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Material Vegetal Vitícola

Diversidade genética na Família das Vitáceas

A Vitis Muscadinia é muito utilizada em melhoramento, pois tem alguma resistência a


doenças.
A videira tem um sistema radicular híbrido* mais uma parte aérea que foi enxertada.
 Berlandieri + riparia  Muito utilizadas em zonas húmidas/molhadas;
 Berlandieri + rupestres  Muito utilizadas em zonas secas;
Vitis vinífera de silvestris a sativa
A subespécie sativa foi mais o resultado da domesticação feita pelo homem do que uma
evolução por isolamento geográfico, mais precisamente a procura de frutos com mais
açúcar. Isto levou a drásticas mudanças ao nível do cacho, do bago, da semente e a
planta deixou de ser dioica para passar a ser hermafrodita.

Como a diversidade dentro do género Vitis é muito grande, tiveram de desenvolver


métodos de distinção que podem ser Ampelografia Descritiva, Ampelometria e
utilização Marcadores Moleculares.
Ampelografia é a ciência que estuda a morfologia da videira (características físicas) e
baseia-se na descrição de características fisiológicas da videira enquanto a
ampelometria baseia-se nas medidas dessas características.
O método de Galet é um método muito utilizado para distinguir castas. Baseia-se na
observação sistemática de:
 Características dos pâmpanos;
 Forma e contorno das folhas;
 Forma do seio peciolar;
 Forma dos cachos;
 Cor, tamanho, disposição e sabor das uvas;
Os métodos ampelográficos só funcionam para distinção entre castas, não funcionam
para distinção entre clones.
Uniformização das observações ampelográficas:
- Método UPO/OIV
São necessárias 15 plantas auto-enraizadas (ou enxertadas no caso de suscetíveis à
filoxera), terão de ser feitos 2 testes e sem limitações ao normal crescimento das plantas.
Todas as observações devem ser feitas em 10 plantas ou em partes de 10 plantas e as
observações do sarmento devem ser feitas no terço médio do mesmo. É também desta
zona que se recolhem as folhas para observação. Em relação ao cacho e ao bago,
também devem ser avaliados para as variedades não frutíferas.
 Coeficiente genofenotipico da casta Variabilidade de uma casta;
 Não se fazem clones de uma casta muito homogénea;
Marcador molecular é uma sequência de DNA que contem uma característica genotípica
de uma casta.
Microssatélites (SSR)
Esta técnica amplifica segmentos curtos de DNA não codificante, compostos por 1 a 4
nucleótidos, que se repetem ao longo do genoma. Por não serem codificantes, estes
segmentos apresentam nos géis, um alto grau de polimorfismo.
Serve para diferenciar um indivíduo heterozigótico de um homozigótico, o que torna os
marcadores codominantes.
Melhoramento do Material Vegetal Vitícola
O objetivo é obter variedades bem-adaptadas às diferentes condições edáfo-climáticas e
com maiores e melhores produções.

No caso da videira, estes conceitos mudam quando se pensa em:


 Uva para vinho
 Uva de mesa e uva passa
 Porta-enxertos
As duas variantes do melhoramento atual são o Melhoramento Clássico (Seleção clonal,
Hibridação e Mutagénese) e Apoios da Biotecnologia (Cultura de meristemas,
Melhoramento Assistido por Marcadores, Engenharia Genética e Cultura in vitro
de embriões imaturos).
Seleção Clonal
Seleção clonal da videira é a seleção de uma determinada característica, dentro de uma
determinada casta. Isto vai originar um clone dessa casta.
Esta seleção tinha 2 objetivos:
 Plantas mais produtivas;
 Não existir contaminação de urticário (nó curto) e enrolamento;
Estes 2 vírus causam o aumento da acidez dos mostos e reduzem a produtividade. As
soluções para combatê-los são:
 Termoterapia (urticário);
 Cultura de meristemas in vitro (enrolamento);
Neste momento a seleção clonal é feita para aumentar a qualidade dos mostos/vinhos e
não para aumentar a quantidade das uvas.

No final, devíamos chegar a vários clones com várias características.


