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Caderno de Exercícios

Análise Estatística I
(para apoio às aulas práticas)

2022-2023
1. Sinval et al. (2018)1 mediram os níveis de work engagement em trabalhadores brasileiros e por-
tugueses. Leia o artigo em aqui e responda:
1.1. Qual é a população do estudo?
1.2. Qual foi o tipo de amostragem usado?
1.3. Qual a escala de medida das variáveis:
1.3.1. Género.
1.3.2. País.
1.3.3. Nível académico.
1.3.4. Grupo ocupacional.
1.3.5. Item 1: “Sinto-me cheio de energia no meu trabalho”.
1.3.6. Scores das subescalas: Vigor, Dedicação e Absorção.
1.3.7. Idade.

2. Nas seguintes situações identifique a população do estudo e o método de amostragem usado:

2.1. Num estudo sobre empatia como preditor de burnout em cuidadores formais de idosos, seleci-
onaram-se aleatoriamente 8 instituições de prestações de cuidados de idosos existentes em
Faro e foram incluídos na amostra todos os cuidadores formais a trabalhar nas referidas insti-
tuições.
2.2. Num estudo sobre depressão em mulheres foram convidadas para participar todas as utentes
com idade compreendida entre 35 e 65 anos, que durante um período de três meses tiveram
consulta, no centro de saúde de Cascais, com um dos médicos que colaboraram na investiga-
ção.
2.3. Num estudo para analisar a associação entre o estilo de liderança e o rendimento desportivo
em atletas seniores de futsal integrados na Divisão Nacional, participaram 107 atletas dos clu-
bes aos quais o acesso foi facilitado.
2.4. Num estudo sobre bullying nos alunos do 3º ciclo da escola Secundária Vergílio Ferreira, fo-
ram selecionados aleatoriamente 300 alunos, estratificados por ano de ensino.

3. Um psicólogo educacional a trabalhar no DRH de uma universidade pretende avaliar o “Perfil


dos alunos” dessa faculdade. Para isso aplicou uma escala de motivação académica constituída
por 15 itens avaliados de (1- Discordo Completamente a 5 – Concordo Completamente) agrupa-
dos em 3 subescalas: Prazer de estudar, Valorização do Estudo e Pragmatismo no estudo e um
questionário cujas primeiras oitos questões eram:

3.1. Qual a população do estudo?

1
Sinval, J., Pasian, S. R., Queirós, C., & Marôco, J. (2018). Brazil-Portugal transcultural adaptation of the UWES-9: Internal consistency,
dimensionality, and measurement invariance. Frontiers in Psychology, 9. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2018.00353
1
3.2. Admitindo que por questões de natureza logística é incomportável trabalhar com toda a popu-
lação. Qual o tipo de amostragem mais adequado para selecionar a amostra? Justifique.

3.3. Qual a escala de medida das variáveis:

3.3.1. Ciclo de estudos

3.3.2. Idade

3.3.3. Nota de candidatura

3.3.4. Opção de entrada

3.3.5. Motivo de escolha do curso

3.3.6. Motivo de escolha da instituição

3.3.7. Scores das subescalas “Prazer de estudar”, “Valorização do estudo”, “Pragmatismo do es-
tudo”

4. Aragão e Pina, Passos, Maynard, e Sinval2 estudaram o impacto das perceções de modelos men-
tais partilhados, autoeficácia e da moderação autoeficácia x modelos mentais partilhados na
adaptação das equipas de árbitros e assistentes de futebol e de árbitros de futsal do quadro naci-
onal da Federação Portuguesa de Futebol.

4.1 Qual a população?

4.2 Qual o tipo de estudo? Censos ou amostragem? Indique a taxa de não resposta.

4.3 Qual a escala de medida das seguintes variáveis segundo Stevens (1946)?

4.3.1 Desporto

4.3.2 Função.

4.3.3 Experiência como árbitro

4.3.4 Escolaridade.

4.3.5 Modelos mentais partilhados.

4.3.6 Item “Tenho as competências necessárias para ter uma boa performance como ár-bitro/árbi-
tro assistente” da medida de autoeficácia.

4.4 Qual a taxa de amostragem?

2
Aragão e Pina, J., Passos, A. M., Maynard, M. T., & Sinval, J. (2021). Self-efficacy, mental models and team adaptation: A first approach
on football and futsal refereeing. Psychology of Sport and Exercise, 52, 1–11. https://doi.org/10.1016/j.psychsport.2020.101787 (disponível
gratuitamente no repositório do ISPA)

2
4.5 Dê um exemplo de uma estatística utilizada neste estudo.

5. Um psicometrista recolheu uma amostra de trabalhadores de uma multinacional:


Scores
ID País Escolaridade Perceção de saúde Setor de atividade
Burnout Absenteísmo
1234 Brasil Licenciatura 4.40 -0.25 Fraca Secundário
2332 Brasil Mestrado 3.50 0.25 Razoável Primário
2314 Portugal Doutoramento 2.00 -0.25 Boa Primário
1405 Portugal Mestrado 1.80 0.99 Muito boa Secundário
0516 Brasil Mestrado 1.10 -0.30 Excelente Primário
1607 Portugal Licenciatura 1.40 -0.40 Excelente Secundário
0728 Portugal Mestrado 2.10 0.20 Muito boa Terciário
2189 Portugal Doutoramento 4.70 -0.30 Fraca Secundário
1912 Portugal Mestrado 3.30 -0.25 Razoável Primário
1402 Brasil Mestrado 2.60 -0.05 Boa Primário
1711 Portugal Licenciatura 1.50 -0.15 Muito boa Secundário
1625 Brasil Mestrado 1.60 -1.15 Excelente Primário
1438 Brasil Licenciatura 4.90 0.70 Fraca Secundário
1346 Brasil Mestrado 3.00 0.02 Boa Primário
1456 Brasil Licenciatura 3.00 0.01 Razoável Primário

5.1. Verifique a existência de outliers severos e/ou moderados quanto ao Absenteísmo por País. O
que representam os outliers? Qual dos países apresenta maior AIQ? O que reflete esta medida
de dispersão?

5.2. Avalie graficamente a distribuição dos scores de Burnout por Escolaridade.

5.3. Qual o Setor de Atividade mais frequente? Qual o nome da medida de tendência central que
responde a esta questão?

5.4. Qual o gráfico mais indicado para representar a relação entre Burnout e Absenteísmo? Con-
trua-o.

5.5. Calcule o P50 para a Perceção de Saúde.

5.6. Crie o gráfico mais apropriado para representar de forma relativa as observações da variável
Escolaridade.

5.7. Produza um gráfico de barras com erro para os níveis de Burnout por Setor de Atividade.

5.7.1. Qual a utilidade visual deste gráfico?

5.7.2. Qual a medida de tendência central e de dispersão representadas?

6. Foi realizado um estudo para avaliar o impacto da vulnerabilidade ao Stress (VS) no desempenho
académico em contexto universitário. Para tal foi recolhida informação relativa a uma amostra
de 14 estudantes universitários a frequentar o 3º ano de uma determinada licenciatura. Os dados
recolhidos constam da tabela seguinte.

3
ID Sexo Idade NSE TE VS DA
1 F 23 1 1 25 13.1
2 F 22 3 0 20 17.6
3 F 21 3 0 15 16.3
4 F 36 2 1 56 12.8
5 F 28 3 1 12 15.5
6 F 22 5 0 52 11.2
7 F 21 3 0 11 14.9
8 F 23 2 1 10 14.8
9 M 27 3 0 47 11.6
10 M 32 3 1 23 16.2
11 M 46 4 1 15 14.7
12 M 22 3 0 54 12.1
13 M 21 5 0 20 13.5
14 M 22 3 1 19 14.0
Sexo: M – Sexo masculino; F – Sexo feminino; Idade: idade (anos); NSE: Nível Socioeconómico (1-baixo; 2-médio
baixo; 3-médio; 4-médio alto; 5-alto); TE: Estatuto de trabalhador-estudante (0-não; 1-sim)

6.1. Calcule uma medida de tendência central e uma medida de dispersão para a variável Desem-
penho Académico (DA).

6.2. Elabore a tabela de frequências para o nível socioeconómico (NSE).

6.3. Comente a frase “A vulnerabilidade ao stress (VS) apresenta menor heterogeneidade nos ho-
mens do que nas mulheres”.

6.4. Averigue se existem outliers para a vulnerabilidade ao stress (VS) nos indivíduos com esta-
tuto de trabalhador-estudante.

6.5. Represente graficamente a distribuição observada da variável vulnerabilidade ao stress (VS)


nos indivíduos com e sem estatuto de trabalhador-estudante, através de um diagrama de extre-
mos e quartis.

7. Na tabela seguinte são apresentados alguns dos resultados obtidos no estudo apresentado no
exercício 3.
Género Idade Ciclo Nota Opção de Mot. Esc. Praz. Est VE Prag. Est.
Estudos Candidatura Entrada Curso*
M 32 Mestrado 170 2ª opção 1 7.5 8.9 8.3
M 17 Licenciatura 168 1ª opção 2 7.8 8.3 7.2
M 19 Licenciatura 154 3ª opção 2 8.3 7.5 5.1
M 18 Licenciatura 143 2ª opção 1 6.8 8.6 6.5
M 21 Mestrado 165 2ª opção 3 9.1 8.4 6.1
M 20 Licenciatura 142 1ª opção 5 5.2 7.3 4.2
M 25 Licenciatura 138 2ª opção 5 3.1 5.4 6.2
F 17 Licenciatura 167 1ª opção 3 7.8 9 7.3
F 22 Mestrado 186 1ªopção 2 8.4 10 3.5
F 18 Licenciatura 183 1ª opção 1 8.9 7.3 3.0
F 35 Mestrado 162 3ª opção 2 10 10 9.3
F 26 Mestrado 166 2ªopção 1 8.2 9.5 8.2
F 19 Licenciatura 152 3ª opção 5 6.3 5.5 4.8
F 21 Licenciatura 175 1ª opção 3 6.8 7.5 7.2
F 34 Licenciatura 134 2ª opção 2 8.1 6.3 4.2
* Mot. Esc. Curso: 1-saídas profissionais, 2-vocação, 3-Empregabilidade, 4-Componente prática, 5-Média de acesso.
4
7.1. Calcule as medidas descritivas mais apropriadas para as variáveis: Ciclo de Estudos e Nota de
Candidatura.

7.2. Elabore a tabela de frequências da variável Motivo de Escolha do Curso. Qual a moda?

7.3. Indique, justificando, se existe algum aluno cujo score do Prazer de Estudar seja um outlier?

7.4. Construa o diagrama de extremos e quartis para o Prazer de Estudar.

7.5. O psicólogo afirmou que “As mulheres apresentam melhores scores de Prazer de Estudar do
que os homens, mas um score de Pragmatismo inferior”. Analise a veracidade da informação
do psicólogo na amostra observada.

7.6. Relativamente à Valorização do Estudo (VE) o psicólogo afirmou que “Há maior heterogenei-
dade nas respostas observadas entre as mulheres do que nas respostas observadas entre os ho-
mens”. Analise a veracidade da informação.

