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ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA

REFERÊNCIAS E
APONTAMENTOS PARA

SESSÕES
DOUTRINÁRIAS
ESCLARECIMENTO
Esta é uma coletânea de referências e apontamentos para as
SESSÕES DOUTRINÁRIAS – SDs da Assistência Espiritual.
Foi elaborada, a partir de 2003 pelas equipes que dirigem este
trabalho no CEAE Genebra. Para tanto, os confrades visitaram casas
da ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA como o CEAE Manchester,
o GE Razin e o CE Mansão Esperança, coletando subsídios para
tanto.
Esta síntese não deve ser vista como completa ou conclusiva,
tão pouco limitante ou normativa. Portanto, não deve ser utilizada
como fonte única de referência. na preparação das SDs. Outras obras
deverão ser consultadas, visando, este trabalho, apenas orientar aos
iniciantes.
Correções, complementações ou sugestões visando o
aprimoramento deste serão bem vindas, para que possa ser cada vez
mais útil aos que se dispõem a divulgar o Evangelho do Mestre.
QUE JESUS NOS ABENÇOE!

Revisado em 30 de novembro de 2006


RGA-2007 - Equipe de Monitoria do
Curso de Formação de Dirigentes do Curso de Expositores
SESSÕES DOUTRINÁRIAS - SDs

INTRODUÇÃO
Aplica-se as Sessões Doutrinárias (SDs), de modo conjugado com a Assistência Espiritual,
quando o assistido passa à condição de 'alta' do tratamento. Aos assistidos apresentam-se as SDs
como continuidade do Tratamento Espiritual, onde os passes são substituídos pelo esclarecimento
evangélico. Na realidade, esta é uma forma de despertar interesse no conhecimento, mais profundo,
da Doutrina Espírita, fazendo a transição entre o Tratamento Espiritual e a oportunidade de
esclarecimento pelo Curso Básico de Espiritismo e Escola de Aprendizes do Evangelho, aos quais
os dirigentes devem, sempre, convidá-los, se desejarem ter mais esclarecimentos.

O QUE SÃO?
Constituem em programa simplificado para exposição de conceitos básicos espíritas,
dirigidos às pessoas que concluem uma fase de Tratamento Espiritual da Assistência Espiritual.

OBJETIVO
Promover o auto-equilíbrio dos assistidos através do esclarecimento espírita evangélico e
despertar-lhes o interesse pela Doutrina Espírita.

COMO ESTRUTURAR
REUNIÕES – São semanais, com duração máxima de 45 minutos, preferencialmente
coincidindo com a Preleção Evangélica e Passes. As cadeiras dos participantes, similar ao CBE e à
EAE, devem ser arranjadas em círculo.
DIREÇÃO – Deve estar a cargo de um dirigente e um auxiliar, eventual substituto, ambos
qualificados como expositores experientes. Os temas podem ser desenvolvidos tanto pelo dirigente
como pelo auxiliar em caráter de rodízio ou, eventualmente, por um expositor convidado.
PARTICIPANTES – Assistidos que tiveram alta do tratamento espiritual ou indicação do
grupo mediúnico ou algum encaminhamento especial.
PRECE INICIAL – Deve ser simples, como na Preleção Evangélica, não envolver nomes
de entidades espirituais, citar apenas: mentores da casa, do trabalho e individual (anjo-de-guarda);
Maria mãe de Jesus quando encarnado, Jesus, Deus e a prece do Pai Nosso, a fim de não se criar
mal-entendidos, mistificações e confusões.
TEMA – Exposição do tema programado. – vide item: programa .
VIBRAÇÕES – Também devem ser simples e basicamente vibramos pela Humanidade,
todas as nações, lares, doentes, irmãos cujos nomes foram colocados na caixa de vibrações, pelos
nossos lares e por nós mesmos.
ENCERRAMENTO – Deve ser simples tal qual na Preleção Evangélica, agradecendo a
Deus, Jesus e os Mentores presentes a oportunidade de esclarecimento.
PROGRAMA – São 18 temas que se repetem de forma rotativa, permitindo o ingresso do
assistido em qualquer fase. O expositor deve passar o conceito básico dos temas, no início da
abordagem ou na conclusão, motivando o grupo a participar da discussão, procurando, sempre que
possível, ilustrar com um conto ou estória de cunho evangélico, usando uma linguagem que possa
ser compreendida por todos os níveis culturais.
A abordagem deve ser altamente dialogante, visando um amplo esclarecimento espírita
evangélico; assim, o expositor deve estar apto a esclarecer eventuais dúvidas, mesmo fora do tema
proposto para o dia, de forma sucinta.
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PROGRAMA E REFERÊNCIAS

1º TEMA - O QUE É O HOMEM. ESPÍRITO ENCARNADO. O QUE É ESPÍRITO;


EXEMPLIFICAR FALANDO EM FANTASMAS, ASSOMBRAÇÕES. A
IMORTALIDADE DO ESPÍRITO. AS MUITAS ENCARNAÇÕES.
REFERÊNCIAS (VE 13-I) (AD 23-II) (ESE IV,24-25; XVII,3; Introdução,Doutrina de Sócrates e Platão)
(SMSF pg 132) (LE? 76-127,166-222).

2º TEMA - PARA ONDE VAMOS QUANDO MORREMOS. O QUE É A MORTE: COLHEITA


OBRIGATÓRIA DE NOSSA SEMEADURA.
REFERÊNCIAS (VE 7-II) (AD 12-I) (CI 2) (LE ?149-165) (DA pg 179-181) (ESE XVI,9) (SMSF pg 30)

3º TEMA - ENCOSTOS, OBSESSÕES, PERTURBAÇÕES. LEI DE AFINIDADES. ESCOLHER


BOAS COMPANHIAS, FUGIR DAS MÁS COMPANHIAS.
REFERÊNCIAS (VE 21-II) (AD 25-II) (LM XXIII) (ESE X,6;XII,5) (LE ?456-480) (SMSF pg 81)

4º TEMA - DEUS, CRIADOR DE TUDO. NÃO SÓ A TERRA É HABITADA. BONDADE DE


DEUS. A PRECE COMO FORMA DE PERCEBERMOS A BONDADE DE DEUS.
EXPLICAÇÕES SOBRE O AMOR FRATERNO.
REFERÊNCIAS (VE 4-I) (AD 7-I) (LE ?1-16,649-666) (ESE XIV,8-9) (DA pg 149) (RA pg 227)
(SMSF pg.164)

5º TEMA - CAUSA E EFEITO. PROBLEMAS SOCIAIS; RICOS E POBRES. A PROVA DA


POBREZA, A PROVA DA RIQUEZA. JUSTIÇA DIVINA; CÉU E INFERNO. O BEM
COMO CAMINHO PARA A FELICIDADE.
REFERÊNCIAS (VE 13,20-II) (AD 4-II) (LE ?258-270,803-824) (CI IV) (DA pg 45, 73, 203) (SMSF pg 21)
(ESE V,7-15; XVI,1-3)

6º TEMA - JESUS, FILHO DE DEUS; RÁPIDA HISTÓRIA. EXEMPLO PARA SER SEGUIDO. O
PERDÃO. EVANGELHO NO LAR: HIGIENIZAÇÃO DO LAR.
REFERÊNCIAS (VE 10-I) (AD 3-II) (LE? 619-628) (ESE I,3-4) (RA pg 93) (SMSF pg 164).

7º TEMA - A MAIOR CORAGEM: SABER PERDOAR. PENSAMENTO E AÇÃO. O PODER DO


ÓDIO; O ÓDIO COMO CONSTRUTOR DA INFELICIDADE. O PODER DO AMOR,
DA COMPREENSÃO.
REFERÊNCIAS (VE 15) (AD 16-II) (LE ?893-919) (SMSF pg 118) (ESE X,14-15; XII,1-4) (RA pg 35, 185)

8º TEMA - TALISMÃ, SEU SIGNIFICADO: 'PRISÃO' DE ESPÍRITOS INFANTIS.


DESNECESSIDADES DO RITUAL. PRÁTICAS ESPÍRITAS. DEFEITOS MORAIS:
EGOÍSMO, ORGULHO, BRUTALIDADE, INVEJA, ETC.
REFERÊNCIAS (VE 15) (AD 16-II) (LE? 549-557) (ESE XI,11-12).

9º TEMA - MÉDIUM - O QUE É. MÉDIUM NÃO É SANTO. AS VÁRIAS MEDIUNIDADES.

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REFERÊNCIAS (VE 28-II) (AD 13-I) (LM XIV,159; XVI,185,186) (ESE XXVI,7-10) (RA pg 79).

10º TEMA - COMO SER BOM MÉDIUM. CUIDADOS COM AS PERTURBAÇÕES. EVANGELHO.
DESENVOLVIMENTO SUAVE, SEM FORÇAMENTOS.
REFERÊNCIAS (VE 3-I) (AD 1-I; 6-II) (LM XVI,185,186; XVII,200) (ESE XVII,3) (RA pg 195).

11º TEMA - ESCALA ESPÍRITA. NÃO DAR CRÉDITO A TODOS OS ESPÍRITOS. A ESCALA
ESPÍRITA ENTRE OS ENCARNADOS: HOMENS BONS E MAUS; INTELIGENTES
E IGNORANTES. PROGRESSO ESPIRITUAL.
REFERÊNCIAS (VE 8- I) (AD 10-I) (LE ?76-127) (ESE XXI,6-7) (DA pg 133).

12º TEMA - IMPORTÂNCIA DO CORPO PARA PROGRESSO DO ESPÍRITO. OS VÍCIOS:


ALCOOLISMO, FUMO, JOGO, TÓXICOS, ETC.
REFERÊNCIAS (VE 25-II) (AD 25-I) (LE ?330-399) (RA pg 77) (SMSF pg 132) (ESE XVII,10) (DA 81-85)

13º TEMA - RESPEITO AO PRÓXIMO, À ESPOSA, AOS FILHOS, AOS COLEGAS. A TRAVE E
O CISCO.
REFERÊNCIAS (VE 4-II) (AD 4-I,10-II) (LE ?766-822) (ESE X,9-21) (RA pg 17,105) (DA pg 69-95)
(SMSF pg 41)

14º TEMA - CULTIVAR PALAVRAS SADIAS. PALAVRÕES QUE FEREM E NOS PERTURBAM.
EDUCAÇÃO PESSOAL: BOAS MANEIRAS, DELICADEZA, AFABILIDADE.
REFERÊNCIAS (VE 2-I) (AD 21-I) (LE? 893-919ª) (ESE IX,1-6) (RA pg 121).