Antes da seleção clonal, tem de se fazer seleção massal. Isto é, tem de se selecionar
diferentes plantas (mas da mesma casta) em diferentes condições ambientais e de
tratamento.
Seleção massal aleatória – O selecionador admite que o ambiente não é um fator com
muita influência, então faz uma seleção aleatória.
Para se registar uma vinha em Portugal é preciso que obedeça ao DHE (Distinção,
Homogeneidade, Estabilidade) e as observações têm de durar 4 anos.
Para registar um clone:
 DHE (Distinção, Homogeneidade, Estabilidade) (4 anos de observação);
 VAU (Valor Agronómico Útil) (3 repetições em lugares distintos)
 [Para produção de vinho a partir de um clone] Autorização do IVV;
 Ter de entrar no catálogo de clones, caso contrário não é permitida a sua
utilização para vinho;
OIV (Organização mundial da viticultura) tem certa de 50 características que têm que
ser descritas para descrever corretamente uma casta:
 Observação dos estados enológicos;
 Estudo do pâmpano;
 Folha adulta;
 Estudo do cajo;
 Estudo do bago e da grainha;
 Estudo da planta;
 …
Há sempre uma casta de referência para cada descritor. Como os descritores são
subjetivos, então utilizam-se marcadores moleculares para deixar a descrição mais clara
e objetiva.
 Um marcador só é bom se for polimorfo;
 Os marcadores vão ligar-se à parte de DNA não codificante de nenhuma
característica física da videira. São essas sequências não codificantes, que se
repetem várias vezes e que são grande parte da variabilidade genética;
Para se poder obter toda a informação necessária para registar um clone, o tempo
mínimo de trabalho no campo é de 10 anos.
Há 4 tipos de materiais:
 Pré-base;
Só comercializado pelo detentor da planta
 Base;
 Certificado;
 Standart;
Há 50 anos atrás, não havia castas nacionais certificadas.
O que foi recentemente decretado é que só se comercializa material policlonal, isto é,
que tenha na sua composição material de 7 clones distintos. Isto permite manter uma
grande diversidade genética, mas o agricultor perde a opção de escolha em relação às
castas.
(Quando pensamos em pequenas nuances (por exemplo, Fernão Pires com porte ereto),
é muito difícil encontrar 7 indivíduos com estas características. Não posso só ficar pelo
policlonal, terei de continuar a seleção e chegar a um só clone).
Hibridação
É utilizada na procura de porta-enxertos resistentes à phylloxera e na produção de uva
de mesa sem grainha (cultura de embriões imaturos).
Para a produção de vinho, a hibridação tem muito pouca importância. Como o mercado
é muito tradicionalista, agarrada à casta e menos à região, introduzir uma nova casta
pode ser um problema. E desde muito cedo, híbridos produtores diretos, que se faz uma
associação negativa aos híbridos, nomeadamente que produzem vinho de má qualidade.
Só os australianos é que têm investido nos estudos de porta-enxertos, por hibridação. Na
Europa, os porta-enxertos são os mesmos de há 100 anos.
Pela sua grande heterogosidade, o cruzamento entre castas apirenes, irá sempre dar um
novo individuo. Por isso, todos os anos aparecem novos híbridos de castas sem grainha.
A cultura de meristemas, uma técnica biotecnológica, é muito utilizada na hibridação
para a limpeza de vírus, permitindo ter plantas completamente sãs, livres de vírus.
Retro híbridos é a designação dada aos híbridos que surgiram da hibridação de
híbridos de primeira linha, com os próprios progenitores.
Os híbridos produtores diretos foram banidos, mas voltaram a ser permitidos para
produção de vinho de mesa e vinho regional.
 Voltaram atrás por causa dos fitofármacos (a UE prometeu reduzir os efeitos dos
mesmos);
 A vinha corresponde a 75% de fungicidas na Europa;
 E porque os híbridos atuais são de grande qualidade;
Uma vinha de semente, demora 5 anos a dar o primeiro cajo.
Na semente híbrida, é preciso ver 2 coisas:
 Resistência ao míldio e oídio;
 Tem de ter qualidade;
Metodologia de hibridação
1º Selecionar o progenitor masculino e feminino;
2º Recolha de pólen do progenitor masculino. Retirar os cachos, deixar secar e
retirar o pólen;
3º Castrar as flores. Com uma pinça, retirar as anteras antes da floração, para
impedir a autopolinização. Proteger com um saco e esperar alguns dias para
polinizar;
4º Esperar 24/48/72h (dependendo do clima) e pincelar as flores castradas com o
pólen que se colocou a secar. Voltar a proteger com o saco para impedir entrada
de pólen exterior. A intenção é que todos os bagos sejam provenientes do pólen
que se selecionou;
5º Isolamento das sementes. 7 dias depois de se retirar o saco, espera-se pelo
desenvolvimento dos cachos. (Rondo e Regent, da Alemanha, têm 2 loci de
resistência ao míldio e oídio);
6º Desinfeção e escarificação com H2SO4 (1N), para amolecer a parte externa da
semente e estratificação a 4°C, com a intenção de quebrar a dormência do
embrião para ser mais fácil de germinar;
7º Estratificação durante 3 a 4 meses, com recurso a areias húmidas e finas.
 Depois de se germinarem as sementes e de se obterem as plantas, recorre-se a
marcadores moleculares e confirma-se se as plantas são realmente híbridos.
Híbridos para regiões tropicais
Com o aumento da temperatura, a maturação das uvas ocorrerá cada vez mais
precocemente. Em Portugal, não há alternativas as castas atuais, enquanto os franceses
podem sempre adotar as castas portuguesas por estarem habituadas a climas mais
quentes.
Tentou-se hibridar para se obter resistência ao míldio e ao oídio, tal como aconteceu
com a phylloxera, mas não resultou.
A casta alemã Regent já está registada no catálogo de variedades alemãs, como sendo
vinífera. É atualmente umas das 5 castas mais plantadas na Alemanha.
Os possíveis Apoios da Biotecnologia
A micropropagação in vitro tem interesse na multiplicação de plantas, nomeadamente
para limpeza sanitária e clonagem das mesmas. Também tem interesse porque permite
um aumento da variabilidade por variação somaclonal.
 Limpeza sanitária
Utiliza-se a cultura in vitro de ápices meristemáticos. Os ápices meristemáticos
podem estar livres de vírus porque, os vírus difundem-se na planta pelo sistema
vascular, que não se encontra desenvolvido dos ápices meristemáticos. Os
processos de mitoses e duplicação de cromossomas vão competir com a
replicação dos vírus. Os elevados teores de auxinas inibem a difusão dos vírus.
 Clonagem
Taxa de multiplicação in vitro por rebentamento axilar. Permite atingir um fator
de multiplicação de 4, que faz com que em 12 meses, seja possível ter 4 500 000
plantas.
 Transformação Genética (OGM)
Etapas para inserir um gene de resistência numa planta
1. Identificar o gene;
2. Perceber onde está esse gene;
3. Isolar esse gene do sítio onde está;
4. Primers específicos para esse gene (5’ e 3’);
5. PCR com os Primers para obtenção de gel com cópias do gene;
6. Clonar o gene com recurso a bactérias (E. coli);
7. Tirar o gene da E. coli e inseri-lo no DNA
 Biolistica – pegar no gene colocá-lo em metais e transferi-lo
através de um disparo de ar comprimido;
 Agrobacterium – bactérias do solo que infetam as
dicotiledóneas (tumor nas raízes);
É o que as bactérias transferem para as
plantas.

