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Sumário

 Apresentação................................................
2
 Legenda........................................................
.2
 Suméria........................................................
..3
 Egípcia..........................................................
..3
 Celta.............................................................
..6
 Hindu............................................................
..8
 Chinesa.........................................................
.8
 Grega............................................................
10
 Japonesa.....................................................
12
 Maia..............................................................
14
 Nórdica.........................................................
16

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 Tupi-
Guarani................................................19
 Conclusão....................................................20
 Sumário........................................................21

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Apresentação

O documento a seguir é uma demonstração de


cosmogonias¹ e antropogonias² relacionadas às
crenças mitológicas de localidades historicamente
importantes, levando em consideração que o
objetivo é demonstrar como a humanidade tem um
conceito de criatividade teológica e crenças
semelhantes mesmo estando separadas a milhares
de quilômetros.
Como adendo: este documento é um contexto
incompleto, ainda está para ser concluído nos
próximos anos, trazendo também um comparativo
atual entre crenças das mais conhecidas até o
momento atual.

Legenda:

■=Elementos
■=Patronos e Matronas
■=Deuses e Deusas
■=Seres (em geral)
■=Semideuses e Humanos
■=Lugares e Itens

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Suméria

O início do mundo se dá pela separação do


deus do céu, An, de sua contraparte, Ki. A divisão foi
feita pelo filho do casal, Enlil, que queria destronar
seu pai para virar rei. Enlil via que Ninlil, deusa do ar,
desobedecer ordens e foi se banhar sozinha e a
engravidou, mas foi castigado a viver no submundo.
Para salvar sua filha, Nanna, ele se passou por três
outros homens para engravidar Ninlil três vezes, o
que libertou Nanna, mas manteve a família no
submundo.
Enki, deus da água, seduziu Nintu e teve
Ninsan, deusa da vegetação, que também foi
seduzida e teve Ninhurra, deusa da montanha, que
também foi seduzida e deu origem a Uttu. Nintu
descobriu tudo e plantou Uttu em outro lugar, que
deu origem a 8 plantas que foram comidas por Enki
e se infiltraram em cada membro do deus, que pariu
as 8 divindades que ficaram responsáveis por seus
membros.
Por fim o lendário Rei de Ur, Gilgamesh, belo,
rico, poderoso, porém com grande apetite sexual,
como castigo, os deuses enviaram Enkido, que
acabou se tornando um grande amigo. Como castigo
definitivo, os deuses mataram Gilgamesh, que antes
de morrer disse que seria sempre lembrado.

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Egípcia

O início de tudo se dá por Rah, deus do Sol, e


seus filhos, Shu, deus do ar, e Tefnut, deusa da
umidade, estes tiveram Geb, deus da terra, e Nut,
deusa dos céus, os irmãos se uniram em um abraço,
mas Rah não aprovou a ideia e ordenou Shu para
separá-los. Nut se tornando o céu, Shu se tornou o
ar que respiramos e Geb se tornou a terra em que
vivemos.
O julgamento final era caracterizado com o
morto sendo recebido por Anubis, o deus da morte,
ele tinha a missão de pesar os mortos com uma
balança com uma pena como contrapeso, após ter o
coração pesado, o morto se dirigia para o julgamento
final com Osiris, deus do julgamento/além, que,
dependendo das ações, poderia aliviar a pena do
julgado e mandá-lo para uma terra onde viveria junto
dos deuses e seus entes queridos, denominado
Campos de Junco, ou, seria condenado a vagar pelo
Duat e ser devorado por Amnut, deusa representada
pelos três animais mais temidos do Egito, o
corcodilo, o leão e o hipopótamo.
Sobre a história do Panteão egípcio, Rah
representa a criação e o Sol, sendo o principal e
mais poderoso dos deuses, sua face era de um
falcão e os egípcios acreditam que os faraós eram
encarnações dele. Então temos Seth, deus do caos,

