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Batata doce

A batata-doce é uma planta alógama com mecanismos de autoincompatibilidade de


cruzamento. Suas sementes são duras (não absorvem água) e não apresentam
dormência, caracterizando-se como sementes ortodoxas. É necessário saber o tipo
de reprodução, pois ambos os processos apresentam divergências em relação de
conservação e melhoramento genético. Nas alógamas, as plantas não difundem seus
genótipos para a geração seguinte como acontece em espécies autógamas, mas sim
os seus alelos. Por conseguinte, a cada geração terão novos indivíduos que
apresentarão constituição alélica diferentes dos seus pais. Nas alógamas, o que tem
maior relevância não é a constituição genética do indivíduo (genótipo), mas sim o
conjunto. O melhoramento de autógamas ocupa-se com a obtenção de linhas puras
superiores (indivíduos superiores) enquanto o melhoramento de alógamas trabalha
com o melhoramento de populações. É importante saber o tipo de semente, pois cada
tipo de semente necessita de um cuidado distinto, tanto no melhoramento genético
como na forma de conservação.

- Citar os principais bancos de germoplasma no Brasil e no mundo, indicando


localização, número de acessos, principais atividades do banco e outras informações
que julgar importante;

Alguns dos Bancos de germoplasma encontrados no Brasil: Banco de Germoplasma de


Batata-Doce da Universidade Estadual do Centro-Oeste/UNICENTRO em Guarapuava,
PR, Banco de germoplasma de batata-doce da Universidade Federal dos Vales do
Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Diamantina-MG, Banco ativo de germoplasma da
Universidade Federal de Sergipe. Por fim o principal banco de germoplasma de batata
doce no Brasil, o Banco Ativo de Germoplama de Batata-doce (BAG) mantido na
Embrapa Hortaliças, localizado em Brasília-DF, apresenta 829 acessos e representam
a diversidade genética das variedades locais com razoável aceitação pelos
agricultores, mercados e consumidores. As principais atividades do Banco de
Germoplasma são coleta, preservação, caracterização, documentação, avaliação e
intercâmbio. Os acessos deste BAG são oriundos, na maior parte, de coletas
realizadas em diferentes regiões do país e por meio de intercâmbio com o Centro
Internacional de la Papa (CIP). As batatas-doces são plantas alógamas com
mecanismos de autoincompatibilidade, assim os acessos são retidos in vivo em cultivo
protegido. Cada acesso é representado por clones cultivados em dois vasos. A
caracterização é feita a partir de 33 descritores para características morfológicas,
agronômicas e culinárias. A caracterização final dos acessos torna possível a
realização de estudos para identificação de duplicatas e diminuição dos custos de
manutenção deste BAG. A variabilidade genética neste BAG tornou possível a seleção
de clones superiores, possibilitando a seleção de clones e o lançamento de cinco
cultivares de batata-doce: Brazlândia Roxa, Brazlândia Rosada, Brazlândia Branca,
Coquinho e Princesa, e a recomendação de uma cultivar testada introduzida por meio
de intercâmbio com o CIP, a Beauregard. Um novo clone está em fase de validação.

No mundo um dos principais BAG de batata-doce é o do Instituto de Recursos


Biológicos de Castelar, na Argentina, que coleciona 310 acessos, utilizando 28
descritores.

REFERÊNCIAS:
file:///C:/Users/MASTER/Downloads/Banco-germoplasma.pdf

https://ri.ufs.br/bitstream/riufs/6577/1/RODRIGO_PEREIRA_ALVES.pdf

http://www.bespa.agrarias.ufpr.br/paginas/livro/capitulo%2011.pdf

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