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DE VAZÃO EM POÇOS
TUBULARES PROFUNDOS,
DIMENSIONAMENTO E
ESPECIFICAÇÕES DE BOMBAS
SUBMERSAS
1. CONCEITOS GERAIS..................................................................... 2
2
4.3. A planilha eletrônica do EXCEL 97 da MICROSOFT. Utilização
e exemplos ................................................................................. 30
3
6. USO DOS PARÂMETROS HIDRODINÂMICOS PARA DIMENSIO-
NAMENTO DOS EQUIPAMENTOS DE BOMBEAMENTO ............ 64
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................. 89
4
1
INTRODUÇÃO
1
2
1. CONCEITOS GERAIS
2
3
3
4
4
5
APARATO DE DARCY
nível d'água
nível d'água
L
h h2
1
z=0
5
6
6
7
TRANSMISSIVIDADE
Para um aqüífero confinado de espessura b a Transmissividade é
definida como sendo: T= K b . Possui dimensão [L 2 /T]
COEFICIENTE DE ARMAZENAMENTO
Para um aqüífero confinado o Coeficiente de Armazenamento é definido
como: S = S S b ou S= σ g b(α + η β). É adimensional.
7
8
8
9
9
10
10
11
11
12
12
13
ln (r0 rw )
Dw = h0 − hw = Q + C Q2 (3.1)
2π K b
Q
Superfície do terreno
BQ
Curva de rebaixamento
Dw
h0
CQ 2
hw r
w
Aqüífero confinado
14
15
10
Rebaixamento (m)
15
16,4
20
20,6
25
30
0 20 40 60 80 100 120 140
3
Vazões (m /h)
15
16
16
17
ρ . Cp ∂ v S ∂ h
∇2 v = ( )( ) ∇ 2 h = ( )( )
K ∂t T ∂ t
onde onde
∇ 2 = operador de Laplace ∇ 2 = operador de Laplace
v = temperatura S = Coeficiente de Armazenamento
ρ = densidade T = Transmissividade
Cp = calor especifico h = rebaixamento
K = condutividade termica
1 ∂ (r∂h / ∂r ) S ⎛ ∂h ⎞
⋅ = ⎜ ⎟ (3.4)
r ∂r T ⎝ ∂t ⎠
∂2 h 1⎛∂h⎞ S ⎛∂h⎞
+ ⎜ ⎟= ⎜ ⎟
∂ r 2 r ⎜⎝ ∂ r ⎟⎠ T ⎜⎝ ∂ t ⎟⎠
⎛ ∂h ⎞ Q
lim⎜ r ⎟ =
r →0
⎝ ∂r ⎠ 2πT
17
18
Q ∞ e−u
4 π T ∫u u
h 0− h = s = ∂u
Sendo o valor de u :
r2S
u= (3.5)
4T t
Fazendo
∞ e−u
W (u ) = ∫ u u
∂u
Q Q ⎛ u2 u3 u4 ⎞
h 0− h = s = W (u ) = ⎜
⎜ − 0,5772 − ln u + u − + − + L⎟⎟ (3.7)
4π T 4π T ⎝ 2 ⋅ 2 ! 3 ⋅ 3! 4 ⋅ 4 ! ⎠
r2S
u=
4T t
18
19
Q Q ⎛ u2 u3 u4 ⎞
h 0− h = s =
W (u ) = ⎜⎜ − 0,5772 − ln u + u − + − + L⎟⎟
4π T 4π T ⎝ 2 ⋅ 2! 3 ⋅ 3! 4 ⋅ 4! ⎠
podem ser reduzidos aos primeiros dois termos da expressão entre parêntesis.
Assim,
h 0− h = s =
Q
W (u ) =
Q
(− 0,5772 − ln u )
4π T 4π T
2,3 Q ⎛ 2,25 T t ⎞
s= log ⎜⎜ 2 ⎟⎟
4π T ⎝ r S ⎠
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20
Exemplo de aplicação:
Como exemplo, utilizando os dados do teste de vazão máxima realizado
no Poço n o 4 da INFRAERO (DINIZ, 1996), conforme dados apresentados na
tabela 3. Este poço possui 134 m de profundidade e foi perfurado em
sedimentos terciários da Bacia de São Paulo, constituídos predominantemente
por arenitos contendo lentes de argilitos (aqüífero livre). O poço foi
perfurado em 22", é inteiramente revestido por tubos lisos e tubos de filtros
com diâmetros de 8".