 Substitui-se os oncogenes pelo gene


de interesse, que está na E. coli;
 Não é só um gene, é uma cassete de
expressão

Depois recorre-se a marcadores moleculares para confirmar a integração


do gene selecionado, na planta.
A legislação não permite OGM’s em videiras.
 Cultura in vitro de embriões imaturos
Esta técnica possibilita a utilização de dois progenitores sem grainha nos
cruzamentos. Na realidade as castas denominadas sem grainha têm uma pequena
semente, que acaba por abortar durante o processo de maturação do bago. O
rudimento de semente que resta, acaba por ser tão pequeno que não é detetado
pela língua.
O objetivo desta técnica é retirar esses embriões das grainhas rudimentares,
evoluí-los, amadurecê-los germiná-los e dar origem a uma nova planta.
 Marcadores moleculares – utilizados para saber se a descendência é mesmo
híbrida ou não. Também serve para distinguir sinonímias e homonímias e
também para perceber se ocorreu a incorporação, ou não, de alelos de
resistência.
Melhoramento da videira para resistência ao míldio e oídio
A solução para combater os 2 fungos (míldio e oídio) que surgiram no século XIX é
recorrer a agroquímicos, cobre e enxofre, respetivamente.
Tentou-se mitigar este problema, utilizando a hibridação, tal como sucedeu com a
filoxera. A intenção seria ter híbridos com resistência aos 3 principais problemas na
altura, filoxera, míldio e oídio, mas não correu bem.
Os primeiros híbridos americanos eram a “Isabella” (vinífera x labrusca), “Concord”
(labrusca x labrusca), “Noah” e “Clinton” (labrusca v riparia). Depois surgiram os
híbridos produtores diretos de 1ª geração, provenientes do cruzamento de vinífera com
os híbridos americano (Aurore, Chelois e Chancellor). Utilizaram estes híbridos,
voltaram a cruzá-los com vinífera e obtiveram os híbridos produtores diretos de 2ª
geração (Villard blanc, Villard noir, Seyval blanc e Chamboursin).

