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Conversão Eletromecânica de Energia.: "Joseph Turton Júnior"
Conversão Eletromecânica de Energia.: "Joseph Turton Júnior"
1
CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL
“JOSEPH TURTON JÚNIOR”
Presidente da FIEPE
Jorge Wicks Côrte Real
Elaboração
Luciano Alves de Oliveira Júnior
Docente SENAI Areias – Recife-PE
Unidade Operacional
CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL “JOSEPH TURTON JUNIOR”
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1.1.1 - Magnetismo.
O magnetismo, como qualquer forma de energia, é originada na estrutura física da
matéria, ou seja, no átomo. O elétron gira sobre seu eixo (spin eletrônico) e ao redor do
núcleo de um átomo (rotação orbital) como mostra a figura 2.
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Exercício:
Resposta:
B=Ø[T]
A
Onde:
B: densidade de fluxo magnético, Tesla [ T ]
Ø: fluxo magnético, Weber [ Wb ]
A: área da seção perpendicular ao fluxo magnético, metros quadrados [ m2 ]
1T = 1 Wb/ m2
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Exercício:
2) Qual a densidade de fluxo em teslas quando existe um fluxo de 600μWb através de uma
área de 0,0003 m2?
Resposta:
Dados:
Ø = 600μWb = 6 x 10-4 Wb
A = 0,0003 m2 = 3 x 10-4 m2
B = Ø = 6 x 10-4 = 2 [ T ]
A 3 x 10-4
Fmm = NI [A.e]
Onde:
Fmm : força magnetomotriz, [ A.e ]
N: número de espiras
I: corrente [ A ]
Exercício:
3) Calcule os ampères-espira de uma bobina com 1.500 espiras e uma corrente de 4mA.
Resposta:
NI = 1.500 (4 x 10-3) = 6 Ae
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Onde:
H: intensidade do campo magnético [ A.e/m ]
N: número de espiras
I: corrente [ A ]
ℓ: comprimento da bobina em metros [ m ]
Fmm : força magnetomotriz, [ A.e ]
Figura 6 – Bobina com 30 espiras por onde circula uma corrente de 1A. Na figura 6a a bobina está sendo esticada
ℓ=20cm, na figura 6b ela está sendo comprimida ℓ=10cm e na figura 6c se introduz um elemento ferro-magnético na
bobina ℓ=30cm.
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Exercício 4:
b) Se essa mesma bobina for esticada até atingir 20 cm, permanecendo constante o
comprimento do fio e a corrente, qual o novo valor da intensidade de campo (Figura 6b)?
Figura 7 – Bobina com 40 espiras passando por ela uma corrente de 3A.
Resposta:
H = 40 x 3 = 1200 A.e/m
0,1
H = 40 x 3 = 600 A.e/m
0,2
H = 40 x 3 = 600 A.e/m
0,2
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μ = B [ T.m/Ae ]
H
μ0 = 4π x 10-7 [ T.m/Ae ]
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Onde:
1.1.7 – Relutância R.
Ø = fmm [ Wb ] ou R = fmm [ Wb ]
R Ø
onde:
Ø: fluxo magnético, Wb
Fmm: força magnetomotriz, Ae
R: relutância, Ae/Wb
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R= ℓ [ Ae/Wb ]
μxA
onde:
R: relutância, Ae/Wb
ℓ: comprimento da bobina, metros
μ: permeabilidade magnética, T.m/Ae
A: área da seção reta da bobina, m2
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Exercício:
5) Uma bobina tem uma fmm de 500 Ae e uma relutância R de 2 x 106 Ae/Wb. Calcule o
fluxo Ø.
Resposta:
Ø = fmm [ Wb ]
R
Resposta:
H=N.I Ø=μ.N.I.A
ℓ ℓ
logo:
R = fmm = N.I = N. I. ℓ = ℓ__
Ø μ.N.I.A μ.N.I.A μxA
ℓ
R= ℓ [ Ae/Wb ]
μxA
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Um circuito magnético pode ser comparado a um circuito elétrico no qual uma fem
produz uma corrente. Seja um circuito magnético simples.
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Exercício:
Respostas:
Af = Ag = 9 cm2 = 9 x 10-4 m2
ℓf = 30 cm = 0,3 m
g = 0,050 cm = 5 x 10-4 m
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a) Relutâncias:
b) Fluxo Ø.
Sabendo que:
B=Ø[T]
A
Logo:
Ø = B x A [ Wb ]
Ø = 1 x 9 x 10-4 = 9 x 10-4 Wb
b) A corrente I.
Sabendo que:
Ø= fmm = NI_____
(R f + R g ) (R f + R g )
Ø= NI_____
(R f + R g )
Então:
I = 0,8 A
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Resposta:
g = 1 cm = 0,01 m
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Encontrando o fluxo Ø.
Ø= fmm = NI_____
(R f + R g ) (R f + R g )
Rf= 0
B=Ø[T]
A
B = 0,12 = 0,6 T
0,2
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1.1.9 - O indutor.
2) Todo indutor sob a influência de um campo magnético variável gera corrente elétrica
proporcional a esse campo.
3) Quando uma corrente variável é posta em um indutor, gera campo magnético variável e
este gera de volta uma corrente no próprio indutor.
Lei de Faraday.
Vinduzida = N x ΔØ
Δt
Onde:
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Lei de Lenz.
