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ELABORADAS PELA
FUNDAÇÃO GETÚLIO
VARGAS (FGV)
PARA O CARGO DE
JUIZ SUBSTITUTO
O presente material, organizado por disciplina e nos respectivos blocos, foi desenvolvido
para proporcionar um estudo direcionado e uma revisão muito mais objetiva.
Os dispositivos, em sua maioria, foram incluídos na íntegra para uma melhor abordagem do
assunto, mas o parágrafo, inciso ou a alínea que foi exigido(a) na questão está grafado em
negrito e indicado com a hashtag da prova.
As questões foram acrescentadas após os assuntos e você pode escolher o material com o
gabarito no rodapé da respectiva página ou ao nal de cada disciplina; neste caso o número
da questão está linkado com o gabarito e vice-versa.
Assim como preparei este material para a minha aprovação, desejo que faça diferença
para a sua!
Dezembro de 2023
Ana Paula Dias
(@APDays)
Não é demais lembrar que a reprodução, cópia, divulgação ou distribuição indevida deste material, por
quaisquer meios e a qualquer título, é vedada por lei, sujeitando-se os infratores à responsabilização
civil e criminal.
BLOCO II
Direito Penal
Direito Processual Penal
Legislação Complementar
Direito Constitucional
Direito Eleitoral
BLOCO III
Direito Empresarial
Direito Tributário e Financeiro
Direito Ambiental
Direito Administrativo
Direito Previdenciário
Direito Estadual
Noções Gerais de Direito e Formação Humanística
Direitos Humanos
GABARITO 91
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o
sobrenome. #FGV (TJPR-21/TJAP-22)
Súmula 403-STJ - Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada
de imagem de pessoa com ns econômicos ou comerciais. #FGV (TJPR-21)
(6) Questão(ões)
#FGV (TJPR-21) 1 - João e Amália chegaram a um consenso de que o nome de sua lha seria Cláudia.
Entretanto, após o nascimento, aproveitando-se de que sua esposa estava se recuperando da cesárea,
João foi ao Registro Civil de Pessoas Naturais e registrou a lha do casal como Maria Cláudia, em
homenagem à sua mãe, que se chamava Maria. Meses depois, Amália veio a descobrir o prenome duplo
da lha registrado ao precisar utilizar sua certidão de nascimento.
À luz dos ensinamentos doutrinários e jurisprudenciais atuais, é correto a rmar que Amália:
(A) não poderá pleitear que o prenome “Maria” seja excluído do registro da lha, em virtude do princípio
da imutabilidade do nome, pois tanto o pai quanto a mãe podem proceder ao registro do lho perante
o Registro Civil de Pessoas Naturais;
(B) poderá pleitear que o prenome “Maria” seja excluído do registro da lha, se provar que o genitor agiu,
por ocasião do registro civil da criança, de má-fé, com propósito de vingança ou com o escopo de,
pela prole, atingir a genitora;
(C) poderá pleitear que o prenome “Maria” seja excluído do registro da lha, porque o exercício do poder
familiar pressupõe bilateralidade e consensualidade, ocorrendo, no caso, violação da boa-fé e da
lealdade;
(D) não poderá pleitear que o prenome “Maria” seja excluído do registro da lha, porque somente esta, no
primeiro ano após atingir a maioridade, poderá fazê-lo pessoalmente ou por procurador bastante;
(E) poderá pleitear que o prenome “Maria” seja excluído do registro da lha somente se comprovar que
na declaração de nascido vivo emitida pela maternidade gurava “Cláudia” em lugar de “Maria
Cláudia”.
#FGV (TJPR-21) 2 - Ana teve a sua fotogra a estampada em uma revista. A matéria elogiava as suas
qualidades físicas e morais, mas não houve autorização por parte da retratada. Diante dessa situação, Ana
pleiteia em juízo compensação pecuniária por dano moral.
O pedido deve ser julgado:
(A) improcedente, pois não houve ofensa à honra da autora;
(B) procedente, pois houve ofensa à denominada imagem-atribuição;
(C) improcedente, salvo comprovação de que houve prejuízo econômico para a autora;
(D) procedente, pois a imagem foi utilizada sem autorização e há nalidade econômica;
(E) improcedente, salvo se car demonstrado que o réu obteve lucro com a utilização da fotogra a.
#FGV (TJAP-22) 4 - Justina, casada há 25 anos, substituiu, por ocasião do casamento civil com Eduardo, um
dos seus patronímicos pelo do marido. Ocorre que o sobrenome adotado passou a ser o protagonista de
seu nome civil, em prejuízo do patronímico de solteira, o que passou a lhe causar intenso sofrimento, uma
vez que sempre fora conhecida pelo sobrenome de seu pai. Tal fato lhe trouxe danos psicológicos,
especialmente agora que os últimos familiares que ainda usam o seu sobrenome familiar encontram-se
gravemente doentes. Por essas razões, Justina requereu a modi cação do seu patronímico, ainda durante
a constância da sociedade conjugal, de forma a voltar a utilizar o sobrenome da sua família.
O pedido deve ser julgado:
(A) improcedente, em virtude do princípio da inalterabilidade do nome ser considerado absoluto na
constância da sociedade conjugal;
(B) procedente, pois a autonomia privada é uma das exceções à inalterabilidade do nome previstas na Lei
de Registros Públicos;
(C) procedente, pela interpretação histórico-evolutiva da inalterabilidade, da preservação da herança
familiar, da autonomia privada e da ausência de prejuízo a terceiros;
(D) improcedente, em razão da modi cação do nome civil ser quali cada como excepcional, tendo em
vista a consideração à segurança de terceiros;
(E) improcedente, em virtude da proteção à estabilidade do vínculo conjugal e aos interesses do outro
cônjuge, ao menos durante a constância da sociedade conjugal.
#FGV (TJMS-23) 5 - Quanto à pessoa com de ciência e à Lei de Inclusão, é correto a rmar que:
(A) pessoa com de ciência é aquela portadora de alguma limitação sensorial, intelectual ou cognitiva, que
a coloca em desigualdade de condições com as demais pessoas;
(B) a de ciência afeta a capacidade civil da pessoa, seja absolutamente, seja relativamente;
(C) pessoa com de ciência poderá ser submetida à internação forçada, desde que não esteja sob
curatela;
(D) pessoa com de ciência é aquela com impedimento de longo prazo, que, em interação com alguma
barreira, obsta a sua participação, em igualdade de condições, com as demais pessoas;
(E) pessoa com de ciência não pode mais ser submetida à curatela, por ser juridicamente capaz; pode,
tão somente, ser colocada sob tomada de decisão apoiada.
Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou
de fato por mais de dois anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo
curador. #FGV (TJES-23)
Art. 29. Antes da partilha, o juiz, quando julgar conveniente, ordenará a conversão
dos bens móveis, sujeitos a deterioração ou a extravio, em imóveis ou em Títulos
garantidos pela União. #FGV (TJES-23)
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: #FGV (TJGO-23)
I - a União; #FGV (TJGO-23)
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; #FGV (TJGO-23)
III - os Municípios; #FGV (TJGO-23)
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; (Redação dada pela Lei n.
11.107/2005)
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a
que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu
funcionamento, pelas normas deste Código.
§ 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de que trata
o caput deste artigo não autoriza a desconsideração da personalidade da pessoa
jurídica. (Incluído pela Lei n. 13.874/2019) #FGV (TJAP-22)
§ 5º Não constitui desvio de nalidade a mera expansão ou a alteração da nalidade original
da atividade econômica especí ca da pessoa jurídica. (Incluído pela Lei n. 13.874/2019)
Súmula 435-STJ - Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu
domicílio scal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da
execução scal para o sócio-gerente. #FGV (TJAP-22)
O encerramento das atividades da sociedade ou sua dissolução, ainda que irregulares, não são
causas, por si sós, para a desconsideração da personalidade jurídica a que se refere o art. 50 do
CC. STJ. EREsp 1.306.553-SC, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em 10/12/2014, DJe 12/12/2014 (Inf.
554) #FGV (TJPR-21/TJAP-22)
IV JDC - Enunciado 282 - O encerramento irregular das atividades da pessoa jurídica, por si só,
não basta para caracterizar abuso da personalidade jurídica. #FGV (TJPR-21/TJAP-22)
(3) Questão(ões)
#FGV (TJAP-22) 8 - A empresa XYWZ, com sede no Estado do Amapá, há alguns anos enfrentava di culdades
nanceiras e passou a não realizar o pagamento de dívidas que já acumulavam um passivo maior do que o
seu ativo. Com a pandemia, a situação se agravou ainda mais e a empresa encerrou suas atividades às
pressas, sem comunicar aos órgãos competentes. Diante da inadimplência da empresa, seus credores,
incluindo o sco, entraram em juízo e solicitaram a desconsideração da personalidade jurídica.
Atento à jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o magistrado deve considerar, no caso, que:
(A) para a desconsideração da personalidade jurídica basta a caracterização do estado de insolvência da
empresa;
(B) caso a empresa participasse de grupo econômico, haveria a desconsideração da personalidade
jurídica;
(C) a dissolução irregular é su ciente, por si só, para o implemento da desconsideração da personalidade
jurídica, com base no Art. 50 do Código Civil;
(D) presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio scal, sem
comunicação aos órgãos competentes;
(E) tratando-se de regra que importa na ampliação do princípio da autonomia patrimonial da pessoa
jurídica, a interpretação que melhor se coaduna com o Art. 50 do Código Civil é a de que, diante do
encerramento irregular das atividades, a pessoa jurídica tenha sido instrumento para ns fraudulentos.
#FGV (TJMS-23) 9 - Em ação de divórcio, Bernadete pretende o atingimento dos bens da sociedade
controlada por seu ex-marido, Paulo, para a qual ele transferira todo o seu patrimônio, a m de frustrar a
devida meação.
Nesse caso, a hipótese é de desconsideração:
(A) inversa, regida pela teoria menor, sem expressa previsão no Código Civil;
(B) indireta, regida pela teoria maior, com expressa previsão no Código Civil;
(C) expansiva, regida pela teoria maior, sem expressa previsão no Código Civil;
(D) inversa, regida pela teoria maior, com expressa previsão no Código Civil;
(E) indireta, regida pela teoria menor, sem expressa previsão no Código Civil.
#FGV (TJGO-23) 10 - São pessoas jurídicas de direito privado, segundo o Código Civil:
(A) sociedades, fundações, organizações religiosas e territórios;
(B) associações, fundações, organizações religiosas e empresas individuais de responsabilidade limitada;
(C) sociedades de economia mista e empresas públicas;
(D) União, Estados, Municípios e Territórios;
(E) associações, sociedades, fundações, organizações religiosas e partidos políticos.
Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua
residência com ânimo de nitivo. #FGV (TJPR-23)
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde,
alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas. #FGV (TJPR-23)
Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual,
o lugar onde for encontrada. #FGV (TJPR-23)
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo
e o preso. #FGV (TJPR-23)
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do
servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde
servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar
imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso,
o lugar em que cumprir a sentença.
Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especi car domicílio onde
se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes. #FGV (TJPR-23)
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por
força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. #FGV
(TJSC-22)
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente;
acessório, aquele cuja existência supõe a do principal. #FGV (TJAP-22)
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se
destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. #FGV
(TJPE-22)
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. #FGV (TJPE-22)
§ 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do
bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
§ 2º São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.
§ 3º São necessárias as que têm por m conservar o bem ou evitar que se deteriore.
(2) Questão(ões)
#FGV (TJSC-22) 12 - Tício decidiu modernizar sua fazenda. Seus planos consistem em: instalar energia
elétrica; empenhar um relógio de família para obter um empréstimo; demolir o antigo celeiro, não mais
utilizado, e doar aos empregados os materiais resultantes da demolição, que não serão reutilizados; e
contratar uma equipe especializada para retirar os vitrais da capela construída há dois meses para limpeza
e, posteriormente, os recolocar. Para passar as informações à sua advogada para providenciar as
contratações, quer determinar a natureza jurídica de tais bens. Assim, no que concerne aos bens
considerados em si mesmos, com relação à classi cação quanto à mobilidade, a energia elétrica, o penhor,
os materiais resultantes da demolição do antigo celeiro e os vitrais da capela são, respectivamente:
(A) bem móvel, bem imóvel, bem móvel e bem móvel;
(B) bem móvel, bem móvel, bem imóvel e bem móvel;
(C) bem imóvel, bem imóvel, bem móvel e bem móvel;
(D) bem imóvel, bem móvel, bem imóvel e bem imóvel;
(E) bem móvel, bem móvel, bem móvel e bem imóvel.
#FGV (TJPE-22) 13 - Lauro comprou um carro usado de seu vizinho para Marcos, seu lho que acabara de
completar 18 anos. Ficou satisfeito com o modelo que escolheu, pois além de ser um carro versátil para um
jovem, viu que possuía um rastreador, que pensou ser relevante para questões de segurança. Celebrado o
negócio jurídico, Lauro cou surpreso quando o carro foi entregue sem o rastreador e, ao questionar o
vendedor, ele o informou que a aquisição desse item não foi convencionada.