Melhorar a Qualidade dos Híbridos


Como a Vitis vinífera tinha muita qualidade, mas pouca resistência, e as Vitis
resistentes tinham alta resistência e má qualidade, continuou-se a efetuar
retrocruzamentos com V. vinífera, para se obter boa qualidade e alta resistência.
As grandes limitações eram a heterozigocidade, que originava sempre um novo
individuo sem guardar as características dos progenitores, a Depressão por
consanguinidade, que impede os cruzamentos de se efetuarem com os progenitores,
sendo sempre necessário utilizar castas novas e a Juvenilidade.
Híbridos de Alain Bouquet
Alain Bouquet continuou sempre o seu trabalho no melhoramento de videiras com
recurso a hibridação.
Durante anos, fez retrocruzamentos atrás de retrocruzamentos para que obtivesse
videiras com resistência ao míldio e ao oídio e que mantivessem quase 100% do
genoma vinífera.
Problemas no vinho de híbridos
 Metanol
o Híbridos: 197mg/L
o Vinífera: 111mg/L
o OIV: Tintos até 400mg/L, Brancos até 250mg/L
 Aroma “Foxy”
o Presença de compostos como o antranilato de metilo, significativamente
presentes em Labruscas, mas inexistentes noutras espécies como a
Muscadinia rotundifólia e V. riparia.
 Efeito da cor e baixos níveis de taninos
o Forte intensidade de cor e baixo nível de taninos;
o Antocianinas: Híbridos – até 1200mg/L
Vinífera – até 400mg/L
o Híbridos – presença de mavidina: 3-5-diglucosido, composto que dá a
tonalidade azul;
o Taninos: Híbridos – até 200mg/L
Vinífera – até 600mg/L
 Só em 1999 é que a EU proíbe definitivamente os híbridos. As consequências de
tal decisão são que as vinhas da europa:
 Representam aproximadamente 8% da superfície agrícola;
 65% dos fungicidas utilizados, cerca de 95 000t
 76% (72 200t) são para tratamento de míldio e oídio
Loci de resistência em Vitis
A Muscadinia rotundifólia tem apenas um locus de resistência (mas contem 2 alelos, um
de resistência ao míldio e outro de resistência ao oídio).
O híbrido NC6-15, tinha 2 loci de resistência, 1 ao míldio e 1 ao oídio e estavam no
mesmo cromossoma e no mesmo grupo de ligamento. Ou seja, quando se passava um,
passava-se obrigatoriamente o outro. Esta era a grande vantagem deste híbrido.
 Locus – porção de DNA que contém um ou mais genes, que conferem uma
determinada característica.
 Poligénicas – vários genes conferem uma característica quantitativa (ex. altura e
peso);
 Monogénicas – um só gene conferem uma característica qualitativa (ex. cor dos
olhos);
Até 2018, foram descobertos 12 loci de resistência ao oídio e 28 para o míldio
(atualmente descobriram-se mais 3).
Nos dias de hoje, temos plena noção de onde vem a resistência. Apesar de não sabermos
qual ou quais os genes que conferem essa resistência, sabemos qual é o locus (ou loci)
que confere(m) essa resistência. Só no caso da Muscadinia rotundifólia é que sabemos
exatamente quantos e quais genes é que conferem a resistência para o míldio e oídio.
※ O locus pode conferir 4 tipos de resistência:
o Total;
o Parcial;
o Parcial baixa;
o Parcial alta;

Os genes da Muscadinia rotundifólia que dão a resistência ao míldio e oídio são o Rpv1
e o Run1, respetivamente.
Como a resistência de um só locus pode ser quebrada, o que se pretende é obter mais
locus de resistência numa só planta.
Piramidação de genes
Híbridos com vários loci de resistência, que seriam identificados por marcadores
moleculares, logo na fase inicial.
 Tornar os loci homozigóticos, não seria necessário analisar a descendência,
porque já se sabia que iriam incorporar os loci de resistência
 Através de autopolinizações;
 Depressão por consanguinidade – perda de vigor, mas pode ser
“contrariada” pelo cruzamento de 2 híbridos de linhas puras
AA + BB + CC x aa + bb + cc  Aa + Bb + Cc (vigor híbrido)
O mercado é muito ligado às castas (monovarietais), ao contrário de Portugal, que é um
outsider e prefere vinho de lote (várias castas num só vinho).
Conferir resistência às castas atuais
Pode-se transferir os genes da Muscadinia rotundifólia para outras castas ou recorre-se a
silenciamento de genes.

Limitações
Híbridos
Ainda há muita desconfiança sobre a qualidade dos híbridos, por ligação com a má
qualidade dos primeiros híbridos produtores diretos.
Há medo de se perder o conceito de tipicidade regional.
A pouca disponibilidade de híbridos com qualidade e o tempo necessário para se
obterem também criam algumas preocupações.
Transferência direta seletiva ou silenciamento de genes
Como o mercado é muito tradicionalista, não aceita bem estas inovações e a legislação
também é muito restritiva/impeditiva.
O número de castas onde a regeneração por embriogénese somática/protoplastos já foi
conseguida com sucesso, é muito limitado.
Os marcadores genéticos flanqueiam o loci de resistência, mas não estão identificadas a
maioria das sequências genéticas, bem como o seu funcionamento.
Por fim, podem ocorrer problemas no emparelhamento dos cromossomas e surgir
consequências negativas provenientes do silenciamento.
(Atualmente, a maior preocupação dos agricultores é as doenças do lenho. São um
conjunto de doenças originadas por vários fungos e têm como consequência a redução
do vigor e da produção. Infelizmente, esta propagação inicia-se logo nos viveiros).
Propagação da vinha
 Enxertia – quando se procura determinadas características do porta-enxerto
(resistência à filoxera, tipos de solos) e faz-se o enraizamento do porta-enxerto;
Antigamente a enxertia era feita no campo, pelo produtor. Agora é feita nos
viveiros.
 Mergulhia – Deixar uma vara longa de uma videira, espetada no solo, para
formar raízes;
 Semente – Muito utilizada no melhoramento clássico;
 Estacaria – utiliza-se mais quando não há filoxera e serve para propagação de
porta-enxertos;
Produção de bacelos
 Os campos de pés-mãe de porta-enxertos podem ser feitos de duas formas:
o Livre;
o Tutorado;