Segundo a lei de Lenz, qualquer corrente induzida tem um sentido tal que o campo
magnético que ela gera se opõe à variação do fluxo magnético que a produziu. Se o campo
está aumentando no sentido norte, a corrente gera um campo norte também, se o campo
diminui no sentido norte, a corrente gera um campo no sentido sul.
Matematicamente, a lei de Lenz é expressa pelo sinal negativo que aparece na
expressão da Lei de Faraday.
Vinduzida = – N x ΔØ
Δt
Onde:
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Vinduzida = – N x ΔØ
Δt
Onde:
N; número de espiras
B; Densidade de Fluxo Magnético
A; Área de atuação do campo magnético em relação as espiras
w; velocidade angular, de rotação
Logo:
Ou
Ou
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Exercício:
Resposta:
ΔØ = 12 – 6 = 6 Wb
Δt = 2 segundos
ΔØ = 6 = 3 Wb/s
Δt 2
N = 10, logo:
Vinduzida = – N x ΔØ = 10 x 3 = 30 V
Δt
CV significa cavalo vapor e é definido como uma unidade de potência mecânica, assim
como o HP que significa horse Power e também é uma unidade que identifica a potência
mecânica. O Watt (W) é uma unidade que identifica a potência elétrica. As correlações entre
elas estão definidas abaixo:
1CV = 736W e
1HP = 746W.
P= T [W]
Δt
Onde:
P: potência em watt
T: trabalho, N.m
Δt: intervalo de tempo em segundos ( t – t0)
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1/3; 1/2; 3/4; 1; 1,5; 2; 3; 4; 5; 6; 7,5; 10; 12,5; 15; 20; 25; 30; 40; 50; 60; 75; 100; 125; 150;
175; 200; 250.
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Exercício:
10) Um elevador com massa igual a 980 Kg deve ser elevado a uma altura de 30m por um
motor. Se usarmos um motor que realize este trabalho em 30 segundos, qual a potência
mecânica do motor? Considerar a aceleração da gravidade igual a 10 m/s2.
Resposta:
P= T [W]
Δt
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11) Um peso de 600N deve ser elevado a uma altura de 2 m por um motor. Se usarmos um
motor que realize este trabalho em 12 segundos e outro que realize em 2 segundos, qual a
potência mecânica de cada motor?
Resposta:
Sabendo que a força e igual ao peso e vale 600N, podemos calcular a potência mecânica
dos dois motores.
Motor 1.
Realiza o trabalho em 12 segundos.
Motor 2.
Realiza o trabalho em 2 segundos.
Cálculo do motor 1.
T = F x d = P x d = 600 x 2 = 1200 N.m = 1200 J
P= T = 1200 = 100 W (potência elétrica ou potência de entrada)
Δt 12
Cálculo do motor 2.
T = F x d = 600 x 2 = 1200 N.m = 1200 J
P= T = 1200 = 600 W (potência elétrica ou potência de entrada)
Δt 2
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T: torque, N.m
wr: velocidade angular ou rotação, rad/s
Exercício:
12) Qual o torque disponível no eixo do motor de 7,5 CV com o eixo girando a 1760 rpm?
Resposta:
Torque:
Observação: Um Newton-metro significa que uma força de 1 Newton está sendo aplicada a
1 metro de distância.
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1.1.12 – Rendimento.
Com base nos fatos, devemos distinguir entre a potência que é efetivamente transformada
em trabalho útil, Pútil, e a potência absorvida da fonte de energia primária, Pabsorvida, pois esta
é maior do que aquela. A diferença entre uma e outra parcela corresponde a potência
perdida, Pperdida, ou seja
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Pútil
Pabsorvida
onde é adimensional.
Pabsorvida Pútil
Assim:
0 1
Com freqüência, o rendimento é expresso em percentual, bastando para isso multiplicar a
equação 2.10 por 100%. Desta forma
Pútil
100%
Pabsorvida
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O rendimento total do sistema de máquinas será igual ao produto dos rendimentos parciais
de cada máquina.
Exercício:
13) Qual o rendimento total de um sistema formado por um motor elétrico de rendimento
90% e de uma máquina cujo rendimento é de 70%.
ntotal = 0,9 x 0,7 = 0,63
ntotal (%) = 63%
14) Um motor elétrico trifásico tem uma potência mecânica útil entregue ao eixo igual a 3
CV. Sabendo que na placa de identificação do motor o rendimento vale 85%, qual o valor da
potência elétrica ativa, solicitada ou consumida da rede elétrica pelo motor?
Resposta:
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2 – Motor Síncrono.
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f = P. n = P x n
120 2 60
Onde:
= freqüência (Hz)
n = velocidade (rpm)
P = nº de pólos
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f = P. n = P x n
120 2 60
Onde:
= freqüência (Hz)
n = velocidade (rpm)
P = nº de pólos
Ao rotor aplicamos tensão contínua para produzir um campo magnético fixo que acompanha
o campo girante fielmente.
Na figura 22 existem dois pólos no rotor criados pela excitação em corrente contínua
aplicada e um campo magnético girante no estator com velocidade determinada pela
freqüência da rede e pelo número de pólos da máquina.