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das guerras e da escuridão; Osíris, filho mais velho
de Geb e Nut, governou a terra como primeiro faraó
até que seu irmão Seth o assassinou; Ísis, deusa da
água e irmã-esposa de Osíris, o mito conta sobre a
criação do Rio Nilo com suas lágrimas após a morte
do mesmo e Nephthys irmã-esposa de ambos os
irmãos, abandonou Seth para se juntar ao luto de
Ísis. Após saber do assassinato de seu pai, Hórus,
deus protetor das famílias, lutou contra Seth e, após
a intervenção de seu pai, foi declarado como líder
supremo e Seth foi demonificado pelos egípcios;
Hathor é a esposa de Hórus, deusa protetora das
mulheres e dos casais, era representada por uma
vaca, pois os egípcios as consideravam animais
gentis, e temos Anúbis, filho de Seth, sendo deus da
morte já que criou e fez a primeira mumificação com
seu falecido pai, acabou se juntando a Osíris como
guia dos mortos.
Por fim os outros filhos de Rah: Bastet, deusa
da fertilidade e da boa sorte, representada por um
gato (a partir de 1000 a.C.), também representada
pela forma ou ka (espírito) amável de Sekhmet, que
é a deusa com face de leoa, dos animais mais
temidos do Egito, representa a raiva, o orgulho e a
guerra, mandada por Rah para punir os humanos
que se tornaram arrogantes e cultuavam um deus
em forma de serpente; Serqet, deusa do veneno e
das serpentes; Sobek, deus com face de crocodilo,
que representa a esperteza, estratégia e a

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resistência, outro dos deuses que representam os 3
animais temidos do Egito; Taueris, deusa com corpo
de hipopótamo que representava a fertilidade, a
força e o poder materno, a última dos 3 deuses dos
animais temidos; e Toth, deus da Lua, da cura e da
sabedoria, patrono dos escribas e quem trouxe o
sistema de escrita dos hieróglifos egípcios.

Celta

O início do mundo se dá quando o mar se une a


terra, a espuma do mar forma uma égua branca
chamada Eiocha e, na terra, se formou um enorme
carvalho, que a égua comia das sementes que se
cresciam nele para sobreviver. Após certo tempo as
sementes se uniram e formaram uma criança,
Cernunnos, deus dos animais e da natureza. A dor
do parto foi tanta que Eiocha rasgou um pedaço da
casca do carvalho, que foi lançado ao mar e, a partir
da casca, foram criados os Gigantes das
Profundezas.
Cernunnos se sentiu solitário por não ter irmãos
e irmãs como os Gigantes, então, se juntou a Eiocha
e criaram outras 4 crianças a partir das sementes:
Maponos, deus da juvantude; Tauranis, deus do
trovão; Teutates, deus guardião, e Epona, deusa da
fertilidade e dos equinos. Após chegarem a idade

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adulta, Eiocha decidiu voltar ao mar e ficou
conhecida como Tethra, deusa das profundezas.
Os deuses precisavam de alguém para adorá-
los, então criaram o primeiro homem e a primeira
mulher a partir da casca do grande carvalho.
Cernunnos formou outros animais como: a lebre, a
serpente, o corvo, o lobo, o veado e o javali, também
criou florestas para moradia de suas criações; Epona
fez cavalos por amor à sua mãe; Os outros pegaram
ramos do carvalho: Teutates criou um arco e flechas,
enquanto Tauranis fez raios e Maponos criou uma
harpa.
Os Gigantes criaram inveja contra os deuses,
então iniciaram uma guerra. Tauranis dividiu o mar e
a terra com seus raios, Maponos dividiu os céus e
jogou nos gigantes e, enquanto os gigantes
tentavam se proteger usando o mar, Teutates os
expulsou com sua habilidade como arqueiro.
Ao final da guerra, os deuses ficaram
desapontados com os estragos causados, quase
todas as criaturas tinham morrido, Epona conseguiu
salvar os últimos dois humanos que passaram a
cultivar toda a vida na terra.
De extra, temos os semideuses que vieram
depois, como: Sucellus, semideus da agricultura, um
homem velho que carregava seu bastão para
fertilizar a terra; Dea Matrona, semideusas da
maternidade e da fertilidade; Belenas, semideus do
Sol e da cura; Dagda, semideus da sabedoria, do

