 0,05x60) = 3000(1+3) = $12000,00.
A fórmula J = Pin, onde P e i são conhecidos, nos leva a concluir pela linearidade da
função juros simples, senão vejamos:
Façamos P.i = k.
Teremos, J = k.n, onde k é uma constante positiva.
(Observe que P . i > 0)
Ora, J = k.n é uma função linear, cujo gráfico é uma semi-reta passando pela origem.
(Porque usei o termo semi-reta ao invés de reta?).
Portanto, J/n = k, o que significa que os juros simples J e o número de períodos n, são
grandezas diretamente proporcionais. Daí, infere-se que o crescimento dos juros simples
obedece a uma função linear, cujo crescimento depende do produto P.i = k, que é o coefici-
ente angular da semi-reta J = kn.
Exercício proposto: Calcule o montante ao final de dez anos de um capital R$10000,00
aplicado à taxa de juros simples de 18% ao semestre (18% a.s).
Resposta: R$46000,00
Como já sabemos, se o capital P for aplicado por n períodos, a uma taxa de juros sim-
ples i, ao final dos n períodos, teremos que os juros produzidos serão iguais a J = Pin e que
o montante (capital inicial adicionado aos juros do período) será igual a M = P(1 + in).
O segredo para o bom uso destas fórmulas é lembrar sempre que a taxa de juros i e o
período n têm de ser referidos à mesma unidade de tempo.

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133
Assim, por exemplo se num problema, a taxa de juros for: i =12% ao ano = 12/100 = 0,12 e
o período n = 36 meses, antes de usar as fórmulas deveremos colocá-las referidas à mesma
unidade de tempo, ou seja:
a) 12% ao ano, aplicado durante 36/12 = 3 anos , ou
b) 1% ao mês = 12%/12, aplicado durante 36 meses, etc.
Exemplos:
E01 – Quais os juros produzidos pelo capital R$12000,00 aplicados a uma taxa de juros
simples de 10% ao bimestre durante 5 anos?
SOLUÇÃO:
Temos que expressar i e n em relação à mesma unidade de tempo.
Vamos inicialmente trabalhar com BIMESTRE (dois meses):
i = 10% a.b. = 10/100 = 0,10
n = 5 anos = 5.6 = 30 bimestres (pois um ano possui 6 bimestres)
Então: J = R$12000.0,10. 30 = R$36000,00
Para confirmar, vamos refazer as contas, expressando o tempo em meses.
Teríamos:
i = 10% a.b. = 10/2 = 5% ao mês = 5/100 = 0,05
n = 5 anos = 5.12 = 60 meses
Então: J = R$12000,00.0,05.60 =R$36000,00
E02 – Um certo capital é aplicado em regime de juros simples, à uma taxa mensal de 5%.
Depois de quanto tempo este capital estará duplicado?
SOLUÇÃO:
Temos: M = P(1 + in). Logo, o capital estará duplicado quando
M = 2P. Logo, vem:
2P = P(1 + 0,05n); (observe que i = 5% a.m. = 5/100 = 0,05).
Simplificando, fica:
2 = 1 + 0,05n Þ 1 = 0,05n, de onde conclui-se n = 20 meses ou 1 ano e oito meses.

FONTE: http://www.somatematica.com.br/emedio/finan2.php

http://www.paulomarques.com.br/arq9-2.htm

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134
A salvação arquitetada para a situação econômica brasileira foi desenvolvida a partir
do final do ano de 1993. O Plano Real visava justamente garantir maior estabilidade para a
moeda nacional e controlar os índices inflacionários que reduziam sobremaneira o poder
aquisitivo da população. Todo o planejamento econômico foi desenvolvido no governo do
presidente Itamar Franco sob a responsabilidade do Ministro Fernando Henrique Cardoso.

Atividades
1. Um investidor aplicou a quantia de R$ 500,00 em um fundo de investimento que
opera no regime de juros simples. Após 6 meses o investidor verificou que o montante
era de R$ 560,00. Qual a taxa de juros desse fundo de investimento?
2. Um capital aplicado a juros simples durante 2 anos, sob taxa de juros de 5% ao mês,
gerou um montante de R$ 26.950,00. Determine o valor do capital aplicado.
3. Uma pessoa aplicou o capital de R$ 1.200,00 a uma taxa de 2% ao mês durante 14
meses. Determine os juros e o montante dessa aplicação.

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CORREÇÃO MONETÁRIA

Correção Monetária são os reajustes feitos na economia para evitar a perda de valor da
moeda.
No Brasil, a Atualização Monetária é considerada pelo Conselho Federal de Contabili-
dade como um Princípio Fundamental de Contabilidade. Até 1994, o Brasil sofria com os
altos índices da inflação, os ajustes que eram feitos na economia eram considerados como
Correção Monetária de Balanço, que tinha uma regulamentação determinada pelo governo
federal.
Atualmente, as correções econômicas são denominadas pelo Princípio da Atualização
Monetária, por isso é comum se deparar com a utilização de dois termos: Atualização Mo-
netária ou Correção Monetária. Passado o período em que o país sofreu com a hiperinfla-
ção, os novos reajustes na economia são baseados nas altas taxas de juros que as instituições
financeiras praticam. Outro fator que se tornou comum na rotina da economia brasileira é o
Câmbio Flutuante, que, por sua vez, é responsável pelas oscilações da cotação do Dólar em
relação ao Real.

Assim, a Atualização ou Correção Monetária é praticada atualmente no país com o in-


tuito de regular os valores da economia, baseando-se no preço da
moeda, nos índices da inflação e na cotação do mercado financei-
ro. Tais ajustes são praticados periodicamente.

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137
DISCIPLINA 3 - MUNDO DO TRABALHO
GLOBALIZAÇÃO

A globalização é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, soci-


al, cultural, política, que teria sido impulsionado pelo barateamento dos meios de transporte
e comunicação dos países do mundo no final do século XX e início do século XXI. É um
fenômeno gerado pela necessidade da dinâmica do capitalismo de formar uma aldeia global
que permita maiores mercados para os países centrais (ditos desenvolvidos) cujos mercados
internos já estão saturados. O processo de Globalização diz respeito à forma como os países
interagem e aproximam pessoas, ou seja, interliga o mundo, levando em consideração as-
pectos econômicos, sociais, culturais e políticos. Com isso, gerando a fase da expansão ca-
pitalista, onde é possível realizar transações financeiras, expandir seu negócio até então res-
trito ao seu mercado de atuação para mercados distantes e emergentes, sem necessariamente
um investimento alto de capital financeiro, pois a comunicação no mundo globalizado per-
mite tal expansão, porém, obtêm-se como consequência o aumento acirrado da concorrência
Origens da Globalização: Muitos historiadores afirmam que este processo teve início
nos séculos XV e XVI com as Grandes Navegações e Descobertas Marítimas. Neste contex-
to histórico, o homem europeu entrou em contato com povos de outros continentes, estabe-
lecendo relações comerciais e culturais. Porém, a globalização efetivou-se no final do sécu-
lo XX, logo após a queda do socialismo no leste europeu e na União Soviética. O neolibera-
lismo, que ganhou força na década de 1970, impulsionou o processo de globalização econô-
mica. Com os mercados internos saturados, muitas empresas multinacionais buscaram con-
quistar novos mercados consumidores, principalmente dos países recém saídos do socialis-
mo. A concorrência fez com que as empresas utilizassem cada vez mais recursos tecnológi-
cos para baratear os preços e também para estabelecerem contatos comerciais e financeiros
de forma rápida e eficiente. Neste contexto, entra a utilização da Internet, das redes de com-
putadores, dos meios de comunicação via satélite etc.

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138
Características da globalização:
→ A busca pelo barateamento do processo produtivo pelas indústrias. Muitas delas, produ-
zem suas mercadorias em vários países com o objetivo de reduzir os custos. Optam por paí-
ses onde a mão-de-obra, a matéria-prima e a energia são mais baratas. Um tênis, por exem-
plo, pode ser projetado nos Estados Unidos, produzido na China, com matéria-prima do
Brasil, e comercializado em diversos países do mundo.
→ Para facilitar as relações econômicas, as instituições financeiras (bancos, casas de câm-
bio, financeiras) criaram um sistema rápido e eficiente para favorecer a transferência de ca-
pital e comercialização de ações em nível mundial.
→ Investimentos, pagamentos e transferências bancárias, podem ser feitos em questões de
segundos através da Internet ou de telefone celular.
→ A característica mais notável da globalização é a presença de marcas mundiais.
→ A globalização afeta todas as áreas da sociedade, principalmente comunicação, comércio
internacional e liberdade de movimentação, com diferente intensidade dependendo do nível
de desenvolvimento e integração das nações ao redor do planeta.
Quais são os seus efeitos?
Este processo tem efeitos sobre o ambiente, cultura, sistemas políticos, desenvolvi-
mento económico e prosperidade. A política e a evolução tecnológica das últimas décadas
têm impulsionado aumentos no comércio transfronteiriço. O investimento e a migração têm
aumentado de tal ordem que muitos observadores acreditam que o mundo já entrou numa
nova fase qualitativa quanto ao seu desenvolvimento económico. Os governos também ne-
gociaram reduções drásticas nas barreiras ao comércio de bens, serviços e investimento.
Aproveitando as novas oportunidades em mercados estrangeiros, as empresas têm construí-
do fábricas estabelecidas no estrangeiro e celebrado acordos de produção e comercialização
com parceiros estrangeiros.
A globalização afeta todas as áreas da sociedade, principalmente comunicação, comér-
cio internacional e liberdade de movimentação, com diferente intensidade dependendo do
nível de desenvolvimento e integração das nações ao redor do planeta.

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Comunicação: A globalização das comunicações tem sua face mais visível na internet,
a rede mundial de computadores, possível graças a acordos e protocolos entre diferentes en-
tidades privadas da área de telecomunicações e governos no mundo. Isto permitiu um fluxo
de troca de ideias e informações sem critérios na história da humanidade. Se antes uma pes-
soa estava limitada a imprensa local, agora ela mesma pode se tornar parte da imprensa e
observar as tendências do mundo inteiro, tendo apenas como fator de limitação a barreira
linguística. Outra característica da globalização das comunicações é o aumento da universa-
lização do acesso a meios de comunicação, graças ao barateamento dos aparelhos, princi-
palmente celulares e os de infraestrutura para as operadoras, com aumento da cobertura e
incremento geral da qualidade graças a inovação tecnológica. Hoje uma inovação criada no
Japão pode aparecer no mercado português ou brasileiro em poucos dias e virar sucesso de
mercado. Um exemplo da universalização do acesso a informação pode ser o próprio Brasil,
hoje com 42 milhões de telefones instalados e um aumento ainda maior de número de tele-
fone celular em
Indústria e serviços: Os efeitos no mercado de trabalho da globalização são evidentes, com
a criação da modalidade de outsourcing de empregos para países com mão-de-obra mais ba-
ratas para execução de serviços que não é necessário alta qualificação, com a produção dis-
tribuída entre vários países, seja para criação de um único produto, onde cada empresa cria
uma parte, seja para criação do mesmo produto em vários países para redução de custos e
ganhar vantagem competitivas no acesso de mercados regionais.
Multinacionais, também conhecidas como transnacionais, são empresas que possuem
matriz num país e possuem atuação em diversos países. São grandes empresas que instalam
filiais em outros países em busca de mercado consumidor, energia, matéria-prima e mão-de-
obra baratas. Estas empresas costumam produzir produtos para comercializar nos países em
que atuam ou até mesmo para enviar produtos para serem vendidos no país de origem ou
outros países. Dentro do contexto atual da globalização, é muito comum as
empresas multinacionais produzirem cada parte de um produto em países dife-
rentes, com o objetivo de reduzir custos de produção.
Internacionalização é um conceito com aplicação em várias áreas. Segun-
do o sociólogo Guy Rocher, a internacionalização se refere às trocas econômi-
cas, políticas, culturais entre nações, e às relações que daí resultam, pacíficas
ou conflituosas, de complementaridade ou de concorrência.

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“Aldeia global” é muito utilizado como referência à globalização, a uma nova visão de
mundo e às comunidades conectadas entre si, através de avançadas tecnologias de comuni-
cação e transporte. O termo foi criado na década de 60, pelo professor de Comunicações da
Universidade de Toronto, Herbert Marshall Mcluhan. Em seus estudos, Mcluhan considera
que a informação trocada de forma virtual e eletrônica permite superar distâncias geográfi-
cas e permitir trabalhos remotos entre pessoas, empresas e governos. A aldeia global e seu
potencial comunicativo desfragmentam espacialmente as sociedades, o que permite que um
acontecimento ocorrido numa região do planeta afete a opinião pública em outro continente
distante. Consequentemente , essa nova maneira de produzir e distribuir informações, con-
teúdos e imagens gerou a necessidade de reestruturação de organizações e estratégias de
ações sociais e econômicas. Segundo a teoria de Mcluhan, a aldeia global eletrônica deu
seus primeiros grandes passos a partir do rádio nos anos 20.Nessa aldeia a fronteira é eletrô-
nica, o que está distante dessa conexão fica à margem do “subúrbio global”. Mcluhan de-
fende a ideia que a imprensa retirou o ser humano do sentimento de tribo, o colocando nu-
ma leitura individual e distante dos fatos; por outro lado, a mídia eletrônica “retribalizou” o
ser humano, o colocando como receptor instantâneo de fatos recém ocorridos.
Organização internacional é uma associação voluntária de sujeitos de direito internaci-
onal, constituída mediante ato internacional (geralmente um tratado), de caráter relativa-
mente permanente, dotada de regulamento e órgãos de direção próprios, cuja finalidade é
atingir os objetivos comuns determinados por seus membros constituintes.
Organizações não governamentais (ONGs) atualmente significam um grupo social or-
ganizado, sem fins lucrativos, constituído formal e autonomamente, caracterizado por ações
de solidariedade no campo das políticas públicas e pelo legítimo exercício de pressões polí-
ticas em proveito de populações excluídas das condições da cidadania. Porém seu conceito
não é pacífico na doutrina, e com muitas divergências. Fazem parte do chamado Terceiro
setor Blocos Econômicos e Globalização: Dentro deste processo econômico, muitos países
se juntaram e formaram blocos econômicos, cujo objetivo principal é aumentar as relações
comerciais entre os membros. Neste contexto, surgiram a União Europeia, o Mercosul, a
Comecom, o NAFTA, o Pacto Andino e a Apec. Estes blocos se fortalecem cada vez mais e
já se relacionam entre si. Desta forma, cada país, ao fazer parte de um bloco econômico,
consegue mais força nas relações comerciais internacionais.

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Antiglobalização: A globalização é um fenômeno moderno que surgiu com a evolução
dos novos meios de comunicação cada vez mais rápidos e mais eficazes. Há, no entanto, as-
pectos tanto positivos quanto negativos na globalização. No que concerne aos aspectos ne-
gativos há a referir a facilidade com que tudo circula não havendo grande controle como se
pode facilmente depreender pelos atentados de 11 de Setembro nos Estados Unidos da
América. Esta globalização serve para os mais fracos se equipararem aos mais fortes pois
tudo se consegue adquirir através desta grande autoestrada informacional do mundo que é a
Internet. Outro dos aspectos negativos é a grande instabilidade econômica que se cria no
mundo, pois qualquer fenômeno que acontece num determinado país atinge rapidamente
outros países criando-se contágios que tal como as epidemias se alastram a todos os pontos
do globo como se de um único ponto se tratasse. Os países cada vez estão mais dependentes
uns dos outros e já não há possibilidade de se isolarem ou remeterem-se no seu ninho pois
ninguém é imune a estes contágios positivos ou negativos. Como aspectos positivos, temos
sem sombra de dúvida, a facilidade com que as inovações se propagam entre países e conti-
nentes, o acesso fácil e rápido à informação e aos bens. Com a ressalva de que para as clas-
ses menos favorecidas economicamente, especialmente nos países em desenvolvimento, es-
se acesso não é "fácil" (porque seu custo é elevado) e não será rápido.

FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Globalização

Atividades
1. Qual a importância do processo de globalização para expansão da atuação das empre-
sas transnacionais? Cite algumas dessas empresas que possuem filiais no Brasil.
2. Quais as principais características do processo de globalização?
3. Analise no seu dia a dia, como a globalização está presente na vida da maioria dos
brasileiros.

Instituto Brasileiro Pró Educação Trabalho e Desenvolvimento


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142
TRABALHO X EMPREGO

A maioria das pessoas associa as palavras trabalho e emprego como se fossem a mes-
ma coisa, mas não são. Apesar de estarem ligadas, essas palavras possuem significados dife-
rentes. O trabalho é mais antigo que o emprego, o trabalho existe desde o momento que o
homem começou a transformar a natureza e o ambiente ao seu redor, desde o momento que
o homem começou a fazer utensílios e ferramentas. Por outro lado, o emprego é algo recen-
te na história da humanidade. O emprego é um conceito que surgiu por volta da Revolução
Industrial, é uma relação entre homens que vendem sua força de trabalho por algum valor,
alguma remuneração, e homens que compram essa força de trabalho pagando algo em troca,
algo como um salário.
Trabalho: De acordo com a definição do Dicionário do Pensamento Social do Século XX, é
o esforço humano dotado de um propósito e envolve a transformação da natureza através do
dispêndio de capacidades físicas e mentais.
Emprego: É a relação, estável, e mais ou menos duradoura, que existe entre quem organiza
o trabalho e quem realiza o trabalho. É uma espécie de contrato no qual o possuidor dos
meios de produção paga pelo trabalho de outros, que não são possuidores do meio de produ-
ção.
Trabalho através dos tempos : Ao longo da história da humanidade, variando com o ní-
vel cultural e com o estágio evolutivo de cada sociedade, o trabalho tem sido percebido de
forma diferenciada. No ocidente, a dignidade do trabalho foi falsamente louvada por muito
tempo. O segundo texto grego mais antigo, cerca de cem anos mais novo que os poemas
épicos de Homero, é um poema de Hesíodo (800 a.C.), intitulado "Os Trabalhos e os Dias",
que canta o trabalho de um agricultor. Porém, tanto no ocidente como no oriente esses ges-
tos de louvor eram puramente simbólicos. Nem Hesíodo, nem Virgílio, nem ninguém da
época, estudou de fato o que um agricultor faz e, menos ainda, como faz. O trabalho não
merecia a atenção de pessoas educadas, abastadas ou com autoridade. Trabalho era o que os
escravos faziam. Mas o trabalho é mais do que um instrumento criador de riqueza (posição
dos economistas clássicos). Além do valor intrínseco, serve também para expressar muito
da essência do ser humano (o homo faber). O trabalho está intimamente relacionado à per-
sonalidade. (Quando dizemos que fulano é um carpinteiro, um médico ou um mecânico, es-
tamos, de certa forma, definindo um ser a partir do trabalho que ele exerce).

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No começo dos tempos, o trabalho era a luta constante para sobreviver (acepção bíbli-
ca). A necessidade de comer de se abrigar, etc. era que determinava a necessidade de traba-
lhar. O avanço da agricultura, de seus instrumentos e ferramentas trouxe progressos ao tra-
balho. O advento do arado representou uma das primeiras revoluções no mundo do trabalho.
Mais tarde, a Revolução Industrial viria a afetar também não só o valor e as formas de tra-
balho, como sua organização e até o aparecimento de políticas sociais. A necessidade de or-
ganizar o trabalho, principalmente quando envolve muitas pessoas e ou muitos instrumentos
e muitos processos, criou a ideia do "emprego". Nos tempos primitivos, da Babilônia, do
Egito, de Israel, etc., havia o trabalho escravo e o trabalho livre; havia até o trabalho de arte-
sãos e o trabalho de um rudimento de ciência, mas não havia o emprego, tal como nós o
compreendemos atualmente.
Na Antiguidade, não existia a noção de emprego. A relação trabalhista que existia entre
as pessoas era a relação escravizador-escravo. Podemos tomar as três civilizações mais in-
fluentes da época e que influenciaram o Ocidente com sociedades escravistas, a egípcia, a
grega e a romana. Nessa época, todo o trabalho era feito por escravos. Havia artesãos, mas
estes não tinham patrões definidos, tinham clientes que pagavam por seus serviços. Os arte-
sãos poderiam ser comparados aos profissionais liberais de hoje, já que trabalhavam por
conta própria sem ter patrões. Para os artesãos não existe a relação empregador-empregado,
portanto não podemos falar que o artesão tinha um emprego, apesar de ter uma profissão.
Na Idade Média também não havia a noção de emprego. A relação trabalhista da época
era a relação senhor-servo. A servidão é diferente da escravidão, já que os servos são ligei-
ramente mais livres que os escravos. Um servo podia sair das terras do senhor de terras e ir
para onde quisesse desde que não tivesse dívidas a pagar para o senhor de terras. Na servi-
dão, o servo não trabalha para receber uma remuneração, mas para ter o direito de morar
nas terras do seu senhor. Também não existe qualquer vínculo contratual entre os dois, mes-
mo porque senhor e servo eram analfabetos.
Na Idade Moderna as coisas começam a mudar. Nessa época, existiam várias empresas
familiares que vendiam uma pequena produção artesanal, todos os membros da família tra-
balhavam juntos para vender produtos nos mercados; não podemos falar de emprego nesse
caso. Além das empresas familiares, havia oficinas com muitos aprendizes que recebiam
moradia e alimentação em troca e, ocasionalmente, alguns trocados. É por essa época que
começa a se esboçar o conceito de emprego.

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Com o advento da Revolução Industrial, êxodo rural, concentração dos meios de pro-
dução, a maior parte da população não tinha nem ferramentas para trabalhar como artesãos.
Sendo assim, restava às pessoas oferecer seu trabalho como moeda de troca. É nessa época
que a noção de emprego toma sua forma. O conceito de emprego é característico da Idade
Contemporânea.
Por quê estudar o Trabalho e o Emprego?
O trabalho é essencial para o funcionamento das sociedades. O trabalho é responsável
pela produção de alimentos e outros produtos de consumo da sociedade. Sendo assim, sem-
pre existirá o trabalho. O conceito, a classificação e o valor atribuído ao trabalho são sempre
questões culturais. Cada sociedade cria um conceito próprio, divide o trabalho em certas ca-
tegorias e atribui-lhe um determinado valor. Quando essas condições se alteram, o trabalho
também se altera, seja pela forma como se realiza (manual, mecânico, elétrico, eletrônico,
etc.), seja pelos instrumentos-padrão que utiliza e assim por diante. Da mesma forma, a
sociedade e seus agentes também variam na forma como organizam, interpretam e valori-
zam o trabalho.
A forma como uma sociedade decide quem vai organizar o trabalho e quem o realizará;
e a forma como o produto, a riqueza, produzida pelo trabalho é distribuída entre os mem-
bros da sociedade, determina as divisões de classes sociais. O trabalho é, talvez, o principal
fator que determina a sociedade, suas estruturas e funcionamento; o inverso também é ver-
dadeiro. Assim, enquanto existir uma sociedade, existirá trabalho, pois aquela não pode
existir sem esta (o mesmo pode não ser verdadeiro em relação ao emprego). Fica claro que
compreender o trabalho e o emprego é importante em qualquer ocasião e época; mas é mais
importante ainda entender o trabalho quando a sociedade está em um processo de mudança,
de revolução; pois o trabalho certamente será influenciado e influenciará as mudanças e a
sociedade.

FONTE: http://www.ime.usp.br/~is/ddt/mac333/projetos/fim-dos-empregos/empregoEtrabalho.htm

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Atividades
1.Qual a diferença entre emprego e trabalho?
3.Faça uma redação dissertativa, com no mínimo 15 linhas e no máximo 20 li-
nhas com o tema: “A importância da escolaridade para os cenários brasileiro e
mundial”.
RELAÇÃO ENTRE GLOBALIZAÇÃO, TRABALHO E EMPREGO

Inúmeras transformações do mercado de trabalho, principalmente no inicio da década


de 90 no Brasil, marcam a abertura econômica e o processo de globalização da economia. A
globalização trouxe uma nova realidade para o país. Os níveis de desemprego aumentaram e
o nível de exigência para contratação aumentou em contrapartida. Novos conceitos como o
de empregabilidade (capacidade do profissional em se manter empregado) foram surgindo e
até mesmo a visão de que não era emprego que faltava, mas encontrar pessoas que se ade-
quassem aos novos perfis dessa economia.
O mercado de trabalho na medida em que possui uma oferta maior do que a procura
possibilita aos profissionais escolherem melhor onde trabalhar e com isso a oportunidade de
receber um salário melhor também aumenta. Quando acontece a situação contrária, o pro-
fissional fica em desvantagem porque existe uma grande massa de trabalhadores e com isso
ele se sujeita a receber salários menores e passa a não arriscar tanto uma saída de um em-
prego que não o agrade por medo de não conseguir outro. Além disso, a exigência para a
contratação quanto a formação também aumenta.
Esse processo de reestruturação implica em fortes impactos nos aspectos econômicos,
políticos, sociais e de trabalho. Essas transformações nos cenários do mercado de trabalho
vêm exigindo mais qualidade, produtividade e flexibilidade. Surge en-
tão a necessidade de qualificar e requalificar profissionais para que as
pessoas tenham mais chances de conseguir se inserir novamente no
mercado de trabalho.

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A qualificação tem um papel fundamental: evitar que os trabalhadores fiquem à mar-
gem do mercado de trabalho, ou seja, tornar o profissional empregável. Segundo vários au-
tores o profissional, para ser empregável, deve apresentar uma série de características tais
como: ter visão sistêmica do negócio e dos processos da empresa, buscar aprendizagem e
aperfeiçoamento continuo, utilizar a capacidade criativa, ser capaz de se relacionar e traba-
lhar com equipes, capacidade de se comunicar com clientes internos e externos, ser flexível,
ter uma visão generalista e especialista ao mesmo tempo.
O mercado de trabalho brasileiro e mundial passa por uma série de transformações que
refletem a atual conjuntura política, social e econômica que se encontram. Os efeitos da glo-
balização transformaram a concorrência e tornaram o mercado cada vez mais competitivo,
através da abertura de mercado.
A globalização modificou a maneira de pensar o mercado de trabalho, mudou as con-
cepções de emprego, ampliou o conceito de trabalho. Por isso a necessidade de qualificação
fica evidente e se faz necessária para enfrentar as exigências do mercado de trabalho que
por sua vez são cada vez maiores, por causa da competitividade e da reestruturação produti-
va.

FONTE: FANDIÑO, Antonio M. Globalização e emprego: rebatimento sobre a formação do trabalhador. Fundação CECIERJ, 2010.

Atividades
1. Discussão sobre a temática: “Qual o perfil exigido do profissional na
atualidade”?
Cada jovem deve responder à questão, e as respostas serão discutidas.

Utilizando revistas e jornais, os jovens irão confeccionar um cartaz com


características e impactos da globalização.

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O QUE É LEGISLAÇÃO: HISTÓRICO DO DIREITO

O Direito sempre existiu. Nasceu com o homem em sociedade. Nas sociedades primitivas, o
Direito se confunde com a religião e com a política. Essas sociedades não tinham órgãos
específicos para emanar normas nem legisladores. As leis nem sempre foram as principais
fontes reveladoras do direito. Eram resultados da opinião popular e com o largo uso pelo se
tornavam obrigatórias.
Os habitantes originais do território que hoje é o Brasil eram múltiplos, em tribo, etnias,
línguas. Eles viviam em comunidades caracterizadas pela inexistência da propriedade
privada. O caráter comunitáro da produção implicava em uma economia que buscava
assegurar estritamente o que era para consumo.
As grandes decisões eram tomadas pelo grupo de homens que se reunia para discutir, o que
era valorizado era o poder da persuasão.
Mas havia regras, elas não eram escritas porque os índios do território que Portugal tomou
posse não tinham escrita. Eram regras variáveis de tribo para tribo mas algumas questões
eram comuns.
A divisão do trabalho era feita através de critérios sexuais ou etários. Para alimentação
havia algumas proibições, os animais domésticos se tornavam tabus alimentares.
O casamento era preferencialmente realizado na forma avuncular, ou seja, matrimônio
do tio materno com a sobrinha e era através destes que eram acertadas as alianças. Casar-se
era tão simples quanto divorciar-se; após declaração de ambas as partes estava feito. A
poligamia era permitida e o homem com mais de uma esposa tinha seu prestígio reforçado.
A poliandria também existia em algumas tribos, havia a possibilidade de uma mulher ter
vários maridos.
Portanto, o Direito é o conjunto de princípios, de regras e de instituições destinado a
regular a vida humana em sociedade.
O objetivo do Direito é regular a vida humana em sociedade, estabelecendo, para esse
fim, normas de conduta, que devem ser observadas pelas pessoas. Tem por finalidade a rea-
lização da paz e da ordem social, mas também vai atingir as relações individuais das pesso-
as.

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O homem vive em conjunto com os demais, necessitando de regras para regular essa
situação. O Direito é fruto da convivência humana.
O ordenamento jurídico também tem função social, de reger as relações jurídicas para
a convivência das pessoas.
A sanção no Direito existe para que a norma seja cumprida, quando a submissão não
ocorre espontaneamente. Em relação a determinadas comunidades ou sociedades, se a pes-
soa não cumpre suas regras, é desprezada e rejeitada por seus componentes, porém pode
não haver imposição de sanção. O importante não é se o Direito tem ou não coação ou
sanção pelo descumprimento da norma, de forma a torná-la coercitiva, mas se ela é cumpri-
da, o que pode ser feito espontaneamente pela pessoa, sem que exista sanção.

FONTE: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA3isAH/historia-direito-brasileiro-apontamentos

Atividades
O Direito e as leis existem em todas as relações. Cite no mínimo 10 exemplos
de obrigações que temos que fazer todos os dias para sermos aceitos na
sociedade. Ressalte em que locais existem essas leis. Exemplo: Em casa: Ir
dormir às 22h, Chegar em casa até 23h, Tirar notas boas, etc

LEGISLAÇÃO: CONHECENDO O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDRO

Direito do Consumidor:

PROTEÇÃO À SAÚDE E À SEGURANÇA: Um dos direitos básicos do consumidor


é a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no
fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos (artigo 6º, inciso I
do CDC).
Produtos perigosos por natureza devem ser acompanhados de rótulos que tragam todas
as informações necessárias sobre seu uso, composição, antídoto e toxicidade (inseticidas,
álcool, água sanitária, gás, etc.).

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149
Existem casos em que o seu risco passa a ser conhecido apenas depois de o fornecedor
Existem casos em que o seu risco passa a ser conhecido apenas depois de o fornecedor
colocar o produto à venda. Quando isso acontece, o fornecedor deve divulgar
imediatamente todas as informações cabíveis acerca do problema identificado por meio de
anúncios publicitários em rádio, televisão e jornal. Este procedimento recebe o nome de
RECALL.

INFORMAÇÃO: Produtos e serviços devem ser oferecidos com informações corretas e


claras, em língua portuguesa, sobre as suas características, quantidade, qualidade,
composição (ingredientes), preço, garantia, prazo de validade, fabricante, origem e sobre os
riscos que porventura possam apresentar. O Código de Defesa do Consumidor estabelece
normas que exigem do fornecedor essa obrigação na oferta e apresentação de produtos ou
serviços.
Quando o consumidor compra um produto nacional ou importado (por exemplo: um
eletrodoméstico), o fabricante ou importador deve garantir a troca das peças do produto
enquanto estiver à venda. E, mesmo depois que o produto deixou de ser fabricado ou
importado, a oferta das peças deverá ser mantida por determinado prazo.

OFERTA: Todos os meios utilizados pelo fornecedor para aproximar o consumidor dos
produtos ou serviços colocados à sua disposição no mercado de consumo é uma oferta.
Tudo que for ofertado deverá ser cumprido, caso contrário, é direito do consumidor escolher
entre:
exigir o cumprimento da oferta;escolher outro produto ou prestação de serviço
equivalente;cancelar o contrato e pedir a devolução do que pagou, devidamente
corrigido.Qualquer uma das alternativas acima não exclui o direito de requerer indenização
por perdas e danos na Justiça.

PUBLICIDADE: Toda publicidade deve ser clara para que o consumidor possa identificá-la
facilmente, ou seja, a sua mensagem não pode deixar dúvidas quanto ao fato de estar
ofertando produtos ou serviços. O fornecedor deve manter consigo todas as informações
técnicas e científicas que comprovem ser a propaganda verdadeira. O Código de Defesa do
Consumidor proíbe publicidade enganosa ou abusiva.Publicidade Enganosa é a que contém
informações falsas sobre o produto ou serviço, que faz com que o consumidor entenda
incorretamente os dados sobre características, quantidade, origem, preço e propriedades do
produto ou serviço. Também é enganosa a publicidade que omite dados essenciais.

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150
Publicidade Abusiva é aquela capaz de gerar discriminação, estimular a violência, explorar
o medo e a superstição, aproveitar da falta de experiência da criança, desrespeitar valores
ambientais ou induzir a comportamentos prejudiciais à saúde e à segurança. Tudo o que for
anunciado deve ser cumprido. As informações da propaganda fazem parte do contrato.

A PROTEÇÃO CONTRATUAL: Contrato é um acordo onde as pessoas assumem direitos e


obrigações entre si.O fornecedor tem a obrigação de fornecer ao consumidor o contrato para
leitura prévia. Ele deverá ser escrito de forma simples, legível e de fácil compreensão. Nem
sempre o contrato é elaborado e escrito pelas partes. Se uma delas apresentar à outra um
contrato já elaborado e impresso para assinar, este será chamado contratode adesão.

COBRANÇAS DE DÍVIDAS: O Código de Defesa do Consumidor não permite que o


fornecedor faça escândalos na porta da casa do consumidor ou tenha qualquer outra atitude
que exponha o consumidor ao ridículo.
ATENÇÃO: consumidor que não paga deve ser cobrado, mas não exposto a situações
vergonhosas.

PRAZOS DE ARREPENDIMENTO: O consumidor que comprar um produto ou contratar um


serviço fora do estabelecimento comercial tem direito a se arrepender da compra ou da
contrata-ção no prazo de 07 (sete) dias, contados a partir do recebimento do produto ou da
assinatura do contrato. É considerada compra ou contratação fora do estabelecimento
comercial quando for por: telefone, carta, internet;vendedores na porta de casa ou no local
de trabalho; outros meios que estejam fora do estabelecimento comercial.No caso de
arrependimento, o consumidor deverá comunicar por escrito o fornecedor e devolver o
produto ou suspender o serviço, assim, terá direito à devolução do valor pago, com correção
monetária.

PRAZOS PARA RECLAMAR: Para que o consumidor possa reclamar de qualquer problema em
um produto ou serviço, é necessário que tenha sempre a nota fiscal ou a cópia do contrato.O
prazo para o consumidor reclamar do problema do produto ou serviço é de: 30 (trinta) dias
para produto ou serviço não durável. Ex.: alimentos. 90 (noventa) dias para produto ou
serviço durável. Ex.: eletrodomésticos.

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151
Esses prazos serão contados a partir do recebimento do produto ou término do serviço.Se o
problema não for evidente (vício oculto) os prazos começam a ser contados a partir do seu
aparecimento.

Atividades
Dê 05 exemplos práticos de situações em que o Código de Defesa do
Consumidor é desrespeitado.

FORMAS DE CONTRATAÇÃO

A CLT surgiu pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943, sancionada pelo então
presidente Getúlio Vargas, unificando toda legislação trabalhista existente no Brasil. Seu
principal objetivo é a regulamentação das relações individuais e coletivas do trabalho, nela
previstas. A CLT é o resultado de 13 anos de trabalho - desde o início do Estado Novo até
1943 - de destacados juristas, que se empenharam em criar uma legislação trabalhista que
atendesse à necessidade de proteção do trabalhador, dentro de um contexto de "estado
regulamentador".
A Consolidação das Leis do Trabalho, cuja sigla é CLT, regulamenta as relações traba-
lhistas, tanto do trabalho urbano quanto do rural. Desde sua publicação já sofreu várias al-
terações, visando adaptar o texto às nuances da modernidade. Apesar disso, ela continua
sendo o principal instrumento para regulamentar as relações de trabalho e proteger os tra-
balhadores.
Seus principais assuntos são:
•Registro do Trabalhador
•Carteira de Trabalho;
•Jornada de Trabalho;
•Período de Descanso;
•Férias;
•Medicina do Trabalho;
•Categorias Especiais de Trabalhadores;
•Proteção do Trabalho da Mulher;
•Contratos Individuais de Trabalho;
•Organização Sindical;
•Convenções Coletivas;
•Fiscalização;
•Justiça do Trabalho e Processo Trabalhista.

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Apesar das críticas que vem sofrendo, a CLT cumpre seu papel, especialmente na pro-
teção dos direitos do trabalhador. Entretanto, pelos seus aspectos burocráticos e excessiva-
mente regulamentador, carece de uma atualização, especialmente para simplificação de nor-
mas aplicáveis a pequenas e médias empresas.
Exame médico admissional: Tem por finalidade constatar a capacidade física e mental
do empregado para o exercício da função a que está sendo contratado. Deverá ser efetuado
antes que o trabalhador assuma suas atividades, sendo seu custeio ônus do empregador. Re-
ferido exame será realizado por médico do trabalho que emitir o Atestado de Saúde
Ocupacional-ASO, em duas vias.
Registro: Em todas as atividades o empregador está obrigado a efetivar o registro de seus
empregados tão logo os mesmos iniciem a prestação dos seus serviços. Este registro poderá
ser feito em livro, ficha ou por sistema eletrônico, devendo as empresas, que adotarem este
ultimo critério seguir instruções fornecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego-MTE,
os quais poderão ser obtidos na Delegacia Regional de Trabalho - DRT da localidade de
sua jurisdição (art. 41, CLT e Portaria MTB nº 1.121/95).
Algumas informações deverão obrigatoriamente ser observadas independente da for-
ma adotada pela empresa para o registro dos empregados dentre as quais:
a) Identificação do empregado com nome completo, filiação, data e local do nascimento;
sexo, endereço completo, número e série do CPF, RG, e da CTPS;
b) Data de admissão e desligamento;
c) Cargo e função;
d) Número do PIS/PASEP;
e) Registro de acidentes de trabalho ou doença profissional;
f) Grau de instrução e habilitação profissional;
g) Valor da remuneração e sua forma de pagamento;
h) Local e jornada de trabalho.

Anotações na carteira de trabalho e previdência social – CTPS: A empresa terá o prazo


improrrogável de 48 horas para proceder às anotações na CTPS do empregado, podendo a
empresa optar pelo uso de etiquetas gomadas autenticadas pelo empregador ou seu re-
presentante legal (CLT Art. 29).

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153
Deverão ser anotadas na Carteira de Trabalho e Previdência Social-CTPS do empre-
gado a data da admissão, a remuneração seja qual for à forma de pagamento e as cir-
cunstâncias especiais.
A CTPS regularmente emitida e anotada servirá de prova nos atos de:
a) Reclamação trabalhista;
b) Perante o INSS;
c) Para cálculo de indenização por motivo de acidente de trabalho ou moléstia profis-
sional.

PIS/PASEP – Cadastramento: Caso o empregado já seja cadastrado, não há providên-


cias a ser feita pelo empregador, visto a inscrição ser única. Porém se for admissão
do primeiro emprego, compete ao empregador inscrevê-lo. Para este efeito, o empre-
gador deverá adquirir e preencher o Documento de Cadastramento de trabalhador –
DCT e entregá-lo na Caixa Econômica Federal, que emitirá o número de inscrição no
ato, ou no máximo em 5 dias úteis contados a partir da data de entrega do formulário.
Contribuição sindical: Os empregadores são obrigados a descontar, da folha de pagamento
de seus empregados relativos ao mês de março de cada ano, a contribuição sindical
por estes devidas aos respectivos sindicatos (Art 582, CLT).
Aos empregados admitidos nos meses de Janeiro, Fevereiro e Março efetiva-se o des-
conto no mês de março. Para os empregados admitidos após o mês de março cabe ao em-
pregador verificar se o empregado admitido já sofreu o desconto da contribuição sindical na
empresa anterior, caso contrário, será procedido o desconto no mês subsequente ao da
admissão para recolhimento no mês seguinte.
O desconto dessa contribuição deverá ser anotado na CTPS e na ficha ou livro de re-
gistro de empregados. A contribuição sindical será recolhida, de uma só vez e consis-
tirá na importância correspondente à remuneração de um dia de trabalho , para os emprega-
dos, qualquer que seja a forma de remuneração.

FGTS – Abertura de conta: A partir de 5 de outubro de 1998, o direito ao regime


de FGTS é assegurado a todos os trabalhadores urbanos e rurais, exceto domésticos,
independente de opção (art. 3º do Decreto nº 99.684/90). Devendo o empregador abrir
uma conta vinculada em nome de cada trabalhador, e depositar obrigatoriamente, até o
dia 7 de cada mês, a importância correspondente a 8% ou 2% da remuneração paga ou
devida no mês anterior.

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A Lei nº 10.208/01 facultou a inclusão do empregado doméstico no FGTS, mediante
requerimento do empregador.
Ressalve-se que com o ensejo da Lei complementar nº 110/2001, instituiu-se a contribuição
social devida pelos empregadores, à alíquota de 0,5% sobre a remuneração devida, no mês
anterior a cada trabalhador pelo período de 60 meses a partir da competência 10/2001.

Estágio
Art. 1º Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de
trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam fre-
quentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional,
de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modali-
dade profissional da educação de jovens e adultos. (LEI Nº 11.788, DE 25 DE SETEM-
BRO DE 2008).
A atual Lei do Estágio, em vigor desde 25/09/2008, define os parâmetros que regula-
mentam as contratações de Estagiários como a carga horária máxima está limitada a seis ho-
ras/dia, trinta horas semanais. A jornada pode ser cumprida em mais de uma Organização
concedente, desde que não exceda, no total, o limite legal permitido, os Estagiários têm di-
reito ao recesso remunerado no caso férias de trinta dias a cada doze meses de estágio na
mesma Empresa ou, o proporcional ao período estagiado se menos de um ano. Não há abo-
no de férias, 1/3. A Legislação do estágio não contempla o 13º salário. A rescisão antecipa-
da do Contrato de Estágio, independentemente da iniciativa, preserva o direito do Estagiário
quanto ao recesso remunerado. O tempo máximo de estágio na mesma Empresa é de dois
anos, exceto quando tratar-se de Estagiário portador de deficiência.
Diferentemente da CLT, a Legislação do Estágio não estabelece um piso mínimo para a
Bolsa estágio, o valor da remuneração é definido de comum acordo entre as partes pactuan-
tes no Contrato de Estágio, a remuneração do estágio e a cessão do auxílio transporte são
compulsórias, exceto nos casos de estágios obrigatórios. O valor do auxílio pode ser parcial,
entretanto, a Legislação do Estágio não prevê o desconto de 6% sobre a remuneração do es-
tágio, a remuneração da Bolsa estágio pressupõe o cumprimento das atividades práticas pre-
vistas no Contrato de Estágio. Faltas e atrasos no cumprimento destas obrigações ensejam o
desconto correspondente ao período não estagiado. A Organização concedente do estágio
poderá, a seu exclusivo critério, abonar as ausências justificadas.

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Estágio Obrigatório: O estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso,
cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção do diploma. O estágio não obriga-
tório é desenvolvido livremente como atividade opcional e, neste caso, as horas de estágio
serão acrescidas à carga horária regular e obrigatória, quando tal previsão integrar o currícu-
lo acadêmico do curso, o capital segurado do Seguro de Acidentes Pessoais, cujo número da
Apólice e nome da Seguradora precisam constar do Contrato de Estágio, deve ser com-
patível com os valores de mercado. Um Supervisor de Estágio poderá supervisionar até dez
Estagiários
A Legislação estabelece para estagiários de nível médio regular (2º grau / colegial), de
educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da
educação de jovens e adultos, a proporcionalidade de contratações de estagiários de acordo
ao quadro de funcionários.
Trabalho temporário: O serviço temporário é aquele prestado por pessoa física a uma de-
terminada empresa, com caráter transitório, a fim de atender a substituição de pessoal regu-
lar e permanente ou de acréscimo extraordinário de serviços. O legislador deverá prezar pe-
lo contrato de trabalho indeterminado ante ao contrato por prazo determinado, tanto que na
própria lei, é reservado o direito da empresa tomadora de serviços ou cliente de efetivar o
empregado ao fim do contrato temporário.
Quando o legislador criou a lei buscou-se atender situações específicas em que o em-
pregador, por circunstâncias diversas, acaba tendo falta de pessoal para atender suas ativida-
des empresariais regulares ou, por acréscimo de trabalho em determinado período do ano,
possa atender sua demanda de mercado.
Para ser válido o contrato temporário, necessariamente deverá haver a relação entre a
Empresa de Trabalho Temporário, o empregado e a Empresa Tomadora de serviços ou Cli-
ente. O contrato de trabalho temporário foi instituído pela Lei 6.019/1974, regulamentada
pelo Decreto 73.841/1974, que dispõe sobre as condições e possibilidades da celebração do
contrato.

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A lei estabelece que a prestação de serviços, entre a empresa de trabalho temporário e a em-
presa tomadora de serviço ou cliente, só será possível nas seguintes condições:
•Contrato escrito entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora de serviço
ou cliente;
•Declarar expressamente no contrato o motivo justificador da demanda do trabalho tempo-
rário;
•Declarar expressamente a modalidade da remuneração da prestação de serviço, onde este-
jam claramente discriminadas as parcelas relativas a salários e encargos sociais;
•Declarar o início e término do contrato, não podendo ser superior a 3 (três) meses, salvo
necessidade de prorrogação, a qual deverá ser comunicada antecipadamente ao Ministério
do Trabalho, desde que o período total não ultrapasse 6 (seis) meses;
A legislação estabelece que os contratos por prazo determinado só sejam permitidos nas se-
guintes situações:
•Na execução de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do
prazo;
•Em caso de atividades empresariais de caráter transitório;
•Em caso de contrato de experiência.
FONTE: http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/clt.htm ;
http://www.estagiarios.com/legislacaodeestagio.asp

Atividades
Diferencie as características das formas de contratação: estágio, estágio obri-
gatório e trabalho temporário.

DIREITO DO TRABALHO

CONTRATO DE TRABALHO: Duas teorias pretendem explicar a natureza jurí-


dica do contrato individual de trabalho: a contratualista e a não-contratualista.
Para os contratualitas, como Délio Maranhão, tal natureza decorre da li-
berdade contratual, reconhecida no art. 444 da CLT, acrescendo que o art. 442
reconhece tratar-se de um "acordo".

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Admitida sua natureza contratual, há que se reconhecer tratar-se de um contrato com
características próprias, regulado por um ramo, também especial, da Ciência Jurídica: o Di-
reito do Trabalho.
DURAÇÃO: Por prazo determinado e aquele subordinado a um prazo certo de duração. Po-
de ser a termo certo (sabe-se a data de seu termino, como, por exemplo, quando o emprega-
do e admitido para trabalhar por 6 meses ou a termo incerto (não se sabe a data de seu ter-
mino, mas ha um fato futuro que a delimita como, por exemplo, a conclusão de uma cons-
trução). É admitido em serviços cuja natureza ou transitoriedade justifiquem a predetermi-
nação do prazo; em atividades empresariais transitórias; a titulo de experiência, com dura-
ção máxima de 90 dias; na substituição de empregado afastado provisoriamente; para obra
certa em construção; e para safras. Não pode ser estabelecido por mais de 2 anos. Se prorro-
gado mais de uma vez, passa a vigorar sem prazo determinado. Todo contrato que suceder,
dentro de 6 meses, a outro contrato por prazo determinado será por prazo indeterminado
(salvo se a expiração desse contrato por prazo determinado dependeu da execução de servi-
ços especificados ou da realização de certo acontecimento).
Por prazo indeterminado é aquele sem fixação previa do tempo de duração.
ALTERAÇÃO: Inalterabilidade
Cf . art. 468 da CLT, o contrato de trabalho não pode ser alterado unilateralmente, seja
pelo empregador, seja pelo empregado. Se houver acordo entre as partes, podem ser feitas
alterações que não prejudiquem o empregado. Não ha ilicitude se a alteração é pequena,
no modo de realizar-se o trabalho. Por necessidade de serviço, ou em caso de força maior,
são admitidas alterações provisórias, no contrato de trabalho.
- Alterações cabíveis e incabíveis
O empregado não pode ser rebaixado. Afastamento de cargo de confiança ou de cargo em
comissão não e rebaixamento, pois o empregado volta ao exercício de origem.
A quantidade de trabalho não pode ser aumentada sensivelmente Pode ser diminuída, mas
sem prejuízo salarial.
O salário pode ser aumentado, mas não diminuído. A perda de gratificações (pelo re-
torno ao cargo efetivo), de horas-extras eventuais e de adicionais (de transferência, insalu-
bridade, periculosidade) não é redução salarial, quando cessam as razoes pelas quais esses
adicionais eram pagos, Se ha interesse do empregado, Podem ser reduzidas a jornada de tra-
balho e o salário, na mesma proporção.