7.7. Construa um histograma da Nota de Candidatura.

8. Sinval et al.3 estudaram os modelos mentais partilhados em árbitros e árbitros assistentes de


futebol e em árbitros de futsal. Os modelos mentais são estruturas de conhecimento organizadas
que possibilitam que os indivíduos interajam com o seu ambiente. Na tabela abaixo apresentam-
se os scores de modelos mentais partilhados obtidos através do instrumento RSMMM de 10
elementos de cada categoria (árbitros de futebol e futsal, e assistentes de futebol):

Modelos Modelos men-


Função Função Modelos mentais Função
mentais tais
Árbitro futebol 5.1 Assistente futebol 3.7 Árbitro futsal 5.6
Árbitro futebol 3.1 Assistente futebol 4.3 Árbitro futsal 3.9
Árbitro futebol 6.0 Assistente futebol 4.6 Árbitro futsal 4.6
Árbitro futebol 1.9 Assistente futebol 1.9 Árbitro futsal 2.9
Árbitro futebol 6.8 Assistente futebol 2.7 Árbitro futsal 6.0
Árbitro futebol 6.0 Assistente futebol 4.0 Árbitro futsal 1.0
Árbitro futebol 5.5 Assistente futebol 6.5 Árbitro futsal 4.5
Árbitro futebol 4.9 Assistente futebol 2.0 Árbitro futsal 3.9
Árbitro futebol 5.6 Assistente futebol 1.0 Árbitro futsal 4.6
Árbitro futebol 6.3 Assistente futebol 2.3 Árbitro futsal 6.0
8.1 Apresente as estatísticas descritivas apropriadas (tendência central e dispersão) sobre os
níveis de modelos mentais para cada uma das categorias apresentadas.

8.2 Apresente uma estatística indicadora da precisão amostral em torno da média de modelos
mentais nos árbitros de futsal.

8.3 Represente graficamente em simultâneo as distribuições de modelos mentais das diferen-


tes funções de árbitros. Qual das funções possui uma maior amplitude entre os 50% dos
valores centrais? Há outliers? Se sim, qual função tem mais?

3
Sinval, J., Aragão e Pina, J., Sinval, J., Marôco, J., Santos, C. M., Uitdewilligen, S., Maynard, M. T., & Passos, A. M. (2020). Development
of the Referee Shared Mental Models Measure (RSMMM). Frontiers in Psychology, 11. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2020.550271
5
8.4 Imagine que a Federação Portuguesa de Futebol (responsável pela arbitragem de futsal,
futebol e futebol de praia em Portugal) está interessada entrevistar os árbitros acima do
nono decil dos níveis de modelos mentais, para entenderem os potenciais motivos por de-
trás de tal perceção de funcionamento da equipa. Qual o valor de modelo mentais na
amostra conjunta acima do qual deverão entrevistar?

9. A probabilidade de um aluno ser aprovado, numa turma de 10 alunos, pode ser dada por uma das
três figuras seguintes.

9.1. Qual dos gráficos representa uma probabilidade de aprovação equilibrada?

9.2. Qual dos gráficos sugere maior probabilidade de reprovação?

9.3. Qual(ais) dos gráficos representa(m) menor variância amostral?

9.4. Defina o espaço de resultados possíveis. A probabilidade dos diferentes casos é inde-
pendente? Justifique.

10. Sabe-se que determinado tratamento psicológico para a cinofobia (medo irracional e persistente
de cães) tem uma probabilidade de cura de 70%. Se o tratamento for aplicado a 20 pessoas com
esta perturbação, qual a probabilidade de:
10.1. Obter 15 curas no máximo.

10.2. Obter 12 ou mais curas.

10.3. Obter um número de curas não inferior a 10 nem superior a 15.

10.4. Obter exatamente 10 curas.

11. Num estudo realizado com crianças do ensino primário, concluiu-se que 60 em cada 100 crianças
têm medo de trovoada. Calcule a probabilidade de:
11.1. Numa turma de 18 alunos, 5 apresentarem este tipo de fobia.

11.2. Numa turma de 20 alunos, não mais de 3 crianças apresentarem este tipo de fobia.

6
11.3. Numa turma de 20 alunos, pelo menos 5 crianças apresentarem este tipo de fobia.

12. Na avaliação oral de uma Unidade Curricular após avaliações online sabe-se que em cada 50%
dos alunos com notas entre 8.5 e 10.5 são aprovados, enquanto 65% dos alunos com notas entre
17 e 20 são aprovados.
12.1. Numa amostra aleatória de 20 alunos com notas de exame online entre 17 e 20 valo-
res, qual a probabilidade de 10 serem aprovados?

12.2. Numa amostra aleatória de 30 alunos com notas de exame online entre 8.5 e 10.5 va-
lores, qual a probabilidade 10 serem aprovados?

12.3. Numa amostra aleatória de 20 alunos de exame online com classificações entre 17 e
20 valores, qual a probabilidade de mais de 10, mas menos de 16 serem aprovados?

12.4. Numa amostra aleatória de 40 alunos de exame online com classificações entre 8.5 e
10.5 valores, qual a probabilidade de menos de 5 ou não menos de 26 serem aprovados?

12.5. Numa amostra aleatória de 25 alunos de exame online com classificações entre 17 e
20 valores, qual a probabilidade de reprovarem entre 7 e 12?

13. Os gráficos que se seguem representam a distribuição do número de horas de estudo de estatís-
tica. Qual a função de distribuição a que corresponde cada um dos pares de valor esperado e
variância?

A. E(X)=65.5; Var(X)=400

B. E(X)=75.5; Var(X)=100

C. E(X)=55.5; Var(X)=100

D. E(X)=65.5; Var(X)=100

14. Supondo que os resultados de um teste de aptidão para a matemática (X) seguem distribuição
normal com valor médio e desvio-padrão 62 e 15 no sexo feminino e 65 e 8 no masculino, res-
petivamente. Responda às seguintes questões:
7
14.1. Qual a percentagem da população do sexo feminino que apresenta uma aptidão ma-
temática superior a 80?

14.2. Qual o percentil correspondente à cotação de 62 valores, obtida pelo João?

14.3. Qual é o valor correspondente ao percentil 75, no sexo feminino?

15. Num estudo efetuado com estudantes de uma escola concluiu-se que o “coeficiente de inteligên-
cia” apresenta distribuição aproximadamente normal com média 115 e desvio-padrão 5. Indique:
15.1. A probabilidade de um aluno, selecionado aleatoriamente entre os alunos daquela
escola, apresentar um coeficiente de inteligência inferior a 100.

15.2. A probabilidade de um aluno, selecionado aleatoriamente entre os alunos daquela


escola, apresentar um coeficiente de inteligência entre 108 e 118.

15.3. O número de alunos, numa turma de 20 alunos desta escola, que espera encontrar
com um coeficiente de inteligência superior a 112.

16. Numa determinada Unidade Curricular a distribuição das notas é do tipo Gaussiana. A nota mé-
dia é de 10.5 com um desvio-padrão de 4.5.
16.1. Qual é a probabilidade de uma nota estar dois desvios-padrão ou mais acima do va-
lor médio?

16.2. Qual é a probabilidade de uma nota ser de menos de 7 valores?

16.3. Qual o valor de nota em que a probabilidade de obter até esse valor é de 0.95?

16.4. Se obtida uma nota de 18 valores, o que se poderá concluir sobre o percentil desta
nota?

16.5. Sabendo que os alunos com notas entre 8.5 a 10.5 valores e de 17 a 20 valores irão a
avaliação oral, qual a probabilidade de encontrar um aluno entre esses valores de notas?
Qual dos intervalos tem uma maior probabilidade?

16.6. Numa turma com 30 alunos quantos é que que deverão terão avaliação oral?

17. Imagine que possui uma amostra da nota final de 25 alunos de estatística, da população de alunos
de uma dada universidade (N = 800).
17.1. Qual a distribuição mais apropriada para a média amostral? Justifique.

17.2. Se aumentarmos a amostra (taxa amostral de 50%), qual será a distribuição mais
apropriada para a média? Justifique.

18. Seja X uma v. a. com distribuição normal de média 20 e variância 25, calcule a dimensão da
amostra de modo que a probabilidade da média amostral se situar entre 18 e 22 seja pelo menos
de 90%.

8
19. Numa escola primária estão inscritos 100 alunos. Sabe-se que 60 destes alunos têm medo de
trovoada.
19.1. Caraterize a distribuição amostral da proporção para uma amostra de 30 alunos.

19.2. Calcule a probabilidade de entre as 30 crianças, menos de 50% terem medo de trovo-
ada.

20. Numa determinada Unidade Curricular a classificação média do exame de época normal foi de
8.5 valores, e uma taxa de aprovação de 45%. Desta foi extraída uma amostra aleatória de 9
alunos com média 11, e desvio-padrão 4.5 para a nota de exame. A média do exame de época de
recurso (online) foi de 11.5 valores, e taxa de aprovação de 70%. Desta foi obtida uma amostra
aleatória de 13 alunos com média 13.5, e variância de 9 para a nota de exame.
20.1. Os alunos com classificações (no exame online) entre 8.5 e 10.5, e entre 17 e 20, te-
rão de realizar avaliação oral. Qual a probabilidade de numa amostra aleatória de alunos
de recurso (n = 13) ter o valor médio dentro dos intervalos para ida à avaliação oral? Se
amostra fosse de 30 alunos (com o mesmo desvio-padrão), a probabilidade manter-se-ia
igual?

20.2. Admita que se soube posteriormente que o valor do desvio-padrão da nota do exame
de época normal foi de 4.1. Se existissem avaliações orais no exame de época normal qual
a probabilidade de numa amostra aleatória de época normal (n = 9) ter o valor médio den-
tro dos intervalos para ida a oral?

20.3. Sabendo que na avaliação oral a taxa de aprovação é igual à do exame da época res-
petiva a que a avaliação oral diz respeito. Numa amostra aleatória de 30 alunos, qual a
probabilidade de ter mais de 50% de aprovações em oral na época de recurso? Se existis-
sem avaliações orais para o exame de época normal, qual a probabilidade de numa amos-
tra aleatória de 25 alunos ter mais de 25% de aprovações, mas não mais de 55%?

20.4. Soube-se que o desvio-padrão da nota do exame de época de recurso foi de 3.5.
Numa amostra aleatória dos alunos de época de recurso (n = 13), qual a probabilidade de a
variância da nota ser maior do que a variância populacional da época normal, mas não
maior que uma vez e meia? Numa amostra aleatória de alunos do exame de época de nor-
mal (n = 9), qual a probabilidade de a variância da nota ser menor do que a variância po-
pulacional da nota de época de recurso?

20.5. Qual a probabilidade de o rácio de variâncias das notas entre em amostras da época
normal (n = 9) e de recurso (n = 13) estar entre 1 e 2.

21. Entre os vários grupos ocupacionais de trabalhadores, o desvio-padrão da performance4 é conhe-


cido por ser aproximadamente 3 pontos. Desejamos construir um intervalo de confiança a 95%
para a performance média dos administrativos. Para tal, recolheu-se uma amostra de 48 sujeitos.
A média da amostra é 71 e o desvio-padrão 2.8.

4
Medida numa escala de 25 a 200, onde 25 é a pior performance relativa (25% ou menos do que a performance de outros trabalhadores) e
200 corresponde à melhor performance possível (200% ou mais do que outros trabalhadores).

9
21.1. Preencha: 𝑥̅ = _____________; 𝜎 = _____________; 𝑛 = _____________

21.2. Qual a distribuição a usar? Justifique.

21.3. Construa o intervalo de confiança a 95% para a performance média da população de


administrativos.

21.4. Qual a margem de erro do intervalo anterior?

21.5. O que aconteceria à amplitude do I.C. obtido se tivéssemos uma amostra de 1000 ad-
ministrativos em vez de 48? Porquê?

22. Com base numa amostra casual de 28 observações, retirada de uma população normal, obteve-
se o seguinte intervalo de confiança para a média populacional das notas finais numa determinada
U.C.: ]12.97; 15.03[
22.1. Sabendo que a média e o desvio-padrão das notas na amostra recolhida são, respeti-
vamente, 14 e 3.2, qual o grau de confiança do intervalo atrás referido?

22.2. Suponha que o verdadeiro desvio-padrão populacional é conhecido e tem o valor 4.


Se pretender construir o I.C. a 95% para a média, de modo que a respetiva margem de erro
não exceda 1, qual a dimensão mínima da amostra a recolher?