15º TEMA - PASSES - O QUE SÃO, SEUS RESULTADOS. A CONTRIBUIÇÃO DO DOENTE.


REFERÊNCIAS (VE 10-II) (AD 21-II) (PR IV,VI) (LE? 456-472) (ESE XXVI,1-10).

16º TEMA - DOENÇAS E RESPONSABILIDADES DO HOMEM. 'DOENÇAS CURATIVAS' DO


ESPÍRITO. RESIGNAÇÃO COMO ALÍVIO. ALIMENTAÇÃO, TRABALHO,
REPOUSO; DIVERSÕES SADIAS.
REFERÊNCIAS (VE 20-I) (AD 15-I) (LE ?920-933) (RA pg 211) (ESE XVII,10-11) (SMSF pg 55).

17º TEMA - A FAMÍLIA: REUNIÃO DE ESPÍRITOS EM REAJUSTE. NECESSIDADE DE


COLABORAÇÃO E RENÚNCIA.
REFERÊNCIAS (VE 2-II) (AD 17-II) (LE ?766-822) (ESE XIV) (RA pg 133,169,191) (SMSF pg 141)

18º TEMA - 'FECHAR' O CORPO. A CARAPAÇA DA CARIDADE; PRÁTICA DO AMOR. 'MAL


FEITOS'; AFINIDADE COM A REVOLTA. EVANGELHO NO LAR. CULTIVAR O
ESPÍRITO, LEITURAS, ARTES, FILMES DE TV.
REFERÊNCIAS (VE 12-II) (AD 1-II) (LE ?549-577) (ESE XIII,9-16; XVII,10) (RA pg 69,165) (SMSF pg 111)

TEMA EXTRA - “EVANGELHO NO LAR” – COMO E PORQUE DEVEMOS FAZER.


REFERÊNCIAS (ESE XXVII,1-13) (LE ?658,659)
O Consolador - perg 346 Francisco Xavier / Emmanuel
Atravessando a Rua - cap 3 - Culto Evangelho ou Tribunal Richard Simonetti
Caminhos de Libertação - cap 78 - Um Grande Remédio Valentim Lorenzetti
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Voltas que a Vida Dá - pg 3 - Voltas que a Vida Dá Zibia Gasparetto - 15ª edição

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
VE A VIDA ESCREVE - FRANCISCO XAVIER & WALDO VIEIRA

AD ALMAS EM DESFILE - FRANCISCO XAVIER & WALDO VIEIRA

CI CÉU E INFERNO – 7ª ED. - ALLAN KARDEC

DA DORES DE ALMA – 1ª ED. - FRANCISCO DO ESPÍRITO SANTO NETO

ESE O EVANG. SEGUNDO O ESPIRITISMO - ALLAN KARDEC

ELLE EVANG. LAR A LUZ DO ESPIRITISMO - MARIA TONIETTI COMPRI

GMP GÊNESE, MILAG. PRED. 2º O ESPIR. - ALLAN KARDEC

LE O LIVRO DOS ESPÍRITOS - ALLAN KARDEC

LM O LIVRO DOS MÉDIUNS - ALLAN KARDEC

PR PASSES E RADIAÇÕES – 28ª ED. - EDGAR ARMOND

QMO QUEM TEM MEDO DA OBSESSÃO - RICHARD SIMONETI

RA RENOVANDO ATITUDES – 3ª ED. - FRANCISCO DO ESPÍRITO SANTO NETO

SMSF SEM MEDO DE SER FELIZ – 4ª ED. - JOSÉ CARLOS DE LUCCA

RV UMA RAZÃO PARA VIVER - RICHARD SIMONETI

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

1 – Além das referências citadas o expositor deve pesquisar outras fontes


para enriquecer a exposição, principalmente com estórias/histórias pertinentes
aos temas expostos;

2 – O presente trabalho não visa restringir outros expositores ao seu


conteúdo ou forma de apresentação, cada um deve descobrir sua metodologia,
interpretação da Doutrina e a forma de apresentar cada tema;

18 TEMAS DA SESSÃO DOUTRINÁRIA


Passaremos a esboçar sugestões visando auxiliar dirigentes
e expositores no desenvolvimento do conteúdo dos 18 temas.
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TEMA Nº 1 - O QUE É O HOMEM. ESPÍRITO ENCARNADO. O QUE É
ESPÍRITO: EXPLICAR FALANDO EM FANTASMA,
ASSOMBRAÇÃO. A IMORTALIDADE DO ESPÍRITO: AS
MUITAS ENCARNAÇÕES.

 O QUE É O HOMEM?
É qualquer indivíduo da espécie animal que apresenta a maior complexidade na escala
evolutiva – o ser humano – (Aurélio). Do ponto de vista espiritual, “o homem é uma alma
encarnada” (ESE - Introdução VIII - Doutrina de Sócrates e Platão);

 ESPÍRITO ENCARNADO
É a alma que reside em nós, ser imortal e individual, que sobrevive ao corpo após a morte.
O espírito encarna-se em um corpo que lhe serve de envoltório para que possa atuar,
movimentar-se e evoluir; de acordo com o estado da matéria nos diversos mundos. - (LE
Introdução - II).

 O QUE É ESPÍRITO?
É o princípio inteligente do universo. Após a morte do corpo a alma passa a ser
considerada espírito, que livre da matéria, retorna ao mundo espiritual e permanece na
erraticidade, isto é, o tempo de espera para que reencarne, a fim de vivenciar novas experiências
evolutivas. – (LE ? 23).

 IMORTALIDADE DO ESPÍRITO
Assim como o corpo, após a morte, se decompõe e se integra à matéria, o espírito também
se reintegra ao mundo espiritual de onde veio; com a diferença que o espírito, imortal, pode
retornar a outros corpos, para continuar sua evolução, enquanto que o corpo reintegrado à
matéria, não mais retornará.– (ESE Introdução - VIII);

 AS MUITAS ENCARNAÇÕES
Existem porque Deus, em sua infinita bondade, permite a todos os seus filhos a
oportunidade de repararmos os erros cometidos e evoluirmos até atingir a perfeição; que será
alcançada pelas virtudes conquistadas nas experiências do dia a dia, no campo de luta entre o
bem e o mal e suportando com humildade e resignação as adversidades da vida. A encarnação
para uns pode ser uma prova ou missão e para outros uma expiação ou resgate de débitos do
passado. Outro objetivo da encarnação é fazer com que o espírito possa cumprir sua parte na
obra da criação e para tanto é necessário que ele tome o envoltório corporal em harmonia com a
matéria essencial do mundo onde deve cumprir a missão determinada pelo Criador, contribuindo,
também, para sua própria evolução. (LE ? 132/133).

A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o nome de ressurreição; só os
saduceus não acreditavam nela e achavam que tudo acabava com a morte. Os demais judeus
acreditavam que o homem podia reviver, porém não sabiam como isso podia acontecer e
chamavam o fenômeno ressurreição – O que o espiritismo, de forma mais precisa chamou de
reencarnação, com base na imortalidade da alma. Mas o que é ressurreição e reencarnação?

Ressurreição – pressupõe-se o retorno de um corpo que já morreu à vida, o que a ciência


prova ser materialmente impossível; já a reencarnação é o retorno do espírito à vida corporal, mas
em um novo corpo que nada tem a ver com o anterior.

O termo ressurreição poderia ser aplicado a Lázaro, mas não a Elias que reencarnou como
João Batista. O corpo de João Batista não podia ser o de Elias, pois João era conhecido desde
criança, inclusive seus pais, portanto só poderia ser Elias reencarnado e não ressuscitado (ESE
IV, 3-4).

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TEMA Nº 2 - PARA ONDE VAMOS QUANDO MORREMOS? O QUE É A
MORTE? COLHEITA OBRIGATÓRIA DE NOSSA
SEMEADURA.

 PARA ONDE VAMOS QUANDO MORREMOS?


Retornamos, na condição de espírito, ao mundo espiritual, de onde saímos
temporariamente. É como se estivéssemos retornando de uma viagem. Tanto é verdade que, em
muitos casos, dependendo de nosso merecimento, os amigos e parentes, no mundo espiritual,
podem até fazer festa de recepção. – Exemplo: Chico Xavier teve calorosa festa de recepção em
seu retorno ao mundo maior.

Ao desencarnarmos, a alma que se utilizava do corpo a fim de se manifestar e agir para


sua evolução, volta a ser espírito e não perde sua individualidade, que é mantida pelo fluido que
lhe é própria, tomada da atmosfera de seu planeta, para representar a aparência que tinha em sua
última encarnação. – (LE ? 149/153)

 O QUE É A MORTE?
A morte, quando natural, é o esgotamento dos órgãos em decorrência da idade; é como
uma luz que vai se apagando por falta de combustível. E de modo geral é o desprendimento dos
laços que retêm a alma ligada ao corpo, que ocorre de forma gradual e não como se fosse um
pássaro cativo libertado subitamente. (LE ? 154/162).
“O espiritismo matou a morte”, isto é, mostrou-nos que a vida continua em outros planos,
confirmando a idéia da imortalidade. Não morremos. Somos espíritos eternos. (Sem Medo de Ser
Feliz - pág. 33 - 4a edição - Editora Petit - José Carlos de Luca).