20
21
Qm=47,464
21
22
12
10
8
rebaixamento (m)
6,8
6
5,3
4
0
1E-4 1E-3 0,01 0,1 1 10 100 1000 10000
t (min)
22
23
23
24
teremos:
6,31 m = 47,464 m 3 /h . (1) / 4π.T ⇒ T = 5,46 m 2 /h
Rebaixamento (m)
100
3
Q=47,464 m /h
2
T=5,46 m /h
S=0,012 10
10
W(u)
Tempo (min.)
1
1 1 10 100 1000 10000
Ponto coincidente
s=6,91 m
0,1 t=333 min
1 10 100 1000 10000 100000 1000000
1/u 1/u=1000000
W(u)=10
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29
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31
• topo do embasamento;
• entradas de água das fraturas.
31
32
Nos métodos que são mostrados neste trabalho para a interpretação dos
testes de vazão, será utilizado o software EXCEL 97, através de uma planilha
contendo os dados identificadores do poço e, abaixo, os valores de tempo,
rebaixamento e vazões do teste dispostos em colunas (conforme mostrado no
exemplo da tabela 3). Após, seguem os valores do tempo de recuperação com
os níveis correspondentes e os valores de rebaixamento e vazões dos testes
escalonados.
A planilha do EXCEL 97 elaborada, deve ser transformada em matriz
para o preenchimento com os dados obtidos durante o cadastramento nas
empresas de perfuração e no campo. Contém nas células que deverão ser
preenchidas os espaços para os dados identificadores do poço e colunas para
dispor os dados dos testes de vazão.
Os dados dos testes de vazão colocados nesta planilha são,
primeiramente, avaliados com os recursos gráficos do EXCEL 97, inserindo-
se um gráfico bi-logarítimico dos dados de rebaixamento x tempo. Este
gráfico permite identificar rapidamente o tipo de aqüífero que está sendo
considerado.
32
33
33
34
Nestas condições, a vazão é constante, pois o poço se recupera com uma taxa
uniforme que é igual ao volume extraído durante o teste de rebaixamento,
dividido pelo tempo de bombeamento. Quando se interpreta os dados do teste
de recuperação, esta vazão constante permite grande precisão na obtenção dos
parâmetros hidrodinâmicos dos aqüíferos.
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37
38
2
10
1
10
W(u)
0
10
-1
10
0 1 2 3 4 5 6
10 10 10 10 10 10 10
1/u
38
39
39
40
40
41
3
Q = 30 m /h
W(u)
2
T = 2,8 m /h
1 S = 0,04
1
1 10 100 1000 10000
Tempo (minutos)
0,1
1 10 100 1000 10000 100000 1000000
1/u
41
42
42
43
43
44
W( u,r/B)
1/u r/B=0 r/B=0,01 r/B=0,03 r/B=0,05 r/B=0,1 r/B=0,15 r/B=0,2 r/B=0,4 r/B=0,6