23. Na tabela seguinte são apresentados alguns dos resultados do estudo “Perfil dos alunos” obtidos
numa amostra representativa de alunos de uma dada faculdade:

Gé- Idade Ciclo Nota Opção de Mot. Esc. Prazer Es- Valoriz. Prag.
nero Estudos Candida- Entrada Curso* tudar Estudo Es-
tura tudo
M 32 Mestrado 170 2ª opção 1 7.5 8.9 8.3
Licencia- 168 8.3 7.2
M 17 1ª opção 2 7.8
tura
Licencia- 154 7.5 5.1
M 19 3ª opção 2 8.3
tura
Licencia- 143 8.6 6.5
M 18 2ª opção 1 6.8
tura
M 21 Mestrado 165 2ª opção 3 9.1 8.4 6.1
Licencia- 142 7.3 4.2
M 20 1ª opção 5 5.2
tura
M Licencia- 138 5.4 6.2
25 2ª opção 5 3.1
tura
F Licencia- 167 9 7.3
17 1ª opção 3 7.8
tura
F 22 Mestrado 186 1ªopção 2 8.4 10 3.5
Licencia- 183 7.3 3.0
F 18 1ª opção 1 8.9
tura
F 35 Mestrado 162 3ª opção 2 10 10 9.3
F 26 Mestrado 166 2ªopção 1 8.2 9.5 8.2
Licencia- 152 5.5 4.8
F 19 3ª opção 5 6.3
tura

10
Licencia- 175 7.5 7.2
F 21 1ª opção 3 6.8
tura
Licencia- 134 6.3 4.2
F 34 2ª opção 2 8.1
tura
*Mot. Esc. Curso: 1- Saídas profissionais, 2- Vocação, 3- Empregabilidade, 4- Componente prática, 5 – Médias acessíveis.

23.1. Estime, com 95% de confiança, o nível médio do “Prazer de Estudar” e do “Pragma-
tismo do Estudo” na população de estudantes dessa faculdade.

23.2. As margens de erro associadas aos intervalos de confiança calculados na alínea ante-
rior são iguais? Justifique.

23.3. Supondo que, para o fator “Prazer de Estudar” não é admissível uma margem de erro
superior a 0.75, qual deveria ser a dimensão da amostra?

24. Numa determinada UC, sabe-se que a nota média do exame de época de normal segue distribui-
ção Gaussiana, a variância foi de 14.06. Perante uma amostra representativa de diferentes alunos
dessa UC, obtiveram-se os seguintes dados.

Exame Exame

Nota Época Aprovação à UC* Nota Época Aprovação à UC*


11.2 Normal Sim 15.1 Normal Sim
13.7 Normal Sim 12.3 Recurso Não
2.9 Normal Não 11.2 Recurso Não
14.7 Normal Sim 9.2 Recurso Não
7.1 Normal Não 13.7 Recurso Sim
2.2 Normal Não 13.6 Recurso Sim
2.2 Normal Não 8.9 Recurso Não
7.2 Normal Não 11.4 Recurso Não
12.0 Normal Sim 8.2 Recurso Não
3.8 Normal Não 13.7 Recurso Sim
*
A aprovação é condicionada à obtenção de pelo menos 9.5 nos diferentes métodos de avaliação,

24.1. Estime com 90% de confiança a média de notas no exame de época normal. Produza
a mesma estimativa, mas com 95% de confiança. Qual a diferença entre as duas estimati-
vas, comente.

24.2. Estime com 99% de confiança a média de notas no exame de época de recurso. Pro-
duza a mesma estimativa, mas com 95% de confiança. Qual a diferença entre as estimati-
vas desta alínea com as estimativas da alínea anterior?

24.3. Admita que está perante uma amostra aleatória de 3000 alunos do exame de época
de recurso. Qual a margem de erro da estimativa de média com 90% confiança? Admita
agora que o desvio-padrão da população de alunos no exame de recurso foi 2.167. Estime
novamente a margem de erro para a mesma amostra tendo em conta esta informação.
Dada a dimensão da amostra (n = 3000), poder-se-ia dizer que t(n−1) → N(0,1)? Se sim, o
que será de esperar do valor da margem de erro para os dois intervalos aqui estimados?
11
24.4. Pretende estimar com 93% de confiança e uma margem não superior a 1 valor a nota
do exame de época normal, de quantos alunos necessitará?

24.5. Qual a estimativa pontual da média das notas na época de recurso?

25. As companhias de seguros estão interessadas em conhecer a percentagem da população de mo-


toristas que colocam sempre o cinto antes de andar de carro. Num estudo realizado, com 95% de
confiança, concluiu-se que 49% a 55% dos motoristas aperta o cinto antes de andar de carro.
25.1. Defina X e estime 𝑃̂.

25.2. Ao projetar um estudo para determinar essa proporção populacional, qual é o número
mínimo de participantes para que, com 95% de confiança, a margem de erro seja 0.03?

25.3. Se mais tarde fosse determinado que era importante ter menor margem de erro, para
o mesmo nível de confiança, e obtivesse financiamento para recolher uma nova amostra,
como é que isto afetaria o número mínimo de participantes a amostrar? Porquê?

25.4. Podemos (com 95% de confiança) concluir que 3/4 dos motoristas na população usa
cinto de segurança?

26. Com base numa amostra casual de 28 observações, retirada de uma população normal, a média
e o desvio-padrão amostrais das notas obtidas numa determinada U.C. são, respetivamente, 14 e
3.2. Construa o I.C. a 95% para a variância populacional.

27. Na tabela seguinte são apresentados alguns resultados obtidos no estudo “Perfil dos alunos”
(amostra representativa da população).

Gé- Idade Ciclo Nota Opção de En- Mot. Esc. Prazer Es- Valoriz. Prag.
nero Estudos Candida- trada Curso* tudar Estudo Es-
tura tudo
M 32 Mestrado 170 2ª opção 1 7.5 8.9 8.3
Licencia- 168 8.3 7.2
M 17 1ª opção 2 7.8
tura
Licencia- 154 7.5 5.1
M 19 3ª opção 2 8.3
tura
Licencia- 143 8.6 6.5
M 18 2ª opção 1 6.8
tura
M 21 Mestrado 165 2ª opção 3 9.1 8.4 6.1
Licencia- 142 7.3 4.2
M 20 1ª opção 5 5.2
tura
M Licencia- 138 5.4 6.2
25 2ª opção 5 3.1
tura
F Licencia- 167 9 7.3
17 1ª opção 3 7.8
tura
F 22 Mestrado 186 1ªopção 2 8.4 10 3.5

12
Licencia- 183 7.3 3.0
F 18 1ª opção 1 8.9
tura
F 35 Mestrado 162 3ª opção 2 10 10 9.3
F 26 Mestrado 166 2ªopção 1 8.2 9.5 8.2
Licencia- 152 5.5 4.8
F 19 3ª opção 5 6.3
tura
Licencia- 175 7.5 7.2
F 21 1ª opção 3 6.8
tura
Licencia- 134 6.3 4.2
F 34 2ª opção 2 8.1
tura
*Mot. Esc. Curso: 1- Saídas profissionais, 2- Vocação, 3- Empregabilidade, 4- Componente prática, 5 – Médias acessíveis.

27.1. Sabendo que a amostra foi obtida por seleção aleatória em cada um dos ciclos de es-
tudo, com uma taxa de sondagem de 2%, identifique o tipo de amostragem usado e indi-
que a dimensão da população de estudantes dessa faculdade.

27.2. Calcule o intervalo de confiança a 90% para a proporção de alunos de licenciatura


que escolheram o curso pela “vocação”, usando a aproximação à distribuição normal.

27.3. Estime, com 90% de confiança, a proporção de alunos que entraram em 1ª opção,
usando a aproximação à distribuição normal.

27.4. Discuta a validade estatística dos intervalos de confiança calculados nas alíneas ante-
riores.

28. Perante uma amostra de representativa de diferentes alunos de uma determinada Unidade Curri-
cular, obtiveram-se os seguintes dados.

Exame Exame

Nota Época Aprovação à UC* Nota Época Aprovação à UC*


11.2 Normal Sim 15.1 Normal Sim
13.7 Normal Sim 12.3 Recurso Não
2.9 Normal Não 11.2 Recurso Não
14.7 Normal Sim 9.2 Recurso Não
7.1 Normal Não 13.7 Recurso Sim
2.2 Normal Não 13.6 Recurso Sim
2.2 Normal Não 8.9 Recurso Não
7.2 Normal Não 11.4 Recurso Não
12.0 Normal Sim 8.2 Recurso Não
3.8 Normal Não 13.7 Recurso Sim
*
A aprovação é condicionada à obtenção de pelo menos 9.5 nos diferentes métodos de avaliação,

28.1. Estime com 90% de confiança a proporção de aprovação à UC para cada uma das
épocas de exame. Qual possui uma maior margem de erro associada?

13
28.2. Qual a dimensão da amostra necessária para alunos do exame de época normal de
modo a obter um intervalo a 95% com uma amplitude de máxima de .50? Será necessária
a mesma dimensão amostral para os alunos do exame de época de recurso (mantendo a es-
timativa intervalar a 95% e a amplitude máxima de .50)?

28.3. Apresente uma estimativa intervalar da variância das notas a 99% para ambas épo-
cas? Qual delas possui uma maior amplitude?

29. Um psicometrista decidiu estudar uma amostra representativa (N = 200) da população de traba-
lhadores numa multinacional que passará por um processo de layoff5. Sabe-se que 1/4 dos traba-
lhadores terão alterações no seu período normal de trabalho ou no contrato de trabalho. Na amos-
tra recolhida foi perguntado aos trabalhadores se estavam dispostos a aceitar um processo de
layoff (resposta dicotómica), 163 deles “rejeitaram”. Será admissível inferir que a empresa terá
problemas ao selecionar trabalhadores (i.e. contra vontade) para o layoff (probabilidade de erro
de 5%)?

30. O reitor de uma universidade pretende implementar uma única época de avaliação por semestre,
afirmando que mais de 50% dos alunos concordam com o projeto. O que se deve concluir da
afirmação do reitor, sabendo que em 80 alunos escolhidos ao acaso, 47 concordam com a ideia?
Considere um nível de significância de 0.01.

31. Em Marketing, o conhecimento da satisfação do cliente é fundamental considerando-se que “Um


cliente satisfeito é fiel à empresa, volta a comprar e comunica as suas experiências positivas aos
seus conhecidos, familiares, etc.”. Uma grande empresa definiu como um dos seus principais
objetivos de marketing ter pelo menos 2/3 dos seus clientes plenamente satisfeitos com os seus
serviços. Para avaliar o grau de satisfação, recolheu uma amostra representativa de 200 clientes
e verificou que 125 responderam estar muito satisfeitos. Será plausível admitir que a empresa
ainda não atingiu o seu objetivo (utilize um α=0.05)?

32. Sinval, Sirgy, Lee e Marôco6 investigaram as propriedades psicométricas de um instrumento que
mensura a qualidade de vida no trabalho (Quality of Work Life Scale) em trabalhadores no Brasil
(n = 597) e em Portugal (n = 566). Nas estatísticas descritivas da amostra contabilizaram-se 401
trabalhadoras do Brasil e 356 de Portugal. Os investigadores, estão interessados em estudar a
proporção de trabalhadoras relativamente aos dados da população economicamente ativa7. Na
atualização de fevereiro de 2021 o INE reportou que a população ativa era de 5165100, sendo
2554200 trabalhadoras. No Brasil, os dados mais recentes da população ativa relativos ao terceiro
trimestre de 2020 (i.e., população economicamente ativa; IBGE) revelaram que numa população
ativa de 99601000 a frequência relativa de mulheres era de 43%.

