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REGIMENTO INTERNO DA PASTORAL DA SAÚDE NACIONAL

Organismo de ação social da C.r-..'BB- Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

CAPÍTULO I - NORMAS GERAIS

Art. 1°_Este regimento explicita, particulariza e suplementa o Estatuto da Pastoral da Saúde Nacional c determina o
modo de proceder dos diversos órgãos e funções.
, Art. 2°_ Em caso de lacuna ou dúvida, as normas regimentais e regulamentares do Estatuto da Pastoral da Saúde
Nacional servirão de complementação e orientação para os diversos órgãos c funções da Pastoral da Saúde.
Art. 3° - Compete à Coordenação Nacional resolver os casos omissos ou duvidosos deste Regimento.
Art 4°_ Só a Coordenação Nacional poderá efetuar modificações oeste Regimento, devendo as respectivas alterações
serem ratificadas pela Assembléia Nacional.
Art 5° - Este Regimento entrará em vigor imediatamente após sua ratificação pela Assembléia Nacional.

CAPÍTULO fi - DEFINIÇÃO

Art 6°_ A Pastoral da Saúde Nacional tem por objetivo a ação evangelizadora de todo o povo de Deus comprometido
em promover, educar, prevenir, cuidar, defender e celebrar a vida, tornando presente no mundo de hoje a ação
libertadora de Cristo na área da Saúde, nas seguintes dimensões (áreas de atuação):
I - Solidária - vivência e presença samaritana junto aos doentes e sofredores nas instituições de saúde, na familia e
comunidade (portadores do vírus HIV, portadores de deficiências, drogados, alcoolizados, ete). Visa atender a pessoa
integralmente, nas dimensões fisica, psíquica, social c espiritual.
II - Comunitária - visa a promoção e a educação para a saúde. Relaciona-se com saúde pública e saneamento básico,
atuando na prevenção das doenças. Procura valorizar o conhecimento, sabedoria e religiosidade popular em relação à
saúde.
lU - Político-institucional - atua junto aos Órgãos c Instituições públicas e privadas, que prestam serviço e formam
profissionais na área de saúde. Zela para que haja reflexão Bioética, formação ética e política de saúde plena.

