Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
a) Área Animal
Introdução
8
Revista RG News 2 (1) 2016 - Sociedade Brasileira de Recursos Genéticos
transbordam e com suas águas inundam todas as planícies da Baixada. Nesta região
encontra-se um efetivo equino de 24 mil cavalos onde registra-se de forma marcante a
presença de um grupamento genético equino denominado pela população local de
“Baixadeiro”, que se destaca por sua rusticidade, resistência e grande adaptação as
condições ecológicas do local, demonstrando grande capacidade para trabalhar em áreas
alagadas. Estes equinos exercem importante papel no trabalho e na vida diária do homem
da baixada maranhense que vive da agricultura e pecuária de subsistência.
Este trabalho tem por objetivos investigar o manejo geral do grupamento genético de
equinos “Baixadeiros”, caracterizá-lo fenotipicamente, destacando suas medidas lineares,
índices e relações zootécnicas e suas principais pelagens além de averiguar o seu estado
sanitário em relação a prevalência de anemia infecciosa equina, babesiose e erlichiose, nos
municípios de Pinheiro, São Bento e Bacurituba visando sua preservação.
Material e Métodos
9
Revista RG News 2 (1) 2016 - Sociedade Brasileira de Recursos Genéticos
Resultados e Discussão
Caracterização do manejo
10
Revista RG News 2 (1) 2016 - Sociedade Brasileira de Recursos Genéticos
Todos os criadores admitiram ser comum, o garanhão cobrir sua própria mãe, primas
e irmãs. Um fato curioso registrado foi que os garanhões sempre rejeitam suas filhas na
primeira cobertura, e após o primeiro parto, passam a ser cobertas normalmente pelos pais.
11
Revista RG News 2 (1) 2016 - Sociedade Brasileira de Recursos Genéticos
100%
84,09%
80% 72,63%
68,19%
60%
40% 31,80%
27,36%
20% 15,78%
0%
Animais positivos Animais negativos
AIE Babesiose Herlichiose
12
Revista RG News 2 (1) 2016 - Sociedade Brasileira de Recursos Genéticos
Caracterização fenotípica
Conforme as mensurações biométricas realizadas, o equino tipo “Baixadeiro” obteve
média de 125 cm para a altura da cernelha (AC) e 127 cm para a altura da garupa (AG),
sendo que nos machos, a cernelha teve altura média de 128 cm e nas fêmeas 123 cm. Já a
altura da garupa foi de 129 cm nos machos e 126 cm nas fêmeas. A constatação desses
resultados classifica o tipo “Baixadeiro” na categoria de pônei, conforme Ribeiro (1988).
De posse desses resultados o cavalo Baixadeiro pode ser considerado baixo de frente,
pois a altura da cernelha é menor que a altura da garupa. Quando comparadas as diferenças
para a altura da cernelha entre os sexos, constatou-se que os machos apresentaram altura
superior à das fêmeas, essas diferenças se justificam pelo dimorfismo sexual da espécie. As
medidas lineares das características estudadas apresentaram baixo coeficiente de variação,
menor que 10, indicando uma uniformidade do grupamento genético estudado (Gomes,
1982).
0,33 0,33
1,64
2,95
1,31
5,9
7,87
51,8
27,87
Conclusões
Diante dos resultados obtidos e nas condições em que foi realizado o presente estudo
conclui-se que o cavalo Baixadeiro:
13
Revista RG News 2 (1) 2016 - Sociedade Brasileira de Recursos Genéticos
Referências
COSTA, M.D. et al. Avaliação dos fatores genéticos e de ambiente que interferem nas medidas lineares
dos pôneis das raças brasileiras. Revista Brasileira de Zootecnia, v.27, n.3, p.491-497, 1998.
GOMES, F. P. Curso de estatística experimental. Escola Superior de Agricultura “Luis de
Queiroz”, 1982.
MATOS M.S., MATOS, P.F. de. Laboratório clinico médico veterinário. São Paulo: Atheneu,
1995. .CD97.
RIBEIRO, D.B. O cavalo: raças, qualidades e defeitos. Rio de Janeiro: Globo Rural, 1988.
SANTOS, S.A.et al. Avaliação e conservação do cavalo pantaneiro. Corumbá-MS: EMBRAPA-CPAP,
1995. 39p. (EMBRAPA-CPCA. Circular Técnica, 21).
SCHULTE-COERNE, H. Data collection, conservation and use of farm animal genetic
resources. Criteria for preservation of breeds. Proceedings of a CEC Workshop and Training
Course, December 7-9. Institut of Animal Breeding and Genetics, School of Veterinary Science,
Hannover, Germany. 1992.
TORRES, A.D.P.; JARDIM, W.R.; JARDIM, L.M.B.F. Manual de zootecnia: raças que interessam
ao Brasil.2. ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 1982.
14