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Processo Penal Constitucional
Processo Penal Constitucional
CONSTITUCIONAL
A CF/88 nos traz em seu art. 5º inc. XXXVII: “não haverá juízo ou
tribunal de exceção”, e no inc. LIII: “ninguém será processado nem sentenciado
senão pela autoridade competente”. Desta forma, o juiz deve afastar-se
voluntariamente de oficiar no processo e encaminhá-lo a seu substituto legal, e
tanto o impedimento quanto a suspeição devem ser reconhecidos “ex officio”.
Ao assumir o princípio da imparcialidade, pressuposto de validade do
processo, o juiz assume uma postura de um magistrado que cumpre a
Constituição de forma fidedigna, abstraindo de seus valores e de vínculos
subjetivos como o citado na questão, de o réu João Batalha ser desafeto de
Roberto, juiz responsável pelo julgamento.
Ainda dentro das normativas, o Código de Processo Penal traz em seu
art. 254: “o juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado
por qualquer das partes”, e no inc. I – se for amigo íntimo ou inimigo capital de
qualquer deles.
No caso concreto, seguindo as normativas o juiz deve declarar sua
incompetência absoluta “ex offício”, tendo em vista a questão ética e seu
compromisso com a justiça, afastando-se do processo de forma escrita.