CAPÍTULO lU - OBJETIVOS

Art 7 0_ É objetivo (missão) da Pastoral da Saúde Nacional cvangelizar, com renovado ardor missionário, o mundo da
saúde. á luz da opção preferencial pelos pobres e enfermos. participando da construção de uma sociedade justa e
solidária a serviço da vida.
Art 8 ° - Na forma disposta no artigo 6°, são objetivos específicos da DIMENSÃO SOLIDÁRIA:
1. Sensibilizar a sociedade e a Igreja a respeito do sofrimento, denunciando a marginalização dos doentes,
portadores de deficiência e idosos e, de maneira especial, ~ face das novas formas de sofrimento e de
doenças contemporâneas (Aids, doenças mentais e condições terminais, etc.).
2. Zelar pelâ humanização e evangelização das instituições de saúde, visando o bem-estar global de todos os que
nele se encontram (profissionais, funcionários, doentes e familiares).
3. Proporcionar atendimento pastoral aos doentes internados nos serviços de saúde e a domicílio.
4. Favorecer políticas de humanização, colocando o doente como razào de ser das instituições de saúde, no
resgate da dignidade hwnana, no processo de fortalecimento da fé e da esperança cristã.
5. Sensibilizar e integrar a comunidade e as instituições de saúde, uma vez que estas fazem parte daquela.
6. Preparar agentes de Pastoral da Saúde para anunciar a Boa Nova ao ser humano, diante do confronto com o
sofrimento, a doença e a morte, bem como no respeito ao sigilo ético em relação às informações confiadas.
7. Relacionar-se com as diferentes tradições religiosas num diálogo que respeite a liberdade de consciência
(ecumenismo e diálogo inter-religioso). .
8. Celebrar nas instituições de saúde (hospitais, ambulatórios, unidades de saúde) e comunidade, datas
significativas relacionadas com o mundo da saúde, tais como Natal, Páscoa , Dia do Enfermo (11 de
fevereiro), Dia de São Camilo, Dia Mundial da Saúde r de abril), Dia do médico, Dia do Enfermeiro e outras
datas representativas dos profissionais de saúde.
9. Contribuir para a humanização e evangelização das estruturas, instituições c profissionais da saúde, atuando
junto aos mesmos no seu processo de formação profissional a fim de cultivar valores humanos, éticos e
cristãos.
§ 1° - Atividades a desenvolver junto aos doentes e familiares:
a) Atender os doentes nas casas, acompanhando-os no cotidiano e fortalecendo seu relacionamento com os
familiares e a comunidade.
b) Visitar os doentes que estão hospitalizados de forma sistemática e organizada, acompanhando especialmente
os que estão em situações criticas. Preparar os agentes de pastoral para atuar nas unidades especiais (UTI,
Unidades de Queimados etc.).
c) Programar e realizar celebrações litúrgicas criativas (missas, cultos e outros), que resgatem a dimensão
celebrativa da vida. numa perspectiva de fé e esperança.
d) Acompanhar os familiares dos doentes, ajudando-os nos momentos dificeis, especialmente quando da perda
de entes queridos.
e) Possibilitar aos doentes a recepção dos sacramentos quando desejarem.
f) Acompanhar, solidariamente e de modo especial, os doentes terminais e oS idosos da comunidade.
g) Elaborar subsídios (livretos, mensagens, boletins etc.) que transmitam esperança. solidariedade e fé.
§ 20 - Atividades a desenvolver junto à comunidade:
a) Promoção de encontros e de parcerias com os grupos paroquiais, movimentos cclesiais e ecumênicos, bem
como com outras entidades, para um trabalho de sensibilizaçâo na perspectiva de promover a saúde
(educação preventiva) e cuidar solidariamente dos doentes.
b) Fonnação humana e cristã dos agentes de Pastoral da Saúde.
c) Organização de reuniões, dias de formação e treinamento em termos de aconselhamento e atendimento
pastoral, para capacitação humana, afeúva , ética e técnica das pessoas que desejarem prestar esse serviço.
d) Estimulo para que os profissionais da saúde prestem serviço de educação e cuidados de saúde em
comunidades carentes, favelas, periferias e zonas rurais.
e) Empenho na criação de associações católicas de profissionais da saúde.
§ 3° - Atividades a desenvolver junto aos profissionais da saúde e servidores das instituições de saúde:
a) Priorizar o atendimento pastoral aos profissionais da saúde que atuam nas instituições de saúde.
b) Programar e realizar palestras, cursos, debates e círculos de estudo sobre assuntos de interesse ao mundo da
saúde, tais como: Ética, Bioética, relações humanas evangelização, catequese, temas da Campanha da
Fratemidade, cura (na perspectiva bíblica), sofrimento humano (na perspectiva cristã), entre outros.
c) Engajar os profissionais da saúde e servidores no processo de humanizaçâo e evangelização.
d) Criar uma equipe multidisciplinar de apoio à Pastoral da Saúde.
Art 90 - São objetivos especificos da DIMENSÃO COMUNITÁRIA
1. Conscientizar a comunidade a respeito do direito à saúde e o dever de lutar por condições mais humanas de
vida. terra, trabalho, salário justo, moradia, alimentação, educação, lazer, saneamento básico e preservação
ambienta! (da natureza).
2. Priorizar ações de educação, implementando uma verdadeira cultura de saúde, com ênfase em ações
preventivas, permeadas pelos valores da justiça, eqüidade e solidariedade.
3. Resgatar e valorizar a sabedoria e a religiosidade popular, relacionadas com a utilização dos dons da mãe
natureza e conservação do meio ambiente.
4. Refletir, à luz da fé cristã e da pessoa de Jesus, a realidade da saúde' e da doença, bem como as implicações da
Ciência. T ecnologia e Bioética.
5. Implementar valores éticos da solidariedade e da cidadania. visando a construção de uma sociedade justa e
fraterna.
6. Incentivar e desenvolver a formação e capacitação contínua dos agentes da Pastoral da Saúde, nos aspectos
humanos, técnicos, éticos e cristãos, criando-se centros regionais de formação de agentes de pastoral.
7. Atentar-se' para as diferentes práticas alternativas de saúde, nào pertencentes e reconhecidas pela nossa
cultura e que são usadas sem a necessária fundamentação e comprovação científica, causadoras de estranheza.
insegurança. desconfiança e descrédito da ação pastoral na comunidade, evitando-se assim o fanatismo e
dogmatismo.