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O empregador pode alterar o horário, se mantiver o mesmo turno de trabalho do em-
pregado. Mudança de turno somente através de acordo com o empregado. Quem não esta-
va sujeito a horário de trabalho não pode, depois, ser obrigado a cumpri-lo. Mas quem não
assinava ponto pode passar a assina-lo, por determinação do empregador.
Não é alteração contratual a modificação no local de trabalho do empregado que não o
sujeita a mudança de domicílio. O empregador, porem, pode transferir o empregado de lo-
cal de trabalho, se lhe pagar despesas de mudança e adicional de 25% sobre seu salário, du-
rante o período de transferência.
"Jus variandi" e o direito que tem o empregador de alterar certas condições do contrato de
trabalho de seus empregados.

SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO: Na suspensão do contrato de trabalho, o empregado se


afasta do serviço sem direito a receber salários. O período de afastamento não e conta do
como tempo de serviço.
Na interrupção do contrato de trabalho, o empregado continua recebendo seus salários,
embora afastado do serviço. O período de afastamento e contado como tempo de efetivo
serviço. O empregado que retorna ao trabalho, depois de suspensão ou interrupção do con-
trato, tem direito as mesmas Vantagens concedidas aos demais empregados da empresa , no
período. Se estes, p. ex., receberam aumentos salariais, ele faz jus aos mesmos aumentos.
Casos de suspensão do contrato de trabalho:
* gozo de auxílio-doença, a partir do 16º dia (quando o empregado passa a perceber do
INSS) e ate a alta;
* afastamento para exercer encargo publico (exercício de mandato eletivo, como dirigente
sindical, por exemplo);
* aposentadoria provisória (art. 475 da CLT);
* suspensão de caráter disciplinar (não-revogada por decisão judicial);
* licença não-remunerada concedida pelo empregador;
* participação em greve (quando indeferidas as reivindicações);
* suspensão para propositura de inquérito (julgado procedente).

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Casos de interrupção do contrato de trabalho
* domingos e feriados (quando o empregado trabalhou durante a semana);
* ferias anuais remuneradas;
* paralisação temporária das atividades da empresa;
* acidente do trabalho;
* prestação de serviço militar (embora não sejam pagos salários);
* licença-gestante;
* doenças, ate o 15º dia (nesse período, o salário é pago pelo empregador);
* casamento, ate 3 dias consecutivos;
* registro civil de nascimento de filho, na primeira semana do nascimento, ate um dia;
* falecimento de parente próximo ou dependente, até 2 dias consecutivos;
* doação voluntária de sangue, ate um dia, em cada 12 meses trabalhados;
* alistamento eleitoral, até 2 dias;
* testemunho na Justiça do Trabalho ou participação como parte do processo;
* suspensão disciplinar ou propositura de inquérito (punição anulada por decisão judicial e
inquérito julgado improcedente);
* participação em greve (quando deferidas as reivindicações);
* licença remunerada concedida pelo empregador;
* aviso-prévio pago em dinheiro;
* comparecimento a sessão do Júri.
RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO: Rescisão do contrato de trabalho é a
ruptura do "vinculo jurídico, por iniciativa de uma das partes ou de ambas as partes. A res-
cisão bilateral (de ambas as partes) caracteriza o distrato. A rescisão unilateral (de uma das
partes) caracteriza o despedimento (a rescisão é de iniciativa do empregador) ou a demissão
(a rescisão é de iniciativa do empregado).
Indenizações: A parte que da causa a rescisão do contrato fica sujeita a obrigação de
pagar ou conceder, à outra parte, aviso-prévio. Se a iniciativa de extinguir o contrato de tra-
balho é do empregador, ele terá de pagar, ao empregado, também uma indenização compen-
satória, além das parcelas rescisórias, cf. previsto no art. 7º, I, da CF. Ate que lei comple-
mentar regule esta matéria, a indenização a ser paga pelo empregador e equivalente a 40%
do FGTS depositado em nome do empregado; e de 20% se houver culpa de ambas as partes,
pela rescisão (art. 10, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias).

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- Culpa reciproca: Ocorre quando empregador e empregado contribuem para a rescisão do
contrato de trabalho (quando ambos, por exemplo, se agridem fisicamente). Neste caso, a
Justiça do Trabalho costuma reduzir a metade a indenização que seria devida ao empregado.
- Morte do empregador e do empregado: Quando morre o empregador (empresa individu-
al), o empregado pode dar por rescindido o contrato de trabalho. Não precisa dar aviso-
prévio, mas também não tem direito a indenização. Quando morre o empregado, caduca o
contrato de trabalho. O trabalho é executado pessoalmente e os herdeiros do empregado não
podem substitui-lo.
"Factum principis" e força maior: "Factum principis" é ato de autoridade publica federal,
estadual ou municipal que impossibilita a continuidade da relação de emprego
(desapropriação, p. ex.). A indenização do empregado será paga pelo órgão governamental
responsável.
Força maior é todo acontecimento inevitável que leva à extinção do contrato de trabalho, e
para o qual o empregador não concorreu. O empregador, porem, não fica liberado de suas
obrigações, tendo de indenizar o empregado.
DURAÇÃO DO TRABALHO: Há razões de ordem biológica (impedir o excessivo desgas-
te do trabalhador, evitando o surgimento de moléstias e a ocorrência de acidentes derivados
da fadiga), político-econômica (menor duração do trabalho permite o aproveitamento de
mais trabalhadores, o que diminui o desemprego) e social (o trabalhador tem maior conví-
vio com a família e mais tempo para estudos e lazer).
FORMAS DE PRORROGAÇÃO: A jornada de trabalho pode ser prorrogada por acordo en-
tre as partes (a hora-extra será remunerada com adicional de, no mínimo, 50%, salvo se fi-
car convencionada a compensação do excesso de horas num dia pela diminuição correspon-
dente em outro, sem ultrapassar 10 horas diárias nem 44 horas semanais) e por necessidade
imperiosa (por motivo de força maior quando a prorrogação não terá limite, nem o empre-
gado terá direito a acréscimo na remuneração; e para atender a serviços inadiáveis, quando a
prorrogação será de 4 horas, no máximo, e o empregado terá direito a acréscimo de 50% so-
bre a hora normal).

HORÁRIOS DE TRABALHO: Segundo o art. 7º, XIII, da Constituição Federal, a duração


normal de jornada é de 8 horas Diárias e 44 semanais, permitida a compensação de horários
e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.

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Para o trabalho realizado em turmas ininterruptas de revezamento, a jornada e de 6 ho-
ras diárias. Algumas categorias profissionais tem jornada especial de trabalho (bancários, p.
ex. trabalham 6 horas diárias e 30 horas semanais).
JORNADA NOTURNA: Trabalho noturno é aquele desenvolvido entre as 22 horas e as 5
horas. Cada hora noturna tem duração de 52min30" e e paga com adicional de 20% sobre a
hora normal (mesmo se o empregado trabalha em revezamento e se recebe acima do salário-
mínimo).
FONTE: http://www.sitesa.com.br/contabil/conteudo_trabalhista/procedimentos/p_trabalhista/d13.html

Atividades
Segue abaixo os Direitos Constitucionais do Empregado.
O jovem deverá marcar V para as afirmativas verdadeiras e F para as afirmativas fal-
sas:

DIREITOS CONSTITUCIONAIS DO EMPREGADO


Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à me-
lhoria de sua condição social:
( ) I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa,
nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros
direitos;
( ) II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
( ) III - fundo de garantia do tempo de serviço;
( ) IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a
suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educa-
ção, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes pe-
riódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qual-
quer fim;
( ) V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
( ) VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coleti-
vo;
( ) VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remune-
ração variável;

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( ) VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria;
( ) IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
( ) X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
( ) XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, ex-
cepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
( ) XII - salário-família para os seus dependentes;
( ) XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda
nos termos da lei;"
( ) XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e
quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, medi-
ante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
( ) XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva;
( ) XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
( ) XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta
por cento à do normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º)
( ) XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do
que o salário normal;
( ) XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração
de cento e vinte dias;
( ) XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
( ) XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específi-
cos, nos termos da lei;
( ) XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta
dias, nos termos da lei;
( ) XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;
( ) XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou peri-
gosas, na forma da lei;
( ) XXIV - aposentadoria;
( ) XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até seis
anos de idade em creches e pré-escolas;
( ) XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
( ) XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
( ) XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem exclu-
ir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.

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( ) XXIV - aposentadoria;
( ) XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até seis anos de
idade em creches e pré-escolas;
( ) XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
( ) XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
( ) XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a in-
denização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Principais aspectos do estatuto da criança e do adolescente:


Criança é a pessoa até 12 anos de idade incompletos. (art.2º).
Adolescente é a pessoa de 12 até 18 anos de idade incompletos. (art.2º).
Exceção: Nos casos expressos em lei, aplica-se o ECA às pessoas entre 18 e 21 anos de ida-
de incompletos. (§ único do art.2º).

Dos Direitos Fundamentais


Capítulo I: Do Direito à Vida e à Saúde
Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetiva-
ção de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e
harmonioso, em condições dignas de existência.
Art. 8º É assegurado à gestante, através do Sistema Único de Saúde, o atendimento pré e pe-
rinatal.
§ 1º A gestante será encaminhada aos diferentes níveis de atendimento, segundo critérios
médicos específicos, obedecendo-se aos princípios de regionalização e hierarquização do
Sistema.
§ 2º A parturiente será atendida preferencialmente pelo mesmo médico que a acompanhou
na fase pré-natal.
§ 3º Incumbe ao poder público propiciar apoio alimentar à gestante e à nutriz que dele ne-
cessitem.

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§ 4o Incumbe ao poder público proporcionar assistência psicológica à gestante e à mãe, no
período pré e pós-natal, inclusive como forma de prevenir ou minorar as consequências do
estado puerperal.
§ 5o A assistência referida no § 4o deste artigo deverá ser também prestada a gestantes ou
mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção.
Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas
ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida privativa de li-
berdade.
Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e
particulares, são obrigados a:
I - manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais, pelo
prazo de dezoito anos;
II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão plantar e digital e da
impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras formas normatizadas pela autoridade ad-
ministrativa competente;
III - proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no metabo-
lismo do recém-nascido, bem como prestar orientação aos pais;
IV - fornecer declaração de nascimento onde constem necessariamente as intercorrências do
parto e do desenvolvimento do neonato;
V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à mãe.
Art. 11. É assegurado atendimento integral à saúde da criança e do adolescente, por inter-
médio do Sistema Único de Saúde, garantido o acesso universal e igualitário às ações e ser-
viços para promoção, proteção e recuperação da saúde.
§ 1º A criança e o adolescente portadores de deficiência receberão atendimento especializa-
do.
§ 2º Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente àqueles que necessitarem os medica-
mentos, próteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação.
Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde deverão proporcionar condições para a
permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de
criança ou adolescente.

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Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente
serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem pre-
juízo de outras providências legais.
Parágrafo único. As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos pa-
ra adoção serão obrigatoriamente encaminhadas à Justiça da Infância e da Juventude.
Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá programas de assistência médica e odontoló-
gica para a prevenção das enfermidades que ordinariamente afetam a população infantil, e
campanhas de educação sanitária para pais, educadores e alunos.
Parágrafo único. É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas auto-
ridades sanitárias.
1. “Criança e Adolescente só têm direitos e não obrigações”?
Não. Nos termos do art. 6° do ECA, eles têm tanto direitos quanto deveres individuais e co-
letivos. Até mesmo o direito à liberdade, previsto no art. 16 não é ilimitado. Referido artigo
enumera os aspectos compreendidos por esse direito. Nada é ilimitado: nem os direitos, nem
os deveres. Ambos são impostos por lei, mas devem ser exercidos dentro dos limites legais.
A participação da comunidade escolar (leia-se pais de alunos) adquire grande impor-
tância, na medida em que é o Conselho de Escola que irá elaborar o Regimento Escolar. Os
pais (ou responsáveis) têm o direito de conhecer o processo pedagógico da escola, mas tam-
bém têm o dever de acompanhar a frequência e o aproveitamento dos seus filhos (ou pupi-
los).
Crianças e Adolescentes têm todos os seus direitos previstos e assegurados no Estatuto.
Deve-se respeitá-los, não se esquecendo de que, na escola, esses direitos devem ser exerci-
dos nos limites do Regimento Escolar.
2. O que fazer, ao tomar conhecimento de abusos praticados contra a criança e o adolescen-
te?
É obrigação do Diretor da Escola tentar resolver o problema com a família, além de
comunicar o Conselho Tutelar. Deve proceder da mesma forma, quando se tratar de faltas
injustificadas, maus tratos ou qualquer outra anormalidade.

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- Autorização Judicial.
Obs.: A autoridade Judiciária a pedido dos pais poderá conceder autorização válida por 2
(dois) anos.
MEDIDAS DE PROTEÇÃO
As medidas de proteção serão acompanhadas das medidas:
Regularização do Registro Civil da criança e adolescente;
Caso não definida a paternidade do menor o MP ajuizará ação de investigação de paterni-
dade, salvo se a criança for encaminhada para Adoção.
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade competente po-
derá determinar, dentre outras, as seguintes medidas:
I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade;
II - orientação, apoio e acompanhamento temporários;
III - matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental;
IV - inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança e ao ado-
lescente;
V - requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou
ambulatorial;
VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a al-
coólatras e toxicômanos;
VII - acolhimento institucional;
VIII - inclusão em programa de acolhimento familiar;
IX - colocação em família substituta.

ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL:
A criança e adolescente somente poderá ser encaminhada às instituições por meio de uma
guia de acolhimento expedida (lavrada) pelo Juiz, na qual obrigatoriamente deverá constar:

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167
3. Como deve ser vista a censura no ECA?
Deve ser vista como uma questão legal. Ou seja, a censura não é ética, moral, mas le-
gal.
Exemplo: uma fita de vídeo classificada com imprópria para menores de 18 anos não pode-
rá ser exibida para os alunos com idade inferior à indicada.
4. Quanto à proibição de produtos e serviços:
- armas, munições, explosivos, fogos de artifício (exceção os de potencial reduzido ex: esta-
linhos);
- Publicação de caráter obsceno ou pornográfico (contendo material impróprio deverãoser
comercializadas em embalagem lacrada, com advertência de seu conteúdo, bem comose a
capa contiver mensagem pornográfica ou obscena a embalagem deve ser opaca);
- Bebidas alcoólicas (contravenção: servir / crime: vender);
- produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica ainda quepor
utilização indevida;
- bilhetes lotéricos e equivalentes.
Hospedagem:
Art. 82. É proibida a hospedagem de criança ou adolescente em hotel, motel, pensão ouesta-
belecimento congênere, salvo se autorizado ou acompanhado pelos pais ou responsável.
TERRITÓRIO NACIONAL:
Adolescente: Pode viajar, porém não pode se hospedar (art.82).
Criança: comarca diferente: pai, mãe ou autorização judicial.
Exceções: (Não necessita de autorização judicial- art.83 §1):
- Comarca contígua: limite territorial (mesma unidade da federação)
- Mesma região metropolitana: (mesmo sendo comarca diferentes)
- Ascendentes ou Colateral maior até o 3º Grau, comprovando documentalmente o
parentesco;
- Maior de idade desde que autorizado por escrito por pai, mãe ou responsável legal.

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GUIA DE ACOLHIMENTO:
I - sua identificação e a qualificação completa de seus pais ou de seu responsável, se co-
nhecidos;
II - o endereço de residência dos pais ou do responsável, com pontos de referência;
III - os nomes de parentes ou de terceiros interessados em tê-los sob sua guarda;
IV - os motivos da retirada ou da não reintegração ao convívio familiar.
Imediatamente após o acolhimento deverá ser elaborado um plano individual de atendimen-
to (acolhimento) que deverá constar:
DO ATO INFRACIONAL (ART.103)
Ato infracional: é conduta descrita como crime ou contravenção penal.
Crianças: Praticam, mas não respondem. As crianças corresponderão às medidas de
Proteção.
Adolescentes: Praticam, Respondem e Recebem medidas socioeducativas.
Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção pe-
nal.
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao
adolescente as seguintes medidas:
I - advertência;
II - obrigação de reparar o dano;
III - prestação de serviços à comunidade;
IV - liberdade assistida;
V - inserção em regime de semiliberdade;
VI - internação em estabelecimento educacional;
VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.
§ 1º A medida aplicada ao adolescente levará em conta a sua capacidade de cumpri-la, as
circunstâncias e a gravidade da infração.
Os direitos da Criança e Adolescente devem ser assegurados “com absoluta prioridade”.

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Capítulo IV
Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimen-
to de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, asse-
gurando-se-lhes:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;


II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares supe-
riores;
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;
V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem
como participar da definição das propostas educacionais.
Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso
na idade própria;
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmen-
te na rede regular de ensino;
IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a
capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador;
VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material
didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular
importa responsabilidade da autoridade competente.
§ 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a
chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela frequência à escola.

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Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede
regular de ensino.
Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho
Tutelar os casos de:
I - maus-tratos envolvendo seus alunos;
II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;
III - elevados níveis de repetência.
Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências e novas propostas relativas a
calendário, seriação, currículo, metodologia, didática e avaliação, com vistas à inserção de
crianças e adolescentes excluídos do ensino fundamental obrigatório.
Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos
próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade da
criação e o acesso às fontes de cultura.
Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a desti-
nação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para
a infância e a juventude.
Capítulo V
Do Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho
Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condi-
ção de aprendiz.
Obrigações da direção:

a) comunicar ao Conselho Tutelar os casos de suspeita ou confirmação de maus tratos (além


de outras providências legais);
b) não permitir que a Criança e Adolescente seja exposta a vexame ou constrangimento
(“escola não é extensão do lar”);
c) comunicar ao Conselho Tutelar os casos de reiteração de faltas injustificadas, evasão es-
colar (esgotados os recursos escolares), elevados níveis de repetência (depois de tentar re-
solver o problema com os pais/responsáveis);
d) tomar todas as medidas cabíveis quando da ocorrência de atos infracionais: ressarcimento
de dano, “queixa” no Distrito Policial, apelo à Polícia, comunicações ao Conselho Tutelar,
Juiz e Promotor;

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171
e) não divulgar (e não permitir a divulgação) de atos (infracionais) administrativos, policiais
e judiciais referentes a Criança e Adolescente;
f) facilitar o acesso à escola (e à documentação) aos responsáveis por Criança e Adolescente
(principalmente o Ministério Público), desde que no exercício de suas funções, não abdican-
do, porém, da condição de diretor ;
g) não permitir a exibição de filme, peça, etc., classificado pelo órgão competente como não
recomendado para Crianças e Adolescentes.
Art. 21. O poder familiar será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela mãe, na
forma do que dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em caso
de discordância, recorrer à autoridade judiciária competente para a solução da divergência.
Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, ca-
bendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determina-
ções judiciais.
Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a
perda ou a suspensão do poder familiar.
Parágrafo único. Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da medida,
a criança ou o adolescente será mantido em sua família de origem, a qual deverá obrigatori-
amente ser incluída em programas oficiais de auxílio.
Art. 24. A perda e a suspensão do poder familiar serão decretadas judicialmente, em proce-
dimento contraditório, nos casos previstos na legislação civil, bem como na hipótese de des-
cumprimento injustificado dos deveres e obrigações a que alude o art. 22.
Seção II
Da Família Natural
Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles
e seus descendentes.
Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para
além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com
os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.

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Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta
ou separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou
outro documento público, qualquer que seja a origem da filiação.
Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou suceder-lhe ao
falecimento, se deixar descendentes.
Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e im-
prescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restri-
ção, observado o segredo de Justiça.
Da Família Substituta
Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção, inde-
pendentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei.
modalidades de família:
Família Natural
Família Extensa
Família Substituta
8. São deveres dos pais ou responsáveis:
a) matricular o filho ou pupilo na escola;
b) acompanhar sua frequência;
c) acompanhar seu aproveitamento escolar.
9. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como partici-
par da definição das propostas educacionais.
Das Medidas Pertinentes aos Pais ou Responsável
Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou responsável:
I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família;
II - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a al-
coólatras e toxicômanos;
III - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;
IV - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;

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173
V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua frequência e aproveitamen-
to escolar;
VI - obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado;
VII - advertência;
VIII - perda da guarda;
IX - destituição da tutela;
X - suspensão ou destituição do poder familiar.
Art. 130. Verificada a hipótese de maus-tratos, opressão ou abuso sexual impostos pelos
pais ou responsável, a autoridade judiciária poderá determinar, como medida cautelar, o
afastamento do agressor da moradia comum.
Parágrafo único. Da medida cautelar constará, ainda, a fixação provisória dos alimentos de
que necessitem a criança ou o adolescente dependentes do agressor.
10. Direitos da Criança e Adolescente:
a) opinião e expressão;
b) brincar, praticar esportes e divertir-se;
c) contestar critérios avaliativos e recorrer a instâncias superiores;
d) ser respeitado por seus educadores;
e) organizar (e participar em) entidades estudantis;
f) vaga em escola pública próxima de sua residência;
g) sigilo em todos os tipos de processos;

h) se autor de ato infracional, não ser conduzido ou transportado indevidamente.

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DO CONSELHO TUTELAR:
- Mínimo de um Conselho Tutelar por Município composto de (5) cinco membros.
- O Conselho Tutelar é um órgão que, encarregado pela sociedade de zelar pelos direitos
da criança e do adolescente, tem por características:
- Ser permanente; Ex: não sofre pressão política.
- Ser autônomo; Ex: possui verba própria.
- Não jurisdicional Ex: não decide, mas sim delibera.
TEM AS SEGUINTES ATRIBUIÇÕES:
- Atendimento às crianças e adolescentes que praticarem atos infracionais ou estiverem
em situação de risco;
- Aplicação das medidas protetivas previstas no art.
- Atendimento e aconselhamento aos pais ou ao responsável;
- Aplicação aos pais ou responsável das medidas previstas
- Requisição serviços públicos e representação à autoridade judiciária para o cumprimento
de suas deliberações;
- Encaminhamento ao MP da notícia de infração administrativa ou penal contra criança ou
adolescente;
- Expedição de notificação e requisições de certidões;
- Assessoramento ao Poder Executivo local na elaboração de proposta orçamentária para
planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente;
- Representação em nome da pessoa da família contra violação a direitos previstos
- Representação ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do poder
familiar.
FONTE: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm

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Atividades
1. Discussão com a turma utilizando-se as perguntas abaixo:
- Você oferece seu lugar para um idoso que entra no ônibus?
- Você reclama que a fila não anda porque está cheio de idosos passando na sua frente?
- Você se irrita com as pessoas mais velhas? Porque?
2. Leitura da letra de música abaixo:
Couro de Boi – Autor: Sérgio Reis

Conheço um velho ditado, que é do tempo dos agáis.


Diz que um pai trata dez filhos, dez filhos não trata um pai.
Sentindo o peso dos anos sem poder mais trabalhar,
o velho, peão estradeiro, com seu filho foi morar.
O rapaz era casado e a mulher deu de implicar.
"Você manda o velho embora, se não quiser que eu vá".
E o rapaz, de coração duro, com o velhinho foi falar:
Para o senhor se mudar, meu pai eu vim lhe pedir
Hoje aqui da minha casa o senhor tem que sair
Leve este couro de boi que eu acabei de curtir
Pra lhe servir de coberta aonde o senhor dormir
O pobre velho, calado, pegou o couro e saiu
Seu neto de oito anos que aquela cena assistiu
Correu atrás do avô, seu paletó sacudiu
Metade daquele couro, chorando ele pediu
O velhinho, comovido, pra não ver o neto chorando
Partiu o couro no meio e pro netinho foi dando
O menino chegou em casa, seu pai foi lhe perguntando.
Pra quê você quer este couro que seu avô ia levando
Disse o menino ao pai: um dia vou me casar
O senhor vai ficar velho e comigo vem morar
Pode ser que aconteça de nós não se combinar
Essa metade do couro vou dar pro senhor levar

ESTATUTO DO IDOSO
Principais aspectos:
Saúde: O idoso tem atendimento preferencial no Sistema Único de Saúde (SUS).A distribui-
ção de remédios aos idosos, principalmente os de uso continuado (hipertensão, diabetes
etc.), deve ser gratuita, assim como a de próteses e órteses.

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Os planos de saúde não podem reajustar as mensalidades de acordo com o critério da idade.
O idoso internado ou em observação em qualquer unidade de saúde tem direito a acompa-
nhante, pelo tempo determinado pelo profissional de saúde que o atende.
Transportes Coletivos: Os maiores de 65 anos têm direito ao transporte coletivo públi-
co gratuito. Antes do estatuto, apenas algumas cidades garantiam esse benefício aos idosos.
A carteira de identidade é o comprovante exigido.
Nos veículos de transporte coletivo é obrigatória a reserva de 10% dos assentos para os ido-
sos, com aviso legível.
Nos transportes coletivos interestaduais, o estatuto garante a reserva de duas vagas gra-
tuitas em cada veículo para idosos com renda igual ou inferior a dois salários mínimos. Se o
número de idosos exceder o previsto, eles devem ter 50% de desconto no valor da passa-
gem, considerando-se sua renda.
Violência e Abandono: Nenhum idoso poderá ser objeto de negligência, discriminação, vio-
lência, crueldade ou opressão.
Quem discriminar o idoso, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancá-
rias, aos meios de transporte ou a qualquer outro meio de exercer sua cidadania pode ser
condenado e a pena varia de seis meses a um ano de reclusão, além de multa.
Famílias que abandonem o idoso em hospitais e casas de saúde, sem dar respaldo para suas
necessidades básicas, podem ser condenadas a penas de seis meses a três anos de detenção e
multa.
Para os casos de idosos submetidos a condições desumanas, privados da alimentação e
de cuidados indispensáveis, a pena para os responsáveis é de dois meses a um ano de prisão,
além de multa. Se houver a morte do idoso, a punição será de 4 a 12 anos de reclusão.
Qualquer pessoa que se aproprie ou desvie bens, cartão magnético (de conta bancária
ou de crédito), pensão ou qualquer rendimento do idoso é passível de condenação, com pe-
na que varia de um a quatro anos de prisão, além de multa.
Entidades de Atendimento ao Idoso: O dirigente de instituição de atendimento ao idoso res-
ponde civil e criminalmente pelos atos praticados contra o idoso.
A fiscalização dessas instituições fica a cargo do Conselho Municipal do Idoso de cada
cidade, da Vigilância Sanitária e do Ministério Público.
A punição em caso de mau atendimento aos idosos vai de advertência e multa até a in-
terdição da unidade e a proibição do atendimento aos idosos.
Lazer, Cultura e Esporte: Todo idoso tem direito a 50% de desconto em atividades de cultu-
ra, esporte e lazer.
Trabalho: É proibida a discriminação por idade e a fixação de limite máximo de idade
na contratação de empregados, sendo passível de punição quem o fizer.

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177
O primeiro critério de desempate em concurso público é o da idade, com preferência para os
concorrentes com idade mais avançada.
Habitação: É obrigatória a reserva de 3% das unidades residenciais para os idosos nos pro-
gramas habitacionais públicos ou subsidiados por recursos públicos.
FONTE: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.741.htm

Atividades
1. Discussão com a turma utilizando-se as perguntas abaixo:
- Você oferece seu lugar para um idoso que entra no ônibus?
- Você reclama que a fila não anda porque está cheio de idosos passando na sua
frente?
- Você se irrita com as pessoas mais velhas? Porque?
2. Leitura da letra de música abaixo:
Couro de Boi – Autor: Sérgio Reis

Conheço um velho ditado, que é do tempo dos agáis.


Diz que um pai trata dez filhos, dez filhos não trata um pai.
Sentindo o peso dos anos sem poder mais trabalhar,
o velho, peão estradeiro, com seu filho foi morar.
O rapaz era casado e a mulher deu de implicar.
"Você manda o velho embora, se não quiser que eu vá".
E o rapaz, de coração duro, com o velhinho foi falar:
Para o senhor se mudar, meu pai eu vim lhe pedir
Hoje aqui da minha casa o senhor tem que sair
Leve este couro de boi que eu acabei de curtir
Pra lhe servir de coberta aonde o senhor dormir
O pobre velho, calado, pegou o couro e saiu
Seu neto de oito anos que aquela cena assistiu

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Correu atrás do avô, seu paletó sacudiu
Metade daquele couro, chorando ele pediu
O velhinho, comovido, pra não ver o neto chorando
Partiu o couro no meio e pro netinho foi dando
O menino chegou em casa, seu pai foi lhe perguntando.
Pra quê você quer este couro que seu avô ia levando
Disse o menino ao pai: um dia vou me casar
O senhor vai ficar velho e comigo vem morar
Pode ser que aconteça de nós não se combinar
Essa metade do couro vou dar pro senhor levar

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DISCIPLINA 2 - SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a
ausência de doenças, levando-se em conta que o homem é um ser que se distingue não
somente por suas atividades físicas, mas também por seus atributos mentais, espiritu-
ais e morais e por sua adaptação ao meio em que vive.” (Organização Mundial da Saú-
de).
Todos os seres humanos têm direito ao melhor estado de saúde, independente de
raça, religião, opinião política, condição econômica ou social.
As doenças podem ter as mais variadas causas, sendo umas geradas pela ativida-
de produtiva, e outras, as inespecíficas, que não possuem suas causas relacionadas di-
retamente com o trabalho. As doenças inespecíficas são geradas por causas diversas,
podendo ter alguma causa relacionada com a atividade produtiva, tais como gastrite,
úlcera, enxaqueca, etc., geralmente apresentando alguma relação com fatores estres-
santes.
Os agentes causadores de doenças do trabalho podem ser físicos, químicos ou bi-
ológicos. A exposição a agentes físicos – calor, ruído, radiações diversas -, a agentes
químicos – benzeno, asbesto, fumos metálicos, etc. – e a agentes biológicos – bacté-
rias, fungos, bacilos – causam doenças específicas do trabalho.
A atividade produtiva pode deixar o trabalhador exposto a esses agentes e, sem o
monitoramento e controle deles, causar doenças irreversíveis e até mesmo a morte.
Existem outros agentes causadores de doenças, tais como movimentos repetitivos, an-
siedade, responsabilidade, que vão causar agravos à saúde do trabalhador.
São causas indiretas que afetam o bem-estar dos trabalhadores: o analfabetismo,
o alcoolismo, o tabagismo, a habitação inadequada, entre outras.
Para evitar a ocorrência de doenças, a melhor maneira é a prevenção. Para tanto, fo-
ram criadas leis que obrigam as empresas e os empresários a dedicarem atenção à sa-
úde de seus empregados, seja realizando os exames médicos (periódicos, admissio-
nais, demissionais, de retorno ao trabalho e de mudança de função), ou cumprindo o
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, que visa a dar melhores condi-
ções de trabalho aos empregados, monitorando os problemas de saúde
detectados ou, ainda, identificando os locais de risco e adotando medi-
das para evitar a doença, realizando, também, a educação sanitária, além
de outras medidas.

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Acidente de trabalho:
O acidente de trabalho é um fato indesejado que traz prejuízos aos traba-
lhadores, aos empresários, às famílias e a toda a nação. Entre as entidades orga-
nizadas que atuam diretamente na produção de bens e serviços e detêm a res-
ponsabilidade de promover a prevenção, indiscutivelmente, as empresas e os
sindicatos, principalmente aqueles que defendem os direitos dos trabalhadores,

podem interferir na diminuição das ocorrências.


Ao recorrermos aos dados históricos, no século XIX, na primeira fase da
Revolução Industrial, as péssimas condições de trabalho e o aumento do núme-
ro de acidentes motivaram a transformação das associações de profissionais
existentes, que tinham um caráter assistencial, em entidades de defesa dos inte-
resses profissionais, com o intuito de promover a melhoria das condições de
trabalho. A partir dessa conquista, a participação dos sindicatos tem sido decisi-
va para a manutenção e ampliação dos direitos dos trabalhadores. Sendo o tra-
balhador o principal afetado pelo acidente do trabalho (afinal, ele envolve-se
diretamente com o fato), existe uma grande possibilidade de participação nas
ações preventivas, onde se pode destacar:
1. Fiscalização do cumprimento das normas de segurança, dentro das Empre-
sas, por meio de denúncias ou inspeções nos locais de trabalho;
2. Inclusão de cláusulas contratuais que ampliem os direitos e ou as ações
Preventivas;
3. Promoção de cursos ou treinamentos voltados à saúde, segurança e Preven-
ção de acidentes do trabalho;
4. Promoção de seminários, palestras, encontros, etc., com temas voltados às
Condições e necessidades de seus associados;
5. Participação na elaboração de normas e leis que visem ao avanço da Le-
gislação e, consequentemente, à melhoria dos locais de trabalho;

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6. Esclarecimento aos trabalhadores sobre aspectos básicos de higiene e Saúde;
7. Realização de campanhas com os associados, visando à informação para a
Conscientização em relação à prática de atitudes prevencionistas;
8. Formação profissional, preparando os futuros trabalhadores para adotarem
Atitudes e comportamentos prevencionistas;
9. Outras providências que se fizerem necessárias, de acordo com a sua fina-
lidade e interesse de seus associados.
Por outro lado, as empresas que se utilizam da mão-de-obra como parte
integrante do processo produtivo e oferecem situações de risco aos trabalhado-
res devem – por força de lei ou até mesmo pela própria função social que exer-
cem – criar os meios e dispositivos para eliminar, diminuir ou ainda controlar
os riscos existentes. As empresas, representadas por empresários, têm a respon-
sabilidade pela manutenção e melhoria das condições de trabalho.
Entre suas obrigações, podem-se destacar:
A) Cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre Segu-
rança e Medicina do Trabalho;
B) Elaborar ordens de serviço sobre Segurança e Medicina do Trabalho, dando
ciência aos empregados, com os seguintes objetivos:
1. Prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho;
2. Divulgar as obrigações e proibições que os empregados devam Conhe-
cer e cumprir;
3.Dar conhecimento aos empregados de que serão passíveis de punição,
pelo descumprimento das ordens de serviço expedidas;
4. Determinar os procedimentos que deverão ser adotados em caso de
acidente do trabalho e doenças profissionais ou do trabalho;
5. Adotar medidas determinadas pelo Ministério do Trabalho;
6. Adotar medidas para eliminar ou neutralizar a insalubridade e as con-
dições inseguras de trabalho;
C) Informar aos trabalhadores:
1. Os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;
2. Os meios de prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela
empresa;
3. Os resultados dos exames médicos e de exames complementares de di-
agnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos;

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183
4. Os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de tra-
balho.
D) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização
dos preceitos legais e regulamentares sobre Segurança e Medicina do Trabalho.
Além dessas obrigações, as empresas podem destinar parte de seus lucros
para investimentos na educação e aperfeiçoamento de seus empregados. Cabe
lembrar que as empresas desempenham um papel importante para o desenvol-
vimento social de uma comunidade. Além de gerar lucros, com a produção de
bens e serviços, ela também gera empregos, distribuição de renda e propicia o
desenvolvimento do ser humano, por meio do desempenho de suas atividades.
É inconcebível, portanto, que o homem, na execução de seu trabalho, pre-
judique a sua saúde ou sofra acidentes que lhe provoquem mutilações ou, na
pior das hipóteses, causem a morte.
Principais fatores que causam os acidentes e doenças profissionais:
Sob o ponto de vista prevencionista, causa de acidente é qualquer fato que,
se removido a tempo, teria evitado o acidente. Os acidentes são evitáveis, não
surgem por acaso e, portanto, são passíveis de prevenção.
Sabemos que os acidentes ocorrem por falha humana ou por fatores ambien-
tais.
1) FALHA HUMANA – A falha humana, também chama-
da de Ato Inseguro, é definida como sendo aquela que
decorre da execução de tarefas de forma contrária às
normas de segurança. São os fatores pessoais que con-
tribuem para a ocorrência de acidentes. É toda ação
consciente ou não, capaz de provocar algum dano ao
trabalhador, aos companheiros de trabalho ou às máquinas, aos materiais e
equipamentos. Os processos educativos, a repetição das inspeções, as
campanhas e outros recursos se prestarão a reduzir sensivelmente tais fa-
lhas, que podem ocorrer em virtude de:
A) Inaptidão entre o homem e a função;
B) Desconhecimento dos riscos da função e ou da forma de evitá-los;
C) Desajustamento, motivado por:

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184
1. Seleção ineficaz;
2. Falhas de treinamento;
3. Problemas de relacionamento com a chefia ou companheiros;
4. Política salarial e promocional imprópria;
5. Clima de insegurança quanto à manutenção do emprego; 8
6. Diversas características de personalidade.
Nota-se, portanto, a necessidade de analisar tecnicamente
um acidente, levantando todas as causas possíveis, uma vez
que a falha humana pode ser provocada por circunstâncias que
fogem ao alcance do empregado e poderiam ser evitadas. Tais
circunstâncias poderiam, inclusive, não apontar o homem co-
mo o maior causador dos acidentes.
2) FATORES AMBIENTAIS – Os fatores ambientais (condições inseguras)
de um local de trabalho são as falhas físicas que comprometem a seguran-
ça do trabalho. Exemplificando, podemos citar:
A) Falta de iluminação;
B) Ruídos em excesso;
C) Falta de proteção nas partes móveis das máquinas;
D) Falta de limpeza e ordem (asseio);
E) Passagens e corredores obstruídos;
F) Piso escorregadio;
G) Proteção insuficiente ou ausente para o trabalhador.
Por ocasião das inspeções de segurança são levantados os fatores ambien-
tais de insegurança e, por meio de recomendações para correção de tais falhas,
elas poderão ser evitadas.
Embora nem todas as condições inseguras possam ser resolvidas, é sempre
possível encontrar soluções parciais para as situações mais complexas e solu-
ções totais para a maior parte dos problemas observados. Os fenômenos da na-
tureza podem ser previstos, mas são de difícil controle pelo homem (raios, fura-
cões, tempestades, etc.)
Se conseguirmos controlar as falhas humanas e os fatores ambientais que
concorrem para a causa de um acidente de trabalho, estaremos eliminando os
acidentes.

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Os instrumentos mais eficazes para a prevenção dos acidentes são:
a) Inspeções de segurança.
b) Processos educativos para o trabalhador.
c) Campanhas de segurança
d) Análise dos acidentes
e) CIPA atuante.
Um acidente pode envolver qualquer um, ou uma combinação dos seguintes
fatores:
HOMEM – Uma lesão, que representa apenas um dos possíveis resultados de
um acidente.
MATERIAL – Quando o acidente afeta apenas o material.
MAQUINARIA – Quando o acidente afeta apenas as máquinas. Raramente um
acidente com máquina se limita a danificar somente a máquina.
EQUIPAMENTO – Quando envolver equipamentos, tais como: empilhadeiras,
guindastes, transportadoras, etc.
TEMPO – Perda de tempo é o resultado constante de todo acidente, mesmo que
não haja dano a nenhum dos fatores acima mencionados.

FONTE: JUNIOR, Hamilton, Costa. Introdução à engenharia, segurança e higiene do trabalho, UFPR, 2007.

Atividades
Utilizando as reportagens já comentadas, relacione-as com os principais fato-
res que causam os acidentes de trabalho e crie um plano de ação para evitar
outros acidentes.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Cada jovem irá pesquisar em jornais ou revistas 05 reportagens sobre aciden-


tes de trabalho e fazer um relatório das possíveis causas e o que poderia ter
sido feito para evitar o acidente

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PRIMEIROS SOCORROS

De acordo com o Ministério da Saúde, que fundamentou o Manual de Primei-


ros Socorros, publicado pela Anvisa, alguns procedimentos são imprescindí-
veis:
1. Manter a calma. Evitar pânico e assumir a situação.
2. Antes de qualquer procedimento, avaliar a cena do acidente e observar se
ela pode oferecer riscos, para o acidentado e para você. Em hipótese nenhuma
ponha sua própria vida em risco.
3. Os circunstantes devem ser afastados do acidentado, com calma e educa-
ção. O acidentado deve ser mantido afastado dos olhares de curiosos, preser-
vando a sua integridade física e moral.
4. Saiba que qualquer ferimento ou doença súbita
dará origem a uma grande mudança no ritmo da vida
do acidentado, pois o coloca repentinamente em uma
situação para a qual não está preparado e que foge a
seu controle. Suas reações e comportamentos são dife-
rentes do normal, não permitindo que ele possa avaliar
as próprias condições de saúde e as consequências do
acidente. Necessita de alguém que o ajude. Atue de maneira tranquila e hábil, o
acidentado sentirá que está sendo bem cuidado e não entrará em pânico. Isto é
muito importante, pois a intranquilidade pode piorar muito o seu estado.
5. Em caso de óbito serão necessárias testemunhas do ocorrido. Obter a cola-
boração de outras pessoas dando ordens claras e concisas. Identificar pessoas
que se encarreguem de desviar o trânsito ou construir uma proteção provisória.
Uma ótima dica é dar tarefas como, por exemplo: contatar o atendimento de
emergência, buscar material para auxiliar no atendimento, como talas e gaze,
avisar a polícia se necessário, etc.
6. Jamais se exponha a riscos. Utilizar luvas descartáveis e evitar o contato
direto com sangue, secreções, excreções ou outros líquidos. Existem várias do-
enças que são transmitidas através deste contato.
7. Tranqüilizar o acidentado. Em todo atendimento ao acidentado consciente,
comunicar o que será feito antes de executar para transmitir-lhe confiança, evi-
tando o medo e a ansiedade.

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8. Quando a causa de lesão for um choque violento, deve-se pressupor a existência de
lesão interna. As vítimas de trauma requerem técnicas específicas de manipulação, pois
qualquer movimento errado pode piorar o seu estado. Recomendamos que as vítimas de
traumas não sejam manuseadas até a chegada do atendimento emergencial. Acidentados
presos em ferragens só devem ser retirados pela equipe de atendimento emergencial.
9. No caso do acidentado ter sede, não ofereça líquidos para beber, apenas molhe sua
boca com gaze ou algodão umedecido.
10. Cobrir o acidentado para conservar o corpo quente e protegê-lo do frio, chuva, etc.
11. Em locais onde não haja ambulância, o acidentado só poderá ser transportado após
ser avaliado, estabilizado e imobilizado adequadamente. Evite movimentos desnecessá-
rios.
12. Só retire o acidentado do local do acidente se esse local causar risco de vida para
ele ou para o socorrista. Ex: risco de explosão, estrada perigosa onde não haja co-
mo sinalizar, etc.
Avaliação e Exame do Estado Geral do acidentado:
A avaliação e exame do estado geral de um acidentado de emergência clínica ou
traumática é a segunda etapa básica na prestação dos primeiros socorros. Ela deve ser
realizada simultaneamente ou imediatamente à "avaliação do acidente e proteção do aci-
dentado".
O exame deve ser rápido e sistemático, observando as seguintes prioridades:
·Estado de consciência: avaliação de respostas lógicas (nome, idade,etc).
·Respiração: movimentos torácicos e abdominais com entrada e saída de ar normalmente
pelas narinas ou boca.
·Hemorragia: avaliar a quantidade, o volume e a qualidade do sangue que se perde. Se é
arterial ou venoso.
·Pupilas: verificar o estado de dilatação e simetria (igualdade entre as pupilas).
·Temperatura do corpo: observação e sensação de tato na face e extremidades.
Deve-se ter sempre uma ideia bem clara do que se vai fazer, para não expor desne-
cessariamente o acidentado, verificando se há ferimento com o cuidado de não movi-
mentá-lo excessivamente.
Em seguida proceder a um exame rápido das diversas partes do corpo.
Se o acidentado está consciente, perguntar por áreas dolorosas no corpo e incapacidade
funcionais de mobilização. Pedir para apontar onde é a dor, pedir para movimentar as
mãos, braços, etc.
FONTE: http://www.anvisa.gov.br/reblas/manual_primeiros_socorros.pdf

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Atividades
Em cada uma das situações abaixo, descreva como se deve proceder em relação
aos primeiros socorros:
Caso 01: Uma criança ingere produtos de limpeza.
O que pode acontecer com a criança?
O que fazer?
Caso 02: Uma está dentro de uma casa pegando fogo.
O que fazer?
A quais perigos ela está exposta nesse momento?

ALCOOLISMO

O alcoolismo é o conjunto de problemas relacionados ao consumo exces-


sivo e prolongado do álcool; é entendido como o vício de ingestão excessiva e
regular de bebidas alcoólicas, e todas as consequências decorrentes. O alcoo-
lismo é, portanto, um conjunto de diagnósticos. Dentro do alcoolismo existe a
dependência, a abstinência, o abuso (uso excessivo, porém
não continuado), intoxicação por álcool (embriaguez). Sín-
dromes amnéstica (perdas restritas de memória), demenci-
al, alucinatória, delirante, de humor. Distúrbios de ansi-
edade, sexuais, do sono e distúrbios inespecíficos. Por fim
o delirium tremens, que pode ser fatal.
Assim o alcoolismo é um termo genérico que indica algum problema, mas
medicamente para maior precisão, é necessário apontar qual ou quais distúrbios
estão presentes, pois geralmente há mais de um.
O fenômeno da Dependência: O comportamento de repetição obedece a
dois mecanismos básicos não patológicos: o reforço positivo e o reforço negati-
vo. O reforço positivo refere-se ao comportamento de busca do prazer: quando
algo é agradável a pessoa busca os mesmos estímulos para obter a mesma satis-
fação. O reforço negativo refere-se ao comportamento de evitação de dor ou
desprazer.

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189
Quando algo é desagradável a pessoa procura os mesmos meios para evi-
tar a dor ou desprazer, causados numa dada circunstância. A fixação de uma
pessoa no comportamento de busca do álcool, obedece a esses dois mecanis-
mos acima apresentados. No começo a busca é pelo prazer que a bebida pro-
porciona. Depois de um período, quando a pessoa não alcança mais o prazer
anteriormente obtido, não consegue mais parar porque sempre que isso é tenta-
do surgem os sintomas desagradáveis da abstinência, e para evitá-los a pessoa
mantém o uso do álcool. Os reforços positivo e negativo são mecanismos ou
recursos normais que permitem às pessoas se adaptarem ao seu ambiente.
Tolerância e Dependência: A tolerância e a dependência ao álcool são dois
eventos distintos e indissociáveis. A tolerância é a necessidade de doses maio-
res de álcool para a manutenção do efeito de embriaguez obtido nas primeiras
doses. Se no começo uma dose de uísque era suficiente para uma leve sensação
de tranquilidade, depois de duas semanas (por exemplo) são necessárias duas
doses para o mesmo efeito. Nessa situação se diz que o indivíduo está desen-
volvendo tolerância ao álcool. Normalmente, à medida que se eleva a dose da
bebida alcoólica para se contornar a tolerância, ela volta em doses cada vez
mais altas. Aos poucos, cinco doses de uísque podem se tornar
inócuas para o indivíduo que antes se embriagava com uma do-
se. Na prática não se observa uma total tolerância, mas de for-
ma parcial. Um indivíduo que antes se embriagava com uma
dose de uísque e passa a ter uma leve embriaguez com três do-
ses está tolerante apesar de ter algum grau de embriaguez. O
alcoólatra não pode dizer que não está tolerante ao álcool por
apresentar sistematicamente um certo grau de embriaguez. O
critério não é a ausência ou presença de embriaguez, mas a
perda relativa do efeito da bebida. A tolerância ocorre antes da dependência.
Os primeiros indícios de tolerância não significam, necessariamente, dependên-
cia, mas é o sinal claro de que a dependência não está longe. A dependência é
simultânea à tolerância. A dependência será tanto mais intensa quanto mais in-
tenso for o grau de tolerância ao álcool. Dizemos que a pessoa tornou-se depen-
dente do álcool quando ela não tem mais forças por si própria de interromper
ou diminuir o uso do álcool.

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O alcoólatra de "primeira viagem" sempre tem a impressão de que pode
parar quando quiser e afirma: "quando eu quiser, eu paro". Essa frase geralmen-
te encobre o alcoolismo incipiente e resistente; resistente porque o paciente ne-
ga qualquer problema relacionado ao álcool, mesmo que os outros não acredi-
tem, ele próprio acredita na ilusão que criou. A negação do próprio alcoolismo,
quando ele não é evidente ou está começando, é uma forma de defesa da auto-
imagem (aquilo que a pessoa pensa de si mesma). O alcoolismo, como qual-
quer diagnóstico psiquiátrico, é estigmatizante. Fazer com que uma pessoa re-
conheça o próprio estado de dependência alcoólica, é exigir dela uma forte que-
bra da auto-imagem e consequentemente da auto-estima. Com a auto-estima
enfraquecida a pessoa já não tem a mesma disposição para viver e, portanto,
lutar contra a própria doença.
Aspectos Gerais do Alcoolismo
A identificação precoce do alcoolismo geralmente é prejudicada
pela negação dos pacientes quanto a sua condição de alcoólatras. Além
disso, nos estágios iniciais é mais difícil fazer o diagnóstico, pois os
limites entre o uso "social" e a dependência nem sempre são claros.
Quando o diagnóstico é evidente e o paciente concorda em se tratar é porque já
se passou muito tempo, e diversos prejuízos foram sofridos. É mais difícil de se
reverter o processo. Como a maioria dos diagnósticos mentais, o alcoolis-
mo possui um forte estigma social, e os usuários tendem a evitar esse estigma.
Esta defesa natural para a preservação da autoestima acaba trazendo atrasos na
intervenção terapêutica. Para se iniciar um tratamento para o alcoolismo é ne-
cessário que o paciente preserve em níveis elevados sua autoestima sem, contu-
do, negar sua condição de alcoólatra, fato muito difícil de se conseguir na práti-
ca. O profissional deve estar atento a qualquer modificação do comportamento
dos pacientes no seguinte sentido: falta de diálogo com o cônjuge, frequentes
explosões temperamentais com manifestação de raiva, atitudes hostis, perda do
interesse na relação conjugal. O Álcool pode ser procurado tanto para ficar se-
xualmente desinibido como para evitar a vida sexual. No trabalho os colegas
podem notar um comportamento mais irritável do que o habitual, atrasos e mes-
mo faltas. Acidentes de carro passam a acontecer. Quando essas situações acon-
tecem é sinal de que o indivíduo já perdeu o controle da bebida: pode estar tra-
vando uma luta solitária para diminuir o consumo do álcool, mas geralmente as
iniciativas pessoais resultam em fracassos.

