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Isabelle Aquino Dos Santos

Jhennyfer Kaylane Matos Silva


Lhusandro César Campos Pinto

Gestão de Recursos Naturais e Energéticos (ex-post facto)

A gestão eficaz de recursos naturais e energéticos é um componente crucial para


a sustentabilidade ambiental e o bem-estar humano. No entanto, os desafios
enfrentados nesse campo são multifacetados, sendo a legislação retroativa, um ponto
de análise e reflexão.
A gestão responsável de recursos naturais, como água, solo, florestas e
minerais, é essencial para garantir a disponibilidade desses recursos para as
gerações futuras. Da mesma forma, o gerenciamento de fontes energéticas, tanto
renováveis quanto não renováveis, requer políticas claras e estáveis para promover a
transição para uma matriz energética mais sustentável.
No entanto, a aplicação retroativa de leis, especialmente na gestão de recursos,
pode criar implicações complexas. Leis ex-post facto podem alterar as regras do jogo,
afetando atividades já realizadas sob a legislação anterior. Por exemplo, uma
regulamentação retroativa que limita as emissões de uma indústria pode resultar em
consequências financeiras significativas para as empresas que operavam dentro dos
limites legais anteriores.
Além disso, a retroatividade na gestão de terras e áreas naturais pode impactar
setores como a exploração florestal ou a conservação ambiental. Uma alteração
legislativa que retroativamente proíbe determinadas práticas pode desencadear
litígios e desafios para aqueles que estavam em conformidade com a legislação
vigente na época. Refletindo sobre estudos de caso, observa-se que a aplicação de
leis ex-post facto na gestão de recursos pode gerar incertezas legais e financeiras,
afetando a confiança dos investidores e a implementação de práticas sustentáveis.
Portanto, é fundamental estabelecer políticas consistentes e previsíveis na
gestão de recursos naturais e energéticos. A transição para um modelo mais
sustentável deve ser apoiada por leis claras, incentivos adequados e engajamento
comunitário, minimizando os impactos negativos retroativos e promovendo a harmonia
entre a conservação dos recursos e o desenvolvimento econômico.

MARCO TEMPORAL INDÍGENA


A análise do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) levou em
consideração 385 terras indígenas, cujo decreto de homologação foi assinado após a
Constituição Federal de 1988.
Um estudo alerta para um potencial de destruição da vegetação nativa na
Amazônia Legal – abrangendo também parte do Cerrado e Pantanal -, caso sejam
aprovados o projeto de lei (490/2007 na Câmara dos Deputados, encaminhado como
2903/2023 no Senado Federal), que restringe a demarcação de terras indígenas, e a
fixação do marco temporal pelo Supremo Tribunal Federal.

PARQUE EÓLICO DELTA 3

O Complexo Eólico Delta 3 é um conjunto de parques eólicos de produção de


energia localizado no Maranhão, na região dos Lençóis Maranhenses,
em Barreirinhas e Paulino Neves, e que constitui o maior complexo dessa modalidade
energética no estado. O complexo possui uma capacidade conjunta de produção de
221 megawatts. A primeira a entrar em operação comercial foi a Delta 3 VI, inaugurado
em 13 de julho de 2017, e a última foi a de Delta 3 VIII, em 07 de novembro de 2017.
Entre os impactos dos empreendimentos estão a emissão de ruído pelas hélices
das torres causando distúrbios do sono, enxaqueca e estresse, interferência nas rotas
de aves, modificação da paisagem natural, alteração do modo de vida tradicional e
danos aos sistemas ambientais litorâneos.
As questões ambientais têm tomado ênfase ao longo dos últimos anos, onde
percebeu-se a excessiva ação do homem causando diversos impactos ambientais e
impulsionando o acontecimento de desastres naturais (POTTI; ESTRELAII, 2017). A
preocupação em frear esses problemas ambientais que afetam tanto o pilar social
quanto o econômico das nações, vem sendo enfatizado em grandes eventos
internacionais como a Conferência de Estocolmo (1972, Convenção Quadro das
Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (1992), a Eco 92 ou Conferência das
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (1992), dentre outras,
resultando na proposta atual das Organizações das Nações Unidas conhecida como
Agenda 2030, apresentando objetivos de desenvolvimento sustentável a serem
alcançados até o ano de 2030 (PHILIPPI; PELICIONI, 2014)
Em suma, a gestão de recursos naturais e energéticos requer não apenas uma
abordagem holística e sustentável, mas também a manutenção de políticas legais que
assegurem a estabilidade e a justiça para todos os envolvidos, evitando implicações
adversas por meio de leis retroativas.
REFERÊNCIAS

PHILIPPI, A. Jr.; PELICIONI, M. C. F. Educação ambiental e sustentabilidade. In:


Educação ambiental e sustentabilidade [S.l: s.n.], 2014.
POTTI, C. M.; ESTRELAII, C. C. Histórico ambiental: desastres ambientais e
o despertar de um novo pensamento. [s. l.], 2017.
PRITCHARD, A. Statistical Bibliography or Bibliometrics. Journal of
Documentation, 25, 348-349, (1869).
SARTORI, S.; LATRONICO, F.; CAMPOS, L. M.S.. Sustentabilidade e
desenvolvimento sustentável: uma taxonomia no campo da literatura. Ambient.
soc., São Paulo, v. 17, n. 1, p. 01-22, Mar. 2014.

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