5
O layoff consiste na redução temporária dos períodos normais de trabalho ou suspensão dos contratos de trabalho efetuada por iniciativa
das empresas, durante um determinado tempo.

6
Sinval, J., Sirgy, M. J., Lee, D.-J., & Marôco, J. (2020). The Quality of Work Life Scale: Validity Evidence from Brazil and Portugal. Ap-
plied Research in Quality of Life, 15(5), 1323–1351. https://doi.org/10.1007/s11482-019-09730-3 (disponível gratuitamente aqui)

7
Potencial de mão-de-obra numa economia (IBGE, 2021; INE; 2021).
14
32.1. A proporção de trabalhadoras portuguesas é significativamente diferente da obser-
vada nos dados mais recentes para Portugal?

32.2. A frequência relativa de trabalhadoras no Brasil foi maior do que a mencionada ofi-
cialmente (com base nos dados oficiais disponíveis)?

32.3. Parte da equipa de autores, está a desenvolver um novo estudo com trabalhadores
dos mesmos países. Já recolheram uma amostra que se apresenta de seguida.

Idade Sexo País Idade Sexo País


56 Masculino Brasil 29 Feminino Portugal
32 Feminino Brasil 31 Feminino Portugal
43 Feminino Brasil 44 Masculino Portugal
45 Feminino Brasil 39 Feminino Portugal
46 Feminino Brasil 31 Feminino Portugal
39 Feminino Brasil 28 Feminino Portugal
37 Feminino Brasil 25 Feminino Portugal
35 Feminino Brasil 34 Masculino Portugal
44 Masculino Brasil 48 Masculino Portugal
26 Feminino Brasil 28 Masculino Portugal

32.3.1. A proporção do sexo masculino é maior do que a observada na força de traba-


lho portuguesa?

32.3.2. A proporção de trabalhadores é menor da que se observa na população ativa


brasileira?

33. Num grande grupo empresarial há a tradição de dividir uma percentagem dos lucros pelos de-
partamentos com performance média (12 avaliações; uma por mês) acima de 7.5 (medida de 0 a
10, com distribuição normal). Para se ter uma ideia da fatia dos lucros a disponibilizar para esse
efeito, a meio do ano é feita uma amostragem representativa dos trabalhadores de diferentes
departamentos.

Departamento Performance Departamento Performance


A 8.258 B 5.743
A 8.514 B 3.996
A 8.463 B 6.827
A 8.687 C 6.865
A 8.299 C 9.118
A 8.635 C 5.684
B 7.468 C 6.541
B 8.001 C 7.135
B 8.059 - -

Com uma probabilidade de erro tipo I de 5%, diga quantos dos três departamentos deverão vir
a receber dividendos da empresa (se continuarem com a média de performance observada).

15
34. Foi realizado um estudo para determinar o nível de ansiedade pré-competitiva em atletas de vo-
leibol infantojuvenis. Para tal selecionaram-se aleatoriamente 14 atletas de várias equipas a dis-
putar um campeonato nacional.
Para avaliar a ansiedade pré-competitiva utilizou-se o Questionário de Ansiedade Competitiva
(CSAI-2) que é um instrumento de medida específico para o desporto utilizado para diagnosticar
e qualificar o nível de ansiedade. É composto por 27 itens (1 – “Nada” a 4 – “Muito”) divididos
em 3 dimensões (cada uma com 9 itens): ansiedade cognitiva, ansiedade somática e autoconfi-
ança. A pontuação em cada dimensão é obtida pela soma das respostas aos itens.
Os dados recolhidos constam da tabela que se segue.

Atleta Categoria Ansiedade Ansiedade Autoconfiança


cognitiva somática
1 titular 18 13 30
2 titular 20 12 28
3 titular 21 15 27
4 titular 24 17 27
5 titular 16 14 29
6 titular 18 11 32
7 titular 21 10 34
8 titular 23 15 26
9 reserva 18 14 25
10 reserva 20 16 24
11 reserva 23 18 23
12 reserva 21 17 23
13 reserva 15 19 26
14 reserva 22 17 30

34.1. Estime, com 95% de confiança, o nível médio de ansiedade cognitiva dos atletas de
voleibol infantojuvenis a participar no campeonato.

34.2. Teste, para cada uma das categorias, se a autoconfiança dos atletas é significativa-
mente superior a 25. Utilize uma metodologia paramétrica.

34.3. Discuta a validade estatística dos resultados obtidos em 34.2, tendo em conta o out-
put que se segue.

35. Considere os resultados do estudo “Perfil dos alunos”, apresentados na tabela que se segue.

Gé- Idade Ciclo Nota Opção de Mot. Esc. Prazer Es- Valoriz. Prag.
nero Estudos Entrada Curso* tudar Estudo

16
Candida- Es-
tura tudo
M 32 Mestrado 170 2ª opção 1 7.5 8.9 8.3
Licencia- 168 8.3 7.2
M 17 1ª opção 2 7.8
tura
Licencia- 154 7.5 5.1
M 19 3ª opção 2 8.3
tura
Licencia- 143 8.6 6.5
M 18 2ª opção 1 6.8
tura
M 21 Mestrado 165 2ª opção 3 9.1 8.4 6.1
Licencia- 142 7.3 4.2
M 20 1ª opção 5 5.2
tura
M Licencia- 138 5.4 6.2
25 2ª opção 5 3.1
tura
F Licencia- 167 9 7.3
17 1ª opção 3 7.8
tura
F 22 Mestrado 186 1ªopção 2 8.4 10 3.5
Licencia- 183 7.3 3.0
F 18 1ª opção 1 8.9
tura
F 35 Mestrado 162 3ª opção 2 10 10 9.3
F 26 Mestrado 166 2ªopção 1 8.2 9.5 8.2
Licencia- 152 5.5 4.8
F 19 3ª opção 5 6.3
tura
Licencia- 175 7.5 7.2
F 21 1ª opção 3 6.8
tura
Licencia- 134 6.3 4.2
F 34 2ª opção 2 8.1
tura
*Mot. Esc. Curso: 1- Saídas profissionais, 2- Vocação, 3- Empregabilidade, 4- Componente prática, 5 – Médias acessíveis.

35.1. Será plausível afirmar que o valor médio da Nota de Candidatura dos alunos a essa
faculdade foi 160? Utilize uma metodologia paramétrica e considere um nível de signifi-
cância de 5%.

35.2. Um especialista afirmou que o valor médio do Prazer de Estudar dos estudantes
desta faculdade ultrapassa os 6.6. Comente a afirmação, utilizando uma metodologia para-
métrica e considerando um nível de significância de 5%.

35.3. Tendo em conta a informação apresentada no output seguinte, discuta a validade es-
tatística dos resultados obtidos nas alíneas anteriores.

17
36. Sinval, Pasian, Queirós & Marôco8 investigaram as propriedades psicométricas da Utrecht Work
Engagement Scale numa amostra multiocupacional de trabalhadores no Brasil e em Portugal (N
= 1046). A média de idades da população de trabalhadores em Portugal em 2016 era de 44 anos
(dados do INE), enquanto que no Brasil em 2017 a média de idades da população de trabalhado-
res foi de 36 anos (dados RAIS de 2017). Apresenta-se na tabela seguinte uma subamostra do
estudo (nBrasil = 10; nPortugal = 10).
Idade Sexo País Idade Sexo País
37 Masculino Brasil 34 Feminino Portugal
51 Feminino Brasil 23 Feminino Portugal
33 Feminino Brasil 21 Masculino Portugal
37 Feminino Brasil 27 Feminino Portugal
60 Feminino Brasil 33 Feminino Portugal
30 Feminino Brasil 33 Feminino Portugal
30 Feminino Brasil 29 Feminino Portugal
40 Feminino Brasil 33 Masculino Portugal
31 Masculino Brasil 29 Masculino Portugal
51 Feminino Brasil 25 Masculino Portugal
Para os dados presentes na tabela anterior, fornecem-se de seguida alguns resultados obtidos
com o IBM SPSS Statistics.

Tests of Normality
Kolmogorov-Smirnova Shapiro-Wilk
Statistic df Sig. Statistic df Sig.
Idade .214 20 .017 .877 20 .015

8
Sinval, J., Pasian, S. R., Queirós, C., & Marôco, J. (2018). Brazil-Portugal transcultural adaptation of the UWES-
9: Internal consistency, dimensionality, and measurement invariance. Frontiers in Psychology, 9, 1–18.
https://doi.org/10.3389/fpsyg.2018.00353
18
a. Lilliefors Significance Correction
Tests of Normality
Kolmogorov-Smirnova Shapiro-Wilk
País Statistic df Sig. Statistic df Sig.
Idade Brasil .213 10 .200* .865 10 .088
Portugal .224 10 .168 .907 10 .261
*. This is a lower bound of the true significance.
a. Lilliefors Significance Correction

Tests of Normality
Kolmogorov-Smirnova Shapiro-Wilk
Sexo Statistic df Sig. Statistic df Sig.
Idade Feminino .237 14 .032 .876 14 .051
Masculino .143 6 .200* .989 6 .987
*. This is a lower bound of the true significance.
a. Lilliefors Significance Correction

36.1. A média de idades dos trabalhadores (ambos sexos) do Brasil é superior à dos dados
oficiais?

36.2. Há diferenças entre a idade dos trabalhadores de Portugal (ambos sexos) e o valor
mencionado nos dados oficiais?

37. Sinval, Queirós, Pasian e Marôco (2019)9 estudaram as qualidades psicométricas do Oldenburg
Burnout Inventory em duas amostras, uma de trabalhadores brasileiros, e outra de trabalhadores
portugueses. Após terem obtido invariância da medida, avaliaram os níveis de burnout em duas
amostras de trabalhadores (Brasil e Portugal). Foram extraídos 10 sujeitos de cada uma das amos-
tras dos dois países e obtidos os seguintes resultados:

País Burnout País Burnout


Brasil 3.733 Portugal 3.467
Brasil 1.867 Portugal 3.000
Brasil 3.600 Portugal 3.400
Brasil 1.867 Portugal 2.200
Brasil 3.133 Portugal 1.000
Brasil 3.000 Portugal 3.600
Brasil 3.333 Portugal 1.667
Brasil 2.400 Portugal 3.133
Brasil 3.400 Portugal 1.867
Brasil 2.333 Portugal 3.733

9
Sinval, J., Queirós, C., Pasian, S. R., & Marôco, J. (2019). Transcultural adaptation of the Oldenburg Burnout Inventory (OLBI) for Brazil
and Portugal. Frontiers in Psychology, 10, 1–28. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2019.00338
19
37.1. Avalie se existem diferenças estatisticamente significativas entre as médias de bur-
nout entre os dois países (α=0.05). Verificam-se os pressupostos?

37.2. Reporte a dimensão do efeito. Avalie a significância prática.

38. Retomando o estudo sobre o nível de ansiedade pré-competitiva em atletas de voleibol,

Atleta Categoria Ansiedade Ansiedade Autoconfiança


cognitiva somática
1 titular 18 13 30
2 titular 20 12 28
3 titular 21 15 27
4 titular 24 17 27
5 titular 16 14 29
6 titular 18 11 32
7 titular 21 10 34
8 titular 23 15 26
9 reserva 18 14 25
10 reserva 20 16 24
11 reserva 23 18 23
12 reserva 21 17 23
13 reserva 15 19 26
14 reserva 22 17 30

38.1. Estime os intervalos de confiança a 95% e a 99% para a diferença entre as médias
dos níveis de autoconfiança nos dois grupos. O que pode concluir, tendo como base cada
um dos IC, relativamente à existência de diferenças significativas nos níveis de autoconfi-
ança?