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As manifestações corporais costumam começar por vômitos pela manhã,
dores abdominais, diarreia, gastrites, aumento do tamanho do fígado. Pequenos
acidentes que provocam contusões, e outros tipos de ferimentos se tornam mais
frequentes, bem como esquecimentos mais intensos do que os lapsos que ocor-
rem naturalmente com qualquer um, envolvendo obrigações e deveres sociais e
trabalhistas. A susceptibilidade a infecções aumenta e dependendo da predispo-
sição de cada um, podem surgir crises convulsivas. Nos casos de dúvidas quan-
to ao diagnóstico, deve-se sempre avaliar incidências familiares de alcoolismo
porque se sabe que a carga genética predispõe ao alcoolismo. É muito mais co-
mum do que se imagina a coexistência de alcoolismo com outros problemas
psiquiátricos prévios ou mesmo precipitante. Os transtornos de ansiedade, de-
pressão e insônia podem levar ao alcoolismo. Tratando-se a base do problema
muitas vezes se resolve o alcoolismo.
Efeitos do Álcool sobre o Cérebro

Os resultados de exames pos-mortem (necropsia) mostram que pacientes


com história de consumo prolongado e excessivo de álcool têm o cérebro me-
nor, mais leve e encolhido do que o cérebro de pessoas sem história de alcoolis-
mo. Esses achados continuam sendo confirmados pelos exames de imagem co-
mo a tomografia, a ressonância magnética e a tomografia por emissão de fó-
tons. O dano físico direto do álcool sobre o cérebro é um fato já inquestionavel-
mente confirmado. A parte do cérebro mais afetada cos-
tumam ser o córtex pré-frontal, a região responsável pe-
las funções intelectuais superiores como o raciocínio,
capacidade de abstração de conceitos e lógica. Os mes-
mos estudos que investigam as imagens do cérebro
identificam uma correspondência linear entre a quanti-
dade de álcool consumida ao longo do tempo e a exten-
são do dano cortical. Quanto mais álcool mais dano. De-
pois do córtex, regiões profundas seguem na lista de
mais acometidas pelo álcool: as áreas envolvidas com a
memória e o cerebelo que é a parte responsável pela co-
ordenação motora.
Consequências corporais do alcoolismo
À medida que o alcoolismo avança, as repercussões sobre o corpo se agra-
vam. Os órgãos mais atingidos são: o cérebro, trato digestivo, coração, múscu-
los, sangue, glândulas hormonais .

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Como o álcool dissolve o mucus do trato digestivo, provoca irritação na cama-
da externa de revestimento que pode acabar provocando sangramentos. A maioria
dos casos de pancreatite aguda (75%) são provocados por alcoolismo. As afecções
sobre o fígado podem ir de uma simples degeneração gordurosa à cirrose que é um
processo irreversível e incompatível com a vida. O desenvolvimento de patologias
cardíacas pode levar 10 anos por abusos de álcool e ao contrário da cirrose pode ser
revertida com a interrupção do vício. Os alcoólatras tornam-se mais susceptíveis
a infecções porque suas células de defesas são em menor número. O álcool interfere
diretamente com a função sexual masculina, com infertilidade por atrofia das célu-
las produtoras de testosterona, e diminuição dos hormônios masculinos. O predomí-
nio dos hormônios femininos nos alcoólatras do sexo masculino leva ao surgimento
de características físicas femininas como o aumento da mama (ginecomastia). O ál-
cool pode afetar o desejo sexual e levar a impotência por danos causados nos nervos
ligados a ereção. Nas mulheres o álcool pode afetar a produção hormonal feminina,
levando diminuição da menstruação, infertilidade e afetando as características sexu-
ais femininas.

Atividades
O texto será lido para a turma, que fará cartazes com revistas velhas, mostrando os
dois lados do alcoolismo:
 Lado com coisas boas que o álcool promete proporcionar, principalmente na mídia;
 Lado com coisas ruins e destrutivas que o álcool proporciona.

Série sobre alcoolismo fala sobre as consequências da bebida. MGTV 1ª Edição


mostra o alcoolismo em três reportagens.
A segunda reportagem da série sobre o alcoolismo, do MGTV 1ª edição, fala
nesta quinta-feira (16) sobre as consequências do exagero da bebida para a sociedade
e o sofrimento das pessoas que vivem próximas de quem tem a vida dominada pelo
vício.
Algumas mulheres que não são dependentes do álcool procuram ajuda porque
também adoeceram vendo marido, filhos, irmãos, amigos se afundarem na bebida. A
Al-Anon é uma associação que tem os mesmos princípios dos Alcoólicos Anônimos.
Ela foi criada para dar atendimento aos parentes e tem como objetivo a superação dos
problemas por meio das trocas de experiência.
O alcoolismo interfere diretamente nas relações familiares, além de prejudicar a con-
vivência e muitas vezes potencializar a violência. Na delegacia de mulheres, cerca de
60% das denúncias estão relacionadas ao álcool, segundo a delegada Margareth Ro-
cha.
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193
De acordo com os médicos, nos hospitais, não existem estatísticas oficiais
porque não se mede o nível de álcool de um paciente. Mas, é visível a relação
entre o número de ocorrências e a bebida. Nos fins de semana e feriados, por
exemplo, o movimento nas unidades de saúde é muito maior. Os casos são,
principalmente de brigas, quedas e acidentes de trânsito, na maioria das vezes,
provocados pela embriaguez.
Lei Seca
A Lei Seca está em vigor desde junho de 2008. Em Minas Gerais, as fisca-
lizações começaram em julho do ano passado. Em cinco meses, 557 pessoas
foram flagradas dirigindo depois de beber. A polícia apontou um perfil desses
motoristas em Belo Horizonte. Eles são homens, jovens e de classe média alta.
Cerca de 1.400 pessoas tiveram a carteira de habilitação suspensa por causa de
embriaguez, em 2011.
O rigor na fiscalização ainda não resultou na diminuição do número de
mortes. Na capital, de julho a novembro de 2011, segundo a Polícia Civil, 415
pessoas morreram em acidentes de trânsito. Quase 14% a mais que no mesmo
período de 2010.
Nesta sexta-feira (17), a última reportagem exibe os tratamentos para o alcoo-
lismo, as chances de recuperação para quem perdeu o trabalho, família e a saú-
de.

TABAGISMO

O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal


causa de morte evitável em todo o mundo. A OMS estima que um terço da população
mundial adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas (entre as quais 200 milhões de
mulheres), sejam fumantes. Pesquisas comprovam que aproximadamente 47% de toda a
população masculina e 12% da população feminina no mundo fumam. Enquanto nos paí-
ses em desenvolvimento os fumantes constituem 48% da população masculina e 7% da
população feminina, nos países desenvolvidos a participação das mulheres mais do que
triplica: 42% dos homens e 24% das mulheres têm o comportamento de fumar.

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O total de mortes devido ao uso do tabaco atingiu a cifra de 4,9 milhões de
mortes anuais, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia. Caso as atuais
tendências de expansão do seu consumo sejam mantidas, esses números aumenta-
rão para 10 milhões de mortes anuais por volta do ano 2030, sendo metade delas
em indivíduos em idade produtiva (entre 35 e 69 anos) (WHO, 2003).
O INCA (Instituto Nacional do Câncer) desenvolve papel importante como
Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o Programa
"Tabaco ou Saúde" na América Latina, cujo objetivo é estimular e apoiar políticas
e atividades controle do tabagismo nessa região, e no apoio à elaboração da Con-
venção para o Controle do Tabaco, idealizada pela OMS para estabelecer padrões
de controle do tabagismo em todo o mundo.
Tratamento de tabagismo:
A pessoa que fuma fica dependente da nicotina. Considerada uma droga bas-
tante poderosa, a nicotina atua no sistema nervoso central como a cocaína, heroí-
na, álcool, com uma diferença: chega ao cérebro em apenas 7 a 19 segundos. É
normal, portanto, que, ao parar de fumar, os primeiros dias sem cigarros sejam os
mais difíceis, porém as dificuldades tendem a ser menores a cada dia.
As estatísticas revelam que os fumantes comparados aos não fumantes apresen-
tam um risco:
• 10 vezes maior de adoecer de câncer de pulmão
• 5 vezes maior de sofrer infarto
• 5 vezes maior de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar
 2 vezes maior de sofrer derrame cerebral.
Se parar de fumar agora
• após 20 minutos sua pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal, após
2 horas não há mais nicotina no seu sangue
• após 8 horas o nível de oxigênio no sangue se normaliza
• após 2 dias seu olfato já percebe melhor os cheiros e seu paladar já degusta a
comida melhor
• após 3 semanas a respiração fica mais fácil e a circulação sanguínea melhora
• após 10 anos o risco de sofrer infarto do coração será igual ao de quem nun-
ca fumou, e o risco de desenvolver câncer de pulmão cai à metade
• após 20 anos o risco de desenvolver câncer de pulmão será quase igual ao de
quem nunca fumou.

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Sintomas da síndrome de abstinência:
Quando o fumante para de fumar, pode apresentar alguns sintomas desa-
gradáveis, tais como: dor de cabeça, tonteira, irritabilidade, agressividade, alte-
ração do sono, dificuldade de concentração, tosse, indisposição gástrica e ou-
tros. Esses sintomas caracterizam a síndrome de abstinência da nicotina, porém,
não acontecem com todos os fumantes que param de fumar. Quando aconte-
cem, tendem a desaparecer em uma a duas semanas (alguns casos podem che-
gar a 4 semanas).
Alguns dos sintomas, como dor de cabeça, tonteira e tosse são sinais do
restabelecimento do organismo sem as 4.720 substâncias da fumaça do cigarro.
O sintoma mais intenso, e mais difícil de se lidar é a chamada
"fissura" (grande vontade em fumar). É importante saber que a "fissura" geral-
mente não dura mais que 5 minutos, e tende a ficar mais tempo que os outros
sintomas. Porém, ela vai reduzindo gradativamente a sua intensidade e aumen-
tando o intervalo entre um episódio e outro.
Complicações possíveis:
A presença de cerca de 4.720 substâncias presentes na fumaça dos derivados do
tabaco, faz com que o tabagismo seja responsável por aproximadamente 50 do-
enças Muitos estudos desenvolvidos até o momento evidenciam que o consumo
de derivados do tabaco causa quase 50 doenças diferentes.
Está comprovado que o tabagismo é responsável por:
• 200 mil mortes por ano no Brasil (23 pessoas por hora)
• 25% das mortes causadas por doença coronariana - angina e infarto do mi-
ocárdio
• 45% das mortes por infarto agudo do miocárdio na faixa etária abaixo de
65 anos
• 85% das mortes causadas por bronquite crônica e enfisema pulmonar
(doença pulmonar obstrutiva crônica)
• 90% dos casos de câncer no pulmão (entre os 10% restantes, 1/3 é de fu-
mantes passivos)
• 25% das doenças vasculares (entre elas, derrame cerebral)
• 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer (de boca, laringe,
faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo de útero, leuce-
mia).

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As mais recentes estimativas mundiais sobre câncer, divulgadas pelo GLOBOCAN
2008 , apontam 12,7 milhões de casos novos e 7,6 milhões de óbitos por câncer no mun-
do. O tipo com maior mortalidade foi o câncer de pulmão (1,3 milhão de mortes).
No Brasil, o câncer de pulmão é o tipo de tumor mais letal e também uma das prin-
cipais causas de morte no país. Nas estimativas para o ano de 2010, válidas também para
o ano de 2011, são esperados 28 mil novos casos de câncer de pulmão , sendo 18 mil ho-
mens e 10 mil mulheres Ao final do século XX, o câncer de pulmão se tornou uma das
principais causas de morte evitável.
O consumo de tabaco é o mais importante fator de risco para o desenvolvi-
mento de câncer de pulmão. Comparados com os não fumantes, os tabagistas têm cerca
de 20 a 30 vezes mais risco de desenvolver câncer de pulmão.
Em geral, as taxas de incidência em um determinado país refletem seu consumo de
cigarros. (Estimativa/2010 - Incidência de Câncer no Brasil - Inca - Ministério da Saú-
de).
Outras doenças relacionadas ao tabagismo:
• hipertensão arterial
• aneurismas arteriais
• úlcera do aparelho digestivo
• infecções respiratórias
• trombose vascular
• osteoporose
• catarata
• impotência sexual no homem
• infertilidade na mulher
• menopausa precoce
 complicações na gravidez.
O que é tabagismo passivo?
É a inalação da fumaça de derivados do tabaco por indivíduos não fumantes que
convivem com fumantes em ambientes fechados. A poluição decorrente da fumaça dos
derivados do tabaco em ambientes fechados é denominada de Poluição Tabagística Am-
biental (PTA) e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é a maior responsá-
vel pela poluição em ambientes fechados. Hoje estima-se que o tabagismo passivo seja a
3ª maior causa de morte evitável no mundo, subsequente ao tabagismo ativo e ao consu-
mo excessivo de álcool.
Como o tabagismo passivo afeta a saúde?
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Os não fumantes que respiram a fumaça do tabaco têm um risco maior de
desenvolver doenças relacionadas ao tabagismo. Quanto maior o tempo em que
o não fumante fica exposto à poluição tabagística ambiental, maior a chance de
adoecer. As crianças, por terem uma frequência respiratória mais elevada, são
mais atingidas, sofrendo consequências drásticas sobre a sua saúde, incluindo
bronquite e pneumonia, desenvolvimento e exacerbação da asma e infecções do
ouvido médio.
FONTE: http://www.inca.gov.br/tabagismo/dadosnum/inicial.asp?pagina=mundo.htm&item=dadosnum

http://www.minhavida.com.br/saude/temas/tabagismo#.URvudh2-qpc

DROGAS

Drogas são substâncias utilizadas para produzir alterações, mudanças, nas


sensações, no grau de consciência e no estado emocional. As alterações causa-
das por essas substâncias variam de acordo com as características da pessoa
que as usa, qual droga é utilizada e em que quantidade, o efeito que se espera
da droga e as circunstâncias em que é consumida.
Geralmente achamos que existem apenas algumas
poucas substâncias extremamente perigosas: são essas
que chamamos de drogas. Achamos também que drogas
são apenas os produtos ilegais como a maconha, a cocaí-
na e o crack. Porém, do ponto de vista de saúde, muitas
substâncias legalizadas podem ser igualmente perigosas, como por exemplo, o
álcool, que também é considerado uma droga como as demais.
As drogas atuam no cérebro afetando a atividade mental, sendo por essa
razão denominadas psicoativas.
Drogas que diminuem a atividade mental – também chamadas de depressoras.
Afetam o cérebro, fazendo com que funcione de forma mais lenta. Essas drogas
diminuem a atenção, a concentração, a tensão emocional e a capacidade inte-
lectual.
Depressores do sistema nervoso:
- Calmantes e sedativos como Optalidon e Fiorinal;
- Tranquilizantes ou ansiolíticos como Dienpax e Lexotan;
- Opiáceos (morfina, heroína, codeína) - derivados da papoula, de cuja planta se
extrai o suco que origina o ópio;
- Inalantes e solventes (colas, tintas, removedores, esmalte, lança-perfume,
cheirinho da Loló);

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- Álcool.
Drogas que aumentam a atividade mental – são chamadas de estimulantes. Afetam o cére-
bro, fazendo com que funcione de forma mais acelerada.
Estimulantes do sistema nervoso
- Anfetaminas (bolinhas, remédios que tiram o sono ou são usados para emagrecimento, co-
mo Perventin, Hipofagin, Moderex);
- Cocaína - alcalóide encontrado nas folhas da coca. A droga consiste num pó branco produ-
zido a partir das folhas da coca;
- Cafeína - alcalóide encontrado em algumas plantas (café, mate, guaraná);
- Crack - Merla - oferecidos em pedaços (pedras), são produzidos a partir da pasta da cocaí-
na;
-Tabaco.
Drogas que alteram a percepção – são chamadas de substâncias alucinógenas e provo-
cam distúrbios no funcionamento do cérebro, fazendo com que ele passe a trabalhar de for-
ma desordenada, numa espécie de delírio. Exemplos: LSD, ecstasy, maconha e outras subs-
tâncias derivadas de plantas.
Perturbadores do sistema nervoso
- Maconha, haxixe, Skunk - obtidas das folhas das plantas do grupo Cannabis;
- Mescalina (peiote) - obtida de um cacto do México;
- Ayahuasca (Santo Daime) - bebida preparada a partir de ramos e folhas de um cipó da
Amazônia, o caapi;
- LSD (ácido lisérgico) - é obtido de certos alcalóides vegetais;
- Ecstasy;
- Anticolinérgicos (alguns tipos de cogumelos, lírios, trombeteira,
zabumba ou saia branca).
A iniciação nas drogas vem acompanhada, em geral, por mudanças físicas e de comporta-
mento. Sintomas isolados podem significar apenas problemas passageiros de saúde. Dois ou
mais sinais servem de alerta:
Olhos vermelhos — o THC, substância encontrada na folha da maconha, dilata os vasos
sanguíneos oculares, provocando vermelhidão.
Sangramento nasal — o uso de cocaína estimula a produção de substâncias como dopamina
e noradrenalina no cérebro, que aumentam a pressão arterial, ocasionando o rompimento de
pequenos veias e artérias.
Perda de peso e apetite — a cocaína provoca aumento na liberação de serotonina, neuro-
transmissor que inibe o apetite.
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Síndrome persecutória — a cocaína causa um curto-circuito no sistema límbico
(que comanda as emoções) e no córtex (responsável pelas funções psíquicas), o
que pode ocasionar delírios no usuário.
Mudança de amigos — é comum a troca de antigas amizades por outras que
facilitem o acesso rápido e constante à droga.
Uso de gírias novas — branquinha, baque, larica, farinha são expressões co-
muns no círculo dos viciados. Seu uso pode indicar, no mínimo, relacionamen-
to com pessoas ligadas a drogas.
Dependência
Dependência é o impulso que leva a pessoa a usar uma droga de forma
contínua ou periódica para obter prazer. Alguns indivíduos podem também fa-
zer uso constante de uma droga para aliviar tensões, ansiedades, medos, sensa-
ções físicas desagradáveis, etc. O dependente caracteriza-se por não conseguir
controlar o consumo de drogas, agindo de forma impulsiva e repetitiva.
Para compreendermos melhor a dependência, vamos analisar as duas for-
mas principais em que ela se apresenta: a física e a psicológica.
A dependência física caracteriza-se pela presença de sintomas e sinais físi-
cos que aparecem quando o indivíduo pára de tomar a droga ou diminui brusca-
mente o seu uso: é a síndrome de abstinência. Os sinais e sintomas de abstinên-
cia dependem do tipo de substância utilizada e aparecem algumas horas ou dias
depois que ela foi consumida pela última vez. No caso dos dependentes do ál-
cool, por exemplo, a abstinência pode ocasionar desde um simples tremor nas
mãos a náuseas, vômitos e até um quadro de abstinência mais grave denomina-
do delirium tremens, com risco de morte, em alguns casos.
Já a dependência psicológica corresponde a um estado de mal-estar e des-
conforto que surge quando o dependente interrompe o uso de uma droga. Os
sintomas mais comuns são ansiedade, sensação de vazio, dificuldade de con-
centração, mas que podem variar de pessoa para pessoa.
Com os medicamentos existentes atualmente, a maioria dos casos relacio-
nados à dependência física podem ser tratados. Por outro lado, o que quase
sempre faz com que uma pessoa volte a usar drogas é a dependência psicológi-
ca, de difícil tratamento e não pode ser resolvida de forma relativamente rápida
e simples como a dependência física.

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A Organização Mundial da Saúde considera que o abuso de drogas não
pode ser definido apenas em função da quantidade e frequência de uso. Assim,
uma pessoa somente será considerada dependente se o seu padrão de uso resul-
tar em pelo menos três dos seguintes sintomas ou sinais, ao longo dos últimos
doze meses:
• Forte desejo ou compulsão de consumir drogas;
• Dificuldades em controlar o uso, seja em termos de início, término ou ní-
vel de consumo;
• Uso de substâncias psicoativas para atenuar sintomas de abstinência, com
plena consciência dessa prática;
• Estado fisiológico de abstinência;
• Evidência de tolerância, quando o indivíduo necessita de doses maiores da
substância para alcançar os efeitos obtidos anteriormente com doses menores;
• Estreitamento do repertório pessoal de consumo, quando o indivíduo pas-
sa, por exemplo, a consumir drogas em ambientes inadequados, a qualquer ho-
ra, sem nenhum motivo especial;
• Falta de interesse progressivo de outros prazeres e interesses em favor do
uso de drogas;
• Insistência no uso da substância, apesar de manifestações danosas com-
provadamente decorrentes desse uso;
• Evidência de que o retorno ao uso da substância, após um período de abs-
tinência, leva a uma rápida reinstalação do padrão de consumo anterior.
O caminho da cura exige o reconhecimento, pelo dependente, de que pre-
cisa de ajuda. O envolvimento da família e a ajuda profissional são as princi-
pais armas à disposição. Algumas vezes, funciona.
Grupos de autoajuda — encontro de usuários para troca de experiências e
discussão. O objetivo é aumentar a autoestima com o apoio de pessoas na mes-
ma situação.
Tratamento ambulatorial — consultas regulares a psiquiatras ou terapeutas,
acompanhadas por atividades individuais ou em grupo, para restabelecer moti-
vações e estimular a volta à vida normal.
Internação domiciliar — alternativa mais barata e menos radical do que a in-
ternação em clínica. Só é possível quando alguém da família pode monitorar o
paciente em tempo integral.

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O dependente tem de se comprometer a aceitar regras como só sair de casa
acompanhado e participar de grupos de autoajuda ou fazer tratamento ambulatorial.
Internação em clínica — recomendada quando tentativas anteriores de tratamento
não deram certo, ou quando o dependente apresenta deterioração física, sintomas
psicóticos e pulsões suicidas.
Classificação do uso de drogas segundo a Organização Mundial de Saúde
Quanto à frequência do uso de drogas, os usuários podem ser classificados em:
• Não-usuário: nunca utilizou drogas;
• Usuário leve: utilizou drogas no último mês, mas o consumo foi menor que
uma vez por semana;
• Usuário moderado: utilizou drogas semanalmente, mas não todos os dias, du-
rante o último mês;
• Usuário pesado: utilizou drogas diariamente durante o último mês.
Algumas Definições
• Experimentador: pessoa que experimenta a droga, levada geralmente por curi-
osidade.
• Aquele que prova a droga uma ou algumas vezes e em seguida perde o interes-
se em repetir a experiência.
• Usuário ocasional: utiliza uma ou várias drogas quando disponíveis ou em am-
biente favorável, sem rupturas (distúrbios) afetiva, social ou profissional.
• Usuário habitual: faz uso frequente, porém sem que haja ruptura afetiva, social
ou profissional, nem perda de controle.
• Usuário dependente: usa a droga de forma frequente e exagerada, com rupturas
dos vínculos afetivos e sociais. Não consegue parar quando quer.
• Escalada: é quando a pessoa passa do uso de drogas consideradas "leves" para
as mais "pesadas", ou quando, com uma mesma droga, passa de consumo ocasional
para consumo intenso.
• Tolerância: quando o organismo se acostuma com a droga e passa a exigir do-
ses maiores para conseguir os mesmos efeitos.
• Poliusuário: pessoa que utiliza combinação de várias drogas simultaneamente,
ou dentro de um curto período de tempo, ainda que tenha predileção por determina-
da droga.
• Overdose: dose excessiva de uma droga, com graves implicações físicas e psí-
quicas, podendo levar à morte por parada respiratória e/ou cardíaca.

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Atividades
Júri simulado sobre a legalização da maconha e de outras drogas.
Objetivo: Estudar e debater um tema, levando todos os participantes do grupo
se envolverem e tomar uma posição. Exercitar a expressão e o raciocínio. De-
senvolver o senso crítico.
1º Passo: A turma será dividida aleatoriamente, independente da opção do jo-
vem, em dois blocos, sendo que um irá defender a legalização da maconha e de
outras drogas e o outro grupo será contra a legalização.
2º Após a divisão, os grupos irão discutir entre os componentes os argumentos
para convencer o juiz (que poderá ser o instrutor ou uma pessoa convidada), e
será estipulado o tempo de 20 minutos para essa elaboração.
3º No Júri simulado, cada grupo apresenta seus argumentos e é permitido um
debate respeitoso entre os grupos.
4º Ao final, o juiz dará o veredito, baseado no melhor desempenho entre os dois
grupos.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPIs

Conforme Norma Regulamentadora nº.6, Equipamento de Proteção Individual


– EPI é todo dispositivo de uso individual utilizado pelo empregado, destinado
à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
A empresa é obrigada a fornecer ao empregado, gratuitamente, EPI ade-
quado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas se-
guintes circunstâncias:
• Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção
contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças ocupacionais;
• Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
• Para atender situações de emergência.
Com advento do novo texto da Norma Regulamentadora nº10 a vestimen-
ta passa a ser também considerada um dispositivo de proteção complementar
para os empregados, incluindo a proibição de adornos mesmo estes não sendo
metálicos.
Quanto ao EPI cabe ao empregador:
• Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;
• Exigir o seu uso;
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203
• Fornecer ao empregado somente EPI’s aprovados pelo órgão nacional competen-
te em matéria de segurança e saúde no trabalho;
• Orientar e capacitar o empregado quanto ao uso adequado acondicionamento e
conservação;
• Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
• Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
• Comunicar ao MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) qualquer irregularida-
de observada.
Quanto ao EPI cabe ao empregado:
• Utilizar apenas para a finalidade a que se destina;
• Responsabilizar-se pelo acondicionamento e conservação;
• Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;
• Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
Conforme o Art. 157 da CLT ; cabe às empresas:
I. Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;
II. Instruir o empregado, através de ordens de serviço, quanto às precauções a
serem tomadas no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças profissio-
nais.
Conforme o Art. 158 da CLT ; cabe aos empregados:
I. Observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as ordens de
serviço expedidas pelo empregador.
II. Colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste capítulo (V)
Parágrafo único – Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:
A observância das instruções expedidas pelo empregador;
Ao uso dos Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s fornecidos pela empre-
sa.
Os tipos de EPI´s utilizados podem variar dependendo do tipo de
atividade ou de riscos que poderão ameaçar a segurança e a saúde
do trabalhador e da parte do corpo que se pretende proteger, tais co-
mo:
 Proteção auditiva: abafadores de ruídos ou protetores auricula-
res;

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204
 Proteção respiratória: máscaras e filtro;
 Proteção visual e facial: óculos e viseiras;
 Proteção da cabeça: capacetes;
 Proteção de mãos e braços: luvas e mangotes;
 Proteção de pernas e pés: sapatos, botas e botinas;
Proteção contra quedas: cintos de segurança e cinturões.

O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado só


poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação -
CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no tra-
balho do Ministério do Trabalho e Emprego.
É importante ressaltar que não basta o fornecimento do EPI ao empregado por
parte do empregador, pois é obrigação deste fiscalizar o empregado de modo a garantir
que o equipamento esteja sendo utilizado.
São muitos os casos de empregados que, com desculpas de que não se acostumam
ou que o EPI o incomoda no exercício da função, deixam de utilizá-lo e consequente-
mente, passam a sofrer as consequências de um ambiente de trabalho insalubre.
Nestes casos o empregador deve utilizar-se de seu poder diretivo e obrigar o em-
pregado a utilizar o equipamento, sob pena de advertência e suspensão num primeiro
momento e, havendo reincidências, sofrer punições mais severas como a demissão por
justa causa.
Para a Justiça do Trabalho o fato de comprovar que o empregado recebeu o equi-
pamento (por meio de ficha de entrega de EPI), por exemplo, não exime o empregador
do pagamento de uma eventual indenização, pois a norma estabelece que o empregador
deva garantir o seu uso, o que se faz através de fiscalização e de medidas coercitivas,
se for o caso.

FONTE: http://www.fundacentro.gov.br/dominios/ctn/anexos/cdNr10/Manuais/M%C3%B3dulo02/5_8%20-%20EQUIPAMENTOS%
20DE%20PROTE%C3%87%C3%83O%20INDIVIDUAL.pdf .

http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/epi.htm

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205
Atividades
Tendo em vista os EPIs da figura, o
jovem deverá explicar a finalidade da
cada dispositivo justificando sua impor-
tância:

ANÁLISE DE RISCO DO TRABALHO

Podemos resumir o processo de análise de riscos no trabalho do seguinte mo-


do:
- Identificar os perigos: determinar com um elevado nível de certeza as condi-
cionantes que poderão colocar em risco a segurança do(s) trabalhador (es);
- Quantificar os riscos: estimar a quantidade de riscos e, em caso de acidente,
as consequências que terão;
- Determinar o risco aceitável: depois de definidos quais os riscos, decidir
quais são os que, mesmo existindo, têm probabilidade muito reduzida de se
concretizarem;
 Definir a estratégia para a gestão do risco: escolher um método que per-
mita gerir da melhor forma os riscos existentes.
Os Riscos podem ser:
 De origem elétrica: Choque elétrico; Campo elétrico; Campo eletromag-
nético.
 De queda: As quedas, consequência de choques elétricos, de utilização
inadequada de equipamentos de elevação (escadas, cestas, plataformas),
falta ou uso inadequado de EPI, falta de treinamento dos trabalhadores,
falta de delimitação e de sinalização do canteiro do serviço e ataque de
insetos.

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 Transporte e com equipamentos: Veículos a caminho dos locais de traba-
lho em campo, o deslocamento diário dos trabalhadores até os efetivos
pontos de prestação de serviços. Esses deslocamentos expõem os traba-
lhadores aos riscos característicos das vias de transporte
 Ataques de insetos: Na execução de serviços em torres, postes, subesta-
ções, usinas, leitura de medidores, serviços de poda de árvores e outros
pode ocorrer ataques de insetos, tais como abelhas e formigas.
 Riscos Ergonômicos: Biomecânicos: posturas inadequadas de trabalho,
levando a intensas solicitações musculares, levantamento e transporte de
carga, etc.
 Riscos Organizacionais: “pressão psicológica” para atendimento a emer-
gências ou a situações com períodos de tempo rigidamente estabelecidos,
pressões da população com falta do fornecimento de energia elétrica.
 Riscos Psicossociais: elevada exigência cognitiva necessária ao exercício
das atividades.
 Riscos Ambientais: risco ambiental compreende os físicos, químicos e
biológicos; esta terminologia fica inadequada, deve-se separar os riscos
provenientes de causas naturais (raios, chuva, terremotos, ciclones, venta-
nias, inundações, etc.).
 Riscos Ocupacionais: Consideram-se riscos ocupacionais, os agentes
existentes nos ambientes de trabalho, capazes de causar danos à saúde do
empregado.
FONTE: http://www.oportaldaconstrucao.com/files/guiastecnicos/sht-vol-3-analise-de-riscos.pdf

www.fundacentro.gov.br.

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207
Atividades
Faça a análise de risco do seu ambiente de trabalho avaliando o grau de
acordo com os 09 tipos de riscos listados. Numere de 0 a 10 conforme o grau
de perigo.

ERGONOMIA

Em agosto de 2000, a IEA (Associação Internacional de Ergonomia) ado-


tou a definição oficial apresentada abaixo:
A Ergonomia (ou Fatores Humanos) é uma disciplina científica relaciona-
da ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos
ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a
fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistema.
Os Ergonomistas contribuem para o planejamento, projeto e a avaliação de
tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas de modo a torná-los
compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas.

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208
A palavra Ergonomia deriva do grego Ergon [trabalho] e nomos [normas, regras,
leis]. Trata-se de uma disciplina orientada para uma abordagem sistêmica de todos os
aspectos da atividade humana. Para darem conta da amplitude dessa dimensão e po-
derem intervir nas atividades do trabalho é preciso que os Ergonomistas tenham uma
abordagem holística de todo o campo de ação da disciplina, tanto em seus aspectos
físicos e cognitivos, como sociais, organizacionais, ambientais, etc. Frequentemente
esses profissionais intervêm em setores particulares da economia ou em domínios de
aplicação específicos. Esses últimos caracterizam-se por sua constante mutação,
com a criação de novos domínios de aplicação ou do aperfeiçoamento de outros mais
antigos.
De maneira geral, os domínios de especialização da ergonomia são:
Ergonomia física: está relacionada com às características da anatomia humana, antro-
pometria, fisiologia e biomecânica em sua relação a atividade física. Os tópicos rele-
vantes incluem o estudo da postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos
repetitivos, distúrbios músculo-esqueletais relacionados ao trabalho, projeto de posto
de trabalho, segurança e saúde.
Ergonomia cognitiva: refere-se aos processos mentais, tais como percepção, memória,
raciocínio e resposta motora conforme afetem as interações entre seres humanos e ou-
tros elementos de um sistema. Os tópicos relevantes incluem o estudo da carga mental
de trabalho, tomada de decisão, desempenho especializado, interação homem compu-
tador, estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo se-
res humanos e sistemas.
Ergonomia organizacional: concerne à otimização dos sistemas sóciotécnicos, inclu-
indo suas estruturas organizacionais, políticas e de processos. Os tópicos relevantes
incluem comunicações, gerenciamento de recursos de tripulações (domínio aeronáuti-
co), projeto de trabalho, organização temporal do trabalho, trabalho em grupo, projeto
participativo, novos paradigmas do trabalho, trabalho cooperativo, cultura organizaci-
onal, organizações em rede, tele-trabalho e gestão da qualidade.
Legislação de Ergonomia
O Ministério do Trabalho e Emprego possui várias normas regulamentadoras,
entre elas, a NR 17, que trata especialmente do tema "Ergonomia" e é apresentada
abaixo.
17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a
adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalha-
dores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho efi-
ciente.

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17.1.1. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento,
transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condi-
ções ambientais do posto de trabalho, e à própria organização do trabalho.
17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psi-
cofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonô-
mica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de traba-
lho, conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora.
17.2. Levantamento, transporte e descarga individual de materiais.
17.2.1. Para efeito desta Norma Regulamentadora:
17.2.1.1. Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da
carga é suportado inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levanta-
mento e a deposição da carga.
17.2.1.2. Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada
de maneira contínua ou que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte
manual de cargas.
17.2.1.3. Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a 18
(dezoito) anos e maior de 14 (quatorze) anos.
17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por
um trabalhador cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segu-
rança.
17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas,
que não as leves, deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos
métodos de trabalho que deverá utilizar, com vistas a salvaguardar sua saúde e
prevenir acidentes.
17.2.4. Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas, deverão
ser usados meios técnicos apropriados.
17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o trans-
porte manual de cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente in-
ferior àquele admitido para os homens, para não comprometer a sua saúde ou a
sua segurança.
17.2.6. O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou tração de
vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico de-
verão ser executados de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador se-
ja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou a
sua segurança.

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17.2.7. O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecânico
de ação manual deverá ser executado de forma que o esforço físico realizado pelo
trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua
saúde ou a sua segurança.
17.3. Mobiliário dos postos de trabalho.
17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de
trabalho deve ser planejado ou adaptado para esta posição.
17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas,
mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de
boa postura, visualização e operação e devem atender aos seguintes requisitos mí-
nimos:
a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de
atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura
do assento;
b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador;
c) ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimenta-
ção adequados dos segmentos corporais.
17.3.2.1. Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, além dos requi-
sitos estabelecidos no subitem 17.3.2, os pedais e demais comandos para aciona-
mento pelos pés devem ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil al-
cance, bem como ângulos adequados entre as diversas partes do corpo do trabalha-
dor, em função das características e peculiaridades do trabalho a ser executado.
17.3.3. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes
requisitos mínimos de conforto:
a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida;
b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento;
c) borda frontal arredondada;
d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lom-
bar.
17.3.4. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a
partir da análise ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés,
que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador.

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17.3.5. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem
ser colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por
todos os trabalhadores durante as pausas.
17.4. Equipamentos dos postos de trabalho.
17.4.1. Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar
adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do
trabalho a ser executado.
17.4.2. Nas atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, datilo-
grafia ou mecanografia deve:
a) ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado propor-
cionando boa postura, visualização e operação, evitando movimentação frequente
do pescoço e fadiga visual;
b) ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível, sendo veda-
da a utilização do papel brilhante, ou de qualquer outro tipo que provoque ofusca-
mento.
17.4.3. Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com
terminais de vídeo devem observar o seguinte:
a) condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do equipa-
mento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e proporcionar
corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador;
b) o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador
ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas;
c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira
que as distâncias olho-tela, olho-teclado e olho-documento sejam aproximada-
mente iguais;
d) serem posicionados em superfícies de trabalho com altura ajustável.
17.4.3.1. Quando os equipamentos de processamento eletrônico de dados com ter-
minais de vídeo forem utilizados eventualmente poderão ser dispensadas as exi-
gências previstas no subitem 17.4.3, observada a natureza das tarefas executadas e
levando-se em conta a análise ergonômica do trabalho.
17.5. Condições ambientais de trabalho.
17.5.1. As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às caracterís-
ticas psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.

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17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam so-
licitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, labo-
ratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre
outros, são recomendadas as seguintes condições de conforto:
a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma bra-
sileira registrada no INMETRO;
b) índice de temperatura efetiva entre 20oC (vinte) e 23oC (vinte e três graus
centígrados);
c) velocidade do ar não superior a 0,75m/s;
d) umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento.
17.5.2.1. Para as atividades que possuam as características definidas no subi-
tem 17.5.2, mas não apresentam equivalência ou correlação com aquelas re-
lacionadas na NBR 10152, o nível de ruído aceitável para efeito de conforto
será de até 65 dB (A) e a curva de avaliação de ruído (NC) de valor não su-
perior a 60 dB.
17.5.2.2. Os parâmetros previstos no subitem 17.5.2 devem ser medidos nos
postos de trabalho, sendo os níveis de ruído determinados próximos à zona
auditiva e as demais variáveis na altura do tórax do trabalhador.
17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, na-
tural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade.
17.5.3.1. A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa.
17.5.3.2. A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada
de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes ex-
cessivos.
17.5.3.3. Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais
de trabalho são os valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, nor-
ma brasileira registrada no INMETRO.
17.5.3.4. A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem
17.5.3.3 deve ser feita no campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual,
utilizando-se de luxímetro com fotocélula corrigida para a sensibilidade do
olho humano e em função do ângulo de incidência.
17.5.3.5. Quando não puder ser definido o campo de trabalho previsto no su-
bitem 17.5.3.4, este será um plano horizontal a 0,75m (setenta e cinco centí-
metros) do piso.

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17.6. Organização do trabalho.
17.6.1. A organização do trabalho deve ser adequada às características psicofisio-
lógicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.
17.6.2. A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em considera-
ção, no mínimo:
a) as normas de produção;
b) o modo operatório;
c) a exigência de tempo;
d) a determinação do conteúdo de tempo;
e) o ritmo de trabalho;
f) o conteúdo das tarefas.
17.6.3. Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do
pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise
ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte:
a) para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie deve levar em con-
sideração as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores;
b) devem ser incluídas pausas para descanso;
c) quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou su-
perior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção deverá permitir um retorno gra-
dativo aos níveis de produção vigentes na época anterior ao afastamento.
17.6.4. Nas atividades de processamento eletrônico de dados, deve-se, salvo o
disposto em convenções e acordos coletivos de trabalho, observar o seguinte:
a) o empregador não deve promover qualquer sistema de avaliação dos trabalha-
dores envolvidos nas atividades de digitação, baseado no número individual de
toques sobre o teclado, inclusive o automatizado, para efeito de remuneração e
vantagens de qualquer espécie;
b) o número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser su-
perior a 8 (oito) mil por hora trabalhada, sendo considerado toque real, para efeito
desta NR, cada movimento de pressão sobre o teclado;
c) o tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite má-
ximo de 5 (cinco) horas, sendo que, no período de tempo restante da jornada, o
trabalhador poderá exercer outras atividades, observado o disposto no art. 468 da
Consolidação das Leis do Trabalho, desde que não exijam movimentos repetiti-
vos, nem esforço visual;

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d) nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma pausa de 10
(dez) minutos para cada 50 (cinqüenta) minutos trabalhados, não deduzidos da jor-
nada normal de trabalho;
e) quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou supe-
rior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção em relação ao número de toques
deverá ser iniciado em níveis inferiores do máximo estabelecido na alínea "b" e ser
ampliada progressivamente.

FONTE: http://www.ergonomianotrabalho.com.br/ergonomia.html

http://www.ergonomianotrabalho.com.br/legislacao.html

Atividades
Utilizando-se da NR-17, utilizaremos a metodologia “Painel Integrado”.
1º Passo: Dividir a turma em 05 grupos, e para cada grupo entregar para estudo
e debate um artigo da NR-17.
Divisão dos artigos da NR-17.
Grupo 01: 17.2
Grupo 02: 17.3.
Grupo 03: 17.4
Grupo 04: 17.5
Grupo 05: 17.6
Obs.: Trata-se do estudo do artigo citado e todos os subtópicos incluídos nele.
2º Passo: Após debate entre os grupos, o instrutor deverá numerar dentro de ca-
da grupo os jovens de acordo com a quantidade de participantes.
Ex.: Se há 05 alunos, eles serão numerados em 01, 02, 03, 04, 05.
3º Passo: Todos os números iguais dos 05 grupos irão se juntar e montar um no-
vo grupo, então dessa forma, haverá um representante de cada NR-17 estudada.
4º Passo: Cada jovem irá repassar para o seu novo grupo tudo sobre a NR que
ele estudou e debateu no grupo anterior.

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215
LEIS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
A Previdência Social é o seguro social para a pessoa que contribui. É uma
instituição pública que tem como objetivo reconhecer e conceder direitos aos
seus segurados. A renda transferida pela Previdência Social é utilizada para
substituir a renda do trabalhador contribuinte, quando ele perde a capacidade de
trabalho, seja pela doença, invalidez, idade avançada, morte e desemprego in-
voluntário, ou mesmo a maternidade e a reclusão.
Sua missão é garantir proteção ao trabalhador e sua família, por meio de
sistema público de política previdenciária solidária, inclusiva e sustentável,
com o objetivo de promover o bem-estar social e tem como visão ser reconhe-
cida como patrimônio do trabalhador e sua família, pela sustentabilidade dos
regimes previdenciários e pela excelência na gestão, cobertura e atendimento.
Legislação:
Constituição Federal de 1988 - Art.194 - alterado pela Emenda Constitucional
nº 20 de 1998:
Art. 194. (*) A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações
de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os di-
reitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Parágrafo único. Compete ao poder público, nos termos da lei, organizar a se-
guridade social, com base nos seguintes objetivos:
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urba-
nas e rurais;
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
V - eqüidade na forma de participação no custeio;
VI - diversidade da base de financiamento;
VII - caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, com a
participação da comunidade, em especial de trabalhadores, empresários e apo-
sentados.

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216
Lei nº 8.212/1991 - Art. 3º:
Art. 3. A Previdência Social tem por fim assegurar aos seus beneficiários mei-
os indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, idade avança-
da, desemprego involuntário, encargos de família e reclusão ou morte daque-
les de quem dependiam economicamente.
Aposentadoria Especial: Benefício concedido ao segurado que tenha
trabalhado em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física. Para ter
direito à aposentadoria especial, o trabalhador deverá comprovar, além do
tempo de trabalho, efetiva exposição aos agentes nocivos químicos, físicos,
biológicos ou associação de agentes prejudiciais pelo período exigido para a
concessão do benefício (15, 20 ou 25 anos).
A aposentadoria especial será devida ao segurado empregado, trabalha-
dor avulso e contribuinte individual, este somente quando cooperado filiado a
cooperativa de trabalho ou de produção. Além disso, a exposição aos agentes
nocivos deverá ter ocorrido de modo habitual e permanente, não ocasional
nem intermitente.
Para ter direito à aposentadoria especial, é necessário também o cumpri-
mento da carência, que corresponde ao número mínimo de contribuições men-
sais indispensáveis para que o segurado faça jus ao benefício. Os inscritos a
partir de 25 de julho de 1991 devem ter, pelo menos, 180 contribuições men-
sais. Os filiados antes dessa data têm de seguir a tabela progressiva. A perda
da qualidade de segurado não será considerada para concessão de aposentado-
ria especial, segundo a Lei nº 10.666/03.
A comprovação de exposição aos agentes nocivos será feita por formulá-
rio denominado Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), preenchido pela
empresa ou seu preposto, com base em Laudo Técnico de Condições Ambien-
tais de Trabalho (LTCAT) expedido por médico do trabalho ou engenheiro de
segurança do trabalho.
Aposentadoria por idade: têm direito ao benefício os trabalhadores urba-
nos do sexo masculino a partir dos 65 anos e do sexo feminino a partir dos 60
anos de idade. Os trabalhadores rurais podem pedir aposentadoria por idade
com cinco anos a menos: a partir dos 60 anos, homens, e a partir dos 55 anos,
mulheres.
Para solicitar o benefício, os trabalhadores urbanos inscritos na Previ-
dência Social a partir de 25 de julho de 1991 precisam comprovar 180 contri-
buições mensais. Os rurais têm de provar, com documentos, 180 meses de ati-
vidade rural.

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217
Os segurados urbanos filiados até 24 de julho de 1991, devem comprovar
o número de contribuições exigidas de acordo com o ano em que implementa-
ram as condições para requerer o benefício, conforme tabela abaixo. Para os
trabalhadores rurais, filiados até 24 de julho de 1991, será exigida a compro-
vação de atividade rural no mesmo número de meses constantes na tabela.
Além disso, o segurado deverá estar exercendo a atividade rural na data de en-
trada do requerimento ou na data em que implementou todas as condições exi-
gidas para o benefício, ou seja, idade mínima e carência.
Observação: O trabalhador rural (empregado e contribuinte individual),
enquadrado como segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência Soci-
al (RGPS), pode requerer aposentadoria por idade, no valor de um salário-
mínimo, até 31 de dezembro de 2010, desde que comprove o efetivo exercício
da atividade rural, ainda que de forma descontínua, em número de meses igual
à carência exigida. Para o segurado especial não há limite de data.
Segundo a Lei nº 10.666, de 8 de maio de 2003, a perda da qualidade de
segurado não será considerada para a concessão de aposentadoria por idade,
desde que o trabalhador tenha cumprido o tempo mínimo de contribuição exi-
gido. Nesse caso, o valor do benefício será de um salário mínimo, se não hou-
ver contribuições depois de julho de 1994.
Nota: A aposentadoria por idade é irreversível e irrenunciável: depois que re-
ceber o primeiro pagamento, ou sacar o PIS e/ou o Fundo de Garantia (o que
ocorrer primeiro), o segurado não poderá desistir do benefício. O trabalhador
não precisa sair do emprego para requerer a aposentadoria.
Aposentadoria por invalidez: Benefício concedido aos trabalhadores que, por
doença ou acidente, forem considerados pela perícia médica da Previdência
Social incapacitados para exercer suas atividades ou outro tipo de serviço que
lhes garanta o sustento.
Não tem direito à aposentadoria por invalidez quem, ao se filiar à Previ-
dência Social, já tiver doença ou lesão que geraria o benefício, a não ser quan-
do a incapacidade resultar no agravamento da enfermidade.
Quem recebe aposentadoria por invalidez tem que passar por perícia mé-
dica de dois em dois anos, se não, o benefício é suspenso. A aposentadoria
deixa de ser paga quando o segurado recupera a capacidade e volta ao traba-
lho.
Para ter direito ao benefício, o trabalhador tem que contribuir para a Previdên-
cia Social por no mínimo 12 meses, no caso de doença. Se for acidente, esse
prazo de carência não é exigido, mas é preciso estar inscrito na Previdência
Social.