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amor e da abundância; Lugh, semideus guerreiro e
da forja; Morrigan, semideusa da morte que usava
seu corvo para absorver conhecimento e indicar a
aproximação da morte; Brigit, semideusa da arte e
da fazenda, filha de Dagda, e, por fim, Finn
MacCool, o herói gigante que salvou reis irlandeses
de um goblin.

Hindu

Segundo os Vedas, que são os 4 livros escritos


por Brahma, o universo vive um ciclo de criação,
preservação e destruição. O universo foi criado por
Brahma, deus supremo da criação, e permanece em
um ciclo equilibrado pelo Trimuri, que inclui Vishnu,
deus supremo da preservação, e Shiva, deus
supremo da destruição.
O deus supremo da criação também é criador
das divindades individuais e, por ele, todas serão
absorvidas. Ele se transformou em vários elementos
e criou a alma humana, que constitui uma parte de
seu poder supremo. No desejo de habitar a Terra,
criou através de sua boca seu filho mais velho, o
Brâname (sacerdote), ao qual confiou os quatro
Vedas; de seu braço direito saiu Chatria (guerreiro),
do esquerdo a esposa do Chatria; das coxas criou
Vaissias (comerciantes) e dos pés criou Sudras
(pessoas comuns).

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Vishnu se encarregou de proteger a Terra e,
com isso, descia à Terra em época de perigo fez
isso com reencarnações, conhecidas como avatares
como: Matria, sob forma de peixe, preservou a vida
da terra de um dilúvio; da segunda vez, veio como
uma tartaruga que protegeu a todos quando os
deuses agitaram o mar; o mais famoso avatar é o
nono, Krishna, um guerreiro invencível que livrou a
todos dos líderes tiranos. O próximo avatar será
Calque, que surgirá para destruir todos os vícios e
devolver a pureza à humanidade.
Por último, Shiva, o último da hierarquia, que
reencarna o princípio da destruição, que apesar de
parecer ruim, é o mais importante do ciclo, pois é
aquele que finaliza para o ciclo poder reiniciar por
completo.
Também existem outros avatares que são
considerados deuses assim como Krishna, que
ajudou Arjuna durante a Grande Guerra dos
Bharates, como: Rama, que representa o humano
em todos os aspectos; Ganesha, filho de Shiva, é o
mais popular por representar fé, esperteza, coragem
e controle; Sarásuati, esposa de Brahma, que o
ajudou na criação, representa riqueza
material/espiritual e sorte; Indra, deus do amor, do
trovão e da fúria; e Ganga, o deus que criou o rio
Ganges a partir de seus cabelos.

Chinesa
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O início do mundo é caracterizada como Hun-
Tun, o caos causado pela mistura de céu e terra,
como um ovo. Deste caos nasceu P’an-ku, que
separou e apoiou o céu (Yang) e estabilizou a terra
(Ying) enquanto se transformou nove vezes por dia.
Ele crescia 6,8 metros por dia e depois de 18.131
anos ele chegou ao limite de 45.000 km (90.000 li) e
morreu.
Após a morte de P’an-ku, sua respiração se
tornou o vento e as nuvens; sua voz se tornou o
trovão; seu olho esquerdo se tornou o Sol e o direito,
a Lua; seus quatro membros se tornaram os 4
quartos do planeta; seus dedos tornaram-se
montanhas; seu sangue, os rios; seus músculos e
veias, os estratos; sua carne, o solo; seu cabelo e
barba constelações; de sua pele e pelos, plantas e
árvores; seus dentes e ossos, metais e rochas; de
sua medula, ouro e pedras preciosas; do seu suor, a
chuva; e dos parasitas que habitavam seu corpo
foram lançados com o vento e tornaram-se humanos
com a ajuda de Yu-ti.
Existem também outros deuses como: Yu-ti, o
Supremo Imperador, criou os humanos a partir de
barro; Lei-kong, Senhor do trovão e da justiça; Cheu-
sing, deus da longevidade; Wen T’chang, deus da
literatura; Pi-hia-Yuan-Kiun, deusa das mulheres e
da fertilidade; Cai Shen, deus da prosperidade; os
Reis-Dragões, governadores dos mares e da chuva;

