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Destaques do Relatório Global

de Tecnologia e Informação de
2016
O Relatório é de autoria do Fórum Econômico Mundial
Destaques do Relatório
Global de Tecnologia e
Informação de 2016
Agência Nacional de Telecomunicações

SAUS Quadra 06 Blocos C, E, F e H


CEP 70070-940
Brasília/DF
Tel:(061) 2312-2000

Coordenada pela Assessoria Técnica - ATC

Este documento tem como objetivo fornecer informações atualizadas


sobre o perfil e a evolução brasileira em comparação com alguns
grupos econômicos e geopolíticos em indicadores voltados ao setor de
telecomunicações que compõem o NRI – Networked Readiness Index,
índice publicado pelo Fórum Econômico Mundial no Relatório Global
de Tecnologia e Informação.

Relatório Especial
2016

Material produzido pela


Assessoria Técnica
Figuras
Figura 1- Networked Readiness Index, subíndices e pilares brasileiros .......................... 3
Figura 2- Gráfico de radar com os dez pilares brasileiros comparativamente com o
grupo de países de renda média-alta ................................................................................................. 3
Figura 3- Perfil brasileiro nos indicadores que compõem o Networked Readiness
Index..................................................................................................................................................................... 4
Figura 4- Percentual do população com cobertura móvel de 2012 a 2016 ................... 5
Figura 5- Acessos de telefonia móvel por 100 habitantes de 2012 a 2016 ................... 6
Figura 6- Acessos de banda larga móvel por 100 habitantes de 2012 a 2016 ............ 6
Figura 7- Preço médio do minuto de celular pré-pago em PPP (US$) de 2012 a
2016 ..................................................................................................................................................................... 7
Figura 8- Acessos de banda larga fixa por 100 habitantes de 2012 a 2016 .................. 8
Figura 9- Preço médio mensal de banda larga fixa em PPP (US$) de 2012 a 2016... 9
Figura 10- Largura de banda internacional em kbps de 2012 a 2016 ...........................10
Figura 11- Servidores de Internet seguros por milhão de habitantes de 2012 a
2016 ...................................................................................................................................................................11
Figura 12- Competição em Internet e Telefonia de 2012 a 2016 .....................................11
Figura 13- Percentual de indivíduos que utilizam Internet de 2012 a 2016..............12
Figura 14- Percentual de domicílios com computador pessoal de 2012 a 2016 ......13
Figura 15- Percentual de domicílios com acesso à Internet de 2012 a 2016 .............13
Introdução

O “Relatório Global de Tecnologia e Informação” (“Global Information


Technology Report”) é um estudo publicado anualmente pelo Fórum Econômico
Mundial que avalia os fatores, políticas e instituições que permitem a um país
aproveitar plenamente tecnologias da informação e comunicação (TICs) para o
aumento da competitividade e bem-estar. Sob o tema “Inovando na Economia
Digital”, o relatório também analisa o papel das TICs como propulsor da
inovação.
O relatório gera um ranking de países baseado no Networked Readiness
Index – NRI, que representa um instrumento para avaliar o preparo dos países
em auferir os benefícios das tecnologias emergentes e aproveitar as
oportunidades advindas da transformação digital. Tal índice é composto por
quatro categorias de indicadores (subíndices): (a) o ambiente geral para o uso
da tecnologia e criação; (b) NRI em termos de infraestrutura, acessibilidade e
habilidade em TICs; (c) uso da tecnologia pelo governo, setor privado e
indivíduos; e (d) o impacto econômico e social de novas tecnologias. Por sua vez,
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cada um desses subíndices são formados por dez pilares, como se segue:
A. Subíndice de ambiente
1. Ambiente Político e Regulatório (9 indicadores)
2. Ambiente de negócios e inovação (9 indicadores)
B. Subíndice de preparo
3. Infraestrutura (4 indicadores)
4. Acessibilidade (3 indicadores)
5. Habilidades (4 indicadores)
C. Subíndice de uso
6. Uso individual (7 indicadores)
7. Uso em negócios (6 indicadores)
8. Uso governamental (3 indicadores)
D. Subíndice de impacto
9. Impactos econômicos (4 indicadores)
10. Impactos sociais (4 indicadores)
Cerca de metade dos indicadores usados no NRI são de fontes de
organizações internacionais, em especial a União Internacional de
Telecomunicações. A outra metade é oriunda da Pesquisa de Opinião Executiva
do Fórum Econômico Mundial. Tal pesquisa é usada para mensurar conceitos
que são de natureza qualitativa ou nos quais estatísticas internacionais
comparáveis não estão disponíveis para diversos países. A edição de 2015 dessa
pesquisa foi conduzida com mais de 14 mil executivos em mais de 140 países.
As Figuras 1, 2 e 3 trazem um resumo do perfil brasileiro extraído
diretamente do relatório do Fórum Econômico Mundial. O Brasil ocupa a
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72ª posição de 139 países no NRI, com um valor de 4,0 em uma escala que varia
de 1 a 7.
Figura 1- Networked Readiness Index, subíndices e pilares brasileiros