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218
Aposentadoria por tempo de contribuição: Pode ser integral ou proporcional. Para ter
direito à aposentadoria integral, o trabalhador homem deve comprovar pelo menos 35
anos de contribuição e a trabalhadora mulher, 30 anos. Para requerer a aposentadoria
proporcional, o trabalhador tem que combinar dois requisitos: tempo de contribuição e
idade mínima.
Os homens podem requerer aposentadoria proporcional aos 53 anos de idade e 30
anos de contribuição, mais um adicional de 40% sobre o tempo que faltava em 16 de
dezembro de 1998 para completar 30 anos de contribuição.
As mulheres têm direito à proporcional aos 48 anos de idade e 25 de contribuição,
mais um adicional de 40% sobre o tempo que faltava em 16 de dezembro de 1998 para
completar 25 anos de contribuição.
Nota: A aposentadoria por tempo de contribuição é irreversível e irrenunciável: depois
que receber o primeiro pagamento, sacar o PIS ou o Fundo de Garantia (o que ocorrer
primeiro), o segurado não poderá desistir do benefício. O trabalhador não precisa sair
do emprego para requerer a aposentadoria.
Auxílio Doença: Benefício concedido ao segurado impedido de trabalhar por do-
ença ou acidente por mais de 15 dias consecutivos. No caso dos trabalhadores com
carteira assinada, os primeiros 15 dias são pagos pelo empregador, exceto o domésti-
co, e a Previdência Social paga a partir do 16º dia de afastamento do trabalho. Para os
demais segurados inclusive o doméstico, a Previdência paga o auxílio desde o início
da incapacidade e enquanto a mesma perdurar. Em ambos os casos, deverá ter ocorri-
do o requerimento do benefício.
Para concessão de auxílio-doença é necessária a comprovação da incapacidade
em exame realizado pela perícia médica da Previdência Social.
Para ter direito ao benefício, o trabalhador tem de contribuir para a Previdência Social
por, no mínimo, 12 meses (carência). Esse prazo não será exigido em caso de acidente
de qualquer natureza (por acidente de trabalho ou fora do trabalho) ou de doença pro-
fissional ou do trabalho.
Terá direito ao benefício sem a necessidade de cumprir o prazo mínimo de contri-
buição e desde que tenha qualidade de segurado quando do início da incapacidade, o
trabalhador acometido de tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, neoplasia
maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de
Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, doença de Paget em está-
gio avançado (osteíte deformante), síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS),
contaminação por radiação (comprovada em laudo médico) ou hepatopatia grave.

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219
Não tem direito ao auxílio-doença quem, ao se filiar à Previdência Social, já tiver do-
ença ou lesão que geraria o benefício, a não ser quando a incapacidade resulta do agra-
vamento da enfermidade.
O trabalhador que recebe auxílio-doença é obrigado a realizar exame médico pe-
riódico e, se constatado que não poderá retornar para sua atividade habitual, deverá
participar do programa de reabilitação profissional para o exercício de outra atividade,
prescrito e custeado pela Previdência Social, sob pena de ter o benefício suspenso.
Quando o trabalhador perder a qualidade de segurado, as contribuições anteriores
só serão consideradas para concessão do auxílio-doença se, após nova filiação à Previ-
dência Social, houver pelo menos quatro contribuições que, somadas às anteriores, to-
talizem, no mínimo, a carência exigida (12 meses).
O auxílio-doença deixa de ser pago quando o segurado recupera a capacidade e
retorna ao trabalho ou quando o benefício se transforma em aposentadoria por invali-
dez.
A empresa poderá requerer o benefício de auxílio-doença para seu empregado ou
contribuinte individual que lhe preste serviço e, nesse caso, terá acesso às decisões re-
ferentes ao benefício.
Nota: A Previdência Social processará de ofício o benefício, quando tiver conhecimen-
to, por meio de documentos que comprovem essa situação, de que o segurado encontra
-se incapacitado para o trabalho e impossibilitado de se comunicar com o INSS. Nesse
caso, será obrigatória a realização de exame médico-pericial pelo INSS para compro-
vação da alegada incapacidade.
Auxílio acidente: Benefício pago ao trabalhador que sofre um acidente e fica com se-
quelas que reduzem sua capacidade de trabalho. É concedido para segurados que rece-
biam auxílio-doença. Têm direito ao auxílio-acidente o trabalhador empregado, o tra-
balhador avulso e o segurador especial. O empregado doméstico, o contribuinte indivi-
dual e o facultativo não recebem o benefício.
Para concessão do auxílio-acidente não é exigido tempo mínimo de contribuição,
mas o trabalhador deve ter qualidade de segurado e comprovar a impossibilidade de
continuar desempenhando suas atividades, por meio de exame da perícia médica da
Previdência Social.
O auxílio-acidente, por ter caráter de indenização, pode ser acumulado com ou-
tros benefícios pagos pela Previdência Social exceto aposentadoria. O benefício deixa
de ser pago quando o trabalhador se aposenta.
Pagamento: A partir do dia seguinte em que cessa o auxílio-doença.

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220
Valor do benefício: Corresponde a 50% do salário de benefício que deu origem
ao auxílio-doença corrigido até o mês anterior ao do início do auxílio-acidente.
Auxílio reclusão: O auxílio-reclusão é um benefício devido aos dependentes do
segurado recolhido à prisão, durante o período em que estiver preso sob regime
fechado ou semi-aberto. Não cabe concessão de auxílio-reclusão aos dependen-
tes do segurado que estiver em livramento condicional ou cumprindo pena em
regime aberto.
Para a concessão do benefício, é necessário o cumprimento dos seguintes
requisitos:
- o segurado que tiver sido preso não poderá estar recebendo salário da empresa
na qual trabalhava, nem estar em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abo-
no de permanência em serviço;
- a reclusão deverá ter ocorrido no prazo de manutenção da qualidade de segura-
do;
- o último salário-de-contribuição do segurado (vigente na data do recolhimento
à prisão ou na data do afastamento do trabalho ou cessação das contribuições),
tomado em seu valor mensal, deverá ser igual ou inferior aos seguintes valores
pela previdência, independentemente da quantidade de contratos e de atividades
exercidas.
Equipara-se à condição de recolhido à prisão a situação do segurado com
idade entre 16 e 18 anos que tenha sido internado em estabelecimento educacio-
nal ou congênere, sob custódia do Juizado de Infância e da Juventude.
Após a concessão do benefício, os dependentes devem apresentar à Previdência
Social, de três em três meses, atestado de que o trabalhador continua preso, emi-
tido por autoridade competente, sob pena de suspensão do benefício. Esse docu-
mento será o atestado de recolhimento do segurado à prisão .
O auxílio reclusão deixará de ser pago, dentre outros motivos:
- com a morte do segurado e, nesse caso, o auxílio-reclusão será convertido em
pensão por morte;
- em caso de fuga, liberdade condicional, transferência para prisão albergue ou
cumprimento da pena em regime aberto;
- se o segurado passar a receber aposentadoria ou auxílio-doença (os dependentes
e o segurado poderão optar pelo benefício mais vantajoso, mediante declaração
escrita de ambas as partes);

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221
- ao dependente que perder a qualidade (ex: filho ou irmão que se emancipar ou
completar 21 anos de idade, salvo se inválido; cessação da invalidez, no caso de
dependente inválido, etc);
- com o fim da invalidez ou morte do dependente.
Caso o segurado recluso exerça atividade remunerada como contribuinte indi-
vidual ou facultativo, tal fato não impedirá o recebimento de auxílio-reclusão por
seus dependentes.

Pensão por morte: Benefício pago à família do trabalhador quando ele morre. Pa-
ra concessão de pensão por morte, não há tempo mínimo de contribuição, mas é
necessário que o óbito tenha ocorrido enquanto o trabalhador tinha qualidade de
segurado.
Se o óbito ocorrer após a perda da qualidade de segurado, os dependentes te-
rão direito a pensão desde que o trabalhador tenha cumprido, até o dia da morte, os
requisitos para obtenção de aposentadoria pela Previdência Social ou que fique re-
conhecido o direito à aposentadoria por invalidez, dentro do período de manuten-
ção da qualidade do segurado, caso em que a incapacidade deverá ser verificada
por meio de parecer da perícia médica do INSS com base em atestados ou relató-
rios médicos, exames complementares, prontuários ou documentos equivalentes.
Nota: O irmão ou o filho maior inválido fará jus à pensão, desde que a invalidez
concluída mediante exame médico pericial seja anterior ou simultânea ao óbito do
segurado, e o requerente não tenha se emancipado até a data da invalidez. Haven-
do mais de um pensionista, a pensão por morte será rateada entre todos, em partes
iguais. A parte daquele cujo direito à pensão cessar será revertida em favor dos de-
mais dependentes.
A cota individual do benefício deixa de ser paga: pela morte do pensionista;
para o filho ou irmão que se emancipar, ainda que inválido, ou ao completar 21
anos de idade, salvo se inválido; quando acabar a invalidez (no caso de pensionista
inválido). Não será considerada a emancipação decorrente de colação de grau cien-
tífico em curso de ensino superior.
A pensão poderá ser concedida por morte presumida mediante ausência do
segurado declarada por autoridade judiciária e também nos casos de desapareci-
mento do segurado em catástrofe, acidente ou desastre (neste caso, serão aceitos
como prova do desaparecimento: boletim de ocorrência policial, documento con-
firmando a presença do segurado no local do desastre, noticiário dos meios de co-
municação e outros).

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222
Nesses casos, quem recebe a pensão por morte terá de apresentar, de seis em seis
meses, documento da autoridade competente sobre o andamento do processo de decla-
ração de morte presumida, até que seja apresentada a certidão de óbito.
Pensão especial: É garantido o direito à Pensão Especial aos portadores da Síndrome
da Talidomida nascidos a partir de 1º de janeiro de 1957, data do início da comerciali-
zação da droga denominada “Talidomida (Amida Nfálica do Ácido Glutâmico), inici-
almente vendida com os nomes comerciais de Sedin, Sedalis e Slip, de acordo com a
Lei nº 7.070, de 20 de dezembro de 1982. O benefício é devido ao portador de defor-
midade física decorrente do uso da Talidomida, independentemente da época de sua
utilização.
Salário Família: Benefício pago aos segurados empregados, exceto os domésticos, e
aos trabalhadores avulsos com salário mensal de até R$ 971,78, para auxiliar no sus-
tento dos filhos de até 14 anos de idade ou inválidos de qualquer idade. (Observação:
São equiparados aos filhos os enteados e os tutelados, estes desde que não possuam
bens suficientes para o próprio sustento, devendo a dependência econômica de ambos
ser comprovada).
Para a concessão do salário-família, a Previdência Social não exige tempo mínimo de
contribuição.
Salário Maternidade: O salário-maternidade é devido às seguradas empregadas, tra-
balhadoras avulsas, empregadas domésticas, contribuintes individuais, facultativas e
seguradas especiais, por ocasião do parto, inclusive o natimorto, aborto não criminoso,
adoção ou guarda judicial para fins de adoção.
Considera-se parto o nascimento ocorrido a partir da 23ª semana de gestação, in-
clusive em caso de natimorto.
Para a criança nascida ou adotada a partir de 14.06.2007, o benefício também será de-
vido à segurada desempregada (empregada, trabalhadora avulsa e doméstica), para a
que cessou as contribuições (contribuinte individual ou facultativa) e para a segurada
especial, desde que o nascimento ou adoção tenham ocorrido dentro do período de
manutenção da qualidade de segurada.
A segurada desempregada terá direito ao salário-maternidade nos casos de demis-
são antes da gravidez ou, caso a gravidez tenha ocorrido enquanto ainda estava empre-
gada, desde que a dispensa tenha sido por justa causa ou a pedido.

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223
O benefício será pago durante 120 dias e poderá ter início até 28 dias antes do
parto. Se concedido antes do nascimento da criança, a comprovação será por atestado
médico, se posterior ao parto, a prova será a Certidão de Nascimento.
Nos abortos espontâneos ou previstos em lei (estupro ou risco de vida para a mãe),
será pago o salário-maternidade por duas semanas.
À segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins
de adoção de criança, é devido salário-maternidade durante os seguintes períodos:

 -120 dias, se a criança tiver até 1 ano completo de idade;

 -60 dias, se a criança tiver de 1 até 4 anos completos de idade;

 -30 dias, se a criança tiver de 4 até completar 8 anos de idade.

No caso de adoção de mais de uma criança, simultaneamente, a segurada terá


direito somente ao pagamento de um salário-maternidade, observando-se o direito se-
gundo a idade da criança mais nova.
Para concessão do salário-maternidade, não é exigido tempo mínimo de contri-
buição das trabalhadoras empregadas, empregadas domésticas e trabalhadoras avul-
sas, desde que comprovem filiação nesta condição na data do afastamento para fins
de salário maternidade ou na data do parto.
A contribuinte individual, a segurada facultativa e a segurada especial (que op-
tou por contribuir) têm que ter pelo menos dez contribuições para receber o benefício.
A segurada especial que não paga contribuições receberá o salário-maternidade se
comprovar no mínimo dez meses de trabalho rural imediatamente anteriores à data do
parto, mesmo que de forma descontínua. Se o nascimento for prematuro, a carência
será reduzida no mesmo total de meses em que o parto foi antecipado.
A trabalhadora que exerce atividades ou tem empregos simultâneos tem direito a
um salário-maternidade para cada emprego/atividade, desde que contribua para a Pre-
vidência nas duas funções.
Desde setembro de 2003, o pagamento do salário-maternidade das gestantes em-
pregadas é feito diretamente pelas empresas, que são ressarcidas pela Previdência So-
cial. A empresa deverá conservar, durante 10 (dez) anos, os comprovantes dos paga-
mentos e os atestados ou certidões correspondentes.
As mães adotivas, contribuintes individuais, facultativas e empregadas domésti-
cas terão de pedir o benefício nas Agências da Previdência Social.

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224
Em casos excepcionais, os períodos de repouso anteriores e posteriores ao parto
poderão ser aumentados por mais duas semanas, mediante atestado médico específico.
Assistência Social – BPC – LOAS: O Benefício de Prestação Continuada da Assistên-
cia Social – BPC-LOAS, é um benefício da assistência social, integrante do Sistema
Único da Assistência Social – SUAS, pago pelo Governo Federal, cuja a operacionalii-
zação do reconhecimento do direito é do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS e
assegurado por lei, que permite o acesso de idosos e pessoas com deficiência às condi-
ções mínimas de uma vida digna.
Quem tem direito ao BPC-LOAS:
- Pessoa Idosa - IDOSO: deverá comprovar que possui 65 anos de idade ou mais, que
não recebe nenhum benefício previdenciário, ou de outro regime de previdência e que
a renda mensal familiar per capita seja inferior a ¼ do salário mínimo vigente.
- Pessoa com Deficiência - PcD: deverá comprovar que a renda mensal do grupo fami-
liar per capita seja inferior a ¼ do salário mínimo, deverá também ser avaliado se a sua
deficiência o incapacita para a vida independente e para o trabalho, e esta avaliação é
realizada pelo Serviço Social e pela Pericia Médica do INSS.
Para o cálculo da renda familiar per capita é considerado o conjunto de pessoas
composto pelo requerente, o cônjuge, o companheiro, a companheira, os pais e, na au-
sência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados
solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto.
O benefício assistencial pode ser pago a mais de um membro da família desde
que comprovadas todas a condições exigidas. Nesse caso, o valor do benefício conce-
dido anteriormente será incluído no cálculo da renda familiar.
O benefício deixará de ser pago quando houver superação das condições que de-
ram origem a concessão do benefício ou pelo falecimento do beneficiário. O benefício
assistencial é intransferível e, portanto, não gera pensão aos dependentes.

FONTE: http://www.previdencia.gov.br/conteudoDinamico.php?id=26

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225
Atividades
Faça um texto com os principais benefícios oferecidos pela Previdência Social.
Cite e comente pelo menos 08 dentre os que já foram estudados.

Debate: Vamos debater as falhas, as fraudes,  Pensão: Por morte ;


as injustiças na previdência social e também  Pensão:Especial (Talidomida);
como esses benefícios ajudam o trabalhador
brasileiro.  Salário-família;

A sala será dividida em 12 grupos, sendo que  Salário-maternidade;


cada um irá falar sobre um tema: Assistência Social - BPC – LOAS.
 Aposentadoria Especial;
 Aposentadoria Por idade ;
 Aposentadoria Por invalidez;
 Aposentadoria Por tempo de contribui-
ção;
 Auxílio: Acidente;
 Auxílio Doença ;
 Auxílio Reclusão;

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226
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227
Disciplina – LEI DA APRENDIZAGEM
Estado da questão
- quais são os direitos do aprendiz?
- quais são suas obrigações?
Objetivos:
Os aprendizes devem conhecer a Lei da Aprendizagem, bem como seus direitos e deveres.

Texto 1 - Vídeo Jovem Aprendiz GHC


O problema do desemprego entre jovens se caracteriza por um ciclo vicioso,
no qual aqueles com mais necessidades são os que tem menos qualificação e me-
nos oportunidades de trabalho. Sendo assim, a promoção do trabalho decente para
os jovens constitui um elemento decisivo para a diminuição da exclusão social, da
erradicação da pobreza e para atingir o desenvolvimento sustentável.
Para facilitar o ingresso do jovem no mundo do trabalho, foi promulgada a
Lei Federal 10.097/00, conhecida como a Lei da Aprendizagem. Ela alterou a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e deu nova regulamentação à aprendiza-
gem profissional direcionada aos adolescentes e jovens.
Em 2005 o Governo Federal, através do Decreto 5598, firmou ainda mais
estes compromissos com a juventude brasileira, inclusive atribuindo também res-
ponsabilidades para o setor público em relação ao programa Jovem Aprendiz.
Fonte: Vídeo Institucional do Programa Jovem Aprendiz do Grupo Hospitalar Conceição em Parceria com a Escola
Técnica Mesquita e o Centro Social Maristas -http://www.youtube.com/watch?v=W7DClCf-QQU – acesso em
7/11/12

Texto 2 - A Lei da Aprendizagem

A aprendizagem é estabelecida pela Lei nº.10.097/2000, regulamentada pe-


lo Decreto nº. 5.598/2005. Estabelece que todas as empresas de médio e grande
porte estão obrigadas a contratarem adolescentes e jovens entre 14 e 24 anos. Tra-
ta-se de um contrato especial de trabalho por tempo determinado, de no máximo
dois anos.
Os jovens beneficiários são contratados por empresas como aprendizes de
ofício previsto na Classificação Brasileira de Ocupações - CBO do Ministério do
Trabalho e Emprego, ao mesmo tempo em que são matriculados em cursos de
aprendizagem, em instituições qualificadoras reconhecidas, responsáveis pela cer-
tificação.

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228
A carga horária estabelecida no contrato deverá somar o tempo necessário à vi-
vência das práticas do trabalho na empresa e ao aprendizado de conteúdos teóricos mi-
nistrados na instituição de aprendizagem.
De acordo com a legislação vigente, a cota de aprendizes está fixada entre 5%,
no mínimo, e 15%, no máximo, por estabelecimento, calculada sobre o total de empre-
gados cujas funções demandem formação profissional, cabendo ao empregador, dentro
dos limites fixados, contratar o número de aprendizes que melhor atender às suas ne-
cessidades. As frações de unidade darão lugar à admissão de um aprendiz (art. 429, ca-
put e § 1º da CLT). As funções gerenciais, as de nível superior e de nível técnico são
retiradas da base de cálculo.
Em dezembro de 2007 foi publicada a Portaria nº. 615. A portaria tem como ob-
jetivo principal promover diretrizes curriculares para o desenvolvimento dos cursos e
programas de aprendizagem, classificados no âmbito da educação profissional como
cursos de formação inicial e continuada. Em dezembro de 2008, foi publicada a porta-
ria nº 1.003, que altera importantes artigos da Portaria nº 615.
O Cadastro Nacional de Aprendizagem foi criado destinando o registro das enti-
dades de formação técnico-profissional metódica responsáveis pela qualificação de jo-
vens no âmbito da aprendizagem. As Instituições qualificadas a ministrar cursos de
aprendizagem são:
Os Serviços Nacionais de Aprendizagem:
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI);
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC);
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR);
Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT);
Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (SESCOOP);
As Escolas Técnicas de Educação, inclusive as agrotécnicas;
As Entidades sem Fins Lucrativos, que tenham por objetivos a assistência ao
adolescente e a educação profissional, registradas no Conselho Municipal dos Direitos
da Criança e do Adolescente (arts. 429 e 430 da CLT).
Especificamente na modalidade de aprendizagem profissional, podem ser conta-
bilizados avanços significativos do ponto de vista legal. De 2005 até agora, é possível
dizer que foi criado um arcabouço que dará sustentação à exploração do enorme poten-
cial de vagas para adolescentes e jovens e para pessoas com deficiência, serem encami-
nhados ao mercado formal de trabalho.

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229
Garantir o caráter permanente da aprendizagem como política pública orientada, e
com resultados monitorados pela ação estatal, integrando essa modalidade ao Sistema
Público de Trabalho Emprego e Renda, é uma estratégia que se articula ao Plano Nacio-
nal para que o jovem participe efetivamente do projeto de uma sociedade mais justa.
Em Novembro de 2008, foi realizada a I Conferência Nacional da Aprendizagem
Profissional. Na ocasião, foi lançado pelo MTE um desafio: A contratação de 800.000
aprendizes, até 2010. Para que seja atingida, a meta deverá ter o apoio de todas as partes
envolvidas no processo de Aprendizagem.
Foi também criado um Fórum permanente, o Fórum Nacional de Aprendizagem
Profissional, que tem como objetivo ser um espaço aberto de discussão e aperfeiçoamen-
to, para que a política de Aprendizagem seja sempre modernizada, acompanhando as
tendências atuais do mercado de trabalho.
Fonte: http://www.mte.gov.br/politicas_juventude/aprendizagem_apresentacao.asp - acesso em 7/11/12

Atividades
Atividades:
- Destaque os pontos que chamaram sua atenção.
O instrutor sistematiza as falas no quadro.
complementar
1. Trazer notícias, em qualquer forma, de projetos sociais ligados à Lei
da Aprendizagem
2. O que a Lei da Aprendizagem proporciona a você?

Conclusão:
A Lei da Aprendizagem trouxe novo incentivo e oportunidades para os
jovens conquistarem uma qualificação profissional inicial, de forma remunera-
da.
É uma boa oportunidade para desenvolver conhecimentos e experiências
teóricas e práticas em situações reais de vida e trabalho.
Que esta experiência represente um primeiro passo de uma longa carrei-
ra de trabalho e de estudos!

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230
A LEI DA APRENDIZAGEM

REFLEXÃO:

-- QUEM EU SOU HOJE?


-- COMO EU ME VEJO DAQUI A 2 ANOS?

 Por quê foi criada a Lei da Aprendizagem (10.097/2000)?


 Qual a importância da Lei da Aprendizagem para o crescimento da economia brasi-
leira?
 Por quê o governo tem incentivado as empresas a trabalharem com os Jovens
Aprendizes?

OFICINA: A LEI DA APRENDIZAGEM

-- O que é aprendizagem?
Aprendizagem é um processo de mudança de comportamento obtido através da experiência
construída por fatores emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais.

Aprender é o resultado da interação entre estruturas mentais e o meio ambiente.

-- O que é o contrato da aprendizagem?


É um contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e de prazo determinado, em que o
empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 e menor de 24 anos, inscrito em
Programa de Aprendizagem, formação técnico-profissional metódica, e o Aprendiz, a exe-
cutar com zelo as tarefas necessárias a essa formação. Fonte: www.mte.gov.br

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231
-- Quem pode ser aprendiz?
O jovem com idade entre 14 anos completos e 24 anos incompletos, sujeito a formação téc-
nico-profissional do ofício ou ocupação, a que se refere o artigo 428 da CLT, matriculado
em curso mantido ou reconhecido pelos Serviços Nacionais de Aprendizagem, Escolas Téc-
nicas e Entidades sem fins lucrativos que tenham por objetivo a atenção e a educação pro-
fissional do adolescente e do jovem.

-- O que deve constar necessariamente no contrato de aprendizagem?


 Qualificação do aprendiz;
 Identificação da entidade que ministra o curso;
 Designação da atividade e curso no qual o aprendiz estiver matriculado;
 Salário ou remuneração mensal (ou salário-hora);
 Jornada diária e semanal;
 Data inicial e final do contrato de aprendizagem;
 Assinatura do aprendiz e do responsável legal da empresa.

-- Quais as hipóteses de extinção/ rescisão do contrato de aprendizagem?


 Desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz;
 Falta disciplinar grave;
 Ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo;
 A pedido do aprendiz;
 A pedido da empresa parceira.

SALÁRIO E CONTRIBUIÇÃO SINDICAL

-- Qual deve ser a remuneração do aprendiz?


 A remuneração do Aprendiz tem como referência o salário mínimo nacional.
 Art. 17. Ao Aprendiz, salvo condição mais favorável, será garantido o salário míni-
mo hora.

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232
 Parágrafo Único. Entende-se por condição mais favorável aquela fixada no contrato
de aprendizagem ou prevista em convenção ou acordo coletivo de trabalho, onde se
especifique o salário mais favorável ao Aprendiz, bem como o piso regional de que
trata a Lei Complementar nº 103, de 14 de Julho de 2000.

-- A falta ao curso de aprendizagem pode ser descontada do salário?


Sim, pois as horas dedicadas às atividades teóricas também integram a j orna-
da do aprendiz.

Atenção!
 As ausências ou atrasos sem justificativa nos dias de Aprendizagem Teórica trazem
sérias consequências para o Aprendiz. Estes dias são considerados atividade nor-
mal, acarretando descontos em seu salário e comprometendo a certificação final.

-- O aprendiz tem direito a receber o 13º salário?


Sim. O pagamento poderá ser feito da seguinte forma:
 Em duas parcelas, a primeira até o dia 30 de novembro e a segunda no dia 15 de
dezembro;
 Em parcela única no dia 30 de novembro;

-- O aprendiz tem direito a receber o FGTS?


 Sim. Exceto no caso de demissão por justa causa ou rescisão do contrato a pedido
do Aprendiz.
 A empresa recolhe mensalmente 2% em relação ao valor da remuneração bruta do
Aprendiz. Este valor é depositado em conta bancária específica, na Caixa Econômi-
ca Federal.
--Qual o valor descontado referente ao INSS?
 Este é um desconto obrigatório, conforme
 tabela da Previdência Social.
 O valor estabelecido para desconto é de 8%, sobre a remuneração bruta.

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233
-- Quais contribuições sindicais são descontadas dos aprendizes?
 Contribuição Sindical: é obrigatória de acordo com a Constituição Federal de 1988.
 É feita uma vez ao ano, na folha de pagamento do mês de março que é debitada até
o quinto dia útil do mês de abril;
 Equivale a um dia de salário.

-- Contribuição assistencial
 Contribuição Assistencial: é feita uma vez ao ano, na folha de pagamento do mês
de agosto, que é debitada até o quinto dia útil do mês de setembro.
Conforme decisão de assembléia dos sindicatos estaduais, o valor é divulgado em
data anterior ao desconto em folha de pagamento.
 Caso não concorde com o pagamento busque o sindicato da categoria na sua cida-
de.

-- Férias
 Sim. As férias do Aprendiz serão de 30 dias, sem parcelamento.
 Devendo coincidir, preferencialmente, com as férias escolares, sendo vedado ao
empregador fixar período diverso daquele definido no programa de aprendizagem.

“Um dia você aprende” (William Shakeaspeare


www.youtube.com/watch?v=sHFhkrIsid0

BIBLIOGRAFIA:

 Manual da aprendizagem: o que é preciso saber para contratar o jovem


aprendiz/Ministério do Trabalho e Emprego, Secretaria de Inspeção do
Trabalho. – Brasília: MTE, Assessoria de Comunicação, 2008.
 Fonte: Manual do Aprendiz; Lei 10.097; Decreto n. 5598/2005.

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234
Disciplina – ÉTICA E CIDADANIA
Ética é a ação humana direcionada para o bem.
Aristóteles

Estado da questão:
 Como cidadão, quais são seus direitos e deveres enquanto jovem? E depois de
adulto?
 No seu cotidiano, quais são os seus direitos que não considera devidamente respei-
tados?
 Quais as obrigações que deveria cumprir como cidadão ético e que nem sempre
cumpre?
 No trabalho e na escola, como gostaria que os outros o tratassem?
 O que você acredita que poderia melhorar no seu comportamento no trabalho, na
escola e na família – em termos éticos? Se todos os colegas também o fizessem, fa-
ria diferença?
 Bullying, violência em casa, na escola, no bairro – porque acontecem? Como detê-
los? Qual é a alternativa para a violência, no trato de conflitos?

Objetivos:
Aprender a ser cidadão, aprendendo a agir com respeito, solidariedade, responsabilidade,
justiça, não-violência, aprender a usar o diálogo nas mais diferentes situações e compro-
meter-se com o que acontece na vida coletiva e do país.

Texto 1 - Ética e cidadania – Redação de estudante, ENEM


A ética e a cidadania estão sempre lado a lado, estando aque-
la inserida nos deveres que todo cidadão deve cumprir. Entretanto,
a falta de ética está muito presente no Brasil, como na política e na
educação. Isso ocorre, principalmente, pelo despreparo familiar e
escolar e pelo próprio descaso da sociedade.
No Brasil,quando a falta de ética é comentada, a maioria das pessoas pensa logo na po-
lítica. Muitos governantes, que deveriam buscar o bem da sociedade, desviam dinheiro de
obras públicas para benefício próprio, prejudicando os direitos que a população tem à edu-
cação e à saúde de qualidade, à moradia,dentre outros.

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235
Porém, o desvio de conduta também ocorre em outros ofícios na sociedade, como os pa-
trões que assediam seus trabalhadores, professores que falam mal de outros professores em
sala de aula e funcionários públicos que aparecem somente nos dias de pagamento.
A cidadania é algo que deve ser discutido no ambiente familiar e escolar e, também, na so-
ciedade. Infelizmente, as famílias, hoje, estão mal estruturadas, não cumprindo com seus
principais deveres, e as escolas, principalmente as públicas, são de baixa qualidade, deixan-
do de lado várias áreas de ensino importantes na formação dos alunos. O descaso da pró-
pria sociedade em relação à falta de ética, também, é outro fator que contribui para que ela
continue presente.
É preciso, portanto, a realização de campanhas que preparem as famílias para ensinarem
aos filhos o que é ser ético e cidadão. É necessário, também, uma qualificação dos profes-
sores para que haja uma melhora na qualidade de ensino e, assim, as escolas possam prepa-
rar os seus alunos para a prática da cidadania por meio de atividades dinâmicas e de brinca-
deiras que ilustrem situações da realidade. Para a sociedade, além de campanhas conscien-
tizadoras, é preciso a realização de debates que estimulem um pensamento crítico sobre a
ética e a cidadania.
Fonte: http://capaciteredacao.forum-livre.com/t844-enem-etica-e-cidadania - acesso em 3/11/12

Estado da questão – o histórico das relações sociais e econômicas

 Na polis grega os assuntos públicos eram discutidos na praça pública, por todos
os cidadãos livres.
 Na Idade Média, a igreja ditava a relação ética com Deus.
 Com o surgimento da burguesia, o poder da Igreja diminui. Surge uma nova or-
dem social, que tem a base de sua força no comércio.
 A atividade comercial se expande e a igreja entra em declínio como poder sobre
os homens.
 Os interesses dessa nova classe exigem a compreensão do trabalho como fator
fundamental para a construção da identidade e da realização profissional, junta-
mente com o fortalecimento de uma ordem social onde prevaleçam relações base-
adas na dignidade, liberdade e igualdade entre os homens, alicerçadas com a dis-
ciplina, a subordinação, aplicação e segurança social. Estes são os pilares do ca-
pitalismo. É o objetivo da ética do trabalho.
 Nesse contexto, surgem os direitos civil, político e social:
- O direito civil tem como princípio supremo que todos são iguais perante a lei;

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236
- O direito político baseia-se no pluralismo político e eleições livres;
- O direito social garante o trabalho remunerado, previdência, saúde, educação.
 Mas, vivemos num mundo perfeito? Claro que NÃO! A sociedade humana é artifici-
al e se baseia num conflito de interesses sócio-econômicos.
 Daí vem a teoria liberal: as relações sociais e econômicas deveriam ser reguladas
por leis naturais, de forma livre, com a mínima intervenção do estado. Isso leva a
um caos social.
 Devemos aprender que a construção de uma sociedade ética tem como alicerce in-
divíduos éticos! O caminho somos nós!

Texto 2: Prevenção pode reduzir bullying nas escolas


Fátima Schenini, do MEC
Nas escolas, são muitos os exemplos de atitudes agressivas capazes de causar
sofrimento e angústia. É comum vivenciar casos de estudantes introvertidos, intimi-
dados pelos alunos mais fortes e desinibidos; a menina que carrega o apelido de ba-
leia; o garoto conhecido por quatro olhos e o chamado de palito. Essas situações não
são novas, mas somente a partir da década de 70 começaram a ser estudadas com
atenção, por pesquisadores de diferentes países, como integrantes de um fenômeno
conhecido como bullying.
No Brasil, uma das pioneiras no estudo do tema é Cleo Fante, doutora em ci-
ências da educação. [...]. Cleo explica que o bullying (do inglês bully, valentão, bri-
gão) é um fenômeno encontrado nas relações entre pares, em especial, estudantes.
“Na prática, ocorre quando um estudante (ou mais), de forma intencional, elege co-
mo alvo outro (ou outros) contra o qual desfere uma série de maus-tratos repetitivos,
impossibilitando a defesa”, diz.
Com experiência no estudo do bullying no país, ela criou o programa Educar
para a Paz, implantado em diversas escolas do Brasil e de Portugal. “Posso afirmar
que o bullying é um fenômeno que cresce assustadoramente”, afirma.
O problema pode ter inúmeras causas. A pesquisadora cita modelos educativos
familiares, como o autoritarismo, a permissividade, a ausência de limites e afeto e o
abandono, e também fatores como a força da mídia, principalmente por meio de pro-
gramas e filmes violentos, e a influência cultural – o egoísmo, o individualismo e o
descaso colaboram para a falta de empatia, compaixão, tolerância e respeito.
Consequências
O bullying pode ocasionar sérios problemas, de acordo com a gravidade e do
tempo de exposição aos maus-tratos. “As vítimas podem ter o processo de aprendi-
zagem comprometido, apresentar déficit de concentração, queda de rendimento esco-
lar e desmotivação para os estudos. Isso pode resultar em evasão e reprovação esco-
lar”, ressalta Cleo.

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237
Tais consequências podem atingir também o processo de socialização e causar retrai-
mento, dificuldade no relacionamento e na tomada de iniciativas e de decisões. Os proble-
mas podem atingir até a saúde das vítimas e desencadear sintomas e doenças de fundo emo-
cional.
Segundo Cleo, o mínimo que as escolas podem fazer é discutir o problema com a co-
munidade, alertar estudantes, pais e profissionais para essa forma de violência e diferenciá-
la das brincadeiras habituais e da indisciplina. “Porém, a prevenção é o melhor caminho e
deve ser iniciada pelo conhecimento”, sustenta a pesquisadora. Ela alerta, ainda, para a
ocorrência de um novo fenômeno, o ciberbullying, forma de praticar o bullying pela inter-
net.
A Lei
Medidas de combate ao bullying devem ser incluídas nos projetos pedagógicos das
escolas públicas e particulares.

Fonte: http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/prevencao-pode-reduzir-bullying-nas-escolas/ - acesso em 6/11/12

Texto 3 - A educação como saída

A prática de bullying já é antiga na escola, porém só há pouco tempo vem sendo ob-
jeto de estudo. O atraso em identificar e enfrentar o problema foram significativos. Por
aqui, o tema só começou a ser abordado junto à sociedade a partir de 2000. O trabalho pio-
neiro de Cleo resultou em um programa de combate ao bullying denominado "Educar para a
Paz", colocado em prática no interior paulista no mesmo ano. No Brasil, as pesquisas e a
atenção voltadas ao tema ainda se dão de forma incipiente. [...].

Os problemas
Em nossa sociedade é cada vez mais preocupante casos de violência urbana, tráfico
de drogas, delinqüência juvenil. É preciso conscientizar nossos jovens, ensinando respeito,
direitos e deveres, ensinando honestidade, solidariedade, fraternidade. Ensinando liberdade,
ensinando o valor, por exemplo, a não seguir o "faça o que eu digo e não o que faço". Mos-
trando que pela paz não se faz guerra. Ensinando a verdade sobre o passado para salvar o
futuro.
Os problemas são muitos. [...]. Constata-se a perda de alguns referenciais, como fa-
mília, religião. É saudável a valorização da subjetividade e da liberdade. No entanto, vive-
mos uma verdadeira inversão de valores. Confunde-se subjetividade com subjetivismo ou
individualismo; liberdade com libertinagem; sexualidade com promiscuidade, e por aí se-
gue. Somos engolidos pelo consumismo. Na cultura capitalista, que é a cultura do consumo,
os indivíduos tendem a buscar sua identidade e seu reconhecimento através do poder de
consumir. As pessoas buscam "ter" de um modo infinito, esquecendo o "ser".

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238
Pontos de partida para pensar a questão

A cabeça tende a pensar a partir do lugar onde os pés pisam. Para pensar sobre esta
realidade que nos cerca, e pensar criticamente, é necessário, sem dúvida, certo distancia-
mento, ou seja, não estar dominado pela realidade acima descrita. Este distanciamento evi-
tará a parcialidade.
Não menos importante, é preciso critérios. E qual é o critério? Pensa-se no critério
ético. Sem entrar nos pormenores da definição do que vem a ser ética, basta-nos Aristóteles,
primeiro pensador a sistematizar o conceito de ética, que a define como "o estudo da ação
humana finalizada para o bem".
Ela tem o papel de investigar os valores e as normas,
investigá-los e depurá-los para que possam inspirar e guiar da
melhor forma possível a vida humana tendo em vista a sua
plena realização. Portanto, a ética é a parte da filosofia que
busca refletir sobre o comportamento humano sob o ponto de
vista das noções de bem e de mal, de justo e de injusto. A éti-
ca dirige, pois, a consciência do homem para aquilo que é
bom.
Neste sentido, as reflexões éticas não se restringem apenas à busca do conhecimento
teórico sobre os valores humanos [...]. A ética tem preocupações práticas, orientando-se pe-
lo desejo de unir o saber ao fazer. É um tema transversal, pois passa por todas as dimensões
da existência, abrange um largo campo da vida humana, desde a dimensão individual, soci-
al, religioso, educacional, entre outras, desdobrando-se em ações políticas, que são os ins-
trumentos pelos quais se constroem a sociedade.
Em qualquer tipo de sociedade, para que ela se reproduza materialmente, isto é, para
que sobreviva, é necessário que se reproduzam as relações econômicas de produção. Mas,
como mostraram os primeiros pensadores sociais, se as sociedades e grupos humanos qui-
sessem continuar a se reproduzir socialmente, deveriam pensar em estratégias específicas
que passaram a chamar de educação. E a tarefa fundamental dessas práticas, seria adaptar
os novos membros às normas, leis, valores tradições, práticas, ideologias, rituais, entre ou-
tros, da sociedade em vigor. Com isso, a sobrevivência dessa sociedade poderia ser garanti-
da com uma identidade específica.

Uma cabeça bem feita para lidar com as incertezas

No seu livro, "A cabeça bem-feita", Edgar Morin grande pedagogo de nossa contem-
poraneidade, nos traz uma séria proposta de reformar o ensino para reformar o pensamento.
Uma das palavras–chave é a transdisciplinariedade, é estabelecer "relação" entre os diver-
sos conhecimentos, fazer com que tenhamos uma sociedade aberta e o "complexo de vida
real" íntegro.

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239
Por isso, a necessidade de uma cabeça bem-feita que proporcione a organização entre
os conhecimentos, facilite o ensino da condição humana, que melhore o modo de vida e tra-
ga força para lidar com as incertezas e dar uma justa educação cidadã.
Essa relação entre os conhecimentos deve ser uma das direções ao combate do bul-
lying na escola. É preciso que profissionais de várias áreas se unam para poder tratar de um
modo sério esse mal que esta atingindo nossas escolas, inclusive a violência.

Violência na escola e com a escola

A onda de violência que atinge escolas no Brasil também é vista em outras partes do
mundo. Nos últimos tempos, casos de jovens assassinados em nossas escolas se alternam
com notícias de matanças múltiplas em colégios norte-americanos. Não é difícil encontrar
nos meios de comunicação notícias de agressões contra professores e se não bastasse, cresce
também a crescente destruição do ambiente escolar.
Sabemos que nenhuma escola é uma ilha, mas parte da sociedade. E no nosso caso es-
sa sociedade tem-se embrutecido de forma espantosa. O roubo, o tráfico, a corrupção, o des-
respeito e o preconceito levam a atos violentos e criminosos.
Para recompor valores deteriorados e conseguir preparar os
jovens para a vida, a escola não pode ignorar a violência em
suas próprias práticas e precisa trazer as questões do mundo
para a sala de aula.
Alunos agredidos, livros roubados, alunas assediadas,
funcionários humilhados, ofensas entre professores e alunos.
Todos esses são exemplos de situações internas à escola que
precisam ser enfrentadas com a mesma firmeza com que debatemos a violência do mundo
em geral. Do contrário, nosso papel formador não será cumprido.

O caráter pedagógico da escola

Tudo no ambiente escolar tem caráter pedagógico.


 Compreender como o abuso do álcool ameaça quem está ao volante (e tam-
bém quem está nas ruas e no convívio doméstico),
 desenvolver projetos que mostrem como a intolerância, a injustiça e o precon-
ceito resultam em violência (tanto entre nações, quanto entre pessoas),
 estabelecer paralelos entre o que se vive na escola e o que se vê fora dela são
apenas alguns exemplos de como não fugir dessa difícil questão.

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240
A transformação do cotidiano pela escola: preocupação de todos

O interior das escolas revela a realidade em que vivemos, expressão da convivência


marcada pela intolerância, desrespeito, pela ausência de diálogo e práticas de dominação e
exploração. Professores, pais e estudantes têm sentido que a escola não consegue transfor-
mar o que está posto no cotidiano da vida. Está cada vez mais difícil viver a escola em
qualquer um de seus segmentos. [...] Professores adoecem, estudantes sofrem pressões de
todos os lados e escapam como podem, respondem com mais violência quando ameaçados,
não vêem formas de superação, diretores desanimam diante de tantos problemas e os pais
não sabem mais a quem recorrer.
Neste quadro, várias pessoas, profissionais, educadores, pais e estudantes, buscam
uma solução. Com uma preocupação evidente de todos os agentes educacionais na busca de
situações para "vencer" a violência dentro da escola, é preciso que este assunto seja tratado
com a prioridade e importância que ele merece.
Numa sociedade violenta a escola deve se contrapor abertamente à cultura de agres-
sões. É necessário que as situações que dizem respeito a questões internas sejam tratadas
nos conselhos de classe, identificando responsabilidades, garantindo reparações e promo-
vendo formação. Mas a atitude firme contra a violência deve
antecipar-se aos fatos como parte do projeto educativo. Turmas
de alunos e novos professores devem ser recebidos a cada ano
com um diálogo de compromisso, que apresente e aperfeiçoe
as regras de convívio, para que não se desrespeitem os mestres
em seu trabalho, nem os jovens em seu aprendizado.
Como meios e fins devem ser compatíveis, são necessá-
rios tempo e instalações, especialmente previstos para o conví-
vio, pois quem é tratado como gado ou fera, enquadrado em carteiras perfiladas ou coleti-
vamente abandonado em pátios áridos, mais facilmente vai se comportar como gado ou fe-
ra.
A escola precisa reconhecer a existência do bullying em seu interior, capacitar os pro-
fessores, funcionários, para identificação desse fenômeno [...].

Parcerias da escola

É necessária uma parceria da escola com outras instituições públicas, como: Conse-
lhos Tutelares, Delegacias da Criança e do Adolescente, Varas da infância e Juventude, en-
tre outras. Não podemos esquecer da família, que promove uma educação informal, dife-
rente daquela formal oferecida pela escola. É na família que o jovem vai aprender e viven-
ciar os valores. Uma família desestruturada pode produzir um jovem revoltado, uma família
que prega e cultiva a violência e a busca pelo poder, só vai ajudar a formar um jovem vio-
lento.

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241
A educação como saída só é possível com uma parceria entre escola e outras institui-
ções, tentando conscientizar nossos jovens sobre o fenômeno bullying, suas características,
conseqüências, tipos. Através dessa conscientização, estaremos ajudando nossos alunos a
interiorizar valores humanos, aprender a aceitar as diferenças e a caminharem para um bem
comum.
Os programas antibullying , como o "Educar para a Paz", podem ajudar os jovens a
desenvolverem uma cidadania voltada para a Paz. Combatendo de forma séria o bullying,
fazendo com que diminua o sofrimento de muitos jovens e pais.

Atividades
Violência, agressão, corrupção, desconfiança, desafeto, destruição, desrespeito, embruteci-
mento, exclusão, incompreensão, não aceitação, intolerância, individualismo, injustiça,
egoísmo, revolta, inconsciência, falta de diálogo, libertinagem, preconceito, promiscuidade,
roubo, tráfico, ... Quais desses conceitos têm a ver com o bullying? Quais são seus antído-
tos?

Texto 4 - Bullying e cyberbullying

Cristina Sleiman
Outubro foi um mês com muitas notícias na TV e muitas delas ( relacionadas à Direi-
to Digital) foram sobre o Bullying. Muitas, mostravam imagens de brigas nas escolas, ou-
tras, que trouxeram casos de suicídio.
Conforme matéria da Globo, os USA iniciaram um movimento contra o bullying e até
o presidente se manifestou frente às câmeras. E com as tecnologias o bullying acaba extra-
polando o meio físico e passa também para o ambiente virtual, facilitando ainda mais a dis-
seminação e consequências de tais atos. É o chamado cyberbullying, ou seja, pressão moral
e psicológica com atos contínuos.
Portanto , não se trata de uma ação isolada (quando ocorre uma só vez). Lembrando o
que já foi discutido em sala de aula, o bullying ou cyberbullying, juridicamente pode carac-
terizar os crimes de calúnia, injuria, difamação ou ameaça. Para menores de 18, Ato Infraci-
onal.
Além disso, se a provocação se deu também pelo uso de fotos, há uma infração ao di-
reito constitucional que garante a proteção da imagem. O que podemos aprender? Que tais
práticas, podem trazer consequências desastrosas para a vítima e para o infrator.

http://ecdteen.colband.blog.br/2010/11/01/bullying-e-cyberbullying-2/ - acesso em 6/11/12

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Atividade complementar: os aprendizes devem compor um mural na sala, com registros
sobre os temas discutidos, onde possam expressar e socializar suas idéias, dúvidas, angús-
tias, informar sobre o assunto, oportunizar, através da comunicação visual, discussões e de-
bates. Trazer no próximo encontro.

Texto 5 – Ética, cidadania e educação – para instrutores

Texto 6 - Resgatando valores humanos na escola para a vida

Escola Estadual Augusto Severo – Natal


Justificativa
De acordo com o diagnóstico realizado, observamos que é alto o índice de violência
e desrespeito no relacionamento entre nossos alunos, de indisciplina com relação aos
professores, de desrespeito aos demais funcionários da nossa escola e até mesmo aos
próprios professores e à equipe pedagógica. E que toda essa violência implícita ou ex-
plícita torna o ambiente um lugar hostil e desinteressante para o aprendizado que todos
desejamos.
Diante desse quadro e entendendo a escola como um espaço, principalmente, de inte-
gração social e desenvolvimento pessoal dos alunos, fez-se necessário criar estratégias
com o intuito de melhorar essa situação, visando proporcionar um ambiente mais atrati-
vo e acolhedor, para que eles possam repensar suas atitudes, desenvolvendo sua afetivi-
dade, seu senso de ética, cidadania e justiça, minando, aos poucos, a agressividade que
costumam cultivar no dia a dia.
“A onipotência juvenil faz parte natural do desenvolvimento. Tanto mais grave será
quanto mais baixa estiver a autoestima do adolescente.” Içami Tiba
Introdução
A função maior da escola é contribuir para a construção da cidadania, formando cida-
dãos conscientes, participativos e com uma conduta pautada em valores sólidos. Os va-
lores humanos, como decidimos chamá-los, andam um pouco esquecidos pela nossa so-
ciedade capitalista, em que o “ganhar dinheiro” e o “levar vantagem em tudo” parecem
importar muito mais que as relações de amor, respeito e responsabilidade entre as pesso-
as. Se a família deveria ser o porto seguro para a criança/aluno, essa se encontra, muitas
vezes, desestruturada e corrompida pelas circunstâncias. Se, por sorte, o aluno tem uma
família estruturada e consciente de seus deveres como pais e/ou responsáveis, por outro
lado existe um mundo de violência e corrupção que o rodeia e que é tão atrativo quanto
destrutivo.

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243
Muito se fala que investir na Educação é o único meio para prosperarmos na vida. E
que só através dela podemos mudar os quadros de miséria e criminalidade que vemos em
nosso país, estado, cidade ou comunidade. Mas como fazer para convencer aquele aluno
que vive em meio a tanta violência e descaso social, onde o crime é coisa corriqueira,
quase normal, de que ele precisa estudar, se dedicar e se comprometer com a escola, para
que, num futuro a longo prazo, ele seja recompensado por seus esforços? Como fazer is-
so se a vida ilegal lhe mostra que existem maneiras muito mais “fáceis” e “rápidas” de se
conseguir o que se deseja materialmente?
Foi pensando nessas e em outras indagações que surgiu a ideia do projeto a seguir,
que visa, primeiramente, resgatar os valores adormecidos, esquecidos ou abandonados
por nosso aluno, para que então ele tenha consciência da necessidade do aprender, não
só para a escola, mas, principalmente, para a vida.

Objetivo Geral
Proporcionar ao aluno condições para que ele se conscientize da necessidade de res-
peito entre todos através do reconhecimento, da aplicação dos direitos e deveres de cada
um, formando valores éticos e morais para o exercício de sua cidadania e cumprindo, as-
sim, com o maior papel da escola: favorecer uma aprendizagem realmente significativa
na formação de seres humanos mais conscientemente participativos e responsáveis no
convívio social.