38.2. Pensa-se que os atletas titulares experimentam níveis de ansiedade somática inferio-
res aos atletas de reserva. Verifique a veracidade desta afirmação considerando um nível
de significância de 5%.
20
38.3. Discuta a validade estatística do resultado obtido na alínea anterior, tendo em conta
os outputs que se seguem.

39. Considere os resultados do estudo “Perfil dos alunos”, apresentados na tabela que se segue.

Gé- Idade Ciclo Nota Opção de Mot. Esc. Prazer Es- Valoriz. Prag.
nero Estudos Candida- Entrada Curso* tudar Estudo Es-
tura tudo
M 32 Mestrado 170 2ª opção 1 7.5 8.9 8.3
Licencia- 168 8.3 7.2
M 17 1ª opção 2 7.8
tura
Licencia- 154 7.5 5.1
M 19 3ª opção 2 8.3
tura
Licencia- 143 8.6 6.5
M 18 2ª opção 1 6.8
tura
M 21 Mestrado 165 2ª opção 3 9.1 8.4 6.1
Licencia- 142 7.3 4.2
M 20 1ª opção 5 5.2
tura
M Licencia- 138 5.4 6.2
25 2ª opção 5 3.1
tura
F Licencia- 167 9 7.3
17 1ª opção 3 7.8
tura
F 22 Mestrado 186 1ªopção 2 8.4 10 3.5
Licencia- 183 7.3 3.0
F 18 1ª opção 1 8.9
tura
F 35 Mestrado 162 3ª opção 2 10 10 9.3
F 26 Mestrado 166 2ªopção 1 8.2 9.5 8.2
Licencia- 152 5.5 4.8
F 19 3ª opção 5 6.3
tura
Licencia- 175 7.5 7.2
F 21 1ª opção 3 6.8
tura
Licencia- 134 6.3 4.2
F 34 2ª opção 2 8.1
tura
*Mot. Esc. Curso: 1- Saídas profissionais, 2- Vocação, 3- Empregabilidade, 4- Componente prática, 5 – Médias acessíveis.

21
39.1. Será plausível afirmar que o valor médio da nota de candidatura difere significativa-
mente entre rapazes e raparigas? Utilize um método paramétrico (α=0.05).

39.2. Um especialista está convicto de que o valor médio do Prazer de Estudar entre as ra-
parigas é superior ao dos rapazes, mas, no que se refere ao Pragmatismo do Estudo os re-
sultados são opostos. Comente a convicção do especialista, utilizando métodos paramétri-
cos (α=0.05).

39.3. Discuta a validade estatística dos resultados obtidos nas alíneas anteriores, tendo em
conta os outputs que se seguem (α=0.05).

40. De Beer e colegas10 estudaram o Burnout Assessment Tool (BAT) em 7 países (Alemanha, Áus-
tria, Bélgica [Flandres], Finlândia, Holanda, Irlanda, Japão) numa amostra multiocupacional (N
= 10138). O BAT é um instrumento psicométrico com 23 itens (na versão que avalia sintomas
primários) respondidos de 1 – “Nunca” a 5 – “Sempre”. Nele o burnout é operacionalizado como
um construto hierárquico, com 4 fatores de primeira-ordem (i.e., exaustão, distância mental, in-
capacidade de controlo cognitivo, incapacidade de controlo emocional). De seguida apresentam-
se os scores de burnout para uma subamostra de participantes.

Burnout Idade Sexo País Burnout Idade Sexo País


4.7 28 Feminino Japão 2.5 45 Masculino Holanda
3.8 29 Feminino Japão 1.5 34 Feminino Holanda
4.8 47 Feminino Japão 2.3 50 Masculino Holanda
5.0 36 Masculino Japão 3.4 45 Masculino Holanda
4.5 47 Masculino Japão 1.2 49 Feminino Holanda
10
de Beer, L. T., Schaufeli, W. B., De Witte, H., Hakanen, J. J., Shimazu, A., Glaser, J., Seubert, C., Bosak, J., Sinval, J., & Rudnev, M.
(2020). Measurement invariance of the Burnout Assessment Tool (BAT) across seven cross-national representative samples. International
Journal of Environmental Research and Public Health, 17(15), 1–14. https://doi.org/10.3390/ijerph17155604
22
4.8 55 Masculino Japão 3.0 24 Feminino Holanda
3.7 51 Feminino Japão 2.5 37 Masculino Holanda
4.2 16 Feminino Japão 1.9 44 Feminino Holanda
4.2 27 Masculino Japão 2.3 23 Feminino Holanda
4.7 39 Feminino Japão 2.5 32 Masculino Holanda

Para os dados presentes na tabela anterior, fornecem-se de seguida alguns resultados


obtidos com o IBM SPSS Statistics.

Tests of Normality
Kolmogorov-Smirnova Shapiro-Wilk
Statistic df Sig. Statistic df Sig.
burnout .163 20 .169 .921 20 .104
Idade .161 20 .186 .958 20 .508
a. Lilliefors Significance Correction

Tests of Normality
Kolmogorov-Smirnova Shapiro-Wilk
country Statistic df Sig. Statistic df Sig.
burnout Holanda .194 10 .200* .960 10 .781
Japão .220 10 .185 .908 10 .268
idade Holanda .219 10 .192 .908 10 .264
Japão .176 10 .200* .955 10 .726
*. This is a lower bound of the true significance.
a. Lilliefors Significance Correction

40.1. Os investigadores suspeitam que os níveis de burnout nos trabalhadores do Japão


ultrapassam em mais de 1.5 valores os níveis de burnout dos trabalhadores da Holanda.
Teste a suspeição dos investigadores.

40.2. Os investigadores admitem que as características de foro sociodemográfico (nomea-


damente a idade) podem interferir no processo de desenvolvimento ou não de burnout. As
idades dos trabalhadores do Japão e da Holanda diferem? Apresente uma dimensão do
efeito apropriada.

40.3. Imagine que se pretendiam estabelecer comparações entre mais países do estudo
quanto às idades dos seus trabalhadores. Faria sentido utilizar vários testes de t para duas
populações independentes? Discuta potenciais inflações dos erros estatísticos.

23
41. Sinval, Queirós, Pasian, e Marôco (2019)11 estudaram as qualidades psicométricas do Oldenburg
Burnout Inventory. Este instrumento possui duas dimensões: disengagement (distanciamento) e
exhaustion (exaustão). Avaliaram-se os níveis dessas duas dimensões. Foram extraídos 10 sujei-
tos com os seus respetivos scores.

Sujeito Disengagement Exhaustion


1 2.000 3.000
2 1.571 2.750
3 3.000 3.000
4 2.143 4.375
5 2.429 3.375
6 1.714 3.375
7 1.286 3.125
8 1.429 2.625
9 3.286 3.375
10 3.571 2.000

Há diferenças significativas entre as médias das duas dimensões? Justifique a escolha do mé-
todo que utilizar (α=0.05).

42. Um ginásio de manutenção decidiu aplicar um programa de treino intensivo para redução do
peso corporal, durante um período de 3 meses. No sentido de avaliar a eficácia do programa
escolheu aleatoriamente 12 frequentadores do ginásio que tinham como objetivo a perda de peso.
Estas pessoas foram pesadas antes e depois do programa de treino e os resultados constam da
tabela seguinte. Admita que a diferença de pesos segue distribuição normal.

PI (Kg) 99.3 81.2 78.5 85.3 102.6 76.8 67.9 92.6 89.5 79.0 88.6 77.5
PF (Kg) 90.5 80.3 77.2 80.0 92.5 75.0 65.5 89.6 88.9 65.0 78.7 70.2

42.1. Estime a diferença entre o peso inicial e final com 95% de confiança.

42.2. Teste a eficácia do programa do programa de treino na redução do peso (α=0.05).

43. Com base na premissa de que funcionários mais satisfeitos são funcionários mais produtivos o
DRH de uma grande empresa desenvolveu e colocou em prática, um diversificado conjunto de
incentivos. Os valores de satisfação e produtividade foram avaliados antes e depois da

11
Sinval, J., Queirós, C., Pasian, S. R., & Marôco, J. (2019). Transcultural adaptation of the Oldenburg Burnout Inventory (OLBI) for Bra-
zil and Portugal. Frontiers in Psychology, 10, 1–28. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2019.00338

24
implementação do programa. Na tabela seguinte são apresentados os resultados de 15 funcioná-
rios selecionados aleatoriamente.

Sector Sat _Antes Sat_Depois Prod_Antes Prod_ Depois


Produção 50 58 14.2 15.2
Produção 48 56 13.4 14.5
Produção 34 62 13.2 13.8
Produção 56 68 16.2 15.8
Produção 40 80 10.3 19.5
Produção 15 63 9.2 12.3
Produção 40 53 14.3 14.8
Comercialização 32 56 9.8 15.8
Comercialização 70 86 18.2 18.5
Comercialização 15 54 5.0 12.5
Comercialização 25 53 8.0 14.3
Comercialização 54 60 19.20 18.5
Comercialização 20 35 4.10 8.2
Comercialização 43 74 10.8 18.5
Comercialização 60 70 15.1 18.2

43.1. Teste se o programa de incentivos levou a um aumento dos níveis de satisfação? Uti-
lize um método paramétrico (α=0.05).

43.2. Teste se o programa de incentivos teve um efeito positivo na produtividade? Utilize


um método paramétrico (α=0.05).

43.3. Estime, com 95% de confiança, o valor médio para a diferença da produtividade en-
tre os dois momentos e a dimensão do efeito observado.

43.4. Discuta a validade dos resultados obtidos.

44. Castro, Sinval, Ferreira e Bugalho12 estudaram as características psicossociais de adultos com a
síndrome de Klinefelter (SK), que consiste numa alteração cromossómica, sendo a mais comum
de todas nos homens. A sua incidência é de 1 em cada 500 a 1000 homens, estando claramente
subidentificada na população portuguesa. Num estudo piloto prospetivo caso-controlo (N = 14)
em que participaram adultos com o SK tratados com testosterona (n = 7) e adultos com hipogo-
nadismo de outras etiologias também tratados com testosterona (n = 7). Os participantes foram
emparelhados pela idade, escolaridade e tempo de tratamento com testosterona. Dois dos

12
Castro, R. V. de, Sinval, J., Ferreira, F., & Bugalho, M. J. (2020). Caracterização clínica e psicossocial de adultos com síndrome Klinefel-
ter tratados com testosterona – Resultados estudo piloto. Congresso Português de Endocrinologia / 71a Reunião Anual Da SPEDM, 15, 82.
http://www.spedmjournal.com/
25
construtos mensurados foram a autoestima com a Escala de autoestima de Rosenberg e a quali-
dade de vida com a EUROHIS-QOL-8. Apresentam-se de seguida os dados.

Par Grupo Autoestima Qualidade de Vida


1 Caso 2.7 2.8
2 Caso 2.9 4.1
3 Caso 3.1 3.0
4 Caso 2.9 4.1
5 Caso 2.8 4.1
6 Caso 3.1 4.0
7 Caso 2.8 3.1
1 Controlo 3.2 4.0
2 Controlo 3.7 4.2
3 Controlo 3.7 4.4
4 Controlo 3.4 4.2
5 Controlo 3.8 4.0
6 Controlo 3.5 4.9
7 Controlo 3.9 4.5

Para os dados presentes na tabela anterior, fornecem-se de seguida alguns resultados obtidos
com o IBM SPSS Statistics.

