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Aprovada por:
________________________________________________
Prof. Murilo Augusto Vaz, Ph.D.
________________________________________________
Prof. Antonio Carlos Fernandes, Ph. D.
________________________________________________
Prof. Ivan Carlos Pimentel da Cruz, D. Sc.
i
AGRADECIMENTOS
Saliento a importância de Odd Kvello por sua visão de futuro para os profissionais
da empresa e de todo o departamento de Engenharia e Construção da SUBSEA7 pela
constante e intensa troca de conhecimentos vivenciada nesses últimos cinco anos.
ii
Resumo da dissertação apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos
necessários para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.)
Junho/2006
iii
Abstract of dissertation presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Master of Science (M.Sc.)
June / 2006
New offshore scenarios for oil exploitation have been discovered in increasing
water depths and the feasibility of oil production requires more accurate analyses. The
technology and the product use nowadays during the installation of the subsea
equipment required for oil exploitation must be investigated and validated for water
depths deeper than 2000m. This paper evaluates the installation of flexible pipes in
water depths up to 3000m, naming challenges, discussing problems and finally
analyzing solutions.
Aspects of flexible pipe technology and the installation equipment are
presented in this paper. So is the technology of flexible pipes capable of maintain
integrity in scenarios of water depths up to 3000m.
Global analyses of various catenary configurations and local analyses of the
new flexible pipe in a 3000m operation are the main focus of this paper.
iv
ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................1
2.4 CARREGAMENTOS...............................................................................................................29
2.4.1 Carregamentos ambientais:.............................................................................................29
v
3.2 PARÂMETROS DO MODELO..............................................................................................52
3.2.1 Propriedades dos dutos ....................................................................................................54
3.2.2 Critérios Ambientais ........................................................................................................54
3.2.3 Parâmetros do Navio de Instalação.................................................................................55
4 CONCLUSÕES ................................................................................................................................73
5 BIBLIOGRAFIA ..............................................................................................................................75
APÊNDICE A ...........................................................................................................................................77
APÊNDICE B ...........................................................................................................................................81
vi
ÍNDICE DE FIGURAS
vii
Figura 22 - Gráfico da Tração de topo estática para diferentes profundidades............ 40
Figura 23 - Gráfico da Tração de topo dinâmica para diferentes profundidades ......... 41
Figura 24 - Gráfico do comprimento suspenso da catenária para diferentes
profundidades ............................................................................................... 42
Figura 25 - Gráfico da projeção horizontal da catenária para diferentes profundidades
...................................................................................................................... 43
Figura 26 - Gráfico da tração de fundo dinâmica para diferentes profundidades ........ 44
Figura 27 - Gráfico da tração de fundo estática para diferentes profundidades........... 44
Figura 28 - Gráfico do momento fletor para diferentes profundidades ......................... 45
Figura 29 – Curvatura de diferentes dutos para 3000m e diferentes ângulos de topo .. 46
Figura 30 – Raio mínimo de diferentes dutos para 3000m e diferentes ângulos de topo
...................................................................................................................... 47
Figura 31 – Campos de exploração de petróleo na bacia de Campos ........................... 50
Figura 32 – Localização de poço em profundidades próximas a 3000 metros .............. 51
Figura 33 – Perfil do leito marinho para o estudo de caso............................................ 52
Figura 34 – Desenho esquemático representando uma CVD de 1ª extremidade ........... 53
Figura 35 – Desenho esquemático representando lançamento ao longo da rota .......... 53
Figura 36 – Desenho esquemático representando a conexão de 2ª extremidade........... 54
Figura 37 – Vista superior do modelo de conexão vertical de 1ª extremidade em
Orcaflex ........................................................................................................ 56
Figura 38 – Vista lateral do modelo de conexão vertical de 1ª extremidade ................. 56
Figura 39 – Tração de Topo dinâmica ao longo do lançamento ................................... 57
Figura 40 – Tração de Topo estática ao longo do lançamento ...................................... 58
Figura 41 – Tração dinâmica no TDP ao longo do lançamento .................................... 59
Figura 42 – Tração estática no TDP ao longo do lançamento ...................................... 59
Figura 43 – Comprimento Suspenso ao longo da rota ................................................... 60
Figura 44 – Projeção horizontal da catenária ao longo da rota ................................... 60
Figura 45 – Curvatura da catenária ao longo da rota ................................................... 61
Figura 46 – Vista lateral do modelo de CVD 2ª em Orcaflex......................................... 62
Figura 47 – Tração de topo estática para duto alagado ................................................ 63
Figura 48 – Tração de topo dinâmica para duto alagado.............................................. 63
Figura 49 – Modelo 3D do duto flexível ......................................................................... 68
Figura 50 – Malha de elementos finitos.......................................................................... 68
viii
Figura 51 – Resultados de tensões de Von Mises devido à compressão do tensionador
com três “tracks” ......................................................................................... 69
Figura 52 – Resultados de tensões de Von Mises devido à compressão do tensionador
com dois “tracks”......................................................................................... 69
Figura 53 – Resultados de tensões de Von Mises devido à compressão do tensionador
com quatro “tracks”..................................................................................... 70
Figura 54 – Resultados de tensões de Von Mises devido à compressão do tensionador
com quatro “tracks” e tração de 250ton ..................................................... 70
Figura 55 – Fator de utilização DNV para diferentes espessuras ................................. 79
Figura 56 – Modelo 3D e malha de elementos finitos do duto flexível .......................... 81
Figura 57 – Resultados de tensões Axiais na carcaça e armaduras de tração .............. 81
Figura 58 – Resultados de deformações no duto em função do aperto.......................... 82
ix
ÍNDICE DE TABELAS
x
ABREVIAÇÕES
xi
GLOSSÁRIO
Flexível unbonded – Duto em que as camadas não são coladas entre si, permitindo
deslizamento entre as mesmas.