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8. Priorizar a educação transformadora, a partir da comunidade, sob o critério dos valores da justiça,
solidariedade e mística cristã.
§ 1° - Atividades a desenvolver junto aos doentes e familiares:
a) Educar, através de campanhas informativas, cursos e encoDtros,. a respeito de doenças, prevenção e
promoção de saúde;
b) Oferecer presença e ajuda na solução dos seus problemas de saúde, Duma atitude solidária e fraterna, mas
permitir igualmente, que de seja agente do seu processo de decisão quanto ao tratamento imediato e quanto à
sua conduta posterior;
c) Garantir, das entidades prestadoras de serviços, através da participação comunitária, o cumprimento de sua
missão na prestação de serviços que integrem os cuidados e assistência aos doentes e à população local;
d) Denunciar situações de cuidados precários de saúde, mau atendimento nas instituições de saúde, não
distribuição eqüitativa dos recursos públicos em saúde, as cobranças indevidas e existência de preconceitos
quando isso ocorrer;
e) Conscientizar, em relação às práticas altemati ••'as de saúde, os seus valores e limites, questionando-as c
orientando a população com a necessária fundamentação e comprovação científicas.
f) Promover cursos de capacitação básica em saúde.
§ 2:' - Atividades a desenvolver junto à comunidade:
a) Motivar, organizar e engajar ações educativas, utilizando-se de reuniões, palestras, cursos, sobre saúde e suas
diferentes práticas.
b) Garantir a continuidade das ações, na medida em que aprimoram ou que simplificam os recursos necessários,
bem como o apoio técnico e operacional para o desenvolvimento de tais ações na resolução dos problemas.
c) Desenvolver a reflexão ética sobre os aspectos envolvidos na prestação dos serviços de saúde à comunidade
pelo Estado, bem como das relações de trabalho estabelecidas entre técnicos e comunidade.
d) Acompanhar as ações dos agentes da Pastoral da Saúde, através do conhecimento da realidade de saúde, com
informações precisas e que possibilitem a tomada de decisão, avaliação e planejamento das atividades.
e) Incentivar a criação de grupos e/ou associações de apoio a doentes crônicos e seus familiares.
§ 3° - Atividades a desenvolver junto aos profissionais da saúde e servidores das instituições de saúde:
a) Desenvolver o elo de ligação entre a população e os serviços de saúde implantados, nas suas atividades
cotidianas e nos Conselhos de Saúde.
b) Capacitar a população a cuidar de sua saúde, transmitindo-lhes informações e conhecimentos, ao mesmo
tempo em que desenvolvam a efetiva consolidação da assistência à saúde local.
c) Promover espaços de avaliação, planejamento e supervisão de todo o processo que for desencadeado, com
fins de aprofundamento, treinamento e atualização.
d) Buscar atendimento humanitário através de adequadas condições de trabalho, apoiando e valorizando os
profissionais da área da saúde;
e) Ajudar a entender a Saúde como direito fundamental da pessoa humana, o cultivo de estilos saudáveis de vida
e a busca por uma boa qualidade de vida, para além das ações imediatas de cura.
Art 10 - São objetivos específicos da dimensão POLÍTICO-INSTITUCIONAL:
1. Considerar a Saúde como um direito fundamental da pessoa humana, estreitamente vinculado à
solidariedade e à eqüidade.
2. Participar ativa e criticamente nas instâncias oficiais que decidem as políticas de saúde da Nação, Estado,
Região e Município.
3. Apoiar e criar espaços de luta política e de solidariedade em favor da vida, valorizando as organizações
populares e suas iniciativas.
4. Recuperar o compromisso constitucional da Seguridade Social, definida como um conjunto de ações do
Poder Público e da sociedade, destinado a assegurar o direito à saúde, previdência e assistência social.
5. Envolver-se nas ações de política de saúde relacionadas com elaboração do orçamento da saúde, formação e
participação nos Conselhos de Saúde: locais, distritais, municipais, estaduais e nacional.
6. Acompanhar e colaborar nas atividades dos Conselhos de Saúde no exercício do controle social, exigindo
prestação de contas em relação à qualidade dos serviços prestados.
7 Exigir que o Estado garanta os serviços básicos de saúde à população, reforçando a idéia de que a saúde
pública é um direito social
8. Estabelecer canais de comunicação com as instituições públicas e privadas que atuam na área da saúde e da
educação.
9. Definir estratégias e mecanismos que possibilitem ampliar a base de susrentação política para as novas
práticas de saúde, considerando a participação dos gestores, prestadores de serviços, trabalhadores na área da
saúde e dos usuários no processo.
10. Considerar, à luz do principio da eqüidade, que a realidade de situações desiguais (diferenças SOcta1S,
econômicas, culturais etc.), exige intervenções e ações diferenciadas para a solução dos problemas.

