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20/09/22, 14:01 Degustação de Langhe Nebbiolo e Nebbiolo d'Alba: "o outro Nebbiolo" entre passado e futuro - WineSurf

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Degustação de Langhe Nebbiolo e Nebbiolo d'Alba: “o outro Nebbiolo” entre passado e futuro 5 minutos de leitura

por CARLOS MACCHI, (HTTPS: // WWW.WINESURF.IT/AUTHOR/CARLOMACCHI/ )14 de junho de 2016


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LANGHE-
LANGHE-
NEBBIOLO-
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E- E-
NEBBIOLO-
NEBBIOLO-
DALBA-DALBA-
LALTRO-
LALTRO-
NEBBIOLO-
NEBBIOLO-
TRA- TRA-
PASSATO-
PASSATO-
E- E-
FUTURO%2F)
FUTURO/)

Enquanto degustávamos Nebbiolo d'Alba e Langhe Nebbiolo, imaginei-os como dois gêmeos dizigóticos: nascidos da mesma mãe, com o mesmo sangue nas veias, mas no final muito
diferentes um do outro.

São de facto vinhos provenientes da mesma vinha, em boa parte também da mesma zona, mesmo um (o Langhe) pode nascer do outro para "cair", mas são de "caráter" muito
diferentes.

Para nós eles representam o passado e o futuro do que poderíamos definir no estilo da Borgonha como “as Aldeias de Nebbiolo”. Atenção, isso não significa que um seja melhor que o
outro: mesmo que de nossas degustações o Langhe Nebbiolo tenha saído melhor (média de estrelas 2,63 contra 2,36 de Nebbiolo d'Alba. Só para comparar, a média de estrelas do
Barolo 2010 foi di 2.74), o que queremos sublinhar é que os dois vinhos “realmente” representam duas faces diferentes de uma vinha e de um território.

Provamos e percebemos o Langhe Nebbiolo, que também pode ter 15% de outras uvas, como um vinho onde a principal variedade de uva do Piemonte traz sua agradabilidade sem
abrir mão de suas próprias características "tânicas". Um vinho jovem, para ser bebido jovem (digamos dentro de 4-5 anos no máximo) que joga muito com uma frescura e
imediatismo aromático não muito procurado no passado.

Enquanto vimos Nebbiolo d'Alba como uma denominação "vaso de barro entre vasos de ferro", esmagado pela importância de Barolo e Barbaresco, parcialmente bloqueado por uma
especificação que o identifica como "um meio-termo" entre um vinho jovem e um para grande envelhecimento , com o desejo oculto, mas não muito de competir com os primos mais
nobres, mas com dificuldades objetivas de expansão e, de fato, com o sério risco de contratar em benefício do Langhe Nebbiolo.

Até à data, as duas denominações engarrafam quase o mesmo número de garrafas, digamos cerca de quatro milhões e meio e ambas estão a crescer mas há um facto que fala por si e
é que de Nebbiolo d'Alba alguém já "rebaixa" ( termo feio, mas dá a ideia) em Langhe Nebbiolo.

Na verdade, como Langhe Nebbiolo é a denominação clássica de outono (tem apenas 315 hectares registrados no DOC, o resto vem de outras denominações) é quase normal
“recorrer” a este vinho. No entanto, uma coisa é fazê-lo a partir de um vinho de uma denominação claramente vocacionada para o envelhecimento e que deve esperar alguns anos
antes de entrar no mercado, outra é fazer downgrade de um que também é visto como uma denominação para ser bebido jovem.

Se pensarmos um pouco O verdadeiro problema do Nebbiolo d'Alba é precisamente este, querer ser um vinho jovem e ao mesmo tempo um vinho para um bom envelhecimento: uma
dupla forma de se apresentar que certamente não o ajudará e provavelmente não está fazendo isso agora. Talvez fosse apropriado decidir por um caminho e segui-lo com convicção.

Pelo contrário, Langhe Nebbiolo é claramente apresentado por todos como um jovem Nebbiolo para ser bêbado jovem e esta singularidade de apresentação é talvez a melhor arma
para um posicionamento preciso no mercado.