Riser – Trecho dinâmico de linha flexível / rígido que interliga o sistema submarino de
coleta / exportação à unidade de produção.
xii
1 INTRODUÇÃO
desafio para a indústria, no qual aspectos como dificuldades ambientais e de locação são
onde os equipamentos usados em águas rasas eram similares aos utilizados em terra,
ocorreu um grande avanço tecnológico, tanto nos métodos aplicados, quanto nos
direção de águas cada vez mais profundas, o que defronta os técnicos com cenários
ultraprofundas.
águas profundas, assim como campos potenciais em profundidades cada vez maiores de
lâmina d'água.
de operar nestas condições, é peça chave para o estabelecimento de uma nova fronteira,
escoamento “offshore” de óleo e gás. A sua utilização em águas ultraprofundas pode vir
1
e processos, sendo objeto deste trabalho oferecer subsídios a esta discussão, através da
guerra mundial. O duto foi instalado para conectar a Inglaterra à França, durante o
Com o passar dos anos, a tecnologia dos flexíveis evoluiu, adequando-se aos novos
flexíveis aplicados nos dias de hoje, começou a ser desenvolvida desde 1970.
químicos e gás, produção de óleo e gás, além do transporte de longa distância de fluidos
não tratados.
2
1.1.1 Instalação de flexíveis no Brasil
brasileiro. Sua utilização apresenta diversos benefícios, dentre os quais podem ser
destacados:
dutos simultaneamente;
de um navio.
exploração, tende para águas cada vez mais profundas. As tecnologias de fabricação de
Desta forma, a API Spec 17J é utilizada para normatização de dutos flexíveis pelas
indústrias, sendo adotada como padrão para especificação, projeto, fabricação, seleção
3
No início da década de 90, a exploração a 900m de profundidade já é uma técnica
dominada, contando com dez poços e uma rede de 168km de flexíveis. E em meados
Pouco tempo depois, no final dos anos noventa, a instalação de dutos flexíveis atinge
marcas próximas aos 2000m. O progresso dos primeiros anos do novo século é veloz, já
que a rede de flexíveis passa a ser composta por aproximadamente 2500km de linhas de
Com este histórico, os dutos flexíveis têm tido um importante papel na história de
e viabilidade econômica. Nenhum lugar do mundo tem uma rede de dutos flexíveis
de exploração.
campo são:
4
Estas condições são ainda mais críticas na exploração em águas ultraprofundas e a
que a exploração se torne mais do que tecnicamente possível: deve ser economicamente
viável.
atuais, bem como dos conceitos e equipamentos envolvidos na instalação dos mesmos,
águas ultraprofundas (2243 metros). Ao mesmo tempo em que se abre uma nova
Apesar do custo do material para fabricação do duto ser alto, algo em torno de seis
vezes, ref.[2], o custo equivalente ao duto de aço, o flexível é mais rápido e mais barato
para lançamento, podendo ser instalado por embarcações adaptadas ou por navios de
tarefa, o duto pode ser instalado na faixa de até 500 metros por hora. Isto significa uma
5
O duto também permite recolhimento posterior para inspeção, reparo e reutilização,
fator que deve ser levado em consideração nos estudos de viabilidade econômica.
possível realizar uma comparação, como propõem Thome e Galgoul em 2004, ref [2]:
que variam de 1300 a 2000 metros. Os autores selecionaram os menores valores por
tabela 1:
Cabe salientar que os valores de flexível tiveram uma grande variação e, para efeito
Para rígidos, existe ainda a possibilidade de lançamento pelo método “reel”, que
seguro, com soluções mais baratas e, por conseguinte, uma janela mais curta de
encontra-se em desenvolvimento.
6
1.3 NORMAS
recomendações estão disponíveis, como API, NI-2409, Veritec e IP. A API 17J é
[16].
camadas não são coladas umas às outras, permitindo o deslizamento entre as mesmas. A
7
Figura 1 – Aplicação da armadura de tração
pela instalação. Por outro lado, em dutos rígidos o fabricante é o responsável pelo
aspectos que deve ser avaliado, à luz dos seguintes parâmetros utilizados para esta
8
E, mesmo com um produto projetado, fabricado e resistente a todas as solicitações
obstáculos devem ser superados, entre eles: cargas elevadas, necessidade de adequação
guindastes etc.).
1 2 3 4 5
9
A camada 1, denominada de camada externa, pode ser polimérica ou mesmo
metálica. Ela deve ser projetada com o intuito de prover proteção às camadas internas
do duto.
espaçamento entre arames e pressão interna e externa, isto quando o flexível não possuir
chamadas de camadas zeta, que devem ser projetadas para a pressão requerida e devem
intertravamento.
devem ser projetadas conforme requisitos, assim como estruturas para minimizar o
aspectos:
camada. Caso a pressão anular (presente entre as camadas) seja maior que a pressão
10
• Propagação de trinca ao longo da carcaça, em função de tensões induzidas por
flexão nos espirais intertravados. O projeto da carcaça deve assegurar que a propagação
• Corrosão.