(Em zonas húmidas, esta produção é feita ao alto)

 Recolha e preparação de estacas:


o Depois da queda da folha, outubro/novembro, recolhem-se as varas;
 Viveiros:
o Preparação do solo;
o Plantação (feita na primavera);
o Manutenção e arranque;
Os viveiros são mais fáceis de produzir em zonas arenosas, daí ser muito difícil produzir
viveiros no Alentejo.
As plantas nunca vão para o campo antes de abril, pois a possibilidade de geadas é
muito elevada, antes dessa altura. As geadas queimam completamente a planta.
As plantas só ficam no campo 1 ano, são plantadas na primavera e recolhidas no inverno
do mesmo ano.
 As varas dos pés-mãe chegam com 5/6m de comprimento, depois são colocadas
numa máquina para limpar a vara (retirar as gavinhas). Depois são parceladas e
cegadas (retiram-se os gomos para impedir o seu abrolhamento). Por fim, são
colocadas numa camara de estratificação até à enxertia.
 Os campos de pés-mãe de garfo são “vinhas normais”
 O material dos bacelos tem de ser material base, para poderem dar
origem a porta-enxertos certificados;
 A base da vara, até ser possível, é utilizada para vinha de mesa. Quando não são
boas o suficiente, passam a ser comercializadas como material de segunda
categoria.
A plantação de máquina só se faz com 1 gomo.
Enxertia
A enxertia é feita nas máquinas ómega. Estas máquinas fazem 2 cortes em formato de
ómega (Ω), mas invertidos, para que possam encaixar um no outro. Os cortes são feitos
mais à ponta, para que os câmbios (tecido meristemático do caule) possam estar em
contacto um com o outro.
Depois da enxertia, ou ata-se com fita de enxertia/rafia, ou então mergulha-se em
parafina líquida.
De seguida colocam-se numa camara de estratificação, durante 15 a 25 dias a 25-30°C.
O objetivo desta estratificação é criar tecido vegetativo na zona da enxertia, unindo o
porta-enxerto e o enxerto como se de uma soldadura se tratasse.
No viveiro, aplicam-se inseticidas e fungicidas para permitir que as plantas estejam em
bom estado sanitário.
As plantas são parafinadas 3x, depois da enxertia, antes de irem para o campo e antes de
serem expedidas. Só a parafina depois da enxertia é que contém fungicidas do lenho.

Produção de plantas com raiz protegida


 Retancha: é a compensação de falhas na vinha (2-3% de plantas não pega)
Reconversão
Utiliza-se a enxertia de borbulha ou de gomo destacado.
 É a alteração de castas tintas em castas brancas e vice-versa;
 É realizada em junho ou início de julho;
Porta enxertos
Ninguém liga ao porta-enxerto, deixou de ser um fator a ter em conta. Agora cada um
utiliza um ou dois porta-enxertos mais adaptados à sua região.
Nesta zona, utilizam-se porta-enxertos com base de rupestris, resistentes à seca. Esta
ideia fazia sentido antes da inserção da rega, agora já nem tanto.
 É difícil estudar os porta-enxertos, porque há muitos fatores que condicionam a
sua influência.
Critérios a ter em conta na escolha do porta-enxerto
1º Resistência à filoxero;
2º Vigor induzido;
3º Resistência a nemátodos;
4º Outros aspetos
a. Resistência à seca;
b. pH;
c. Salinidade;
d. Excesso de água;
e. Tolerância ao calcário;
Algumas espécies na criação de porta-enxertos
Vitis riparia
Tem uma maior distribuição na América do Norte. Riparia significa ribeira, por ser
muito comum nestas zonas. Esta proximidade à água, leva-a a não necessitar de um
sistema radicular muito profundo. Apresenta resistência à filoxera e pode ser utilizada
diretamente como porta-enxerto, sendo a riparia gloire um exemplo de porta-enxerto.
Vitis rupestris
Encontra-se mais na zona central/sul dos EUA. Tem a aparência de um arbusto, tem um
sistema radicular profundo, é resistente à filoxera e também pode ser utilizada
diretamente como porta-enxerto (Rupestris St. George ou Rupestris du Lot).
Vitis berlandieri
Encontra-se no Texas, EUA. É uma espécie tolerante a solos calcários e também tem
resistência à filoxera. Mas por ser de difícil enraizamento por estacaria, não pode ser
utilizada diretamente como porta-enxerto. Os melhoradores, recorreram à hibridação
(Vitis berlandieri x Vitis rupestris e/ou Vitis Berlandieri x Vitis riparia) para obterem
porta-enxertos com adaptabilidade a solos calcários e que fossem fáceis de propagar.
Estes híbridos são os mais importantes da viticultura atual.
Outras espécies americanas
 Vitis cordifilia – Bastante adaptada a locais húmidos e mal-adaptada a solos com
pH elevado.
 V. montícola – Bem-adaptada à seca e a solos calcários.
 Vitis labrusca – muito associada aos aromas foxy
 Vitis x champini (mustangensis x rupestres) – resistente a nemátodos, por isso
muito utilizada em porta-enxertos (Dog Ridge e Ramsey). É resistente à seca e a
solos pobres. Em solos férteis e irrigados, ganha um vigor excessivo.
 Vitis rotundifólia (muscadine grape) – espécie americana, é resistente ao míldio,
oídio e a nemátodos. Adaptada a zonas quentes e húmidas, não tolera o calcário
e é de difícil enraizamento. O porta-enxerto O39-16 é o híbrido mais importante
da rotundifólia neste momento, sendo recomendado para zonas infestadas com
nemátodos, particularmente Xiphinema index.
Genealogia de alguns dos atuais porta-enxertos