 COLHEITA OBRIGATÓRIA DE NOSSA SEMEADURA


Deus criou o espírito simples e sem nenhum conhecimento e lhe deu todos os
instrumentos necessários para fazê-lo progredir até atingir a perfeição, pelo conhecimento da
verdade, a fim de que possa aproximar-se cada vez mais do Criador, atingindo a felicidade eterna.
Para atingir essa felicidade eterna, o espírito passa por provas que as Leis Divinas lhes impõem.
Uns aceitam essas provas com resignação e chegam mais rápido à felicidade; outros somente as
suportam com lamentações e, em conseqüência, ficam mais tempo afastados dela. Tudo isso
pode ser resumido no livre arbítrio que tem o espírito para seguir o caminho que quiser: se seguir
o caminho do bem colherá os frutos de suas boas ações; se seguir o caminho do mal colherá os
frutos amargos decorrentes de suas más ações. Enfim: “colhemos o que plantamos”. É a
sabedoria de Deus permitindo que cada um escolha o caminho, para que tenha o mérito de suas
obras. (LE ? 122/127).
Vimos que não levamos nenhum bem material conseguido para nossa evolução espiritual.
Mas podemos levar tudo aquilo que ninguém pode nos tirar, isto é: a inteligência, o conhecimento,
as qualidades morais, as virtudes, etc. Assim, devemos nos empenhar em ser mais ricos de bens
espirituais do que materiais, pois são os bens espirituais que nos permitirão conquistar os
melhores lugares no mundo espiritual; lá, os títulos, a posição social, a riqueza material não tem
nenhum valor. O que significa dizer que o pobre pode conquistar lugares mais importantes que o
rico, pois tudo é adquirido com virtudes, com as qualidades do coração. (ESE XIV, 9).

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TEMA Nº 3 - ENCOSTO, OBSESSÕES, PERTURBAÇÕES. LEI DE
AFINIDADES. ESCOLHER BOAS COMPANHIAS, FUGIR DAS
MÁS.

 ENCOSTO
É um espírito que fica ao lado de uma pessoa para proteger ou prejudicar. (Dicionário
Aurélio).

 OBSESSÃO
Em caráter geral, é a ação persistente que os espíritos inferiores exercem sobre as
pessoas. Suas conseqüências vão desde a simples influência moral, sem sinais exteriores
sensíveis, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais (ESE XXVIII,81).

Os espíritos inferiores vivem ao redor da terra, em virtude de nossa imperfeição moral.


Assim, a obsessão, como as doenças, devem ser consideradas como uma prova ou expiação.

Assim como as doenças são decorrentes de uma imperfeição física, que torna o corpo
vulnerável às influências exteriores, a obsessão é sempre resultante de uma imperfeição moral
que nos expõe aos espíritos imperfeitos. Portanto, a uma causa física opõe-se uma força física; a
uma causa moral é preciso opor uma força moral: para preservar o corpo das doenças devemos
fortificá-lo com boa alimentação, cuidados especiais e medicamentos quando necessário; e para
nos garantir contra a obsessão é preciso fortalecer a alma, com prece, amor ao próximo,
humildade e outras virtudes, e, se necessário, recorrer aos tratamentos espirituais.

Na maioria das vezes a obsessão é resultado de uma vingança exercida por um espírito e
tem origem nas relações de vidas passadas pois, levamos para além túmulo, não só as nossas
virtudes, mas também, nossos rancores, ódios, e sentimento de vingança. Há um provérbio que
diz: “morto o animal, morto o veneno” - mas que não se aplica ao homem. Podemos dizer, pois,
que a obsessão ocorre por dois motivos: (1-) cobrança de dívidas de vidas passadas e (2-) por
causa de nossa invigilância; daí porque devemos estar sempre vigiando nossos pensamentos,
para que estejamos em sintonia com os bons espíritos e afastando, por conseguinte, aqueles
ainda não evoluídos. (ESE X,6 e XXVIII,81)

 LEI DE AFINIDADE
Pela lei de afinidade os espíritos sempre procuram aqueles encarnados que estão na
mesma faixa de sintonia de pensamento, mesmos defeitos ou qualidades, para agirem em
conjunto. Mas é sempre o espírito encarnado que age como quer sobre a matéria, através de seu
livre arbítrio. (LE ? 473/480).

 ESCOLHA DE BOAS COMPANHIAS


As boas companhias são formadas por pessoas otimistas porque sempre pensam e agem
de forma positiva e, em conseqüência, atraem coisas positivas e bons espíritos, pela sintonia de
bons pensamentos.

 FUGIR DAS MÁS COMPANHIAS


As pessoas pessimistas não podem ser boas companhias porque pensam de forma
negativa e assim agem; com isso acabam atraindo coisas negativas e espíritos que estão na
mesma faixa de sintonia. Entretanto, ao encontrarmos alguém assim devemos procurar ajudar
para que seja otimista e melhore suas vibrações. (Sem Medo de Ser Feliz - José Carlos de Luca -
cap 13 – 4ª edição Editora Petit).

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TEMA Nº 4 - DEUS CRIADOR DE TUDO. NÃO SÓ A TERRA É HABITADA.
BONDADE DE DEUS. A PRECE COMO FORMA DE
PERCEBERMOS A BONDADE DE DEUS. EXPLICAÇÃO
SOBRE O AMOR FRATERNO.

 DEUS CRIADOR DE TUDO


Allan Kardec perguntou ao Espírito de Verdade: “O que é Deus?” – Resposta: “Deus é a
inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”. (LE ? 1).

Julga-se o poder de uma inteligência pelas suas obras; nenhum ser humano pode criar o
que produz a natureza, que é obra de Deus, causa primeira; a ciência prova que não há efeito
sem causa; basta, pois, lançar os olhos sobre a natureza para se constatar a inteligência suprema
e a existência de Deus em tudo quanto existe no universo. (LE ? 2-13).

 NÃO SÓ A TERRA É HABITADA


Acreditar que os seres vivos estão limitados ao único ponto que habitamos no universo
seria duvidar da sabedoria de Deus. Nada pode fazer supor que só a terra tenha o privilégio de
ser habitada, com tantos milhares de mundos existentes no universo; principalmente porque
sabemos que Deus não privilegia nenhuma de suas criações. Cada mundo tem sua constituição
física e a ela os seres vivos são adaptados à matéria compatível às condições que a vida requer.
(LE ? 55/58).

 BONDADE DE DEUS
Deus é soberanamente justo e bom. A sabedoria expressa em suas leis é revelada nos
maiores e menores acontecimentos, por conseguinte, não nos permite duvidar de sua justiça e
nem de sua bondade. (LE ? 13).

 A PRECE NOS FAZ PERCEBER A BONDADE DE DEUS


A prece tem caráter de adoração. Orar é nos colocar em comunhão com Deus; através da
prece podemos propor três coisas distintas: louvar, pedir e agradecer.

 LOUVAR – Enaltecer o Pai pela grandeza de suas obras;

 PEDIR – Tanto pode ser para nós como em favor de nosso próximo;

 AGRADECER – Por tudo que Deus nos proporciona, para nossa evolução espiritual ou
por alguma coisa em especial.

É também através da prece que Deus, em sua infinita bondade, permite que os bons
espíritos, seus mensageiros, venham nos ajudar; desde que a prece seja feita com o coração, fé e
humildade para nos fortalecer contra as tentações do mal. (LE ? 658/666);

 EXPLICAÇÕES SOBRE O AMOR FRATERNO


O amor fraterno vai além da consangüinidade pois, há pessoas que não têm laços
consangüíneos mas que se amam fraternalmente; enquanto que pode haver irmãos que se
odeiam. Este amor fraterno é decorrente da simpatia, que existe entre os Espíritos, trazida de
vidas anteriores e, por isso, acabam formando grupos de espíritos afins, com comunhão de
pensamento e que procuram estar sempre próximos uns dos outros; e no caso daqueles que se
odeiam é igualmente decorrente de antipatias de vidas passadas que se traduzem em
antagonismo na vida presente. (ESE XIV,8)

9
O amor fraterno pode ser entendido como o amor sincero que rompe as barreiras dos
preconceitos. O amor que rompe as amarras de nosso orgulho e de nossa vaidade. O amor que
sufoca a ira. O amor que nos liberta de nós mesmos, e permite do fundo do coração que
perdoemos. (Trevo - dez/04 pág. 25)

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TEMA Nº 5 - CAUSA E EFEITO. PROBLEMAS SOCIAIS: RICOS E
POBRES. A PROVA DA POBREZA, A PROVA DA RIQUEZA.
JUSTIÇA DIVINA: CÉU E INFERNO. O BEM COMO CAMINHO
PARA A FELICIDADE.

 CAUSA E EFEITO
Pela pluralidade das existências os males e aflições que sofremos na vida são,
freqüentemente, expiações de faltas que cometemos no passado e que na oportunidade não
foram reparadas, como a justiça de Deus é perfeita e nunca falha, pela Lei de Causa e Efeito, o
devedor não fica impune. Por isso, quando Jesus disse: “reconciliai-vos o mais depressa com
vosso adversário, enquanto estais com ele no caminho”, estava nos ensinando que não devemos
deixar pendências para futuras encarnações, pois levamos para além túmulo, não só as virtudes,
como também os vícios, defeitos, ódio, rancor e sentimento de vingança. Há um provérbio que diz:
“morto o animal, morto o veneno” - mas que não se aplica ao homem.

Quando Jesus, em suas curas, dizia: “vossos pecados vos são perdoados” era o mesmo
que dizer: tuas dívidas foram pagas, isto é, as causas dos sofrimentos foram eliminadas por tua fé
presente, em conseqüência, mereces ser curado de teu sofrimento – se eliminou a causa também
eliminou o efeito. (ESE X,5 e A Gênese XV,15).