[7].
tema relevante para estudos na utilização de dutos em águas ultraprofundas, mas não é
profundidades de dois mil até três mil metros é essencial para o desdobramento e o
duto, com utilização de materiais compósitos e materiais metálicos, mesmo nas camadas
“unbonded” de baixo peso e com altíssima resistência ao colapso, ao aperto das sapatas
11
reforçada (FCR) nos dutos, promovendo sua utilização em profundidades inatingíveis
dutos convencionais. A aplicação de FCR, como camada resistente à tração, é uma das
danos por compressão na estrutura, como por exemplo, o dano conhecido como gaiola
composição apresenta essencialmente três camadas estruturais, que são: camada interna
camada formada pelas armaduras de tração reforçadas com fibras de carbono. A camada
12
Já a aproximação das características de um material compósito às características
matriz de fibra. Além disso, testes têm mostrado que este projeto é capaz de prover uma
materiais compósitos, que é capaz de ser bobinado e está disponível para aplicações
com até 100mm de diâmetro interno. Porém, já estão sendo realizados testes em escala
real com dutos de até 80mm de diâmetro. Testes de propriedades estruturais foram
82oC. Ainda é possível recorrer a materiais poliméricos que podem ser utilizados em
de resistência à fadiga.
13
dutos. E, em adição, um programa sistemático de teste está sendo conduzido para
e uma camada externa de proteção termoplástica, funcionando como uma barreira para
pode ser substituído por outros materiais, como por exemplo, o PVDF e o poly-ketones
requisito que o sistema de lançamento deve possuir para suportar altos valores de carga
de tração de topo.
terão que sofrer mudanças significativas, o que reduzirá o número de navios capazes de
Este panorama fica ainda mais complexo quando é necessário sustentar a carga de
dutos cheios.
14
Portanto, é inevitável o desenvolvimento e introdução de novos conceitos de
problema. A própria relação entre peso por unidade de comprimento de um cabo e sua
pode ser uma solução, mas sua aplicabilidade precisa ser ratificada ref. [5].
aumenta a rigidez do duto e resulta em dificuldades nas operações, como por exemplo,
15
em uma conexão vertical de segunda extremidade. Portanto, para um maior controle na
operação, a conexão de primeira é mais indicada e deve ser realizada sempre que
possível.
Módulos de conexão para apenas uma linha são mais aplicados. Ref. [9]
operação. Este item acarreta em mudança nos equipamentos que compõem o sistema
1.7.1.1 Tensionadores
recolhimento dos mesmos. Podem ser utilizados em série para aumentar a capacidade de
sustentação de carga.
Diferentes configurações dos “tracks” podem ser utilizadas: três “tracks” em “Y”,
quatro “tracks” em “X”, dois “tracks” verticais etc. O comprimento dos “tracks” influi
maior a área de contato entre o duto e as sapatas, permitindo, para um mesmo fator de
1.7.1.2 Guinchos
16
1.7.1.3 Guindastes
configurações da lança devem ser previamente conhecidos para execução segura das
manobras requeridas.
quando armazena na horizontal. Sua capacidade de carga deve ser elevada, assim como
Todos estes equipamentos devem estar certificados para as cargas envolvidas nas
operações, sendo cada vez mais solicitados à medida que aumenta a profundidade e,
17
1.8 A ORGANIZAÇÃO DO TEXTO
composição do flexível, a estrutura convencional utilizada para dutos que são instalados
para aplicação do duto em águas cada vez mais profundas. E, como conseqüência, os
tecnologia atual, dutos com novos conceitos e dutos rígidos, são demonstrados.
cenários futuros.
18
2 ANÁLISE GLOBAL DO LANÇAMENTO EM PROFUNDIDADE DE 3000m
2.1 OBJETIVO
ângulos de topo.
y
⎛ ⎛ x⎞ ⎞
a ⋅⎜ cosh⎜ ⎟ − 1⎟
⎝ ⎝ a⎠ ⎠
s
⎛ x⎞
a ⋅sinh⎜ ⎟
⎝ a⎠
y000
750
500
250
000
s
750
500
250
000
750
500
250
0
0 200 400 600 800 1000x
Figura 5 – Sistema de coordenadas
onde:
19
y = profundidade;
s = comprimento suspenso;
Th
a
w
Th = tração horizontal;
α = ângulo de topo.