1,1111 0 ,260 2 0 ,260 2 0 ,260 1 0 ,260 1 0 ,259 7 0 ,259 1 0 ,258 3 0 ,252 7 0 ,243 6
3,3333 0 ,905 7 0 ,905 6 0 ,905 3 0 ,904 7 0 ,901 8 0 ,896 9 0 ,890 2 0 ,845 7 0 ,777 5
11,111 1 ,918 7 1 ,918 5 1 ,916 9 1 ,913 6 1 ,898 3 1 ,873 2 1 ,838 9 1 ,627 2 1 ,348 6
33,333 2 ,959 1 2 ,958 4 2 ,952 3 2 ,940 9 2 ,887 3 2 ,801 7 2 ,689 6 2 ,103 1 1 ,542 3
100 4 ,037 9 4 ,035 6 4 ,016 7 3 ,979 5 3 ,815 3 ,572 5 3 ,287 5 2 ,225 3 1 ,555
111,11 4 ,142 3 4 ,139 6 4 ,118 6 4 ,077 2 3 ,895 2 3 ,630 2 3 ,323 9 2 ,226 9 1 ,555
200 4 ,726 1 4 ,721 2 4 ,682 9 4 ,608 4 4 ,296 3 ,882 1 3 ,456 7 2 ,229 1 ,555
333,33 5 ,234 9 5 ,226 7 5 ,162 7 5 ,040 8 4 ,562 2 4 ,009 2 3 ,496 9 2 ,229 1 1 ,555
500 5 ,639 4 5 ,627 1 5 ,531 4 5 ,353 8 4 ,707 9 4 ,044 5 3 ,504 3 2 ,229 1 1 ,555
1000 6 ,331 5 6 ,306 9 6 ,120 2 5 ,796 5 4 ,829 2 4 ,059 5 3 ,505 4 2 ,229 1 1 ,555
44
45
10
W(u,r/B)
0,1
1 10 100 1000
1/u
r/B=0 r/B=0,1
r/B=0,01 r/B=0,15
r/B=0,03 r/B=0,2
r/B=0,05 r/B=0,4
r/B=0,6
Figura 10. Gráfico da função de Hantush, W(u,r/B) x 1/u, para valores selecionados
de r/B.
45
46
46
47
08:00 0 35,45 0 0
1 36 0,55 28,3 28,3
2 40,54 5,09 28,3 28,3
3 46,03 10,58 28,3 28,3
4 49,20 13,75 28,3 28,3
5 50,70 15,25 28,3 28,3
6 51,45 16 28,3 28,3
7 51,98 16,53 28,3 28,3
8 52,27 16,82 28,3 28,3
9 52,57 17,12 28,3 28,3
10 52,71 17,26 28,3 28,3
20 53,3 17,85 28,3 283
25 53,54 18,09 28,3 141,5
30 53,70 18,25 28,3 141,5
40 53,88 18,43 28,3 283
50 54,06 18,61 28,3 283
60 54,21 18,76 28,3 283
90 54,59 19,14 28,3 849
120 54,80 19,35 28,3 849
220 55,17 19,72 28,3 2830
320 55,53 20,08 28,3 2830
420 55,78 20,33 28,3 2830
520 55,95 20,50 28,3 2830
47
48
48
49
3 s = Q.W(u,r/B)/4πT
Q = 27,086,36 m /h
2
3,62 = 27,086.4,5/4π.T
T = 0,6 m /h 2
T = 0,6 m /h
r/B = 0,1
r = 0,14 m
s = Q.K0(r/B)/2.π.T
s = Q.2,4271/2.π.0,6
s = 0,64.Q
Curva de recuperação do Poço do Jd. Bonanza, do SAMAE de Tietê.
100
10
Rebaixamento (m)
r/B=0
r/B=0,1
r/B=0,15
r/B=0,2
10
r/B=0,4 Ponto coincidente
r/B=0,6 W(u,r/B) = 1
W(u,r/B)
1/u = 1000
1
s = 3,62 m
t = 114 min
r/B = 0,1
1
1 10 100 1000 10000
Tempo (min)
0,1
1 10 1/u 100 1000
Q ⋅ H ( u, β ) r (S ' / S ) T
s = h0 − h = onde β= e B=
4π T 4B ( K ' / b' )
sendo: S ' = Coeficiente de Armazenamento do aquitarde; S = Coeficiente de
Armazenamento do aqüífero; K ' = Condutividade Hidráulica do aquitarde; b '
= espessura do aquitarde e; r = raio de influência.