O vendedor não estava obrigado a entregar o rastreador, porque ele é considerado:
(A) bem imóvel por acessão intelectual;
(B) produto;
(C) benfeitoria;
(D) pertença;
(E) bem móvel para efeitos legais.
Classi cação:
• Quanto à origem:
• Condições causais ou casuais: têm origem em fatos jurídicos stricto sensu, ou seja, eventos
naturais.
• Condições potestativas: dependem da vontade humana.
• Condições simplesmente ou meramente potestativas: "dependem das vontades
intercaladas de duas pessoas, sendo totalmente lícitas."
• Condições puramente potestativas: "dependem de uma vontade unilateral, sujeitando-se ao
puro arbítrio de uma das partes". São ilícitas segundo a parte nal do art. 122 do CC ("entre as
condições defesas se incluem as que privarem de todo efeito o negócio jurídico, ou o
sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes")
• Condições mistas: "dependem, ao mesmo tempo, de um ato volitivo, somado a um evento
natural."
• Quanto aos efeitos:
• Condições suspensivas: enquanto não veri cadas, o negocio jurídico não gera efeitos (CC,
art. 125)
• Condições resolutivas: enquanto não realizada, vigora o negócio jurídico, pode, inclusive,
serem exercidos os direitos dele decorrentes (CC, art. 127)
(1) Questão(ões)
#FGV (TJAP-22) 14 - A Lig Suprimentos Ltda. rmou uma con ssão de dívida perante a SMA Informática S/A,
tendo por objeto a quantia de R$ 150.000,00. Uma das cláusulas da con ssão de dívida estabelecia que o
pagamento da dívida se daria em data a ser de nida por credor e devedor. Com o passar do tempo, a SMA
Informática S/A tentou por diversas vezes xar a data para pagamento, mas a Lig Suprimentos Ltda. nunca
concordava.
A mencionada cláusula contém uma condição:
(A) suspensiva simplesmente potestativa;
(B) resolutiva puramente potestativa;
(C) suspensiva contraditória;
(D) resolutiva simplesmente potestativa;
(E) suspensiva puramente potestativa.
Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao
paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou
aos seus bens. #FGV (TJPR-23)
Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz,
com base nas circunstâncias, decidirá se houve coação.
Art. 154. Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro, se dela tivesse ou
devesse ter conhecimento a parte a que aproveite, e esta responderá solidariamente com
aquele por perdas e danos. #FGV (TJPR-23)
Art. 155. Subsistirá o negócio jurídico, se a coação decorrer de terceiro, sem que a
parte a que aproveite dela tivesse ou devesse ter conhecimento; mas o autor da coação
responderá por todas as perdas e danos que houver causado ao coacto. #FGV (TJPR-23)
Art. 156. Con gura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade
de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte,
assume obrigação excessivamente onerosa. #FGV (TJPR-23)
Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz
decidirá segundo as circunstâncias.
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por
inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da
prestação oposta. #FGV (TJSC-22)
§ 1º Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em
que foi celebrado o negócio jurídico.
§ 2º Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento su ciente, ou se
a parte favorecida concordar com a redução do proveito.
(3) Questão(ões)
#FGV (TJSC-22) 15 - Geraldo, pai de Mévio, seu primogênito, deseja vender a ele um de seus apartamentos
em Florianópolis. No entanto, ambos sabem que os lhos de Geraldo de seu outro casamento, Caio e
Tício, jamais concordariam. Sendo assim, Geraldo pediu a seu amigo Júlio que recebesse o apartamento
em doação para, após um tempo, vendê-lo a Mévio, pois entre eles não há impedimento.
Nesse caso, ocorreu:
(A) fraude contra credores;
(B) simulação;
(C) dolo;
(D) lesão;
(E) erro.
#FGV (TJPR-23) 16 - Mévio, 19 anos, lho mimado de Tício, encantou-se por um apartamento em frente à praia
da cidade em que morava. Fez então uma proposta de compra ao proprietário, Oswaldo, que recusou,
alegando que o imóvel havia pertencido a seu amado pai e, por isso, não tinha intenção de aliená-lo. Tício,
percebendo a frustração do lho, procurou Oswaldo e disse a ele que, se não vendesse o apartamento a
Mévio, sua lha amanheceria morta.
Diante disso, Oswaldo vendeu o apartamento a Mévio, que sabia que a venda ocorreu sob a ameaça de
seu pai.
Nesse caso, Tício:
(A) deve indenizar Oswaldo por perdas e danos, mas a venda permanece válida;
(B) responderá solidariamente com Mévio perante Oswaldo por perdas e danos e a coação moral de
terceiro vicia o negócio;
(C) juntamente com Mévio, deve indenizar Oswaldo por perdas e danos, mas a venda permanece válida;
(D) responderá perante Oswaldo por perdas e danos e a coação moral de terceiro vicia o negócio;
(E) agiu além do simples temor reverencial, mas Mévio não responde, de modo que a venda permanece
válida.
#FGV (TJPR-23) 17 - Marcos estava passeando com sua mãe quando ela começa a se sentir mal. Atônito,
adentra o hospital mais próximo, clamando por ajuda. Enquanto o médico realiza o primeiro atendimento,
Marcos é convidado a resolver as questões burocráticas. Nesse momento, solicitam-lhe um cheque
caução no valor de R$ 500.000,00. Marcos argumenta que não possui tal quantia. Em contrapartida,
dizem-lhe que, sem o cheque, não haverá atendimento a sua mãe. Marcos faz o cheque e o entrega ao
administrador do hospital.
De acordo com o Código Civil, a situação narrada caracteriza um defeito do negócio jurídico, qual seja:
(A) simulação;
(B) estado de perigo;
(C) dolo;
(D) coação;
(E) lesão.
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se
válido for na substância e na forma.
§ 1º Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: #FGV (TJSC-22/TJAP-22/TJPR-23)
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais
realmente se conferem, ou transmitem; #FGV (TJSC-22)
II - contiverem declaração, con ssão, condição ou cláusula não verdadeira; #FGV (TJAP-22)
III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.
§ 2º Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio
jurídico simulado.
Art. 824. As obrigações nulas não são suscetíveis de ança, exceto se a nulidade resultar apenas
de incapacidade pessoal do devedor. #FGV (TJES-23)
Parágrafo único. A exceção estabelecida neste artigo não abrange o caso de mútuo feito a menor.