Objetivos Específicos
• Desenvolver a autoestima e o respeito.
• Formar consciência dos valores éticos e morais.
• Reconhecer que a paz é uma conquista diária por meio de nossas ações.
• Respeitar os diferentes.
• Identificar e repelir o bullying e/ou qualquer outro tipo de atitude de desrespeito.
• Proporcionar momentos com atividades lúdicas que desenvolvam a atenção, con-
centração e socialização dos nossos alunos.
• Promover encontros para troca de experiências e ideias entre os professores.
• Conhecer fatos e personalidades importantes de nossa vida social na construção da
justiça.
• Possibilitar uma maior comunicação entre a escola, a família e a comunidade esco-
lar como um todo.

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244
• Envolver a comunidade escolar para colocar em prática os assuntos discutidos ou
vivenciados.
• Resgatar atitudes de cooperação, participação, responsabilidade, altruísmo, tolerân-
cia, sensibilidade e comprometimento na escola para toda a vida.
Fonte: http://www.construirnoticias.com.br/asp/materia.asp?id=1707 – acesso em 6/11/12

Texto 7 - A cultura da desonestidade (extrato)

Recentemente o Instituto Gerp desenvolveu uma pesquisa no Brasil sobre qual seria o
comportamento das pessoas entrevistadas diante de situações em que levariam vantagens
burlando alguma regra legal ou social. A pesquisa concluiu que os brasileiros, na sua maio-
ria, são honestos – é difícil de acreditar! Foram doze perguntas que versavam sobre :

 permanecer com um troco a mais num caixa de supermercado,


 utilizar-se de um recurso para sonegar im-
posto de renda,
 estacionar na vaga destinada a deficientes
físicos,
 fazer um “gato” na TV por assinatura,
 levar para casa canetas e envelopes da em-
presa ou órgão público onde trabalha,
 ficar com o dinheiro de uma carteira achada
na rua,
 levar consigo uma toalha do hotel onde hos-
pedara,
 furar a fila no embarque do ônibus,
 exceder o limite de velocidade ou avançar o
sinal quando tiver certeza de impunidade,
 contar ao(a) melhor amigo(a) que vira seu cônjuge em ato de traição conjugal,
 usar cópia pirata de softwares de computador, comprar produtos falsificados
 dirigir mesmo suspeitando que bebeu acima do limite permitido.
As respostas dos entrevistados atestam que além de desonestos os brasileiros são também
mentirosos.
Fonte: http://intervox.nce.ufrj.br/~sivaldo/desonestidade.htm - acesso em 6/11/12

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Texto 8 - MOVIMENTO PARANÁ SEM CORRUPÇÃO
Corrupção não é causa, mas efeito da incorporação de valores sociais negativos. Jei-
tinho brasileiro: ética perversa, consentida e cultuada, baseada na esperteza, ganância,
hipocrisia, exploração e fraude, em detrimento do proceder correto, honesto e meritório.
Desafio: estimular o envolvimento social para acabar com a impunidade e promo-
ver a educação cívica para construir um Brasil justo e sério.
www.planejamento.mp.pr.gov.br – acesso em 6/11/12

Texto 9 - Cidadania e ética – direitos e deveres


Quais são os direitos e deveres do cidadão? Antes: o que é ser cidadão?
Cidadão é aquele que se identifica culturalmente como parte de um território, usufrui dos
direitos e cumpre os deveres estabelecidos em lei.
Exercer a cidadania é ter consciência de suas obrigações e lutar para que o que é
justo e correto seja colocado em prática.
Direitos e deveres não andam separados. Quando cumprimos nossas obrigações per-
mitimos que os outros exercitem seus direitos.
Exemplos de deveres:
 votar para escolher governantes
 cumprir as leis
 respeitar os direitos sociais das outras pessoas
 educar e proteger nossos semelhantes
 proteger a natureza
 proteger o patrimônio público e social do país
 colaborar com as autoridades
Exemplos de direitos dos cidadãos:
 Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações
 Saúde, educação, moradia, segurança, lazer, vestuário, alimentação e trans-
porte
A constituição de 1988 reserva cinco capítulos aos direitos fundamentais dos cida-
dãos. Existem leis importantes que devem ser conhecidas como o Estatuto da Criança e
do Adolescente, o Estatuto do Idoso, a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Fonte: brasil.gov.br/sobre/cidadania/direitos-do-cidadão/direitos-e-deveres – acesso em 11/10/12

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Declaração Universal dos Direitos Humanos
Foi aprovada em 1948, na Organização das Nações Unidas – ONU. O docu-
mento é a base da luta universal contra a opressão e a discriminação. Defende a igualda-
de e a dignidade das pessoas e reconhece que os direitos humanos e as liberdades funda-
mentais devem ser aplicados a cada cidadão do planeta.
Os direitos humanos são os direitos essenciais a todos os seres humanos, sem
que haja discriminação por raça, cor, gênero, idioma, nacionalidade ou por qualquer ou-
tro motivo. Eles podem ser civis ou políticos, como o direito à vida, à igualdade perante
a lei e à liberdade de expressão. Podem também ser econômicos, sociais e culturais, co-
mo o direito ao trabalho e à educação; coletivos, como o direito ao desenvolvimento.
A garantia dos direitos humanos universais é feita por lei, na forma de tratados e leis
internacionais, por exemplo.

Atividades
No início do próximo encontro, entregue ao seu instrutor uma folha identificada
com local, data, autor, título, com o seguinte tema desenvolvido:
O que é ser cidadão ético, para você, como indivíduo? Como se aprende a ser cida-
dão ético?

Conclusões

A realidade mostra que a prática do bullying durante a infância põe a criança em


risco de comportamento criminoso e violência doméstica na idade adulta.
Devemos aprender que a construção de uma sociedade ética tem como alicerce
indivíduos éticos! O caminho somos nós!

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Disciplina - Diversidade Cultural

Todo ponto de vista é visto a partir de um ponto.

Os homens trocaram coisas, depois gens, depois idéias.


Na troca de coisas e gens existem ganhos e perdas.
Na troca de idéias não. Todos ganham.

Estado da questão - perguntas:


-- o que é diversidade cultural?
-- em que nos afeta, incomoda?
-- o que nos oferece, acrescenta, enriquece?
-- quais são os nossos compromissos diante da diversidade cultural?
-- que comportamentos devo ajustar diante da diversidade cultural?

Objetivos
Reconhecer a diversidade cultural existente em nosso mundo, país, estado, cidade, bair-
ro e ajustar atitudes e comportamentos de acordo.
 Conhecer um pouco da história da formação do povo brasileiro;
 Identificar diferenças culturais, raciais, religiosas e atributos físicos comuns às
pessoas;
 Compreender e respeitar as diferenças;
 Identificar o que herdamos dos principais povos que formaram o Brasil: índios,
africanos e portugueses.
 Pesquisar dados familiares e montar uma breve árvore genealógica.

TEXTO 1 – DIVERSIDADE CULTURAL


Angela M. Rodrigues O. P. Gurge
Falar sobre diversidade é tentar entender a variedade e convivência de idéias,
características ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situação ou
ambiente. A idéia de diversidade está ligada aos conceitos de pluralidade, multiplicidade,
diferentes ângulos de visão ou de abordagem, heterogeneidade e variedade. Muitas vezes
pode ser encontrada na comunhão dos contrários, na intersecção das diferenças, na
tolerância mútua.
O conceito de diversidade é muito amplo e tem diferentes aplicações em vários
ramos do conhecimento. A Filosofia procura entender o pensamento humano a partir da
diversidade de pontos de vista. A Antropologia Cultural procura entender a diversidade
de hábitos, costumes, comportamentos, crenças e valores e a aceitação da diferença no
outro. Mas é no campo da Cultura que a diversidade, por meio do multiculturalismo,
apresenta-se como grande desafio.

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248
Cultura (do latim cultura, cultivar o solo, cuidar). Na Antropologia refere-se a práticas e
ações sociais que seguem um padrão num dado local e tempo. Refere-se a crenças,
valores, comportamentos, instituições, regras morais da sociedade. É a identidade própria
de um grupo humano em um dado território, num determinado período.
A diversidade cultural presente em nosso dia-a-dia convida-nos a conviver com
diferenças de todas as ordens, exigindo de todos e de cada um a tolerância a respeito do
outro. Mas não é fácil reconhecer e aceitar a diversidade humana. Homens e mulheres são
difrentes, pensam e agem diferente. Jovens e adultos são diferentes, pensam e agem de
forma diferente. A verdade é que todas as pessoas são diferentes e isso, muitas vezes, é
motivo de violentos conflitos e guerras.
Além das diferenças genéticas existem diferentes”modelos”
sobre os quais construímos nossos conceitos, crenças, religiões – e o
certo e o errado podem ser diferentes. [...] Os conceitos de moral
divergem de uma cultura para outra. Nesse sentido, temos que
aprender a conviver, a respeitar.
O homem contemporâneo é chamado a aprender a aceitar a
diversidade e a utilizá-la para seu crescimento pessoal. A globalização nos apresenta
diversas culturas – o que nos leva a perceber que todos somos diferentes, temos valores
diferentes, gostos diferentes, costumes diferentes.
Muitos conflitos são frutos da intolerância e da incompreensão da realidade, da
importância e do valor dos diversos pontos de vista, de opinião, de valores entre pessoas.
A intolerância com a diferença cultural torna o relacionamento entre pessoas e os povos
tenso, deformado, cheio de ruídos, pré-conceitos e modelos mentais estereotipados sobre
o mundo e as pessoas, levando a algumas culturas a se considerarem superiores a outras.
É preciso um verdadeiro esforço para compreender, aceitar e valorizar a diversidade.
Nossa sociedade ainda conserva pré-conceitos historicamente cristalizados sobre negros,
índios, pobres, deficientes físicos e mentais, nordestinos, homossexuais, empregadas
domésticas, gordos, idosos, etc. Isso tem a ver com a maneira como aprendemos a ver o
outro. – Sob que prisma aprendemos a enxergar o outro?
Toda nossa educação foi desenvolvida para manter nossa mente engessada. Fomos
domesticados e doutrinados. Não aprendemos a pensar – apenas aprendemos
pensamentos. O diferente, o que não se encaixa no padrão de normalidade, não serve. Se
não serve, deve ser deixado de lado, à margem.
Essa rejeição é manifestada de diversas formas. Uma das mais evidentes é quando as
portas se fecham para a escolarização e para a carreira profissional.

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249
A necessidade desafiadora de conviver com a diferença nem sempre é discutida nos
meios sociais. Convivemos com as diferenças e muitas vezes nem percebemos as
ações delimitadoras. [...].

Atividades
-- Como conciliar as diferentes religiões num casal? A mulher é crente e o marido
espírita. Em qual religião serão criados os filhos? Em que igreja receberão a bênção?

TEXTO 2 – CONCEITOS BÁSICOS DA DIVERSIDADE CULTURAL

A diversidade cultural são diferenças culturais que existem entre os seres humanos.
Há vários tipos, tais como: a linguagem, danças, vestuário e outras tradições como a
organização da sociedade. Pessoas que por algumas razões decidem pautar suas vidas por
normas pré-estabelecidas tendem a esquecer suas próprias características distintivas. Em
outras palavras, o todo vigente se impõe às necessidades individuais.
O termo diversidade diz respeito à variedade e convivência de idéias, características
ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situação ou
ambiente. Cultura (do latim cultura, cultivar o solo, cuidar) é um termo
com várias acepções, em diferentes níveis de profundidade e diferente
especificidade. São práticas e ações sociais que seguem um padrão
determinado no espaço/tempo. Refere-se a crenças, comportamentos,
valores, instituições, regras morais que permeiam e "preenchem" a
sociedade. Explica e dá sentido `a cosmologia social, é a identidade própria de um grupo
humano em um território e num determinado período.

Conceito Principal
A idéia de diversidade está ligada aos conceitos de pluralidade, multiplicidade,
diferentes ângulos de visão ou de abordagem, heterogeneidade e variedade. E, muitas
vezes, também, pode ser encontrada na comunhão de contrários, na intersecção de
diferenças, ou ainda, na tolerância mútua.
A diversidade cultural é complicada de quantificar, mas uma boa indicação é pensar
em uma contagem do número de línguas faladas em uma região ou no mundo como um
todo. Através desta medida, há sinais de que podemos estar atravessando um período de
declínio
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250
precipitado na diversidade cultural do mundo. Pesquisa realizada na década de 1990 por
Luã Queiros (Professor Honorário de Linguística na University of Wales, Bangor) sugeriu
que naquela época em média, uma língua caía em desuso a cada duas semanas. Ele
calculou que se a taxa de mortalidade de línguas continuasse até o ano 2100, mais de
90% dos estilos falados atualmente no mundo seriam extintos.
A Origem da Diversidade Cultural
Há um consenso geral entre os principais antropólogos que o primeiro homem
surgiu na África, há cerca de dois milhões de anos atrás. Desde então, temos nos
espalhados por todo o mundo, com sucesso em nos adaptarmos às diferentes condições,
como por exemplo, as mudanças climáticas. As muitas sociedades que surgiram
separadas por todo o globo diferiam sensivelmente umas das outras, e muitas dessas
diferenças persistem até hoje.
São evidentes as diferenças culturais que existem entre os povos, como a língua,
vestimenta e tradições. Também existem variações significativas na forma como as
sociedades organizam-se na sua concepção partilhada da moralidade e na maneira como
interagem no seu ambiente. É discutível se essas diferenças são apenas artefatos
decorrentes de padrões de migração humana ou se elas representam uma característica
evolutiva que é fundamental para o nosso sucesso como uma espécie. Por analogia com a
biodiversidade, que é considerada essencial para a sobrevivência a longo prazo da vida
na Terra.
É possível argumentar que a diversidade cultural pode ser vital para a
sobrevivência a longo prazo da humanidade e que a preservação das culturas indígenas
pode ser tão importante para a humanidade como a conservação das espécies e do
ecossistemas para a vida em geral.

Esse argumento é rejeitado por muitas pessoas, por várias razões:


 Em primeiro lugar, como a maioria das questões evolutivas da natureza
humana, a importância da diversidade cultural para a sobrevivência pode ser
uma hipótese impossível de testar, que não podem ser provadas nem
refutadas.
 Em segundo lugar, é possível argumentar que é antiético conservar
deliberadamente sociedades "menos desenvolvidos", pois isso irá negar às
pessoas dentro dessas sociedades os benefícios de avanços tecnológicos e
médicos desfrutado por aqueles no mundo "desenvolvido".

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251
 Finalmente, há muitas pessoas, especialmente aquelas com fortes convicções
religiosas, que afirmam que é do interesse dos indivíduos e da humanidade como
um todo, que todos respeitem o único modelo de sociedade que eles considerem
correto. Por exemplo, organizações missionárias evangelistas fundamentalistas
como a Missão Novas Tribos do Brasil trabalham ativamente para reduzir a
diversidade cultural, procurando remotas sociedades tribais, convertendo-as à sua
própria fé, e induzindo-as a remodelação de sua sociedade de acordo com os seus
princípios.

Existem várias organizações internacionais que trabalham para proteger sociedades e


culturas, incluindo a Survival International e a UNESCO. A Declaração Universal da
UNESCO sobre a Diversidade Cultural, aprovada por 185 Estados-Membros em 2001,
representa o primeiro instrumento de definição de padrão internacional destinado a
preservar e promover a diversidade cultural e o diálogo intercultural.

Atividades
1. O que é diversidade cultural?
2. Como surgiu?
3. Interessa às sociedades e às pessoas que desapareça?

TEXTO 3 – A DIVERSIDADE CULTURAL NO BRASIL

A diversidade cultural refere-se aos diferentes costumes de uma sociedade, entre os


quais podemos citar: vestimenta, culinária, manifestações religio-
sas, tradições, entre outros aspectos. O Brasil, por conter um ex-
tenso território, apresenta diferenças climáticas, econômicas, soci-
ais e culturais entre as suas regiões.
Os principais disseminadores da cultura brasileira são os co-
lonizadores europeus, a população indígena e os escravos africa-
nos. Posteriormente, os imigrantes italianos, japoneses, alemães,
poloneses, árabes, entre outros, contribuíram para a pluralidade
cultural do Brasil.
Nesse contexto, alguns aspectos culturais das regiões brasileiras serão apresentados.

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252
Região Nordeste
Entre as manifestações culturais da região estão danças e
festas como o bumba meu boi, maracatu, caboclinhos, carnaval,
ciranda, coco, terno de zabumba, marujada, reisado, frevo, cava-
lhada e capoeira. Algumas manifestações religiosas são a festa
de Iemanjá e a lavagem das escadarias do Bonfim. A literatura
de Cordel é outro elemento forte da cultura nordestina. O artesa-
nato é representado pelos trabalhos de rendas. Os pratos típicos
são: carne de sol, peixes, frutos do mar, buchada de bode, sara-
patel, acarajé, vatapá, cururu, feijão-verde, canjica, arroz-doce,
bolo de fubá cozido, bolo de massa de mandioca, broa de milho
verde, pamonha, cocada, tapioca, pé de moleque, entre tantos
outros.

Região Norte
A quantidade de eventos culturais do Norte é imensa. As
duas maiores festas populares do Norte são o Círio de
Nazaré, em Belém (PA); e o Festival de Parintins, a mais
conhecida festa do boi-bumbá do país, que ocorre em ju-
nho, no Amazonas. Outros elementos culturais da região
Norte são: o carimbó, o congo ou congada, a folia de reis
e a festa do divino.
A influência indígena é fortíssima na culinária do Norte, baseada na mandioca e
em peixes. Outros alimentos típicos do povo nortista são: carne de sol, tucupi (caldo da
mandioca cozida), tacacá (espécie de sopa quente feita com tucupi), jambu (um tipo de
erva), camarão seco e pimenta-de-cheiro.

Região Centro-Oeste
A cultura do Centro-Oeste brasileiro é bem diversificada,
recebendo contribuições principalmente dos indígenas, paulistas,
mineiros, gaúchos, bolivianos e paraguaios. São manifestações
culturais típicas da região: a cavalhada e o fogaréu, no estado de
Goiás; e o cururu, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A culi-
nária regional é composta por arroz com pequi, sopa paraguaia,
arroz carreteiro, arroz boliviano, maria-isabel, empadão goiano,
pamonha, angu, curau, os peixes do Pantanal - como o pintado, pacu, dourado, entre ou-
tros.

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253
Região Sudeste
Os principais elementos da cultura regional são: festa
do divino, festejos da páscoa e dos santos padroeiros, conga-
da, cavalhadas, bumba meu boi, carnaval, peão de boiadeiro,
dança de velhos, batuque, samba de lenço, festa de Iemanjá,
folia de reis, caiapó.
A culinária do Sudeste é bem diversificada e apresen-
ta forte influência do índio, do escravo e dos diversos imigrantes europeus e asiáticos.
Entre os pratos típicos se destacam a moqueca capixaba, pão de queijo, feijão-tropeiro,
carne de porco, feijoada, aipim frito, bolinho de bacalhau, picadinho, virado à paulista,
cuscuz paulista, farofa, pizza, etc.

Região Sul
O Sul apresenta aspectos culturais dos imigrantes portugueses,
espanhóis e, principalmente, alemães e italianos. As festas típi-
cas são: a Festa da Uva (italiana) e a Oktoberfest (alemã). Tam-
bém integram a cultura sulista: o fandango de influência portu-
guesa, a tirana e o anuo de origem espanhola, a festa de Nossa
Senhora dos Navegantes, a congada, o boi-de-mamão, a dança
de fitas, boi na vara. Na culinária estão presentes: churrasco,
chimarrão, camarão, pirão de peixe, marreco assado, barreado
(cozido de carne em uma panela de barro), vinho.

Fontes: http://www.youtube.com/watch?v=x0diuzQd770

http://pt.wikipedia.org/wiki/Diversidade_cultural

http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/diversidade-cultural-no-brasil.htm

acesso em 24/10/12

Atividades
- Em que e de que forma essa diversidade cultural afeta a economia das diversas regiões
do país?
- Em termos internacionais, quais são as implicações da diversidade cultural brasileira?
- E você, seus antepassados, são oriundos de que povos

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TEXTO 4 – DECLARAÇÃO UNIVERSAL

A Conferência Geral,
Reafirmando seu compromisso com a plena realização dos direitos humanos e das
liberdades fundamentais proclamadas na Declaração Universal dos Direitos Humanos e
em outros instrumentos universalmente reconhecidos, [...]
Recordando que o Preâmbulo da Constituição da UNESCO afirma “(...) que a ampla
difusão da cultura e da educação da humanidade para a justiça, a liberdade e a paz são in-
dispensáveis para a dignidade do homem e constituem um dever sagrado que todas as na-
ções devem cumprir com um espírito de responsabilidade e de ajuda mútua”,
Recordando [...] que cabe à UNESCO, entre outros objetivos, o de recomendar “os
acordos internacionais que se façam necessários para facilitar a livre circulação das idéias
por meio da palavra e da imagem”, [...]
Reafirmando que a cultura deve ser considerada como o conjunto dos traços distinti-
vos espirituais e materiais, intelectuais e afetivos que caracterizam uma sociedade ou um
grupo social e que abrange, além das artes e das letras, os modos de vida, as maneiras de
viver juntos, os sistemas de valores, as tradições e as crenças,
Constatando que a cultura se encontra no centro dos debates contemporâneos sobre a
identidade, a coesão social e o desenvolvimento de uma economia fundada no saber,
Afirmando que o respeito à diversidade das culturas, à tolerância, ao diálogo e à coo-
peração, em um clima de confiança e de entendimento mútuos, estão entre as melhores
garantias da paz e da segurança internacionais,
Aspirando a uma maior solidariedade fundada no reconhecimento da diversidade cultural,
na consciência da unidade do gênero humano e no desenvolvimento dos intercâmbios cul-
turais,
Considerando que o processo de globalização, facilitado pela rápida evolução das
novas tecnologias da informação e da comunicação, apesar de constituir um desafio para a
diversidade cultural, cria condições de um diálogo renovado entre as culturas e as civiliza-
ções,
Consciente do mandato específico confiado à UNESCO, no seio do sistema das Na-
ções Unidas, de assegurar a preservação e a promoção da fecunda diversidade das cultu-
ras,
Proclama os seguintes princípios e adota a presente Declaração: [...]

http://unesdoc.unesco.org/images/0012/001271/127160por.pdf, acesso em 23/10/12

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255
Atividades
-- Em que bases/ princípios a UNESCO se manifesta em relação à diversidade
cultural? Qual é o papel da UNESCO a respeito desse tema?

TEXTO 5 – DIVERSIDADE CULTURAL NO BRASIL


- OS INDÍGENAS E OS AFRODESCENDENTES

O Brasil tem uma notável diversidade criativa. Diversidade cultural pode ter um pa-
pel central no desenvolvimento de projetos culturais no país, especialmente com ênfase
nos indígenas e afrodescendentes.
Áreas como o artesanato tradicional, pequenas manufaturas,
moda e design são áreas estratégicas para o país, em vista de sua po-
tencialidade em termos da melhoria das condições de vida das popula-
ções mais pobres. Elas podem trazer empoderamento individual e con-
tribuir com a redução da pobreza.
Ao tentar enfrentar seu problema mais urgente – a desigualdade
social – o país vem descobrindo a forte influência da cultura para a configuração dessa rea-
lidade, bem como seu potencial de transformação social do cenário atual.
Falta ainda uma abordagem cultural mais profunda com relação aos povos indígenas
e aos afrodescendentes. Estes dois grupos de minoria apresentam os piores indicadores so-
ciais do país, mas que apenas nos últimos anos passaram a ser alvo de políticas sociais es-
pecíficas.
 É preciso que mais seja feito para preservar:
 tradições indígenas,
 línguas indígenas ameaçadas de desaparecimento,
 conhecimento tradicional indígena sobre a natureza
 terras indígenas ameaçadas pela expansão da fronteira agrícola e infra-
estrutura,
 afirmação dos direitos dos povos indígenas,
 influência da cultura africana na cultura e história do Brasil.

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256
Freqüentemente, o Escritório da UNESCO no Brasil é procurado para tratar de assuntos
referentes à diversidade cultural, como o desequilíbrio entre países que produzem e conso-
mem produtos culturais, também em relação aos direitos humanos e aos direitos das mino-
rias, e como forma de combater a discriminação que está na origem da desigualdade.
A UNESCO trabalha na elaboração conceitos, metas e políticas em favor da diversida-
de cultural, com ênfase no pluralismo e no diálogo entre as culturas e os diversos credos e
nas políticas de desenvolvimento.
http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/culture/cultural-diversity/ acesso em 23/10/12

Atividades
-- No Brasil, quais são as preocupações maiores a respeito da diversidade cultural?

TEXTO 6 – A BARBÁRIE DISFARÇADA DE PROGRESSO


Nesta semana ocorreu mais um massacre de índios ianomâmis por garimpeiros bra-
sileiros na Venezuela. Outra tragédia soma-se aos assassinatos constantes de índios.
Se o Brasil do poder e do dinheiro fosse apenas indiferente ao destino dos po-
vos indígenas, já seria indício de uma patologia. Mas criar leis que limitam a demarcação
de suas terras e ameaçam as já demarcadas, liberar as obras de Belo Monte sem ouvir as
comunidades locais e deixar impunes os que matam os índios e invadem suas terras de-
monstra mais que insensibilidade, gozo na destruição.
A fronteira extrativista promoveu massacres. Uma segunda expansão, iniciada
na ditadura militar, devastou territórios dos índios e dos extrativistas remanescentes da
fase anterior. Agora, a expansão desenvolvimentista reedita o extermínio.
A barbárie disfarçada de progresso junta extrativistas, quilombolas, pequenos
agricultores e comunidades pobres na mesma tragédia dos deserdados da civilização. [...]
http://www.ecolnews.com.br/Todos_os_canticos_Artigo_de_Marina_Silva.htm, em 31/08/12

Atividades
- Se você (s) fossem os responsáveis pela questão de demarcação de terras e
complementos, qual seria a diretriz?

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257
TEXTO 7 - DECRETEM NOSSA EXTINÇÃO E NOS ENTERREM AQUI

A declaração de morte coletiva feita por um grupo de Guaranis Caiovás de-


monstra a incompetência do Estado brasileiro para cumprir a Constituição de 1988
e mostra que somos todos cúmplices de genocídio – uma parte de nós por ação,
outra por omissão.

ELIANE BRUM

- Pedimos ao Governo e à Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/


expulsão, mas decretar nossa morte coletiva e enterrar nós todos aqui. Pedimos, de uma
vez por todas, para decretar nossa extinção/dizimação total, além de enviar vários trato-
res para cavar um grande buraco para jogar e enterrar nossos corpos. Este é o nosso pe-
dido aos juízes federais.

O trecho pertence à carta de um grupo de 170 indígenas que vivem à beira do rio
Hovy, no município de Iguatemi, no Mato Grosso do Sul, cercados por pistoleiros. As pa-
lavras foram ditadas em 8 de outubro ao conselho Aty Guasu (assembléia dos Guaranis
Caiovás), após receberem a notícia de que a Justiça Federal decretou sua expulsão da ter-
ra. São 50 homens, 50 mulheres e 70 crianças. Decidiram ficar. E morrer como ato de re-
sistência – morrer com tudo o que são, na terra que lhes pertence. [...]
Desde o início do século XX, com mais afinco a partir do Estado Novo (1937-45)
de Getúlio Vargas, iniciou-se a ocupação da terra dos Guaranis Caiovás pelos brancos. Os
indígenas, que sempre viveram lá, começaram a ser confinados em reservas pelo governo
federal, para liberar suas terras para os colonos que chegavam, no que se chamou de “A
Grande Marcha para o Oeste”. A visão era a mesma que até hoje persiste no senso co-
mum: “terra desocupada” ou “não há ninguém lá, só índio”.
Era de gente que se tratava, mas o que se fez na época foi confiná-los como gado,
num espaço de terra pequeno demais para que pudessem viver ao seu modo – ou, na pala-
vra que é deles, Teko Porã (o Bem Viver). Com a chegada dos colonos, os indígenas pas-
saram a ter três destinos: ou as reservas ou trabalhar nas fazendas como mão de obra se-
miescrava ou se aprofundar na mata. Quem se rebelou foi massacrado. Para os Guaranis
Caiovás, a terra a qual pertencem é a terra onde estão sepultados seus antepassados. Para
eles, a terra não é uma mercadoria – a terra é.
Na ditadura militar, nos anos 60 e 70, a colonização do Mato Grosso do Sul se in-
tensificou. Um grande número de sulistas, gaúchos mais do que todos, migrou para o ter-
ritório para ocupar a terra dos índios. Outros despacharam peões e pistoleiros, adminis-
trando a matança de longe, bem acomodados em suas cidades de origem, onde viviam – e
vivem até hoje – como “cidadãos de bem”, fingindo que não têm sangue nas mãos.

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258
Com a redemocratização do país, a Constituição de 1988 representou uma mudan-
ça de olhar e uma esperança de justiça. Os territórios indígenas deveriam ser demarca-
dos pelo Estado no prazo de cinco anos. Não o foram. O processo de identificação, decla-
ração, demarcação e homologação das terras indígenas tem sido lento, sensível a pres-
sões dos grandes proprietários de terras e da parcela retrógrada do agronegócio. E, mes-
mo naquelas terras que já estão homologadas, em muitas o governo federal não comple-
tou a desintrusão – a retirada daqueles que ocupam a terra, como posseiros e fazendei-
ros -, aprofundando os conflitos.
Nestas últimas décadas testemunhamos o genocídio dos Guaranis Caiovás. Em ge-
ral, a situação dos indígenas brasileiros é vergonhosa. A dos 43 mil Guaranis Caiovás, o
segundo grupo mais numeroso do país, é considerada a pior de todas. Confinados em re-
servas como a de Dourados, onde cerca de 14 mil, divididos em 43 grupos familiares,
ocupam 3,5 mil hectares, eles encontram-se numa situação de colapso. Sem poder viver
segundo a sua cultura, totalmente encurralados, imersos numa natureza degradada, cor-
roídos pelo alcoolismo dos adultos e pela subnutrição das crianças, os índices de homicí-
dio da reserva são maiores do que em zonas em estado de guerra. [...]. Comparado à mé-
dia brasileira, o índice de homicídios da Reserva de Dourados é 495% maior.[...]
A cada seis dias, um jovem Guarani Caiová se suicida. Desde 1980, cerca de 1500
tiraram a própria vida. A maioria deles enforcou-se num pé de árvore. Entre as várias
causas elencadas pelos pesquisadores está o fato de que, neste período da vida, os jo-
vens precisam formar sua família e as perspectivas de futuro são ou trabalhar na cana de
açúcar ou virar mendigos. O futuro, portanto, é um não ser aquilo que se é. Algo que, tal-
vez para muitos deles, seja pior do que a morte. [...]

Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/eliane-brum/noticia/2012/10/decretem-nossa-extincao-e-nos-
enterrem-aqui.html, em 24/10/12

Atividades
-- Redija uma resposta telegráfica para os guaranis caiovás, em resposta à carta que envi-
aram ao Governo e à Justiça Federal.
-- No Brasil, como as diferenças culturais têm sido tratadas, em relação aos indígenas? E
aos afrodescendentes? E a outras culturas?
-- A que se podem atribuir essas diferenças de tratamento?
-- Onde, quando e como vai terminar essa barbárie?

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259
Disciplina – RESPONSABILIDADE SOCIAL
Estado da questão
"Alcançar o verdadeiro desenvolvimento sustentável exige mais do que investi-
mentos verdes e tecnologias de baixo teor de carbono. Além das dimensões econômicas
e ecológicas, as dimensões sociais e humanas são fatores centrais para o sucesso. Em
última análise, devemos concentrar nossos esforços na construção de sociedades ver-
des."
Irina Bokova, diretora-geral, UNESCO. RIO + 20

Se eu cumpro meus deveres de cidadão, estudo, trabalho, ajudo minha família,


cuido das minhas coisas – já estou fazendo a minha parte.
 É minha responsabilidade cuidar do planeta?
 - Não são os representantes públicos de devem ser os responsáveis?

Objetivos do módulo
Os aprendizes serão capazes de envolver-se de modo responsável na questão da
responsabilidade social e de assumir compromissos em relação à sustentabilidade, quer
em família, como cidadão ou como empregado.

Texto 1 - O significado de responsabilidade social

Responsabilidade social é quando as empresas decidem, volun-


tariamente, contribuir para uma sociedade mais justa e para um ambi- ente
mais limpo. O conceito de responsabilidade social pode ser compreen- dido
em dois níveis: o nível interno relaciona-se com os trabalhadores e, a to-
das as partes afetadas pela empresa e que, podem influenciar no alcan- ce de
seus resultados. O nível externo são as conseqüências das ações de uma
organização sobre o meio ambiente, os seus parceiros de negócio e o meio em que estão
inseridos.
Existem diversos fatores que originaram o conceito de responsabilidade social, em
um contexto da globalização e das mudanças nas indústrias, surgiram novas preocupa-
ções e expectativas dos cidadãos, dos consumidores,das autoridades públicas e dos in-
vestidores em relação às organizações.
Os indivíduos e as instituições, como consumidores e investidores, começaram a
condenar os danos causados ao ambiente pelas atividades econômicas e também a pres-
sionar as empresas para a observância de requisitos ambientais e exigindo de entidades
reguladoras, legislativas e governamentais a produção de quadros legais apropriados e a
vigilância da sua aplicação.

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260
Os primeiros estudos que tratam da responsabilidade social tiveram início nos Esta-
dos Unidos, na década de 50, e na Europa, nos anos 60. As primeiras manifestações sobre
este tema surgiram em1906, porém essas não receberam apoio, pois foram consideradas
de cunho socialista, e foi somente em 1953, nos Estados Unidos, que o tema recebeu aten-
ção e ganhou espaço. Na década de 70, começaram a surgir associações de profissionais
interessados em estudar o tema, e somente a partir daí que a responsabilidade social dei-
xou de ser uma simples curiosidade e se transformou em um novo campo de estudo.
Existe também a responsabilidade social corporativa, que é o conjunto de ações que
beneficiam a sociedade e as corporações que são tomadas pelas empresas, levando em
consideração a economia, educação, meio-ambiente, saúde, transporte, moradia, ativida-
des locais e governo.
Geralmente, as organizações criam programas sociais, o que acaba gerando benefí-
cios mútuos entre a empresa e a comunidade, melhorando a qualidade de vida dos funcio-
nários, e da própria população. Responsabilidade Social Empresarial está muito relaciona-
da a uma gestão ética e transparente que a organização deve ter com suas partes interessa-
das, para minimizar seus impactos negativos no meio ambiente e na comunidade.
Fonte: http://www.significados.com.br/responsabilidade-social/ - acesso em 13/11/12

Texto 2 - REPONSABILIDADE SOCIAL: OS CONCEITOS!

Várias foram os conceitos que, no decorrer do tempo, atribuiu-se a expressão Res-


ponsabilidade Social refere-se a diversos conceitos. Essa pluralidade de conceitos levou a
uma distorção por alguns grupos de interesse. Outro problema gerado é a dúvida Com re-
lação a quem, exatamente, a empresa tem responsabilidades sociais?
A sociedade, como um todo, é formada por muitos grupos, cada qual com interes-
ses particulares, muitas vezes conflitantes entre si. De que forma a empresa pode atender
verdadeiramente ao interesse público, sem que perca sua característica de unidade econô-
mica? Estas questões são levantadas toda vez que se procura entender a empresa como
organização socialmente responsável.
A título de ilustrar a multiplicidade de interpretações do conceito de responsabili-
dade social, citemos o pensamento de Thomas Zenisek: Para uns é tomada como uma
responsabilidade legal ou obrigação social; para outros, é o comportamento socialmente
responsável em que se observa a ética, e para outros, ainda, não passa de contribuições
de caridade que a empresa deve fazer. Há também, os que admitam que a responsabili-
dade social seja, exclusivamente, a responsabilidade de pagar bem aos empregados e
dar-lhes bom tratamento. Logicamente, responsabilidade social das empresas é tudo is-
to, muito embora não sejam, somente, estes itens isoladamente”.
Fonte: http://www.rp-bahia.com.br/revista/a_iniciativa_privada_no_contexto_social3.pdf - acesso em 13/11/12

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Texto 3 – Responsabilidade social

Segundo o Livro Verde da Comissão Européia (2001), a responsabilidade social é


um conceito segundo o qual, as empresas decidem, numa base voluntária, contribuir para
uma sociedade mais justa e para um ambiente mais limpo.
Com base nesse pressuposto, a gestão das empresas não pode, e/
ou não deve, ser norteada apenas para o cumprimento de interesses dos
proprietários das mesmas, mas também pelos de outros detentores de
interesses como, por exemplo, os trabalhadores, as comunidades locais,
os clientes, os fornecedores, as autoridades públicas, os concorrentes e
a sociedade em geral.
Afirma Carlos Cabral-Cardoso (2002) que o conceito de responsabilidade social de-
ve ser entendido em dois níveis. O nível interno relaciona-se com os trabalhadores e, mais
genericamente, a todas as partes interessadas afetadas pela empresa e que, por seu turno,
podem influenciar no alcance de seus resultados. O nível externo tem em conta as conse-
qüências das ações de uma organização sobre os seus componentes externos, nomeada-
mente, o ambiente, os seus parceiros de negócio e meio envolvente.
Fatores que originaram o conceito a RSE São diversos os fatores que deram origem
à necessidade de se observar uma responsabilidade acrescida das organizações. Num con-
texto da globalização e de mutação industrial em larga escala, emergiram novas preocupa-
ções e expectativas dos cidadãos, dos consumidores, das autoridades públicas e dos investi-
dores.
Os indivíduos e as instituições, como consumidores e/ou como investidores, adotam,
progressivamente critérios sociais nas suas decisões (ex: os consumidores recorrem aos ró-
tulos sociais e ecológicos para tomarem decisões de compra de produtos).
Os danos causados ao ambiente pelas atividades econômicas, (ex: marés negras, fu-
gas radioativas) têm gerado preocupações crescentes entre os cidadãos e diversas entidades
coletivas, pressionando as empresas para a observância de requisitos ambientais e exigindo
a entidades reguladoras, legislativas e governamentais a produção de quadros legais apro-
priados e a vigilância da sua aplicação.
Os meios de comunicação social e as modernas tecnologias da informação e da co-
municação têm sujeitado a atividade empresarial e econômica a uma maior transparência.
Daqui tem resultado um conhecimento mais rápido e mais profundo das ações empresariais
– tanto as socialmente irresponsáveis (nefastas) como as que representam bons exemplos (e
que, por isso, são passíveis de imitação) – com consequências notáveis na reputação e na
imagem das empresas.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Responsabilidade_social - acesso em 13/11/12

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262
Texto 4 - A ONU e o meio ambiente

Pode-se dizer que o movimento ambiental começou séculos atrás, como uma res-
posta à industrialização. No século XIX, os poetas românticos britânicos exaltaram as be-
lezas da natureza, e o escritor americano Thoreau pregava o retorno da vida simples, re-
grada pelos valores implícitos na natureza.
Após a Segunda Guerra Mundial, a era nuclear fez surgir temores de um novo tipo
de poluição por radiação. O movimento ambientalista ganhou novo impulso em 1962
com a publicação do livro de Rachel Carson, “A Primavera Silenciosa”, que fez um alerta
sobre o uso agrícola de pesticidas químicos sintéticos. Cientista e escritora, Carson desta-
cou a necessidade de respeitar o ecossistema em que vivemos para proteger a saúde hu-
mana e o meio ambiente.
Em 1969, a primeira foto da Terra vista do espaço tocou o coração da humanidade
com a sua beleza e simplicidade. Ver pela primeira vez este “grande mar azul” em uma
imensa galáxia chamou a atenção de muitos para o fato de que vivemos em uma única
Terra – um ecossistema frágil e interdependente. E a responsabilidade de proteger a saúde
e o bem-estar desse ecossistema começou a surgir na consciência coletiva do mundo.
Com o fim da tumultuada década de 1960, seus mais altos ideais e visões começa-
ram ser colocados em prática. Entre estes estava a visão ambiental – agora, literalmente,
um fenômeno global. Enquanto a preocupação universal sobre o uso saudável e sustentá-
vel do planeta e de seus recursos continuou a crescer, em 1972 a ONU convocou a Confe-
rência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, em Estocolmo (Suécia).
O evento foi um marco e sua Declaração final contém 19 princípios que represen-
tam um Manifesto Ambiental para nossos tempos. Ao abordar a necessidade de “inspirar e
guiar os povos do mundo para a preservação e a melhoria do ambiente humano”, o Mani-
festo estabeleceu as bases para a nova agenda ambiental do Sistema das Nações Unidas.
Chegamos a um ponto na História em que devemos moldar nossas ações em todo
o mundo, com maior atenção para as consequências ambientais. Através da ignorância
ou da indiferença podemos causar danos maciços e irreversíveis ao meio ambiente, do
qual nossa vida e bem-estar dependem. Por outro lado, através do maior conhecimento
e de ações mais sábias, podemos conquistar uma vida melhor para nós e para a posteri-
dade, com um meio ambiente em sintonia com as necessidades e esperanças humanas…
Defender e melhorar o meio ambiente para as atuais e futuras gerações se tornou
uma meta fundamental para a humanidade.
Trechos da Declaração da Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente. Estocolmo, 1972.
Fonte: http://www.onu.org.br/a-onu-em-acao/a-onu-e-o-meio-ambiente/ - acesso em 14/11/12

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263
Datas comemorativas relacionadas ao meio ambiente:
 Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável
(2005-2014)
 Década Internacional,“Água para a Vida”, que começou em 2005
 Ano Internacional das Fibras Naturais, em 2009
 Ano Internacional da Biodiversidade, em 2010
 Ano Internacional das Florestas, em 2011
 Dia Mundial da Água (22 de março)
 Dia Internacional para a Diversidade Biológica (22 de maio)
 Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho)
 Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca (17 de junho)
 Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio (16 de setembro),
 Dia Internacional para a Prevenção da Exploração do Meio Ambiente em Tempos
de Guerra e Conflito Armado (6 de novembro)
 Dia Internacional das Montanhas (11 de dezembro)
Ecologia é a ciência que estuda a estrutura e funcionamento da natureza, conside-
rando-se que a humanidade é parte dela.
Fonte: http://www.onu.org.br/a-onu-em-acao/a-onu-e-o-meio-ambiente/ - acesso em 14/11/12

Atividades
- Qual dessas datas você gostaria de apadrinhar e divulgar entre seus pares, porque jul-
ga importante?
- Qual data especial você criaria? Para proteger qual parte do ecossistema?
- Assinale quais dos itens a seguir estão incluídos nas preocupações relacionadas ao
ecossistema e, portanto, na responsabilidade social: lixo eletrônico, chuva ácida
(produzida pela poluição do ar), efeito estufa, cadeia alimentar, extinção de espécies
animais e vegetais, poluição do solo, da água, do ar, reciclagem, aquecimento global,
trabalho voluntário, economia de materiais e de energia, ...
- Complete a lista anterior.
- Ter poucos filhos é uma contribuição à sociedade?

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264
Texto 5 – Desenvolvimento sustentável
Você pensou no que significa a palavra "progresso"? Pois então pense: estradas,
indústrias, usinas, cidades, máquinas e muitas outras coisas que ainda estão por vir e que
não conseguimos nem ao menos imaginar. Algumas partes desse processo todo são muito
boas, pois melhoram a qualidade de vida dos seres humanos de uma forma ou de outra,
como no transporte, comunicação, saúde, etc. Mas agora pense só: será que tudo isso de
bom não tem nenhum preço? Será que para ter toda essa facilidade de vida nós, humanos,
não pagamos nada?
Você já ouviu alguém dizer que para tudo na vida existe um preço? Pois
é, nesse caso não é diferente. O progresso, da forma como vem sendo
feito, tem acabado com o ambiente ou, em outras palavras, destruído o
planeta Terra e a Natureza. Um estudioso do assunto disse uma vez que é
mais difícil o mundo acabar devido a uma guerra nuclear ou a uma inva-
são extraterrestre (ou uma outra catástrofe qualquer) do que acabar pela destruição que
nós, humanos, estamos provocando em nosso planeta. Você acha que isso tudo é um exa-
gero? Então vamos trocar algumas idéias.
E o Desenvolvimento Sustentável?
O atual modelo de crescimento econômico gerou enormes desequilíbrios; se, por
um lado, nunca houve tanta riqueza e fartura no mundo, por outro lado, a miséria, a de-
gradação ambiental e a poluição aumentam dia-a-dia. Diante desta constatação, surge a
idéia do Desenvolvimento Sustentável (DS), buscando conciliar o desenvolvimento eco-
nômico com a preservação ambiental e, ainda, ao fim da pobreza no mundo.
As pessoas que trabalharam na Agenda 21 escreveram a seguinte frase: A humani-
dade de hoje tem a habilidade de desenvolver-se de uma forma sustentável, entretanto é
preciso garantir as necessidades do presente sem comprometer as habilidades das futu-
ras gerações em encontrar suas próprias necessidades. Ficou confuso com tudo isso?
Então calma, vamos por partes. Essa frase toda pode ser resumida em poucas e simples
palavras: desenvolver em harmonia com as limitações ecológicas do planeta, ou seja, sem
destruir o ambiente, para que as gerações futuras tenham a chance de existir e viver bem,
de acordo com as suas necessidades (melhoria da qualidade de vida e das condições de
sobrevivência). Será que dá para fazer isso? Será que é possível conciliar tanto progresso
e tecnologia com um ambiente saudável?
Acredita-se que isso tudo seja possível, e é exatamente o que propõem os estudio-
sos em Desenvolvimento Sustentável (DS), que pode ser definido como: equilíbrio entre
tecnologia e ambiente, relevando-se os diversos grupos sociais de uma nação e também
dos diferentes países na busca da equidade e justiça social.

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265
Para alcançarmos o DS, a proteção do ambiente tem que ser entendida como parte
integrante do processo de desenvolvimento (não apenas crescimento), o que significa que
inclui a preocupação com a geração de riquezas sim, mas tem o objetivo de distribuí-las,
de melhorar a qualidade de vida de toda a população, levando em consideração, portanto, a
qualidade ambiental do planeta.
O DS tem seis aspectos prioritários que devem ser entendidos como metas:
 A satisfação das necessidades básicas da população (educação, alimentação, saú-
de, lazer, etc);
 A solidariedade para com as gerações futuras (preservar o ambiente de modo que
elas tenham chance de viver);
 A participação da população envolvida (todos devem se conscientizar da necessi-
dade de conservar o ambiente e fazer cada um a parte que lhe cabe para tal);
 A preservação dos recursos naturais (água, oxigênio, etc);
 A elaboração de um sistema social garantindo emprego, segurança social e respei-
to a outras culturas (erradicação da miséria, do preconceito e do massacre de po-
pulações oprimidas, como por exemplo os índios);
 A efetivação dos programas educativos.
Na tentativa de chegar ao DS, sabemos que a Educação Ambiental é parte vital e indis-
pensável, pois é a maneira mais direta e funcional de se atingir pelo menos uma de suas
metas: a participação da população.

Texto: Marina Ceccato Mendes

Fonte: http://educar.sc.usp.br/biologia/textos/m_a_txt2.html - acesso em 14/11/1

Atividades
Em folha devidamente identificada por título, data, local e autoria, redija uma reda-
ção curta a respeito do tema seguinte:
- Qual seria meu papel ao participar de uma sociedade verde? Ou
- O que posso fazer pelo meio ambiente e sociedade?

Conclusões:
Com o recurso do desenvolvimento tecnológico, conseguimos, conforto, riqueza,
abundância. Mas nem todas as pessoas têm acesso a isso. E estamos desfalcando, agre-
dindo de tal forma o meio ambiente que estamos colocando em risco a possibilidade de
que as futuras gerações possam, também atender às necessidades delas. Isso não é cor-
reto, nem justo. Importa cada um cumprir o seu papel nesse desequilíbrio que provoca-
mos ou deixamos acontecer de modo a reverter essa situação. É o que chamamos de res-
ponsabilidade social.

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266
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267
Disciplina - COMUNICAÇÃO ASSERTIVA

Estado da questão

- Oque é comunicação?
- Qual a importância da comunicação na vida atual?
- Qual é o papel da comunicação nas organizações, no trabalho?
- O que é comunicação assertiva?
- Você é assertivo, passivo ou agressivo nos seus relacionamentos?
- Por quê importa ser assertivo na vida e no trabalho?
- Quais as vantagens de ser assertivo?
- Como aprendo a ser assertivo?

Objetivo:
Trabalhar a comunicação assertiva como
uma ferramenta de apoio ao desenvolvimento da
postura profissional dos jovens, de forma a possi-
bilitar um maior aproveitamento dos conteúdos e
das experiências durante e após o programa de
aprendizagem.

TEXTO 1: O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO

Comunicação é o ato de comunicar, de dividir, de conversar.


Comunicação é o processo de troca de mensagens entre duas ou mais pes-
soas ou entre dois sistemas diferentes. Implica dois pólos: um emissor (ou
transmissor ou fonte) e um receptor (ou destinatário, ou público), em processo
que ocorre através de um meio, chamado canal. Este pode ser natural, como o
aparelho fonador, ou industrialmente concebido, como imprensa, rádio, televi-
são, etc.
Enciclopédia Mirador, vol. 6, verbete Comunicação. SP: Melhoramentos, 1993

Qual é a importância da comunicação para nós? Importa para expressarmos


nossas idéias, opiniões, emoções, dúvidas, incertezas, soluções e nossa própria
história. O mundo não seria o mesmo sem comunicação.