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11. Articular a Pastoral da Saúde com outras pastorais, movimentos, organismos e instituições, a fim de viabilizar
recursos materiais, financeiros, humanos, bem como ações e projetos comuns.
12. Cuidar para que no âmbito do relacionamento e parcerias com os poderes públicos, a Pastoral da Saúde não
substitua o que é função do Estado.
13. Possibilitar a formação específica dos agentes de Pastoral da Saúde que atuam como conselheiros,
acompanhando-os e avaliando-os periodicamente.
14. Incentivar para que nas universidades e instituições de ensino católicas, bem como nos seminários, sejam
introduzidos cursos de aprofundamento em Pastoral da Saúde e Humanização.
§ I" - Atividades a desenvolver junto aos doentes c familiares:
a) Conscientizar para o novo conceito de saúde como qualidade de vida e estilos de vida saudáveis, além de
valorizar a perspectiva holística, isto é, vendo o ser humano Das suas dimensões fisica, psíquica, social e
espiritual
§ 2 Atividades a desenvolver junto à comunidade:
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-

a) Divulgar dados e informaçôes sobre a realidade da saúde no país.


b) Lutar pela formação de Conselhos de Saúde locais, distritais e municipais.
c) Acompanhar e divulgar as atividades do Conselho de Saúde, visando a eferivaçâo do controle social.
d) Orientar os agentes de Pastoral da Saúde sobre política de saúde, especialmente no que se refere a Conselhos
Gestores em hospitais, consórcios, ambulatórios de especialidades, unidades básicas de saúde e normas
operacionais em saúde do Ministério da Saúde.
§ 3° - Atividades a desenvolver junto aos profissionais da saúde e servidores das instituições de saúde:
a) Promover a articulação com os serviços básicos de saúde do município, no gercnciamcnto de unidades
ambulatoriais e hospitalares, respeitando os princípios do SUS (eqüidade, universidade, integralidade,
desccntralização e participação da comunidade).
b) Incentivar a transparência e a efetiva retaguarda institucional garantida por lei.
c) Expressar e assumir a perspectiva da saúde como qualidade de vida e cultivo de estilos de vida saudável.
d) Garantir práticas de prevenção de doenças, acompanhando o desenvolvimento dos demais temas vinculados
aos direitos fundamentais.
e) Promover a intcgração das equipes de saúde com distintos profissionais, necessários à realização de ações
definidas para a solução dos problemas.
f) Avaliar periodicamente o impacto das ações de saúde sobre a realidade local, revendo constantemente o seu
planejamento.
g) Colaborar na formação ética dos futuros profissionais da saúde, levando em conta as necessidades sociais.
h) Divulgar as atividades desenvolvidas junto à comunidade, garantindo informações e efetivando o controle
social na saúde.

CAPÍTULO IV - COMPOSIÇÃO

Art 11 - São Agentes de Pastoral da Saúde aqueles que, em nome da Igreja. se colocam à disposição da comunidade
para atendê-Ia em suas necessidades, ajudando-a a descobrir formas simples e adequadas para que todos tenham
saúde. São agentes, ainda, aqueles que se colocam à disposição dos enfermos e idosos para confortá-los na fé e servi-
Ias com a presença samaritana no momento da enfermidade.

CAPÍTULO V - ORGANIZAÇÃO

Art 12 - A Pastoral da Saúde se organiza nos seguintes âmbitos: MUNDIAL, CONTINENTAL, NACIONAL,
REGIONAL, (AAQUI) DIOCESANO, PAROQUIAL E COMUNITrOOO, compostos, respectivamente, por
coordenadores(as) e conselhos regidos e estruturados por normas aqui dispostas, exceto os âmbitos Mundial,
vinculado ao Vaticano e Continental, vinculado ao CELAM.
Art 13 - São órgãos da Pastoral da Saúde (âmbito Nacional):
1. Assembléia Nacional
2. Coordenação Nacional
3. Assessoria Técnico-Científica Nacional e (Arqw) Diocesana
4. Coordenação Regional
5. Coordenação (Arqui) Diocesana
6. Coordenação Paroquial / Comunitária
Art, 14 - A Assembléia Nacional é o órgão máximo decisório da Pastoral da Saúde no Brasil, realizada ordinária e
anualmente, durante a realização do Congresso Brasileiro de Humanização e Pastoral da Saúde.
Art.15 - São funções da Assembléia Nacional:
a) favorecer o intercâmbio de experiências, materiais de trabalho, recursos humanos erc,