demais são obtidos através da solução das seguintes equações, ref. [10]:
s ⎛ 1 ⎞
⎜ tan( α ) ⎟
a ⎝ ⎠
x ⎡ ⎛s⎞ 2
s⎤
ln⎢ ⎜ ⎟ + 1 + ⎥
a ⎣ ⎝ a⎠ a⎦
y ⎛ x⎞
cosh⎜ ⎟ − 1
a ⎝ a⎠
20
seguir os parâmetros correspondentes às configurações de ângulo de topo de 0,5º, 1,0º,
3000
2750
2500
2250
2000
0,5 graus
1750 1,0 grau
Elevação [m]
1,5 graus
5,0 graus
1500
10 graus
1250
1000
750
500
250
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Projeção Horizontal [m]
claramente o aspecto linear, para um determinado ângulo de topo, dos parâmetros “x” e
21
Variações de x e s em função de y e α
4500
4000
3500
α
3000
x (0.5 graus)
s (0.5 graus)
x (1.0 grau)
2500
s (1.0 grau)
x e s [m]
x (1.5 graus)
s (1.5 graus)
2000
x (5.0 graus)
s (5.0 graus)
x (10 graus)
1500 s (10 graus)
1000
500
0
2500 2600 2700 2800 2900 3000 3100 3200 3300 3400 3500
Profundidade [m]
22
Variações de x e s em função de y e α
4500
y
x (2500m)
4000 s (2500m)
x (2600m)
s (2600m)
x (2700m)
3500
s (2700m)
x (2800m)
s (2800m)
3000
x (2900m)
s (2900m)
x (3000m)
2500
x e s [m]
s (3000m)
x (3100m)
s (3100m)
2000
x (3200m)
s (3200m)
x (3300m)
1500
s (3300m)
x (3400m)
s (3400m)
1000 x (3500m)
s (3500m)
500
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
α [graus]
23
Variações de MBR em função de y e alpha
700
600
500
α
MBR (0.5 graus)
MBR (1.0 grau)
MBR [m]
400
MBR (1.5 graus)
MBR (5.0 graus)
MBR (10 graus)
300
200
100
0
2500 2600 2700 2800 2900 3000 3100 3200 3300 3400 3500
Profundidade [m]
profundidade. Na Figura 10, observa-se que o raio mínimo de curvatura não varia
24
Variações de x e s em função de y e α
700
600
y
MBR (2500m)
500 MBR (2600m)
MBR (2700m)
MBR (2800m)
MBR (2900m)
MBR [m]
200
100
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
α [graus]
novos materiais, com o auxílio do software Orcaflex versão 8.3c. Este software é
25
marítimos, além de ser o mais utilizado pela indústria “offshore” neste tipo de análise
ref. [11].
Para a elaboração do modelo e posterior avaliação dos resultados dos três diferentes
Duto 1:
• Denominação: Flexível 6”
Duto 2:
26
Duto 3:
• Denominação: Rígido 6”
de colapso local. O valor de máxima curvatura no duto rígido, que não provoca seu
27
extraídos da simulação. Nos gráficos, “deep flex” representa o flexível de novas
tecnologias.
Comprimento Suspenso
4500
Rígido 0,5
Flex 0,5
4000
Deep flex 1,0
Rígido 1,0
Flex 1,0
Comprimento Suspenso [m]
Flex 1,5
Rígido 5,0
3000
Flex 5,0
Rígido 7,0
Flex 7,0
2500
Deep flex 10
Rígido 10
Flex 10
2000
2500 2700 2900 3100 3300 3500
Profundidade [m]
Flex 0,5
-400
Deep flex 1,0
Rígido 1,0
-600
Flex 1,0
-800
Rígido 1,5
Flex 1,5
-1000 Deep flex 5,0
Rígido 5,0
-1200 Flex 5,0
Flex 7,0
Rígido 10
-1800 Flex 10
-2000
2500 2700 2900 3100 3300 3500
Profundidade [m]
28
Comparando-se os gráficos da Figura 11 e da Figura 12, com os resultados da
Figura 7, notam-se valores muito semelhantes, especialmente para os dutos flexíveis nas
2.4 e 2.5.
2.4 CARREGAMENTOS
Ventos, correntezas e ondas são fatores que devem ser considerados durante a
análise. Como se trata de um duto submarino, o efeito direto do vento sobre o duto deve
ser desconsiderado. Porém tal afirmação não pode ser feita a respeito do efeito das
sistema flutuante que estará sustentando o duto, seja este uma plataforma, navio de
29
instalação, o navio de lançamento deve ser capaz de manter seu posicionamento sob
O efeito das ondas nos sistemas oceânicos flutuantes gera movimentos nos dutos.
Heave
Yaw
Pitch
Sway
Roll
Surge
Os movimentos de um SFO, excitado por ondas, são definidos pelo RAO deste
30
números que define a resposta de um grau de liberdade do sistema flutuante para uma
Cada SFO possui uma tabela de informações que contempla a relação de seus seis
graus de liberdade com a amplitude da onda e suas respectivas fases. O RAO varia com
z = R.A.cos (wt - φ)
onde
depende de uma série de fatores, como forma do mesmo, distribuição de peso, posição
do centro de gravidade etc. O RAO de um SFO deve ser avaliado para que uma melhor
31
Em função dos movimentos da embarcação, o fator de amplificação dinâmica varia,
As análises que geraram os resultados indicados nos gráficos das Figura 14 e Figura
15 foram realizadas com espectro regular de ondas de H = 2m, com o intuito de avaliar
Nos gráficos, esta variação está representada pelo FAD, que é a razão entre a máxima
rígidos. As abreviações CT, PS, SB significam que o corpo está localizado no centro,
FAD - H=2.5m
1,20 CT (6s)
PS (6s)
SB (6s)
1,18
CT (7s)
PS (7s)
1,16
SB (7s)
CT (8s)
1,14 PS (8s)
SB (8s)
1,12 CT (9s)
PS (9s)
FAD
1,10 SB (9s)
CT (10s)
PS (10s)
1,08
SB (10s)
CT (11s)
1,06
PS (11s)
SB (11s)
1,04 CT (12s)
PS (12s)
1,02 SB (12s)
CT (13s)
1,00 PS (13s)
0 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165 180 SB (13s)
Incidência de ondas (graus)
flexíveis.