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268
O que é comunicação? É uma das capacidades humanas mais fundamentais. Desde a pré-
história o homem busca meios para se comunicar. Apesar disso, ainda hoje, a maioria das
pessoas não sabe se comunicar. Muitas pessoas deixam de se comunicar por medo, insegu-
rança, timidez. Outras, por postura autoritária, apenas informam. Informar é diferente de
comunicar. Comunicar é tornar algo comum, fazer-se entender e provocar reações no re-
ceptor. Por isso comunicar pressupõe interação e saber ouvir.

O processo de comunicação pode ser descrito pelo modelo proposto por Shannon-
Weaver. Os elementos desse esquema são:
 o emissor – que é o sujeito que produz e tem a intenção de transmitir uma mensa-
gem
 a mensagem – que é o que o emissor quer transmitir
 o receptor – que é qualquer sujeito capaz de receber e de interpretar essa mensa-
gem.
Além disso temos alguns processos relacionados a esses elementos:
 a codificação – que envolve a tradução da mensagem em um código conhecido
 a decodificação – que envolve a interpretação do código usado na mensagem
 o meio – ou canal – é por onde circula a mensagem
 o ruído – refere-se a possíveis interferências que podem diferenciar a mensagem
enviada da recebida. É ruído qualquer fonte de erro, distúrbio ou deformidade da
fidelidade da decodificação da mensagem, seja sonora, visual ou escrita.
Feedback – que é a resposta dada pelo receptor a partir da mensagem decodificada por
ele.
Na prática, temos um sujeito emissor, que codifica uma mensagem, seleciona um
meio para transmiti-la. Ao receber a mensagem, o sujeito receptor interpreta e dá uma res-
posta ao sujeito emissor.
Tudo isso acontece num contexto que pode interferir e ser influenciado pelas
mensagens que circulam.
Ao comunicarmos, precisamos estar cientes sobre:

 Quem diz?
 Em que canal?
 Para quem?
 Diz o quê?
 Com qual efeito?
 Em que contexto?

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269
A partir disso podemos observar que o contexto social, emocional e físico podem
interferir no processo de comunicação. A mensagem precisa ser traduzida para garantir
sua decodificação o mais corretamente possível. O emissor deve estar atento ao receptor.
Agora que você conhece melhor o processo de comunicação, pode perceber como
ele pode facilitar ou complicar seu dia-a-dia.
Para encerrar, vamos compartilhar dez dicas para falar bem e ouvir melhor:
Lembre-se de que a comunicação começa em uma pessoa, mas é processada na mente
de outra pessoa.

 Defina o objetivo da comunicação.


 Antes de comunicar, qualifique suas próprias idéias.
 Seja objetivo, claro, conciso.
 Coloque-se no lugar de outra pessoa.
 Não interrompa os outros.
 Faça perguntas.
 Faça anotações.
 Preste atenção às mensagens não-verbais.

Fonte: Processo de comunicação - Ana Paula Martins


http://www.youtube.com/watch?v=_C3AmzKpJbQ&feature=related, acesso em 8/10/12

TEXTO 2 – COMUNICAÇÃO ASSERTIVA

O trabalho em equipe, o feedback


e a importância do comportamento assertivo

O trabalho em equipe é uma das formas de atividade mais comuns nas


organizações. No trabalho em equipe as pessoas precisam expor suas idéias, fa-
zer perguntas e observações, apontar problemas para que as tarefas sejam reali-
zadas da melhor maneira possível, contribuindo para o bem-estar entre as pes-
soas e o cumprimento dos objetivos.
Os comportamentos assertivos mais diretamente relacionados ao bom re-
sultado do trabalho em equipe incluem identificar erros e problemas, apontar
soluções, expressar e defender as próprias opiniões.

Numa situação de conflito o comportamento assertivo tem como objetivo


facilitar que possamos expressar exatamente o que pensamos ao outro sem ser-
mos agressivos.
.

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270
A valorização da assertividade nas organizações ganhou força no final dos anos
90. Hoje já não se admite, para reforçar nossa equipe, uma pessoa que demonstra inabi-
lidade para o convívio social, sendo agressivo ou passivo demais.
Gerentes e supervisores considerados exemplares são descritos como aqueles que
conhecem as tarefas a serem realizadas por seus colegas e subordinados e estão constan-
temente fazendo comentários detalhados a respeito dessas
tarefas com eles.
Essa prática é chamada de feedback. Fornece ao cola-
borador informações úteis ao seu desempenho. Esse tipo
de informação possibilita que o funcionário corrija seus
erros, ajustando seu comportamento no futuro.
O feedback é uma forma comum de maximizar desempenhos individuais no ambi-
ente de trabalho. Muitos dos comportamentos chamados de “assertivos” incluem formas
de descrever, especificar e corrigir o comportamento de outros colaboradores. O feed-
back é muito importante também na manutenção de comportamentos desejados na em-
presa.
Assim, ser assertivo pode ser importante quando consideramos a importância do
uso do feedback nas organizações.
Conflitos tratados com assertividade têm maiores chances de atender aos interesses
dos envolvidos. Na solução de conflitos a assertividade combinada com a cooperação
nos leva a tratar o outro com respeito, sem depreciar ou menosprezar seus interesses,
buscando o ganha-ganha e fazendo desse momento de busca um fator de crescimento
para todos.
Agindo assim, de maneira assertiva, estaremos favorecendo nossos contatos soci-
ais, conseguindo destaque positivo em nosso meio, aumentando nossas chances de cres-
cimento na carreira e na vida.

A postura assertiva é uma opção

Um aspecto importante é que NINGUÉM é sempre assertivo com todas as pes-


soas e em todas as situações. Quando muito, pode-se dizer que uma pessoa assertiva é
capaz de se comportar com assertividade com muitas pessoas e em muitas situações.
A facilidade para comportar-se de forma assertiva depende a quem esse compor-
tamento se dirige (pais, professores, amigos, namorado/a, crianças, etc.) e da situação
em que se encontra (auto-afirmação, expressão de sentimentos positivos, expressão de
sentimentos negativos, etc.).

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271
A assertividade não é uma característica inata que se tem ou não tem. A pessoa aprende, ao
longo da vida, posturas que lhe propiciam, no momento necessário, que ela tenha ou não a
capacidade de se comportar de forma assertiva. É uma competência que pode ser desenvol-
vida. Você pode aprender e desenvolver aperfeiçoando-se no relacionamento humano, nas
decisões e na arte da negociação, na gestão de conflitos.
Para sabermos se somos ou não assertivos, primeiro é necessário compreender bem o
que é assertividade.

Comportamento passivo, assertivo e agressivo

Podemos classificar nossos comportamentos como agressivos, não-assertivos ou as-


sertivos.
Comportamento agressivo: é o comportamento de se expressar de forma vigorosa,
causando forte impressão negativa, defensivamente e de forma ativa.
Como identificar?
Agressivo: é o comportamento caracterizado pela necessidade de dominar o outro.
Quando uma pessoa opta pela agressividade, ela é capaz de passar por cima do outro para
atingir seus objetivos. Sente-se superior e, por isso, menospreza, deprecia e desrespeita os
direitos do outro. É fácil identificá-lo. A pessoa mostra-se autoritária, intolerante, dona da
verdade, fala alto, interrompe o outro, tem dificuldade de ouvir e é irônica.
Comportamento passivo: evita confronto, não é espontâneo, prejudicando a expres-
são adequada de sentimentos e emoções, e a defesa dos próprios direitos.
Como identificar?

Passivo: Seu principal objetivo é não desagradar o outro. Busca a harmonia e foge
do conflito, mesmo à custa de seus próprios interesses. Tende a subestimar os seus direi-
tos e sentimentos e superestimar os dos outros. Tem dificuldade de dizer não, o que leva a
que se aproveitem dele. É comum usar expressões do tipo: "Não quero incomodar", "Não
vou tomar muito seu tempo", "O que for melhor para você é bom para mim".

Dificilmente dá opiniões e concorda facilmente com a opinião do outro. O passivo


espera que as pessoas compreendam o que ele deseja, tem discurso confuso, atitude defen-
siva, postura encolhida, inquieto. Culpa-se de tudo, odeia o assunto, evita a abordagem di-
reta, solicita aprovação, cede facilmente, gera simpatia, faz com que as pessoas se sintam
culpadas em lhe pedir as coisas, etc.

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272
Comportamento Assertivo: é característico de pessoas capazes de agir em seu pró-
prio beneficio, de se afirmarem sem ansiedade indevida, expressar sentimentos sinceros
sem constrangimento. Exerce seus próprios direitos sem negar os direitos dos outros.
Como identificar?
Assertivo: Este é o comportamento capaz de construir relações eficazes e de estabe-
lecer uma atitude negociadora em situações de conflito. A pessoa é transparente na lingua-
gem e na expressão de ideias e sentimentos. Sabe ouvir e ser empático com o outro. É
muito fácil lidar com ele porque exprime, sem constrangimento, seus sentimentos positi-
vos e negativos, ouve as críticas e negocia sem ataque pessoal. Ele diz “não” sem se sentir
culpado e, o que é importante, aceita o não do outro.
Ansioso por defender seus direitos é, ao mesmo tempo, capaz de aceitar que as outras pes-
soas também tenham os seus. Faz contato visual suficiente para dar a entender que está
sendo sincero. O tom de voz é moderado, neutro. A postura é comedida e segura. A ex-
pressão corporal é condizente com suas palavras. Ouve bastante, procura entender. Trata
as pessoas com respeito. Aceita acordos, soluções. Aceita declarar ou explicar suas inten-
ções. Vai direto ao ponto, sem ser áspero.

Quadro dos comportamentos


Comportamento passivo Comportamento agressivo Comportamento assertivo

Emissor Receptor Emissor Receptor Emissor Receptor

Fica mago- Sente culpa Valoriza-se às Fica na de- Valoriza-se Valoriza-se


ado e ansio- custas do outro fensiva
so

Fica inibido Deprecia o Expressa-se Sente-se Expressa-se Expressa-se


emissor energicamente ferido e hu-
milhado

Nega seus Tem os direi- Deprecia o ou- Tem os direi- Sente-se bem Tem os direi-
próprios tos respeita- tro tos negados consigo mesmo tos respeita-
direitos dos dos

Permitem Decide sozi- Escolhe para Evita o emis- Consegue se Consegue se


que os ou- nho os outros sor relacionar ade- relacionar
tros esco- quadamente adequada-
lham para mente
ele

Não atinge Atinge os ob- Atinge seus Não atinge o Consegue atin- Consegue
os objetivos jetivos à custa objetivos ferin- objetivo de- gir os objetivos atingir os obje-
desejados do emissor do os outros sejado desejados tivos deseja-
dos

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273
Características das pessoas assertivas

 São autoconfiantes, independentes.


 Possuem auto-estima positiva.
 Acreditam em sua capacidade de agir e de alcançar resultados que satisfaçam a
todos os envolvidos.
 Expressam suas idéias, opiniões e sentimentos sem constrangimento ou ansieda-
de.
 Têm alto grau de empatia (= procuram compreender a perspectiva do outro).
 Afirmam seus direitos sem desrespeitar os direitos dos outros. A arrogância é si-
nal de falta de assertividade.
 A assertividade nos leva a reconhecer que não construímos nada sozinhos, o que
leva ao uso do “nós”, mais que do “eu”, demonstrando maturidade e auto-
confiança.

A assertividade é comunicação entre pessoas maduras, o que não tem a ver com idade.
A maturidade é questão de escolha, resultando do auto-conhecimento e do freqüente per-
guntar-se: “Em quê posso melhorar?” Melhor do que comparar-se com os que estão à sua
volta é ousar comparar-se consigo mesmo e ser hoje melhor do que era ontem. Sempre há
o que melhorar.

Porque treinar uma postura mais assertiva?

Se você já se encontrou em algumas das situações seguintes, pode ser vantajoso treinar
uma postura mais assertiva.

 Você conhece as consequências de seus comportamentos?


 Já observou como você se relaciona com os outros?
 Você acha que as pessoas tiram vantagem de você com frequência?
 Você evita certas situações sociais por se sentir muito ansioso?
 Você deixou de fazer algo que queria muito, mas desistiu porque poderia desres-
peitar os direitos dos outros?
 Você já teve perdas significativas (emprego, namoros, dinheiro) por não conse-
guir conversar com alguém?
 Você já concordou com alguém sobre alguma coisa
pensando totalmente diferente?
 Você já combinou algo com alguém, e na hora de
realizar fez aquilo que achava mais correto, e não
aquilo que havia combinado?

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274
Como adotar uma postura mais assertiva?

A primeira mudança é interna e requer conhecer com clareza os seus direitos assim como
os direitos das outras pessoas.

Uma amostra desses direitos:


 Eu tenho o direito de ser respeitado, qualquer que seja o papel que desempenhe
ou o meu papel social;
 Eu tenho o direito de manter os meus próprios valores, desde que eles respeitem
os direitos dos outros;
 Eu tenho o direito de expressar os meus sentimentos e opiniões;
 Eu tenho o direito de expressar as minhas necessidades e de pedir o que quero;
 Eu tenho o direito de dizer não, sem me sentir culpado por isso;
 Eu tenho o direito de mudar de opinião;
 Eu tenho o direito de pensar antes de agir ou de tomar uma decisão;
 Eu tenho o direito de dizer “eu não entendi” e pedir que me esclareçam ou aju-
dem;
 Eu tenho o direito de cometer erros sem me sentir culpado;
 Eu tenho o direito de fixar os meus próprios objetivos de vida e lutar para que as
minhas expectativas sejam realizadas, desde que respeite os direitos dos outros.

Postura, técnicas e ferramentas

As pessoas que agem e se comunicam de forma assertiva geralmente seguem algumas


“regras”.

Olhar nos olhos: Olhar diretamente para a outra pessoa com a qual você está falando
é um modo eficaz de declarar que você é sincero sobre o que está dizendo, além de
mostrar que suas palavras são dirigidas a ela.

Respeitar o espaço pessoal: Mantenha uma distância que seja confortável para você e
para o outro, o que depende da situação e do grau de familiaridade.

Cuidar da postura corporal: A importância de uma mensagem é aumentada se você


olhar para a pessoa de frente para ela, em pé, se ela estiver assim, ou sentado apropria-
damente, perto dela. Mantenha a cabeça ereta, isso transmite segurança e credibilida-
de.

Cuidar dos gestos: Uma mensagem pode ser acentuada por gestos apropriados, mas
gestos muito exagerados podem parecer fora de propósito.

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275
 Controlar a expressão facial: Concordante com aquilo que está dizendo e, parti-
cularmente, com os sentimentos que está expressando. Fique atento, você já viu
alguém tentando expressar raiva enquanto sorri? Simplesmente não convence.
Uma comunicação eficaz necessita de expressões que combinem com a mensa-
gem.

 Controlar o tom, inflexão e volume da voz: Um sussurro dificilmente conven-


cerá outra pessoa de sua convicção e seriedade, da mesma forma que um grito
vai terminar com qualquer chance de comunicação que você tenha. O ideal é
uma fala em tom moderado, nem sussurrando nem aos gritos, e de uma forma co-
loquial. Será convincente sem intimidar.

 Escolher a hora certa: a expressão espontânea é normalmente seu objetivo, con-


tudo tem que haver critérios para ver se a ocasião é a mais adequada, afinal, se
você quer falar com seu cliente, isso deve ser feito com privacidade, no local
mais calmo que conseguir, não na frente de outras pessoas que podem deixá-lo
na defensiva.

IMPORTANTE! A linguagem corporal.

A comunicação é feita basicamente da linguagem falada (escrita e oral) e a corpo-


ral. Muitas pessoas não prestam atenção à própria gesticulação e à do outro. Fique atento.
Existem diversos sinais que demonstram se a conversa está agradável ou chata. Preste
atenção na reação das outras pessoas enquanto se comunica.
Cuidado com a mensagem silenciosa! Mais da metade daquilo que o receptor per-
cebe da mensagem é fornecido através do comportamento do
emissor. A linguagem corporal adequada confirma e sublinha o
que se diz, e deve estar de acordo com o conteúdo da mensagem.
A maneira que dizemos as coisas ajuda! Na busca por um padrão
de comunicação assertivo devemos tomar cuidado com a forma de
transmissão da mensagem, pois, por mais claro que o objetivo
possa estar para nós, a maneira que colocamos nossas ideias pode
dificultar ou até mesmo impedir que o interlocutor nos compreen-
da.

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276
Dicas de ouro para comunicação assertiva

Comunicar é uma atividade natural do ser humano e uma necessidade. Através da


comunicação nos relacionamos, trabalhamos, expressamos sentimentos, aprendemos e
ensinamos, enfim: vivemos. Porém, comunicar de forma assertiva é uma arte. Seguem
quatro dicas de ouro:

1. conhecimento do assunto - saiba o que vai falar, antes de sair proferindo pala-
vras e gestos. Pessoas que insistem no "eu acho" tornam-se desacreditadas em pouco
tempo. Fale sobre o que você sabe ou tem experiência, mesmo quando for uma opinião.

2. fala direta e objetiva - pessoas que falam, falam, mas não dizem nada, ou sim-
plesmente enrolam também tornam-se péssimos comunicadores. O cuidado é para não
ser agressivo. Esta é a diferença entre assertividade e agressividade. A comunicação as-
sertiva é direta ao ponto, sem rodeios, enquanto o agressivo faz julgamento de valor,
ataca, impõe suas idéias e informações.

3. linguagem correta - uma das falhas mais comuns na comunicação do dia-a-dia


é falar e escrever sem os devidos cuidados com o idioma. Na comunicação falada já é
difícil de ouvir determinados erros de linguagem, mas na comunicação escrita é pior
ainda. Cuidado.

4. uso da empatia - procure se colocar no lugar do outro. Será que a outra pessoa
está entendo o que você comunica? Será que você está tagarelando sem deixar os de-
mais também se comunicarem? Enfim, faça o exercício de pensar como seria estar do
outro lado enquanto você se comunica.

Para uma boa comunicação é preciso auto-crítica e uma boa dose de treino. Preste
atenção aos outros para aprimorar sua própria maneira de se comunicar.

Outras dicas valiosas:

 Seja claro, conciso e específico: Fale realmente o que quer dizer, de uma forma
o mais direta possível. Se necessário, dê exemplos que ilustrem aquilo a que es-
tá se referindo. Não pressuponha que a outra pessoa já sabe o que você quer,
apenas porque você sugeriu ou deu umas pistas – ela não sabe ler o seu pensa-
mento! Não se explique, justifique ou peça desculpas, falando muito para dizer
pouco – o receptor recebe uma mensagem pouco clara e pode interpretá-la mal
ou interrompê-lo antes de acabar. Se não conseguir uma resposta clara, pode re-
petir o que disse.

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277
 Use frases na primeira pessoa: Ser assertivo começa com dizer “EU” ou “NÓS” –
dizer “eu” significa que você assume a responsabilidade pelos seus pensamentos,
sentimentos e ações e que não culpa os outros.

 Mostre Empatia: Reconheça o que o receptor diz sobre a sua situação, dificuldades,
sentimentos e opiniões – ele saberá que você o esta ouvindo e prestando atenção ao
que é importante para ele, isto constrói a compreensão entre vocês dois.

 Respeite os outros: O outro, como você, tem uma opinião e sentimentos sobre as
situações. Quando critica alguém ou rejeita um pedido, mostre que isto não é um
ataque pessoal a essa pessoa. Você está se referindo a algo específico, ao comporta-
mento ou pedido em questão.

 Peça mudança de comportamento: Se alguma coisa que o outro fez não o agradar
ou se você se sentir prejudicado por ele, peça que mude o comportamento dele. Esta
técnica é usada freqüentemente quando fazemos uma crítica construtiva ou quando
lidamos com comentários destrutivos.

 Mude o seu comportamento: Depois de aceitar a crítica de alguém, você pode ad-
mitir e mudar seu comportamento, se assim o quiser realmente.
Pensamentos bloqueadores da assertividade: Conhece-te a ti mesmo!

Para agirmos com assertividade em relação a nós mesmos, ao nosso desenvolvimen-


to, é importante estarmos atentos ao nosso autoconhecimento, es-
tarmos nos questionando em quê podemos melhorar.
Leve em conta algumas coisas que você pode estar dizendo
a si próprio, e que podem estar tornando difícil você agir e falar de
forma assertiva. São exemplos do que os psicólogos chamam de
“pensamentos bloqueadores da assertividade”. Seguem exemplos
desses pensamentos.

Pensamentos sobre direitos e responsabilidades:


1. Não tenho o direito de recusar pedidos dos meus amigos.
2. Não tenho o direito de fazer pedidos às outras pessoas.
3. Não tenho o direito de discordar dos outros, particularmente das autoridades.
4. Não tenho o direito de ficar zangado, particularmente com as pessoas de quem
gosto.

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278
Pensamentos sobre a imagem que quero para mim:
 Tenho que ser amado ou, pelo menos, admirado por todos os que me rodeiam.
 Tenho que ser perfeito e nunca cometer erros.

Pensamentos sobre as consequências prováveis do meu comportamento:


 Se eu criticar alguém, coisas terríveis poderão acontecer.
Caso você tenha algum pensamento parecido com este, reflita sobre ele de forma ra-
cional. Isto pode ser feito das seguintes formas:

a) Invertendo as perspectivas das pessoas envolvidas: aquilo que vale para mim,
também vale para os outros?
b) Procurando fatos que os sustentem ou não: Que provas tenho de que isto é ver-
dade?
c) Questionando o seu valor prático: Em que é que viver de acordo com este pen-
samento me tem ajudado até aqui? Se o pensamento não sobreviver a esta aná-
lise, então, você pode descartá-lo, pois não corresponde à realidade.

Em alguns casos, contudo, a análise sugerida não chega para neutralizar estes
pensamentos, e eles continuam a surgir, bloqueando o comportamento assertivo. Neste
caso, considere a possibilidade de interromper este pensamento e agir assertivamente
como se este não existisse. Esta ação pode parecer um tiro no escuro, mas os seus resul-
tados provavelmente irão demonstrar por si só que, afinal, o pensamento não se justifi-
cava.

***

Leia o diálogo de duas jovens no qual a primeira dá


um show de comunicação agressiva:
- Você é uma tratante! Esperei no lugar e hora combinados
por mais de uma hora e você não apareceu. Eu já desconfiava da sua
irresponsabilidade. Agora, três dias depois, você aparece com essa
cara de sofredora, de vítima. O que aconteceu?
- Minha mãe morreu num acidente no dia do nosso compro-
misso.
- Desculpe!
Se a primeira tivesse feito antes a pergunta “- O que aconteceu?” tudo teria sido mais fácil.
Fontes: http://www.slideshare.net/marcelocassales/guia-da-postura-assertiva-coach-marcelo-bc-saldanha
http://www.caiofeijo.com.br/pdf/a_comunicacao_acertiva.pdf
http://gpn.pepelavandeira.com.br/a-comunicacao-assertiva-na-solucao-dos-conflitos
http://administrandovoce.blogspot.com.br/2010/06/5-dicas-para-comunicacao-assertiva.html

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279
Atividades
O feedback costuma ser usado para apontar problemas de desempenho. Poderia ser útil
também para reforçar comportamentos adequados?
- Você se considera principalmente agressivo, passivo ou assertivo nas relações impor-
tantes em sua empresa?
- Que vantagens você pode obter ao aprender a ser assertivo
- Quais dessas dicas você já conhece e pratica?
- Quais você não conhecia, considera úteis e pretende praticar?

Texto 3 - CREDIBILIDADE E COMUNICAÇÃO ASSERTIVA SÃO AS

Muito mais importantes do que a aparência, capacidades profissionais soma-


das possibilitam a construção de uma imagem positiva junto a superiores e a cole-
gas de trabalho.

Comunique-se eficientemente mais do que venda-se como um produto. Não é a


aparência o ponto principal para ter ideias, projetos e a própria credibilidade aceitos
e valorizados. As organizações impõem alguns limites no que se refere a vestuário e
cuidado com o visual. Porém, realmente favorecer-se do marketing pessoal vai mui-
to além. E está mais alinhado com a clareza com que se transmitem mensagens e,
sobretudo, com a capacidade de cumprir com o que é prometido.

Não vai adiantar um profissional ter um ótimo discurso, afirmar capacidades se


não for realmente capaz de agir de acordo com o que divulga a seu respeito. Nesses
casos, o investimento na embalagem pode ser até prejudicial.
A assertividade deve ser o grande objetivo daquele que deseja construir uma
imagem positiva em seus superiores e colegas de trabalho. Com uma postura asserti-
va, o profissional passará a ser lembrando em momentos de dificuldades nos quais
terá a oportunidade de demonstrar, na prática, suas capacidades e habilidades, ali-
mentando ainda mais a imagem positiva.

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280
Para conquistar esta assertividade na comunicação e nas ações, é necessária
ser desenvolvida uma fina sensibilidade para a percepção do outro. Quando se con-
clui que cada pessoa compreende o mundo a partir de suas referências e tendências,
toda comunicação tende a ficar mais eficaz.

E isto ocorre principalmente se, junto da percepção do universo daquele outro,


vier o desejo genuíno de cuidar para que este realmente receba o que está sendo trans-
mitido. Essas relações de respeito fortalecem mais uma vez a imagem do profissional
nos importantes quesitos credibilidade e confiança.
Neste modo de pensar, no marketing pessoal, portanto, há espaço para todos os
tipos de personalidades e modos de interação. Mesmo um colaborador introvertido
pode valer-se de suas muitas habilidades e construir uma cadeia de credibilidade ca-
paz de auxiliá-lo em sua ascensão profissional. Os extremos – uma forte agressivida-
de ou completa indiferença – não são recomendados em ambientes de trabalho assim
como em qualquer outra forma de atividade social. E, para que se construam relacio-
namentos saudáveis respeitando as individualidades, é de responsabilidade de cada
profissional investir no autoconhecimento, um caminho sempre essencial para a me-
lhoria das relações com o mundo.

Fonte: http://www.integracao.com.br/index.aspx?secao=le_destaque/destaque=credibilidade_e_comunicacao_ asserti-


va_sao_as_chaves_para_o_marketing_pessoal#.UG2o25jA8fg – acesso em 8/10/12

Atividades
 Destaque do texto quatro conceitos que considera como dicas muito importan-
tes para aprimorar seu marketing pessoal e sua assertividade.

 Comente o texto seguinte: “A competência assertividade é essencial para o su-


cesso na vida pessoal e no trabalho. Já não basta ter competência técnica. As
empresas querem contratar pessoas com talento para a vida, para os relaciona-
mentos harmoniosos. A assertividade facilita aos profissionais demonstrar suas
competências, interesses e habilidades, assim como facilita a convivência e a
troca.” Márcia Rizzi.

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281
Conclusões:

São muitas as vantagens de adotar uma postura assertiva em nosso dia-a-dia e se consi-
derarmos que ninguém é totalmente assertivo todo o tempo, vale a pena estarmos aten-
tos à forma como nos comunicamos e treinarmos para sempre melhorarmos mais.

Com os pontos apresentados, você está pronto para começar a adotar uma postura mais
assertiva, que pode ser aplicada em qualquer relação com outras pessoas, seja em situa-
ções sociais, profissionais ou familiares.

Agora depende de você colocar em prática e manter-se atento aos pontos abordados
aqui.

Bibliografia:
ROBINS, Stephen P. Comportamento organizacional. SP: Pearson Prentice Hall, 2005.
TIM, Hindle. Como fazer apresentações. SP: Publifolha, 1998.

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282
Disciplina - A INFLUÊNCIA DA MÍDIA

Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa,


nunca tem medo e nunca se arrepende.
Leonardo da Vinci

Estado da questão

Todos esses modelos que nos inspiram esses heróis que gostaríamos de ser, que papel
desempenham nos nossos comportamentos cotidianos em nossos projetos de vida?

 O que me ensinam sobre mim esses modelos e as coisas de que eu gosto, na vida
de todo dia?
 Minhas experiências, inspiradas em meus modelos de referência, me ajudam a
avaliar melhor a evolução da imagem que tenho de mim mesmo?
 De onde vêm meus modelos?
 Quem eu quero imitar? Em quê? Em que eu sou diferente dos meus modelos?

Objetivos:

Compreender como a auto-imagem evolui em função de experiências significativas de


vida, guiadas por modelos de referência que inspiram as linhas de conduta de nossa
existência. Muitos desses modelos têm origem na mídia.

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283
Assim, um pouco por nossa responsabilidade, nós instalamos em nossa auto-imagem
todo tipo de modelos, adotados nas interações com o ambiente. Ou ainda, nós estabele-
cemos padrões de excelência porque nos referimos a heróis e heroínas. Sonhamos pos-
suir as características deles e buscamos desenvolvê-las.

Os modelos que inspiram nossos comportamentos. Em algum lugar de nossa cabeça


existem todos esses modelos e eles nos guiam em nossos comportamentos. Esses mo-
delos foram aprendidos, são provenientes de nosso meio e nós os instalamos lá, nós
mesmos, integrando-os à imagem que fazemos de nós mesmos. A cada vez que decidi-
mos adotar tal ou qual comportamento nas diversas situações, nós nos referimos aos
modelos.
 De onde vêm nossos modelos?
 Que papel tem a mídia nesse processo?
 Porquê a mídia se tornou tema tão discutido em nossa sociedade?
 Até que ponto a mídia influencia nossas vidas?

Atividades
Atividade 1 – desenhos animados na TV
1. Você acredita que os desenhos animados influenciam o comportamento das cri-
anças? De que modo?
2. Os filmes que você assiste modificam você? Em quê? De que forma?

Atividade 2: marque V (verdadeiro) ou F (falso) nas seguintes afirmações. Compare as


respostas com as dos colegas e verifique em que se diferenciam:
Ao testar todo tipo de comportamento, chego a:
... compreender que tudo está previamente determinado.
... perceber que é bom que eu haja como se espera que eu o faça.
... compreender que eu não tenho escolha de me conduzir livremente.
... descobrir quem sou em relação ao que poderia ser segundo esses modelos.
... descobrir novos elementos sobre mim e sobre meu ambiente.

Atividade 3: Marque um X nas afirmações verdadeiras:


... Alguma coisa pronta determina meus comportamentos.
... Estou constantemente em processo de organização e ajustamento.

É importante ensaiar diversos comportamentos para saber


... O que me diferencia verdadeiramente dos modelos que me inspiram
... Quem sou eu, livremente, para além de toda influência.

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284
Atividade 4: Emengarda, Godofredo, Umbelina, Randolfo, Sinésio, Udalga,
Anésia eram nomes comuns das pessoas no início do século passado. Nomes
inspirados em grandes personagens sociais e na literatura. Na metade do século
eram comuns os nomes inspirados na Bíblia, como Maria, Pedro, João, José.
Depois nomes de artistas e de revistas, como Marcelo, Gina, Cláudia, Carolina.
Quais são os nomes da moda atual? De onde surgiram? Quem são os modelos
deles?

Histórico da mídia
Quando surgiu a mídia?
Quem tinha acesso?
Como se tornou tão difundida?

Podemos considerar que os livros foram os primeiros meios de comunicação


em massa. Existem há séculos, desde a invenção da escrita. No começo eram
copiados a mão, um por um. Com a invenção da imprensa, os livros foram mul-
tiplicados, assim como as pessoas alfabetizadas.

No século passado esses meios de comunicação em massa passaram a ser cha-


mados de mídia. E a mídia explodiu, atingindo a todos. Como? O progresso ci-
entífico e tecnológico possibilitaram à informação ocorrer em tempo real, isto
é, imediatamente. Por outro lado, o avanço da tecnologia possibilitou a produ-
ção, em grandes quantidades, de equipamentos e materiais, a baixo custo e bai-
xo preço para um amplo público.

Assim, no século XX, os meios de comunicação de massa, além dos jornais,


revistas, rádio e televisão do início, foram enriquecidos com internet, telefones
celulares e outros recursos, acessíveis a muitos.

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285
As mídias sociais

Mídias sociais são “um grupo de aplicações para Internet construídas com base nos fun-
damentos ideológicos e tecnológicos da Web 2.0, e que permitem a criação e troca de
Conteúdo Gerado pelo Utilizador (UCG)".

Mídias sociais podem ter diferentes formatos como blogs, compartilhamento de fotos,
videologs, scrapbooks, e-mail, mensagens instantâneas, compartilhamento de músicas,
crowdsourcing, VoIP, entre outros.

São exemplos de aplicações de mídia social:


 Blogs = publicações editoriais independentes,
 Google Groups = referências, redes sociais,
 Wikipedia = referência,
 MySpace e Facebook = redes sociais
 Last.fm = rede social e compartilhamento de música,
 YouTube = rede social e compartilhamento de vídeo,
 Second Life = realidade virtual
 Flickr = rede social e compartilhamento de fotos,
 Twitter = rede social e Microblogging,
 Wikis = compartilhamento de conhecimento e inúmeros outros serviços.

Muitos destes serviços de redes sociais podem ser integrados via agregadores de redes
sociais, como Mybloglog e Plaxo.

Mídias tradicionais e redes sociais


As mídias sociais ou redes sociais têm várias características que as diferem fundamen-
talmente das mídias tradicionais, como jornais, televisão, livros ou rádio. As mídias so-
ciais dependem da interação entre pessoas, porque a discussão e a integração entre elas
constroem conteúdo compartilhado, usando a tecnologia como condutor.

Mídias sociais não são finitas: não existe um número determinado de páginas ou horas.
A audiência pode participar de uma mídia social comentando ou até editando as histó-
rias. O conteúdo de uma mídia social, em texto, gráficos, fotos, áudio ou vídeos podem
ser misturados.

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286
Mídia social é sobre ser social, e isso quer dizer se relacionar e se envolver com outros
blogs, fóruns e comunidades de nicho.

Para o professor Silvio Meira a sociedade tem hoje à disposição um instrumento revolu-
cionário que pode alterar não apenas as relações sociais, mas a visão empresarial de algu-
mas marcas de como elas devem se relacionar com os seus consumidores.

O poder das mídias sociais


Novas ferramentas de mídia social vêm surgindo e se estabelecendo, passando por mu-
danças evolutivas, como os blogs, que nasceram como diários virtuais e tiveram sua na-
tureza mudada com o tempo, a ponto de se tornarem, até, instrumentos de geração de ne-
gócios.
Isto significa uma grande mudança na estrutura de poder social, pois a possibilidade de
gerar conteúdos e influenciar pessoas e decisões, deixa de ser exclusividade dos grandes
grupos capitalizados, para se tornar acessível qualquer pessoa. Além disso, a redução do
custo de publicação a quase zero possibilita a produção de conteúdos muito específicos
também para pequenos públicos - que antes não justificavam o investimento econômico.
A liberdade de comunicação interativa, combinada à facilidade de uso das ferramentas
para fazê-lo e a uma arquitetura participativa em redes, forma a base da receita para que
as plataformas de mídias sociais possam ser classificadas como uma das mais influentes
formas de mídia até hoje criada. Na versão interativa da web, é possível fazer muito mais
com muito menos e isso é muito poderoso.

Atividades
Apresentar as perguntas seguintes para manifestação livre de pontos de vista – se ne-
cessário corrigidas pelo professor.
1. Em que as mídias tradicionais diferem das atuais mídias sociais?
2. Qual é a participação possível de uma pessoa nesse processo?
3. Quais vantagens as redes sociais oferecem aos seus usuários?
4. Quais os limites de uso das redes sociais?
5. Vocês conhecem todos esses recursos?
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%ADdias_sociais – acesso em 10/09/12

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287
A influência da mídia em nossas vidas: o fumo

Somos, todos os dias, bombardeados por diversas mídias que têm o objetivo de nos vender
alguma coisa, alguma idéia, algum sonho, etc. A publicidade atinge seu público alvo de
acordo com o objetivo de seus idealizadores, através do rádio, da TV, de outdoors, revis-
tas, jornais, internet.

Mas até que ponto a mídia influencia nossas vidas?

Vamos tomar o exemplo do consumo de cigarros, para uma análise. No início do século
passado filmes e propagandas disseminaram o uso de cigarros. Era chique, elegante fumar.
O cigarro estava ligado a imagens de aventura, sucesso, status. As mulheres usavam pitei-
ras – verdadeiras jóias. E o consumo cresceu até entre os mais jovens.

Em 2000 a propaganda de cigarros no Brasil foi proibida, por força


de lei, após comprovação de seus prejuízos à saúde.

Esses fatos estão retratados no índice de consumo de cigarros por


jovens. Em 1987 um estudo com estudantes de 27 capitais mostrou
que 22,4% haviam experimentado tabaco. Esse número subiu para
32,7% dez anos depois, num aumento de 50%. Em 2005, depois da
proibição da propaganda, o número é 21,7%, menor que o de vinte
anos antes. Tudo indica que a proibição da propaganda contribuiu para essa queda no con-
sumo.

Uma pesquisa como essa mostra o poder da mídia. Portanto, cada mensagem deve ser ana-
lisada criticamente, segundo critérios próprios. – O que é bom para mim?

Atividades
Identifique três produtos que você adquiriu, por força da propaganda, e aca-
bou não consumindo, pois não foram do seu agrado, de alguma forma.

A influência da mídia – a política


Os estudiosos da comunicação afirmam que a mídia influi na opinião pública. Afirmam
também que a mídia pode ser reflexo da opinião pública. Não conseguiram determinar,
ainda, o grau de influência.
Influência existe, mas considera-se que as pessoas consomem a informação depois de
reprocessá-la, colocando-a em seu universo.

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288
- Você acredita que a mídia influi na opinião e no comportamento das pessoas? Em que
medida? De que forma?

Vamos analisar um exemplo. Nas campanhas publicitárias dos últimos dois presidentes, se
a campanha realmente formatasse a opinião pública, Lula e Dilma teriam sido derrotados,
após dois anos de mídia mostrando mensalões, corrupção, etc. Mas foram eleitos.

Se o governo é corrupto, porque Lula e Dilma continuam com aprovação dos eleitores?

Uma das conclusões, que merece ser melhor analisada, é que a mídia, destacando os es-
cândalos, silencia o resto, mas não se impõe à opinião pública.

Fonte: http://linoresende.jor.br?a-influência-da-mídia, acesso em 29-08-12

Atividade – escolha de candidato


Atividades
- Como você escolheu seu candidato a prefeito?........................................
- Onde obteve informações? .......................................................................
- Quem o influenciou? ................................................................................

Atividade – Consciência ecológica: Sabemos que a mídia tem grande influência na vida
de indivíduos e da coletividade. Depois da repercussão da ECO 92 (ver YouTube), o que
mudou nos últimos anos em termos de:
consciência ecológica pessoal: Eu, agora, acredito que ....................
comportamento pessoal: Agora eu ....................................................
Providências municipais: Minha cidade agora ..................................
Consciência ecológica global? ..........................................................

A influência da mídia na educação dos jovens

Muitas pessoas publicam suas teses e crenças em sites, blogs, posts, Messenger, Orkut,
twiter, celular, ... Nesse universo há muita confusão, meias verdades, equívocos. Como
saber qual informação está correta? Qual fonte é digna de confiança? Por exemplo, al-
guns sites afirmam que a vacina contra gripe provoca gripe, especialmente nos idosos.
Outros afirmam que não e que todos devem ser vacinados.

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289
A geração multimídia, que participa das aulas com um tablet à mão, as-
siste televisão, navega na internet, conversa no Facebook, fala ao celu-
lar, utiliza as mais recentes ferramentas de informação, comunicação e
entretenimento enfrenta diversas encruzilhadas, sem saber ao certo qual
caminho seguir, que critério adotar.

As mídias digitais e seus conteúdos atraentes e rápidos estimulam a ca-


pacidade sensorial e cognitiva dos jovens, democratizam informações, convidam todos à
participação e à expressão.

Os responsáveis pela produção e distribuição de conteúdos em multimídias passam a tor-


nar-se responsáveis, também, pelo papel de orientar possíveis rotas de navegação na inter-
net.

As escolas reconhecem a influência da mídia e da tecnologia na formação dos estudantes.


A função da escola, que era, primeiramente transmitir conhecimentos mudou. O conheci-
mento pode ser acessado por todos, está multiplicado e à disposição.
Cabe os professores outros papéis, como selecionar o que explorar, orientar critérios e fon-
tes, orientar discussões sobre o conteúdo e a veracidade das informações – além de levar a
questionar seu destino.

Importa oferecer aos jovens condições que os tornem capazes de desenvolver senso críti-
co, promover a dúvida, ampliar horizontes, incentivar a capacitação das competências pes-
soais, estimular a ambição de ir além da mídia.

Atividades
O autor destacou o papel da mídia na educação dos jovens. Qual é o alerta final que
deixa aos jovens e seus educadores, fechando o artigo? Esse alerta importa aos jo-
vens?
Fonte: http://www.sbs.com.br/virtual/etalk/index.asp?cod=1116 – acesso em 28/08/12

A influência da mídia nos adolescentes

Para ser valorizado, o jovem tem de estar vestido, calçado e penteado na última moda,
ter o corpo atlético e ser aceito na sua turma. Os jovens introvertidos e que não acompa-
nham a moda parece não terem grandes chances no grupo. Para ser incluído, é necessá-
rio ter certo poder aquisitivo para consumir, acompanhar as modas, para que percebam
sua existência, como se essa fosse a senha de reconhecimento, e não a afinidade de gos-
tos e idéias.

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290
Atividades
Atividade: Seguir a moda e ser original, ao mesmo tempo - como funciona essa aparente
contradição? A afinidade entre os membros de um grupo são dominantemente visuais ou
de idéias?

Fonte: http://g1-adolescentes.blogspot.com.br/2011/01/influencia-da-

midia-nos -adolescentes. 5010.html. acesso em 238/08/12

Conclusões:

“Diga-me quem imitas e dir-te-ei quem és.” A percepção que temos de nós mesmos e a
imagem que resulta dela evoluem e se modificam conforme a qualidade e a quantidade
das trocas com o ambiente.

Todos os dias somos atingidos por milhares de mensagens publicitárias. Muitas são de
produtos de baixa qualidade ou desnecessárias para nós. É preciso reagir contra o con-
sumismo exagerado e impróprio – até de idéias. Seja um consumidor consciente!

Por outro lado, acontecimentos importantes para nós podem ser negligenciados pela
mídia. Podem ser nem citados e sê-lo superficialmente, até distorcendo o fato. Importa,
quando o tema é relevante, buscar informações complementares, mais precisas e não
nos limitarmos ao noticiário.

Atividade complementar: Você concorda com essas afirmações? Explique.

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291
Disciplina – RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Estado da questão:

O relacionamento interpessoal na família, no trabalho, no casamento e na socieda-


de dependem, fundamentalmente, do que chamamos vulgarmente de educação, de poli-
mento, até de refinamento. Trata-se das boas maneiras, que toda mãe deseja que seu filho
tenha.
Em épocas passadas as regras de conduta em família e na sociedade eram extrema-
mente rígidas. Mais recentemente elas se tornaram muito informais, tanto na família, co-
mo na escola e no trabalho. De certa forma, essa informalidade, essa falta de limites aca-
bou por gerar conflitos, extremamente desagradáveis e improdutivos, seja na família, no
trabalho, na escola, na sociedade. O mal-estar predomina.
Existem muitos textos bastante superficiais e até equivocados sobre o tema. A maio-
ria dos textos bons e esclarecedores são de estudos acadêmicos. Nota-se que a questão
está na moda, por necessidade – e está sendo reestudada. Os textos de apoio incluem al-
gumas conclusões desses estudos. Essas conclusões não são unânimes quanto ao tipo de
comportamento adequado. Parece que cada estudo visou um grupo e cada grupo tem ca-
racterísticas e necessidades específicas. Há poucas regras para todos os casos.
Numa visão menos tradicionalista, pode-se pensar que as “boas maneiras” antigas
combinavam com o modo de se organizar daquela sociedade, assim como o modo de ves-
tir e outros sinais e comportamentos sociais. Talvez os modos atuais estejam em busca de
um novo relacionamento, numa nova ordem social. No estágio atual, nas empresas, pare-
ce que não está funcionando bem e outros modelos estão sendo procurados.
As questões básicas parecem, contudo, ser as mesmas de sempre, muito semelhantes
às recomendações das mães e dos professores:
- Por que o bom relacionamento entre colegas de trabalho é tão importante?
- Quais são os comportamentos inconvenientes na empresa?
- E quais são os comportamentos convenientes?
- O que eu posso melhorar, nas minhas atitudes, no trabalho, em relação aos colegas, su-
bordinados e chefes para que o trabalho seja produtivo e as relações amenas?

Objetivos

O participante será capaz de conscientizar-se de que o resultado do seu trabalho e o


dos colegas é principalmente devido ao seu relacionamento e ficar atento para for-
mas de aprimorá-lo.

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292
Texto 1 - Relacionamento interpessoal no contexto organizacional

O que revelou a pesquisa é que o relacionamento interpessoal é resultado do conta-


to entre duas ou mais pessoas, em todas as esferas sociais, dentre elas: no trabalho, na fa-
mília, na escola, na universidade, em uma roda de amigos.
No contexto organizacional da pesquisa, pode-se citar
alguns fatores que impulsionam ou prejudicam a relação en-
tre as pessoas foram revelados pelos pesquisados. Como fa-
tores que podem impulsionar o relacionamento interpessoal,
podemos citar: liderança democrática, diálogo, respeito, res-
ponsabilidade, assertividade, empatia, bom humor, etc, con-
forme mostra a literatura. Como fatores negativos, pode-se
citar: inveja, falta de diálogo, falta de respeito, liderança au-
toritária, diferenças salariais, competitividade, entre outros.
A forma de ser, pensar e agir influencia diretamente os relacionamentos em todas
as organizações. Se instaurar um clima harmônico, positivo e de respeito, pode-se ter de
volta um ambiente sadio e sem grandes turbulências.
Se ao invés disso, criar um ambiente negativo, competitivo e “pesado”, podem-se
colher inimizades, antipatia e desconfiança, impactando diretamente os resultados, de-
sempenho, crescimento profissional e organizacional.
Quando um colaborador trabalha mal humorado, ele pode perder o foco da coope-
ração e integração grupal, dificultando ainda mais a comunicação e a motivação das pes-
soas. Se ao invés disso usar de maturidade, auto conhecimento e bom senso nas ações,
pode-se elevar a auto-estima e participação, contribuindo para um ambiente de troca e
crescimento.
É questão importante o nível de relacionamento interpessoal em uma organização
como fator chave para que se alcancem os objetivos em todos os
níveis, pois todos contribuirão para que a empresa permaneça em
evidência em seu nicho de mercado.
A organização deve também assumir um compromisso maior com
o colaborador, no sentido de promover sempre a construção do co-
nhecimento, para que cada vez mais se possa melhorar o diálogo
entre os níveis hierárquicos, devendo também criar oportunidades
de se administrar, colocando aos colaboradores novos desafios e
incentivar a ética moral, acompanhar mais de perto a realização de
tarefas, dar feedback e incentivar o crescimento pessoal dentro das organizações.
Pode-se assim ver que a comunicação dentro de uma organização é uma via de
mão dupla, que precisa ser alimentada constantemente para que os objetivos organizacio-
nais sejam respeitados/atingidos e que os relacionamentos sejam mais valorizados dentro
do contexto organizacional.

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293
Portanto, desenvolver um bom nível de relacionamento com todas as pesso-
as é uma responsabilidade individual e organizacional. Para chegar a um conheci-
mento melhor de si, é preciso criar um ambiente de confiança que possibilite a tro-
ca constante de feedbacks - o que nem sempre é fácil, impedindo o crescimento e a
transparência nos relacionamentos. Ainda em relação à importância do relaciona-
mento interpessoal, parece-nos adequado
Fonte: http://www.convibra.com.br/2008/artigos/289_0.pdf. acesso em 12-11-12

Texto 2 - Relacionamento interpessoal na empresa


A relação e interação em qualquer ambiente do mundo começa a partir da aceita-
ção, acolhimento e desprendimento. Às vezes no mundo atribulado em que vivemos não
nos damos conta disso. Relacionar-se é dar e receber ao mesmo tempo e é abrir-se para
o novo e diferente.
A maioria da população mundial passa mais tempo em seu ambiente de trabalho do
que em seu próprio lar com a sua família e, por mais que vivamos desta maneira não nos
damos conta de como é importante estar em um ambiente saudável e que isso só depen-
de de cada um da empresa.
A base dos relacionamentos dentro de qualquer empresa se dá pelo jeito e modo de
agir de cada um diante de todos os seus colegas de trabalho. Por isso, é muito importante
que todos saibam desenvolver um potencial de comunicação. Isso vale para profissionais
de todas as áreas. Atualmente o que mais conta dentro de uma empresa é a relação e a
maneira de como o funcionário age com os seus colegas e trabalho. O trabalho em equi-
pe tornou-se fundamental.
Muitos profissionais de treinamento estão se aliando para
dar treinamentos aos funcionários das empresas, para que eles
aprendam a aliar dinâmicas grupais e vivências pessoais a um conte-
údo teórico e instrumental para o bom funcionamento de toda a em-
presa. Estes treinamentos são voltados para ensinar o funcionário a
entender como funciona a suacomunicação com o próximo no ambi-
ente de trabalho e aprender como aumentar e potencializar ainda mais a sua comunica-
ção dentro da empresa para que assim tenha sempre um ambiente agradável e saudável
para ambos.
Os treinamentos também visam a ajudar os funcionários a refletirem sobre o papel
de cada um nos ambientes onde atuam e a colaborarem para um melhor aprimoramento
pessoal e, principalmente profissional. São dicas que poderão ser usadas no ambiente de
trabalho, na escola, em casa, com os amigos, com os familiares, no trânsito, ...