Como você pode ver clicando nestes dois links, os resultados das degustações Langhe Nebbiolo e Nebbiolo d'Alba viram o primeiro prevalecer sobre o segundo por uma razão
simples: os vinhos Langhe Nebbiolo quase sempre (mesmo quando há estrutura considerável) um frescor e facilidade de beber que às vezes falta ao Nebbiolo d'Alba.
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20/09/22, 14:01 Degustação de Langhe Nebbiolo e Nebbiolo d'Alba: "o outro Nebbiolo" entre passado e futuro - WineSurf
Este último parece ser um vinho que "se leva um pouco a sério demais", enquanto Langhe Nebbiolo é um vinho mais desalinhado, "nebbiolescamente imediato", certamente mais
eclético graças aos 15% de outras uvas que podem torná-lo ainda mais agradável.

Vimos isso em todas as safras provadas e, falando em safras, nosso conselho é beber (principalmente o Langhe) bem jovem, digamos 3-4 anos no máximo.

Para fechar, um problema que vemos para ambas as denominações é o da sobreposição comercial: de fato, quais são as diferenças a serem reguladas entre os dois vinhos? a área de
produção, o método, os rendimentos, o envelhecimento? Do ponto de vista do consumidor existem duas denominações quase fotocopiadas (abaixo encontrará uma forma sintética
de as reconhecer) e esta confusão deverá de alguma forma ser esclarecida.

A ajuda do Consórcio Barolo, Barbaresco, Alba, Langhe e Dogliani, que agradecemos por ter coletado e enviado as amostras, foi muito clara e como sempre básica.

———————————————-

As diferenças substanciais

Basicamente, o Langhe Nebbiolo é uma denominação de "queda". Além de ser produzido em muito mais municípios do que Nebbiolo d'Alba, tem muito poucos hectares registrados
no DOC, pois quase todas as vinícolas que o produzem "rebaixam" Barolo, Barbaresco, Roero e Nebbiolo d'Alba. Assim, o Langhe Nebbiolo (que também pode conter 15% de outras
uvas) nasceu imediatamente como um "segundo vinho" de muitas vinícolas, como um produto a ser colocado no mercado com bastante rapidez, mas nascido de vinhedos de Barolo,
Barbaresco etc. tem, no entanto, "nascimentos importantes" para se gabar.

O Nebbiolo d'Alba, por outro lado, é um vinho de tipo comparável aos grandes tintos de Langa para envelhecimento, só pode ser produzido a partir de vinhas registradas no DOC e
em muito menos comum que o Langhe. Deve amadurecer pelo menos 12 meses (quase sempre em madeira) antes de entrar no mercado. Pode ser "rebaixado" (a especificação fala de
"escolha de colheita" e talvez seja mais agradável dizer isso) como os outros primos em Langhe Nebbiolo. Como Barolo e/ou Barbaresco não podem ser produzidos em vários
municípios do DOC, é visto por uma fatia de produtores como seu “importante Nebbiolo” enquanto por aqueles que produzem os outros dois é considerado um segundo ou terceiro
vinho.

CARLOS MACCHI (HTTPS://WWW.WINESURF.IT/AUTHOR/CARLOMACCHI/)


(https://www.winesurf.it/author/carlomacchi/) Entrei no campo (recém semeado) da comida e do vinho no ano da graça de 1987. Colaborei com os
mais importantes guias e revistas italianas do setor e, como não há limite para o pior, até com alguns
estrangeiros. Faço parte daquele grupo de italianos que não se sentem realizados se não escreveram
alguns livros ou criaram um novo guia de vinhos. Infelizmente fui mais longe, tendo estado entre os
criadores de um programa de televisão sobre vinho e comida que certamente se tornou a causa do
fracasso de uma conhecida rede nacional. Reconheço que entendo muito pouco de vinho, razão pela qual fiz cursos e mestrados nos quatro cantos do mundo incluindo o
de Master of Wine, naturalmente sem conseguir superá-lo. A Winesurf é, há mais de dez anos, o último recurso: depois disso só há Master Chef.

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