#FGV (TJES-23)
Súmula 332-STJ - A ança prestada sem autorização de um dos cônjuges implica a ine cácia total
da garantia. #FGV (TJES-23)
Não incide a regra excepcional do artigo 3°, V, da Lei n° 8.009/90 sobre bem de família dado em
garantia hipotecária em favor de instituição nanceira diversa para garantia de contrato
representado pela emissão de uma cédula de crédito bancário. STJ. EDcl no AgInt nos EDcl no
REsp 1.604.422-MG, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, Terceira Turma, por unanimidade, julgado
em 24/08/2021, DJe 27/08/2021 (Inf. Ed. Extraordinária n. 3) #FGV (TJES-23)
(4) Questão(ões)
#FGV (TJAP-22) 18 - O Banco BPF S/A ajuizou execução por título extrajudicial em face de João Pedro para
satisfação de sua dívida. No momento da penhora de um automóvel que cobriria o valor devido, o
executado informou que este fora vendido para seu lho, Bernardo. O automóvel se encontra efetivamente
na posse de Bernardo, que dele vem se utilizando, e a transferência da propriedade foi registrada
administrativamente junto ao Detran. No entanto, o executado não obteve êxito em comprovar o valor
supostamente pago pela venda do carro, cando claro que o negócio jurídico efetivamente celebrado fora
uma doação.
Diante disso, deve ser reconhecida a:
(A) nulidade do contrato de compra e venda do carro por simulação relativa objetiva;
(B) anulabilidade do contrato de compra e venda do carro por simulação absoluta;
(C) inexistência do contrato de compra e venda do carro por simulação relativa subjetiva;
(D) nulidade do contrato de compra e venda do carro por simulação absoluta;
(E) anulabilidade do contrato de compra e venda do carro por simulação relativa objetiva.
#FGV (TJSC-22) 19 - Geraldo, pai de Mévio, seu primogênito, deseja vender a ele um de seus apartamentos
em Florianópolis. No entanto, ambos sabem que os lhos de Geraldo de seu outro casamento, Caio e
Tício, jamais concordariam. Sendo assim, Geraldo pediu a seu amigo Júlio que recebesse o apartamento
em doação para, após um tempo, vendê-lo a Mévio, pois entre eles não há impedimento.
Nesse caso, ocorreu:
(A) fraude contra credores;
(B) simulação;
(C) dolo;
(D) lesão;
(E) erro.
#FGV (TJES-23) 20 - A sociedade XYZ, que passava por di culdades nanceiras, conseguiu locar um imóvel
comercial mediante oferecimento de ança, a qual fora prestada, concomitantemente, por José, sócio
menor de idade, representado, no ato, por seu pai, e por Sérgio, diretor administrativo, que, à época, vivia
em união estável com Mariana.
Sobrevindo o inadimplemento, o locador requereu a penhora do bem de família de José e de dinheiro de
Sérgio disponível em conta.
Nesse caso, é correto a rmar que:
(A) consoante entendimento do Supremo Tribunal Federal, é inconstitucional a penhora de bem de família
do ador em caso de locação de imóvel comercial, porque não se colocam, nesses casos, os mesmos
interesses que orientaram a tese quanto às locações residenciais (fomentar o acesso à moradia);
(B) à luz da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a ausência de outorga uxória para a prestação
de ança leva apenas à inoponibilidade da garantia ao cônjuge que a ela não anuiu;
(C) se o locador comprovar que o imóvel de José está hipotecado para outro credor, cessará a proteção
ao bem de família, por força da disposição do próprio bene ciário que dela abriu mão;
(D) de acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a equiparação, inclusive
constitucional, da união estável ao casamento, leva à igualdade de regimes jurídicos, notadamente em
relação à necessidade de outorga uxória sob pena de ine cácia total, imprescindível nesse caso, ainda
que o locador não soubesse que Sérgio era companheiro de Mariana;
(E) é nula a ança prestada por José, mesmo com representação por seu pai, por falta de autorização
judicial.
Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela
prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206. #FGV (TJMS-23/TJES-23)
Súmula 573-STJ - Nas ações de indenização decorrente de seguro DPVAT, a ciência inequívoca do
caráter permanente da invalidez, para ns de contagem do prazo prescricional, depende de laudo
médico, exceto nos casos de invalidez permanente notória ou naqueles em que o conhecimento
anterior resulte comprovado na fase de instrução. #FGV (TJES-23)
O prazo prescricional para propor ação de petição de herança conta-se da abertura da sucessão.
STJ. Processo sob segredo judicial, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, Segunda Seção, por maioria,
julgado em 26/10/2022 (Inf. 757) #FGV (TJMS-23/TJES-23)
Do inteiro teor:
"O princípio da actio nata (actione non nata non praescribitur - ação não nascida não prescreve),
aplicado nos acórdãos confrontados, encontra-se disciplinado na parte nal do art. 177 do CC/1916 e
no art. 189 do CC/2002. Segundo tais normas, vinculadas ao princípio da actio nata, o prazo
prescricional correrá a partir do momento em que for possível, em tese, propor a ação, qual seja, a
data em que afrontado o direito. Referidas normas não exigem que o titular do direito tenha ciência da
respectiva lesão.
Atualmente admite-se que a regra geral, que adota a vertente objetiva na aplicação do princípio
da actio nata, comporta exceções, em decorrência ora de lei especí ca ora de circunstâncias
extremamente relevantes veri cadas no caso concreto.”
I JDC - Enunciado 14 - 1) O início do prazo prescricional ocorre com o surgimento da pretensão, que
decorre da exigibilidade do direito subjetivo; 2) o art. 189 diz respeito a casos em que a pretensão
nasce imediatamente após a violação do direito absoluto ou da obrigação de não fazer. #FGV
(TJES-23)
Teoria da actio nata, segundo Marcinho: "Na legislação civil brasileira, prevalece a noção clássica de
que o termo inicial da prescrição se dá com o próprio nascimento da ação(actio nata), sendo este
determinado pela violação de um direito atual, suscetível de ser reclamado em juízo.
Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja xado prazo
menor. #FGV (TJMS-23)
#FGV (TJSC-22) 23 - Dr. Romeu foi contratado em junho de 2012 por Gilda para a propositura e o
acompanhamento de uma ação de reparação civil em face da Transportadora Iota, mas o contrato continha
cláusula quota litis, isto é, o pagamento dos honorários estava subordinado ao êxito de Gilda na ação. A
ação foi ajuizada em junho de 2013, mas em junho de 2014 Gilda revogou o mandato outorgado ao Dr.
Romeu e nomeou a Dra. Julieta em seu lugar. Em junho de 2016, Gilda obteve êxito no processo.
Ciente de que o prazo prescricional para a cobrança dos honorários advocatícios é de cinco anos, a
eventual pretensão de Romeu à cobrança dos honorários advocatícios em face de Gilda prescreveu em
junho de:
(A) 2017;
(B) 2018;
(C) 2019;
(D) 2020;
(E) 2021.
