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Disciplina: FRUTICULTURA
CULTURA DO LIMÃO
INTRODUÇÃO
Temperaturas maiores que 35ºC durante 1-3 dias podem causar abortamento das flores.
São necessários 2,3 m² de folhas para produzir 1 kg de fruta em plantas com 9 anos de idade.
No Japão foi estimado que devem existir 25 folhas para nutrir 1 fruto
As raízes apresentam baixa capacidade de absorção de nutrientes, o que tem sido atribuído ao
pequeno número de pêlos absorventes.
A distribuição e a quantidade de raízes dependem do porta-enxerto, da copa, da idade e das
condições do solo.
Embora as plantas possam viver dezenas de anos, mais de 1 século, a vida útil varia entre 20 e 30
anos, aproximadamente.
Espécies:
Raízes
São do tipo pivotante
atingindo 60cm na
vertical e até 2m na
horizontal .
DESCRIÇÃO BOTÂNICA
Folhas
São persistentes, verde-claro
quando novas e passam para
o verde mais escuro a
medida que envelhecem.
Variam de simples a
compostas, unifoliatas, com
limbos inteiros. Sua forma é
elíptica, oval ou lanciolada e,
de aspecto coreácea.
DESCRIÇÃO BOTÂNICA
Flor
São inflorescências solitárias ou
agrupadas definidas ou não, do
tipo cacho ou subtipo corimbo.
Apresentam pedúnculo curto, liso
e articulado. São pequenas,
hermafroditas e apresentam
coloração branca.
DESCRIÇÃO BOTÂNICA
Fruto
São hesperidium,
podendo ser c.
Dividem-se em
pericarpo e
sementes.
UTILIZAÇÃO
Água 86 a 92%
Açúcar 5 a 8%
Pectina 1 a 2%
Vitaminas, outros
UTILIZAÇÃO
Brasil 21,86
USS 17,21
China 8,51
Espanha 5,74
México 4,77
Itália 3,71
Egito 3,09
Turquia 2,21
Marrocos 1,57
Argentina 2,46
6. Canteiros
adubação 7. Viveiros
espaçamento preparo do solo
semeadura irrigação
cobertura do canteiro adubações, mediante análise do solo
sombreamento espaçamento, linha simples: 1 x 0,3 m
aclimatação e transplantio linha dupla: 1 x 0, 5 x 0,3 m
controle de plantas daninhas e tratos
fitossanitários.
PRODUÇÃO DE MUDAS
8. Enxertia
A realização da enxertia necessita dos seguintes materiais:
porta enxerto, ferramentas e fitas ou fitilhos.
Etapas: desbrota, enxertia geralmente realizada em “T” invertido, amarrio de
enxerto, pegamento, desamarrio, corte do porta-enxerto, formação da muda,
aclimatação e comercialização.
PLANEJAMENTO DO POMAR
Crescem bem em solos com ampla variação textural, porém são os de textura
média (em torno de 20% de argila) os mais adequados;
Nenhuma característica do solo é mais essencial para os citros do que a boa
drenagem; raramente são encontrados bons pomares com plantas crescendo
satisfatoriamente em menos de 100 cm de solo bem drenado;
São plantas de folhas persistentes ao longo do ano, requerendo, portanto, água
continuamente;
A fertilidade (natural) do solo, para citros, é menos importante que as
características físicas.”
IRRIGAÇÃO
O uso da irrigação na citricultura tem se intensificado nos
últimos anos.
Essa prática aumenta a produção e melhora a qualidade dos
frutos.
Os sistemas de irrigação mais utilizados são os de aspersão
Sistema de Gotejamento
e localizada (gotejamento e micro aspersão), que aplica
água, em geral, abaixo da copa da planta, evitando-se,
assim, o aparecimento de doenças na copa.
As principais desvantagens:
Exige maior conhecimentos técnicos dos adubos e cálculos das dosagens.