49
50
H (u, ß)
u ß = 0,001 ß = 0,005 ß = 0,01 ß = 0,05 ß = 0,1 ß = 0,2
1E-06 11,9842 10,5908 9,9259 8,3395 7,6497 6,959
5E-06 10,8958 9,7174 9,0866 7,5284 6,8427 6,1548
0,00001 10,3739 9,3203 8,7142 7,1771 6,4944 5,8085
0,00005 9,0422 8,3171 7,8031 6,3523 5,6821 5,0045
0,0001 8,4258 7,8386 7,3803 5,9906 5,3297 4,6581
0,0005 6,9273 6,6024 6,2934 5,1223 4,4996 3,8527
0,001 6,2624 6,0193 5,7727 4,729 4,1337 3,5045
0,005 4,6951 4,5786 4,4474 3,7415 3,2483 2,6891
0,01 4,0163 3,9334 3,8374 3,2752 2,8443 2,3325
0,05 2,459 2,4243 2,3826 2,1007 1,8401 1,4872
0,1 1,8172 1,7949 1,7677 1,5768 1,3893 1,1207
0,5 0,5584 0,553 0,5463 0,4969 0,4436 0,3591
1 0,2189 0,2169 0,2144 0,1961 0,1758 0,1427
5 0,00115 0,00112 0,00112 0,00104 0,00093 0,00076
50
51
2
10
1
10
0
10
LEGENDA
-1 ß=0,001
10
ß=0,005
H(u,ß)
ß=0,01
-2 ß=0,05
10 ß=0,1
ß=0,2
ß=0,5
-3
10 ß=1
ß=2
ß=5
-4 ß=10
10
ß=20
-5
10
-1 0 1 2 3 4 5 6 7
10 10 10 10 10 10 10 10 10
1/u
51
52
52
53
53
54
H(u,β) = 10
-7
100 u = 10
100
Rebaixamento (m)
s = 13,93 m
t = 5055 min
10 3
10 Q = 86,75 m /h
T = Q.H (µ , Β) / 4 π.s
1
T = 86,75.10 / 4 π.13,93
H(u,ß)
1 2
1 10 100 1000 10000 T = 5 m /h
Tempo (minutos)
0,1
LEGENDA
ß=0,001
0,01 ß=0,1
ß=0,2
ß=0,5
ß=1
1E-3
ß=2
ß=5
ß=10
1E-4 ß=20
u
1E-5
10 1 0,1 0,01 1E-3 1E-4 1E-5 1E-6 1E-7
54
55
W (u A , u B , Γ )
Q
s=
4π T
onde W(uA,uB,Γ) é a função dos aqüíferos semi-livres e,
r2S
uA = (para os dados do início do rebaixamento)
4Tt
r2S y
uB = (para os dados médios e finais do rebaixamento)
4Tt
r2 Kv
Γ=
b2 Kh
Sendo:
S = armazenamento específico;
55
56
s = h0 –h =Q. W (uA,uB, Γ)
uA = r2.S/4.T.t onde S = Coeficiente de Armazenamento
Γ = r2.Kv / b2.Kh
1/uA Γ=0,001 Γ=0,01 Γ=0,06 Γ=0,2 Γ=0,6 Γ=1 Γ=2 Γ=4 Γ=6
0,4 0,0248 0,0241 0,023 0,0214 0,0188 0,017 0,0138 0,00933 0,00639
0,8 0,145 0,14 0,131 0,119 0,0988 0,0849 0,0603 0,0317 0,0174
1,4 0,358 0,345 0,318 0,279 0,217 0,175 0,107 0,0445 0,021
2,4 0,662 0,633 0,57 0,483 0,343 0,256 0,133 0,0476 0,0214
4 1,02 0,963 0,849 0,688 0,438 0,3 0,14 0,0478 0,0215
8 1,57 1,46 1,23 0,918 0,497 0,317 0,141 0,0478 0,0215
14 2,05 1,88 1,51 1,03 0,507 0,317 0,141 0,0478 0,0215
24 2,52 2,27 1,73 1,07 0,507 0,317 0,141 0,0478 0,0215
40 2,97 2,61 1,85 1,08 0,507 0,317 0,141 0,0478 0,0215
80 3,56 3 1,92 1,08 0,507 0,317 0,141 0,0478 0,0215
140 4,01 3,23 1,93 1,08 0,507 0,317 0,141 0,0478 0,0215
240 4,42 3,37 1,94 1,08 0,507 0,317 0,141 0,0478 0,0215
400 4,77 3,43 1,94 1,08 0,507 0,317 0,141 0,0478 0,0215
800 5,16 3,45 1,94 1,08 0,507 0,317 0,141 0,0478 0,0215
1400 5,4 3,46 1,94 1,08 0,507 0,317 0,141 0,0478 0,0215
2400 5,54 3,46 1,94 1,08 0,507 0,317 0,141 0,0478 0,0215