 PROBLEMAS SOCIAIS – RICOS E POBRES


São muitos os problemas sociais, porém, não devemos esquecer de que todo problema é
desafio; um convite da vida, em nome de Deus, para que venhamos a compreender melhor como
servir, como disse o Mestre: “eu não vim para ser servido e sim para servir”.

o RICOS – A riqueza constitui uma prova arriscada e mais rigorosa que a pobreza, por nos levar
ao orgulho, ao egoísmo e à vaidade – nossos piores males. É também o laço mais forte que nos
prende aos bens materiais, nos afasta dos bens espirituais e também de Deus. Entretanto, a
riqueza quando usada para o bem comum é benéfica e eleva seu detentor, pela caridade e
benevolência.

o POBRES – O verdadeiro pobre é o envergonhado, altivo e orgulhoso, um rico decaído que


expia na pobreza o abuso que fez, no passado, de sua opulência. Já o pobre de espírito é aquele
humilde que aspira a perfeição e reconhece o pequenino grau de adiantamento atingido e que
ainda é carente de espiritualidade. (ESE XVI,8)

 A PROVA DA POBREZA E DA RIQUEZA


o PROVA DA POBREZA – É a da paciência, da resignação e da humildade; porém sem
acomodação, isto é, lutando sempre para vencer as dificuldades.

o PROVA DA RIQUEZA – É a da caridade e da humildade, do egoísmo e do orgulho. “Sem


caridade não há salvação”. Porém, para a maioria dos ricos a caridade quase não existe, é
substituída pelo egoísmo, pois eles nunca estão satisfeitos com o que têm, querem sempre mais
e isto os leva ao acúmulo de tesouros materiais que o ladrão rouba, a traça come e a ferrugem
destrói; esquecendo-se dos tesouros espirituais, que são duradouros e, ainda, contribuem para
saldar débitos do passado. (ESE XVI,7)

 JUSTIÇA DIVINA
É a justiça feita de amor e misericórdia, ninguém fica impune ou à margem da justiça
divina: o faltoso sempre tem a oportunidade de se redimir e saldar seu débito. Deus dá a cada um
de nós de acordo com nosso merecimento, facultando-nos todos os meios necessários para fazer
movimentar os bens que recebemos para nossa evolução espiritual e de nosso próximo, porém,
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agimos de acordo com nosso livre arbítrio e somos responsáveis pelas conseqüências de nossos
atos. – “A semeadura é livre, mas, a colheita é obrigatória”. (LE ? 873/888)

 CÉU E INFERNO
o CÉU – É o estado de consciência em que os espíritos gozam de todas as suas faculdades,
sem ter as atribulações da vida material, nem as angústias inerentes à inferioridade; o que
significa dizer que não se trata de um lugar circunscrito, ele está dentro de cada um de nós. É, na
verdade, um estado de espírito.

o INFERNO – Não existe local específico para que os espíritos cumpram penas. Há por toda
parte espíritos felizes e infelizes, portanto, o inferno pode ser em qualquer lugar. É um estado de
espírito, que como o céu, está em cada um de nós. (LE? 1015/1016)

 O BEM COMO CAMINHO P/ A FELICIDADE


O bem sempre é um caminho para a felicidade, quando é feito sem ostentação, com
humildade e de coração. Em caráter geral a felicidade será plena na terra quando, entre os
espíritos que vem habitá-la, os bons vencerem os maus; então, farão renascer o amor e a justiça,
que são a fonte do bem e da felicidade. (LE ? 1018).

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TEMA Nº 6 - JESUS FILHO DE DEUS, RÁPIDA HISTÓRIA. EXEMPLO
PARA SER SEGUIDO. O PERDÃO. EVANGELHO NO LAR,
HIGIENIZAÇÃO DO LAR.

 JESUS FILHO DE DEUS


Como todas as criaturas, Jesus também é filho de Deus e para confirmar este fato, além
de Ele se declarar filho de Deus, durante a transfiguração, no Monte Tabor, apareceram ao seu
lado em espírito Elias e Moisés, materializados, estavam, também, presentes os discípulos Pedro,
João e Tiago que foram cobertos por uma nuvem da qual saiu uma voz - em fenômeno de
comunicação por voz direta - que disse: “Este é meu filho muito amado, no qual pus todo o meu
afeto; escutai-o” (Mat 17,1-8). Como filho amado de Deus Ele veio nos ensinar até o nosso nível
de compreensão, sua doutrina de amor, caridade, perdão, humildade, etc. (Gênese XV,43)

 EXEMPLO PARA SER SEGUIDO


Jesus é o maior exemplo de perfeição moral que já passou pela Terra, portanto, é,
também, o maior e mais importante exemplo de vida a ser seguido, e isso está contido em seu
Evangelho. E ainda nos prometeu, e cumpriu a promessa, o CONSOLADOR que viria completar e
ampliar sua Doutrina, naquilo que não estávamos preparados para compreender. E temos hoje a
Doutrina Espírita, como a TERCEIRA REVELAÇÃO, interpretando, esclarecendo e nos ensinando
a vivenciar os seus ensinamentos (ESE cap VI,4).

 O PERDÃO
Perdoar é não guardar mágoas nem ressentimentos. Não revidar o mal com o mal. O
perdão sem ressentimento é a prova máxima da perfeição espiritual. De acordo com a Doutrina
Espírita o PERDÃO é a concessão indefinida de oportunidades para que o ofensor arrependa-se,
o devedor componha-se, o criminoso liberte-se do mal e se erga redimindo-se para a ascensão
luminosa. (Espiritismo de A a Z, pg 454, 3ª edição, FEB) (ESE X,1-8)

Quando Pedro pergunta a Jesus quantas vezes deve perdoar ao irmão que lhe ofende, se
até sete vezes? Jesus responde: “Não digo sete vezes, mas setenta vezes sete”. Com isso o
Mestre estava ensinando que o perdão não tem limite, deve acontecer quantas sejam as ofensas
e sem qualquer ressentimento ou rancor no coração. (Mat 18,21-22) (ESE X 3)

 EVANGELHO NO LAR
É um momento de prece familiar que serve como proteção contra as influências negativas
que possam vir perturbar a paz e a harmonia em nosso lar, além de fortalecer a harmonia do lar
também serve para ajudar aos irmãos espirituais necessitados que participam conosco desse
momento de oração.

 HIGIENIZAÇÃO DO LAR
É feita com prece aos espíritos encarregados desse trabalho, que, conforme nosso
merecimento, estão sempre prontos a nos auxiliar, não só na higienização de nosso lar como
também em nosso ambiente de trabalho profissional e espiritual. As preces devem ser feitas nos
horários das vibrações diárias e no dia do Evangelho no Lar, sempre, na prece de abertura.

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TEMA Nº 7 - A MAIOR CORAGEM: SABER PERDOAR. PENSAMENTO E
AÇÃO. O PODER DO ÓDIO COMO CRIADOR DA
INFELICIDADE. O PODER DO AMOR E DA COMPREENSÃO.

 A MAIOR CORAGEM: SABER PERDOAR


Se perdoarmos aos irmãos as suas ofensas, nosso Pai celeste também nos perdoará.
Quando um irmão nos ofende devemos procurá-lo em particular e se ele nos escuta, certamente,
será feita a reconciliação e o reconquistaremos pela caridade do perdão.

A grande dificuldade para perdoar é que não aceitamos as pessoas como elas são, com
todos os seus erros e defeitos, só vemos as boas qualidades e quando aparecem os defeitos e
erros ficamos decepcionados. Porém, devemos compreender que não podemos esperar nos
relacionar com pessoas angelicais na Terra, que ainda é um planeta de provas e expiações, onde
devemos ver em nossos semelhantes pessoas como nós que erramos mais do que acertamos.
Assim, devemos aceitar as pessoas como elas são e não como gostaríamos que fossem; pois,
sem aceitação não pode haver perdão.(ESE X,2-3) (Mat XVIII;15,18,21-22)

 PENSAMENTO E AÇÃO
O pensamento é força criadora; através dele formamos imagens, voltamos ao passado e
nos projetamos no futuro; e através da ação podemos transformar em realidade aquilo que
pensamos. Conforme a carga emotiva do pensamento são emitidas vibrações positivas ou
negativas, cujos efeitos, pela lei de ação e reação, retornarão para nós; daí porque a Doutrina
Espírita nos ensina estar sempre vigiando nossos pensamentos. (Espiritismo de A a Z, pág 451
3ª edição, FEB)

Sendo o pensamento força criadora, devemos vigiá-lo porque ele se tornará palavras;
devemos vigiar nossas palavras porque elas se tornarão ações; devemos vigiar nossas ações
porque elas se tornarão hábitos; devemos vigiar nossos hábitos porque eles se tornarão nosso
caráter; e devemos vigiar nosso caráter porque ele se tornará nosso destino. (autor desconhecido)

 O PODER DO ÓDIO COMO CRIADOR DA INFELICIDADE


O ódio é um sentimento instintivo contrário ao amor, no qual há muito de animalidade, que
cada um de nós devemos substituir pelo sentimento de amor, que nos conduz à felicidade e
possibilita a destruição da infelicidade construída pelo ódio. (Espiritismo de A a Z, pág. 422, 3ª
edição, FEB) (ESE XVII,10)

 O PODER DO AMOR E DA COMPREENSÃO


O amor, como o sentimento por excelência, resume de forma completa a Doutrina de
Jesus. E os sentimentos são instintos elevados à altura do progresso realizado. No início só
tínhamos INSTINTO; um pouco mais elevados passamos a ter SENSAÇÕES; mais instruídos
passamos a ter SENTIMENTOS. E o ponto sublime dos sentimentos é o AMOR. Não o amor no
sentido vulgar do termo mais este sol interior que ilumina, condensa e reúne em seu foco todas as
aspirações humanas.

A lei de amor substitui a personalidade e aniquila as misérias sociais, porque através do


amor fraterno todos podemos nos igualar. Quando Jesus resumiu a Lei de Moisés (os Dez
Mandamentos) em apenas dois: 1o – Amareis o Senhor vosso Deus de todo o vosso coração, de
toda a vossa alma e de todo o vosso espírito; 2o – Amareis vosso próximo como a vós mesmos”;
acrescentando que toda a lei e os profetas estavam contidos nestes dois mandamentos, estava
nos ensinando que quando compreendermos que se fizermos ao nosso próximo aquilo que
gostaríamos que nos fosse feito, estariam superadas todas as desavenças da humanidade e o
AMOR FRATERNO nela estaria estabelecido para sempre – Parábola do Credor Incompassivo –
(ESE XI,1-4; VIII,10)

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TEMA Nº 8 - TALISMÃ, SEU SIGNIFICADO. “PRISÃO” DE ESPÍRITOS
INFANTIS. DESNECESSIDADE DO RITUAL. PRÁTICAS
ESPÍRITAS. DEFEITOS MORAIS: EGOÍSMO, ORGULHO,
BRUTALIDADE, INVEJA, ETC.