32
FAD - H=2.5m
1,30 CT (6s)
PS (6s)
SB (6s)
CT (7s)
1,25 PS (7s)
SB (7s)
CT (8s)
PS (8s)
1,20
SB (8s)
CT (9s)
PS (9s)
FAD
1,15 SB (9s)
CT (10s)
PS (10s)
SB (10s)
1,10 CT (11s)
PS (11s)
SB (11s)
CT (12s)
1,05
PS (12s)
SB (12s)
CT (13s)
1,00 PS (13s)
0 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165 180 SB (13s)
Incidência de ondas (graus)
catenária, que não está modelada no sistema. Para mensurar esta contribuição na
crescente de ângulo de topo, conforme os seguintes gráficos: Figura 16, Figura 17,
Figura 18, Figura 19, Figura 20 e Figura 21, para ângulos de topo de 0,5º, 1,0º, 1,5º, 5º,
7º e 10º respectivamente.
33
FAD - Catenárias 0,5 - Ondas Regulares H=2.5m
Deep (6s)
4,00
Rígido (6s)
Flex (6s)
Deep (7s)
Flex (9s)
2,50
Deep (10s)
Rígido (10s)
Flex (10s)
2,00 Deep (11s)
Rígido (11s)
Flex (11s)
Deep (12s)
1,50
Rígido (12s)
Flex (12s)
Deep (13s)
1,00 Rígido (13s)
0 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165 180
Flex (13s)
Incidência da onda (graus)
Flex (9s)
2,50
Deep (10s)
Rígido (10s)
Flex (10s)
2,00 Deep (11s)
Rígido (11s)
Flex (11s)
Deep (12s)
1,50
Rígido (12s)
Flex (12s)
Deep (13s)
1,00 Rígido (13s)
0 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165 180 Flex (13s)
Incidência da onda (graus)
34
FAD - Catenárias 1,5 - Ondas Regulares H=2.5m
Deep (6s)
4,00 Rígido (6s)
Flex (6s)
Deep (7s)
Rígido (7s)
3,50
Flex (7s)
Deep (8s)
Rígido (8s)
3,00 Flex (8s)
Deep (9s)
Rígido (9s)
FAD
Flex (9s)
2,50
Deep (10s)
Rígido (10s)
Flex (10s)
2,00 Deep (11s)
Rígido (11s)
Flex (11s)
Deep (12s)
1,50
Rígido (12s)
Flex (12s)
Deep (13s)
1,00 Rígido (13s)
0 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165 180 Flex (13s)
Incidência da onda (graus)
Flex (9s)
2,50
Deep (10s)
Rígido (10s)
Flex (10s)
2,00 Deep (11s)
Rígido (11s)
Flex (11s)
Deep (12s)
1,50
Rígido (12s)
Flex (12s)
Deep (13s)
1,00 Rígido (13s)
0 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165 180 Flex (13s)
Incidência da onda (graus)
35
FAD - Catenárias 7,0 - Ondas Regulares H=2.5m
Deep (6s)
4,00 Rígido (6s)
Flex (6s)
Deep (7s)
Rígido (7s)
3,50
Flex (7s)
Deep (8s)
Rígido (8s)
3,00 Flex (8s)
Deep (9s)
Rígido (9s)
FAD
Flex (9s)
2,50
Deep (10s)
Rígido (10s)
Flex (10s)
2,00 Deep (11s)
Rígido (11s)
Flex (11s)
Deep (12s)
1,50
Rígido (12s)
Flex (12s)
Deep (13s)
1,00 Rígido (13s)
0 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165 180 Flex (13s)
Incidência da onda (graus)
Flex (9s)
2,50
Deep (10s)
Rígido (10s)
Flex (10s)
2,00 Deep (11s)
Rígido (11s)
Flex (11s)
Deep (12s)
1,50
Rígido (12s)
Flex (12s)
Deep (13s)
1,00 Rígido (13s)
0 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165 180 Flex (13s)
Incidência da onda (graus)
36
O efeito de arrasto da catenária e a razão peso na água sobre peso no ar são
Quanto menor é a gravidade específica do duto (ou seja, a divisão peso na água pelo
Através de estudo minucioso dos gráficos, verifica-se uma diminuição dos valores
de amplificação dinâmica para maiores ângulos de topo. A explicação para este fato está
dinâmica que o efeito de arrasto. Este último aumenta quanto maior for o ângulo de
topo.
direta entre os resultados obtidos pelas análises e os valores obtidos no campo, através
encontrada no campo.
dados de ondas do programa Join North Sea Wave Project, realizado entre 1968 e 1969,
37
ref. [13]. O espectro representa mares com pista limitada, sendo dados de entrada a
⎡ − ( f −f m) 2 ⎥⎤
exp ⎢
g
2 ⎡ −5 ⎛ f ⎞ − 4 ⎤ ⎢ 2 ( σ ⋅f m) 2 ⎥
S (f) α⋅
1
⋅ ⋅exp⎢ ⎜ ⎟ ⎥ γ
⎣ ⎦
( 2π ) 4 f 5 ⎣ 4 ⎝ f m ⎠ ⎦
onde:
− 0.22
α 0.076F
⎛ g ⎞ F− 0.33
3.5⎜
fm ⎟
⎝ U⎠
σ = σa = 0,07 para f ≤ fm
F
F g⋅
2
F = pista adimensional = U ;
F = comprimento da pista;
g = constante gravitacional
38
A formulação de JONSWAP pode ser alterada em função de características
γ = 2,525699462;
α = 0,003418319;
σa = 0,07;
σb = 0,09;
Tp = 8,12s.
parâmetros, são apresentados nos gráficos das figuras 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29 e 30.