Exige pessoal treinado para manuseio dos adubos e injetores.
Pode causar danos ambientais com a contaminação de fontes de água.
Pode trazer problemas de corrosão aos equipamentos de irrigação.
Pode trazer problemas de toxicidade e queima das folhagens das plantas
cultivadas.
Pode causar aumento nas perdas de carga no sistema de irrigação.
Fertilizantes utilizados na fertirrigação
Nitrogenados
Sólidos Líquidos
Nitrato de amônio Uran
Nitrato de cálcio Sulfuran
Nitrato de potássio
Ureia
Sulfato de amônio
Potássicos
Sólidos
Cloreto de potássio (branco em pó)
Sulfato de potássio
Nitrato de potássio
Fosfatados
Sólidos Líquidos
MAP purificado Ácido fosfórico
Análise de solo
Baixo
6-12 0,8-1,5 <4 26-50 (1) Esta é a nova representação, pelo
Sistema Internacional de Unidades
13-30 1,6-3,0 4-8 51-70 (SI). Os resultados expressos em
Médio
mmol/dm3 (milimol de carga por
decímetro cúbico) são dez vezes
>30 >3,0 >8 >70
Alto maiores do que os expressos em
meq/100cm3, usados anteriormente.
Interpretação de resultados de análise
de solo para S e micronutrientes
Classes de teores S-SO4 B Cu Mn Zn
(mg/dm3) (mg/dm3) (mg/dm3) (mg/dm3) (mg/dm3)
Deficiência de Potássio
Análise foliar
Deficiência de Zinco
Calagem
P-resina K trocável
(mg/dm3) (mmol/dm³)
Idade N 0-5 6-12 13-30 >30 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
(anos) (g/planta)
P2O5 K2O
(g/planta) (g/planta)
0-1 80 0 0 0 0 20 0 0 0
Agente Causal
Controle
Subenxertia com porta-enxertos tolerantes
Melhores resultados:
Preventiva ou no início
Plantas até 6 anos
PRINCIPAIS PRAGAS E SEU
CONTROLE
As pragas dos citros são fatores limitantes à produção.
Ocorrem desde a formação das mudas até a implantação e condução do pomar e
podem comprometer o desenvolvimento e a produtividade das plantas ou mesmo
inviabilizar economicamente a cultura.
PRINCIPAIS PRAGAS E SEU CONTROLE
Ácaro da Leprose
Praga chave dos citros
Espécie: Brevipalpus phoenicis
Vetor do vírus da Leprose (CiLV)
Ocorrência: Frutos > Ramos > Folhas
Hospedeiros: > 30 espécies de plantas
Pico populacional: Julho a Outubro
PRINCIPAIS PRAGAS E SEU
CONTROLE
Ácaro da Leprose fenbutatin, Dinocap, Dicofol,
Manejo Hexythiazox, Flufenoxuron,
Propargite, Acrinathrin, Spirodiclofen,
Mudas sadias Amitraz, Piridaben,
Restrição e controle de trânsito de Problemas no manejo
veículos e materiais Momento inadequado de controle;
Levantamento populacional da praga e Escolha incorreta do acaricida a ser
inimigos naturais
utilizado;
Controle químico (US$ 70 milhões por
Ineficiência de aplicação;
ano)
Casos de resistência
Azocyclotin, Cyhexatin, Óxido de
PRINCIPAIS PRAGAS E SEU
CONTROLE
Ácaro da Ferrugem inimigos naturais
Praga chave dos citros Controle químico
Ocorrência: Frutos > Folhas >Ramos Enxofre, Pyridafenthion,
Hospedeiros: Específico de Citrus Fenpyroximate, Aldicarb, Lufenuron,
Abamectin
Pico populacional: Primavera/verão
(frutos verdes)
N.D.E.= 70-80 ácaros/cm
Controle Quimico
Levantamento populacional da praga e
PRINCIPAIS PRAGAS E SEU
CONTROLE
Ácaro da Ferrugem Manejo do Ácaro da Ferrugem
Problemas no manejo Adoção de nível de ação 10% de frutos
Rápido desenvolvimento; com ≥ 30 ácaros/cm2 (indústria) 30%
de frutos ≥ 5 ácaros/cm2 (mercado)
Momento inadequado de controle; 10% de frutos ≥ 20 ácaros/cm2
Escolha incorreta do acaricida a ser (mercado)
utilizado; Início de controle ao se atingir o N.A.