4000 5,59 3,46 1,94 1,08 0,507 0,317 0,141 0,0478 0,0215
8000 5,62 3,46 1,94 1,08 0,507 0,317 0,141 0,0478 0,0215
14000 5,62 3,46 1,94 1,08 0,507 0,317 0,141 0,0478 0,0215
56
57
57
58
1/uA
-1 0 1 2 3 4 5
10 10 10 10 10 10 10
10 10
1 1
W(uA,uB,Γ)
0,1 0,1
0,01 0,01
1E-3 1E-3
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
1/uB
58
59
Rebaixamento (m)
10
1 1
W(uA,uB,Γ)
1
1 10 100 1000 10000
0,1 0,1
Rebaixamento
0,01 0,01
1E-3 1E-3
1E-5 1E-4 1E-3 0,01 0,1 1 10 100 1000 10000 100000
1/uB
Γ=0,001 Γ=1
Γ=0,01 Γ=2
Γ=0,06 Γ=4
Γ=0,2 Γ=6
Γ=0,6
Figura 15. Curva da função W(u A ,u B ,Γ) para cálculo dos parâmetros
hidrodinâmicos do aqüífero Caçapava no local do poço n o 21, da SABESP.
59
60
60
61
Exemplo de aplicação:
Como exemplo, utilizando os dados do teste de vazão máxima realizado
no Poço n o 2 do Distrito de Polvilho, conforme tabela 11, a seguir.
61
62
10/07/1981 Recuperação
HORA TEMPO (min) NÍVEL (m) RECUPERAÇÃO VAZÃO REC. (m³/h)
(m)
09:00 0 73,65 0,00 0
1 41,85 31,80 72,000
2 32,13 41,52 60,923
3 22,89 50,76 56,571
4 17,14 56,51 49,500
5 12,32 61,33 46,588
6 9,08 64,57 39,800
7 7,62 66,03 41,684
8 6,97 66,68 41,684
9 6,62 67,03 41,684
10 6,59 67,06 41,684
14 6,48 67,17 41,684
16 6,41 67,24 41,684
18 6,37 67,28 39,800
20 6,34 67,31 39,800
25 6,18 67,47 37,714
30 6,13 67,52 37,314
35 6,08 67,57 36,000
40 6,01 67,64 36,000
50 5,81 67,84 36,000
60 5,8 67,85 36,000
TIPO DE TESTE
ESCALONADO
DIA HORA TEMPO (horas) REBAIXAMENTO VAZÃO (m³/h)
(m)
10/07/1981 14:10 2 2,08 6,000
10/07/1981 16:10 2 7,31 18,100
10/07/1981 18:10 2 15,80 26,400
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63
s = Q.W(u,r/B)/4.π.T
Recuperação (m)
10
30,8 = 36.1/4π.T
2
T = 0,09 m /h
0,1
1 10 1/u 100 1000
Tempo (min) s = Q.K0(r/B)/2π.T
s = Q.1,1145/2 π.0,09
1 1 10 100 1000 s = 2.Q
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64
65
65
66
66
67
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Parte dinâmica
Parte estática
3
Vazão (m /h)
Líquido
Sendo a água de um poço tubular profundo, deverá ser analisada a
quantidade de areia que vai passar pelo sistema de bombeamento e informada
ao fornecedor através da especificação de compra. A quantidade de areia que
passa pelo sistema é importante para definir os materiais que serão utilizados
na construção do equipamento.
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Temperatura
A temperatura da água do poço também é importante. Geralmente situa-
se em torno de 24°C. Até 30 o C (40 o C para alguns fabricantes) o equipamento
é comum. Quando for superior a 30 o C (ou 40 o C para alguns fabricantes) o
projeto do equipamento de bombeamento deve ser especial.