#FGV (TJMS-23) 25 - Marcos nunca soube quem era seu pai. Entretanto, a mãe, antes de falecer, decidiu lhe
revelar o nome. Ao sabê-lo, descobriu que o apontado homem teria morrido há alguns anos, em
10/07/2006. Havia sido um homem muito rico e teria deixado uma volumosa herança. Como havia muitos
bens a partilhar e discussão entre os herdeiros conhecidos à época, o inventário arrastou-se por muitos
anos, tendo transitado em julgado em 10/05/2015. Em 07/06/2015, Marcos ajuíza demanda de investigação
de paternidade a m de provar sua condição de lho. Foi julgada procedente e transitou em julgado em
07/12/2017. Em 12/12/2022, Marcos propõe ação de petição de herança.
Segundo a jurisprudência, a ação de petição de herança:
(A) está prescrita, já que o prazo para ajuizá-la é de dez anos, contado a partir da abertura da sucessão;
(B) não está prescrita, já que o prazo para ajuizá-la é de dez anos, contado a partir do trânsito em julgado
da demanda de investigação de paternidade;
(C) está prescrita, já que o prazo para ajuizá-la é de cinco anos, contado da abertura da sucessão;
(D) está prescrita, já que o prazo para ajuizá-la é de cinco anos, contado a partir do trânsito em julgado da
demanda de investigação de paternidade;
(E) não está prescrita, já que, assim como a ação de investigação de paternidade, é imprescritível.
102 Gabarito: C
103 Gabarito: A
104 Gabarito: C
GABARITO 214
GABARITO 270
GABARITO 314
GABARITO 394
GABARITO 481
GABARITO 548
GABARITO 620
GABARITO 766
GABARITO 813
GABARITO 914
GABARITO 977
GABARITO 1010
GABARITO 1146
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização
nacional;
XXIX - propaganda comercial.
XXX - proteção e tratamento de dados pessoais. (Incluído pela EC n. 115/2022)
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões
especí cas das matérias relacionadas neste artigo.
É constitucional — por representar norma mais protetiva à saúde e ao meio ambiente do que as
diretrizes gerais da legislação federal, bem como estabelecer restrição razoável e proporcional às
técnicas de aplicação de pesticidas — norma estadual que veda a pulverização aérea de
agrotóxicos na agricultura local e sujeita o infrator ao pagamento de multa. STF. ADI 6.137/CE,
relatora Ministra Cármen Lúcia, julgamento virtual nalizado em 26.5.2023 (Inf. 1096) #FGV (TJGO-23)
#FGV (TJGO-23) 2 - O Estado Beta editou lei estadual dispondo que é vedada a pulverização aérea de
agrotóxicos na agricultura naquele Estado. Instado a se manifestar, via controle difuso, no bojo de
processo judicial, sobre a constitucionalidade da citada legislação, na esteira da jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal, o magistrado deve reconhecer a:
(A) inconstitucionalidade formal da norma, pois compete privativamente à União legislar sobre direito
agrário, águas, agrotóxicos, jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
(B) inconstitucionalidade material da norma, por violação de um dos fundamentos da ordem econômica,
qual seja, a livre iniciativa, que impede a regulamentação de atividades econômicas pelos Estados-
membros;
(C) constitucionalidade da norma, pois compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios legislar concorrentemente sobre orestas, conservação da natureza, defesa do solo e dos
recursos naturais, agrotóxicos, minérios, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
(D) constitucionalidade da norma, pois o Estado possui competência concorrente para legislar sobre o
tema e a norma representa maior proteção à saúde e ao meio ambiente se comparada com as
diretrizes gerais xadas na legislação federal, bem como prevê restrição razoável e proporcional às
técnicas de aplicação de pesticidas;
(E) constitucionalidade da norma, pois, de acordo com a legislação federal sobre agrotóxicos, compete
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios legislar sobre o uso, a produção, o consumo, o
comércio e o armazenamento dos agrotóxicos, seus componentes e a ns, cabendo aos Municípios a
scalização de seu uso, consumo, comércio, armazenamento e transporte interno.
TEMA 784-STF - O surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo
cargo, durante o prazo de validade do certame anterior, não gera automaticamente o direito à
nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses
de preterição arbitrária e imotivada por parte da administração, caracterizada por comportamento
tácito ou expresso do Poder Público capaz de revelar a inequívoca necessidade de nomeação do
aprovado durante o período de validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo
candidato. Assim, o direito subjetivo à nomeação do candidato aprovado em concurso público
exsurge nas seguintes hipóteses:
I – Quando a aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital;
II – Quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem de classi cação;
III – Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do certame
anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivada por parte da
administração nos termos acima.
STF. Plenário. RE 837311/PI, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 09/12/2015 (Inf. 811) #FGV (TJAP-22)
TEMA 1094-STJ - O candidato aprovado em concurso público pode assumir cargo que, segundo o
edital, exige Título de Ensino Médio pro ssionalizante ou completo com curso técnico em área
especí ca, caso não seja portador desse Título mas detenha diploma de nível superior na mesma
área pro ssional. STJ. REsp 1.888.049-CE, Rel. Min. Og Fernandes, Primeira Seção, por unanimidade,
j. 22/09/2021 (Inf. 710) #FGV (TJMS-23)
TEMA 1010-STF -
a) A criação de cargos em comissão somente se justi ca para o exercício de funções de direção,
che a e assessoramento, não se prestando ao desempenho de atividades burocráticas,
técnicas ou operacionais;
b) tal criação deve pressupor a necessária relação de con ança entre a autoridade nomeante e
o servidor nomeado;
c) o número de cargos comissionados criados deve guardar proporcionalidade com a
necessidade que eles visam suprir e com o número de servidores ocupantes de cargos
efetivos no ente federativo que os criar; e
d) as atribuições dos cargos em comissão devem estar descritas, de forma clara e objetiva, na
própria lei que os instituir.
STF. RE 1041210 RG, rel. min. Dias To oli, j. 27-9-2018, P, DJE de 22-5-2019 #FGV (TJPE-22)
Art. 37, § 12. Para os ns do disposto no inciso XI do caput deste artigo, ca facultado aos Estados e ao
Distrito Federal xar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica,
como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça,
limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados
Estaduais e Distritais e dos Vereadores.
TEMA 779-STF - Os substitutos ou interinos designados para o exercício de função delegada não
se equiparam aos titulares de serventias extrajudiciais, visto não atenderem aos requisitos
estabelecidos nos arts. 37, inciso II, e 236, § 3º, da Constituição Federal para o provimento
originário da função, inserindo-se na categoria dos agentes estatais, razão pela qual se aplica a
eles o teto remuneratório do art. 37, inciso XI, da Carta da República. STF. RE 808.202, rel. min.