39
Tração de Topo Estática
2000
Flex 0,5
1600
Deep flex 1,0
Rígido 1,0
1400
Flex 1,0
1200
Rígido 1,5
Flex 1,5
1000 Deep flex 5,0
Rígido 5,0
800 Flex 5,0
Flex 7,0
Rígido 10
200 Flex 10
0
2500 2700 2900 3100 3300 3500
Profundidade [m]
Flexível: 1390 kN NA
conforme tabela 2.
40
Tração de Topo Dinâmica
3000
Rígido 0,5
2500 Flex 0,5
Rígido 1,0
Flex 1,0
2000
Deep flex 1,5
Tração de Topo [kN]
Rígido 1,5
Flex 1,5
1500 Deep flex 5,0
Rígido 5,0
Flex 5,0
Rígido 7,0
Flex 7,0
Deep flex 10
500
Rígido 10
Flex 10
0
2500 2700 2900 3100 3300 3500
Profundidade [m]
excitação. Esta afirmação pode ser ser verificada analisando dois pontos distintos do
gráfico da figura 23, nas profundidades de 2900m e 3100m para o ângulo de lançamento
41
Comprimento Suspenso
4500
Rígido 0,5
Flex 0,5
4000
Deep flex 1,0
Rígido 1,0
Flex 1,0
Comprimento Suspenso [m]
Flex 1,5
Rígido 5,0
3000
Flex 5,0
Rígido 7,0
Flex 7,0
2500
Deep flex 10
Rígido 10
Flex 10
2000
2500 2700 2900 3100 3300 3500
Profundidade [m]
42
Projeção Horizontal
0
Flex 0,5
-400
Deep flex 1,0
Rígido 1,0
-600
Flex 1,0
-800
Rígido 1,5
Flex 1,5
-1000 Deep flex 5,0
Rígido 5,0
-1200 Flex 5,0
Flex 7,0
Rígido 10
-1800 Flex 10
-2000
2500 2700 2900 3100 3300 3500
Profundidade [m]
sistema de monitoramento do TDP deve ser adequado para atingir distâncias de até
43
Tração de Fundo Dinâmica [kN]
900
Flex 0,5
Rígido 1,0
Flex 1,0
600
Deep flex 1,5
Tração de Fundo [kN]
Rígido 1,5
500
Flex 1,5
Flex 5,0
Rígido 7,0
Flex 7,0
200
Deep flex 10
Rígido 10
100 Flex 10
0
2500 2700 2900 3100 3300 3500
Profundidade [m]
Rígido 0,5
300
Flex 0,5
Rígido 1,0
250
Flex 1,0
Rígido 1,5
200
Flex 1,5
Rígido 5,0
150
Flex 5,0
Flex 7,0
Deep flex 10
50 Rígido 10
Flex 10
0
2500 2700 2900 3100 3300 3500
Profundidade [m]
44
Os gráficos das figuras 26 e 27 apresentam os valores de tração no TDP para cada
configuração. Nos valores estáticos observam-se trações de até 30ton, enquanto nos
elevadas.
Momento Fletor
80,00
Flex 0,5
Flex 1,0
Rígido 1,5
Flex 1,5
40,00 Deep flex 5,0
Rígido 5,0
Flex 5,0
30,00
Deep flex 7,0
Rígido 7,0
20,00 Flex 7,0
Deep flex 10
Rígido 10
10,00
Flex 10
0,00
2500 2700 2900 3100 3300 3500
Profundidade [m]
interna, resulta na tensão no duto. O mesmo não pode ser dito para o flexível, visto que
45
Curvatura para Profundidade de 3000m
0,04
0,035
0,03
0,025
S/ Rigidez a Flexão
Flex
Curvatura
D Flex
0,02
Rigid
0,015
0,01
0,005
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Ângulo de Topo [graus]
instalação do duto rígido em ângulos de topo menores que cinco graus em 3000m de
do “sagbend”, que não pode ser maior que 0,005, conforme mencionado na seção 2.3 e
inferiores a cinco graus, não são viáveis. Mudanças nas propriedades dos dutos, como,
46
Raio Mínimo
800,0
Flex 0,5
Flex 1,0
Flex 1,5
400,0 Deep flex 5,0
Rígido 5,0
Flex 5,0
300,0
Deep flex 7,0
Rígido 7,0
200,0 Flex 7,0
Deep flex 10
Rígido 10
100,0
Flex 10
0,0
2500 2700 2900 3100 3300 3500
Profundidade [m]
Figura 30 – Raio mínimo de diferentes dutos para 3000m e diferentes ângulos de topo
Os valores de raio mínimo obtidos não são restrições para a instalação dos flexíveis.
rígido, quanto maior a pressão externa, menor é o raio de curvatura para não provocar
colapso.
estáticas em Orcaflex para os flexíveis, nota-se que estes são bem similares. Logo, para
47
determinação de configurações estáticas de dutos flexíveis, a formulação analítica pode
específicos.
48
maiores carregamentos do que os obtidos em águas mais profundas. Isto indica que o
ponto crítico de carga de instalação não está sempre no trecho mais profundo da rota.
amplificação dinâmica para os novos flexíveis, como pode ser constatado nos gráficos
o valor de carga dinâmica ultrapassa 250ton. Além disso, cargas horizontais de até
monitoramento do TDP.
49
3 ESTUDO DE CASO
O cenário abordado neste capítulo, escolhido como estudo de caso, demonstra que a
50
Figura 32 – Localização de poço em profundidades próximas a 3000 metros
3.1 CENÁRIO
51
Operação a ser realizada: lançamento de 8km de um duto de 6”, para conexão em
10 ton de massa, ângulo de 45º, com a linha em “spool” rígido (“goose neck”).