 TALISMÃ
É qualquer objeto material ao qual alguém atribui poderes extraordinários que possibilitam
a realização de aspirações ou desejos. Não se pode negar a existência de crendices, desde a
antigüidade, nos talismãs e/ou amuletos. Entretanto, convém ressaltar que a natureza dos
espíritos atraídos por meio de talismãs e/ou amuletos, só pode ser de brincalhões e mistificadores,
que estão sempre a espreita para atividades menos edificantes e nunca espíritos evoluídos. Por
outro lado, quem tem a simplicidade de acreditar nos poderes dos talismãs ou amuletos, têm
muito mais de objetivos materiais que morais ou espirituais. (LE ? 551/557)

 PRISÃO DE ESPÍRITOS INFANTIS


Espíritos infantis são aqueles que têm seu desenvolvimento retardado, são os encarnados
nos selvagens. A vida dos espíritos, em seu conjunto, passa pelas mesmas fases da vida
corporal, com vários períodos (reencarnações) até atingir a perfeição. A diferença está em que o
espírito não sofre o declínio e a decrepitude da matéria; sua vida tem começo mas não tem fim – é
imortal – portanto, o tempo, do nosso ponto de vista, para que o espírito passe da infância a um
desenvolvimento completo, é muito longo. (LE ? 189/196)

 DESNECESSIDADE DO RITUAL

 PRÁTICAS ESPÍRITAS
Podem ser consideradas sob dois aspectos:
o PRINCIPAL – Estudos doutrinários: formação intelectual, filosófica e religiosa (reforma moral).
o SECUNDÁRIA – Demais trabalhos realizados nos Centros Espíritas: Doutrinação de Espíritos,
Difusão Doutrinária, Passes, Curas, Vibrações a Distância, Desenvolvimento Mediúnico, Efeitos
Físicos. (Prática Mediúnica - Edgard Armond - Trabalhos Práticos de Espiritismo, editora Aliança)

 DEFEITOS MORAIS
o EGOÍSMO – É o pior dos defeitos, dele decorrem todos os males, é uma verdadeira chaga da
humanidade porque neutraliza todas as virtudes; se estudarmos todos os defeitos, vamos
encontrar neles o egoísmo, de alguma forma. De todas as imperfeições humanas a mais difícil de
ser eliminada é o egoísmo, porque está sempre ligada à matéria à qual ainda estamos muito
presos e temos dificuldades para nos libertar, em decorrência de nossa própria origem, quando
precisávamos lutar pela sobrevivência no planeta – ocasião em que o egoísmo era questão de
vida ou morte. Entretanto, seu combate deve ser constante e sem trégua pela predominância da
vida moral sobre a matéria. (LE ? 913/917)
o ORGULHO – É o nosso maior adversário. É, como o egoísmo, a fonte de muitos males. Este
sentimento, da própria grandeza que existe em nós, revela a altura que queremos alcançar, mas
que só alcançaremos pela humildade. Também pode ser caracterizado por uma força destruidora
da harmonia social e individual, pois tem causado, em todos os tempos, grandes catástrofes entre
os povos: rivalidades de classes, intrigas, ódios e até guerras. É, ainda, responsável por muitos de
nossos sofrimentos além túmulo. (Espiritismo de A a Z, pg 429, 3ª edição, FEB) (ESE VII,11-12)
o BRUTALIDADE – É o mesmo que a violência e a grosseria que nos caracterizam pois, ainda
nos encontramos em um estágio não muito avançado de evolução, somos como uma pedra bruta
que precisa ser lapidada, porém, alcançaremos, um dia, as condições de espíritos evoluídos,
porque Deus, em sua infinita bondade, proporciona a todos nós, através das sucessivas
reencarnações, a oportunidade de superar as dificuldades e alcançar a verdadeira felicidade.
o INVEJA – É o sentimento de desgosto ou manifestação de pesar pela alegria, propriedade ou
êxito de outras pessoas, acompanhado do desejo de possuir as mesmas coisas. A inveja é um
sentimento contrário ao amor, que a Doutrina Espírita e as demais religiões nos ensinam que
devemos bani-la de nosso coração, sem o que não seremos felizes; isto porque ao vermos que
outros têm algo que não temos e desejamos, emitimos vibrações de ódio gratuito, como se a

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pessoa tivesse culpa das nossas limitações. Da inveja decorrem os seguintes defeitos: cobiça,
raiva, lamentações, injúria, calúnia e maledicência.

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TEMA Nº 9 - MÉDIUM, O QUE É? MÉDIUM NÃO É SANTO. AS VÁRIAS
MEDIUNIDADES.

 MÉDIUM, O QUE É?
Por definição, é toda pessoa que tem a faculdade de sentir, em um grau qualquer, a
influência dos espíritos e que serve de intérprete entre o plano físico e espiritual. Essa faculdade é
inerente ao homem, portanto, não se constitui em privilégio de alguns; assim, podemos dizer que
todos somos, mais ou menos, médiuns. Porém a faculdade mediúnica só é atribuída àqueles que
a possuem de forma nitidamente caracterizada. (LM XIV,159)

 MÉDIUM NÃO É SANTO


Como todos somos, mais ou menos, médiuns, atribuir santidade ao médium seria atribuí-la
ao homem, o que, evidentemente, não seria correto porque somos todos cheios de erros, vícios e
defeitos, que os santos não têm.

 AS VÁRIAS MEDIUNIDADES
A evolução da humanidade é muito dinâmica, principalmente nos últimos séculos e através
da história vamos conhecendo as descobertas feitas pelo homem e o constante avanço da
ciência. Para conhecermos o mundo visível e os segredos da natureza Deus nos deu os sentidos
e a inspiração para a descoberta de instrumentos especiais, para melhor utilização de nossos
sentidos. Assim, com a descoberta do telescópio foi possível vermos as profundezas do universo;
com o microscópio descobrimos os seres invisíveis a olho nu e para penetrarmos no mundo
espiritual Deus nos deu a MEDIUNIDADE e podemos assim considerá-la:
o QUANTO À NATUREZA
 MEDIUNIDADE NATURAL – É aquela conquistada por meio da nossa reforma íntima, isto
é, a medida que evoluímos e nos moralizamos vamos aumentando nossa sensibilidade e
percepção espiritual. É uma mediunidade de natureza rara e poucos são os médiuns que a
possuem.
 MEDIUNIDADE DE PROVA – É aquela que recebemos, como graça, mesmo sem grande
desenvolvimento espiritual e moral; não a conquistamos, recebemos por empréstimo, para nos
ajudar no resgate de nossos débitos, acelerar nossa evolução espiritual e ajudar nosso
próximo, é uma posse precária, para execução de determinadas tarefas, que pode ser retirada
a qualquer momento se não for usada para o cumprimento das tarefas ou de forma contrária à
caridade.
o QUANTO AOS MÉDIUNS – Conscientes, semi-inconscientes e inconscientes;
o QUANTO AOS FENÔMENOS
 LUCIDEZ: Telepatia, vidência, psicometria, audição e intuição;
 INCORPORAÇÃO: Pode ser total ou parcial. – Psicofonia, psicografia e sonambulismo;
 EFEITOS FÍSICOS: Inclui todos os fenômenos de efeitos físicos inclusive cura.
(Mediunidade – Edgard Armond, 4ª edição, editora Aliança, ? 15,55).

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TEMA Nº 10 - COMO SER BOM MÉDIUM. CUIDADO COM AS
PERTURBAÇÕES. EVANGELHO. DESENVOLVIMENTO
SUAVE, SEM FORÇAMENTO.

 COMO SER BOM MÉDIUM


Somos todos mais ou menos médiuns e nossa mediunidade se desenvolve na medida em
que através do estudo, da melhoria moral e da evolução espiritual, tomamos consciência de que a
mediunidade é para ajudar ao próximo e a nós mesmos. Portanto, o bom médium é aquele que
está sempre atento ao orai e vigiai e preocupado com sua reforma íntima.

Ser bom médium é ser homem de bem, isto é: praticar as leis de Deus em sua plenitude,
principalmente a lei do amor. (ESE 17,4) (Renovando Atitudes, pg. 195, 3ª edição, editora Boa
Nova – Francisco do Espírito Santo Neto).

 CUIDADO COM AS PERTURBAÇÕES


O maior escudo de defesa do médium contra as perturbações é a sua reforma íntima,
aliada à prece e a vigilância constante do pensamento, pois a influência dos espíritos ainda não
evoluídos é muito grande, principalmente sobre os médiuns, cuja missão é a prática do bem. Por
isso, tornam-se uma verdadeira antena de captação e devem estar sempre atentos e vigilantes,
para não dar oportunidade às influência negativas, dos espíritos ainda não evoluídos que estão
sempre na espreita para prejudicar seu desenvolvimento; e isso só é possível evitar com a retidão
de conduta, prece e constante instruções sobre a Doutrina Espírita. (ESE 12,5-6) (LE ? 456/480)

 EVANGELHO
O Evangelho é a couraça de proteção do médium, sempre que se sentir ameaçado por
qualquer tipo de perturbação, nele encontrará sempre uma palavra do Mestre que lhe renovará as
forças, para continuar na caminhada de ajuda ao próximo e a si mesmo, objetivo principal da
mediunidade. Porém, não basta só ler, é necessário tomar consciência de suas instruções e
colocá-las em prática, nas ações de seu dia a dia.

 DESENVOLVIMENTO SUAVE, SEM FORÇAMENTO


O desenvolvimento da mediunidade deve ocorrer de forma natural, sem pressa e
ansiedade; não é preciso forçar, ela surgirá no momento oportuno, a medida que o médium vai se
dedicando aos trabalhos espirituais, sempre imbuído do propósito de ajuda ao próximo; mesmo
porque tudo tem seu tempo certo. Deus, em sua sabedoria e bondade, faz com que os
acontecimentos em nossas vidas ocorram quando estivermos preparados para compreender.
(Mediunidade - Edgard Armond, cap. 22, 3ª edição - Aliança).