Tests of Normality
Kolmogorov-Smirnova Shapiro-Wilk
Grupo Statistic df Sig. Statistic df Sig.
Autoestima Caso .214 7 .200* .896 7 .310
Controlo .230 7 .200* .953 7 .753
QualidadeVida Caso .319 7 .030 .764 7 .018
Controlo .212 7 .200* .901 7 .338
*. This is a lower bound of the true significance.
a. Lilliefors Significance Correction

44.1. Um epidemiologista suspeita que "os níveis de autoestima nos adultos portadores do
SK tratados com testosterona são inferiores a -0.5 unidades em relação aos níveis dos
adultos com hipogonadismo de outras etiologias tratados com testosterona". Teste esta
suspeição do epidemiologista.

44.2. Apresente a estimação intervalar (95%) das diferenças observadas.

44.3. O epidemiologista sugere que com base na literatura é expectável que "os adultos
com hipogonadismo de outras etiologias tratados com testosterona tenham níveis de quali-
dade de vida superiores, aos dos adultos com o SK tratados com testosterona". Teste utili-
zando um método paramétrico.

44.4. Todas as condições de aplicação do teste anterior foram verificadas? Em caso nega-
tivo, discuta alternativas.

26
45. Um psicometrista estudou a associação entre o género (1 – feminino; e, 2 - masculino) e o tipo
de pagamento dos trabalhadores (1 – paga por hora; e, 2 – salário fixo). A tabela seguinte exibe
os dados recolhidos em 10 trabalhadores:

Trabalhador Género Tipo de pagamento


1 1 - Feminino 2 - Salário fixo
2 1 - Feminino 2 - Salário fixo
3 1 - Feminino 2 - Salário fixo
4 2 - Masculino 1 - Pago por hora
5 1 - Feminino 2 - Salário fixo
6 1 - Feminino 1 - Pago por hora
7 1 - Feminino 2 - Salário fixo
8 1 - Feminino 1 - Pago por hora
9 1 - Feminino 1 - Pago por hora
10 2 - Masculino 2 - Salário fixo

45.1. Teste a independência entre o género e o tipo de pagamento recebido (α=0.05).


Discuta a validade da conclusão a que chegar.

45.2. Apresente a dimensão do efeito e avalie qualitativamente.

46. A tabela apresentada contém o número de diplomados do ensino superior em 2016/17 em Portu-
gal, por sexo e localização geográfica (INE, 2019).

Sexo
Localização
Masculino Feminino

Continente 31 937 43 830

Açores 198 349


Madeira 287 433

Averigue se existe independência entre o sexo e a localização geográfica nos diplomados


(α=0.05). Qual a dimensão do efeito?

47. Isaksson e colaboradores 13 estudaram cuidadoras em casas de repouso quanto à relação entre a
exposição percebida face à violência e síndrome de burnout e outros fatores associados (N =
196). Os autores subamostraram as cuidadoras em 20 sujeitos do grupo de cuidadores expostos
a violência com 20 sujeitos não expostos a violência. Tendo sido combinados por idade, ocupa-
ção e lugar de trabalho. Analisaram os autores se a perceção de burnout era indiferente face da
exposição ou não à violência.

13
Isaksson, U., Graneheim, U. H., Richter, J., Eisemann, M., & Åström, S. (2008). Exposure to violence in relation to personal-
ity traits, coping abilities, and burnout among caregivers in nursing homes: A case-control study. Scandinavian Journal of
Caring Sciences, 22(4), 551–559. https://doi.org/10.1111/j.1471-6712.2007.00570.x

27
Burnout
Violência
Sem Com

Expostas 12 8
Não expostas 18 2
47.1 A que resultado chegaram os autores?

47.2 Os autores do estudo original não apresentaram uma dimensão do efeito, se os pu-
desse auxiliar. O que teria apresentado.

48. Numa determinada universidade o número de vagas para os mestrados na área da psicologia é
definido com base em diferentes critérios, tais como procura, empregabilidade, disponibilidade
do corpo docente, e capacidade logística. Os responsáveis pela definição do número de vagas
prepararam o seguinte quadro de vagas:

Área da psicologia Nº de vagas expectáveis Preferências dos alunos


Clínica 15 8
Educação 14 10
Forense 12 10
Organizacional 11 16
Psicometria 10 10
Saúde 12 20

Consultaram uma amostra aleatória de estudantes (N = 74) no último ano da licenciatura em


ciências psicológicas de modo. Sendo que 8 deles indicaram a preferência pela clínica, o dobro
pretere todas as outras em relação à organizacional. Vinte alunos pretendem a área da saúde,
metade deste valor têm como preferência a forense. E um igual número tem como primeira a
escolha a psicometria e a educação.

48.1. A preferência dos alunos está de acordo com as expectativas de vagas dos decisores?

48.2. Qual das áreas tem uma maior contribuição para o valor da estatística de teste? O
que é que isto significa em termos da diferença entre as expectativas dos decisores e as
preferências dos alunos?

49. Em Marketing, o conhecimento da satisfação do cliente é fundamental: “Um cliente satisfeito é


fiel à empresa, volta a comprar e comunica as suas experiências positivas aos seus conhecidos,
familiares, etc..”. Foi realizado um questionário de satisfação constituído por 7 itens avaliados
numa escala de 1- Discordo completamente a 5 -Concordo completamente. Os resultados itens:
1 “Estou satisfeito com a qualidade dos serviços prestados”; 5 “Recomendaria os nossos serviços
28
a clientes e amigos”, bem como a cotação global da escala aplicada aos 16 clientes que partici-
param neste estudo são os seguintes:

Cliente Item 1 Item 5 Score sat. Cliente Item 1 Item 5 Score sat.
1 3 2 2.1 9 4 4 4.3
2 4 3 4,7 10 5 4 4.5
3 3 3 4.3 11 5 4 4.1
4 5 4 4.9 12 4 3 3.4
5 3 1 2.0 13 3 2 1.2
6 2 1 1.9 14 5 5 5.0
7 3 3 2.1 15 4 2 3.5
8 4 3 4.7 16 5 4 4.6

49.1. Um dos objetivos da empresa é ter clientes com scores medianos, para os itens men-
cionados, superiores a 3. Avalie, justificando, se o objetivo é atingido (α=0.05).

49.2. Outro objetivo da empresa é que o score médio de satisfação global seja superior a
3.5. Utilize a metodologia mais adequada para verificar se este objetivo foi atingido
(α=0.05).

50. Numa organização, decidiu-se que uma das políticas sociais a implementar seria o aumento da
escolaridade dos seus trabalhadores (programa Qualifica). A direção estabeleceu a meta de que,
em 4 anos mais de metade dos trabalhadores teriam o ensino secundário. Passados 2 anos desta
decisão, foi recolhida uma amostra aleatória de 10 trabalhadores para avaliar a situação.
Qual o ponto da situação, face ao objetivo estabelecido? Justifique (α=0.05).

Trabalhador Nível de escolaridade Trabalhador Nível de escolaridade


1 1 – E.B. 1º ciclo 6 4 – Ensino Secundário
2 2 – E.B. 2º ciclo 7 3 – E.B. 3º ciclo
3 4 – Ensino Secundário 8 4 – Ensino Secundário
4 3 – E.B. 3º ciclo 9 5 – Ensino Superior
5 5 – Ensino Superior 10 2 – E.B. 2º ciclo
Nota: 1 – Ensino Básico 1º ciclo; 2 – Ensino Básico 2º ciclo; 3 – Ensino Básico 3º ciclo, 4 – Ensino Secundário; 5 – Ensino Superior

51. Na tabela seguinte constam dados relativos ao índice de criminalidade geral (ICG) registado em
2017 (1-“Muito baixo”; 2-“Baixo”; 3-“Moderado”; 4-“Alto“ e 5-“Muito alto”), em 10 distritos
de Portugal continental, selecionados aleatoriamente. Teste a hipótese de que o índice de crimi-
nalidade mediano em 2017 foi baixo ou muito baixo, com base na amostra em estudo (α=0.05).

29
Distrito ICG Distrito ICG
1 1 6 3
2 1 7 2
3 2 8 2
4 4 9 1
5 3 10 4

52. O número médio de horas de trabalho por semana é um importante indicador da realidade do
mercado trabalho num país. Segundo os dados do Eurostat14 a realidade europeia em 2019 foi a
seguinte:

Figura 1. Fonte Eurostat 2021

Sinval, Miller e Marôco15 estudaram a abertura à mudança organizacional em trabalha-


dores em Portugal (n = 565) e no Brasil (n = 610). Tendo-se extraído uma subamostra
do conjunto de trabalhadores em Portugal (n = 21) apresentada de seguida.
Horas semanais de trabalho Sexo Situação Profissional Grupo Ocupacional
50 F Contrato sem termo Technicians and Associate Professionals
50 M Contrato sem termo Professionals
60 F Contrato de trabalho a termo certo Technicians and Associate Professionals
35 F Contrato sem termo Professionals
35 F Contrato de trabalho a termo certo Professionals
30 F Contrato sem termo Professionals
54 F Contrato de trabalho a termo certo Professionals
44 F Contrato de trabalho a termo certo Managers

14
Eurostat. (2021). Hours of work - annual statistics. https://ec.europa.eu/eurostat/statistics-explained/index.php?title=Hours_of_work_-
_annual_statistics
15
Sinval, J., Miller, V., & Marôco, J. (2021). Openness Toward Organizational Change Scale (OTOCS): Validity evidence from Brazil and
Portugal. PLOS ONE, 16(4), 1–22. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0249986
30
30 F Contrato sem termo Professionals
42 F Contrato sem termo Managers
70 F Contrato sem termo Technicians and Associate Professionals
44 F Prestação de serviços Professionals
68 F Prestação de serviços Professionals
97 M Prestação de serviços Professionals
56 M Prestação de serviços Clerical Support Workers
40 M Prestação de serviços Managers
35 F Prestação de serviços Professionals
40 F Prestação de serviços Professionals
38 M Prestação de serviços Professionals
35 M Prestação de serviços Professionals
33 F Prestação de serviços Professionals

Para os dados presentes na tabela anterior, fornecem-se de seguida alguns resultados obtidos com o IBM
SPSS Statistics.

Tests of Normality
Kolmogorov-Smirnova Shapiro-Wilk
Statistic df Sig. Statistic df Sig.
horas_trabalho .191 21 .045 .848 21 .004
a. Lilliefors Significance Correction
Tests of Normality
Kolmogorov-Smirnova Shapiro-Wilk
situacao_prof Statistic df Sig. Statistic df Sig.
horas_trabalho Contrato s/c ter .157 11 .200* .945 11 .578
Prestação serv .290 10 .017 .760 10 .005
*. This is a lower bound of the true significance.
a. Lilliefors Significance Correction

52.1. Os investigadores pretendem testar se o número de horas semanais é maior do que a


média de horas de trabalho em Portugal.

52.2. Verifique se os trabalhadores por conta própria trabalham um número de horas idên-
tico ao da média em Portugal para os trabalhadores na mesma situação profissional.

53. A motivação académica é fundamental para o sucesso escolar. Na tabela seguinte são apresenta-
dos os resultados parciais de um estudo sobre motivação académica em alunos do ensino secun-
dário. Os itens apresentados são avaliados numa escala de 1-discordo completamente a 5-con-
cordo completamente.

Sexo “Aprender Coisas novas é in- “Eu preciso de ser incentivado Score de Motivação aca-
teressante para mim” para fazer melhor o meu traba- démica
lho”
Fem 4 2 3.8
Fem 5 3 4.2
Fem 4 4 3.7
Fem 5 1 3.2

31
Fem 3 3 3.0
Mas 1 5 4.3
Mas 2 4 4.2
Mas 3 3 2.5
Mas 4 4 3.8
Mas 3 2 2.1

53.1. Será plausível afirmar que as raparigas atribuem maior peso a aprender coisas novas
do que os rapazes? (α=0.05).

53.2. Comente a afirmação “Os rapazes necessitam mais de incentivo para fazer melhor as
tarefas do que as raparigas” (α=0.05).