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b) apoiar e organizar os encontros regionais e latino-americanos, juntamente com a Coordenação Nacional.
c) servir de órgão infonnativo e de difusão das atividades da pastoral ern âmbito nacional.
d) eleger uma chapa para Coordenação Nacional e os membros do Conselho Fiscal.
e) avaliar e aprovar a execução dos programas e projetos da Pasroral da Saúde Nacional.
f) aprovar, após análise e parecer do Conselho Fiscal, as contas desta entidade.
g) aprovar este Regimento Interno, bem como o Estatuto da Pastoral da Saúde Nacional, ratificando elou
retificando qualquer alteração proposta.
Art. 16 - Da Assembléia Nacional participam, com voz e voto deliberativo: Coordenação Nacional, Coordenadores
Regionais e (Arqui) Diocesanos.
Parágrafo único: Será considerado apenas 1 (um) voto por cada (arqui) diocese representada, 1 (um) voto por cada
regional da CNBB representado e I (um) voto por cada membro da Coordenação 1 aciona], tendo todos os votos o
mesmo peso.
Are. 17 - \. Assembléia Nacional será instalada com qualquer número de presentes.
Parágrafo único - Para ter valor, uma decisão ou eleição deverá receber o voto favorável da maioria .simples dos
presentes com direito a voto deliberativo.
Art. 18 - O (a) Coordenador (a) Nacional tem direito a Voto de Minerva, em caso de enlpate, e também resolverá as
questões de ordem.
Art. 19 - Compete ao Coordenadoría) Nacional:
a) servir de elo entre a CNBB e as demais coordenações.
b) coordenar as reuniões periódicas da Coordenação Nacional e da Assessoria Técnico-Científica
Nacional.
c) escolher os membros da Assessoria Técnico-Científica Nacional.
d) convocar reuniões ordinárias e extraordinárias da Assembléia Nacional.
e) representar a Pastoral da Saúde Nacional em rodas as instâncias, bem como delegar ao vice-
coordenador tais tarefas, podendo, no impedimento deste, delegar tal representação a outros.
t) presidir o Congresso Nacional de Pastoral da Saúde.
Parágrafo Único: Ao Vice-Coordcnador compete substiruir o Coordenador Nacional quando necessário.
Art.20 - Ao Secretário Nacional compete:
a) redigir, digitar os assuntos em pauta e participar das reuniões da Coordenação Nacional anotando os
assuntos tratados, para transcrição em ata.
b) responder pela correspondência da Pastoral da Saúde Nacional.
c) manter atualizada a lista ou banco de dados dos membros da Coordenação Nacional.
d) auxiliar o Coordenador Nacional no que for necessário,
e) organizar e elaborar as pautas das reuniões da Coordenação Nacional.
Art.21- Ao Tesoureiro Nacional compete:
a) ter sob sua responsabilidade última os valores e os livros contábeis da Pastoral da Saúde Nacional.
b) supervisionar a administração financeira da Pastoral da Saúde, apresentando nas reuniões da Coordenação
Nacional a respectiva prestação de contas.
c) executar outras atribuições que lhe sejam conferidas pelo Coordenador Nacional.
Art. 22 - Integram a Assessoria Técnico-Científica Nacional profissionais de diversas áreas e leigos eogajados,
convocados pelo(a) Coordenador (a) Nacional.
Art. 23 - Compete à Assessoria Técnico-Cienúfica Nacional:
a) assessorar na elaboração de material educativo, formativo e informativo.
b) solicitar pareceres, quando necessário, de médicos, psicólogos, enfermeiros, assistentes 500315, dentistas,
fisioterapeutas, farmacêuticos, advogados e demais profissionais.
c) refletir, avaliar e orientar a caminhada e atuação da Pastoral da Saúde no mundo de hoje.
d) prestar assessoria na formação de agentes, quando requisitada ou necessária.
Art.24 - Conforme a divisão pastoral (Argui) Diocesana, cada Regional da CNBB deverá ter o seu (sua) Coordenador
(a) Regional eleito (a) pelos Coordenadores Diocesaaos e homologado pelo Bispo responsável pelo setor social
daquele Regional, por um período de 2 (dois) anos, podendo ser reeleito.
Parágrafo único: Poderão compor, ainda, a Coordenadoria Regional, um(aj vicc-coordenador, um (a) secretário ( a ),
um (a) tesoureiro (a) c um padre assistente (orientado! espiritual).
Art 25 - Ao Coordenador Regional compete:
a) servir de elo entre a Coordenação Nacional e Diocesaoa e vice-versa
b) coordenar as reuniões periódicas, com a participação dos Coordenadores Diocesanos.
c) assessorar os Coordenadores Diocesanos na organização de Encontros, Dias de Formação, Retiros e
na formação de novos núcleos.
d) Indicar o (s) Representante (s) Estadual (ais) nos órgãos ou fórum competentes.
Parágrafo Único: Compete ao Vice - Coordenador Regional substiruir o Coordenador quando necessário.