O problema do motor síncrono é a incapacidade de atingir a velocidade síncrona,
partindo da inércia, sob carga, sem procedimentos especiais, tais como:
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Conclusão:
O motor síncrono é incapaz de partir sem a ajuda sob certas situações de carga. Em vazio
talvez parta, mas com carga, dificilmente. Normalmente se utiliza outro motor acoplado ao
eixo do motor síncrono para imprimir velocidade ao motor síncrono até atingir 90% da
velocidade do campo girante no estator. Então o motor auxiliar é desacoplado e o motor
síncrono busca a sincronia com o campo magnético no estator e toma o controle da
situação.
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Exercício:
15) Um motor síncrono trifásico com rendimento de 85% absorve uma corrente de linha
eficaz de 10A e opera com uma tensão de 380V em estrela. Se a potência consumida é de
1800W e a rotação do campo magnético da armadura (estator) é igual a 1800 rpm. Pede-se:
a) A potência aparente.
b) O fator de potência do motor.
c) A potência mecânica disponível no eixo no motor.
d) O torque.
e) O número de pólos do motor.
Respostas:
Sabendo que:
Ilinha = Ifase
Vlinha = 3 Vfase = 380 V
P = 1800 W
N = 85%
n =1800 rpm
a) A potência aparente trifásica.
S3Ø = 3 Vlinha x I linha = 3 x 380 x 10 = 6581 VA
S3Ø = 3 Vfase x I fase = 3 x 380/ 3 x 10 = 6581 VA
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d) Torque.
wr = nr . 2π rad/s = 1800 . 2π = 188,5 rad/s
60 60
Torque:
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16) O bate estaca eleva o batente de 2 toneladas a uma altura 10 metros. Calcule o trabalho
realizado pela força peso e a potência do motor (despreze as perdas por atrito) se o
percurso de elevação foi feito em 20 s. Considere g=10m/s2.
massa = 2000Kg
h = 10m
t = 20s
Trabalho:
T = m.g.h = 2000x10x10 = 200KJ
Potência elétrica:
P = Trabalho/Δt = 200K/20 = 10KW
Potência Mecânica:
Pmecânica = Pelétrica / 736 = 13,58 CV
17) Um guindaste eleva uma carga de 2 toneladas a uma altura de 1m em 5s. Determine o
rendimento do sistema se o motor utilizado é de 12 HP.
massa = 500 Kg
h=1m
Δt = 0,5 s
Trabalho:
T = m.g.h = 500x10x1 = 5KJ
Rendimento:
n = Psaída / Pentrada = 8952/10000 = 0,8952
n (%) = 89,5 %
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2 – Motor Síncrono.
b) Indutor (rotor).
Com enrolamento de campo de excitação com excitação cc. Esse enrolamento é conectado
a uma fonte externa por meio de anéis e escovas. Dependendo da construção do rotor, uma
máquina síncrona pode ser do tipo rotor cilíndrico (ou pólos lisos) ou do tipo pólos salientes.
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d) Carcaça.
Sua função principal é apoiar e proteger o motor, alojando também o pacote de chapas e
enrolamentos do estator. Podem ser construídas nos tipos horizontal e vertical e com grau
de proteção de acordo com as necessidades do ambiente.
e) Eixo.
Os eixos são fabricados de aço forjado ou laminado e usinados e tem como função apoiar as
bobinas do rotor.
Figura 28 – 1 Cubo do rotor, 2 Aranha, 3 Pólos, 4 Eixo, 5 Enrolamento de campo, 6 e 7 Enrolamento amortecedor.
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Podem ser excitados por uma fonte de energia elétrica externa ou pela própria
energia gerada devidamente retificada (auto-excidada); assim tem-se:
a) Excitatriz rotativa.
Em geral, um gerador de corrente contínua acionado pelo eixo do gerador. Neste caso tem-
se “excitação própria”. Necessita de escovas para alimentação de campo.
b) Excitatriz Brushless.
Neste tipo de excitatriz, a tensão de alimentação do campo é retificada por um conversor
rotativo localizado no eixo da máquina. Somente pode ser considerado como excitação
independente se possuir um gerador de ímã permanente de pólos fixos e armadura girante.
Como o próprio nome diz, não possui escovas para a alimentação do campo.
c) Auto Regulado.
A corrente de campo é proporcional à corrente fornecida pelo alternador. Para que isto seja
possível, utiliza-se de transformadores de corrente e ponte retificadora externa à máquina.
Necessita de escovas.
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Figura 31 – (a) Motor trabalhando sem carga, (b) Motor trabalhando com carga.
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Exercício:
18) Um motor síncrono de 20 pólos, 40 HP, 660V, 60 Hz, trifásico, ligado em estrela está
funcionando em vazio com a sua tensão gerada por fase exatamente igual a tensão de fase
aplicada à sua armadura (estator). À vazio, o rotor atrasa-se de 0,5 graus mecânicos em
relação à sua posição síncrona. A reatância síncrona é 10Ω e sua resistência efetiva de
armadura é igual a 1Ω por fase. Calcule:
a) O giro do motor em relação à posição síncrona em graus elétricos.
b) A fcme (Vg) da armadura resultante, por fase.
c) A corrente de armadura, por fase.