53.3. Utilize a metodologia mais adequada para avaliar se o score de motivação académica
difere significativamente entre rapazes e raparigas (α=0.05).

54. Sinval, Casanova, Marôco e Almeida (2018)16 estudaram os níveis de desenvolvimento acadé-
mico de alunos do ensino superior. A tabela seguinte apresenta os resultados de uma subamostra
de estudantes.

ID Grupo Envolvimento ID Grupo Envolvimento


académico académico
1 Feminino 35 8 Masculino 17

16
Sinval, J., Casanova, J. R., Marôco, J., & Almeida, L. S. (2018). University Student Engagement Inventory (USEI): Psychometric proper-
ties. Current Psychology, 1–13. https://doi.org/10.1007/s12144-018-0082-6

32
2 Feminino 33 9 Masculino 15

3 Feminino 32 10 Masculino 15

4 Feminino 25 11 Masculino 22

5 Feminino 19 12 Masculino 16

6 Feminino 21 13 Masculino 23

7 Feminino 20

Tendo em conta os outputs apresentados de seguida, averigue, utilizando o método mais ade-
quado, se existem diferenças entre as pontuações nos dois grupos (Feminino e Masculino)
(α=0.05). Avalie a dimensão do efeito.

55. Na tabela seguinte constam os dados relativos ao número de crimes de violência doméstica
(NCVD) cometidos em 12 municípios do Norte e 10 municípios do Sul de Portugal continental,
registados em 2016 (NCVD16) e em 2017 (NCVD17)

NCVD NCVD
Região Região
NCVD16 NCVD17 NCVD16 NCVD17
N 11 14 S 19 11
N 8 11 S 8 6
N 25 48 S 5 14
N 10 18 S 3 10
N 20 21 S 12 22
N 12 17 S 7 8
N 3 6 S 13 13
N 13 11 S 16 20
N 6 9 S 5 7
N 8 12 S 29 32
N 11 14
33
N 10 9

55.1. Diga, justificando, qual a metodologia estatística mais apropriada para averiguar se o
número de crimes de violência doméstica cometidos em 2017 difere significativamente
nas duas regiões? (α=0.05).

55.2. Teste a hipótese formulada na questão anterior (α=0.05).

56. Sinval, Marques-Pinto, Queirós e Marôco17 estudaram a Utrecht Work Engagement Scale
(UWES) em trabalhadores de socorro (N = 3887) enfermeiros, bombeiros e polícias. Obteve-se
uma subamostra bombeiros e polícias, apresentada de seguida.

17
Sinval, J., Marques-Pinto, A., Queirós, C., & Marôco, J. (2018). Work engagement among rescue workers: Psychometric properties of the
Portuguese UWES. Frontiers in Psychology, 8, 1–16. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2017.02229
34
Profissão Sexo Work Engagement
Bombeiro Feminino 4.50
Bombeiro Masculino 5.22
Bombeiro Masculino 5.67
Bombeiro Masculino 5.78
Bombeiro Masculino 4.00
Bombeiro Masculino 5.44
Bombeiro Feminino 5.78
Bombeiro Masculino 5.78
Bombeiro Feminino 6.00
Bombeiro Feminino 5.11
Bombeiro Masculino 5.56
Polícia Masculino 5.44
Polícia Masculino 4.44
Polícia Masculino 3.22
Polícia Feminino 5.11
Polícia Masculino 5.67
Polícia Masculino 6.00
Polícia Masculino 5.11
Polícia Masculino 1.56
Polícia Masculino 4.89
Polícia Masculino 5.00
Polícia Masculino 4.00

Para os dados presentes na tabela anterior, fornecem-se de seguida alguns resultados obtidos
com o IBM SPSS Statistics.

Tests of Normality
Kolmogorov-Smirnova Shapiro-Wilk
Statistic df Sig. Statistic df Sig.
work_eng .198 22 .025 .814 22 .001
a. Lilliefors Significance Correction
Tests of Normality
Kolmogorov-Smirnova Shapiro-Wilk
profissao Statistic df Sig. Statistic df Sig.
work_eng Bombeiro .195 11 .200* .856 11 .051
Polícia .231 11 .103 .866 11 .070
*. This is a lower bound of the true significance.
a. Lilliefors Significance Correction
Tests of Normality
Kolmogorov-Smirnova Shapiro-Wilk
sexo Statistic df Sig. Statistic df Sig.
work_eng F .238 4 . .941 4 .657
(bombeiros) M .275 7 .118 .727 7 .007
a. Lilliefors Significance Correction

35
56.1. Admite-se que níveis mais elevados de work engagement possam ter um efeito pro-
tetor relativamente ao desenvolvimento de problemas associados às profissões de socorro,
como por exemplo o trauma vicariante. Tendo isto em conta, verifique se os polícias se
sentem menos envolvidos no seu trabalho do que os bombeiros.

56.2. A profissão de bombeiro em Portugal pode ser desenvolvida em regime voluntário,


sendo na maioria do sexo masculino, porém essa realidade tem vindo a mudar18. Verifique
se o sexo feminino está com um envolvimento diferente do sexo masculino no trabalho de
bombeiro.

57. Para avaliar a satisfação com o curso entre os alunos do 1º ano de uma instituição do ensino
superior foram selecionados aleatoriamente 2 alunos em cada uma das 12 turmas do 1º ano e foi-
lhes aplicado um questionário de satisfação no final de cada um dos semestres. Os resultados
obtidos apresentam-se na tabela seguinte:

Aluno Satisfação 1º Satisfação 2º Aluno Satisfação 1º Satisfação 2º


semestre semestre semestre semestre
1 50 54 13 20 23
2 48 40 14 43 40
3 34 20 15 64 65
4 56 58 16 45 60
5 40 45 17 60 65
6 39 20 18 35 55
7 40 45 19 20 60
8 32 38 20 13 14
9 50 54 21 33 15
10 33 29 22 48 55
11 15 18 23 50 55
12 54 59 24 18 23

57.1. Identifique o tipo de amostragem usado.

57.2. Utilize a metodologia mais apropriada para verificar se os níveis de satisfação obser-
vados no 2º semestre são superiores aos observados no 1º semestre (α = .05).

57.3. Calcule e interprete a dimensão do efeito.

18
https://www.bombeiros.pt/noticias/bombeiras-representam-cerca-de-25-por-cento-dos-bombeiros-em-portugal.html/
36
58. Numa revisão sistemática sobre intervenções para melhorar o processo de recuperação cognitiva
e física de trabalhadores devido ao desgaste provocado pelo trabalho. Retirou-se uma subamostra
de um dos ensaios clínicos aleatorizados que testou a intervenção introdução de pausas, tendo-
se medido a perceção dos níveis de recuperação antes e depois da introdução das alterações.

Trabalhador Recuperação Pré Recuperação Pós

1 98 105

2 65 80

3 90 105

4 90 97

5 72 81

6 94 101

7 96 103

8 95 116

Verifique, justificando a escolha do método mais apropriado, se existiram alterações significa-


tivas nos scores de recuperação (α=0.05). Apresente a dimensão do efeito.

59. Na tabela seguinte constam dados relativos ao número de crimes de violência doméstica come-
tidos em 12 municípios do Norte e 10 do Sul de Portugal continental, registados em 2016
(NCVD16) e em 2017 (NCVD17).

37
NCVD NCVD
Região Região
NCVD16 NCVD17 NCVD16 NCVD17
N 11 14 S 19 11
N 8 11 S 8 6
N 25 48 S 5 14
N 10 18 S 3 10
N 20 21 S 12 22
N 12 17 S 7 8
N 3 6 S 13 13
N 13 11 S 16 20
N 6 9 S 5 7
N 8 12 S 29 32
N 11 14
N 10 9

59.1. Diga, justificando, qual a metodologia estatística mais apropriada para testar se os
crimes de violência doméstica são significativamente menores em 2016 (α = .05).

59.2. Teste a hipótese formulada na questão anterior (α=0.05).

59.3. Calcule e interprete a dimensão do efeito.

60. Depois de desenvolvido um estudo piloto (N = 14) Castro, Sinval, Ferreira e Bugalho19 recolhe-
ram mais observações num estudo prospetivo caso-controlo (N = 42) de adultos com a Síndrome
de Klinefelter tratados com testosterona (n = 21), e de adultos com hipogonadismo de outras
etiologias também tratados com testosterona (n = 21). As observações foram emparelhadas pela
idade, escolaridade e tempo de tratamento com testosterona. Sabe-se que à SK estão associadas
alterações integradas nas Perturbações do Espectro do Autismo (PEA), com manifesta dificul-
dade de interação e integração social. Assim, os autores utilizaram a short Autism Spectrum Quo-
tient (ASQ) um instrumento psicométrico de screening de indicadores associados à PEA. O ASQ
possui cinco dimensões: capacidades sociais, comunicação, imaginação, atenção ao detalhe e
troca de atenção. Apresenta-se de seguida a base de dados com parte dos dados em causa. Valores
mais elevados representam maior competência na dimensão.

19
Castro, R. V. de, Sinval, J., Ferreira, F., & Bugalho, M. J. (2020). Caracterização clínica e psicossocial de adultos com síndrome Klinefel-
ter tratados com testosterona – Resultados estudo piloto. Congresso Português de Endocrinologia / 71a Reunião Anual Da SPEDM, 15, 82.
http://www.spedmjournal.com/
38
Grupo Troca de aten- Capacidades soci- Grupo Troca de aten- Capacidades soci-
ção ais ção ais
Caso 2.00 2.00 Con- 2.50 3.50
trolo
Caso 2.00 2.50 Con- 3.00 3.50
trolo
Caso 2.50 2.00 Con- 2.50 3.00
trolo
Caso 2.00 3.00 Con- 2.50 4.00
trolo
Caso 3.00 2.50 Con- 3.50 3.00
trolo
Caso 3.50 2.50 Con- 2.50 3.00
trolo
Caso 2.00 3.50 Con- 2.50 3.00
trolo
Caso 2.00 3.00 Con- 2.50 3.50
trolo
Caso 3.50 2.00 Con- 2.00 3.50
trolo
Caso 2.50 3.00 Con- 2.50 4.00
trolo
Caso 2.50 2.50 Con- 2.50 4.00
trolo
Caso 3.00 3.00 Con- 2.50 3.50
trolo
Caso 2.00 2.50 Con- 2.50 3.50
trolo
Caso 1.50 3.00 Con- 2.50 3.50
trolo
Caso 3.00 1.50 Con- 2.00 3.00
trolo
Caso 1.50 2.50 Con- 2.50 3.00
trolo
Caso 1.00 2.50 Con- 2.00 4.00
trolo
Caso 1.00 2.50 Con- 3.00 3.50
trolo
Caso 2.00 2.50 Con- 2.00 3.50
trolo
Caso 1.50 2.50 Con- 2.00 3.00
trolo
Caso 1.50 3.50 Con- 2.50 3.00
trolo

Para os dados presentes na tabela anterior, fornecem-se de seguida alguns resultados obtidos
com o IBM SPSS Statistics.

Tests of Normality
Kolmogorov-Smirnova Shapiro-Wilk
Statistic df Sig. Statistic df Sig.
trocaAtencaoCaso .209 21 .017 .934 21 .164
CapSociaisCaso .244 21 .002 .907 21 .047
trocaAtencaoCtrl .331 21 .000 .785 21 .000
CapSociaisCtrl .241 21 .003 .803 21 .001
39
a. Lilliefors Significance Correction
60.1. Um epidemiologista questionou: “será os adultos com SK tratados com testosterona
apresentam um maior comprometimento ao nível da atenção do que adultos equivalentes
também tratados com testosterona”?