Dias To oli, j. 24-8-2020, P, DJE de 25-11-2020 #FGV (TJES-23)
Art. 236, § 3º O ingresso na atividade notarial e de registro depende de concurso público de provas e
títulos, não se permitindo que qualquer serventia que vaga, sem abertura de concurso de provimento
ou de remoção, por mais de seis meses.
É incompatível com a Constituição Federal (CF) Emenda à Constituição estadual que institui,
como limite remuneratório único dos servidores públicos estaduais, o valor do subsídio dos
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). STF. Plenário. ADI 6746/RO, Rel. Min. Rosa Weber,
julgado em 28/5/2021 (Inf. 1019) #FGV (TJAP-22)
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente,
proibida qualquer distinção em razão de ocupação pro ssional ou função por eles exercida,
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
Art. 5º, LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
Art. 5º, LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória
Art. 144, § 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela
segurança pública, de maneira a garantir a e ciência de suas atividades.
[…] A acumulação ilegal de cargos públicos, expressamente vedada pelo art. 37, XVI, da
Constituição Federal, protrai-se no tempo, podendo ser investigada a qualquer época, até porque
os atos inconstitucionais jamais se convalidam pelo mero decurso temporal, não havendo que se
falar em decadência da pretensão da Administração. STJ. AgInt nos EDcl no RMS n. 64.859/ES,
relator Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Turma, julgado em 21/3/2022, DJe de 24/3/2022 #FGV
(TJSC-22)
Súmula 652-STJ - A responsabilidade civil da Administração Pública por danos ao meio ambiente,
decorrente de sua omissão no dever de scalização, é de caráter solidário, mas de execução
subsidiária. #FGV (TJGO-23)
TEMA 362-STF - Nos termos do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal, não se caracteriza a
responsabilidade civil objetiva do Estado por danos decorrentes de crime praticado por pessoa
foragida do sistema prisional, quando não demonstrado o nexo causal direto entre o momento da
fuga e a conduta praticada. STF. RE 608880, rel. p/ o ac. min. Alexandre de Moraes, j. 8-9-2020, P,
DJE de 1º-10-2020 (Inf. 993) #FGV (TJPR-21/TJSC-22)
TEMA 366-STF - Para que que caracterizada a responsabilidade civil do Estado por danos
decorrentes do comércio de fogos de artifício, é necessário que exista a violação de um dever
jurídico especí co de agir, que ocorrerá quando for concedida a licença para funcionamento sem
as cautelas legais ou quando for de conhecimento do poder público eventuais irregularidades
praticadas pelo particular. STF. Plenário. RE 136861/SP, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min.
Alexandre de Moraes, julgado em 11/3/2020 (Inf. 969) #FGV (TJAP-22/TJMS-23)
TEMA 777-STF - O Estado responde, objetivamente, pelos atos dos tabeliães e registradores
o ciais que, no exercício de suas funções, causem dano a terceiros, assentado o dever de
regresso contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa, sob pena de improbidade
administrativa. STF. STF. Plenário. RE 842846/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, j. 27/2/2019 (Inf. 932) #FGV
(TJPR-21)
No caso de vítima atingida por projétil de arma de fogo durante uma operação policial, é dever do
Estado, em decorrência de sua responsabilidade civil objetiva, provar a exclusão do nexo causal
entre o ato e o dano, pois ele é presumido. STF. ARE 1382159 AgR/RJ, relator Ministro Nunes
Marques, redator do acórdão Ministro Gilmar Mendes, julgamento em 28.3.2023 (Inf. 1089) #FGV
(TJPR-23)
[...] Concluiu-se que o mencionado art. 37, § 6º, da CF, consagra dupla garantia: uma em favor do
particular, possibilitando-lhe ação indenizatória contra a pessoa jurídica de direito público ou de
direito privado que preste serviço público; outra, em prol do servidor estatal, que somente
responde administrativa e civilmente perante a pessoa jurídica a cujo quadro funcional pertencer.
A Min. Cármen Lúcia acompanhou com reservas a fundamentação. STF. RE 327904/SP, rel. Min. Carlos
Britto, 15.8.2006 (Inf. 436) #FGV (TJSC-22)
A Administração Pública está obrigada ao pagamento de pensão e indenização por danos morais
no caso de morte por suicídio de detento ocorrido dentro de estabelecimento prisional mantido
pelo Estado. Nessas hipóteses, não é necessário perquirir eventual culpa da Administração Pública.
Na verdade, a responsabilidade civil estatal pela integridade dos presidiários é objetiva em face dos
riscos inerentes ao meio no qual foram inseridos pelo próprio Estado. AgRg no REsp 1.305.259-SC,
Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 2/4/2013 (Inf. 520) #FGV (TJGO-23)
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI
do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. (Incluído pela EC
n. 47/2005)
§ 12. Para os ns do disposto no inciso XI do caput deste artigo, ca facultado aos
Estados e ao Distrito Federal xar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas
Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos
Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e
cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal
Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados
Estaduais e Distritais e dos Vereadores. (Incluído pela EC n. 47/2005) #FGV (TJAP-22)
§ 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício de
cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha
sofrido em sua capacidade física ou mental, enquanto permanecer nesta condição, desde
que possua a habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino,
mantida a remuneração do cargo de origem. (Incluído pela EC n. 103/2019)
§ 14. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de contribuição decorrente de
cargo, emprego ou função pública, inclusive do Regime Geral de Previdência Social,
acarretará o rompimento do vínculo que gerou o referido tempo de contribuição. (Incluído
pela EC n. 103/2019)
§ 15. É vedada a complementação de aposentadorias de servidores públicos e de pensões
por morte a seus dependentes que não seja decorrente do disposto nos §§ 14 a 16 do art.
40 ou que não seja prevista em lei que extinga regime próprio de previdência social.
(Incluído pela EC n. 103/2019)
§ 16. Os órgãos e entidades da administração pública, individual ou conjuntamente, devem
realizar avaliação das políticas públicas, inclusive com divulgação do objeto a ser avaliado e
dos resultados alcançados, na forma da lei. (Incluído pela EC n. 109/2021)
#FGV (TJPR-21) 5 - Determinado cartório de notas reconheceu a rma por autenticidade de um ador em um
contrato de locação de imóvel residencial. Depois, diante do inadimplemento, veri cou-se que era falsa,
causando prejuízo nanceiro ao credor.