Respostas:
a)
= Pólos x ( /2) = 20 . (0,5/2) = 5º elétricos
b)
Vf = 660/ 3 = 381V
Vg = (Vf – Vf cos ) + j(Vf sen )
Vg = ( 381 – 381 cos 5º) + j(381 sen 5º)
Vg = 33,2 |87,3º V/fase
c)
Z = Ra + jXs
Z = 1 + j 10
Z = 10 |84,3º Ω/fase
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Uma vantagem incrível do motor síncrono é que ele funciona com um fator de
potência (FP) igual a um. Variando-se a intensidade do campo cc no rotor, o fator de
potência total de um motor síncrono poderá ser ajustado ao longo de uma faixa
considerável. Assim, o motor simula uma carga capacitiva através da linha. Se um sistema
elétrico estiver funcionando com um fator de potência indutivo, os motores síncronos ligados
através da linha são ajustados para um FP capacitivo podendo aumentar e melhorar o FP do
sistema. Qualquer melhora no FP aumenta a capacidade de fornecimento para a carga,
aumenta a eficiência e, em geral, melhora as características de funcionamento do sistema.
Para uma carga mecânica constante, pode-se variar o FP de um motor síncrono de
um valor capacitivo para um valor indutivo ajustando-se a sua excitação de campo cc. A
excitação de campo é ajustada de modo que o FP seja igual a 1.
Figura 32 –Motor síncrono com um reostato para ajuste da excitação de campo na correção do FP.
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Exercício:
19) A carga de uma instalação industrial é de 400 kVA para um fator de potência de 0,75
indutivo. Qual deve ser o FP da carga adicional de 100 kW de um motor síncrono se ele
aumentar o FP da instalação toda para 100%?
Figura 34 –Triângulo das potências do motor síncrono e vetores das potências com o motor instalado na industria.
Motor.
P = 100 kW
Q = 264,5 kVAR
tg θ = 264,5k / 100k = 2,64
arc tg 2,64 = 69,28º
cos 69,28º = FP = 0,35
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20) A carga elétrica de uma indústria é de 500kVA para um FP indutivo igual a 0,8.
Dimensione um motor síncrono com ¼ da potência real da carga instalada e calcule o FP do
motor para que o mesmo corrija o FP de toda instalação para 92% (FP=0,92). Calcule o
preço da conta de energia desta indústria durante o mês, antes e depois da instalação do
motor, sabendo que a indústria funciona 24 horas por, todos os dias do mês e o preço do
kWh é igual a R$ 0,50.
Figura 36 –Triângulo das potências do motor síncrono e vetores das potências com o motor instalado na industria.
Motor.
P = 100 kW
Q = 264,5 kVAR
tg θ = 264,5k / 100k = 2,64
arc tg 2,64 = 69,28º
cos 69,28º = FP = 0,35
Dados para a fabricação do motor – P = 100kW; FP = 0,35.
Potência ativa da indústria, após a instalação do motor será igual a 300k+100k=400KW.
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3 – Geradores Síncronos.
Princípio de funcionamento:
Um gerador síncrono apresenta aspectos construtivos similares ao motor síncrono
(máquina síncrona), e sendo assim, diferem apenas na forma de serem empregados. O
gerador tem a velocidade de seu eixo estabelecida por uma máquina primária fornecendo
energia elétrica com tensões e correntes alternadas para que ambas as operações sejam
possíveis, é necessário que a máquina seja excitada utilizando-se de uma fonte de energia
elétrica contínua.
Quanto às aplicações dos geradores síncronos também conhecidos por alternadores,
praticamente toda a geração de energia elétrica mundial ocorre empregando este tipo de
máquina elétrica.
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Ø = Øn cosωt = B.A.cosωt
Tensão induzida:
e = - N.dØ/dt
e = N.B.A.ω.senωt
e = EMáxima.senωt
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como:
ω = 2π.f
e = N.B.A.ω.senωt
e = N.B.A.2π.f.senωt
e = N.B.A.2π.(P.n/120).senωt
N – Número de espiras.
B – Densidade de fluxo.
A – Área do fluxo.
ω – Velocidade angular.
A cada giro da espira (figura 39), obtém-se um ciclo completo da tensão gerada. A
freqüência e dada pela fórmula: f= P.n/120.
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Nas máquinas reais, os enrolamentos são distribuídos de tal modo que se obtenha
uma forma de onda de tensão o mais próximo possível da senoidal. As tensões induzidas
nos enrolamentos de um gerador trifásico têm a forma parecida com as ondas senoidais do
gráfico da figura 44 abaixo.
Tensões:
Onde:
N – Número de espiras.
B – Densidade de fluxo magnético
A – Área da bobina.
ω – Velocidade angular (de giro)
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Exercício:
Resposta:
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Exercício:
Preencha a tabela e construa o gráfico das tensões nas fases A, B e C do gerador síncrono
trifásico, sabendo que: VMáx = 1VAC e π (rad) = 180°. Quando ωt = π/2 qual o valor das
tensões nas fases A, B e C. Um motor assíncrono de indução alimentado por este gerador
síncrono terá o sentido de rotação do seu eixo no sentido horário ou anti-horário.
Construção do gráfico:
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b) Estator.
O estator da máquina síncrona é muito semelhante ao de um motor de indução. É
composto de chapas laminadas dotadas de ranhuras axiais onde é alojado o enrolamento do
estator (enrolamento da armadura). Em geral as máquinas síncronas são trifásicas, sendo
que geradores monofásicos são mais utilizados em pequenas potências, ou quando não
existe uma rede trifásica disponível. No estator fica alojado o enrolamento da armadura e é
deste enrolamento que se fornece a tensão do gerador para uma carga.