Híbridos V. riparia x V. rupestris


Porta-enxertos 3309C, 101-14 Mgt, Schwarzmann e 3306C. Tal como os progenitores,
são de fácil enraizamento e compatíveis com V. vinífera. São resistentes à filoxera, mas
sensíveis a nemátodos. Apesar de terem um sistema radicular profundante, são pouco
resistentes à seca e também são pouco resistentes a elevados níveis de calcário.
Híbridos V. berlandieri x V. riparia
São resistentes tanto à filoxera como ao calcário. Têm boa afinidade com a vinífera, mas
têm um vigor de fraco a moderado. Melhor adaptabilidade a solos com água, mas
apresentam alguma resistência à seca. Também estão adaptados a climas frios, onde
devido ao curto e baixo vigor, tendem a antecipar a maturação. Os porta-enxertos mais
importantes são 420A, SO4, Kober 5BB e 125AA.
Híbridos V. berlandieri x V. rupestris
Os porta-enxertos são geralmente vigorosos, bem-adaptados à seca e a regiões quentes,
têm resistência à filoxera bem como tolerância a solos calcários. O seu ciclo vegetativo
é mais longo do que os cruzamentos de berlandieri x riparia e riparia x rupestris, estando
assim menos adaptados a zonas de dias curtos e frios. Alguns exemplos de porta-
enxertos podem ser, 110 R, 99 R, 140 Ru e 1103 P.
Considerações finais sobre a escolha do porta-enxerto
O utilizador deve ter sempre em conta as condições em que um dado porta-enxerto foi
selecionado e as razões por que foi escolhido. Quando se pensar em escolher um porta-
enxerto, pensar sempre em porta-enxertos selecionados ou testados nas condições mais
próximas às do nosso local.
Interação porta-enxerto/enxerto
A forma como o porta-enxerto interage com o enxerto ainda não é muito clara. A
principal alteração após a enxertia é a substituição do sistema radicular. A anatomia e
morfologia das raízes assim como o seu desenvolvimento e distribuição será diferente
para os vários porta-enxertos e esta alteração tem influência na capacidade de absorção
de água e sais minerais, o que afeta a parte aérea e modifica a fisiologia da videira.
É difícil estabelecer procedimentos experimentais que permitam de forma efetiva
distinguir o impacto do porta-enxerto no comportamento do enxerto.
Os trabalhos que foram e/ou estão a ser desenvolvimentos são ao nível de:
 Efeitos na nutrição mineral
 Efeitos no abrolhamento e na quebra de dormência
 Efeitos no vigor e na produção
 Efeitos na fotossíntese produção e distribuição dos hidratos de carbono
 Efeitos na qualidade da uva e do vinho

Conclusões que se podem tirar:


 A seleção de porta-enxertos, principalmente se destinados a novos ambientes,
deve ser feita com muito cuidado.
 É necessária mais investigação no estudo da interação casta/porta-enxerto,
porque o que se sabe é muito superficial.

Castas
As castas tiveram uma evolução histórica determinante para a viticultura, desde a
dispersão por toda a europa, à diferenciação dos próprios vinhos, passando pela
adaptação aos problemas sanitários (provocados pela filoxera, míldio e oídio) e
melhoramento (produção de híbridos).
Características das castas
Nomenclatura (mononímias e sinonímias), ampelográficas (baseadas nos aspetos
morfológicos), genéticas e moleculares (distinção feita pelos marcadores moleculares).
As características agronómicas baseiam-se na fenologia, no potencial vegetativo, na
produtividade, no estado sanitário, na sensibilidade a doenças e pragas e à adaptação ao
clima. Em termos enológicos, é o açúcar, a acidez, a cor, os compostos polifenóis, os
compostos aromáticos e o teor em taninos.