Ajuizada ação de indenização em face do delegatário, é correto a rmar que:
(A) a responsabilidade civil independe de culpa por se tratar de aplicação constitucional e legal da teoria
do risco administrativo;
(B) o delegatário responderá pelo prejuízo causado mediante a comprovação de que agiu com dolo ou
culpa, e objetivamente por culpa de seus prepostos;
(C) a responsabilidade civil é do Estado delegante, cabendo ação de regresso em face do delegatário
que agiu culposamente;
(D) a prescrição da pretensão ressarcitória é decenal, por inexistir previsão legal expressa para o caso;
(E) o delegatário poderá ser responsabilizado por culpa presumida.
#FGV (TJAP-22) 8 - A sociedade empresária Alfa exercia a venda de produtos alimentícios em uma mercearia,
com licença municipal especí ca para tal atividade. No entanto, os proprietários do comércio também
desenvolviam comercialização de fogos de artifício, de forma absolutamente clandestina, pois sem a
autorização do poder público. Durante as inspeções ordinárias, o poder público nunca encontrou indícios
de venda de fogos de artifício, tampouco o fato foi alguma vez noticiado à municipalidade. Certo dia,
grande explosão e incêndio ocorreram no comércio, causados pelos fogos de artifício, que atingiram a
casa de João, morador vizinho à mercearia, que sofreu danos morais e materiais. João ajuizou ação
indenizatória em face do Município, alegando que incide sua responsabilidade objetiva por omissão.
No caso em tela, valendo-se da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o magistrado deve julgar:
(A) procedente o pedido, pois se aplica a teoria do risco administrativo, de maneira que não é necessária
a demonstração do dolo ou culpa do Município, sendo devida a indenização;
(B) procedente o pedido, pois, diante da omissão especí ca do Município, aplica-se a teoria do dano in re
ipsa, devendo o poder público arcar com a indenização, desde que exista nexo causal entre o
incêndio e os danos sofridos por João;
(C) procedente o pedido, diante da falha da Administração Municipal na scalização de atividade de risco,
qual seja, o estabelecimento destinado a comércio de fogos de artifício, incidindo a responsabilidade
civil objetiva;
(D) improcedente o pedido, pois, apesar de ser desnecessária a demonstração de violação de um dever
jurídico especí co de agir do Município, a responsabilidade civil originária é da sociedade empresária
Alfa, de maneira que o Município responde de forma subsidiária, caso a responsável direta pelo dano
seja insolvente;
(E) improcedente o pedido, pois, para que casse caracterizada a responsabilidade civil do Município,
seria necessária a violação de um dever jurídico especí co de agir, seja pela concessão de licença
para funcionamento sem as cautelas legais, seja pelo conhecimento do poder público de eventuais
irregularidades praticadas pelo particular, o que não é o caso.
#FGV (TJPE-22) 10 - O Município Alfa editou lei municipal criando cargos em comissão no âmbito da
Administração Pública municipal. Em determinado processo judicial, a citada legislação foi objeto de
questionamento no que tange à sua constitucionalidade.
Sabe-se que a criação de cargos em comissão somente se justi ca quando presentes os pressupostos
constitucionais para sua instituição.
Dessa forma, com base na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, ao analisar a constitucionalidade
da citada legislação do Município Alfa, o julgador deve observar que:
(A) a criação e o preenchimento de cargos em comissão não pressupõem necessária relação de
con ança entre a autoridade nomeante e o servidor nomeado;
(B) as atribuições dos cargos em comissão devem estar elencadas em ato normativo infralegal, não
havendo necessidade de descrição, de forma clara e objetiva, na própria lei que os instituir;
(C) a criação de cargos em comissão somente se justi ca para o exercício de funções de direção, che a e
assessoramento, ou o desempenho de atividades técnicas ou operacionais de estratégica relevância;
(D) o número de cargos comissionados criados deve guardar proporcionalidade com a necessidade que
eles visam suprir e com o número de servidores ocupantes de cargos efetivos no ente federativo que
os criar;
(E) os cargos em comissão são preenchidos exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo
de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, e destinam-se apenas às
atribuições de direção, che a e assessoramento.
#FGV (TJSC-22) 12 - José é servidor público municipal há dez anos, ocupante de cargo técnico-cientí co de
analista em tecnologia da informação, com jornada de trabalho de quarenta horas por semana. Mediante
aprovação em novo concurso público, há seis anos, José foi nomeado para o cargo efetivo estadual
técnico-cientí co de analista de sistemas, com carga horária semanal de vinte horas.
Em 2022, o Tribunal de Contas Estadual, ao cruzar informações de servidores públicos, constatou a
acumulação de ambos os citados cargos efetivos por José e remeteu peças ao Ministério Público, que
instaurou inquérito civil para apurar os fatos.
Com o objetivo de trancar as investigações levadas a cabo pelo Ministério Público, José impetrou
mandado de segurança, sustentando a legalidade da acumulação de cargos, bem como a prescrição de
eventual pretensão anulatória, pois já exerce funções públicas em ambos os cargos há mais de cinco anos.
Com base no texto constitucional e na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o magistrado deve:
(A) denegar a segurança, pois o prazo para a Administração Pública investigar acumulação ilegal de
cargos é de cinco anos a partir do momento em que a representação chegar no Ministério Público;
(B) denegar a segurança, pois a acumulação de cargos por José é ilegal e protrai-se no tempo, podendo
ser investigada a qualquer época;
(C) conceder a segurança, pois a acumulação de cargos por José é legal, na medida em que há
compatibilidade de horário, pois a soma das cargas horárias não ultrapassou sessenta horas por
semana;
(D) conceder a segurança, pois, apesar de inicialmente ilegal a acumulação de cargos por José, houve
convalidação administrativa, visto que foi transcorrido o prazo decadencial de cinco anos;
(E) denegar a segurança, pois a acumulação de cargos por José seria legal apenas se houvesse
compatibilidade de horários, que não é o caso, haja vista que a soma das cargas horárias não é inferior
a sessenta horas semanais.
#FGV (TJES-23) 14 - Joaquim atua como substituto interino não concursado do cartório extrajudicial do 2º
Registro Geral de Imóveis no Estado Alfa. Por sua vez, a notária Joana é titular concursada da serventia
extrajudicial do Yo Cartório do Registro Civil de Pessoas Naturais do Estado Alfa.