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TEMA Nº 11 - ESCALA ESPÍRITA. NÃO DAR CRÉDITO A TODOS OS
ESPÍRITOS. ESCALA ESPÍRITA ENTRE OS ENCARNADOS,
HOMENS BONS E MAUS, INTELIGENTES E IGNORANTES.
PROGRESSO ESPIRITUAL.

 ESCALA ESPÍRITA
O número de ordem ou de grau de perfeição dos espíritos é ilimitado, pois não existe uma
linha divisória entre os graus de aperfeiçoamento; porém se considerarmos as suas
características gerais, podemos ter três ordens principais, a saber: (LE ? 100)
PRIMEIRA ORDEM – ESPÍRITOS PUROS: Aqueles que atingiram o grau supremo da
perfeição; cujas características gerais são:
o Não sofrer nenhuma influência da matéria, ter superioridade intelectual e moral absoluta, em
relação aos espíritos de outras ordens;
o Ter passado por todos os graus da escala e ter se libertado de todas as impurezas da matéria,
atingindo o mais elevado grau de perfeição de que é capaz a criatura;
o Não ter mais que sofrer encarnações em corpo perecível. A vida é, para eles eterna e a
desfruta no seio de Deus. (LE ? 112/113)
SEGUNDA ORDEM – ESPÍRITOS BONS: Aqueles que têm domínio sobre a matéria e
desejam fazer o bem; cujas características são:
o Seu poder de fazer o bem e suas qualidades dependem do grau de adiantamento que
alcançaram;
o Uns têm ciência, outros sabedoria e bondade, os mais evoluídos reúnem saber e qualidades
morais;
o Não estão completamente desmaterializados, ainda têm provas a suportar até que alcancem a
perfeição absoluta. (LE ? 107/111)
TERCEIRA ORDEM – Aqueles dominados pela matéria e pela propensão ao mal; cujas
características são:
o Ignorância, orgulho, egoísmo e todas as más paixões que lhes são conseqüência;
o Têm a intuição de Deus mas não O compreendem;
o Não são todos essencialmente maus, uns são mais ignorantes do que verdadeiramente maus.
(LE ? 101/106)

 NÃO DAR CRÉDITO A TODOS OS ESPÍRITOS


É com base na ordem espiritual que não devemos dar crédito a todos os espíritos, é
necessário que procuremos identificá-los, através do contato recebido - linguagem,
comportamento - para que tenhamos certeza da categoria do espírito manifestante. Pois, como
vimos que existem vários tipos de Espíritos e alguns zombeteiros e brincalhões podem se fazer
passar por espírito de escala superior a sua; mas mesmo assim pode ser identificado da mesma
forma que identificamos os falsos profetas. (LE ? 101/106)

 ESCALA ESPÍRITA ENTRE ENCARNADOS


É semelhante à espiritual, isto é, os espíritos encarnados evoluem conforme sua atuação
no mundo material, praticando a lei de Deus e procurando compreender, por antecipação, a vida
espiritual; assim podemos classificar os homens em várias categorias, a saber:
o BONS OU DE BEM – Aqueles que praticam a lei da justiça, do amor, da caridade e as demais
leis de Deus, em toda sua pureza e está, sempre, interrogando sua consciência sobre os atos
praticados, com o objetivo de conhecer a si mesmo. (LE ? 918)
o MAUS – Aqueles que, movidos pelo egoísmo, falta de caridade e de humildade, inveja, ciúme
e ódio apegam-se aos bens materiais e se esquecem dos espirituais, que são os únicos que
podem levar deste mundo e que muito ajudará no Plano Espiritual. (LE ? 932/933)
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o INTELIGENTES – Aqueles que buscam, por meio do estudo, conhecer a relação existente
entre os bens materiais e espirituais, recebidos do Criador para sua evolução e procura
movimentá-los de modo que direta ou indiretamente estejam beneficiando, também, seus
semelhantes, sem se esquecer das virtudes, através da prática da caridade e do amor ao próximo,
em fim de sua reforma íntima. (LE ? 127)
o IGNORANTES – Aqueles que ignoram as leis de Deus. Movidos pelo egoísmo utilizam os
bens materiais recebidos para sua evolução espiritual em proveito próprio, sem qualquer
preocupação com o próximo e, em conseqüência, sofrerão retardamento em sua evolução. (LE ?
100)

 PROGRESSO ESPIRITUAL
Deus criou o espírito simples e ignorante, isto é, sem nenhum conhecimento e deu a cada
um, além do livre arbítrio, todos os meios necessários para que possam alcançar o progresso e a
perfeição. Os espíritos evoluem e progridem passando pelas provas determinadas por Deus, em
cada uma de suas encarnações, alguns as aceitam com resignação e alcançam mais rápido o
progresso e a felicidade prometida pelo Pai, outros suportam essas provas reclamando e
blasfemando, por isso ficam mais distantes, de sua evolução, e precisarão voltar mais vezes à
matéria para que possam cumprir suas provas. Assim, na medida que vão se melhorando, em
cada encarnação, que é a oportunidade que todos temos de melhorar, vamos progredindo e
conquistando o direito de passar de uma classe de espírito inferior para outra superior. (LE ?
114/127)

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TEMA Nº 12 - IMPORTÂNCIA DO CORPO PARA PROGRESSO DE
ESPÍRITO. OS VÍCIOS: ALCOOLISMO, FUMO, JOGO,
TÓXICOS, ETC.

 IMPORTÂNCIA DO CORPO PARA PROGRESSO DO ESPÍRITO


O corpo é o instrumento fundamental para o espírito, quando encarnado, desenvolver seu
progresso sob todos os aspectos. É por meio dele que o espírito exerce com liberdade todas as
suas faculdades. Entretanto, pode haver limitações no exercício dessas faculdades, em
decorrência da matéria. Tais limitações podem ser imperfeições de pequeno ou grande porte, em
função das condições físicas do corpo, que poderão impedir o espírito de exercer, por vontade
própria, alguma de suas faculdades, como, por exemplo: comer e andar. Ainda assim, o espírito
continua seu progresso, mesmo porque ele pode ter vindo para cumprir determinada prova ou
resgate e para isso receber um corpo mutilado, então seu progresso vai depender de sua
aceitação com humildade, paciência e resignação ou revolta, reclamações, maldizendo sua sorte.
No primeiro caso seu progresso será normal, pois aceitou a prova ou resgate, no segundo caso
seu progresso, certamente será retardado para uma outra reencarnação.

Durante a infância o espírito tem o desenvolvimento normal, porém, como seu corpo ainda
está em formação, não ocorre sua plena manifestação. Esta fase da evolução espiritual, devido a
fraqueza da pouca idade, torna o espírito mais acessível às orientações para o desenvolvimento
das boas tendências e o impedimento das más, para faze-lo progredir no bem. É a oportunidade
que Deus, em sua infinita bondade, dá aos pais para formar o caráter e a personalidade dos filhos,
cumprindo, assim, sua missão de educador, conforme prevista no capítulo XIV, 9 do E.S.E. (LE ?
367/385 e E.S.E. XVII, 11)

 OS VÍCIOS: ALCOOLISMO, FUMO, TÓXICOS, ETC.


Os vícios são agressão ao corpo, elemento material, que o espírito utiliza para sua
evolução. Os vícios prejudicam as forças físicas do organismo, causando-lhe desequilíbrios e
doenças que acabam abreviando o desencarne, o que é considerado suicídio indireto, levando o
espírito a um sofrimento tão grande quanto tenha sido o abuso cometido, que lhe causou o
desencarne antes do tempo previsto no Plano Espiritual.

O hábito vicioso abre espaço para os desencarnados, também viciados quando na carne,
se ligarem, por processo de afinidade ou obsessão, aos encarnados causando-lhes problemas os
mais variados: desde uma simples manifestação sem sinais exteriores aparentes até o
desequilíbrio físico e mental, provocados por obsessão. Daí a necessidade do combate a todos os
tipos de maus hábitos, para evitar essa afinidade e sintonia com os espíritos que ainda se
encontram sofrendo em decorrência dos vícios. (Espiritismo de A a Z, pg. 595) (ESE IX,10)

O fumo, considerado o mais inocente dos vícios, tem engrossado as estatísticas dos
óbitos, em todo o mundo, matando 5 milhões de pessoas por ano. O assunto é tão grave que
acredita-se que das 4720 substâncias identificadas na fumaça do cigarro 48 são cancerígenas
(Revista Veja de 03.9.03)

Os efeitos maléficos do fumo vão além do corpo físico, como se sabe, e entre outros
malefícios produz uma espécie de entorpecimento psíquico que se prolonga após o desencarne e
afeta a cortina de proteção e isolamento existente entre o corpo físico e o perispírito. (Passes e
Radiações - Edgard Armond, 28ª edição, Aliança, cap. 3).

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TEMA Nº 13 - RESPEITO AO PRÓXIMO, À ESPOSA, AOS FILHOS. A
TRAVE E O CISCO.