-3000
-3050
-3100
Profundidade [m]
-3150
-3200
-3250
-3300
-3350
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
Kp [m]
O software Orcaflex versão 8.7c foi utilizado para determinação das cargas, bem
52
• Conexão vertical de 1ª extremidade na BAP do poço em 3000 metros, conforme
figura 34.
53
• Conexão vertical de 2ª extremidade no manifold em 3040 metros, conforme
figura 36.
arranjo submarino em águas ultraprofundas, por sua alta relação resistência/peso e por
rígidos.
54
• Lançamento ao longo da rota: Hs=2.0m, Tp=8.12s.
operações.
no poço, através de uma conexão vertical direta (figuras 37 e 38), a máxima carga de
55
Navio de lançamento
Catenária
Cabo de conexão
MCV
capacidade.
56
3.3.2 Parâmetros de lançamento ao longo da rota:
ao longo da rota, para ângulos de topo de 0,5º, 1,0o, 1,5º e 5º, tendo em vista que a
2200
2100
0,5 graus
Tração de Topo [kN]
1 grau
1,5 graus
2000 5 graus
1900
1800
1700
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
Kp [m]
avaliados. Relevantes conclusões são obtidas através deste exame, como por exemplo,
57
Tração de Topo Estática
680
660
640
0,5 graus
Tração de Topo [kN]
620 1 grau
1,5 graus
5 graus
600
580
560
540
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
Kp [m]
da rota.
58
Tração Dinâmica no TDP
950
900
850
800
750
0,5 graus
Tração no TDP [kN]
1 grau
700 1,5 graus
5 graus
650
600
550
500
450
400
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
Kp [m]
55
50
45
40
0,5 graus
Tração no TDP [kN]
35 1 grau
1,5 graus
30 5 graus
25
20
15
10
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
Kp [m]
59
Comprimento Suspenso da Catenária
3800
3750
3700
3650
3600
3550
Comprimento Suspenso [m]
3350
3300
3250
3200
3150
3100
3050
3000
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
Kp [m]
1000
900
800
Projeção Horizontal [m]
0,5 graus
700
1 grau
1,5 graus
600 5 graus
500
400
300
200
100
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
Kp [m]
60
Como pode ser observado no gráfico da figura 44, a variação do ângulo de topo tem
Curvatura
0,030
0,028
0,026
0,024
0,022
0,020
0,5 graus
1 grau
Curvatura [m-1]
0,018
1,5 graus
0,016 5 graus
0,014
0,012
0,010
0,008
0,006
0,004
0,002
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
Kp [m]
61
Corcova para CVD de 2ª
extremidade, visto que o “manifold” está 40m mais fundo que o poço. Os resultados são
apresentados na tabela 6:
62
Tração de Topo Estática - Duto alagado
1350
1300
1250
0,5
Tração de Topo [kN]
1200 1
1,5
5
1150
1100
1050
1000
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
Kp [m]
3200
3100
3000 0,5
Tração de Topo [kN]
1
1,5
2900 5
2800
2700
2600
2500
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
Kp [m]
63
3.4 COMENTÁRIOS SOBRE OS RESULTADOS
de dutos flexíveis de novas tecnologias provou ser a mais adequada para o cenário
menores. Se, por outro lado, o duto rígido fosse usado, a viabilidade de conexão vertical
pode ser feito pelo mesmo navio que realiza a operação de lançamento. A exceção fica
para o cenário de cinco graus de ângulo de topo, onde surge a necessidade de uma
lançamento e transferência para o sistema de abandono, que igualmente deve ser dotado
de um guincho de 400ton.
atenção refere-se à análise local do flexível, no ponto onde ocorre sua sustentação pelos
tensionadores. Esforços de grande magnitude são aplicados nas regiões de contato dos
64
“tracks” com o duto, objetivando manter a sujeição do mesmo ao equipamento de
lançamento.
Para a análise local do duto flexível, foi realizada uma modelagem por
Cada camada do duto foi modelada com o intuito de representar de maneira realista
intertravada.
Segundo o modelo proposto por Cruz e Sousa ref [15] e [17], a espessura
homogênea equivalente a uma camada intertravada pode ser expressa por meio da
Ix
t 12
A
Onde:
t = espessura equivalente;
A = Área da seção.
65
Onde:
b = 1mm
h = 1,8mm
d1 = 2,9mm
d2 = 0mm
A = 1,8mm2
Logo:
Ix = 16,11mm4
t = 10.3mm
Ttopo ⋅FS
Aperto = μ ⋅N ⋅n⋅l
Onde:
N = número de tensionadores;
66
n = número de “tracks”;
FS = Fator de segurança
seguintes condições:
2500 ⋅1.3
Aperto [kN/m] = 0.1 ⋅2 ⋅3 ⋅5
67
As figuras abaixo apresentam o modelo (figura 49) e a malha de elementos gerada
(figura 50), formada por 19745 nós, 14484 elementos e 59235 graus de liberdade.
carga de 2500kN, FEA foram realizadas para diferentes números de “tracks”: dois, três
68
Figura 51 – Resultados de tensões de Von Mises devido à compressão do tensionador
com três “tracks”
69
Figura 53 – Resultados de tensões de Von Mises devido à compressão do tensionador
com quatro “tracks”
70
Conforme apresentado no apêndice B, quando uma espessura equivalente é
utilizada para representar camadas não homogêneas, os valores de tensão devem ser
corrigidos por um fator. Este fator é função da largura e espessura da camada, área da
seção e número de arames. Cabe salientar, que nas análises do duto de novas
Novas análises devem ser realizadas com a aplicação do fator de correção quando
duto.