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Amaterasu, deusa do Sol; Benzaiten, deus da
fluidez; por último, um espírito vingativo com o
mesmo poder de um deus, Sugawara no Michizane.

Grega

No princípio de tudo era uma massa informe e


desordenada, chamada Caos, havia uma mistura de
água, fogo, terra e vapor que formam os 4 seres:
Gaia (Terra), Urano (Céu), Pontos (Mar) e Tártaro
(Abismo). Eles iniciaram a criação de elementos e
paisagens, até que Gaia e Urano se tornaram
amantes e governantes do mundo. O casal teve
Ciclopes e Centímanos como primeiros filhos, mas o
pai os aprisionou no Tártaro, então Gaia, que estava
triste, teve mais 13 filhos com Urano: Os 7 Titãs:
Ceo (Inteligência), Oceano (Rio Mundial), Crio (Frio),
Hipérion (Chamas), Lápeto (Espaço), Cronos
(Tempo), Atlas (Sustento); e as 6 Titânides: Febe
(Lua), Mnemoyne (Memória), Reia (Rainha), Témis
(Lei), Tétis (Fertilidade) e Téia (Luz).
Urano também aprisionou seus filhos e filhas,
até que Gaia presenteou Cronos com uma foice que
ele usou para assassinar o pai, e em um ato de fúria
cortou seu órgão sexual, que ao se misturar com o
mar, nasceu Afrodite (Amor). Com a ajuda dos
primeiros filhos de Gaia, e tomar o controle para si,
logo depois libertou seus irmãos e irmãs, mas traiu

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os Ciclopes e os Centímanos. Então Cronos se
casou com Reia e ambos assumiram o controle
sobre o mundo.
O casal teve seis filhos: Zeus
(Trovão/Supremo), Hera (Fertilidade/Suprema),
Deméter (Agricultura), Héstia (Guardiã), Poseidon
(Mar) e Hades (Submundo). Cronos devorou cinco
de seus filhos, Reia substituiu Zeus por uma pedra.
O deus do trovão cresceu disfarçado até que deu
uma bebida ao seu pai que o fez vomitar todos os
filhos e assim os deuses começaram uma guerra
contra os Titãs.
Como não eram suficientes, Zeus libertou os
Ciclopes e Hecatônquiros (Centímanos) e os
convenceu a lutar pelo lado dos deuses. Após a
vitória, Cronos foi cortado em pedaços e jogado ao
Tártaro, enquanto os outros Titãs e Titânides foram
aprisionados ou amaldiçoados. Zeus, agora patrono
do Olimpo, dividiu o poder com Hades (resposável
pelo submundo) e Poseidon (responsável pelos
mares) e se casou com Hera.
Temos também os vários filhos e filhas de Zeus,
frutos de seu casamento e de traições, como: Febo
(Sol), Artêmis (Lua), Hermes (Mensageiro), Ares
(Guerra), Dionísio (Vinho) e Palas Atenas
(Sabedoria), além de sua traição com Mnemoyne
(Memória), que deu origem às musas, como: Ceio
(História), Euteupe (Música), Talia (Poesia),
Melponeme (Poesia Trágica), Erato (Poesia

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Amorosa), Tespricora (Dança), Polimnia (Poesia
Sacra), Urania (Astronomia) e Caliope (Poesia
Épica).