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Art. 26 - Compete ao Secretário redigir as respectivas atas, observando-se, no mais, o disposto no art. 20.
Art, 27 - Compete ao Padre / Diácono Assistente (Orientado! Espiritual) orientar e apoiar a ação pastoral na região.
Art, 28 - Compete à Coordenação Diocesana :
a) orientar, coordenar e garantir os objetivos, critérios éticos e evangélicos da ação pastoral.
b) assessorar o surgímento de núcleos de pastoral, quando solicitado. .
c) promover a formação específica e permanente dos agentes.
d) organizar e coordenar cursos, retiros, encontros e assembléias (arqui) diocesanos.
e) estabelecer contato e cooperação mútua com as demais estruturas eclesiais.
f) estabelecer contato com instituições governamentais (Secretarias de Saúde, Conselhos Municipais e
Hospitais) e não governamentais, também afins à Saúde.
§ 1° - A Coordenação Diocesana poderá, de forma optativa e em caso de necessidade, com a aquiescência do Bispo
Diocesano, criar legalmente uma Pastoral da Saúde Diocesana, desde que obedeça as normas do Estatuto da Pastoral
da saúde Nacional e este Regimento Interno.
§ 2° - A responsabilidade legal da Pastoral da Saúde Diocesana será do coordenador dioccsano (titular do.CNPJ).
§ 3° - No caso de criação legal da Pastoral da Saúde Diocesana, as normas do Direito Civil bem como as desta
Pastoral deverão ser seguidas, sugerindo-se a criação de um conselho fiscal.
Art 29 - Compõem a Coordenação (ArqW) Diocesana: orientador espiritual, coordenador (a), vice-coordenador (a).
secretário (a), tesoureiro (a) e assessoria técnico-científica (equipe de apoio).
Parágrafo único . Os membros integrantes da Coordenação Diocesana serão eleitos, entre os Coordenadores
Paroquiais, por meio de voto secreto, por um período de 2 (dois) anos, podendo haver reeleição, no todo ou em
parte.
Art 30 - São atribuições do Orientador Espiritual (Arqui) Diocesano:
I - nortear a pastoral dentro da mística e garantir a postura ética baseada nos princípios da Igreja;
II - atuar como elo de ligação entre o Clero e a Pastoral da Saúde;
rTI - orientar o Secretariado na elaboração de temas para Cursos, Retiros, Assembléias etc,
Art 31 - São atribuições do Coordenador (Arqui) Diocesano:
I - elaborar, juntamente com o orientador espiritual, a pauta das reuniões.
11 - presidir a reunião mensal da Coordenação Diocesana.
fi - Participar e representar a (A.rqw) Diocese nos eventos nacionais da Pastoral da Saúde (Assembléia Nacional,
Congressos Nacionais e outros).
TV - orientar o secretário diocesano na elaboração da correspondência, quando necessário.
V - comparecer a todos os eventos que constem do Calendário da Pastoral, inclusive àqueles aos quais a
Coordenação (Ar<JUl)Diocesana for convidada, podendo representar, ainda, o Orientador Espiritual (ArqU1)
Diocesano, quando necessário.
Art 32 - São atribuições do Secretário (Arqui) Diocesano:
I - redigir, digitar os assuntos em pauta e participar das reuniões da Coordenação (Arqlll) Diocesana, dos Retiros,
Assembléias e Encontros de Coordenadores Paroquiais, anotando os assuntos tratados para transcrição em ata.
11 - responder pela correspondência.
lII- organizar as reuniões necessárias.
IV - manter atualizada a lista ou banco de dados dos membros da Coordenação (Arqui) Diocesana, dos Párocos e
Paróquias dos Coordenadores Paroquiais e dos agentes de toda a (Arqui) Diocese,
Art 33 - São atribuições do Tesoureiro (Arqui) Diocesano:
1- participar das reuniões e prestar contas relativas às despesas e receitas.
II - receber contribuições mensais, quando houver, das Paróquias, por meio de Coordenadores Regionais.
lJI - manter livro-caixa atualizado.
IV - organizar e promover eventos para arrecadação de fundos para a Pastoral da Saúde.
Art.34 - Compete à Coordenação Paroquial:
a) coordenar e incentivar o trabalho pastoral.
b) distribuir tarefas ou atividades.
c) estar presente às reuniões paroquial, regional e diocesana,
d) estar em unidade com as orientações do pároco correspondente e do Secretariado Diocesano.
e) organizar e coordenar Dias de Formação e Retiros, Semana da Saúde, Dias de Lazer para agentes e
doentes.
f) enviar, com antecedência, ao coordenador regional, a solicitação de programas e realização de cursos
e Dias de Formação, para agentes, bem como uma avaliação, logo após o evento.
Are 35 - A Coordenação Paroquial é formada pelos Agentes da Paróquia que por meio de votação, escolherão o (a)
coordenador (a), vice-coordenador (a), secretário (a), tesoureiro (a) e com apoio de um (a) orientador ( a ) espiritual.
Parágrafo Único: A Coordenação Paroquial será eleita por um período de 2 (dois) anos, podendo ser reeleita.
Art, 36 - Compete ao (a) Coordenador (a) Paroquial:

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] - coordenar e incentivar o trabalho pastoral;
II - distribuir tarefas ou atividades;
IJI - estar presente às reuniões paroquial, regional e diocesana;
IV - estar em unidade com as orientações do pároco e das Coordenações Diocesana e Paroquial;
V - organizar e coordenar dias de formação, retiros, semana-da saúde, dias de lazer para agentes e doentes etc.;
VI - enviar, com antecedência, ao Coordenador Diocesano, a solicitação de programas e realização de cursos e dias
de formação para agentes, bem como uma avaliação, logo após o evento.
Art. 37 - São atribuições do Secretário Paroquial:
a) Fazer a Ata das reuniões e relatório mensal das atividades.
b) Controlar os fichários dos agentes e doentes.
c) Demais serviços de secretaria.
Art. 38 - Compete ao Tesoureiro Paroquial:
a) Promover eventos para arrecadação de fundos.
b) Controlar recursos.
c) Manter atualizado o livro-caixa.
d) Prestar contas mensalmente.
Art. 39 - Os Agentes de Pastoral da Saúde deverão ter formação e capacitação técnico-teológica adequada:
§ 1° - No âmbito humano:
- ser pessoa rica em valores humanos,
- ser pessoa aberta e disponível a ouvir e a dialogar,
- possuir certo equilíbrio emocional e psicológico,
- saber trabalhar em grupo.
§ 2° - No âmbito cristão:
- ser pessoa de oração,
- ter conhecimento da Palavra de Deus,
- viver os valores evangélicos,
-respeitar as diferenças religiosas (ecumenismo e o diálogo inter-religioso),
- ter conhecimento dos documentos da Igreja.
§3° - No âmbito pastoral:
- conhecer a realidade em que irá trabalhar,
- ter capacitação mínima relacionada à educação e prevenção de doenças,
- ter conhecimento mínimo em Teologia, Sociologia, Psicologia e assuntos pertinentes à saúde,
- participar de um curso de formação de agentes de pastoral e ainda participar de momentos de reciclagem ou
atualização em assuntos pertinentes à Pastoral,
Art, 40 - Os Agentes de. Pastoral da Saúde, de todos os âmbitos, observarão os padrões éticos impostos por este
Regimento que compreenderão:
a) a observância fiel das orientações éticas e morais da Igreja Católica, respeito à vida, à dignidade e aos direitos
da pessoa humana, em todo o seu ciclo vital, sem discriminação de qualquer natureza e assistência visando a
promoção do ser humano como um todo.
b) a recusa em executar atividades para as quais não estejam capacitados.
c) a manutenção de sigilo sobre qualquer fato de que venha a ter conhecimento em razão do trabalho pastoral,
Art, 41 - Compete ao Representante da Pastoral ou da Igreja junto aos Conselhos de Saúde e demais órgãos ou
fóruns afins:
a) levar as reivindicações da comunidade e da Pastoral da Saúde às reuniões do Conselho.
b) trazer informações que ajudem na promoção da Saúde.
c) monitorar as políticas públicas e o financiamento da saúde, denunciando quando necessário.
d) participar ativamente do Controle Social na Saúde, oferecendo soluções criativas e inteligentes para possíveis
problemas na área da saúde.
Art. 42 - Os demais membros da Coordenação Paroquial deverão participar das atividades propostas pela Paróquia,
Região Pastoral e Secretariado Diocesano.
Parágrafo único - Nas Paróquias de maior extensão territorial c conforme a realidade sócio-econômica, serão criados
núcleos e sub-núcleos desta pastoral, cujas estruturas deverão seguir as mesmas orientações acima propostas e seus
coordenadores paroquiais.
Art. 43 - As Reuniões da Pastoral da Saúde, em todos os seus âmbitos, serão fundamentadas em três (3) momentos:
Oração, Estudo/Atualização e Propostas de Ação. Serão realizadas com freqüência a ser definida pelo próprio
coordenador, sugerindo uma duração máxima de 2 horas, podendo alternar-se com estudo da doutrina cristã,
formação específica e trabalho.