Castas e produto final


A comunicação que se faz sobre o vinho é que o produto vitícola = variedade.
Mas o que realmente acontece é que o produto vitícola é bem mais complexo do que
isso. O produto vitícola é igual à variedade + solo e clima + interação variedade c/
solo e clima + agronomia + interação de variedade com agronomia, …
Restrições das Denominações de Origem
Denominação de origem
“denominação de uma região ou localidade que serve para designar um produto que
dele é originário, e cuja qualidade e características são devidas essencialmente ou
exclusivamente ao meio geográfico (fatores naturais e humanos)”
Para cada região demarcada, há uma lista de castas recomendadas e autorizadas.
A casta é o fator de produção mais relevante para a especificidade e diferenciação de
uma Denominação. A especificidade da Denominação de Origem, depende da
especificidade da casta e de outros maneios. A especificidade deverá ser marcante,
certificável e identificável pelo consumidor.
Região Demarcada do Vinho Verde
Recomendadas - Tintas: Azal-tinto, Borraçal, Brancelho, Espadeiro, Padeiro-de-Basto,
Pedral, Rabo-de-Ovelha, Vinhão
Brancas: Alvarinho, Azal-branco, Avesso, Batoca, Loureiro, Pedrenã, Trajadura.
Região Demarcada da Bairrada
Brancas: Maria Gomes (Fernão Pires), Bical, Arinto, Chardonnay, Sauvignon, Rabo de
Ovelha…
Tintas: Baga (>50%), Castelão, Trincadeira, Alfrocheiro, Aragonez (Tinta Roriz),
Carbernet Sauvignon…
Região Demarcada do Dão
Recomendadas: Brancas: Barcelo, Bical, Cercial, Encruzado, Malvasia Fina, Rabo-
de-Ovelha, Terrantez, Uva-Cão, Verdelho.
Tintas: Alfrocheiro, Alvarelhão, Aragonez, Bastardo, Jaen, Rufete, Tinto-Cão,
Touriga-Nacional, Trincadeira.
Região Demarcada do Douro
Brancas: Pedernã, Rabigato, Tamarez, Arinto, Gouveio, Cercial…
Tintas: Aragonez, Tinta-Barroca, Tinta-Carvalha, Touriga-Franca, Touriga-Nacional,
Trincadeira, Tinto-Cão, Alicante-Bouschet…
Região Demarcada da Beira Interior
Brancas: Malvasia Fina, Síria, Tamarez, Bical, Arinto (Pedernã), Rabo de Ovelha…
Tintas: Aragonez, Touriga Nacional, Alfrocheiro, Tinta Carvalha…
Região Demarcada do Ribatejo
Brancas: Arinto, Fernão Pires, Verdelho, Rabo de Ovelha, Síria, Sauvignon…
Tintas: Aragonez, Baga, Castelão, Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinto Cão…
Região Demarcada do Alentejo
Brancas: Antão Vaz, Arinto, Rabo de Ovelha, Fernão Pires, Chardonnay, Síria…
Tintas: Aragonez, Castelão, Trincadeira, Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon…

Região Demarcada de Palmela


Brancas: Arinto, Fernão Pires, Moscatel Galego Branco, Moscatel Graúdo, Moscatel
Galego Roxo, Rabo de Ovelha…
Tintas: Castelão (com um mínimo de 67%), Alfrocheiro, Cabernet Sauvignon,
Trincadeira…
Regiões Demarcadas Francesas
Borgonha: Pinot Noir; Chardonnay Beaujolais: Gamay
Chablis: Chardonnay Côtes du Rhone: Grenache, Syrah
Alsace: Riesling, Sylvaner, Gewurztraminer
Champagne: Chardonnay, Meunier, Pinot
Bordeaux: Cabernet Franc, C. Sauvignon, Merlot, Petit Verdot