O motor trabalha submerso, na posição vertical, e tem sua forma de
construção feita para operar em poços tubulares profundos, em alguns casos
podem ser montados dentro de tubos verticais e, neste caso, devem ser
operados da mesma forma que em poços tubulares profundos.
Os motores das bombas submersas são arrefecidos pelo fluxo
ascendente da própria água bombeada que circula entre a carcaça do motor e
as paredes do poço.
A parte interna do motor é preenchida com água na fábrica. A água
interna do motor tem duas funções: resfriar através da troca de calor e
controlar a pressão interna do motor.
Antes de entrarem em operação os motores devem ser novamente
preenchidos internamente com água limpa, sem aditivos, para compensar
eventuais perdas durante o transporte. Para tanto, na carcaça do motor
existem dois bujões, um para a entrada da água e outro para a saída do ar. Os
bujões deverão ser fechados após a completação da água.
Um fator que pode prejudicar o arrefecimento é a velocidade da água
junto da parede do motor. Esta especificação será abordada com detalhes no
item 7.2.2 (Submergência Mínima Abaixo do Nível Dinâmico).
Vazão
É aquela que estará disponível na saída do sistema.
O crivo da bomba submersa deverá ter uma submergência mínima de 7
metros abaixo do nível dinâmico final ou a submergência mínima fornecida
pelo fabricante. Isto evitará o efeito "vórtice", isto é, a entrada de ar pela
sucção da bomba, resultante do rodamoinho formado quando é pequena a
submergência do conjunto. O efeito "vórtice" pode prejudicar o rendimento do
conjunto pois haverá uma queda na eficiência da bomba.
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70
71
7.2. Definições
POTÊNCIA
Há dois tipos de potências envolvidas nos conjuntos moto-bomba
submerso: potência hidráulica e potência consumida pela bomba.
γ QH
Ph =
270
onde:
Ph = potência hidráulica, em CV
γ = peso específico do fluido,em Kgf/dm 3
Q = vazão, em m³/h
H = altura de elevação, em metros.
RENDIMENTO ( η )
É a relação entre a potência hidráulica e a potência consumida.
Ph
η=
P
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Curva do sistema
3
Vazão (m /h)
72
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π (D12 − D22 )
A=
4
Q
v=
3600 A
1,5 v 2
a=
2g
onde:
D 1 = diâmetro interno do revestimento do poço (m);
D 2 = diâmetro do motor ou bombeados (m);
A = área livre do fluxo ao longo do motor ou bombeador (m 2 );
a = rebaixamento adicional do nível dinâmico (m);
Q = vazão da bomba (m³/h);
v = velocidade da água junto à parede do motor ou bombeador (m/s);
g = 9,81 m/s 2 .
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74
INTRODUÇÃO
A presente especificação refere-se ao fornecimento de conjuntos moto-
bombas submersos e respectivos implementos, para instalação em poços
tubulares profundos, conforme caracterizados a seguir e nas Disposições
Técnicas Específicas.
Os equipamentos e implementos deverão ser como aqui especificados.
No caso de não ser possível ao fornecedor atender a certas características das
especificações, devido às diferentes técnicas de fabricação, o mesmo deverá
descrever completamente os aspectos que estão em desacordo com as
especificações.
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Vr = Vb + Vp{Di}i + Vc + Ve + Vt
n
onde:
Vr = valor total da proposta em reais;
Vb = preço do equipamento apresentado na proposta em reais;
Vp { Di } i n = valor presente das despesas anuais de energia elétrica, em reais,
verificado durante uma vida útil definida ( n , em anos) do equipamento,
capitalizado a uma taxa de remuneração ( i ) previamente definida;
Vc = preço do cabo;
Ve = preço dos ensaios referentes a cada item do equipamento;
Vt = preço do transporte do equipamento.