Figura 2- Gráfico de radar com os dez pilares brasileiros comparativamente com o grupo
de países de renda média-alta
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Figura 3- Perfil brasileiro nos indicadores que compõem o Networked Readiness Index

Para uma análise mais voltada ao setor de telecomunicações, o presente


relatório se restringirá à análise da evolução brasileira em alguns dos
indicadores que compõem os pilares de infraestrutura (pilar 3), acessibilidade
(pilar 4) e uso individual (pilar 6) em comparação com alguns grupos
econômicos e geopolíticos de países, a saber: países desenvolvidos, países em
desenvolvimento europeus, países em desenvolvimento asiáticos, Eurásia,
América Latina e Caribe, Oriente Médio e Norte da África e África subsariana. As
figuras presentes nesse relatório possuem os valores originais dos indicadores,
não normalizados.

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Telefonia e Internet Móvel

A Figura 4 ilustra o percentual da população coberta pelo Serviço Móvel


Pessoal (SMP), em termos menos técnicos, a telefonia móvel celular,
independente se usuário ou não do serviço. O Brasil está acima da média de
todos os demais blocos de países, com uma cobertura bastante próxima a 100%
da população.

Figura 4- Percentual do população com cobertura móvel de 2012 a 2016

Dados de acesso de telefonia móvel podem ser visualizados na Figura 5.


O Brasil apresenta crescimento nesse indicador ao longo dos anos, superando a
média dos demais blocos desde 2015 e apresentando em 2016 um valor 139
acessos por 100 habitantes.
O Brasil também apresentou notável evolução nos acessos de banda
larga móvel, conforme Figura 6. Em 2016, o país registrou uma média de 78
acessos de banda larga móvel por habitante, um crecimento de 52% em relação
a 2015. Nesse indicador, o Brasil está abaixo apenas da média observada no
bloco de países desenvolvidos.
Figura 5- Acessos de telefonia móvel por 100 habitantes de 2012 a 2016
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Figura 6- Acessos de banda larga móvel por 100 habitantes de 2012 a 2016

Valores do minuto de celular pré-pago estão presentes na Figura 7. Essa


medida foi calculada tomando a média do custo incorrido pelo usuário levando
em conta subcesta de telefonia móvel considerada pela UIT, que considera, em
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breve síntese1, chamadas locais dentro da mesma rede móvel (on-net), para

1 Para mais detalhes ver o Relatório “Measuring the Information Society”, publicado anualmente
pela UIT.
outra rede móvel (off-net) e para telefone fixo, bem como um quantitativo de
100 mensagens SMS. Para considerar diferenças no custo de vida de cada país,
foi aplicado nos valores obtidos (em dólares) o fator de conversão de paridade
do poder de compra (PPP).

Figura 7- Preço médio do minuto de celular pré-pago em PPP (US$) de 2012 a 2016

Em 2016, o Brasil apresentou valor médio do minuto de celular pré-pago


(ajustada pelo fator de PPP) de US$0,31. Tal valor representa uma queda de
58% em relação a 2015. Agora, o país se situa numa posição intermediária em
compação aos demais blocos geopolíticos em estudo.
Banda larga fixa

Dados de acesso de banda larga fixa podem ser visualizados na Figura 8.


O Brasil demonstra tendência crescente nesse indicador ao longo dos anos,
apresentando em 2016 um valor aproximado de aproximademente 12 acessos
por 100 habitantes. Tal parâmetro só é inferior ao observado nos blocos de
países desenvolvidos e em desenvolvimento europeus.
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Figura 8- Acessos de banda larga fixa por 100 habitantes de 2012 a 2016

Valores relativos à banda larga fixa estão presentes na Figura 9.


Considerou-se como banda larga fixa quaisquer conexões à Internet com
velocidade de download igual ou maior que 256 kilobits por segundo. Para
incorporar diferenças no custo de vida de cada país, foi aplicado, novamente, o
fator de conversão de paridade do poder de compra (PPP).
Em 2016, o Brasil apresentou preço médio mensal de banda larga fixa
(ajustado pelo fator de PPP) de US$17,62. Tal valor manteve-se bastante estável
ao longo dos últimos anos e é inferior à média de preços praticados por todos os
demais blocos de países.