Japonesa

Versão Konjiki: Os primórdios eram o Caos, que


evoluiu até ficar transparente e límpido, gerando
assim a Planície dos Céus Elevados,
Takamagahara. Desta planície se origina a
materialização da divindade dos céus, Deidade do
Augusto Central do Céu (Ame no Minaka Nushi no
Mikoto). Deste céu surgem outras duas divindades,
que juntas com a primeira formam as Três Deidades
Criadoras. A segunda é chamada de Elevada
Augusta Deidade Produtora de Maravilhas (Takami
Musubi no Mikoto) e a terceira é chamada de Divina
Deidade Produtora de Maravilhas (Kami Musubi no
Mikoto).
O mundo era como uma gigantesca mancha de
óleo flutuante que ao longo das eras vai formando a
terra, de onde nasce a Deidade Príncipe Primogênito
(Umashi Ashi Kahibi Hikoji no Mikoto) e a Divindade
Celestial Eterna (Ame no Tokotachi no Mikoto). A
partir destes cinco deuses outras divindades
começaram a surgir, até que Izanami (Aquela que
Convida) e Izanagi (Aquele que é Convidado)

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receberam a missão para o Kuniumi, onde
receberam a Ame no Nuboko (uma lança sagrada
cravejada de pedras celestiais), que com um
balançar, levantou gotas de água até a Amano Hashi
Date (Ponte dos Céus) que ao se juntarem com o
céu e caírem, formam Onogoroshima, descem a
essa ilha e formam edificando uma estrutura
suprema com um altar (Yashidono), uma coluna
(Ame no Mehashira) e uma sala de 8 braças (14,63
m), onde engendraram 2 ilhas falhas (Hiruko e
Ahashima) e, após serem aconselhados pelos 5
supremos, procriaram novamente e engendraram 8
ilhas que se tornaram o Japão e outros deuses e
deusas que representariam formações da natureza,
até que Izanami deu a luz a Kagutsushi (deus do
fogo) que a causou ferimentos mortais. Cego pelo
ódio Izanagi pegou sua katana de 10 palmos e
despedaçou Kagutsushi, onde seu sangue e corpo
se tornariam outros deuses e deusas da natureza.
Ele tentou ir atrás de sua amada que estava no
Yomitsu Kuni (Terra das Trevas), onde, contra a
vontade de Izanami, acendeu uma tocha e na vista
só encontrou restos mortais falando e andando com
ele e deuses horrendos que tinham surgido dele,
como Raijin (Trovão). Assombrado ele foge, sendo
perseguido pelas Yomotsushikome (Espíritos das
Trevas) e, após despistá-las, Izanami mandou Raijin
e um exército de 1000 criaturas atrás de Izanagi, que
chegando a Yomotsu-Hirasaka (Ponte entre o

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mundo dos vivos e a terra das trevas), brandiu sua
espada de 10 palmos, derrubando vários com seu
brandir com som ensurdecedor e com um golpe que
derrubou outros tantos. Izanagi selou a passagem
com uma rocha e num último olhar para sua amada,
que o amaldiçoou dizendo que a cada momento de
sua vida custariam 1000 vidas, respondeu em
retorno que outras 1500 surgiriam. O deus resolveu
se purificar por ter contato com os mortos, neste
Misogi, a partir de seu olho esquerdo surgiu a
Amaterasu-omikāmi (Augusta Deusa do Sol), do
esquerdo surgiu Tsukuyomi-no-mikoto (Deus da lua)
e de seu nasceu Takehaya-susanoo-no-mikoto
(Deus do mar).

Maia

Versão Popol Vuh: Tepeu e Gucumatz decidem


que, para preservar sua herança, devem criar uma
raça de seres que possam adorá-los, então,
juntamente com Huracán, realizam e dirigem o
processo de criação da Terra, criando também
animais e fazendo a primeira tentativa da criação do
humano a partir da lama.
Como a primeira tentativa foi falha, já que
derreteu e perdeu forma, as 3 divindades se uniram
a outros 4 deuses e tentam uma segunda vez, agora
uma criação a partir da madeira, porém era oco e
sem alma.