Ineficiência de aplicação. Quanto mais demorar, maior a
população.
Redução:
Quebra ventos
!9-24% peso
21-28 Tamanho
PRINCIPAIS PRAGAS E SEU
CONTROLE
ÁCAROS DE IMPORTÂNCIA SECUNDÁRIA
No Brasil ocorrem outras espécies de ácaros em plantas cítricas. Flechtmann (1983) cita como pragas
secundárias as seguintes:
Ácaro purpúreo – Panonychus citri (McGregor, 1916)
(Acarina-Tetranychidae)
Ácaro branco – Polyphagotarsonemus latus (Banks, 1904)
(Acarina – Tarsonemidae)
Ácaro das gemas – Eriophyes sheldoni (Ewing, 1937)
(Acarina – Eriophydae)
Ácaro mexicano – Tetranychus mexicanus (McGregos, 1950)
(Acarina – Teranychidae)
Ácaro texano – Eutetranychus banksi (McGregor, 1944)
(Acarina – Tetranychidae)
Ácaro amarelo – Lorryia formosa (Cooreman, 1958)
(Acarina – Tydeidae)
Dentre estas espécies o ácaro purpúreo, o ácaro branco é o ácaro-das-gemas são os mais freqüentes nos pomares e nos
viveiros de citros.
Alguns produtos indicados para controle
de ácaros em citros.
Dose Período de Classe
Nome Formulação e concentração
(g i.a./100 I carência tóxico-
técnico (g i.a./kg ou I)
de água) (dias) lógica
Ácaro da falsa ferrugem
Abameclim² 0,36 CE 18 7 I
Bromopropilato 20,0 CE 500 21 III
320,0 PM 800 Livre IV
Enxofre³
30,0 SC 500 14 III
Oxido de lenbulatina 25,0 PM 250 14 III
Quinometionato 25,0 PM 500 30 III
Cihexatim4 10,0 CE 250 7 I
Carbossulfam 75,0 CE 500 15 I
Etiom
Ácaro da leprose
1,5 PM 500 30 III
Hexitiazox5 40,0 SC 500 14 III
25,0 PM 500 30 III
Oxido de fembulatina
15,0 CE 300 28 III
Cihexatim4 37,5 CE 500 21 III
Fenpropatrim5 30,0 PM 250 14 II
Bromopropilato
Quinometionato
Enxofre³ 400,0
COCHONILHAS
São insetos pequenos que formam colônias e permanecem a maior parte do tempo
fixados à superfície do caule, ramos, folhas, frutos e até raízes das plantas cítricas.
As cochonilhas recobertas por escamas ou carapaças, devido ao aspecto distinto
que cada espécie apresentada, são conhecidas por:
cabeça-de-prego, escama-vírgula, escama-farinha, pardinha e picuinha.
COCHONILHAS
ESCAMA-VÍRGULA
ESCAMA-FARINHA
Danos: Devido à sucção de seiva causada por esses insetos, a planta
definha, podendo, em alguns casos, morrer.
Além da sucção de seiva, os insetos expelem um líquido açucarado
que atrai formigas e provoca o aparecimento de fumagina, um
fungo muito prejudicial à fotossíntese.
Controle
Realizar pulverizações com óleos emulsionáveis sempre nas horas
mais frescas do dia.
Pode-se ainda fazer a mistura desse óleo com inseticida fosforado.