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Figura 9- Preço médio mensal de banda larga fixa em PPP (US$) de 2012 a 2016
Infraestrutura, competição e uso geral

Capacidade de Internet internacional é a soma da capacidade de todos os


comutadores de Internet com largura de banda internacional medida em kbps.
Valores referentes à capacidade de Internet internacional em kbps por usuário
estão dispostos na Figura 10.
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Figura 10- Largura de banda internacional em kbps de 2012 a 2016

O Brasil figura em uma posição intermediária em comparação aos


demais blocos, com uma capacidade de Internet internacional média de 43 kbps
por usuário. Países desenvolvidos se destacam dos demais blocos, com uma
capacidade média de quase 500 kbps por usuário.
Servidores de Internet seguros são servidores que usam tecnologia de
criptografia em transações na Internet. Números de servidores de Internet
seguros por milhão de habitantes estão dispostos na Figura 11. Nesse indicador,
o Brasil possui novamente uma posição intermediária, com um total de 68,6
servidores seguros por milhão de habitantes.

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Figura 11- Servidores de Internet seguros por milhão de habitantes de 2012 a 2016

A Figura 12 trata de um indicador de competição em Internet e telefonia.


Tal indicador mensura o grau de liberalização em 17 categorias de serviços de
TICs, incluindo telefonia 3G/4G, ligações internacionais de longa distância e
gateways internacionais. Para cada economia, o nível de competição em cada
uma das categorias é avaliada da seguinte maneira: monopólio, competição
parcial e competição plena. O índice é calculado como a média da pontuação
obtida em cada uma das 17 categorias para quais os dados estão disponíveis.
Competição plena em todos os grupos implicam em um índice de 2, o melhor
valor possível.

Figura 12- Competição em Internet e Telefonia de 2012 a 2016


O Brasil apresenta, nesse indicador de competição, um índice de 2 ao
longo dos últimos anos. Evidentemente que o indicador diz respeito à realidade
competitiva em âmbito nacional, o que não necessariamente se reflete em todos
os níveis geográficos com menor granularidade.
O percentual de indivíduos que utilizam a Internet pode ser visualizado
na Figura 13. Segundo a pesquisa, o percentual de pessoas que utilizam a
Internet no Brasil em 2016 é de 57,6%, patamar inferior aos blocos de países
desenvolvidos e em desenvolvimento europeus.
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Figura 13- Percentual de indivíduos que utilizam Internet de 2012 a 2016

O percentual de domicílios que possuem computador pessoal também foi


averiguado e pode ser visualizado na Figura 14. De acordo com o relatório, 52%
dos municípios brasileiros possuem ao menos um computador pessoal em 2016.
O país ocupa uma posição intermediária nesse indicador em comparação aos
demais blocos de países.
Outro indicador levantado foi o percentual de domicílios com acesso à
Internet. Tal informação pode ser visualizada na Figura 15. Em 2016, 48% dos
domicílios brasileiros possuem acesso à Internet, uma posição intermediária em
relação à média dos demais blocos.

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Figura 14- Percentual de domicílios com computador pessoal de 2012 a 2016

Figura 15- Percentual de domicílios com acesso à Internet de 2012 a 2016


Conclusão

O desempenho brasileiro no índice Networked Readiness Index foi, de


maneira geral, intermediário: o país ocupa a 72ª posição em um total de 139
países avaliados em 2016. Segundo o relatório do Fórum Econômico Mundial,
em tradução livre, “A adoção e uso de TICs (no Brasil) tanto pelos indivíduos
quanto pela comunidade de negócios é boa e suportada por uma boa
acessibilidade – em particular, conexões de banda larga fixa baratas. O Brasil fez
grandes progressos em termos de melhoria do uso individual este ano, (...) feito
considerável, uma vez que outros países também estão melhorando rapidamente
nesse aspecto. Por outro lado, o NRI do país continua em posições inferiores devido
a um fraco ambiente governamental”.
Apesar do posicionamento não muito destacado no ranking geral, o
Brasil alcançou bons resultados em indicadores setoriais da área de
telecomunicações. Em atributos como percentual da população com cobertura
móvel, acessos de telefonia móvel, preço médio mensal de banda larga fixa e
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competição em Internet e telefonia, o país superou a média observada por todos


os demais blocos de países, inclusive o bloco de países desenvolvidos. Em
indicadores de acessos de banda larga móvel, preço médio do minuto de celular
pré-pago e acessos em banda larga fixa, o país também mostrou boa evolução ao
longo dos anos.
Em alguns indicadores de uso geral, como o percentual de indivíduos que
utilizam a Internet e percentual de domicílios com computador pessoal e
Internet, o Brasil figura em uma posição intermediária quando comparado aos
demais blocos de países, apesar de também apresentar tendência de
crescimento nos últimos anos.

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