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294
São objetivos desses treinamentos melhorar o relacionamento interpessoal den-
tro de qualquer empresa:
 Potencializar os mecanismos, habilidades e a flexibilidade nas relações
intra e interpessoais,
 Melhorar o potencial de habilidade para negociação e de autocrítica,
 Desenvolver critérios e habilidades para aumentar ainda mais o canal de
comunicação entre os colegas de trabalho
 Reciclar os valores pessoais de cada um dentro da empresa
 Demonstrar a inter-relação de cada funcionário e de todos para o bom
funcionamento da empresa e da relação entre eles.

Fonte: www.dicasgratisbrasil.com/relacao-interpessoal-na-empresa/ - acesso em 12/11/12

Texto 3 – A importância das habilidades de relacionamento inter-


pessoal nas empresas prestadoras de serviços

Esta pesquisa teve por objetivo refletir sobre a importância das relações interpes-
soais no ambiente das empresas prestadoras de serviços. [...]. Os resultados apontaram
como sendo sua finalidade a promoção de um ambiente de trabalho cooperativo, har-
monioso; a manutenção da empregabilidade, aumentando a sua capacidade funcional;
como seu objeto, as relações interpessoais; como seu instrumental, o conhecimento es-
pecífico sobre o objeto, os instrumentos e as condutas direcionadas ao serviço; como
seu produto, a prestação do serviço.
Além de uma capacitação específica em relações interpessoais, o profissional que
deseja atuar nessa área do saber deve desenvolver algumas aptidões ou qualidades sin-
gulares. Destacando-se, entre essas: a maturidade e a capacidade de adaptação; a em-
patia e a sensibilidade; o amor pelos outros; a objetividade e o espírito crítico; a flexibili-
dade e a polivalência e principalmente, a criatividade entre outras.

Fonte: http://www.adm.ufba.br/sites/default/files/publicacao/arquivo/relacoes_interpessoais.pdf - acesso em 12/11/12

Conclusões

Não é mais o domínio de tecnologia que está diferenciando o desempe-


nho das empresas. O RH é o fator crítico de sucesso. A equipe precisa estar afi-
nada e produtiva.
Se uma empresa tiver que dispensar empregados, dará preferência aos
que azedam o time que aos improdutivos. Já pensou bem nisso?

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295
Atividades
Atividade complementar

Em termos bem concretos, o que você aprendeu com esta atividade?


Que comportamentos você irá se empenhar em mudar?
E pretende contribuir para que tipo de comportamento do grupo mude em casa, no
seu trabalho, com amigos?

Redija um texto curto, objetivo, com cabeçalho, identificação do autor, local e data.

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296
Disciplina – Marketing pessoal e empregabilidade

Estado da questão

Uma apresentação de um conhecido, numa empresa, é importante e pode fazer diferença


para a contratação. Nem sempre, no entanto, temos essa possibilidade. Importa, então, de-
senvolvermos nós mesmos nosso marketing, apresentando o nosso melhor, na conquista
de um posto de trabalho, de um negócio.

As perguntas
- Como posso aumentar minhas chances de conseguir um emprego?
- Como manter-me nele e progredir na carreira?
- O que eu não devo fazer para conservar meu emprego?
- Quem vai cuidar da minha carreira profissional?

Objetivos

 Definir Marketing Pessoal.


 Entender a importância do marketing pessoal nas esferas pessoal profissio-
nal.
 Identificar suas habilidades e competências.
 Identificar e desenvolver o marketing pessoal.

Minha pesquisa

Marketing pessoal é um conjunto de ações que ajudam uma pessoa a obter maior
sucesso no campo social e profissional. É uma forma de aumentar o seu valor cuidando
de sua apresentação pessoal, atitudes, forma de comunicação e relacionamento – além de
sua qualificação profissional. É fazer-se notar, ser reconhecido e valorizado por suas qua-
lidades, habilidades e competências, em benefício de sua carreira.

Empregabilidade é um conceito de valorização profissional muito próximo do mar-


keting pessoal. Ensina que somos nós, e não a empresa, os proprietários de nossas carrei-
ras. Tem mais cacife profissional aquele que cuida da sua carreira como se fosse um bem
de consumo, que investe na própria capacidade e aprimora seus talentos.

São inúmeros os fatores que contribuem para seu marketing pessoal e empregabilidade.
Seguem alguns exemplos citados pelos especialistas.

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297
DICAS

Dicas para melhorar seu marketing pessoal:

 Ter objetivos e metas claros.


 Planejar onde pretende chegar e direcionar seus esforços para realizar-se.
 Ser assíduo e pontual no trabalho.
 Apresentar-se adequadamente vestido.
 Tratar as pessoas de forma cortês, gentil e atenciosa; olhar nos olhos.
 Ser otimista e bem-humorado, contribuindo para um ambiente agradável e bem-
estar.
 Cuidar de seu linguajar, gestos, volume de voz.
 Expressar-se verbalmente e por escrito com correção.
 Ser cuidadoso com o uso do celular e do computador.
 Manter uma rede de relacionamentos – torne-se lembrado por todos de forma positi-
va.
 Saber trabalhar em equipe e administrar conflitos.
 Colaborar com os colegas, apoiar, ajudar e incentivar os demais.
 Transmitir confiança.
 Saber o que tem a oferecer à empresa. Ir para contribuir.

Dicas para melhorar sua empregabilidade:

 Trabalhar motivado, na atividade de seu interesse.


 Ficar atento às possibilidades de crescimento.
 Investir em sua competência profissional, lendo, fazendo cursos, acompanhando as
mudanças no seu ramo.
 Ter idoneidade: cumprir compromissos, utilizar corretamente os recursos de traba-
lho colocados à sua disposição, valorizar o atendimento ao público, ser leal, ...
 Cuidar de sua saúde física e mental: alimentar-se adequadamente, dormir o sufici-
ente, ter lazer, esportes, ...
 Poupar dinheiro para as contingências.
 Investir em atualização profissional.
 Zelar pelos relacionamentos: evitar envolvimento emocional com colegas, manter
agenda de endereços e compromissos.

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298
Atividades
 Todos temos qualidades e defeitos pessoais e profissionais. Ninguém é
perfeito em tudo nem péssimo em tudo. Sinalize as características que já
tem e as cultive. Anote as que precisam de maior atenção e cultive-as
com mais atenção ainda.

 Com a participação de todos, faça uma lista do que não deve ser feito pa-
ra não colocar em risco um emprego.

 Quem será despedido? Uma empresa fictícia precisa demitir um funcio-


nário, dentre os auxiliares de serviços gerais e administrativos. O grupo
escolherá quem. Cada participante defende sua permanência. É despedido
quem ...

Atividade complementar

- Como você pretende aperfeiçoar seu marketing pessoal?


Redija um programa pessoal, em detalhes.

Conclusão

O marketing pessoal é um requisito importante para sua carreira tanto quanto


sua qualificação pessoal. Cuide de ambas para desenvolver-se, invista em si
mesmo. Seja o melhor que puder.
Fontes: www.algosobre.com.br/marketing/marketing-pessoal-e-motivacao.html acesso em 20 ago 2012
Ari Lima. www.dicasprofissionais.com.br/dicas2.asp?id=26 acesso em 20jun2010

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299
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300
Disciplina – PLANEJAMENTO FINANCEIRO
Estado da questão

- Seres humanos costumam desejar mais do que conseguem realizar.?


- Como controlar a realização de nossos desejos e projetos, para realizarmos o
máximo e melhor possível, sem nos endividarmos ou nos arrebentarmos?
- O que é viver bem?
- É tão trabalhoso ganharmos honestamente nosso dinheiro! Como gastarmos
bem, conquistando qualidade de vida – e não problemas?

Objetivos
Os aprendizes serão capazes de elaborar um orçamento pessoal e fazer ajus-
tes entre receitas e despesas, de modo a torná-lo viável.

Não é a escassez de recursos que limita as decisões.


É a insensatez das decisões que atrofia os recursos.
Karl G. Myrdal, Prêmio Nobel de Economia em 1974

PLANEJAMENTO FINANCEIRO – administração da própria vida

Planejamento financeiro é o processo de gerenciar os recursos


com objetivos de atingir satisfação pessoal, obter a independência financeira
e conquistar os sonhos.

Origem do ganho das pessoas: o trabalho

Se você não é um herdeiro de uma fabulosa quantia e perten-


ce ao grupo de empregados e autônomos cuja renda depende exclu-
sivamente do seu trabalho pessoal, bem vindo ao time! Você traba-
lha pelo dinheiro e seu fluxo de receita depende que esteja sempre
trabalhando. A sua renda é direta e depende que tenha disposição,
saúde, qualificação, clientes para seus serviços. Enfim, seu ganho
depende de você. Se você parar, não terá receita.

Ciclo de vida financeira: aproveite para poupar na juventude

A primeira fase de nossa vida produtiva, a juventude, é de acumulação, existe


energia e tempo para acumular riqueza. Neste período as pessoas devem definir seus
objetivos, poupar disciplinadamente.

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301
Planejamento financeiro: gaste menos do que ganha e tenha objetivos:
-qual é o seu?

Planejamento financeiro é um processo racional de administrar sua renda, seus in-


vestimentos, suas despesas, seu patrimônio, suas dívidas, objetivando tornar realidade
seus sonhos e objetivos como casa própria, a viagem dos sonhos, investir na própria car-
reira profissional, investir no próprio empreendimento, etc.
A maioria das pessoas trata de suas finanças procurando gastar menos do que ga-
nha. Este é apenas um dos aspectos do planejamento. É necessário estabelecer objetivos,
sem os quais a pessoa age como um barco sem rumo. O gerenciamento adequado das fi-
nanças é o diferencial entre sonhadores e realizadores.
O planejamento das finanças visa mais que o sucesso financeiro, é importante para
o sucesso pessoal e profissional. Será seu mapa de navegação. Mostrará onde está, onde
quer chegar e indicará os caminhos a percorrer.

Planejamento financeiro: equilibrar o orçamento e poupar para investir

O planejamento financeiro tem o objetivo de ajudar a solucionar um dos maiores


problemas enfrentados pelas famílias: equilibrar o orçamento e ainda poupar para inves-
tir. Fornece dicas que ajudarão a desenvolver a habilidade para administrar o orçamento
familiar. O planejamento é de suma importância para que os objetivos sejam atingidos.
A situação econômica do país mudou, o poder de compra diminuiu, e os proble-
mas financeiros são causadores de muitos transtornos na vida familiar. É necessário cui-
dar da saúde financeira, evitando assim problemas com a saúde física e emocional.

O balanço patrimonial pessoal: a evolução da situação patrimonial - anual

Como está evoluindo seu patrimônio? Qual é o seu patrimônio líquido?


O ativo é o conjunto dos bens e direitos. Seu carro, seu apartamento, suas máqui-
nas, o dinheiro depositado no banco, sua poupança, o saldo do FGTS, o empréstimo a
alguém, ...
O passivo são as dívidas: o saldo devedor do apartamento, o consórcio do carro, as
dívidas no cartão de crédito ou outros financiamentos.
O patrimônio líquido é a riqueza da família. É a diferença entre o que você possui
e suas dívidas, é seu patrimônio real. Quanto mais ativos e menos dívidas você tiver,
maior será sua riqueza.

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302
O balanço é uma importante ferramenta. De tempos em tempos pode-se apu-
rar o balanço patrimonial e compará-lo com o anterior, observando a evolução da
situação patrimonial. Veja como fazer o seu balanço patrimonial na atividade 1, no
final do texto. É mais fácil do que imagina!
Orçamento doméstico

Fazer o orçamento doméstico não é uma tarefa difícil, mas exige disciplina,
força de vontade e concentração. Definir necessidades e planejar gastos é apenas
uma parte de todas as atividades que você terá de exercer se quiser um orçamento
enxuto e de acordo com a renda de sua família.
Fazer um orçamento significa avaliar minuciosamente sua situação financeira
e identificar como andam suas despesas e receitas.
Realizar essa tarefa sozinho pode até não ser tão difícil, mas tenha certeza de
que se você contar com sua família será ainda mais fácil.
É importante que toda a sua família participe de seus planos financeiros, as-
sim ficarão unidos em torno dos mesmos objetivos. Não adianta traçar metas finan-
ceiras se sua família não entender o papel que cada um tem a cumprir para alcança-
rem juntos os resultados esperados.
Chame a família e avaliem juntos os gastos. Dos maiores e mais importantes
como moradia, alimentação, saúde, educação, até os menores, como o cabeleireiro
e o refrigerante.
Saiba que, por melhor que seja sua renda, todos os recursos são limitados.
Portanto, sempre haverá espaço para cortar despesas desnecessárias em favor de um
grande objetivo familiar. Lembre-se que, ao dividir a responsabilidade sobre a vida
financeira da família, você estará somando esforços e multiplicando as possibilida-
des de sucesso.

Como elaborar e controlar o orçamento doméstico

Pior que o fim do mundo, para mim ... é o fim do mês. Zeca Balero

1. Reúna a família e levante, ainda que de forma aproximada, as despesas que


estão sendo feitas durante o mês.
2. Acompanhe e verifique no mês seguinte o que foi realmente gasto.
3. Avalie, programe possíveis cortes e previsão de valores que poderão ser
gastos no mês seguinte. Esse será o orçamento doméstico que deverá valer
daí para frente, todos os meses, com acompanhamento e ajustes.
4. Além das despesas fixas – de todo mês, lembre-se de anotar as despesas
eventuais, que ocorrem em datas previstas, como a compra de uniformes e
material escolar, o licenciamento do carro, etc.
Veja as atividades.

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303
Dicas importantes para montar seu planejamento de despesas e formas de pagamen-
to

 Muitos brasileiros têm o hábito de primeiro gastar para depois ver como vão pa-
gar. É aí que se inicia o endividamento.
 Use o dinheiro em caixa para o pagamento a vista, aproveitando os descontos.
 Cuidado com o uso de cartões de crédito e cheques especiais! Incluem taxas, ju-
ros e multas abusivos.

Enxugando gastos

Despesas fixas (freqüentes): você pode enxugar diminuindo a freqüência ou o va-


lor unitário das despesas, ou ainda combinando as duas coi-
sas. É importante listar todas as despesas pessoais, e de forma
detalhada, porque muitas vezes as melhores oportunidades de
enxugamento encontram-se nas pequenas despesas, que vistas
isoladamente jamais mereceriam nossa atenção.

Despesas eventuais: como o licenciamento do carro. É ne-


cessário levantar o valor total da despesa, dividir pelo número
de meses que faltam até seu vencimento, calculando quanto vo- cê
tem que guardar mensalmente, e fazer desse valor um provisio-
namento para quando chegar o momento de pagar. Então você
poderá escolher o pagamento à vista, se houver desconto, ou a
prazo, como lhe convier, tudo planejado sem pesar no orçamen- to.

Enxugar ou eliminar?

Aplique os exemplos acima em todos os itens que forem pertinen-


tes às despesas de sua família. Preferencialmente, enxugue. Só
elimine aquelas despesas que já não deveriam mesmo existir há
muito tempo, pois oneram seu bolso sem trazer qualidade de vida
em troca. E atenção: enxugue suas despesas observando seus va-
lores pessoais, sem deixar baixar sua qualidade de vida, e entenda
que esses valores são diferentes para cada família ou indivíduo.

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304
Execução do planejamento: gastar conforme o previsto

De posse do seu Orçamento Planejado, seu objetivo agora é gastar dentro do que
foi estipulado. Cumpra o que você planejou. Faça o possível e o impossível para não fu-
gir do Orçamento Planejado.
No mês seguinte, verifique quais os gastos fugiram do controle. Essa comparação
é muito importante para que você saiba localizar os resultados positivos e os
negativos. A análise lhe permitirá fazer as devidas correções. Faça os
ajustes necessários e siga o Orçamento Planejado nos meses subseqüen-
tes, até que você tenha o controle de suas finanças e esteja guardando de
10% a 30% da sua renda líquida familiar. Isto faz os seus sonhos ficarem
mais próximos.

Dicas para uma boa economia do lar

As dicas aqui apresentadas com certeza você já ouviu, mas não custa relembrá-las.
Além disso, a soma delas lhe permitirá obter resultados financeiros mais facilmente.
Repasse esses alertas para sua família. Caso contrário, estará nadando contra a ma-
ré. Explique o que aprendeu. Estabeleça metas, e façam os planejamentos juntos.
EM CASA – economize água, luz, telefone, gás (diminua o fogo quando ferver),
alimentos (lista de mercado e feira). Use celular pré-pago, com uma quantia definida e
fixa.
BANCOS - um apoio necessário mas perigoso!

 Pesquise os pacotes de serviços, pois as diferenças de tarifas entre bancos são


enormes;
 Cuidado com as “facilidades” de créditos que o banco lhe oferece; o que traz se-
gurança não é ter crédito, mas dinheiro aplicado;
 Não deixe dinheiro aplicado se você tiver dívidas. Os juros cobrados pela dívida
são sempre maiores do que os que você recebe de suas aplicações;
 Não entre no “cheque especial”; ele é especial só para os bancos. Com os juros
proibitivos que são praticados no Brasil, sua dívida pode dobrar em apenas oito
meses, sem que você tenha feito nenhum gasto adicional;
 Tenha apenas um cartão de crédito e o utilize apenas para sua conveniência, não
para o crédito; pague a fatura integralmente, sempre. Uma dívida de cartão de
crédito pode dobrar em apenas seis meses, sem que você faça nenhum gasto adi-
cional.

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305
FILHOS - O sonho de todo pai e toda mãe é proporcionar aos filhos o que há de me-
lhor, procurando satisfazer não só suas necessidades básicas, mas também suas vontades.
Como resultado, os filhos acabam tendo um grande poder sobre a forma como a família
gasta seu dinheiro. Dê presente aos seus filhos somente em datas especiais, como aniver-
sário, Natal, Páscoa e dia das crianças. Modere o valor dos presentes.

VIAGENS - Viajar é bom, e todos gostam, mas pode tornar-se um


arrependimento futuro se não houver planejamento. Assim, siga as di-
cas que podem lhe prevenir de voltar com o bolso vazio e muita conta
a ser paga:
Planeje tudo antes. Faça um orçamento com antecedência e verifique qual a opção
que se encaixa em seu bolso e seu interesse. O orçamento deve incluir: hospeda-
gem, transporte, alimentação, passeios turísticos e uma reserva para alguma even-
tualidade. Tendo estabelecido o valor, divida-o pelo número de meses que faltam
para você sair de férias e aplique o valor correspondente mês a mês, como você
aprendeu a fazer nos gastos eventuais;
 Evite feriados ou épocas de alta temporada;
 Pesquise pacotes turísticos, verifique os preços, leve cópias dos contratos para
casa e estude-os antes de assiná-los, e verifique, junto ao Procon, se não há ne-
nhuma reclamação registrada contra a operadora;
 Cuidado com as compras. A tentação sempre vem, mas procure deixar determi-
nado, dentro do orçamento, quanto será destinado para compras e presentes;
 Evite tirar muitas fotos. Umas poucas por dia de viagem é o bastante.

O CARRO - O carro usado e conservado é uma ótima opção, porém deve ser com-
prado com cuidado. Deve estar com a documentação e as revisões em dia e ter todos os
seus equipamentos em perfeito funcionamento. O IPVA é mais barato que o de um carro
novo. Já se encontra razoavelmente depreciado, e, portanto, perde-se menos dinheiro de
desvalorização com ele do que com um carro novo. O carro novo consome menos com-
bustível, tem menos custos de manutenção. O carro velho custa demais em manutenção.
IMPORTANTE!– as três perguntas. Se você estiver “naqueles dias” de consumismo,
use a regra dos “3 SIMS”: 1) Tenho dinheiro para pagar? 2) Preciso? 3) Tem que ser
agora?

Dicas da Serasa para defender seu crédito pessoal

Cheque é uma ordem de pagamento à vista. Ao emiti-lo, lembre-se de


que ele poderá ser descontado imediatamente.

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306
 Ao sustar um cheque, você não estará livre da obrigação de pagamento, nem de
ser protestado pelo fornecedor de produtos e serviços, exceto nos casos de perda,
furto e roubo, e mediante a apresentação de boletim de ocorrência.
 Cheque pré-datado é uma forma de obter crédito com o compromisso de que no
dia combinado o valor anotado poderá ser sacado pelo credor. Lembre-se de con-
trolar esses cheques em seu orçamento, anotando os valores e respectivas datas.
 Assuma compromissos financeiros considerando seu orçamento doméstico, com
a certeza de poder honrá-los. Caso tenha dificuldade para honrar o compromisso
no vencimento, negocie com o seu credor outra forma de pagamento para a dívi-
da vencida.
 O cartão de crédito é pessoal. Nunca o empreste a terceiros.
 Não empreste seu nome para terceiros. Evite assumir compromisso cujo paga-
mento futuro será de responsabilidade de outros.
 Não forneça dados pessoais por telefone.
 Quando fizer compras com cartão de crédito, acompanhe a operação de paga-
mento, não perdendo o cartão de vista. Se o boleto de compra com cartão de cré-
dito apresentar carbono, inutilize-o após a assinatura.
 Se fizer compras pela internet, procure saber se o site é confiável e usa algum
sistema de segurança para fazer a transação sem risco.

Adaptado de : http://www.cartilhasecia.com.br/cartilhas/0093-planejamento%20do%20or%C3%A7amento%20dom%C3%
A9stico.pdf – acesso em 7/11/12
Rassier, Leandro H. coord. Finanças pessoais: segredos de sucesso sem mudanças radicais. XP Educação. S/l. 1ª Ed., 1989.

Veja também:
Gestão financeira na família
www.bb.com.br-ed-cursos-planejamento financeiro pessoal do BB
Manual de educação financeira
Unicred.gyn.com.br/pdf/manual_educação_financeira.pdf

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307
Atividades
Faça o seu balanço patrimonial. Anual. Ajuste o quadro para seu caso espe-
cífico.
Exemplo:

ATIVO PASSIVO

Saldo em conta corrente: A. Dívida de cartão de crédito


Aplicação em dinheiro (poupança, ...) Saldo devedor do financiamento da moto
a vencer em menos de 1 ano
Contas a receber (empréstimos, venda
de um bem, ...) C. Saldo devedor da casa, a vencer em
menos de um ano,
Bens (casa, carro, moto, máquinas, ...)
D. ...
FGTS
.............................................................
TOTAL:......................
.............................................................
TOTAL: ..............................

PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Total do ativo:..............
- Total do passivo ..........
TOTAL: ...........................
DEMONSTRATIVO DO RESULTADO MENSAL

RECEITAS R$ %
Salários
...
TOTAL DE RECEITAS 100%

Faça o seu balanço de receitas e despesas, mensal. Exemplo:

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308
DESPESAS: gastos com R$ %
Alimentação: supermercado, sacolão, fora
de casa, padaria, ...
Moradia: prestações ou aluguel, condomí-
nio, água, luz, telefone, gás, IPTU, conser-
tos, ...
Educação: mensalidades, materiais, uni-
formes, transporte, cursos extras ...
Lazer/ informação / outros: livros, revis-
tas, fitas, cds, cinema, teatro, festas famili-
ares, presentes, datas comemorativas, as-
sinatura de TV, veterinário, ração, viagens,

Empréstimo pessoal:
Reserva para gastos futuros: impostos, es-
cola, viagem, ...
DESPESA TOTAL

RECEITA LÍQUIDA TOTAL (R$)


DESPESA TOTAL (R$)
SALDO

INVESTIMENTO
Poupança

Tomada de decisão: gerenciamento de gastos.


 Se suas receitas forem maiores que suas despesas, aproveite para poupar/
investir.
 Se suas receitas forem iguais às suas despesas, cuidado! Comece a rever seu or-
çamento, pois qualquer imprevisto pode lhe causar problemas.
 Se suas receitas foram menores que suas despesas, tome medidas urgentes em
relação a seus gastos. Faça uma boa análise e veja quais despesas estão fazendo
você ficar no vermelho.

O que você pode reduzir em suas despesas, se necessário ou interessante?

3. E se você aumentasse sua receita? Anote os meios que considera para aumentar sua
receita e poder agilizar a concretização de seus planos.

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309
E se, ao longo do tempo, você tiver uma poupança interessante, em que mais po-
deria investir, com maior chance de resultado? Com quem poderia se aconselhar?
Investidores não correm riscos! Investidores administram riscos.
Gustavo Cerbasi

Termine suas atividades. Leve adiante o seu planejamento financeiro,

Atividade: trazer no próximo encontro o seu planejamento financeiro.

Atividade complementar do módulo 11


Cada aprendiz deve trazer, para o próximo encontro, um PROJETO DE VIDA E CAR-
REIRA, que será o tema. O que você pretende seguir como carreira básica? Até on-
de pretende chegar? Como vai se preparar para isso?

Não é preciso fazer coisas extraordinárias para obter resultados extraordinários.


Warren Buffe

Conclusões

A análise de seu balanço financeiro e do balanço de receitas e despesas é a base


para seu planejamento de realizações futuras.
Planejamento financeiro é fundamental para quem quer conquistas a independên-
cia financeira. Organize suas finanças e não fique esperando o melhor momento
para iniciar seu programa de investimentos. A hora é agora! Defina seus objetivos,
seja perseverante e disciplinado no cumprimento de suas metas que suas chances
de ter uma vida financeira mais tranquila no futuro serão bem maiores. E lembre-
se: poupar é a primeira batalha. Investir corretamente fazendo seu dinheiro cres-
cer é a segunda. Usufruir dos resultados é vencer a guerra!

É tão trabalhoso ganharmos honestamente nosso dinheiro! Importa gastarmos


bem, conquistando qualidade de vida – e não problemas.

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310
Disciplina - EMPREENDEDORISMO
Estado da questão
 O que é empreendimento, exatamente?

 O empreendimento é para mim?

 Como eu posso desenvolver características empreendedoras?

 Posso ser um empreendedor no meu emprego?

Material de apoio

Você não está condenado ao desemprego. Sempre há uma


crise econômica a enfrentar. Elas deixam marcas e temores.
Mas todos temos uma margem de manobra. Entre os meios de
saída está o empreendimento.
O empreendimento revelou-se uma boa solução para mui-
tos trabalhadores jovens.
- O que é o empreendimento, exatamente?
Um espírito novo. Uma mentalidade que faz com que vo-
cê não espere mais uma oferta de emprego ou uma promoção. Uma filosofia de vida
que o obriga a considerar seus desejos e os do seu meio. Um modo de trabalhar no
qual você tem projetos a realizar e não apenas tarefas a fazer.
- O empreendimento é para você?
- Você não tem curiosidade de saber se sua maneira de ser, de ver e de agir se
parece com a das pessoas de negócios?
- Entre seus comportamentos e atitudes de todo dia existem indicadores de
aptidões para o empreendimento?
Assinale no retrato psicológico do tipo empreendedor as características que o
marcam e avalie: um bom empreendedor tem 75% dessas características.

 O retrato psicológico das pessoas do tipo empreendedor aplica-se tanto


àquele que quer fundar uma empresa quanto ao que quer gerir seu traba-
lho de modo eficaz.

 Nem todos conseguem montar uma empresa, mas todos podem, no seu
trabalho de todos os dias:
-estar interessado
-estar motivado
-ter boas atitudes diante das tarefas que devem executar

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311
RETRATO PSICOLÓGICO DO TIPO EMPREENDEDOR

2. Ser predisposto: Certas características asseguram mais que outras o sucesso da pes-
soa do tipo empreendedor:
 ela não tenta se esquivar de situações difíceis
 ela dança conforme a música e sabe que os problemas a resolver fazem parte de
sua vida.
 ela dá provas de obstinação e perseverança
 ela está pronta a dedicar muita energia para atingir seu objetivo
 ela sabe comunicar seu entusiasmo aos que dirige ou de quem solicita colabora-
ção, ...

3. Ser motivado: O que motiva o empreendedor, principalmente, é a possibilidade


 de ser seu próprio patrão
 de tomar decisões por si mesmo
 de fixar seus próprios objetivos
 de exercer controle sobre as situações que enfrenta
 de assumir riscos calculados
 de ser uma pessoa vencedora

4. Ter atitudes positivas: A pessoa bem sucedida em negócios inspira-se em uma filo-
sofia de vida particular. Ela manifesta uma atitude positiva em relação
 aos riscos a assumir
 à competição (ela não recusa!)
 ao esforço
 ao fracasso (sabe tirar lições)
 aos seus recursos (enquanto ela pode agir há esperanças)
 ao dinheiro (indicador do sucesso)

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312
5. Ter antecedentes: Acontece também que os eventos e as condições do
meio conduzem muito naturalmente ao empreendimento. Isso é verdadeiro
principalmente para aquelas pessoas que
 conhecem pessoas de negócios
 se entregam, desde a infância, a atividades lucrativas como vender
cartões de Natal e qualquer outra coisa
 na escola participam de projetos paraescolares e mini empresas.

O EMPREENDEDOR DOS 18 - 30 ANOS


– dicas de empreendedores bem sucedidos

A juventude com alguma experiência – eis a receita mágica!

Difícil achar um emprego? Que tal criar o seu? O que motiva os jovens?
Exatamente o que motiva os adultos: assegurar sua autonomia financeira, não ter que
contar com os outros, superar desafios, crescer.
De uma idéia ou de uma necessidade identificada,
mais e mais pessoas, sozinhas ou com outras, criam um produto,
um serviço. Essa mentalidade, essa atitude se chamam empreen-
dimento. O empreendimento se apresenta sob diversas formas,
mas se manifesta sobretudo pela criação de uma PME: fazer
uma pequena ou média empresa à sua imagem.
Desde os oito anos a criança está psicologicamente
apta a tomar iniciativas. O empreendimento pivete existe desde
sempre. Quem não fez alguma coisa para ganhar um dinheiro de
bolso, como lavar carro, engraxar sapatos, vender produtos? Se
houver um investimento, como a compra de um transporte, de
uma capa de chuva, de um cesto, de cartões de natal, trata-se de um empreendimen-
to.
Mas o mundo da PME é duro e competitivo: em cada cem empresas que
abrem, 80 falem no primeiro ano e só seis chegarão à idade venerável de ... 3 anos. A
margem de manobra é estreita e um erro pode ser fatal.
- Um jovem pode esperar sobreviver numa hecatombe dessas?
- Como colocar as chances a seu favor?
- Que dificuldades deve esperar?

Ter um mínimo de experiência

“Se não tiver no mínimo dois anos de experiência eu desaconselho lançar-se


no negócio.”

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313
“Como para o caçador, sacar o cheiro da caça leva um certo tempo. Depois,
podemos passear sem espantar a caça – fazemos parte da paisagem. O jovem terá
um conhecimento melhor do produto e dos futuros clientes, fornecedores e concor-
rentes.”
“O importante é não perder o gosto pelo risco. Algumas pessoas ganham
indo buscar experiência. Outras, ao contrário, podem ter tendência para assentar-se
sobre um bom salário e uma boa segurança no emprego, até o fim de seus dias.”
“Uma coisa é certa: não se improvisa um empreendedor.” É preciso al-
guns anos de experiência na área antes de iniciar seu próprio negócio.

A combinação estudos e trabalho

É comum os jovens trabalharem e estudarem ao mes-


mo tempo. Mesmo os adultos experientes, que desejam se
manter atualizados, costumam fazer cursos periódicos de
atualização e complementação.
“Os jovens são capazes de se realizar nos negócios,
mas com a condição de não quererem reinventar a roda so-
zinhos. Podemos suprir a falta de experiência com a assis-
tência dos adultos.”
Os jovens podem ajudar-se entre si. Podem associar-se
com colegas, ao invés de atacar sozinhos. Formar uma equipe de trovão, com três,
por exemplo. Cada um cuida de uma parte: contabilidade e finanças, marketing e
produção.
Pode-se também ter ajuda de pais, vizinhos, dos conhecimentos. Existem pro-
gramas para jovens empreendedores. Seu papel? Ajudar a avaliar seus projetos, pre-
encher formulários, dar uma primeira assistência técnica, orientá-los para órgãos e
programas de subvenção apropriados. Para obter mais informações, procure o SE-
BRAE da sua região, as associações, sindicatos patronais, especialmente o comitê
dos jovens empresários.
“Não se funda uma PME esculpindo-a com cinzel. É preciso amadurecer o
projeto. Muitos chegam aqui bem preparados. Mando os outros fazerem seus deve-
res. Eles abandonam ou voltam mais fortalecidos.”
Um jovem queria abrir uma empresa de paisagismo. “– Você vai conseguir cli-
entes?” Uma semana depois ele voltou com um contrato de R$7000,00.

O estudo do mercado

Há uma demanda para seu produto ou serviço? O estudo do mercado é um pré-


requisito indispensável. Os programas governamentais o exigem. Longe de ser uma
adversidade inútil, esse exercício aumenta as chances de sucesso. Estudo de merca-
do não é mágica!

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314
“Eu não fiz sozinho. Falei com comerciantes, fabricantes e fornecedores. Perce-
bi qual seria o meu nicho de mercado.”

Ligar-se nas necessidades do meio

“Foi durante o estágio, num jantar com o pessoal da empresa que


eu consegui informações cruciais. E com elas eu me insinuei no meio.
Abrir os olhos, estar a par das necessidades do seu meio. Um se-
tor pode estar desocupado num dado bairro ou município!
Porque importar alguns produtos, se podemos criá-los aqui? No
Brasil crescem as criações de camarões da Malásia, rãs, cogumelos, ...

O PREPARO PARA SER EMPREENDEDOR


Ter um mínimo de experiência, fazer um estudo de mercado, estar atento às necessi-
dades do meio são algumas chaves do sucesso no imediato. Mas o empreendedor
não brota como um cogumelo. Ele exige um preparo longo e profundo. O local pri-
vilegiado para essa gestação é a escola.
“Só a escola está a altura de ensinar disciplina e excelência. A margem de lucro
de uma empresa é pequena e ela depende, em primeiro lugar, dessas duas qualida-
des. Os jovens também devem aprender a lutar e a cultivar sua personalidade.”
Os estudos tornam a pessoa curiosa, levam à pesquisa, dão gosto e capacidade
para informar-se. Ensinam a aprender.
Dois jovens abriram um estúdio de música. Desde o começo
eles dispunham de um amplo rol de instrumentos para locação, que
compraram ao longo dos anos, ao invés de viajar e de ter uma mo-
to.
A principal lacuna dos jovens empreendedores é a gestão. O
abc da administração é exigência para montar um processo enxuto
e convincente. A sobrevivência cotidiana da empresa depende dis-
so. Todos os jovens bem sucedidos têm essa formação.
Uma alternativa é delegar a tarefa de administração a outra
pessoa: um estudante de administração, um contador.
Um obstáculo de provação é a negociação de um empréstimo. Por definição um
jovem não tem garantia financeira a oferecer. O melhor, então é preparar-se. Nenhu-
ma dificuldade é insuperável. O requisito básico é o projeto bem elaborado. E por-
que não buscar na família, entre amigos e conhecidos pessoas que queiram investir
na sua empresa? Ajude-se e o céu o ajudará – conclui uma fábula.

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315
Um projeto desses requer energia, auto-confiança e determinação. Uma empresa é
como uma criança: é incalculável o tempo, o amor e o dinheiro que lhe dedicamos,
mas a satisfação que obtemos é tão grande ...
Esqueça o carro novo! A fortuna não é para amanhã e o presente exige renúncia
a prazeres imediatos. A média para chegar à rentabilidade é de 36 meses. As primei-
ras entradas de dinheiro levam seis meses. Durante esse tempo as despesas correm:
operação do escritório, publicidade, compra de material, ... É comum não haver reti-
rada nos dois primeiros anos. E mesmo quando a empresa está nos trilhos a sobrevi-
vência não está garantida.
Fundar uma empresa é, antes de tudo, um modo de vida entusiasmado! Superar
um desafio, aprender a vencer obstáculos e ser seu próprio patrão valem as priva-
ções e a energia investidas.
O empreendimento é um valor de libertação. Essas pessoas se tomam nas mãos
e limitam suas dependências externas. Ao mesmo tempo, o empreendedor compõe
com seus empregados, seus clientes e seus fornecedores. Ele aprende, assim, a inter-
dependência. É a qualidade de vida do conjunto da sociedade que valorizam.
O empreendimento entre os jovens na será fogo de palha? Muitos já provaram
que a criação de empresas não é uma missão impossível, mas não é dado a todos ser
empreendedor. E os poucos eleitos encontrarão diante deles uma rota semeada de
armadilhas.
Os jovens esperavam que os levassem pela mão. Agora eles sabem que devem
tomar-se pelas mãos a si próprios. A fortuna não sorri aos audaciosos?

O EMPREENDIMENTO FEMININO

Os anos 70 foram marcados pela entrada das mulheres nas empresas. Os


anos 80 foram das mulheres empreendedoras. Dois terços das empresas novas
foram criadas por mulheres.
Parece que as mulheres mergulham no mundo dos negócios
pelos mesmos motivos que os homens: o gosto pela superação de
um desafio, o desejo da autonomia financeira, a necessidade de va-
lorizar-se. Às vezes há mais: é também ter uma revanche, mesmo
inconscientemente, contra seu pai e o sistema de educação, contra
um marido e uma repartição de tarefas e de satisfações, contra uma
sociedade e seus pré-julgamentos.
As mulheres são melhor sucedidas que os homens. As pesqui-
sas convergem. A taxa de sobrevivência de empresas dirigidas por
mulheres, depois de três anos, é o dobro das dirigidas por homens.
As mulheres são mais pacientes e perseverantes. É como se
elas tivessem uma capacidade maior de trabalhar a longo prazo.
Elas também são mais meticulosas nos seus projetos.

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316
As mulheres apresentam menores riscos que os homens, para os bancos. Motivos? Me-
nos gastadoras, elas controlam melhor as metas, têm melhores relações com seus empre-
gados e fazem retiradas menores que os homens.
Outros fatores explicam o sucesso das mulheres: elas recorrem com maior freqüên-
cia a consultores profissionais, a uma melhor formação em gestão, com uma curiosidade
insaciável.
Mais: mulheres têm escolaridade mais elevada e maior experiência:
metade trabalhou mais de oito anos na área antes de lançar-se por conta
própria.
É sabido que as mulheres gostam de discutir seus problemas entre si e
de apoiar-se mutuamente. As associações femininas se multiplicam. Nelas
fala-se de gestão, de marketing, de problemas de financiamento – o que
lhes falta.
Falta unir-se às redes masculinas: o sindicato patronal, as câmaras de
comércio, a máfia de sua área específica. O mundo dos negócios não irá se
abrir por milagre.
As mulheres continuam de boa vontade a abrir boutiques, lojas, empresas de servi-
ços de tratamento de textos e relações públicas, restaurantes. Poucas (10%) se atrevem
no setor manufatureiro – um dos campeões da economia nacional.
Muitas jovens ainda acreditam que irão trabalhar enquanto aguardam o casamento.
Entretanto os estudos são unânimes: 90% das mulheres estarão no mercado até o final da
década.
Um recado para as moças: as mulheres de negócios ganham bem suas vidas, expan-
dem-se, realizando suas ambições, levam uma existência super agradável. E tudo isso
não impede que 3 em 4 sejam casadas e tenham filhos.

E SE EU GERISSE MEU TRABALHO?

Você pode utilizar seu espírito empreendedor


na sua vida profissional, quer seja como empregador
ou como empregado.
Imagine que ao invés de aguardar que uma
oportunidade apareça, você possa por si mesmo ta-
lhar seu lugar no mundo do trabalho.
Não haveria mais opções perdedoras. Toda
formação, qualquer que seja, poderia ser utilizada
com apoio de um espírito empreendedor.

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317
O que fazer para gerir ...

1. Ter um projeto a realizar mais que ter tarefas a fazer

Criar seu trabalho ao invés de procurar emprego é um pouco como organizar uma
viagem por si mesmo antes que deixar que seja organizada por outros.
Criar seu trabalho é prever tudo por si mesmo. Pergunte ao proprietário de um pe-
queno comércio como ele chegou a realizar seu projeto. Ele lhe dirá, com certeza, que
primeiro amadureceu a idéia, depois preparou cuidadosamente seu projeto e, depois, ele
fez de tudo para realizar a idéia dele. Hoje ele gere por si só o trabalho dele.

2. Criar seu trabalho achando uma idéia nova, descobrindo uma coisa para
vender ou um serviço a oferecer.

Podemos criar nosso trabalho de muitos modos diferentes e em muitas áreas.


Alguns exemplos:
 vender coisas: comércio em diversas áreas como as artes, os livros, os móveis,
...
 vender serviços como decoração, secretariado, dança, mecânica, informática,
motorista, cuidados de pessoas, ...
 produzir bens, como roupas, brinquedos, vídeos, jogos lógicos, ...
 desenvolver uma nova idéia na produção de bens ou serviços
 aperfeiçoar uma idéia já existente.

3. Utilizar a liberdade e a estimulação

Criar seu próprio trabalho é ao mesmo tempo sedutor e exigente. É atraente porque
esse modo de se integrar no mercado de trabalho preserva a autonomia e a autodetermi-
nação. Também é exigente porque isso obriga frequentemente a utilizar ao máximo suas
capacidades.

4. Aplicar seus valores

Você está numa etapa da vida em que deve pensar no seu modo de trabalhar mais
tarde. Se esse modo o interessa é preciso preparar-se desde já. Em primeiro lugar você
deve descobrir uma área de criação de trabalho. Trata-se de achar uma idéia genial que
lhe assegure sua realização. É analisando de uma maneira criativa tudo o que se passa à
sua volta que você vai consegui-lo. Em seguida você deve buscar os meios necessários
para adquirir as competências necessárias. Essas competências podem ser desenvolvi-
das pelo viés de uma formação acadêmica ou de experiências pessoais que você pode
realizar desde já sem muitos riscos, produzindo ou vendendo bens ou serviços .

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318
Esse investimento imediato lhe permitirá testar e desenvolver suas capacidades de criador.
Você descobrirá, assim, seu poder de antecipação. Você descobrirá como encontrar, ao
mesmo tempo, soluções para muitos problemas. Enfim, você estará apto a avaliar seu grau
de determinação, sua tenacidade.

5. Desenvolver a arte de associar-se

Se ao longo da rota você descobre em si mesmo fraquezas importantes, não é preciso


desencorajar-se. O revés, contrariamente ao que muitas pessoas acreditam, dá excelentes
lições. Ford quebrou muitas vezes até conseguir construir seu império. Muito poucas pes-
soas podem se gabar de ter todas as qualidades requeridas para criar seu trabalho.
É possível remediar suas fraquezas associando-se a outros criadores que tenham ta-
lentos complementares aos seus. Essas pessoas não são necessariamente os amigos de
sempre. É preciso escolher em função do projeto que você quer realizar. Você pode, então,
formar uma cooperativa de trabalho, uma empresa auto-gerida, etc.

6. Ser alguém que empreende

Criar seu trabalho pode ser a melhor maneira de fazer as coisas respeitando seus va-
lores mais profundos. Você acredita na proteção do ambiente, você prega relações iguali-
tárias, você espera educar clientes, você pode dar conta desses princípios e de outros se
você gerir você mesmo seu trabalho. A maior força que você possui atualmente é seu en-
tusiasmo.

7. Ousar?

Infelizmente, mesmo que muitas pessoas achem interessante a idéia de gerir seu tra-
balho, um grande número delas não ousará realizar projetos nesse sentido. Essas pessoas
confessam com facilidade que não têm idéias. É especialmente triste quando isso ocorre
na juventude, que é a idade em que se desenvolvem mais os comportamentos criativos.
Para estimular sua vontade de criar um emprego, propo-
mos uma série de idéias que você pode analisar pergun-
tando-se como elas podem se transformar em projetos
de empresas. Trata-se, de fato, de fazer mais do que
uma leitura. Você precisa estudar e examinar todos os
modos possíveis de desenvolver uma ideia que o inte-
ressa e de encontrar a maneira eficaz de realizá-la.

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319
A título de exemplo

Sabemos que muitas pessoas compram ferramentas e acessórios de todo tipo:


chaves-de-fenda, martelos, serras, polidoras, tornos, etc. Elas as utilizam algumas
vezes e, por todo tipo de razões, não as usam mais.
Em outro lugar há pessoas para quem a compra de ferramentas pode interessar.
Essa ideia as interessa porque elas não têm os recursos para comprar ferramentas
novas ou porque elas sabem que não as usarão muito e, portanto, não justifica tal
investimento.

Poderíamos, a partir dessa ideia, montar um projeto de empresa – e isso de


muitas maneiras

Compra e venda através


 de pequenos anúncios publicados em jornais ou na internet;
 de folhetos publicitários distribuídos na vizinhança;
 de solicitação nos centros comerciais;
 de contatos com carpinteiros em canteiros de obras;
 de anúncios colocados em murais de supermercados e outros comércios;
 de vendedores comissionados.

Montar:
 um centro de trocas;
 um centro de presentes especializados em artigos usados;
 uma clínica de ferramentas: conserto, troca, venda, etc.

Realizar um sonho

Você percebe como, com um pouco de imaginação, é possível encontrar muitos


modos de realizar uma ideia. Faça a mesma coisa com outras ideias e você encontra-
rá, provavelmente, um modo de criar seu trabalho levando em conta suas competên-
cias (experiências e formação) e seus gostos.
Se lhe ocorrer realizar alguma coisa, você pode pre-
ferir fazê-la logo, pois em breve estará livre de outros
compromissos. Trata-se de tentar fazer um ensaio. Pode
ser que considere a experiência suficientemente conclu-
dente para lhe dar os meios para realizar seu sonho, du-
rante seu próximo curso ou ao invés dele.

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320
Ideias para criar um trabalho

Tente criar um trabalho que solucione os seguintes problemas:


 a guarda de animais;
 a manutenção de jardins;
 a publicidade distribuída em domicílio;
 o cuidado de crianças;
 o lazer para idosos, deficientes, crianças;
 o fio de tesouras e facas;
 a utilização de sistemas de som e iluminação;
 a utilização de micro-computadores;
 o conserto de casas;
 a decoração de quartos de crianças;
 o inventário de objetos domiciliares;
 as fotocópias em domicílio;
 a emolduração de quadros;
 a organização de arquivos de textos ou de fotos;
 a limpeza de janelas, de casas;
 a pintura de residências;
 o conserto de aparelhos e equipamentos domésticos;
 a solda;
 a recuperação de papéis, documentos, livros, plásticos, pratas, peças de
estanho, ...

Os princípios descritos nesta atividade podem ser aplicados tanto por uma
pessoa que tem uma empresa quanto pelo empregado que deseja provar sua au-
tonomia e sua iniciativa no seu trabalho cotidiano,

Atividades
1. Esta parece difícil, mas é muito boa e reveladora.

Anote: coisas que você realizou, nos últimos anos, por iniciativa própria,
buscando resolver um problema seu ou de outra pessoa. Pode ser a or-
ganização de um festejo, uma excursão, a melhoria da casa de alguém, o
que for, desde que tenha sido sua iniciativa.

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321
 Agora, procure listar as ações específicas que realizou, como – organi-
zei listas de interessados, convidei-os, providenciei os materiais, usei
ferramentas, etc.

 Separe essas ações em três categorias: habilidades com pessoas, habi-


lidades com objetos/ coisas, habilidades com informações.

 Analise bem essas listas e identifique o que você realmente já se mos-


trou competente para fazer. São suas habilidades funcionais motivadas
transferíveis – ou seja, coisas que sabe fazer, com forte motivação pró-
pria e que podem ser repetidas em outras oportunidades.

Use como modelo básico para outras iniciativas empreendedoras

2. A partir das dicas do texto acima, em pequenos grupos, escolha uma


ideia e esboce um projeto de empreendimento, em grandes linhas. Os proje-
tos podem ser apresentados num painel, para que todos possam conhecê-los.

3. Cada participante deve anotar três conceitos importantes para ele, rela-
cionados ao tema empreendedorismo. O instrutor sistematiza num painel
e destaca os mais citados. Depois os aprendizes registram o que conside-
rarem mais importante nas páginas final do módulo.

Atividade complementar

1. Se você fosse iniciar um empreendimento, qual seria?


2. O que seria necessário fazer para concretizá-lo?
3. Quais atitudes suas você cuidaria de aprimorar para tornar-se um em-
preendedor bem sucedido

Conclusão:

É possível e interessante considerar a possibilidade de empreendimento


em sua futura carreira, seja numa empresa de outrem ou em sua própria empre-
sa. Pense nisso. Planeje, ponha seus planos em ação.

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322
Disciplina – O que é uma empresa?
Estado da questão

- O que é uma empresa?