Usar produtos registrados para as culturas.
PRINCIPAIS PRAGAS E SEU
CONTROLE
Coleobroca (crotosomus
flavofaciatus)- Quando adulto, o
inseto possui coloração preta, faixas
amarelas no tórax e nas asas
anteriores.
Mede aproximadamente22 mm de
comprimento e II mm de largura.
Raspa a casca de ramos finos com
diâmetro de 1,0 em a 1,5 em,
interrompendo o fluxo da seiva,
causando a morte dos ponteiros
PRINCIPAIS PRAGAS E SEU
CONTROLE
BICHO-FURÃO excrementos fora do
Danos fruto.
Controle
Os ovos são
depositados nos frutos. Fazer periodicamente o
As lagartas, ao monitoramento do
pomar.
eclodirem, penetram
nos frutos, Caso seja constatada a
alimentando-se da infestação, deve-se
polpa e provocando fazer aplicações de
perda total do fruto. inseticidas à base
O ataque é bem de Bacillus
thuringiensis,
caracterizado, pois a
carbamatos e
larva deposita os seus
piretróides.
PRINCIPAIS PRAGAS E SEU
CONTROLE
Moscas das frutas Monitoramento - Tipos de armadilha
Sintomas de ataque Anastrepha spp. McPhail - Proteína
Mancha de coloração marrom hidrolizada ou Melaço ou suco de
frutas
Área lesionada é mole
Entrada de microorganismo
Larva consome a polpa da fruta Ceratitis capitata Jackson -
Frutos atacados caem, e podem ser feromônio Trimedilure
indicativo de ataque
Frutos verdes: Mancha graxa
PRINCIPAIS PRAGAS E SEU
CONTROLE
Controle
Isca Tóxica: Proteína hidrolisada (5%)
ou Melaço (10%)
ou Melaço (2,5%)
+ Proteína (2,5%)
+ Inseticida
(deltamehtin, thrichlorfon, dimetoato,
ethion, fenthion, chlorpiriphos,
malathion, thiamethoxam, etc.)
Descrição
São insetos sugadores, pequenos, medindo
1,5 a 2mm de comprimento, com formato
periforme
Coloração marrom na forma jovem e preta
nos adultos.
Vivem em colônias compostas por fêmeas
ápteras.
Quando as colônias tornam-se muito
populosas, surgem formas aladas que irão
colonizar outros órgãos ou plantas.
PULGÃO
Prejuízos
Sugam a seiva continuamente, causando o Encarquilhamento das folhas e brotos
novos
Pode ocasionar redução no desenvolvimento da planta.
São vetores do vírus que ocasiona a doença denominada “tristeza dos citros” e,
ainda, pelo excesso de líquido açucarado que excretam
Ocasionam o desenvolvimento de fungos causadores de fumagina, que escurece
as folhas e reduz a capacidade fotossintética das plantas.
PULGÃO
Prejuízos
Segundo Pinto (1986), muitos frutos caem das plantas contendo a
lagarta no seu interior.
Essa queda deve-se especialmente a infecções secundárias,
originadas por fungos e bactérias que penetram através da
perfuração efetuada pela lagarta.
Esses microrganismos promovem a decomposição da região do
fruto próxima ao orifício de penetração da larva.
COLHEITA
Colheita Manual
Colheita Mecanizada
PONTO DE COLHEITA
O transporte dos frutos pode ser feito em caixa, à granel em vagões, caminhões ou
navios.
Os frutos destinados à indústria, normalmente sofrem apenas uma lavagem, cuja
finalidade é livrá-los de impurezas prejudiciais à indústria.
Os frutos para consumo in natura sofrem, também, a lavagem, para limpá-los de
resíduos aderidos à casca, cochonilhas e fumagina, com água aquecida (45ºC) e
agitação constante promovida por palhetas na presença de detergentes especiais.
COMERCIALIZAÇÃO