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Após a segunda falha, os outros 6 deuses se
uniram ao processo, formando assim os 13 deuses
criadores que criaram o homem a partir da espiga de
milho.
O pós-morte dos maias era caracterizado pela
ida à Xibalba, o “local do medo”. Seus cenotes, ou
entradas, eram cavernas ou pequenos lagos. Apesar
de existirem paraísos em algumas áreas, o que
marcava o reino subterrâneo eram dez deuses
demoníacos (entre eles, Kinich-Ahau), associados
ao sofrimento humano. Quando chegavam a
Xibalba, os mortos passavam por provações e
testes, como rios de sangue, fogo, frio, morcegos e
leopardos.
Os principais deuses do panteão maia são
Hunab Kú (Grande Criador); Huracán (deus da
tempestade e do fogo); Itzamná (deus da noite e do
dia); Kukulkán (deus do vento); Kinich Ahau (deus do
Sol); Ixchel (deusa da Lua, inundações, da gravidez
e do tecido); Chaac (deus da chuva); Bitol (deus do
céu); Wakax Yol K'awil o Nal (deus da agricultura);
Ah Puch (deus da morte); Yum kaax (deus da
guerra); Xaman Ek (Estrela do Norte); Ixtab (deusa
do suicídio); Ek Chuah (deus protetor dos
comerciantes e do cacau); Ik (deus do ar); Tohil
(deus do fogo e do sacrifício); Pauahtun (deus do
sustento entre céu e terra); Vucub Caquix (deus-
demônio); Hun-Hunahpu (semideus da fertilidade e
do jogo de bola.); Hun Batz: (divindade maia

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associada às artes) e, por fim, Tepeu (deus criador,
ancestral e fabricante)

Nórdica

No início de tudo existia Fogo e Névoa, os reinos


de Muspelheim e Niflheim, e um abismo entre os 2
reinos, Gnunngagap, um vazio infinito, onde existia o
encontro entre os onze rios Elivagar, que surgiam de
Hvergelmir, uma cascata no centro de Niflheim e
congelavam na borda do abismo, e as labaredas de
Muspelheim, onde do derretimento do gelo surgiu o ser
Ymir, o pai dos Jötun e Audumla, a Vaca, que em
conjunto, criavam seus filhos nascidos a partir do suor de
Ymir.
Audumla se alimentava de uma pedra de gelo
salgado que ao longo de suas lambidas, apareceu-se
outros seres vindos do gelo, onde surge o deus Buri que
deu origem a Bor, que se casou com a Jötun Betsla, e
dessa união surgiu a trindade Aesir de Odin, Vili e Ve.
Onde, após os gigantes descobrirem sobre os deuses e os
Aesir, iniciaram uma guerra que só terminou quando
Odin matou Ymir que, com sua torrente de sangue,
afogou diversos gigantes, menos Bergelmer e sua esposa,
que se prenderam ao tronco de uma árvore no topo de
uma montanha, que quando a inundação diminuiu, se

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assentaram e fundaram o reino de Jötunheim com uma
nova raça de gigantes.
Odin e seus irmãos usaram o corpo gigante de Ymir
para criar Midgard, o reino central, e seu crânio para
fazer o domo celeste. No corpo de Ymir vivam alguns
vermes, onde os mais brutos foram chamados de Dwarfs,
que foram enviados para o fundo da terra, Svartalfheim, e
os mais nobres foram chamados de Elfes, onde destes
elfos existiam os elfos de luz, que foram enviados para
Alfheim e os elfos negros, que foram enviados junto aos
anões para o fundo da terra que viviam em guerras para
decidir qual era a espécie élfica mais forte.
Midgard foi se formando de partes do corpo de Ymir,
com seus cabelos formando a flora, do cérebro surgiram
nuvens, seus cílios formaram uma barreira para que
nenhum mortal saia de Midgard, de dois troncos Odin
deu o espírito, Vili lhes deu os sentidos e Ve lhes deu vida
e sangue, mas também, após a criação de Asgard a partir
da planície voadora de Idawold, ele planejou a Bifrost,
uma ponte que ligava o reino dos Aesir com os mortais,
onde seu guardião era Heimdall, um deus nascido de 9
mulheres Jötun ao mesmo tempo e que tinha o dom da
onipresença de sua visão, lhe dando a informação
imediata de tudo o que acontecia nos 9 reinos.
O Sol e a Lua eram cavalos que eram
perseguidos por Skoll e Hati, 2 lobos que mantinham
o ciclo do dia e da noite até que o temível Fimbulvetr
chegasse e, em seu fim, o Ragnarok começasse,