Ph
Ptc (kW) =
Nb ⋅ Nm
- potência hidráulica, em kW :
Q ⋅ Hm
Ph = ⋅ 0,736
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Q = vazão no ponto de trabalho em L/s
Hm = altura manométrica no ponto de trabalho, em m.c.a.(metros de coluna
d’água)
Nb = rendimento da bomba no ponto de trabalho
Nm = rendimento do motor no ponto de trabalho
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Vp[ Di ] =
(1 + i) − 1
n
⋅ Di
i (1 + i )
n
EXEMPLO DE UTILIZAÇÃO:
Seleção de Propostas dos Conjuntos Moto-bombas Submersos
Dados:
Vazão (Q) = 60 m 3 /h (ou 16,67 l/s)
Altura manométrica (Hm) = 120 m.c.a.
Propostas:
Conjunto I:
Rendimento da bomba (Nb) = 50%
Rendimento do motor (Nm) = 90%
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Conjunto II:
Rendimento da bomba (Nb) = 70%
Rendimento do motor (Nm) = 90%
Custo do conjunto = R$ 3.800,00
Custo do cabo, ensaios e transporte = R$ 600,00
Vr = Vb + Vp {Di}i + Vc + Ve + Vt
n
Ph
Ptc (KW) =
Nb ⋅ Nm
• potência hidráulica, em KW:
Q ⋅ Hm
Ph = ⋅ 0,736
75
Custo de energia elétrica:
Para Ptc ≤ 15 kW será adotada a tarifa B, onde é considerado o
consumo (Tb), em kWh:
Di = (Ptc x pmh x 365) x Tb
Para Ptc > 15 KW será adotada a tarifa A, onde é considerado o
consumo (Ta), em kWh, e a demanda (Td), em kW:
Di = [(Ptc x pmh x 365) x Ta] + (Ptc x 12 x Td)
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Q ⋅ Hm
Ptc (kW) = ⋅ 0,736
75 ⋅ Nb ⋅ Nm
16,67 ⋅ 120
Ptc (kW) = ⋅ 0,736 ⇒ Ptc = 43,62 kW
75 ⋅ 0,50 ⋅ 0,90
Como Ptc > 15KW, será considerada a tarifa A.
Vp[ Di ] =
(1 + i) − 1
n
⋅ Di ⇒ Vp[ Di ] =
(1 + 0,12 ) − 1
4
⋅ 23181,55
i (1 + i ) 0,12 (1 + 0,12 )
n 4
Vp[Di] = R$ 70.410,47
Vr = Vb + Vp {Di}i + Vc + Ve + Vt
n
sendo Vc + Ve + Vt = R$ 600,00
Vr = 3.000,00 + 70.410,47 + 600,00
Vr = R$ 74.010,47
Proposta II
-Cálculo da potência total consumida:
Q ⋅ Hm
Ptc (kW) = ⋅ 0,736
75 ⋅ Nb ⋅ Nm
16,67 ⋅ 120
Ptc (kW) = ⋅ 0,736 ⇒ Ptc = 31,16 kW
75 ⋅ 0,70 ⋅ 0,90
79
80
Di = R$ 16.559,77
Vp[ Di ] =
(1 + i )n − 1 ⋅ Di ⇒ Vp[ Di ] =
(1 + 0,12 )4 − 1 ⋅ 16559,77
i (1 + i ) 0,12 (1 + 0,12 )
n 4
Vp[Di] = R$ 50.297,81
Vr = Vb + Vp {Di}i + Vc + Ve + Vt
n
sendo Vc + Ve + Vt = R$ 600,00
Vr = 3.800,00 + 50.297,81 + 600,00
Vr = R$ 54.697,81
Conclusão
Apesar do Conjunto II, ter um custo inicial maior do que o conjunto I,
ao longo de quatro anos o custo total investido neste conjunto será menor.
Vazão m 3 /h
Altura manométrica total máxima m.c.a
Tensão de trabalho (trifásico) V
Enrolamento do motor V
Diâmetro do revestimento mm
Profundidade m
Profundidade do nível estático m
Profundidade do nível dinâmico m
Profundidade de lançamento da bomba m
Diâmetro da tubulação edutora mm
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Tipo de partida.
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Figura 21. Conjunto moto-bomba submerso com rotor radial (direita) e rotor
semi-axial (esquerda). Autorizado pela EBARA Ind. Mec. e Com. Ltda.