 RESPEITO AO PRÓXIMO
O homem foi criado por Deus para viver em sociedade, razão porque ele recebeu, além da
palavra, outras faculdades necessárias ao relacionamento e ao convívio com seu semelhante.
Essas faculdades contribuem para o progresso, ajudando a todos não só do ponto de vista
material como, principalmente, espiritual. É pelo relacionamento social que os homens se
completam para assegurar seu bem estar no meio em que vivem, por isso, não podem viver
isolados. Entretanto, o convívio social está condicionado a certas regras de ordem moral e
espiritual, que têm como princípio básico o RESPEITO E A RESPONSABILIDADE: é necessário
que respeitemos nosso próximo para que sejamos respeitados. Da mesma forma, precisamos ser
responsáveis conosco mesmos, com nossos atos e, principalmente, com nosso próximo. Se
ficarmos atentos a estes comportamentos, certamente teremos uma sociedade mais harmoniosa,
justa e menos violenta; em decorrência da tolerância, da compreensão, e, acima de tudo, do amor
ao próximo. (Sem Medo de Ser Feliz, cap. 6, 4ª edição - Petit - José Carlos de Lucca) (ESE 10,9-
21) (LE ? 766/775)

 RESPEITO À ESPOSA E AOS FILHOS


O respeito à esposa, aos filhos e aos demais membros da família, que são o próximo mais
próximo, terá como resultado a formação de uma sociedade mais equilibrada e harmoniosa,
através da chamada “educação de berço” que tem sua base no lar: local sagrado onde Deus
coloca seus filhos, na condição de espírito em recomeço de sua caminhada evolutiva atribuindo
aos pais a responsabilidade pela sua formação física, moral, intelectual e espiritual. O que nos
leva a concluir que a verdadeira base da sociedade está no LAR. Sem nos esquecer de que
deveremos prestar conta de nossos filhos a Deus, que nos perguntará: “ Que fizestes do filho
confiado à vossa guarda?” (LE ? 766/775) (ESE XIV, 9)

 A TRAVE E O CISCO
Um de nossos maiores erros é julgar o mal dos outros e não ver o que está em nós,
mesmo sabendo o que disse Jesus: “não julgueis para não serdes julgados, pois, conforme o juízo
com que julgardes, assim sereis julgados, e, com a medida com que medirdes, assim sereis
medidos” (Mat. 7,1-3). Não devemos reparar o cisco no olho dos outros e não ver a trave que está
no nosso. Assim, antes de emitirmos qualquer julgamento a nosso irmão é preciso que julguemos
a nós mesmos. De forma incontestável, é o orgulho que nos impede de ver os nossos próprios
erros e defeitos e serve de barreira para nosso progresso espiritual. A máxima de Jesus: “Aquele
que estiver sem pecado, que atire a primeira pedra” faz da indulgência um dever porque não há
quem não precise dela, assim, antes de condenar uma falta de alguém, devemos verificar se a
mesma reprovação não pode recair sobre nós. (ESE X,10-12)

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TEMA Nº 14 - CULTIVAR PALAVRAS SADIAS. PALAVRÕES QUE FEREM E
NOS PERTURBAM. EDUCAÇÃO PESSOAL: BOAS
MANEIRAS, AFABILIDADE.

 CULTIVAR PALAVRAS SADIAS


Bem aventurados aqueles que são brandos, porque eles possuirão a terra; Bem
aventurados os pacíficos, porque eles serão chamados filhos de Deus; “Todo aquele que se
encoleriza contra seu irmão merecerá ser condenado pelo julgamento”; “Aquele que disser ao seu
irmão, “raca” - termo de desprezo entre os hebreus - que significa homem de má conduta,
merecerá ser julgado pelo conselho.” Por estas máximas Jesus faz da doçura, da moderação, da
mansidão, da afabilidade e da paciência uma LEI. Condena a violência, a cólera e todas as
expressões descorteses ao semelhante. Portanto, devemos usar, sempre, palavras sadias e
gentis no trato com nosso semelhante, visto que as palavras podem carregar força e poder, ou
dependendo da forma que forem ditas, podem gerar amor ou ódio. (ESE IX,1-4)

 PALAVRÕES QUE FEREM E NOS PERTURBAM


Toda palavra que fere expressa um sentimento contrário à lei do amor e da caridade, que
regula as relações entre os homens e mantém entre eles a concórdia e a união. Assim, ao
usarmos palavras gentis no trato com nossos irmãos, estamos demonstrando amor e caridade,
não só para com eles mas, para conosco mesmos. A palavra é tão poderosa que o Apóstolo
Mateus disse: “Por nossas palavras seremos justificados; por nossas palavras sermos
condenados” - Mat. 12,37. (ESE IX,5-6)

 EDUCAÇÃO PESSOAL: BOAS MANEIRAS, DELICADEZA E AFABILIDADE.


Esta é a chamada “educação de berço”, isto é, aquela que recebemos no ambiente familiar
e que exerce grande influência em nosso caráter e na formação de nossa personalidade: desde
os monólogos da mãe com o feto na câmara uterina aos ensinamentos da infância, da juventude e
porque não dizer da vida adulta, que se completa com as pessoas da comunidade, nos ambientes
escolares e de trabalho. Conforme a maneira como esta educação foi estruturada na infância, se
em um lar equilibrado e harmonioso ou não, serão formadas as atitudes, o caráter e a
personalidade do adulto, com influências negativas ou positivas, salvo exceções. (ESE IX,6-7)
(Renovando Atitudes - Francisco do Espírito Santo Neto, 3ª edição, Boa Nova, pág. 121)
“A impressão de carinho ou agressividade que a criança recebe dos pais até os dois
primeiros anos deixam marcas que podem causar grande influência no seu caráter quando
adolescente e adulto. Acontece que naquele período ocorre o alicerçamento dos valores morais,
que são absorvidos pelo espírito sensível em desenvolvimento”. (Chico Xavier, em Manual Prático
do Espírita, de Ney Prieto Peres, 9ª edição,Pensamento, pg. 26 - Nota de rodapé)

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TEMA Nº 15 - PASSES, O QUE SÃO, SEUS RESULTADOS. A
CONTRIBUIÇÃO DO DOENTE.

 PASSES, O QUE SÃO


O passe é um ato de amor em sua expressão mais sublime. É uma doação de energia ao
assistido pelo passista, enriquecida com os fluídos que os guias espirituais dão a ambos. O passe
como transfusão de energias que fluem dos mensageiros de Cristo para o passista e assistido,
representa a continuidade do trabalho do Mestre para diminuir o sofrimento da humanidade.
Assim como a transfusão de sangue revigora nosso organismo, o passe estabelece nosso
equilíbrio físico e espiritual (Espiritismo de A a Z, pg. 442/443, 3ª edição, FEB) (O Consolador,
Emmanuel/C. Xavier, FEB, perg 97/98) (Passes e Radiações, Edgard Armond, Aliança, cap 4,6)

 RESULTADO DO PASSE
O passe quando aplicado como doação de amor verdadeiro, emanado do coração do
passista e auxiliado pela espiritualidade, tem como resultado a harmonização do corpo físico do
assistido ou de seu equilíbrio espiritual ou ainda de ambos, conforme o tipo de tratamento
espiritual indicado pelo grupo mediúnico. É importante salientar que o passe não dispensa o
tratamento médico e nem resolve, por si só, os nossos sofrimentos decorrentes de nossas
imperfeições. É necessário que nos reformemos, através dos esclarecimentos evangélicos,
portanto, o fundamento da cura está nas preleções para eliminar as causas dos sofrimentos – as
imperfeições – através de nossa reforma interior que evitará a constante necessidade do passe.
(Passes e Radiações, cap .7)

 A CONTRIBUIÇÃO DO DOENTE
O recebimento dos fluidos através do passe, pelo assistido, visando seu equilíbrio físico e
espiritual, depende de fatores fora do controle do passista, sendo que o mais significativo é o
estado de receptividade do assistido: se ele estiver em condições adequadas receberá facilmente
os fluidos colocados a sua disposição, caso contrário a absorção pode não ocorrer ou ser muito
reduzida. Por isso o passista ao iniciar a aplicação do passe pede para o assistido pensar em
Jesus, para que ele se coloque em ligação com a espiritualidade e assim possa estar preparado
para receber o passe. (Esp. de A a Z ,pág.442/443, 3ª edição, FEB) (Passes e Radiações, cap. 7)

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TEMA Nº 16 - DOENÇAS E RESPONSABILIDADES DO HOMEM.
“DOENÇAS CURATIVAS” DO ESPÍRITO. RESIGNAÇÃO
COMO ALÍVIO. ALIMENTAÇÃO, TRABALHO, REPOUSO E
DIVERSÕES SADIAS.

 DOENÇAS E RESPONSABILIDADES DO HOMEM


A doença é um dos recursos naturais para a renovação da vida pela morte do corpo físico
e não um castigo que põe em dúvida a natureza amorosa de Deus para conosco. Pode ser, ainda,
conseqüência de nossos vícios e defeitos, desta ou de outras encarnações, que a lei natural de
causa e efeito nos impõe, daí nossa responsabilidade quanto ao cuidado com o corpo, para que a
alma a ele ligada possa se manifestar, sob todos os aspectos, em um corpo saudável, disposto e
vigoroso. A relação de dependência entre o corpo e a alma é muito grande, portanto é preciso
cuidar de ambos. Amai sua alma mas cuidai, também do corpo, instrumento da alma.(Espiritismo
de A a Z, pág.146, 3ª edição, FEB) (ESE XXVIII,77)

 “DOENÇAS CURATIVAS” DO ESPÍRITO


São doenças decorrentes de atos que praticamos no passado contra nós mesmos ou
contra nosso semelhante, cujos efeitos ficaram impregnados ou refletidos em nosso perispírito.
Em encarnações posteriores sofremos as conseqüências, naqueles órgãos que causamos danos,
em nós ou nos outros, merecendo, portanto, cuidados especiais, sem contudo conseguirmos curá-
las. São as chamadas doenças cármicas. (Espiritismo de A a Z, pág. 83) (ESE V,6-9)

 RESIGNAÇÃO COMO ALÍVIO


Resignação é a aceitação dos males da existência, desde que se chegue à conclusão de
que não há meios de desfazê-los, isto não significa, entretanto, que devemos deixar de lutar para
superar as dificuldades, é preciso buscar fortalecimento na prece com o objetivo de vencer as
provações impostas pela lei cármica. Não podemos esquecer que Deus disse: “Faz por ti que te
ajudarei”. Exemplo: Gerônimo Mendonça, O gigante deitado (Espiritismo de A a Z, pág. 515) (ESE
V,10)