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onde Thor e Jörmungndr travaram uma luta lendária
onde os dois se matariam, a deusa de Helheim, Hel,
tomaria a alma de todos os homens, as Valquírias e
os Aesir seriam mortos por Surtr, o Jötun vingativo
de Muspelheim e os Vanir seriam mortos pelo lobo
Fenrir, outro dos 3 filhos de Loki.

Tupi-Guarani

Nhanvecuruçu é a divindade mais antiga, existe


desde antes da criação do Universo. Manifesta-se sob a
forma de uma energia. Muitas vezes, ele e Tupã são
representados como sendo a mesma entidade, pois
possuem os mesmos arquétipos. Tupã, criador do
Universo e deus do clima, se manifesta por meio do
trovão. Ele criou a matéria a partir de duas almas, uma
negativa e outra positiva. Então, desceu na região do
monte Aregúa, no atual Paraguai, e criou tudo o que
existe hoje, incluindo a criação de Tupave (pai dos povos)
e Sypave (mãe dos povos), que foram os primeiros seres
humanos. Tupã fez o homem a partir de uma estátua de
barro e a mulher de uma combinação de vários
elementos da natureza. Com o sopro de vida, Tupã os
deixou com o bem e o mal dentro de cada um. Tupave e
Sypave tiveram três filhos e várias filhas .
Jaci é a deusa da noite e da Lua. Algumas lendas a
apontam como esposa de Tupã e também dizem que ela
o ajudou na criação do Universo e dos homens. Jaci foi

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responsável por trazer a beleza para a Terra recém-
criada.
De duas criações surgiram outros seres
importantes que protegem seus respectivos lugares,
como Iara, que é a protetora de todas as formas de vida
aquáticas. Quando Tupã fez os rios, lagos e mares, criou
Iara para protegê-los; Caaporã, ou Caipora ou Curupira, o
defensor de todas as formas de vida e principalmente dos
animais e das matas; Caramuru, o dragão responsável
pelos mares e suas ondas; Polo, que controla os ventos e
leva as mensagens de Tupã e Rudá, deus responsável pelo
amor familiar e dos casais.

Conclusão

Em conclusão, a humanidade mesmo dividida em


diversos povos ainda tem de forma intrínseca em sua
essência as mesmas ideologias relacionadas à criação do
universo e do mundo, levando em consideração apenas
pontos de vista divergentes em características mínimas
como nomes e formas dadas, mas em suma, as crenças
acabam se encontrando em um mesmo ponto, algumas
com adições complexas, outras mais simples. Porém,
mesmo com tais semelhanças, as mínimas divergências
sempre levam a conflitos causados por religiões e culturas
que trariam a idéia de que todas as outras estão
divergentes de suas crenças e que deveriam se submeter

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a ela ou ser eliminada, como uma de porte magnânimo
que fica acima de qualquer outra.

Sumário

Aqui se encontra o significado de palavras,


explicação sobre itens mitológicos e locais históricos
e como ler e falar os nomes das divindades, itens e
lugares que foram apresentados até o momento.

Cosmogonia: explicações relacionadas a teoria cultural da


criação do universo a partir de alguma crença.
Antropogonia: explicações relacionadas a teoria cultural da
criação do humano a partir de alguma crença.