Bomba
Na figura 22 é mostrado o corte transversal de um conjunto moto-
bomba submerso.
Materiais aceitos empregados na construção da bomba:
• carcaças - ferro fundido GG-20, GG-25 ou aço inox;
• rotor - bronze SAE 40;
• eixo - aço inox;
• luva do mancal - aço AISI 420 ou AISI 316;
• parafusos, porcas e arruelas que ficam em contato com a água - aço inox
(obrigatoriamente);
• crivo - aço inox.
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Motor
O motor deverá ser totalmente fechado, trifásico e com freqüência de
60 Hz. Para o diâmetro do rotor selecionado, deverá ter potência suficiente
para cobrir toda a curva da potência consumida pela bomba.
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que efetuará os testes bem como uma declaração do mesmo que está apto a
executá-los, dentro do prazo de entrega indicado na proposta.
Se durante os testes, determinado conjunto não atender aos requisitos
especificados e propostos, o fabricante deverá efetuar as necessárias
alterações e os testes serão repetidos até que o equipamento atenda ao
especificado, sem qualquer ônus ao requisitante.
A inspeção deverá ser avisada com uma antecedência mínima de cinco
dias úteis antes da data marcada para a realização dos testes.
O preço para a realização dos testes deverá ser cotado em separado ao
do fornecimento do(s) conjunto(s).
Teste Hidrostático
A bomba deverá ser submetida a testes hidrostáticos de 1,5 vezes a
pressão de Shut-Off ou de 2 vezes a pressão de trabalho, durante pelo menos
cinco minutos. Além disso, o teste hidrostático deverá ser realizado sem a
pintura de fundo.
Teste de Performance
Deverão ser levantados seis pontos da curva sendo um o de Shut-Off,
outro o de trabalho e os demais, dois abaixo e dois acima do ponto de
operação especificado, sendo que a norma a ser seguida será a do Hidraulic
Institute.
Durante este teste, os seguintes itens deverão ser levantados:
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• vazão e pressão;
• corrente (amperagem) e tensão;
• potência (consumo em Watts);
• rendimento da bomba e do conjunto no ponto de trabalho.
Com base nesses itens, deverão ser elaboradas as seguintes curvas: Q x
Hm, curva de potência (saída) e curva de rendimento da bomba.
Teste do Motor
O motor deverá ser submetido aos seguintes ensaios:
• alta tensão - o motor deverá ser submetido à duas vezes a tensão de
trabalho mais 1.000 V durante um minuto, com um mínimo de 1.500 V,
após o conjunto ficar imerso em água durante 24 horas;
• resistência de isolação com tensão de 1.000 V (cc);
• resistência ôhmica entre os enrolamentos;
• ensaio em vazio, onde serão determinados:
- corrente de partida;
- corrente com rotor bloqueado;
- potência absorvida;
- cos ∅ na partida.
Deverão ser ainda obtidos, o rendimento do motor a plena carga e a
corrente nominal de partida à tensão nominal.
Transporte
Deverá fazer parte do fornecimento o transporte do(s) conjunto(s) e
implementos até o almoxarifado da adquirinte, no local indicado na planilha
de orçamento.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CLARK, L. 1988. The field guide to water well and boreholes. Geological
Society of London - Professional Handbook, John Wiley & Sons,
Chichester, Inglaterra, 155p.
COOPER JR., H. H., JACOB, C.E. 1946. A generalized graphical method for
evaluating formation constants and summarizing well-field history. Am.
Geophys. Union Trans., Washington, 27:526-534.
DAVIS, S.N., DeWIEST, R.J.M. 1966. Hydrogeology. John Wiley & Sons,
New York, 463 p.
DRISCOLL, F.G. 1989. Groundwater and wells. 2. ed., St. Paul, Minnesota:
Johnson Filtration Systems Inc., 1089 p.
89
90
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THEIS, C.V. 1935. The relation between the lowering of piezometric surface
and the rate and duration of discharge of a well using ground-water
storage. Am. Geophys., Washigton: Union Transaction, Part II, p.519-
524.
91