60.2. Sabe-se que o tratamento com testosterona tem efeitos positivos em relação a algu-
mas das alterações psicossociais provocadas pelo SK. Verifique se nos indivíduos tratados
com testosterona, aqueles com SK tem níveis de capacidades sociais idênticos ou superio-
res aos dos seus equivalentes com hipogonadismo de outras etiologias.

40
Soluções:

1.1. Trabalhadores (conta de outrem) no Brasil e em Portugal.

1.2. Não aleatória por conveniência.

1.3.1. Nominal.

1.3.2. Nominal.

1.3.3. Ordinal.

1.3.4. Nominal.

1.3.5. Ordinal.

1.3.6. Intervalar.

1.3.7. Razão.

2.1. Cuidadores formais de idosos a trabalhar em Faro; Aleatória por Clusters.

2.2. Mulheres entre os 35 e os 65 anos utentes do centro de saúde de Cascais; Não aleatória por conveniência.

2.3. Atletas de futsal integrados na Divisão Nacional; Não aleatória por conveniência.

2.4. Alunos do 3º ciclo da escola secundária Vergílio Ferreira; Aleatória estratificada.

3.1. Estudantes daquela faculdade.

3.2. Aleatória estratificada proporcional por ano/curso (por exemplo).

3.3.1. Ordinal.

3.3.2. Razão.

3.3.3. Intervalar.

3.3.4. Ordinal.

3.3.5. Nominal.

3.3.6. Nominal.

3.3.7. Intervalar.

4.1 Assistentes e árbitros de futebol e árbitros de futsal da FPF.

4.2 Censos. 20.24%

4.3.1 Qualitativa nominal.

4.3.2 Qualitativa nominal.

4.3.3 Quantitativa de razão.

4.3.4 Qualitativa ordinal.

4.3.5 Quantitativa intervalar.

4.3.6 Qualitativa ordinal.

4.4 79.76%

4.5 Média

5.1. Brasil: AIQ = 0.48; 1 outlier inferir moderado x = -1.15. Portugal: AIQ = 0.5; 1 outlier superior severo x = 0.99

41
5.2

5.3. Setor primário; moda

5.4. Diagrama de dispersão

5.5. P50=Q2=Med=Boa

5.6.

5.7.

5.7.1. Comparação visual de médias

5.7.2. Média (barra) e desvio-padrão ou erro padrão da média (barra de erro)

6.1. x = 14.164; S x' = 1.894


6.2.

Xi ni Ni fi Fi
Baixo 1 1 0.071 0.071
Médio baixo 2 3 0.143 0.214
Médio 8 11 0.571 0.785
Médio alto 1 12 0.071 0.856
Alto 2 14 0.143 1

6.3. Verdade (CVF=73.8%; CVM=55.6%)

6.4. Um outlier superior severo x=56

42
6.5.

7.1. xNota _ de _ Candidatura = 160.333; S 'Nota _ de _ Candidatura = 15.990

xCiclo _ de _ Estudos = Licenciatura; AIQCiclo _ de _ Estudos = 1


7.2.

Xi ni fi
1-saídas profissionais 4 0.267
2-vocação 5 0.333
3-empregabilidade 3 0.200
4-componente prática 0 0
5-Médias acessíveis 3 0.200

7.3. Um outlier inferior moderado x=3.1

7.4.

7.5. Prazer de estudar: 𝑋̅𝐹 = 8.063 (𝑆𝑥′ = 1.156); 𝑋̅𝑀 = 6.829 (𝑆𝑥′ = 2.052)

Pragmatismo do estudo: 𝑋̅𝐹 = 5.938 (𝑆𝑥′ = 2.353); 𝑋̅𝑀 = 6.229 (𝑆𝑥′ = 1.336)

7.6. CVM=15.365%; CVF=21.271%

7.7.

xArbFut = 5.120; S ' ArbFut = 1.514


8.1 xAsstFut = 3.300; S ' AsstFut = 1.629
xArbFutsal = 4.300; S ' ArbFutsal = 1.522
8.2 SEM = 0.481

8.3 Sim, árbitro futebol.

8.4 P90 = 6.27

9.1. C

9.2. A

43
9.3. A e B

9.4. Ω={0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10}

10.1. 𝑃(𝑋 ≤ 15) = .762

10.2. 𝑃(𝑋 ≥ 12) = 1 − 𝑃(𝑋 ≤ 11) = .887

10.3. 𝑃(10 ≤ 𝑋 ≤ 15) = 𝑃(𝑋 ≤ 15) − 𝑃(𝑋 ≤ 9) = .745

10.4. 𝑃(𝑋 = 10) = .031

11.1. 𝑃(𝑋 = 5) = 0.004

11.2. 𝑃(𝑋 ≤ 3) ≈ 0

11.3.𝑃(𝑋 ≥ 5) = 1 − 𝑃(𝑋 ≤ 4) ≈ 1

12.1. 069

12.2 .028

12.3 .760

12.4 .040

12.5 .766

13. A-2, B-4, C-3, D-1

14.1. 𝑃(𝑋𝐹 > 80) = .115 (11.5%)

14.2. 𝑃(𝑋𝑀 ≤ 62) = .354 (35.4%)

14.3. 𝑃(𝑋𝐹 ≤ 𝑎) = .75 => 𝑎 = 72.117

15.1. 𝑃(𝑋 < 100) = .001

15.2. 𝑃(108 < 𝑋 < 118) = .645

15.3. 15

16.1 .023

16.2 .218

16.3 17.902

16.4 P95

16.5 .228. Intervalo 8.5 a 10.5

16.6 7

17.1. t-Student

17.2. t-Student (aproxima-se da distribuição normal)

18. 17

𝑝×(1−𝑝)
19.1. 𝑃̂~𝑁 (𝑝, √ ) => 𝑃̂~𝑁(0.6,0.089)
𝑛

19.2. 𝑃(𝑃̂ < 0.5) = 0.131

20.1 .124. Não, .039

44
20.2 .428

20.3 .992; .820

20.4 .154; .334

20.5 .398

21.1. 𝑥̅ = 71; 𝜎 = 3; 𝑛 = 48

21.2. Normal (σ conhecido e n>30)

21.3. ]70.151, 71.849[

21.4. 0.849

21.5. Diminui

22.1. 90%

22.2. 62

23.1. Prazer de estudar ]6.547, 8.426[; Pragmatismo do estudo ]5.029, 7.118[

23.2. Não

23.3. ≥ 23

24.1 IC90%]6.513; 10.232[; IC95%]6.157; 10.589[

24.2 IC99%]8.931; 13.780[; IC95%]9.690; 13.022[

24.3 0.065; 0.065; Sim, iguais.

24.4 47

24.5 11.356

25.1. X – nº de pessoas que aperta o cinto antes de andar de carro; 𝑃̂ = 52

25.2. 1066

25.3. Amostra maior

25.4. Não

26. ]6.401, 18.972[

27.1. Amostragem aleatória estratificada; N = 750

27.2. ]0.062, 0.538[

27.3. ]0.192, 0.608[

27.4. Amostras muito pequenas (n<30) => deveríamos ter usado a distribuição binomial (exata)

28.1 IC90% ep. normal].208; .701[; IC90% ep. recurso].075; .592[; A margem de erro do IC a 90 % para a proporção de aprovação da
época de recurso é maior.

28.2 16; Não, 14.

28.3 IC99% ep. normal]10.516; 122.866[; IC99% ep. recurso]1.712; 27.954[; A amplitude do IC a 99 % para a variância da nota da
época normal é maior.

29. z = 2.041; p = .021; rejeita-se H0

30. z = 1.453; p = .073; não se rejeita H0

45
31. z = -1.175; p = .120; não se rejeita H0

32.1
z = 6.356; p  .001

32.2 z = 11.887; p  .001

32.3.1
p = .837

32.3.2 p = .020

33. Apenas o departamento A

ta(5)=13.790, p<.001, Rej H0

tb(5)=-1.273, p=.871, Não se Rej H0

tc(4)=-0.760, p=0.755, Não se Rej H0

34.1. ]18.448, 21.552[

34.2. ttitulares(7)=4.245, p=.002, Rej. H0; treserva(5)=0.155, p=.441, Não se Rej. H0

34.3. Normalidade => validade estatística dos resultados obtidos

35.1. t(14) = 0.081, p = .937, não se rejeita H0.

35.2. t(14) = 2.024, p = .031, rejeita-se H0.

35.3. Normalidade => validade estatística dos resultados obtidos

36.1
t (9) = 1.206; p = .129

36.2
t (9) = −10.472; p  .001

37.1. t(18)=0.429, p=.673, Não se Rej H0. Verificam-se os pressupostos

37.2. g = 0.192 (reduzida)

38.1. IC95% ]0.777, 7.139[; IC99% ]-0.502, 8.418[

38.2. t(12) = -3.055, p = .005; rejeita-se H0.

38.3. Verificam-se os pressupostos => os resultados são válidos

39.1. t(13) = -1.419, p = .179, não se rejeita H0.

39.2. t prz _ est (13) = 1.461; p prz _ est = .084; t prag _ est (13) = −0.288; p prag _ est = .389

39.3. Não se verificam os pressupostos na sua totalidade para o teste às médias populacionais do Pragmatismo do Estudo.
Para os testes às médias populacionais do Prazer de Estudar e da Nota de Candidatura os pressupostos são totalmente verifi-
cados, sendo que os seus resultados são válidos.

40.1 t (18) = 2.523; p = .011

40.2
t (18) = −0.159; p = .876; IC 95%] − 11.376;9.776[

40.3 Não, dar-se-ia a inflação do erro tipo I.

41. t(9) = -2.455, p = .036, Rejeita-se H0

42.1. ]2.613, 8.287[

46
42.2. T(11)=4.228, p<0.001, Rej H0

43.1. T(14)=6.294, p<0.001, Rej H0

43.2. T(14)=3.861, p=0.001, Rej H0

43.3. ]1.464, 5.123[, d=0.997

43.4. Verificam-se os pressupostos => os resultados são válidos

44.1
t (6) = −1.954; p = .049

44.2
IC 95%] − 0.950; −.450[

44.3
t (6) = 2.855; p = .014

44.4 Não, teste não paramétrico.

45.1. χ2(1)=0.104, p=0.747 (Não se Rej H0). Não são cumpridas as condições.

45.2. V=0.102 (fraca)

46. χ2(2)=9.378, p=0.009, V=0.011, Rej H0

47.1  (1) = 4.8; p = .028


2

47.2 V = .346

48.1  (5) = 12.349; p = .030;V = .183


2

48.2 Saúde.

49.1. WIt1 = 62.5, p = .003, Rej H0; WIt5 = 32.5, p = .534, Não se Rej H0

49.2. Wsat = 57.5, p = .566, Não se Rej H0

50. W=5, p=0.945, Não se Rej H0

51. W=6, p=0.055, Não se Rej H0

52.1
z = 1.757; p = .039; r = .383

W = 31; psup = .385; r = .113


52.2

53.1. W=37, p=0.028, Rej H0

53.2. W = 33.5, p = .133, não se rejeita H0.

53.3. w = 28, p = .500; não se rejeita H0.

54. W=27, p≤0.05, Rej H0

55.1. Falha o pressuposto da normalidade => WMW

55.2. z = -0.364; p = .716; r = .078, não se rejeita H0.

56.1
z = −1.878; p = .030; r = .400

56.2 z = 0.191; p = .849; r = .058

57.1. Amostragem aleatória estratificada não proporcional

47
57.2. z = 1.632; p = .051, Não se Rej H0

57.3. r = 0.333

58. t+=0, p=0.004, Rej H0

59.1. Wilcoxon

59.2. z = -2.999; p = .001, rejeita-se H0.

59.3. r=0.65 (elevado)

60.1
W = 44.5; pinf = .070; r = .375

60.2
z = −3.722; p  .001; r = .812

48

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