Suméria

An-Ann
Ki-Quí
Enlil-Ennlih
Ninlil-Ninnlih
Nanna-Nannah: padroeira de Ur, nome sumério da cidade
pode ser traduzido literalmente como “morada da
Lua/morada de Nana”.
Enki-Enkí
Nintu-Ninntú
Ninsan-Ninnsán
Ninhurra-Ninnrrura
Uttu-Útu

22
Urim-Úrinn/Ur: Cidade-estado da região Suméria, onde se
encontra o atual Iraque, na província de Dhi Qar (Dicar),
datada da Idade do Bronze (XXI a.C.) conhecido por ser lar
do Grande Zigurate, ou, em Sumério, E-temen-nigur, (é-
temennígur).
Enkido-Nkído

Egito

Rah-Rá
Shu-Shú/Xú
Tefnut-Téfnuut
Geb-Géb
Nut-Nuut
Anubis-Anúbis
Osiris-Osíris
Amnut-Amnuut: Diferente do que é imaginado, Amnut e os
outros deuses que representam os animais temidos não
representam a mesma entidade, muito menos uma
conjunção deles como um “Megazord” ou “Exodia”, são
divindades diferentes que representam funções diferentes,
os deuses individuais representando suas funções
mitológicas próprias e Amnut representando os medos
conjuntos dos Egípcios da morte com o “coração pesado” e
serem devorados por esses animais, que mais tarde foi
apresentado como Jornada ao Duat.
Seth-Séf
Nephthys-Néffis
Hórus-Órus
Hathor-Rátor
Bastet-Bástet (com o último t mudo, quase como um
Bástet)

23
Sekhmet-Séquemét (nomes terminados com t geralmente
seguem a mesma ideia do exemplo acima): Na época os
egípcios já tinham noção das constelações, já que em
questão, grandes gênios, considerados filhos ou
reencarnações de Toth descobriam algumas informações
relacionadas a cosmologia, onde já representavam
algumas divindades na representação artística das
constelações que após certo tempo se juntou com as
informações Gregas após a época de Alexandre, o Grande.
Serqet-Serquét
Sobek-Sôbéque
Toth-Tóf/Tót
Taueris/Taueret-Tauéris/Tauerét

Celta

Eiocha-Ioxa/Ioca
Cernunnos-Cernúnos
Maponos-Mápono
Tauranis-Táuranis
Epona-Épona
Tethra-Téfra
Dea Matrona-Da/De Matrona
Morrigan-Morigan (o RI é falado como em inglês, algo
como rwi)
Brigit-Bridit
Finn MacCool-Fín Mécuul
Goblin-Seres de baixa estatura com orelhas pontudas e corpos
dismórficos.

Hindu

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Vedas-Vêdas
Brahma-Brâma
Trimuri-Significa Trindade
Vishnu-Vixnu
Shiva-Shíva
Arjuna-Ar-iuna

Chinesa

Hun-Tun-Runtun
P'an-ku-Pankú
Cheu-sing-Chôssin
Wen T'chang-Uen Tchang
Pi-hia-Yuan-Kian-Pí ria iuanquian
Sugawara no Michizane-Sugauara no Mitchizanê

Japonesa

Numa explicação até com um teor errôneo da ideologia de


contrução das palavras japonesas, leia as palavras iniciadas com
H como um R, todas as últimas vogais são ditas com assento,
sendo A, I e U com acento agudo e E e o O com acento
circunflexo.

Maia

Popol Vuh-Popól Vú
Gucumatz-Gucumats
Huracán-Ruracan
Kinich-Ahau-Quinitcharrau

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Tohil-Torril

Nórdica

Muspelheim-Muspelrraim
Nifleheim-Nifourraim
Ymir-Ímir
Jötun-Iotun
Dwarfs-Duarfes
Idawold-Idavold
Bifrost-Baifrost
Skoll-Scól
Hati-Ráti
Fimbulvetr-Finbúveter
Thor-Tór
Jörmungndr-Iormungandur
Surtr-Surtur
Fenrir-Fenrír
Loki-Lóqui

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