 ALIMENTAÇÃO, TRABALHO, REPOUSO E DIVERSÕES SADIAS


o A ALIMENTAÇÃO - Conforme sua natureza, é o agente principal da saúde, visto que nela são
encontrados os elementos necessários ao organismo, porém, os alimentos precisam ser
selecionados e não pode haver exagero em sua ingestão, porque todo o excesso é prejudicial.
Além dos alimentos assimilamos grande carga fluídica, que incorporada ao duplo etérico (ligação
do perispírito ao corpo físico) vai influenciar na qualidade da energia que será irradiada. Daí a
necessidade dos trabalhadores espirituais tomarem cuidado com a alimentação, nas 24 horas que
antecedem aos trabalhos.
o O TRABALHO – É, sem dúvida, uma das formas de se manter a boa saúde do corpo e da
mente, isto porque quando estamos trabalhando, nossa mente está ocupada e não deixa espaço
para influência negativas, que possam nos causar distúrbios.
o O REPOUSO – Como conseqüência do trabalho serve para recuperação da força despendida
é também uma exigência do organismo para acumular energias para ser usadas posteriormente.
O sono é a melhor forma de repouso, durante o qual o espírito se liberta da matéria, consegue
força que o impulsiona diante dos desafios que a vida lhe impõe; a falta do sono pode provocar
desgaste que implica na redução do período de vida corpórea, constituindo-se em uma das
formas de suicídio indireto. O repouso em excesso também é prejudicial por implicar em perda de
tempo colocado a nossa disposição para vivenciar as experiências reencarnatórias.
o DIVERSÕES SADIAS – As diversões sadias fazem parte de nossas experiências na evolução
espiritual. Quando nos divertimos ficamos mais relaxados, descontraídos e procuramos, pelo
menos, por alguns instantes, nos desligar dos afazeres do dia a dia. Isso é reparador para a alma,
para a mente e para o corpo, desde que a diversão seja realmente sadia, como por exemplo: um
bom filme, um bom livro, uma boa peça de teatro, visita à exposições de arte, museus, passeio
pelo campo ou praia, observando a natureza, etc. (Espiritismo de A a Z, pg. 29/30 e 514) (Passes
e Radiações, Edgard Armond, Aliança, cap. 3).
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TEMA Nº 17 - A FAMÍLIA: REUNIÃO DE ESPÍRITOS EM REAJUSTE.
NECESSIDADE DE COLABORAÇÃO E RENÚNCIA.

 A FAMÍLIA: REUNIÃO DE ESPÍRITOS EM REAJUSTE


A família é uma instituição divina cuja finalidade principal é estreitar os laços sociais e
ensinar o melhor modo de amarmos uns aos outros como verdadeiros irmãos. Do ponto de vista
material a família caracteriza-se pela união entre as pessoas em decorrência do parentesco
corporal, entretanto, os laços corporais não estabelecem os laços entre os espíritos, pois, o corpo
procede do corpo, mas o espírito não procede do espírito, porque o espírito já existia antes da
formação do corpo, ou seja, não são os pais quem criam o espírito do filho, apenas lhe fornecem
o envoltório corporal. Porém, é seu dever cuidar do desenvolvimento, físico, intelectual e moral
para fazê-lo progredir. Porque Deus perguntará “Que fizestes do filho confiado à vossa guarda?”.
(ESE XIV,8-9)
Pode ser que espíritos simpáticos se reúnam, pela encarnação, em uma mesma família,
sobre tudo entre parentes próximos, que unidos por relacionamentos de vidas anteriores, se
afeiçoam durante a vida na Terra mas, pode ocorrer, também, a união de espíritos divididos por
antipatias de vidas passadas, que se traduzem por antagonismo durante a vida terrena, para lhes
servir de prova ou expiação. Os verdadeiros laços de família não são, pois, o da consangüinidade
e sim os da simpatia e da comunhão de pensamento, que une os espíritos antes, durante e depois
da encarnação, de onde se pode deduzir que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser
mais irmãos pelo espírito do que se fossem filhos dos mesmos pais e que dois irmãos de sangue
podem se odiar, como se vê freqüentemente. Há, portanto, dois tipos de família: as espirituais,
que são duráveis, se fortalecem pela depuração e se perpetuam no mundo espiritual pelas
diversas migrações da alma, e as corpóreas que são frágeis, como a matéria, se extinguem com o
tempo e podem se dissolver moralmente na vida presente. Foi isso que Jesus quis fazer
compreender aos discípulos, quando disse: “Eis minha mãe e meus irmãos, porque todo aquele
que fazem a vontade de meu Pai que está no Céu, é meu irmão, minha irmã e minha mãe” se
referindo à família espiritual. (ESE XIV,5)

 NECESSIDADE DE COLABORAÇÃO E RENÚNCIA


O reajuste dos espíritos em família exige muita colaboração, compreensão e renúncia,
assim como, nas relações sociais de um modo geral, porém, na família, sua aplicação deve ser
mais enfatizada pois, é aí, no convívio do dia-a-dia, onde está o nosso próximo mais próximo, que
aprendemos a nos relacionar, nos amar, nos respeitar e para tanto precisamos colaborar,
ajudando e amando uns aos outros como Jesus nos ensinou. É preciso, pois, renunciar e ceder
para que possamos manter a harmonia, principalmente com aqueles parentes mais difíceis.
Se não conseguirmos amar o nosso próximo mais próximo – nossos familiares – como
poderemos amar de forma fraterna a humanidade? (ESE XIV).

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TEMA Nº 18 - “FECHAR O CORPO”. A CARAPAÇA DA CARIDADE.
PRÁTICA DO AMOR. “MAL FEITO”. AFINIDADE COM A
REVOLTA. EVANGELHO NO LAR. CULTIVAR O ESPÍRITO,
LEITURAS, ARTES, FILMES DE TV.

 “FECHAR O CORPO”
Todos nós podemos ter nosso “corpo fechado”, isto é, protegido pelo nosso anjo da guarda
e pelos bons espíritos, contra as tentações mundanas e principalmente contra influências de
espíritos inferiores que se aproveitam de nossa invigilância para nos perturbar. Para tanto, é
necessário que estejamos empenhados em nossa reforma íntima e sempre orando e vigiando,
para que nossas vibrações fiquem em sintonia com os bons espíritos que nos protegem sem que
haja necessidade de qualquer objeto que sirva como talismã ou amuleto, basta que estejamos
ligados, em pensamento, com a espiritualidade superior. Assim, quem fecha nosso corpo somos
nós mesmos (ESE XII,5-6; XXVIII,46-47, 82-83)

 CARAPAÇA DA CARIDADE
Na máxima “ Fora da caridade não há salvação” Jesus mostra que a caridade é o único
caminho para a nossa salvação; ao colocar a caridade no primeiro plano das virtudes Ele nos
ensina que ela encerra, em si mesma, todas as demais virtudes, porque é a negação absoluta do
orgulho e do egoísmo. Em 1Coríntios, 13:1-7, 13, o Apóstolo Paulo diz que entre a fé, a esperança
e a caridade, esta última é a mais excelente, assim, a caridade é colocada, até mesmo, acima da
fé, porque ela está ao alcance de todos: do ignorante e do sábio; do rico e do pobre; e porque
independe de qualquer crença particular. A caridade e a humildade são, pois, o caminho da
salvação, enquanto que o orgulho e o egoísmo são o caminho da perdição. Assim, todos podemos
estar protegidos pela carapaça da caridade seguindo pelo caminho da salvação. A caridade é a
nossa senha espiritual, na terra e no céu: na terra, porque todos que se abrigam sob sua bandeira
encontrarão a paz; no céu porque aqueles que a praticaram encontrarão graça diante de Deus.
(ESE XV,3-10)

 PRÁTICA DO AMOR
O amor sintetiza toda a doutrina de Jesus, porque é o sentimento por excelência. No início
o homem só tinha instinto; mais avançado passou a ter sensações; mais instruído passou a ter
sentimento e o amor é o ponto mais sublime do sentimento, não o amor em seu sentido vulgar e
sim um sentimento que condensa e reúne todas as aspirações da humanidade. Se temos amor
temos tudo que o homem pode desejar na terra, possuímos a pérola por excelência e nem o
desejo e o sentimento de maldade daqueles que nos perseguem pode nos atingir. A prática do
amor caracteriza-se pelos mais simples gestos e ações: um sorriso, um cumprimento, uma
palavra de conforto, simplesmente ouvir um irmão; visitar um abrigo para idosos, uma creche, uma
prisão, um hospital, etc. Como se vê estes atos de amor e caridade só dependem de nossa
doação pessoal. (ESE XI,8)

 “MAL FEITO”
O primeiro tópico, que trata do “corpo fechado”, deixa claro que se estivermos ligados com
a espiritualidade superior o mal não nos atinge. Somos nós, através de nossos pensamentos e
atos, que criamos as condições para que o mal ou o bem nos aconteça.

 AFINIDADE COM A REVOLTA


Sempre que nos revoltamos com alguma coisa estamos atraindo, por afinidade, espíritos
que estão na mesma sintonia de vibração de revolta, para nos perturbar . Assim, no lugar de nos
revoltar devemos pedir ao Pai serenidade para compreender e aceitar o que não pode ser
mudado; coragem para mudar o que pode e deve ser mudado e sabedoria para compreender a
diferença entre o que pode e o que não pode ser mudado.

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 EVANGELHO NO LAR
O lar como local sagrado onde Deus coloca seus filhos para iniciar sua caminhada
evolutiva, deve ser um lugar de muita harmonia e o Evangelho é o instrumento que Jesus nos
deixou para manter a harmonia entre as criaturas. O Evangelho é uma espécie de escudo protetor
de nosso lar contra as influências negativas que possam vir a perturbar a paz e a harmonia que
devem estar sempre presentes em nosso lar. Para que esta proteção ocorra é necessário que o
Evangelho seja feito de forma constante, pelo menos uma vez por semana, reunindo toda a
família ou aqueles que possam e queiram participar, o que não pode é deixar de ser feito, ainda
que seja apenas uma pessoa. O Evangelho representa toda a experiência de Jesus quando
esteve entre nós e nele está contido seu ensinamento; é através de sua vivência que estamos
ligados a Deus e nele encontramos todos os mandamentos de suas leis.

 CULTIVAR O ESPÍRITO, LEITURAS, ARTES E FILMES DE TV


Manter o espírito atualizado e bem informado, por meio de boas leituras, bons e edificantes
filmes, bem como contato com a arte, de um modo geral, é uma tarefa muito importante, que deve
dar prazer e não pode ser relegada a segundo plano; mesmo porque a evolução espiritual deve
ocorrer no meio ambiente onde estamos encarnados, participando dos acontecimentos e da
evolução da sociedade. É claro que nesta participação deve haver uma filtragem, para que
possamos reter, para nossa evolução, os acontecimentos edificantes que contribuam para o
verdadeiro crescimento espiritual. (ESE XVII,11)

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