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Art. 44 - Os coordenadores ou qualquer membro das coordenações desta pastoral poderão ser destituídos de suas
funções se houver razão gr:\\"e,pela rnesma autoridade que os ratificou ou norneou (Bispo / CNBB e Assembléia),
depois de consultada a instância imediatamente superior e aberta a oportunidade para defesa do rnernbro destituído.
Art. 45 - Participa ordinariarnente, com direito a voz, na reunião de escolha. dos coordenadores, o coordenador da
instância imediatamente superior ou seu representante.
Art. 46 - No caso de vacância da coordenação, ern qualquer nível e independente do motivo, a escolha do novo
coordenador será feita no prazo de 30 dias.
Art. 47 - Quanto à participação político-partidária, os agentes de pastoral devem:
a) seguir as orientações e os princípios da Igreja.
b) na qualidade de candidato a cargo político eletivo, não pode este, em sua campanha, utilizar-se da Pastoral da
Saúde e seus recursos.
c) a partir da homologação da candidatura, o agente da Pastoral da Saúde deverá licenciar-se de sua funçào de
coordenação, quando deter algurn cargo de liderança nesta pastoral, obedecendo as orientações da Justiça
Eleitoral.
d) caso seja eleito, o agente de pastoral continuará licenciado da função de liderança, podendo permanecer nos
trabalhos pastorais se não houver inconveniência.
e) não sendo eleito e não havendo inconveniência, poderá reassumir a sua função de liderança, assim que a
Justiça Eleitoral permitir, no caso de ainda vacância no cargo.

CAPíTULO VI - AÇÃO PASTORAL - IMPLANTAÇÃO:

Art.48 - A implantação da Pastoral da Saúde é feita pelo pároco, com o apoio do Secretariado Diocesano. É na
comunidade que se dá a ação Pastoral, que deverá obedecer etapas em sua organização. Cabe ao coordenador ou aos
demais elementos:
1. Estudar a realidade da comunidade em termos de saúde.
2. Levantar o número de doentes, saber se já recebem assistência e por quem,
3. Recrutar recursos humanos e materiais da comunidade, disponíveis para o trabalho.
4. Estabelecer as prioridades de atendimento à saúde da comunidade.
s. Organizar grupos de visitadorcs (dois a dois) para cuidar dos enfermos (hospitais e/ou domicílios).
6. Estabelecer ou propor projetos de dimensão comunitária, visando a prevenção de doenças.
7. Valorizar e incentivar a humanização do profissional de saúde nas escolas, universidades e serviços da
saúde.
8. Organizar e incentivar a realização da "Missa pela Saúde", observando o seguinte:
a) celebrar periodicamente, a Missa pela Saúde, de acordo com a realidade local.
b) dar a Bençâo aos Enfermos; para servir-lhes de conforto e alento, além de despertá-Ias para o sentido
redentor do sofrimento.
c) cuidar de não banalizar o Sacramento da Unção dos Enfermos, reservando-o para os doentes em estado
grave e em que ocorra risco de vida.
d) envolver toda a comunidade nessa celebração própria para os enfermos, adequada a cada situação e que não
dure mais que 40 (quarenta) minutos.
e) não realizar outras bênçãos nessa celebração.
9. Observar a Semana da Saúde:
a)- um dos objetivos da semana da saúde é conscienrizar a comunidade a se informar melhor sobre saúde, como
também ser estratégia de divulgação da Pastoral da Saúde na Paróquia. Deverá acontecer anualmente, de acordo
com a realidade local, fora do horário de missas. (Sugestão: semana do dia mundial da saúde - 7 de abril)
10 . Poderá ser elaborado trabalho conjunto de prevenção de doenças com os serviços de saúde locais, por meio
de muticio nas periferias para:
a) aferir pressão arterial e orientações afins.
b) verificar taxa de glicose e orientações afins.
c) incentivar o aleitamento matemo.
d) conscientizar e divulgar o valor das vacinas.
e) encorajar a todos a fazerem os exames preventivos periódicos etc.
11 Implantar Farmácias Comunitárias (Alopáticas):
I - Deverá obedecer às exigências da VIgilância Sanitária quanto à construção, ter presente um farmacêutico
responsável e seguir as técnicas e estudos reconhecidos pela medicina atual.

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CAPÍTULO VII - MEDICINA ALTERNATIVA

Art. 49 - Conhecer, divulgar e respeitar o Documento das Práticas Alternativas da Pastoral da Saúde Nacional,
aprovado na Assembléia Nacional da Pastoral da Saúde em 07/setembro/2002, em São Paulo.

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 50 - As situações não contempladas nesse Regimento deverão ser resolvidas tendo por base o bom senso, a
caridade e as orientações e determinaçôes da Igreja, do Estatuto Nacional da Pastoral da Saúde, do Estatuto Canônico
da CNBB e do Regimento da CNBB.
Art. 51 -Este Regimento 'entrará em vigor após sua aprovação pela Coordenação Nacional da Pastoral da Saúde e
Assembléia Nacional da Pastoral da Saúde, revogando-se as disposições em contrário.

Uberlândia, 05 de setembro de 2004.

Dr. José Antônio Torres Cortês Ana Cláudia de Oliveira Simões Alves
OAB - DF n. 07. 385 OAB-MG 94.191

André Luiz de Oliveira


Coordenador Nacional Pastoral da Saúde -CNBB

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