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c) Rotor.
Consiste nas partes ativas giratórias é formado de chapas laminadas justapostas que
em geral são do mesmo material que o estator. Do ponto de vista construtivo existem dois
tipos básicos de rotores: rotores contendo pólos salientes e rotores contendo pólos lisos.
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Para ligar um gerador síncrono em paralelo com outro gerador ou com um barramento
energizado, é necessário verificar as seguintes condições:
1 – Mesma seqüência de fases;
2 – Mesmo nível de tensão;
3 – Mesma freqüência;
4 – Mesmo ângulo de fase.
Com exceção da seqüência de fases, as demais condições devem ser ajustadas
durante a operação de paralelismo. A este ajuste chamamos de “sincronização”. A
sincronização pode ser manual ou automática.
Os geradores síncronos ligados em paralelo a uma rede comum devem possuir
exatamente a mesma freqüência, ou seja, devem girar em sincronismo. Isto implica que
devem fazê-lo à mesma velocidade, já que a freqüência também depende do número de
pólos, em outras palavras, é necessário que as máquinas desenvolvam uma velocidade tal
que resulte em uma mesma freqüência em todas as unidades em paralelo.
Observe-se que, as máquinas primárias, por si só, não conseguem manter sua
velocidade absolutamente constante, para que a freqüência fique igualmente constante.
Como na operação em paralelo são possíveis oscilações de velocidade, a manutenção
deste estado deve-se à existência de um conjugado sincronizante. Assim, a operação
estável implica em um ponto comum de funcionamento, determinado por todas as máquinas
que se encontram em paralelo; entretanto, existem limites para que o conjugado
sincronizante torne a operação estável.
Pelo exposto, a colocação de um novo gerador em paralelo é uma das situações mais
importantes nestas condições operacionais: para que isto seja possível sem quaisquer
danos à máquina ou ao sistema é necessário atender vários quesitos fundamentais.
Na realidade, todas elas são condições para evitar que haja corrente de circulação
pela malha formada pelos geradores que estão em paralelo e o que está entrando. A figura
51 ajuda na compreensão do problema.
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E1 ≠ E2
Resulta:
I circulante = E1 + E2
Z 1 + Z2
U = E1 – Z1.I circulante
Ou
U = E2 – Z2.I circulante
Como a resistência das máquinas são muito menores que as reatâncias, verifica-se
que a corrente de circulação será predominante indutiva; desta forma, para o gerador G1 a
reação de armadura tende a causar um efeito desmagnetizate e magnetizante para o G2.
Isto, naturalmente, implica em dizer-se que G1 está agindo como gerador e G2 como motor.
Os conjugados sincronizantes tendem a agir no sentido de compensar estas
diferenças, produzindo esforços excessivos no eixo das máquinas podendo danificá-las (há
casos em que o conjugado resultante é superior ao causado por um curto-circuito trifásico
brusco).
Além desta situação desfavorável, a corrente de circulação resultará em
sobreaquecimento nos enrolamentos dos geradores.
Desta forma, para evitar a citada corrente de circulação é necessário que a tensão
gerada pela máquina seja rigorosamente igual ao do sistema ao que será acoplada em
paralelo. Como as tensões são alternadas, vários fatores estão envolvidos; de modo mais
específico, é necessário que as tensões geradas pela máquina, em relação às do sistema,
possuam:
a) A mesma forma de onda;
b) A mesma freqüência;
c) O mesmo valor eficaz;
d) A mesma seqüência de fase (máquinas trifásicas); e,
e) Defasagem nula entre as respectivas ondas de tensão.
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A figura 52 ilustra situações nas quais pelo menos uma destas condições não é
atendida.
Figura 52 – Formas de onda de dois geradores a serem ligados em paralelo. a) Formas de onda diferentes; b) Valores
eficazes diferentes; c) Freqüência diferentes; d) Ângulos de fase diferentes; e) Seqüência de fases diferentes.
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Visão geral das fontes alternativas de energia elétrica: hídrica, térmica, nuclear,
geotérmica, eólica, marés, fotovoltaica e química.
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Vários cuidados precisam ser tomados tais como: os gases provenientes da queima do
combustível devem ser filtrados, evitando a poluição da atmosfera local; a água aquecida
precisa ser resfriada ao ser devolvida para os rios porque várias espécies aquáticas não
resistem a altas temperaturas.
No Brasil este é o segundo tipo de fonte de energia elétrica que está sendo utilizado, e
agora, com a crise que estamos vivendo, é a que mais tende a se expandir.
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O método que as usinas nucleares utilizam para obter energia elétrica é chamado de
fissão nuclear e consiste na quebra de átomos grandes em menores. Apesar de ser um processo
físico extremamente complexo com inúmeras variáveis ele pode ser explicado e assimilado
facilmente. A fissão de núcleos atômicos ocorre devido ao lançamento de um nêutron em alta
velocidade no átomo, ou seja, partículas chamadas nêutrons são lançadas na direção de um
átomo e o nêutron se funde ao núcleo deste átomo causando um desequilíbrio no átomo. Esse
desequilíbrio causado pelo nêutron faz com que o núcleo do átomo, agora totalmente instável e
incapaz de continuar coeso, se separe formando outros dois átomos e liberando outros nêutrons.