Em tema de regime jurídico remuneratório, de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal:
(A) Joaquim e Joana se sujeitam ao teto remuneratório constitucional, pois são considerados servidores
públicos em sentido amplo, na medida em que exercem função pública e estão sujeitos ao controle
feito pelo Tribunal de Justiça do Estado Alfa e pelo Conselho Nacional de Justiça;
(B) Joaquim e Joana se sujeitam ao teto remuneratório constitucional, pois são considerados servidores
públicos em sentido amplo, na medida em que exercem função pública delegada e, apesar de estarem
sujeitos ao controle feito pelo Tribunal de Justiça do Estado Alfa, não são scalizados pelo Conselho
Nacional de Justiça, por não exercerem função jurisdicional;
(C) Joaquim e Joana não se sujeitam ao teto remuneratório constitucional, pois são considerados
particulares em colaboração com o poder público, na medida em que não são remunerados com
recursos oriundos do orçamento do Estado Alfa, mas com verba de origem privada, oriunda dos
pagamentos feitos pelos usuários dos serviços;
(D) Joana não se sujeita ao teto remuneratório constitucional, pois não é considerada servidora pública,
sendo que os serviços de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do poder público,
mas Joaquim se sujeita ao teto remuneratório constitucional, pois se insere na categoria de agente
estatal, haja vista que não se equipara aos titulares de serventias extrajudiciais, dado que não atende
aos requisitos constitucionais para o provimento originário da função;
(E) Joana se sujeita ao teto remuneratório constitucional, pois é considerada servidora pública, na medida
em que ingressou no serviço público por provimento originário consistente em concurso público, mas
Joaquim não se sujeita ao teto remuneratório constitucional, pois não se insere na categoria de agente
estatal, haja vista que não se equipara aos titulares de serventias extrajudiciais, dado que não atende
aos requisitos constitucionais para o provimento originário da função.
#FGV (TJMS-23) 16 - Tício estava no interior de uma loja de fogos de artifício de sua cidade a m de comprar
diversos itens para a festa junina que se aproximava quando se deu uma grande explosão que lhe causou
queimaduras e destruiu seus pertences. Considerando a legislação em vigor e a jurisprudência atualizada,
é correto a rmar que:
(A) é sempre cabível a responsabilização civil do Município pelos danos decorrentes da explosão em
comércio de fogos de artifício;
(B) em razão do dever de scalização, haverá sempre responsabilidade civil do Município, ainda que o
comércio de fogos tenha recebido licença para funcionamento, com as cautelas legais;
(C) o exercício do comércio de fogos de artifício, atividade privada, não enseja, em qualquer hipótese,
responsabilização do Município por danos dela decorrentes;
(D) o requerimento de licença de instalação de comércio de fogos de artifício é su ciente para ensejar o
dever de agir do Município que será sempre responsabilizado na ocorrência de dano a terceiro;
(E) haverá responsabilidade civil do Município por omissão especí ca quando forem de conhecimento do
poder público eventuais irregularidades praticadas pelo particular.
#FGV (TJMS-23) 18 - Caio, médico, é servidor público concursado e vinculado ao Município X, no qual exerce
funções junto à área da saúde, por quarenta horas semanais. Recentemente, aprovado em novo concurso,
passou também a exercer funções médicas junto ao Município Y, sendo sua carga horária, neste local, de
30 horas semanais. À luz da legislação em vigor e da jurisprudência atualizada, é correto a rmar que:
(A) é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, salvo a única hipótese de acumulação lícita
que consiste em dois cargos de professor;
(B) a carga horária de mais de 70 horas semanais demonstra incompatibilidade de horários no exercício
das funções;
(C) a acumulação de cargos públicos de pro ssionais de área da saúde, prevista no Art. 37, XVI, da
Constituição da República de 1988 está sujeita ao limite de 40 horas semanais, sendo irregular a carga
horária de Caio;
(D) as hipóteses excepcionais que permitem acumulação de cargos públicos, previstas no Art. 37, XVI, da
Constituição da República de 1988 exigem, apenas, compatibilidade de horários, a ser veri cada no
caso concreto;
(E) a acumulação de cargos públicos de pro ssionais de área da saúde, prevista no Art. 37, XVI, da
Constituição da República de 1988 está sujeita ao limite de 60 horas semanais, sendo irregular a carga
horária de Caio.
#FGV (TJPR-23) 20 - Por determinação de José Goiaba, prefeito do Município da Boa Fruta, em todas as obras
municipais foram apostas placas confeccionadas com recursos do erário local, contendo a seguinte
inscrição: “Governo Zé Goiaba: o melhor da Boa Fruta”.
À luz da legislação de regência dos atos de improbidade administrativa, o ato do prefeito é:
(A) lícito, pois os agentes políticos têm o dever de divulgar as obras e prestar contas de sua
administração;
(B) lícito, pois o ato con gura manifestação do direito de liberdade de expressão e de publicidade dos
atos de gestão;
(C) ilícito e punível com multa e proibição de contratar com o poder público por prazo não superior a
quatro anos;
(D) ilícito e punível com perda da função pública e suspensão dos direitos políticos até doze anos;
(E) ilícito e punível com perda da função pública e suspensão dos direitos políticos até catorze anos.
#FGV (TJGO-23) 22 - Durante uma operação da Polícia Militar no Estado Beta, na comunidade Alfa, Joaquim,
menino de 5 anos, que dormia em sua cama, foi alvejado por uma bala perdida, morrendo imediatamente.
Os pais de Joaquim ajuizaram ação indenizatória por danos morais em face do Estado Beta.
No caso em tela, observando a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre o tema, o magistrado
deve aplicar a responsabilidade civil:
(A) objetiva do Estado, sendo dever do Estado Beta provar a exclusão do nexo causal entre o ato e o
dano, pois tal nexo é presumido;
(B) objetiva do Estado, sendo ônus dos pais de Joaquim provar a conduta, o dano e o nexo causal entre
o ato e o dano, sendo necessária a comprovação de que os policiais agiram com culpa ou dolo;
(C) objetiva do Estado, sendo ônus dos pais de Joaquim provar a conduta e o dano, não podendo o
Estado Beta invocar hipóteses excludentes da relação de causalidade e do elemento subjetivo da
culpa ou do dolo;
(D) subjetiva do Estado, sendo ônus dos pais de Joaquim provar a conduta, o dano, o nexo causal entre o
ato e o dano e o elemento subjetivo da culpa ou do dolo, caso não seja possível descobrir a origem
da bala perdida;
(E) subjetiva do Estado, sendo dever do Estado Beta demonstrar a regularidade da operação policial,
circunstância em que o ônus dos pais de Joaquim será de provar a conduta, o dano, o nexo causal
entre o ato e o dano e o elemento subjetivo da culpa ou do dolo dos policiais.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social: #FGV (TJAP-22-TJMS-23)
IV - salário mínimo, xado em lei, nacionalmente uni cado, capaz de atender a suas necessidades
vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene,
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo
vedada sua vinculação para qualquer m;
GABARITO 1159
GABARITO 1187
GABARITO 1236