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“fluxo de pensamentos/comentário

carta sobre a felicidade”

Epicuro em sua célebre carta sobre a felicidade destinada a seu discípulo Meneceu
demonstra conhecimento e domínio sobre a natureza humana ou pelo menos que
atingiu um certo patamar da chamada sabedoria.
Ele discorre como o próprio nome da carta diz, acerca de quais seriam os fatores
para galgar a tão sonhada felicidade.
Um elemento que nos conduziria a ela segundo Epicuro se trataria da meditação
filosófica o que remete um pouco a o que Jesus cristo passou aos seus discípulos
quando disse “conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” ou ao que
Aristóteles também acreditava quando que para ele o maior grau de felicidade se
daria pelo meio do cultivo da virtude e que essa nos conduziria à Alegria.
eu porém penso firmemente que o maior obstáculo para a nossa felicidade além do
autoconhecimento (conhece-te a ti mesmo) é o “sí mesmo” ou nós mesmos uma
visão que Dostoiévski também comungava quando ele disse “Se queres vencer o
mundo inteiro, vence-te a ti mesmo.’’
Na carta Epicuro coloca o saber ou o cultivo do estudo como uma das chaves para
a porta chamada liberdade
ou a liberdade da condição humana.
Epicuro também descreve características do estado da felicidade: “estando esta
presente, tudo temos, e, sem ela, tudo fazemos para alcançá-la”
ou seja quando se é feliz nada procuramos pois nosso fim está em nós mesmos (o
sentido da vida é si próprio no comprazer do momento presente), e que quando não
temos a felicidade fazemos de tudo para a alcançá-la. vale ressaltar que muitos
confusos com a busca da felicidade procuram encontrá-la em ilusões efêmeras e
sem sentido (com objetivos de vida que em suma não trariam sentido ou realizações
verdadeiras para as suas vidas) com coisas que não estão a par da verdade
filosófica de Epicuro.
“os juízos do povo a respeito dos Deuses não se baseiam em noções inatas, mas
sim em opiniões falsas.” nesse trecho de Samos ele Expõe a grande ignorância que
as pessoas de seu tempo cultivavam a respeito de seus deuses (dodo o seu devido
contexto histórico cultural de sua época.) isso remeteu-me a falsa idéia que muitos
têm hoje quando se dizem ser tementes a Deus como se “ele” compartilhasse de
características humanóides como nossas emoções e julgamentos.
“quem aconselha o jovem a viver bem e o velho a morrer bem não passa de um
tolo, não só pelo que a vida é agradável a ambos mas também porque se deve ter
exatamente o mesmo cuidado em honestamente viver e em honestamente morrer”
Aqui Epicuro demonstra conhecer sobre o que seria uma vida bem vivida, uma
questão filosófica clássica.
ele elucida que se deve viver e morrer igualmente bem de modo a termos tanto
uma morte digna como uma vida plena.
“Nunca devemos nos esquecer de que o futuro não é nem totalmente nosso, nem
totalmente não-nosso, para não sermos obrigado a esperá-lo como se estivesse por
vir com toda a certeza, nem nos desesperamos como se não estivesse por vir
jamais” nesse ponderado e equilibrado trecho assim como em toda carta. destaca
de maneira indireta a paciência como virtude. mas também o livre-arbítrio de modo
que se você não tomar as atitudes corretas em seu presente de nada adiantaria
esperar um bom futuro.

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