A liberação destes novos nêutrons devido a fissão do primeiro núcleo atômico cria uma
reação em cadeia na qual cada átomo fissurado possibilita a fissura de outros dois átomos, que
por sua vez serão responsáveis pela fissura de mais dois átomos. A reação continua até que
todo material físsil seja fissurado incapacitando os nêutrons livres de criar novas fissões
nucleares.
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As usinas nucleares utilizam o princípio da fissão nuclear para gerar calor. Dentro do
Reator Nuclear, centenas de varetas contendo material radioativo são fissionadas,
liberando muito calor. Este calor irá aquecer a água (totalmente pura) que fica dentro do
reator. Ela pode chegar á incríveis 1500°C a uma pressão de 157atm. Essa água quente irá
seguir por tubos, até o vaporizador, depois volta ao reator, completando o circuito primário.
No vaporizador, outra quantidade de água será fervida, pelo calor de tubos onde passam a
água extremamente quente do reator. O vapor gerado sairá por canos, até onde ficam
localizadas as turbinas e o gerador elétrico. O vapor d'água pode girar as pás das turbinas a
uma velocidade de 1800rpm. Depois que o vapor executar sua função, ele segue para o
condensador, onde vai virar água novamente e retornar ao vaporizador. Este é o chamado
circuito secundário. Para que o condensador transforme o vapor do circuito secundário em
água, é necessário que ele seja abastecido de água fria. Essa água fria pode vir de rios e
lagos próximos. Ao passar pelo condensador, esta água fica quente, necessitando ser
resfriada nas torres de resfriamento (a maior parte de uma usina nuclear). Este é o circuito
terciário (ou sistema de água de refrigeração).
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Figura 58 – 10 gramas de Urânio produzem a mesma energia que 700kg de óleo ou 1200kg de carvão.
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Em relação às desvantagens de uma usina nuclear podemos citar alguns itens. Um dos
principais problemas que uma usina nuclear pode causar é o lixo radioativo. Esse material é
resultado da fissão nuclear e por ser radioativo não pode ser deixado exposto uma vez que essa
radiação causaria problemas para a fauna e flora da região em que o material se encontra. O lixo
radioativo de uma usina nuclear pode demorar centenas de anos para perder suas propriedades
radioativas, todavia não são uma ameaça maior que os dejetos produzidos por outros tipos de
usinas, uma vez que o material radioativo só precisa ser armazenado em lugares protegidos sem
jamais causar qualquer tipo de problema. Enquanto as usinas nucleares apresentam como
subproduto apenas o material radioativo que só precisa ser armazenado de forma devida, usinas
como termoelétricas produzem como subprodutos dióxido de carbono e outros gases que são
acusados de acelerar o aquecimento global.
Existe ainda um fator de risco, muito mais evidente, que é a possibilidade de explosão de
uma usina nuclear. Como vimos, os processos de fissão resultam em um aquecimento
considerável do urânio. Esse aquecimento, se não for controlado, pode causar a fusão do reator
e originar um acidente nuclear de grandes proporções. Esse tipo de acidente nuclear é
problemático, pois a radiação do urânio iria ser levada pelos ventos da atmosfera e se espalhar
por uma grande área, afetando diversos seres. E este é o grande risco de se ter uma usina
nuclear, a possível ruptura da usina e liberação de material radioativo. Apesar de sempre existir
a possibilidade do vazamento da radiação isso é extremamente improvável. De fato, durante
toda a história das usinas nucleares o único acidente que ocorreu devido à falha humana foi o de
Chernobyl em 1986. Graças aos rígidos protocolos de segurança que essas usinas são
obrigadas a seguir as chances de uma usina explodir são realmente muito pequenas.
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Os moinhos de ventos são velhos conhecidos nossos, e usam a energia dos ventos,
isto é, eólica, não para gerar eletricidade, mas para realizar trabalho, como bombear água e
moer grãos. Na Pérsia, no século V, já eram utilizados moinhos de vento para bombear água
para irrigação.
A energia eólica é produzida pela transformação da energia cinética dos ventos em
energia elétrica. A conversão de energia é realizada através de um aerogerador que
consiste num gerador elétrico acoplado a um eixo que gira através da incidência do vento
nas pás da turbina.
A turbina eólica horizontal (a vertical não é mais usada) é formada essencialmente por
um conjunto de duas ou três pás, com perfis aerodinâmicos eficientes, impulsionadas por
forças predominantemente de sustentação, acionando geradores que operam a velocidade
variável, para garantir uma alta eficiência de conversão (fig. 58).
A instalação de turbinas eólicas tem interesse em locais em que a velocidade média anual
dos ventos seja superior a 3,6 m/s.
Existem atualmente, mais de 20 000 turbinas eólicas de grande porte em operação no
mundo (principalmente nos Estados Unidos). Na Europa, espera-se gerar 10 % da energia
elétrica a partir da eólica, até o ano de 2030.
O Brasil produz e exporta equipamentos para usinas eólicas, mas elas ainda são
pouco usadas. Aqui se destacam as Usinas do Camelinho (1MW, em MG), de Mucuripe
(1,2MW) e da Prainha (10MW) no Ceará, e a de Fernando de Noronha em Pernambuco.
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Figura 62 - Painel solar fotovoltaico que usado para sustentar telefone celular público em local isolado na Austrália.