71
O modelo em FEA foi validado através da comparação de seus resultados com os
valores obtidos nas ref. [18] e [19], em análise e experimentos. Esta comparação pode
72
4 CONCLUSÕES
profundidades de 3000m, além de uma análise comparativa com o uso de dutos rígidos
nas mesmas condições. A análise global promoveu a comparação entre três diferentes
nova tecnologia, com estrutura composta por camada de tração reforçada por fibra de
carbono, provou ser o mais adequado para águas ultraprofundas, em função de sua alta
relação resistência/peso.
demonstrando sua viabilidade com a utilização dos novos dutos flexíveis. Finalmente,
conduzidas.
Assim, o novo conceito de flexível provou ser capaz de viabilizar operações que
seriam difíceis de realizar com dutos rígidos ou com dutos flexíveis convencionais,
que de debruçar sobre todos os aspectos inovadores que fazem parte da exploração de
73
materiais, equipamentos e processos, bem como o desenvolvimento de novos conceitos
de projeto.
analisados sob o ponto de vista estrutural, uma série de outros aspectos, que não foram
foco deste trabalho, devem ser considerados, tais como: isolamento térmico, degradação
custos de instalação.
No âmbito do flexível com estrutura composta por camada de tração reforçada por
74
5 BIBLIOGRAFIA
[3] O`BRIEN, P, State of Art Flexible Riser Integrity Issues, U.K., 2001.
[4] EYLES, T. e HATTON, S., Threaded Risers and Flowlines for Field Architeture,
Aberdeen, 2000.
[5] FRAZER, I., Deepwater: The Challenges Associated with Adapting Deep Water
[7] API, API SPECIFICATION 17J Specification for Unbonded Flexible Pipe, US,
2002
[8] PRICE, J. C., The “State of the Art” in Composite Material Development and
Applications for the Oil and Gas Industry Materials, Japão, 2002
[9] NETO, E. e MAURÍCIO, J, Flexible Pipe for Ultra-Deep water applications: the
of Flexible and Steel Catenary Risers using Catenary concepts, 10th International
75
[11] ORCINA, Design Software for Flexible Risers and Offshore Systems – Visual
[13] PINHO, U. F., Caracterização dos estados de mar da bacia de Campos, Rio de
Janeiro, 2003.
[15] CRUZ, F.T. L., Análise estrutural de dutos flexíveis através do método de
COPPE/UFRJ, 1999.
Janeiro, 2001.
MAGLUTA, C., ROITMAN, N., Analysis of the response of flexible risers to the loads
KULAKOV, V., Flextreme - Pipe Design And Installation Analysis For Carbon Fibre
Reinforced Flexible Pipe, 3rd Workshop on Subsea Pipelines, Rio de Janeiro, 2002.
76
APÊNDICE A
ref. [12].
f0 := 0.03 Ovalização
εA := 0 Deformação Acidental
77
3
⎛ t2 ⎞
⎜D⎟
pel := 2⋅ E⋅
⎝ ⎠
2
1−ν
pp := 2⋅ fy⋅ αfab ⋅ ⎛⎜
t2 ⎞
⎟
⎝D⎠
b := −pel
2
d := pel⋅ ( pp )
1 ⎛ −1⋅ b ⋅ c 2⋅ b
3⎞
v := ⋅⎜ d + + ⎟
2 ⎝ 3 27 ⎠
⋅ ⎛⎜ c + b ⋅
1 2 −1 ⎞
u := ⎟
3 ⎝ 3 ⎠
φ := acos ⎛
−v ⎞
⎜ 3⎟
⎝ −u ⎠
pc := ⎛⎜ y − ⋅ b ⎟⎞
1
⎝ 3 ⎠
εF := εstat
εE := ( εdyn − εstat )
εc := 0.78⋅ ⎛⎜ − 0.01⎞⎟ ⋅ ( αh )
t2 − 1.5
⋅ αgw
⎝D ⎠
0.8
⎛ εd ⎞ + ⎡ pe ⎤
⎜ εc ⎟ ⎢ pc ⎥=
⎜ ⎟ ⎢ ⎥
⎝ γε ⎠ ⎣ ( γSC⋅ γm) ⎦
78
0.8 p
⎛⎜ εd ⎞⎟ e
+ ≤1
⎜ εc ⎟ pc
⎜ γε ⎟
⎝ ⎠ γ SC ⋅ γ m
Onde:
t = espessura;
pe = pressão externa;
pc = pressão de colapso.
3,0
7,1
2,5
7,9
8,7
2,0 9,5
11
DNV fu
1,5 12,7
14,3
1,0 15,9
18,3
0,5 19,1
22,2
0,0
0,000 0,002 0,004 0,006 0,008 0,010
Deformação
79
Para determinação da deformação em função da curvatura do duto tem-se:
σ E⋅ ε
M⋅ y
E⋅ ε
I
M
ε y⋅
E⋅ I
M k⋅ E⋅ I
ε k⋅ y
Onde:
M = Momento de flexão
k = curvatura
80
APÊNDICE B
81
Nos resultados de tensão axial é necessário aplicar o fator de correção de
membrana, conforme ref. [18], neste caso igual a 1,979, acarretando nos resultados da
tabela 8.
0,013 0,0123
82