- Como se abre uma empresa?
- Qual é a sua estrutura?
- O que é um organograma? Onde eu me encontro nele?
- Quais são as responsabilidades e os encargos de uma empresa?
- Qual a diferença entre empresa pública, privada, estatal, de economia mista?
- Empresa individual, SA e Ltda – quais são as diferenças?
- Empresa de prestação de serviços, de comércio, ... quantos tipos existem?
- O que são empresas de pequeno, médio e grande porte – em que diferem?
- Quais são os impostos que uma empresa está obrigada a pagar? No mês, no
ano?
- Como se abre/fecha uma empresa?
- Como se elabora um plano de negócios?
- Como organizar as finanças?
- Como saber se a empresa dá lucro?
- Como calcular os preços de venda dos produtos e serviços?
- Como controlar o estoque, as vendas, o fluxo de caixa?
- Como fazer o planejamento estratégico?
- Quem pode orientar o início de uma empresa?

Objetivos

Os aprendizes devem se familiarizar com as características de uma em-


presa, em seus traços gerais, sendo capazes de identificar a empresa onde atu-
a/atuará.

Texto 1 – Histórico das empresas

As empresas não nasceram como são hoje. Foram se desenvolvendo ao longo dos
tempos.
Da antiguidade até o século XVIII, a produção era feita por artesãos. A agricul-
tura era a atividade mais forte. O comércio era principalmente local.
O uso do carvão (máquinas a vapor) como fonte de energia e de máquinas na
produção resultaram numa revolução industrial, aumentando o desenvolvimento das
sociedades.

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323
O aço (substituindo o ferro), a eletricidade e o petróleo
(substituindo o carvão) marcam o desenvolvimento indus-
trial. Esses recursos possibilitaram o motor a explosão e o
motor elétrico, aproximando a ciência da tecnologia aplica-
da nas empresas. As distâncias foram encurtadas com o de-
senvolvimento dos transportes e das comunicações. Assim
o comércio de expande rapidamente.
O gigantismo industrial é o resultado: as empresas se
tornam enormes, atuando em âmbito internacional. Tudo é
grande: navios de grande porte, redes ferroviárias e autoestradas. O automóvel, o avi-
ão e a televisão encurtam as distâncias.
A fase moderna é caracterizada pelo rápido desenvolvimento científico e tecno-
lógico, que transforma os produtos e modos de produção rapidamente.

Os países desenvolvidos e os em desenvolvimento.

Os países ao norte do planeta são considerados desenvolvidos, mais avançados


em termos tecnológicos e empresariais. Os países abaixo do Equador são considera-
dos em vias de desenvolvimento, por serem menos industrializados e mais rurais.
Surgem novos materiais, como o plástico alumínio e as fibras sintéticas e também
novas fontes de energia, como a nuclear e a solar.
O desenvolvimento tecnológico, com a informática e o circuito integrado sofis-
ticam os equipamentos: TV a cores, computador, comunicação por satélite, automó-
veis dinamizam as empresas e a vida cotidiana. Empresa, publicidade e consumo se
relacionam diretamente. A internet é o meio mais usado pe-
lo marketing das empresas, em todos os países.
As empresas competem pelos consumidores, fomen-
tando o desenvolvimento tecnológico, alavancado no de-
senvolvimento científico. A ciência fica cada vez mais liga-
da à empresa.
As empresas encontram-se atualmente na chamada fa-
se da incerteza pós-moderna. Um clima de turbulência que
os empresários não conseguem gerir da forma desejada. A
estagnação é prejudicial, pois as empresas funcionam bem como sistemas abertos a
mudanças e inovações, especialmente na produção e na gestão.

Adaptado de: www.pt.wikipedia.org/wiki/Empresa - acesso em 16/09/10

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324
Texto 2 - A administração de objetivos e recursos da empresa

Uma das funções da administração é a organização, que é a definição da es-


trutura de órgãos que compõem a empresa, das relações de autoridade e responsabili-
dade, das linhas de comunicação, da distribuição dos recursos humanos e materiais ne-
cessários ao desenvolvimento do empreendimento.
A missão principal da administração é concretizar, na prática, os princípios de orga-
nização – os objetivos e os recursos. Isso significa integrar as atividades de engenharia,
produção, vendas – por exemplo - num clima de cooperação que gerem desempenho
capaz de levar o empreendimento a alcançar seus objetivos.
Assim, administrar conceitua-se como o ato de realizar coisas e obter os resultados
máximos com e por meio de pessoas, desenvolvendo um conjunto de atividades neces-
sárias para garantir e regular as contribuições destas de modo a atingir as metas orga-
nizacionais, observando os padrões de eficácia, eficiência e efetividade esperados.

Funções administrativas: planejamento, organização, direção e controle

A administração é um processo composto por quatro funções: planejamento, orga-


nização, direção e controle.
O planejamento é a determinação de para onde queremos
ir, ou seja, visualizar o futuro e traçar um programa de ações.
Assim, o planejamento requer o estabelecimento de objetivos
gerais e específicos, a definição de estratégias e métodos; o de-
senvolvimento de planos operacionais, o estabelecimento de
prazos para execução. Uma das ferramentas é o cronograma.
A organização inclui o desenvolvimento de uma estrutura,
a organização das atividades em departamentos, a especificação
das relações entre departamentos e unidades de operação.
A direção é o desenvolvimento de uma filosofia organizacional sobre as pessoas, a
integração das necessidades dos indivíduos com as da organização, a criação de meios
para motivação dos colaboradores para a criação de um clima de cooperação.
O controle é o estabelecimento de padrões e medidas de bom desempenho, a
identificação dos problemas que possam impedir o alcance dos objetivos estabelecidos
no planejamento, a aplicação de ações corretivas necessárias. A função controle está
diretamente ligada à função planejamento.

O ambiente organizacional: geral e específico

É tudo o que envolve a empresa, capaz de modificar seu comportamento. Fala-se


de ambiente geral e ambiente específico.

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325
O ambiente geral é um conjunto de variáveis externas que influenciam todas as or-
ganizações:
 Variáveis tecnológicas: são os conhecimentos disponíveis, como invenções,
técnicas, etc. As empresas precisam absorver essas inovações.

 Variáveis políticas: são resultado das decisões governamentais em âmbito


nacional e internacional, incluindo o clima político e ideológico, a estabili-
dade ou instabilidade política ou institucional e as tendências ideológicas
que orientam os rumos das políticas econômicas, fiscal, trabalhista, saúde
pública, educação, habitação, etc.

 Variáveis econômicas: são de caráter permanente ou temporárias. As per-


manentes referem-se ao nível da economia como desenvolvimento, estagna-
ção, recessão, desenvolvimento regional, graus de industrialização e de dis-
tribuição de renda. As conjunturais (temporárias) são o nível de atividade
econômica, a taxa de inflação ou deflação, a balança de pagamentos, a polí-
tica fiscal, etc.

 Variáveis legais: são as leis, regulamentos e normas vigentes que regulam,


controlam, incentivam ou restringem as ações das or-
ganizações, formalizando o contexto político, econô-
mico e social.

 Variáveis sócio-culturais: são os fatores determinan-


tes do comportamento e atitudes predominantes nas
pessoas de uma sociedade. Incluem as tradições cultu-
rais do país e da comunidade, a atitude das pessoas em relação ao trabalho,
as tendências de aceitação ou rejeição de produtos, pessoas e hábitos. Elas
estão em constante mudança em função da atuação dos meios de comunica-
ção sobre a opinião pública, formando e modificando padrões.

 Variáveis demográficas: são as características da população que se podem


medir estatisticamente, tais como crescimento populacional, raça, religião,
distribuição geográfica, sexo, idade, níveis de renda. Essas características
influenciam a aceitação de bens e serviços no ambiente e se refletem nas es-
tratégias das organizações.

 Variáveis ecológicas: incluem o estado geral da natureza e do ambiente físi-


co e natural, assim como a preocupação da sociedade com o meio ambiente.

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326
O ambiente específico é o mais próximo e particular de cada empresa, incluindo:
 As entidades concretas com as quais a empresa interage diretamente, cujo
comportamento é importante em termos de objetivos estabelecidos e alcan-
çados.
 Os clientes: alvo e direcionador prioritário.
 Os fornecedores: supridores de recursos.
 Os concorrentes: a competição.
 Os grupos reguladores: governo, sindicatos, associações, entidades de clas-
se – que impõem restrições, controles ou limitações às atividades da institui-
ção.

Responsabilidade social

É a conduta ética e responsável adotada por toda empresa em sua rede de rela-
ções, incluindo consumidores, fornecedores, funcionários, acionistas, governo, meio
ambiente e comunidade.
O código de ética da empresa sistematiza os valores essenciais praticados pela
empresa nos relacionamentos com os diversos segmentos da sociedade. Propicia a
disseminação e o compartilhamento desses valores, no âmbito interno e externo, es-
timula a reflexão sobre o exercício profissional responsável. Possibilita também o
contínuo aperfeiçoamento das normas de conduta. Seus funcionários pautam suas
ações pelos valores expressos nesse código de ética e pelas normas de conduta pro-
fissional da empresa.
Os fundamentos éticos prioritários comuns às empresas e seus funcionários são
a justiça, a responsabilidade, a confiança, a civilidade e o respeito.
A responsabilidade social pode se relacionar com a qualidade de vida no traba-
lho. Resultam em melhor qualidade de vida no trabalho, como as campanhas contra
o sedentarismo e o tabagismo e os programas de integração do indivíduo ao traba-
lho. Todo tipo de empresa, não importa o porte, o setor da
economia e a quantidade de funcionários pode desenvol-
ver ações de responsabilidade social, que depende mais de
vontade política que de outros fatores. Qualquer empresa
pode agir, seja individualmente ou em grupo.
Uma empresa é considerada socialmente responsável
quando tem a capacidade de ouvir os interesses das dife-
rentes partes: acionistas, funcionários, prestadores de ser-
viços, fornecedores, consumidores, governo e meio-
ambiente – e consegue incorporá-los no planejamento de
suas atividades, buscando atender às demandas de todos e não apenas de acionistas
ou proprietários.

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327
Cultura organizacional

A cultura organizacional ou cultura corporativa é o conjunto de hábitos e cren-


ças estabelecidos por meio de normas, valores, atitudes e expectativas compartilha-
dos por todos os membros da organização.
Ela se refere ao sistema de significados compartilhados por todos os membros
e que distingue uma organização das demais. É o modo de pensar e agir de uma or-
ganização. A essência da cultura da organização se revela no modo como ela trata
seus clientes e funcionários, o grau de liberdade que existe em suas unidades e o
grau de lealdade de seus funcionários em relação à empresa.
A cultura organizacional representa as percepções dos dirigentes e funcioná-
rios e reflete a mentalidade predominante. Por isso ela condiciona a administração
de pessoas. Em outras palavras, a cultura organizacional representa as normas infor-
mais e não escritas que orientam o comportamento dos membros de uma organiza-
ção no dia a dia e que direcionam suas ações para atingir os objetivos organizacio-
nais. É a cultura que define a missão e provoca o estabelecimento dos objetivos da
organização. A cultura precisa ser alinhada com outros aspectos das decisões e ações
da organização como planejamento, organização, direção e controle.

Mudanças na cultura de uma organização

Pode-se ou deve-se mudar a cultura de uma organização? Sim, para que a orga-
nização possa sobreviver e se desenvolver, para se revitalizar e inovar.
O esforço de entendimento entre as pessoas dentro da empresa é uma maneira
de garantir uma estrutura consistente e manter o ritmo da produtividade. Importa
que as pessoas sejam diferentes, que tenham um perfil variado nas equipes. É o res-
peito mútuo interno que torna uma empresa forte, capaz de gerar respostas rápidas e
eficientes. Se as diferenças forem organizadas em torno de um único compromisso,
a empresa estará sempre pronta para administrar as mudanças que foram necessá-
rias. Só se consegue isso com uma cultura organizacional forte, onde as pessoas têm
os valores e princípios da empresa disseminados de forma clara, onde todos têm or-
gulho de fazer parte de uma organização transparente e focada no sucesso.

Ferramentas que ajudam na mudança da cultura da organização


 Clareza de objetivos, valores e princípios
 Imagem de produtos e serviços
 Integração e comunicação
 Abertura a novas idéias
 Desempenho profissional
 Aprendizado
Adaptado de: www.rhportal.com.br/artigos - acesso em 07/09/10

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328
Texto 3 – Missão da organização

É a razão pela qual a empresa existe. Toda organização, independentemente de seu


porte, deve definir uma missão para direcionar suas ações e estratégias no mercado.
Desde o momento da contratação de empregados e/ou serviços terceirizados, é funda-
mental que a missão seja repassada, para que todos os envolvidos no processo a co-
nheçam e trabalhem para ela. O conhecimento da missão organizacional por parte dos
empregados amplia sua visão e sua atuação a fim de inspirar as pessoas para uma
ação pró-ativa. Para a definição de missão é importante envolver clientes externos e
internos, fornecedores, sociedade e outros setores envolvidos com as atividade das
empresa.
As perguntas que norteiam a definição da missão são:
 Por que a empresa existe?
 O que a empresa faz?
 Para quem?

O propósito, a missão, é algo muito mais significativo do que a simples descrição


do que é feito internamente; a missão retrata a verdade de que o resultado da empresa
é maior do que a soma das partes do que é feito
Fonte: www.cofeci.gov.br – acesso em 10/09/10

Organograma

Para planejar, organizar, dirigir e controlar, o administrador usa ferramentas co-


mo normas e regulamentos, instruções e procedimentos, gráficos. Dentre eles, o orga-
nograma, o fluxograma e o cronograma.
O organograma é um gráfico que representa a estrutura formal de uma organiza-
ção. Os organogramas mostram como estão distribuídas as unidades funcionais, a hie-
rarquia e as relações de comunicação.
Os órgãos ou departamentos são unidades administrativas com funções bem defi-
nidas, como: a tesouraria, o departamento de compras, a por-
taria, a biblioteca, o setor de produção, a gerência administra-
tiva, a diretoria técnica, a secretaria, etc. Os órgãos têm um
responsável, com o cargo de chefe, supervisor, gerente, coor-
denador, diretor, secretário, governador, presidente, superin-
tendente, etc. Normalmente têm colaboradores (funcionários)
e espaço físico definido.
Em um organograma os órgãos estão dispostos em ní-
veis que representam a hierarquia existente entre eles. Em um organograma vertical,
quanto mais alto estiver o órgão, maior a autoridade e a abrangência da atividade.

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329
Tipos de organograma

Existem diversos tipos de organograma: o clássico (vertical), o radial


(circular), o matricial e o funcional.
O mais comum é o clássico, chamado de vertical. É elaborado com retân-
gulos que representam os órgãos e linha

Fontes: www.scibd.com/doc/20116692/Organograma - acesso em 26/05/10


http://www.oficinadanet.com.br/artigo/1554/tipos_de_organograma - acesso em 7/11/12

Texto 4 – Empresa estatal, empresa de economia mista,


empresa privada

Empresa estatal, também chamada de corporação de propriedade govenamen-


tal, companhia de propriedade governamental, corporação de propriedade pública,
empresa de negócios governamentais, ou simplesmente de paraestatal, é um termo
genérico, não técnico, usado para designar empresas em que o governo detém parte ou
todo o capital social, ou seja, são de empresas de Direito Público pertencentes à admi-
nistração indireta para realizar atividades econômicas em nome do governo. .[..]. Cor-
porações de propriedade governamental devem ser diferenciadas de outras formas de
agências governamentais ou entidades estatais criadas para perseguir objetivos pura-
mente não-financeiros.
No Brasil as empresas estatais são apenas de dois tipos:empresa pública e socie-
dade de economia mista.
Durante o programa de desestatização, houve acentuada transferência de empre-
sas públicas para o capital privado através da política de privatizações.
A Caixa Econômica Federal, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, a
Embrapa, o Serpro e o BNDES são exemplos de empresas públicas.

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330
Empresa de economia mista

Empresa de economia mista, ou sociedade de economia mista, é uma empresa cujo


capital é majoritariamente detido pelo Governo, mas que tem sócios privados e, geral-
mente, têm suas ações negociadas em Bolsas de Valores. Exemplos: Petrobras, Sabesp,
Banco do Brasil, Banco Nossa Caixa e Eletrobrás e, até 1997, antes de sua privatização,
a Companhia Vale.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_estatal - acesso em 7/11/12

Empresa privada

É aquela que não é de propriedade do Estado, ou seja, seu proprietário possui to-
dos os direitos sobre ela.
Apesar de ser dono de uma empresa privada, a pessoa jurídica criadora da empre-
sa ainda deve impostos ao Estado.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_privada - acesso em 7/11/12

Texto 5 - Sociedade LTDA e o empresário individual

A sociedade LTDA é uma empresa constituída por dois ou mais sócios, e o ca-
pital está dividido por quotas, onde cada um possui uma responsabilidade limitada.
No contrato social de uma LTDA tem que constar qual o tipo de empresa, se é uma
LTDA ou SA (Sociedade Anônima). Em uma empresa LTDA, os sócios dividem as
obrigações da empresa, ou seja, cada um possui uma participação limitada perante
terceiros, a limitação refere-se ao montante do capital social investido.
As sociedades LTDA terminam sempre com a expressão, no final “ Empresa
XX Ltda", onde o nome pode ser a razão social, ou o objeto social da empresa. O fa-
to de ter que colocar o LTDA no final do nome da organização está previsto no art.
1158 do Código Civil Brasileiro. Se a palavra limitada não aparecer no nome da soci-
edade, presume-se então que é ilimitada a responsabilidade dos sócios, e assim será
tratada.
Fonte: http://www.significados.com.br/ltda/ acesso em 7/11/12

Texto 6 - A sociedade limitada, o empresário individual


e o porte da empresa

A Sociedade Limitada é aquela que reúne dois ou mais sócios para explorar ativida-
des econômicas organizadas para a produção ou circulação de bens ou de serviços, consti-
tuindo elemento de empresa. Os sócios respondem de forma limitada ao capital social da em-
presa pelas dívidas contraídas no exercício da sua atividade perante os seus credores.

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331
No caso do Empresário Individual, uma única pessoa física constitui a empresa, cujo no-
me empresarial deve ser composto pelo nome civil do proprietário, completo ou abreviado,
podendo aditar ao nome civil uma atividade do seu negócio ou um apelido.
Um empresário individual atua sem separação jurídica entre os seus bens pessoais
e seus negócios, ou seja, não vigora o princípio da separação do patrimônio. O proprietário
responde de forma ilimitada pelas dívidas contraídas no exercício da sua atividade perante
os seus credores com todos os bens pessoais que integram o seu patrimônio (casas, auto-
móveis, terrenos etc.) e os do seu cônjuge (se for casado num regime de comunhão de
bens).
A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) é uma natureza
jurídica criada por lei em 2010 e que poderá ser constituída a partir de 2012. Ela possibili-
tará a solução de vários problemas atuais, como a situação de responsabilidade ilimitada
do empresário individual e a formação de sociedades limitadas com a participação de só-
cios, tais como filho(a), mulher ou marido, ou terceiros com um percentual mínimo, somen-
te para atender o requisito de se ter um segundo sócio.
A EIRELI deve ter um titular, pessoa física ou jurídica e capital mínimo de 100 vezes
o maior salário-mínimo do País – totalmente integralizado, sendo a responsabilidade do
titular limitada ao valor do capital. O titular pessoa física não poderá ter mais de uma EIRE-
LI, restrição essa que não se aplica ao titular pessoa jurídica. Enquanto para o titular pes-
soa física é facultativo ter ou não um administrador, para o titular pessoa jurídica será obri-
gatório.

Porte da empresa

De acordo com a Lei Geral para Micro e Pequenas Empresas, de 2006, são consi-
deradas microempresas aquelas que possuem faturamento máximo de R$ 240.000,01, e
pequenas empresas as que faturam entre R$ 240.000,01 a R$ 2,4 milhões anuais. Ao se-
rem enquadradas nestes parâmetros, as empresas tendem a ter vantagens fiscais como a
inclusão no Super Simples (Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições
das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), desde que não exerçam nenhuma ati-
vidade que seja impedida de participar do regime e atendam os requisitos previstos na lei
LC 123/2006, de 14.12.2006.
A partir de janeiro de 2012, a nova lei do Super Simples reajusta em 50% as faixas
de enquadramento e o teto da receita bruta anual das empresas do Simples Nacional. O
da microempresa passa de R$ 240 mil para R$ 360 mil e o da pequenasobe de R$ 2,4 mi-
lhões para R$ 3,6 milhões. O teto do Empreendedor Individual (EI), categoria jurídica em
vigor desde julho de 2009, aumenta de R$ 36 mil para R$ 60 mil por ano.
Fontes: Sebrae, Simples Nacional, Departamento Nacional de Registro do Comércio

Fonte: http://www.brasil.gov.br/empreendedor/abra-sua-empresa/diferencas-entre-tipos-de-empresas - acesso em 7/11/12

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Texto 7 - As diferenças entre Sociedade Empresarial Limitada, Empresá-
rio Individual e Empreendedor Individual

Basicamente,
 Sociedade Limitada é aquela que reúne dois empresários ou mais
para a exploração de uma ou mais atividades econômicas,
 Empresário Individual é aquele que exerce em nome próprio
uma atividade empresarial, e a nova categoria,
 Empreendedor Individual, nada mais é do que um empresário
que trabalha por conta própria e fatura até R$ 36.000,00 por ano,
podendo ter até um empregado contratado.

Sociedade Limitada
A sociedade empresária tem por objeto o exercício de atividade própria
de empresário sujeito ao registro, independentemente de seu objeto, devendo
inscrever-se na Junta Comercial do respectivo Estado. (CC art. 982 e parágrafo
único).
Isto é, sociedade empresária é aquela onde se
exerce profissionalmente atividade econômica orga-
nizada para a produção ou circulação de bens ou de
serviços, constituindo elemento de empresa. Desta
forma, podemos dizer que sociedade empresária é a
reunião de dois empresários ou mais, para a explora-
ção, em conjunto, de atividade (s) econômica (s). Os
sócios respondem de forma limitada ao capital social
da empresa, pelas dívidas contraídas no exercício da
sua atividade perante os seus credores.

Empresário Individual
O empresário individual nada mais é do que aquele que exerce em nome
próprio, atividade empresarial. Trata-se de uma empresa que é titulada apenas
por uma só pessoa física, que integraliza bens próprios à exploração do seu ne-
gócio. Um empresário em nome individual atua sem separação jurídica entre os
seus bens pessoais e os seus negócios, ou seja, não vigora o princípio da sepa-
ração do patrimônio.
O proprietário responde de forma ilimitada pelas dívidas contraídas no
exercício da sua atividade perante os seus credores, com todos os bens pessoais
que integram o seu patrimônio (casas, automóveis, terrenos etc.) e os do seu
cônjuge (se for casado num regime de comunhão de bens).

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333
O inverso também acontece, ou seja, o patrimônio integralizado para a explora-
ção da atividade comercial também responde pelas dívidas pessoais do empresário e do
cônjuge. A responsabilidade é, portanto, ilimitada nos dois sentidos.
A empresa (nome comercial) deve ser composta pelo nome civil do proprietário,
completo ou abreviado, podendo aditar-lhe um outro nome pelo qual seja conhecido no
meio empresarial e/ou a referência à atividade da empresa. Se tiver adquirido a empresa
por sucessão, poderá acrescentar a expressão "Sucessor de" ou "Herdeiro de".
Diferença entre Micro e Pequena Empresa:
- Micro Empresa: fatura até R$ 240.000,00 por ano
- Pequena Empresa: fatura de R$ 240.000,00 até R$ 2.400.000,00 por ano.

Empreendedor Individual

O Empreendedor Individual é a pessoa que trabalha por conta própria e que se


legaliza. É aquele que fatura até R$ 36.000,00 por ano, não participa em outra empresa
como sócio ou titular e poderá ter apenas um empregado contratado que receba o salá-
rio mínimo ou o piso da categoria.
A Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, criou condições especiais para que o
trabalhador conhecido como informal, possa se tornar um Empreendedor Individual le-
galizado.
Entre as vantagens oferecidas por essa lei, está o registro no Cadastro Nacional
de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilitará a abertura de conta bancária, o pedido de
empréstimos e a emissão de notas fiscais.
Além disso, o Empreendedor Individual será enquadrado no Simples Nacional.
Pagará apenas o valor x mensal de R$ 60,40 (comércio ou indústria) ou R$ 64,40
(prestação de serviços), que será destinado à Previdência Social e ao ICMS ou ao ISS.
Essas quantias serão atualizadas anualmente, de acordo com o salário mínimo.
Com essas contribuições, o Empreendedor Individual terá acesso a benefícios co-
mo auxílio-maternidade, auxílio-doença, aposentadoria, entre outros.
Fonte: http://www.sebrae.com.br/uf/rondonia/orientacao-empresarial/abertura-e-legalizacao-de-empresa/diferencas-entre-
tipos-de-empresa - acesso em 7/11/12

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334
Existem muitas outras características de uma empresa. Não cabe enunciá-las todas
aqui. Se houver interesse, existem fontes acessíveis para obter informações e conhe-
cimentos complementares.
Quer melhorar sua empresa? Quer abrir uma empresa? Quer conhecer melhor
o funcionamento de uma empresa? Procure o SEBRAE: www.sebrae.com.br.

Atividades
Volte às questões iniciais. Você sabe respondê-las agora? Você consegue, agora,
reconhecer os conceitos apresentados na empresa onde trabalha?

Atividade complementar

Descreva, em detalhes, a empresa onde trabalha, trabalhou ou irá trabalhar


em breve. Use os textos como apoio.

Conclusão:

Uma empresa é uma organização muito complexa. Exige competências e


formação especiais, além de capital, para ser montada e dirigida. Poucas são
as empresas criadas que sobrevivem a três ou seis anos de existência. Há que
se respeitar – e muito - as pessoas que assumem tal responsabilidade perante si
mesmo, sua família, seus colaboradores e familiares, seus fornecedores e con-
sumidores.

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335
Disciplina – PROJETO DE VIDA E CARREIRA

Estado da questão

Todos temos sonhos, desejos, aspirações. Em relação à vida, à carreira, tam-


bém.
- Quais são os seus?
- Como transformar sonhos em projetos realizáveis?
- Posso me sair bem em qualquer tipo de trabalho?
- O que tem minha personalidade a ver com a profissão em que me darei melhor?
- Em que setor da economia eu gostaria de trabalhar?
- Fazer o que, onde, com que, para que, como me preparar?
- E os custos? Como administrar?

Objetivos
Nos textos seguintes encontram-se relações de opções para sua escolha.
Você conhece a maioria das alternativas. Elas estão agrupadas por critérios
que facilitam suas escolha para decidir sobre fazer o que, com que, onde, co-
mo, como se preparar. Um super menu! Tome fôlego, concentre-se e vá assina-
lando, respondendo. No final, você junta os dados, estabelece objetivos claros
e importantes para você e monta seu plano de ação. Mãos à obra.

Fatores críticos de sucesso da escolha da carreira profissional

Leia com vagar e muita atenção. Grife o que for mais importante para
você e complete as linhas pontilhadas. Você estará reunindo informações sobre
si mesmo, diferenciando-se de outras pessoas. Essas informações são impor-
tantes para seus planos de vi-
da e carreira.

Toda pessoa tem sonhos,


desejos, necessidades, interes-
ses, aspirações. Esses desejos
são ilimitados. Quais são os
seus desejos? Moradia, famí-
lia, amigos, carro, ...
(complete)

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336
Toda pessoa quer atender a essas necessidades, desejos, aspirações. Então, é
preciso fazer algo. A ponte entre o desejo e a realização é a ação intencional.
Sem ela, os desejos podem permanecer sonhos, que se desmancham como bo-
lhas de sabão. O que você pode fazer para conseguir o que quer?
Para realizarmos nossos sonhos, é preciso, então: *estabelecer prioridades,
* planejar nossas ações, * planejar o uso dos nossos recursos (de tempo, espa-
ço, energia e matéria). Assim transformamos nossos sonhos em projetos e au-
mentamos a chance de realizá-los. Qual é o seu sonho mais importante?

O projeto exige um objetivo claro e bem definido. Para estabelecermos esse ob-
jetivo é importante nos conhecermos bem: * quem é você? (personalidade) * do
que você gosta? (interesses) * o que é importante para você? (valores) * o que
você faz com maior facilidade? (habilidades). * o que você quer? Abaixo texto
que ajuda a responder a estas perguntas.
Identificado o objetivo profissional, por exemplo, é preciso conhecê-lo
bem: * suas características (o que é e como é o trabalho), * suas exigências, *
suas recompensas. Pergunte, converse com pessoas da área. Elas gostam de
falar sobre seu trabalho.
O conhecimento claro e definido do objetivo facilita e permite: * tomar
decisões, * traçar percursos * planejar ações e estratégias. Quais são as suas
perguntas?

É comum enfrentarmos obstáculos e dificuldades para realizarmos nossos


planos. Esses obstáculos podem ser pessoais ou ambientais. * O que você pre-
vê? * O que pode fazer a respeito?

É importante lembrar que não vivemos sozinhos, mas com outras pessoas
que têm os próprios sonhos e planos delas. Algumas podem concordar com
nossos planos e nos ajudar. Outras podem ter planos conflitantes com nossos
interesses e trazer dificuldades. * Quem são as pessoas que podem ajudá-lo? *
Quem pode atrapalhá-lo? * Onde encontrar pessoas com objetivos e interesses
semelhantes aos nossos?

Existem recursos que podemos acessar para obter respostas às nossas per-
guntas: profissionais, pais, colegas, professores, chefes. Existem materiais, do-
cumentos que podemos consultar. * De que recursos você dispõe para realizar
seus planos? * Quais faltam? * Que pessoas, profissionais você gostaria de
acessar?

Pessoas que se declaram bem sucedidas têm objetivos claros e planos concre-

Sorte é estar no lugar certo, na hora certa, sacar e aproveitar! Rabino Soebel

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337
Escolha da profissão para toda a vida?
Pano de fundo: os setênios da longa vida

Costumávamos pensar nossas vidas com uma expectativa de 60 anos, como um


morro suave, ou 3 caixas independentes:
 infância, tempo de brincar e de aprender,
 idade adulta, tempo de trabalhar, de família
 terceira idade, tempo de descansar
 Recentemente, julgamos mais interessante ver nossas vidas com uma expec-
tativa de 100 anos, em setênios:
 os sete primeiros anos – brincar, ser criança
 dos 7 aos 14 – aprendizagem básica que nos integra à sociedade, brincar
 dos 14 aos 21 – adolescência, grupos de pares, preparo para a vida adulta,
início do trabalho, continuidade dos estudos, lazer
 dos 21 aos 28 anos – juventude – continuidade dos estudos, trabalho formal,
talvez início de uma nova família, uma nova moradia, ...
 e assim por diante.
Numa vida tão longa, é bem mais interessante brincar, aprender e trabalhar em
todas as fases. As mudanças no mundo, na sociedade, na vida, no trabalho nos inci-
tam a estar sempre prontos para novas aprendizagens. O lazer não é dispensado em
tempo algum – nem o trabalho. Não é mais possível pensar em trabalhar 30 anos e
depois viver mais 50 aposentado, vivendo da pensão modesta da previdência.
Escolha de uma profissão para toda a vida?
As escolhas estruturais

Até a metade do século passado, as pessoas se preocupavam em fazer uma es-


colha de profissão para a vida toda. Mas, como escolher um trabalho para a vida to-
da, se toda hora surgem novas profissões e algumas desaparecem? O trabalho está
passando por fortes transformações. Vale fazer escolhas mais amplas, de rumo a se-
guir, e depois ir acertando o percurso, ao longo da jornada, diante do que existe então
e do que surge de novo.
Quando se fala de escolha de profissão, curso preparatório, iniciação na carrei-
ra, estamos falando de escolher um tipo de trabalho que tenha a ver com nosso modo
de ser, nossas preferências, nossas habilidades. Depois tem a ver com o curso que
melhor prepara para o exercício desse trabalho.
Assim, numa ordem por importância, primeiro decidimos o que vamos fazer,
depois como nos prepararmos para isso.
Para isso, é importante termos claro quem somos.

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338
Os tipos de personalidade e de ambientes de trabalho.

Todas as pessoas têm um pouco de cada tipo de personalidade. Importa, para esco-
lher um trabalho, os dois mais fortes, mais marcantes. Grife as características que você
acha que o descreve bem.

O tipo de personalidade realístico – R – Prefere trabalhar com objetos, máqui-


nas, ferramentas, animais. Gosta de trabalhar ao ar livre. Tem habilidades mecânicas e
atléticas – é resistente à fadiga física. Tem reduzida habilidade de relacionamento – é
tradicional. Valoriza coisas concretas, como dinheiro, poder e status. É prático, ajustado,
sensato, econômico, materialista, franco, anti-social. Exemplo de ambiente realístico de
trabalho: oficina mecânica, fazenda, ônibus, trem, trator, ateliê de costura, marcenaria,
construção.

O tipo de personalidade investigativo – I – Prefere ob-


servar, investigar, ler, analisar, controlar a vida, a. Procura com-
preender e controlar fenômenos físicos, biológicos ou culturais.
Tem habilidades científicas e matemáticas. Valoriza as ciências e
as atividades intelectuais. É educado, independente, racional, pre-
ciso, rigoroso, curioso, crítico, modesto, pessimista, passivo, ana-
lítico. Exemplos de ambientes investigativos de trabalho: hospi-
tal, faculdade, farmácia, laboratório, zoológico.
O tipo de personalidade artístico – A – Prefere trabalhar com materiais físicos,
verbais ou humanos para criar formas ou produtos artísticos. Tem habilidades intuitivas
e criatividade artística – é intuitivo. Gosta de arte, música, teatro.
Valoriza qualidades estéticas. ´\e criativo, intuitivo, espontâneo, ori-
ginal, complicado, idealista, desordeiro, independente, inconformis-
ta. Exemplos de ambientes artísticos de trabalho: ateliês, teatro,
agência de publicidade, rádio e TV, gráfica.
O tipo de personalidade social – S – Prefere trabalhar com pessoas
para informar, treinar, curar, educar. Tem habilidades para relacio-
namento interpessoal e para ensinar. Gosta de ajudar e de compre-
ender outras pessoas - colabora. Valoriza atividades e problemas éticos e sociais, o reco-
nhecimento pessoal. É atencioso, dedicado, colaborador, co-
municativo, responsável, idealista, amável, simpático, domi-
nante, generoso, compreensivo. Exemplos de ambientes soci-
ais de trabalho: escola, hotel, camping, hospital, serviço soci-
al, auto-escola, igreja.

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339
O tipo de personalidade convencional – C – Prefere trabalhar com nú-
meros e informações, de modo ordenado e sistemático. Tem habilidades buro-
cráticas e computacionais – é sistemático. Gosta de trabalho concreto, organiza-
do, rotineiro, com regras claras. É organizado, metódico, minucioso, eficiente,
ordeiro, dependente, inflexível, calmo, controlado, inibido, melindroso. Valori-
za realizações econômicas e negócios. Exemplos de ambientes convencionais
de trabalho: banco, lotérica, almoxarifado, correio, escritório, agência de segu-
ros, agência de viagens, arquivo, biblioteca, escritório de contabilidade.

Atividades
- Qual e o seu tipo dominante de personalidade? R - I - A - S - E - C
 Quais são seus ambientes preferidos? R - I - A - S - E - C

Grife no texto os específicos.


Definindo como objetivo profissões que têm a ver com seu tipo de personalidade,
você tem maiores chances de se dar bem.

Texto 4 - As ocupações: RIASEC

Abaixo estão os tipos de ocupações segundo os tipos de personalidade.


São as ocupações mais comuns na nossa sociedade. Grife os tipos de ocupa-
ções de seu interesse.
As ocupações realísticas (R) são ocupações especializadas, técnicas, in-
cluindo algumas áreas de serviços. Exemplos: engenheiro, eletricista, vidracei-
ro, joalheiro, soldador, mecânico, frentista, padeiro, cozinheiro, impressor, óti-
co, fiscal de obras, técnico em refrigeração, reparador de eletrodomésticos, ta-
peceiro, marceneiro, veterinário, mecânico de elevadores, sapateiro, tintureiro,
vigia, encadernador, açougueiro, garçom, boiadeiro, maquinista, alfaiate, moto-
rista, carteiro, marinheiro, azulejista, caminhoneiro, carpinteiro, arquiteto, pro-
tético, ...
As ocupações investigativas (I) são as de cunho científico e técnico.
Exemplos: analista de sistemas, economista, matemático,, químico, físico, bió-
logo, dentista, médico, professor de ciências, psiquiatra, farmacêutico, pesqui-
sador, atuário, administrador, planejador de produção, técnico de laboratório de
análises clínicas, auxiliar de enfermagem, cirurgião, urbanista, ecologista, agrô-
nomo, técnico em leite e derivados, horticultor, técnico sanitarista, programador
de computadores, laboratorista.

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340
As ocupações artísticas (A) incluem as musicais e literárias. Exemplos: ator,
atriz, instrutor de dança, professor de inglês, repórter, apresentador de espetáculos, es-
critor, pintor, músico, desenhista de comunicação, rádio e TV, publicitário, bailarina,
cantor, relações públicas, modelo de modas, astrólogo, câmara man, coreógrafo, ilumi-
nador, decorador, desenhista de embalagens, cenógrafo, vitrinista, gravador artístico,
decorador de cerâmica, fotógrafo, maquetista, caricaturista, confeiteiro, artista gráfico,
roqueiro, trapezista,
As ocupações sociais (S) são as de cunho educacional e social. Exemplos: repre-
sentante de sindicato, entrevistador de empresa, agente funerário, gerente de hotel, ana-
lista de cargos e salários, administrador de camping, professor de educação física, bar-
man, recepcionista, gerente de hotel, diretor de escola, barbeiro, atendente de clínica,
treinador, psicólogo, professor, terapeuta de reabilitação, recreacionista, assistente soci-
al, dietista, supervisor de ensino, analista de crédito, promotor de vendas, síndico, dete-
tive, agente de polícia, foniatra, musicoterapeuta, pedicuro, fisioterapeuta, massotera-
peuta, acupunturista, cabelereiro, manicure, professor de educação artística, enfermeiro
prático, padre, técnico de alimentos.
As ocupações empreendedoras (E) incluem as gerenciais e de vendas. Exem-
plos: comprador, corretor de imóveis ou de seguros, despachante, supervisor de vendas,
cobrador, gerente, executivo, administrador, assistente administrativo, gerente comerci-
al, administrador público, advogado trabalhista, recrutador de pessoal, gerente de pro-
dução, engenheiro de tráfego, demonstrador, vendedor, gerente de posto de gasolina,
advogado, juiz, político, guia turístico,
As ocupações convencionais (C) são as burocráticas e de escritório. Exemplos:
cronometrista, faturista, operador de máquinas copiadoras, arquivista, montador de mo-
tores, contador, analista de tempos e movimentos, orçamentista, funcionário do correio,
processador de cheques, bancário, agente de turismo, digitador, telefonista, caixa, men-
sageiro, arquivista, secretário, analista financeiro, gerente de crédito.

O mundo do trabalho

Trabalho é o modo que conhecemos para conseguirmos o que precisamos e quere-


mos. O trabalho é muito complexo nas sociedades modernas, como são complica-
das as sociedades, as pessoas que vivem nelas e as necessidades e desejos das pes-
soas.
Uma forma de termos uma visão geral das profissões é formar conjuntos ou
famílias profissionais. Podemos agrupar as profissões por aspectos que têm
em comum: ]
 com que trabalham = objetos do trabalho – caracterizam os setores de ati-
vidades
 onde trabalham = ambientes de trabalho

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341
 como trabalham = as ações e as habilidades exigidas
 o que exigem = nível de instrução, formação especial
 para que trabalham = necessidades humanas que atendem e definem o ob-
jetivo do trabalho.

O trabalho, em nossa sociedade, está organizado por setores da economia. O


quadro seguinte apresenta esses setores, organizados segundo as necessidades so-
ciais e as ações desenvolvidas. É um bom jeito de você ter uma visão geral do tra-
balho e definir em que setor gostaria de desenvolver sua carreira profissional.

NECESSIDADES AÇÕES SETORES DE ATIVIDADES

1. A sondagem, exploração 1.1 A sondagem dos recursos * fauna e flora

e conservação dos recursos natu- * geologia


rais e do ambiente
* a hidrologia e meteorologia

1.2 A exploração dos recursos * a agricultura

* a caça e pesca

* a criação

* a horticultura
2. A transformação 2.1 A produção planificada e o * a eletricidade
1..3 A conservação dos recursos * as florestas
controle de qualidade
dos recursos naturais * a metalurgia
* as minas
* a mineração
* a água, o solo, o ar
* a pedra, o vidro, a cerâmica
* as florestas
* as madeireiras
2.2 A transformação dos recursos
* a celulose e o papel
naturais em materiais
* os alimentos e as bebidas

* os produtos químicos

* os produtos têxteis
2.3 a fabricação e a montagem de
produtos * a editoração

* os aparelhos eletro-eletr.

* computadores e aparelhos de
telecomunicações
3. A organização da vida política 3.1 A legislação * os corpos legislativos
da sociedade * fabricação mecânica
3.2. A aplicação das leis na socie- * a justiça
dade * material de transporte
* a proteção pública
3.3AAconstrução
proteção dacivil
sociedade * vestuário * mobiliário
2.4 * os serviços de delinqüência
3.4 O executivo * a construção civil
* os serviços de segurança
* material de transporte
2.5 A instalação e a manutenção * a administração pública
* material elétrico-eletrônico

* a construção

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342
4. A organização da vida econômi- 4.1 A administração dos negócios * a administração
ca da sociedade
* a contabilidade

* a gestão financeira

4.2 A comercialização de bens * as relações industriais

* os serviços de compras
5. A organização do bem-estar 5.1 Os serviços *a
* osadministração hospitalar
serviços de distribuição
físico, mental e espiritual da soci-
** aoshotelaria
transportes
edade
** aosrestauração
serviços de vendas
* o lazer

* o nutricionismo e dietética

* o turismo

* os esportes

5.2 Os cuidados * os serviços pessoais


6. A organização d 6.1 A aquisição do saber e da cul- * o ensino
tura * os cuidados gerais da saúde
o saber e da cultura * a pesquisa científica
6.2 A pesquisa * os cuidados especializados
* a dança * a música
6.3 A expressão do saber e da * as terapias alternativas
* a literatura
cultura
5.3 A relação de ajuda * os serviços paramédicos
* a produção artística
* os séricos de consulta
* as artes plásticas

7. A comunicação entre 7.1 A comunicação indireta medi- * *a os artistas escrita


imprensa de espetáculo
ata
os membros da sociedade * *a os artistas falada
imprensa plásticos
6.4 A conservação do saber e da
cultura * *asa relações
história pública
7.2 A comunicação eletrônica
* *a os arquivos
publicidade

* a informática

Seus interesses

MUITO importante. A maioria das pessoas acaba mesmo fazendo o que gosta. E
podemos fazer o que gostamos mais em qualquer atividade. Exemplo: se só tivesse ca-
misetas para fazer, no mundo, qual parte você gostaria de fazer? Planejar, desenhar,
tecer, tingir, cortar, costurar, decorar, divulgar, vender, distribuir, ... Entendeu?
MUITO importante. A maioria das pessoas acaba mesmo fazendo o que gosta. E
podemos fazer o que gostamos mais em qualquer atividade. Exemplo: se só tivesse ca-
misetas para fazer, no mundo, qual parte você gostaria de fazer? Planejar, desenhar,
tecer, tingir, cortar, costurar, decorar, divulgar, vender, distribuir, ... Entendeu?

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343
Anote o que você gosta mais:
 Lidar com pessoas? – de que tipo? Pra quê?
 Lidar com números e informações? De que tipo? Para quê?
 Lidar com máquinas e ferramentas? De que tipo? Para quê?

Onde você gosta de estar, de trabalhar?


 Em um lugar fechado, no seu canto, sozinho?
 Em um lugar aberto, ao ar livre?
 Com um monte de pessoas?
 No céu, na terra, no mar?

É importante ter bem claras as suas preferências para escolher uma profis-
são. Você vai trabalhar nisso muitos dias, muitas horas. Gostando, pode ser óti-
mo. E se tiver que mudar de ofício, por mudanças tecnológicas ou outras, pode
mudar para o mesmo tipo de atividade. Fique muito atento.
 O que você quer fazer?
 Onde?
 Com quê?
 O que você quer realizar com isso?

O mundo da educação
para buscar novas soluções para antigos problemas das pessoas, para viver me-
lhor, ampliar horizontes.
A escola ensina
 O saber: a linguagem, o pensamento e os costumes da nossa sociedade.
 O saber-fazer: aprendemos a fazer coisas, desenvolver habilidades físi-
cas, motoras, sócio-afetivas e cognitivas. Algumas são tão úteis que
usamos sempre, em todo tipo de atividade e também no trabalho, como
raciocinar, julgar, analisar, sintetizar, memorizar, observar, persuadir,
planejar, explicar, imaginar, ...
O saber-ser: aperfeiçoamos nosso modo de ser e de viver bem com as outras
pessoas.
A escola prepara também para profissões ensinando os conhecimentos
mais importantes, como desenvolvê-los e como usá-los. O quadro seguinte
apresenta os cursos universitários da moda, por área de conhecimento. * Qual
área você prefere? * Você gostaria de fazer algum desses
cursos? Assinale. No nível médio também existem essas for-
mações. Veja, por exemplo, os cursos do SENAC, SENAI e
SENAR. Existem muitos cursos de nível superior tecnológi-
co – mais curtos.

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ENSINO SUPERIOR: as estrelas de casa área vvvvv

Agrárias: Engenharia agrícola, engenharia de pesca, zootecnia, engenharia flo-


restal, medicina veterinária, agronomia
Exatas: astronomia, engenharia aeronáutica, engenharia naval, engenharia car-
tográfica, geofísica, engenharia metalúrgica, geologia, engenharia de agrimensura, en-
genharia têxtil, engenharia de materiais, engenharia de minas, oceanografia, engenha-
ria de alimentos, meteorologia, física, engenharia de produção, engenharia mecânica,
química, informática, engenharia civil, estatística, matemática, engenharia mecatrôni-
ca, engenharia sanitária.
Biológicas: ecologia, terapia ocupacional, musicoterapia, ciências biomédicas,
medicina, odontologia, ciências biológicas, fonoaudiologia, farmácia e bioquímica,
enfermagem e obstetrícia, educação física, fisioterapia, nutrição, esportes.
Humanas: diplomacia, lingüística, museologia, relações internacionais, cine-
ma, economia doméstica, tradução e interpretação, radialismo e TV, ciências sociais,
arquitetura, biblioteconomia, psicologia, filosofia, turismo, serviço social, publicidade
e propaganda, jornalismo, história, relações públicas, direito ciências econômicas, ci-
ências contábeis, geografia, letras, administração, pedagogia, arquivologia, ciências
atuariais (seguros), produção editorial, secretariado executivo.
Artes: decoração, artes cênicas, moda, dança, música, artes plásticas, desenho
industrial

E os custos?

Nunca foi tão facilitado! Há pouco tempo existem muitos cursinhos sociais (cursos pré
-vestibulares), ligados às universidades públicas, aos sindicatos e outras instituições.
São gratuitos para os alunos ou cobram taxas simbólicas. E são muito bons!
Lembre-se de participar do ENEM! As provas são realizadas todos os anos e
quem perdeu uma chance na época certa pode fazê-lo no ano seguinte, ou no outro, ...
Da mesma forma, os programas de crédito educativo abriram possibilidades de
bolsas para estudantes universitários na maioria das Instituições de Ensino Superior.
Vale lembrar que as universidades públicas, como a USP, UNICAMP, UNb, Federais,
são inteiramente gratuitas.

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Atividades
Informe-se sobre o(s) curso(s) que deseja fazer, as instituições que os ministram e as
formas de pagamento ou isenção de pagamento.
Atividade: os próximos passos - meu plano de ação
Monte o seu quadro. Preencha o plano, ajuste-o, deixe-o bem à vista e trate de concre-
tizá-lo. Um passo por vez. Você chega lá – provavelmente acabará ultrapassando seus
objetivos iniciais!
Objetivos: quanto maior o objetivo, mais distante, menor o controle que você tem sobre
sua realização.
MEU OBJETIVO OBSTÁCULOS APOIOS MEUS PASSOS

Onde quero estar coisas que atra- Coisas que aju- Para chegar lá
palham dam
MINI
Uma semana a um
mês
CURTO PRAZO
Um mês a um ano
MÉDIO PRAZO

Próximos cinco
anos: educação,
preparo profissio-
nal
LONGO PRAZO
Estilo de vida, tra-
balho, família

Observação: Este quadro é para ser apresentado, com identificação, no próximo encontro, como atividade complem-
tar.

Conclusões
Vale lembrar que o conhecimento desenvolvido nas escolas é constantemente atu-
alizado, portanto, os profissionais devem manter-se atualizados, fazendo cursos de atu-
alização, aperfeiçoamento ou pós-graduação, participando de palestras. Os ciclos de
diversão e trabalho perduram ao longo da vida, assim como os de aprendizagem.
Você é o responsável por sua vida e carreira profissional. Você vai arcar com os
custos, de tempo, energia, recursos financeiro, a curto e médio prazos. Você vai desfru-
tar os resultados ao longo de toda a sua existência.
Estas etapas representam apenas os primeiros passos para a sua vida.

Fonte: JOHNSON, Maria Cristina Folmer. Projeto Maiêutica §. Programa de educação para a escolha de carreira. Vol.5
Meu projeto de carreira. Material de pesquisa e caderno de atividades. Campinas, 1996

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