Uma pilha química voltaica numa combinação de materiais que são utilizados porá
converter energia química em energia elétrica. Uma bateria é constituída pela ligação de
duas ou mais pilhas. Uma reação química produz cargas opostas em dois metais diferentes,
que servem como terminais negativos e positivos (figura 63). Os metais estão em contato
com um eletrólito.
Figura 63 – A pilha química voltaica é capaz de gerar energia através de reação química.
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5.1 – Introdução:
Um motor é uma máquina que converte energia elétrica em energia mecânica de
rotação. Os motores são os responsáveis pelo funcionamento das máquinas de lavar, das
secadoras de roupa, dos ventiladores, dos condicionadores de ar e da maioria das máquinas
encontradas na industria. O gerador por sua vez, é uma máquina que converte energia
mecânica de rotação em energia elétrica. A energia mecânica pode ser fornecida por uma
queda d’água, vapor, vento, motor à gasolina, óleo diesel ou motor elétrico.
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Rotor
Partes do Rotor
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Anel Comutador
Responsável por realizar a inversão adequada do sentido das correntes que circulam
no enrolamento do rotor, constituído de um anel de material condutor, segmentado por um
material isolante de forma a fechar o circuito entre cada uma das bobinas do enrolamento de
armadura e as escovas no momento adequado. O anel é montado junto ao eixo da máquina
e gira junto com o mesmo. O movimento de rotação do eixo produz a comutação entre os
circuitos dos enrolamentos.
Estator
Parte estática da máquina, montada em volta do rotor, de forma que o mesmo possa
girar internamente. Também é constituído de material ferromagnético, envolto em um
enrolamento de baixa potência chamado de enrolamento de campo que tem a função
apenas de produzir um campo magnético fixo para interagir com o campo do rotor. A fonte
de corrente de campo pode ser uma fonte separada, chamada de excitador, ou proveniente
do própio rotor.
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Escovas
São conectores de grafita fixos, montados sobre molas que permitem que eles
deslizem (ou "escovem“) sobre o comutador no eixo do rotor. Assim, as escovas servem de
contato entre os enrolamentos da armadura e a carga externa.
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Eemf = -N
N – numero de espiras;
– variação do fluxo.
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Figura 70: Posição do Plano da Bobina de Fio, relativamente à Direção do Campo Magnético, e a correspondente Força
Eletromotriz Induzida.
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Aplicação.
Tacógrafo – Tensão proporcional à velocidade de rotação.
Amplificador (ampli-dínamo) – Entrada com a tensão de excitação e saída tensão do
gerador.
Diagrama do circuito.
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Diagrama do circuito:
Obs: Para o gerador operar deve existir um fluxo residual no ferro do circuito magnético do
estator (bobina de campo).
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b) Quando o campo está em série com a armadura, ele é chamado de gerador série.
A bobina do campo são montadas com poucas espirar e com fio grosso para suportar a
corrente da carga. É preciso notar que neste gerador a corrente de carga é a própria
corrente de excitação. No trabalho em vazio a fem é gerada apenas pelo magnetismo
residual das sapatas polares. Ao acrescentar carga ao gerador, uma corrente circula pela
carga e pela bobina de exci5tação, fazendo com que aumente o fluxo indutor e
conseqüentemente a tensão gerada. Ao elevar-se a tensão, a corrente aumenta e,
conseqüentemente, aumenta também o fluxo indutor. Isso se repete até que se verifique a
saturação magnética, quando a tensão se estabiliza. Antes da saturação magnética, a
tensão pode alcançar valores perigosos. Para evitar que a tensão se eleve, quando se
acrescenta uma carga ao circuito, coloca-se um reostato em paralelo com a excitação.
Diagrama do circuito.
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Diagrama do circuito.
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Diagrama do circuito.
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Onde:
As equações abaixo são escritas para determinar respectivamente:
Equação 6.1 e para calcular a tensão na armadura,
Equação 6.2 a tensão no terminal do gerador,
Equação 6.3 para determinar e corrente na linha,
Vta = Vg - Iara
Vt = Vg - Ia(ra + rs)
IL = Ia - Id
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A tensão média Vg gerada por um gerador pode ser calculada através da fórmula
descrita abaixo:
Onde:
Vg = tensão média gerada por um gerador cc, V
p = número de pólos
Z = número total de condutores da armadura (também chamado de indutores)
Φ = fluxo por pólo
n = velocidade da armadura, rpm
b = número de percursos paralelos através da armadura, dependendo do tipo de
enrolamento da armadura.
Para qualquer gerador todos os fatores são fixos exceto Φ e n então a equação acima
resume a:
Onde:
Onde este revela o valor de uma fem induzida em qualquer circuito e proporcional à
razão com que o fluxo está sendo interceptado. Assim se Φ duplicar e n permanecer o
mesmo Vg também é duplicado. Analogicamente, se n dobrar o valor, permanecendo Φ
constante Vg dobra.