Regiões Demarcadas Espanholas


Em Espanha há 7 regiões demarcadas sendo elas Rioja, Mancha, Ribera del Duero,
Jerez, Penedez, Rias Baixas e Priorato.
O que diferencia uma Denominação?
São 3 coisas que diferenciam as diferentes Denominações e são elas as condições do
meio, quer em termos de solo, quer em termos climáticos, a condução da vinha (que é
manuseada de forma particular em cada região) e um grupo de castas definidas e
características dessas regiões.
Certezas de hoje…
A casta ajuda à diferenciação do produto, apesar do consumidor ainda não conseguir
identificar com facilidade as diferentes castas. A eficiência da produção implicada
escala e ter bons equipamentos tecnológicos. No entanto, a marca Denominação de
Origem está a perder valor.
Há também um maior conhecimento agronómico e enológico sobre as castas e também
sobre a interação da casta com o ambiente onde está inserida. Há também a certeza de
que as castas irão circular pelo mundo e não ficarão restritas a uma determinada zona ou
país.
Características de algumas castas
Alvarinho
Abrolhamento médio
Ciclo precoce
vigor elevado
Fertilidade fraca a média
(bagos)
Sensível seca
Cacho muito pequeno
Produção media
Acidez elevada
Cor intensa
Boa estrutura
Aroma intenso e complexo
Bom envelhecimento
Síria (Roupeiro)
Casta com vários sinónimos no país; Malvasia grossa,
codega, crato branco, etc.
Abrolhamento e Floração media, maturação tardia.
Produção irregular e fraca fertilidade nos gomos da base.
Vigor elevado e media sensibilidade ao míldio e oídio.
Potencial enológico para vinhos jovens, perde aroma com
o tempo. Interessante em vinhos de lote com outras castas.

Antão Vaz

Abrolhamento médio
Ciclo médio a longo
vigor elevado
Fertilidade elevada (bagos) Gouveio
Sensível excesso água solo
Cacho grande medio
Abrolhamento
Produção
Ciclo mediomuito elevada
Acidez media
Vigor medio a elevado
Cor clara em bagos baixa
Fertilidade
Boa
Cachoestrutura
e bagos pequenos
Aroma suave
Pelicula e fino
espessa
Bom envelhecimento
Acidez elevada
Açucares elevados
Boa estrutura nos vinhos
Bom aroma
Cor mediana
Bom envelhecimento
Encruzado
Abrolhamento médio
Ciclo precoce
Vigor elevado
Fertilidade elevada
Cacho e bago médios
Acidez media
Bom açúcar
Mosto sensível oxidação
Cor intensa
Aroma medio e diferente
Complexidade e elegância
Bom envelhecimento

Arinto

Abrolhamento tardio
Ciclo longo
Bom vigor
Baixa fertilidade
Cacho grande
Abrolhamento
Bago pequenoprecoce
Ciclo
Elevadacurto
acidez
Vigor medio a elevado
Bom nível açucares
Fertilidade elevada
Sensível cigarrinha
Sensível seca
Cor pouco intensa vinho
Cacho e bagoaromática
Intensidade médios baixa
Acidez
Boa estrutura a fraca
media
Nível açúcar elevado
Bom envelhecimento
Cor mediana
Aroma intenso característico
Melhor em zonas frescas
Baixa capacidade envelhecimento

Fernão Pires

Castelão (Periquita)
Abrolhamento muito precoce
Ciclo muito longo
Vigor médio a baixo
Rebentação múltipla elevada
Fertilidade media
Sensível desavinho
Produção elevada
Boa resistência fungos
Acidez media
Bom açúcar
Cor e polifenóis bons
Aragonez
Abrolhamento medio
Ciclo precoce a medio
Vigorosa
Fertilidade elevada
Cacho medio
Bago medio
Sensíveis doenças do lenho
Baixa acidez,
Bom nível de açúcar
Cor e polifenóis baixos para boa produção
Boa intensidade aromática
Bom envelhecimento

Touriga Nacional
Abrolhamento precoce
Ciclo medio
Vigor medio a fraco
Fertilidade media
Condução copa difícil
Cacho e bagos pequenos
Acidez media a elevada
Bom nível açucares
Antocianas e polifenóis elevados
Aroma intenso e característico

Touriga Franca
Abrolhamento precoce
Ciclo tardio
Vigor medio a elevado
Fertilidade media
Cacho medio a grande
Bago medio e firme
Media acidez
Açucares medianos sensível produção
Elevado nível antocianas e polifenóis
Sensível oxidação
Alfrocheiro
Baga
Abrolhamento medio
Ciclo longo
Maturação tardia
Vigor medio
Fertilidade elevada
Acidez boa
Açucares medio com elevada
produção
Antocianas muito elevadas
Taninos agrestes
Precisa controlo apetado produção
Abrolhamento médio
Trincadeira
Ciclo e maturação médios
Vigor elevado
Fertilidade baixa
Cachos grandes e bagos médios a
grandes
Sensível
Origem de oídio e podridão
Espanha (Mencia).
Exige solos secos
Muito importante
Bom nível acidez enoaçucares
Dão
Antocianas
Abrolhamento medianas
e maturação media.
e taninos muito expressivos
Vigor
Aromamedio-baixo
herbáceo e vegetal
Muito bom envelhecimento
Fertilidade elevada nos gomos da base. Boa
produtividade. Muito sensível ao míldio.
Vinho com baixa acidez, sem grande interesse
para vinho monovarietal.
Aroma intenso e delicado.

Jaen

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