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As perdas nos geradores e motores consistem nas perdas no cobre dos circuitos
elétricos e nas perdas mecânicas devidas á rotação da máquina. As perdas incluem:
1 – Perdas no cobre
As perdas no cobre estão presentes, porque é consumida urna certa potência quando
se faz passar uma corrente através de uma resistência. À medida que o rotor gira no campo
magnético, a fem induzida nas partes de ferro permite a passagem de correntes parasitas ou
de Foucault, que aquecem o ferro representando assim um desperdício de energia. As
perdas por histerese ocorrem quando um material magnético é magnetizado inicialmente
num sentido e em seguida no sentido oposto. Outras perdas rotacionais são produzidas pelo
atrito de rolamento no mancal, pelo atrito das escovas apoiadas sobre o comutador e pelo
atrito com o ar.
Eficiência = saída
entrada
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Observando a figura abaixo podemos entender como uma força é gerada em uma
espira no enrolamento do rotor.
Numa bobina retangular formada por uma única espira paralela a um campo
magnético, o sentido da corrente no condutor da esquerda é no sentido do terminal negativo
do anel coletor, enquanto no condutor do lado direito a corrente tem o sentido saindo do
terminal positivo do anel coletor. Portanto, o condutor da esquerda tende a se deslocar para
cima com a força F, e o condutor do lado direito tende a se deslocar para baixo com uma
força igual a F’. As duas forças agem de modo a produzir um torque que faz a bobina girar
no sentido horário. Um motor usa um grande número de bobinas para melhorar a sua
eficiência.
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5.5 – Introdução.
As máquinas de corrente contínua podem ser utilizadas tanto como motor quanto
como gerador. Porém, uma vez que as fontes retificadoras de potência podem gerar tensão
contínua de maneira controlada a partir da rede alternada, pode-se considerar que,
atualmente, a operação como gerador fica limitada aos instantes de frenagem e reversão de
um motor.
Atualmente, o desenvolvimento das técnicas de acionamentos de corrente alternada
(CA) e a viabilidade econômica têm favorecido a substituição dos motores de corrente
contínua (CC) pelos motores de indução acionados por inversores de freqüência. Apesar
disso, devido às suas características e vantagens, o motor CC ainda se mostra a melhor
opção em inúmeras aplicações, tais como:
· Máquinas de Papel
· Bobinadeiras e desbobinadeiras
· Laminadores
· Máquinas de Impressão
· Extrusoras
· Prensas
· Elevadores
· Movimentação e Elevação de Cargas
· Moinhos de rolos
· Indústria de Borracha
· Mesa de testes de motores
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O estator é composto de uma estrutura ferromagnética com pólos salientes aos quais
são enroladas as bobinas que formam o campo, ou de um ímã permanente. A figura 84
mostra o desenho de um motor CC de 2 pólos com enrolamento de campo.
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Em sua forma mais simples, o comutador apresenta duas placas de cobre encurvadas
e fixadas (isoladamente) no eixo do rotor; os terminais do enrolamento da bobina são
soldados nessas placas. A corrente elétrica “chega” por uma das escovas (+), “entra” pela
placa do comutador, “passa” pela bobina do rotor, “sai” pela outra placa do comutador e
“retorna” à fonte pela outra escova (-). Nessa etapa o rotor realiza sua primeira meia-volta.
Nessa meia-volta, as placas do comutador trocam seus contatos com as escovas e a
corrente inverte seu sentido de percurso na bobina do rotor. E o motor CC continua girando,
sempre com o mesmo sentido de rotação.
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Ua = Ra . Ia + E
Onde:
Ua = Tensão de armadura
Ra = Resistência da armadura
Ia = Corrente de armadura
E = Força Eletromotriz induzida ou Força Contra-Eletromotriz da armadura
E = K1 . Ø . n
Onde:
n = velocidade de rotação
k1 = constante que depende do tamanho do rotor, do número de pólos do rotor, e como
essas pólos são interconectados.
Ø = fluxo no entreferro
Admitindo-se que a queda de tensão na armadura é pequena, ou seja, Ra.Ia=0, a expressão
se reduz a:
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Ø = K2 . If
Onde:
k2 = constante
If = corrente de campo
C = K3 . Ia . Ø
Onde:
C = conjugado eletromagnético do motor
k3 = constante
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Vantagens
· Operação em 4 quadrantes com custos relativamente mais baixos
· Ciclo contínuo mesmo em baixas rotações
· Alto torque na partida e em baixas rotações
· Ampla variação de velocidade
· Facilidade em controlar a velocidade
· Os conversores CA/CC requerem menos espaço
· Confiabilidade
· Flexibilidade (vários tipos de excitação)
· Relativa simplicidade dos modernos conversores CA/CC
Desvantagens
· Os motores de corrente contínua são maiores e mais caros que os motores de indução,
para uma mesma potência
· Maior necessidade de manutenção (devido aos comutadores)
· Arcos e faíscas devido à comutação de corrente por elemento mecânico (não pode ser
aplicado em ambientes perigosos)
· Tensão entre lâminas não pode exceder 20V, ou seja, não podem ser alimentados com
tensão superior a 900V, enquanto que motores de corrente alternada podem ter milhares de
volts aplicados aos seus terminais.
· Necessidade de medidas especiais de partida, mesmo em máquinas pequenas.
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Bibliografia
Guedes, Manuel Vaz – Sistemas geradores de energia elétrica.
Wikipédia
Máquina de corrente contínua
Motor elétrico
Gerador
Máquinas Elétricas
<http://www.faatesp.edu.br/publicacoes/maquina_CC.pdf>
VINCENT, Del Toro. Fundamentos de maquinas elétricas, New Jersey Prentice-hall, 1990.
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