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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
SECRETARIA DE GESTÃO E ENSINO EM SEGURANÇA PÚBLICA
DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA
COORDENAÇÃO-GERAL DE ENSINO
COORDENAÇÃO DE ENSINO A DISTÂNCIA
CONTEUDISTA
Carlos Antônio Borges
REVISÃO DE CONTEÚDO
Thiago César Fagundes Santos
Victória Pereira de Vasconcelos de Abreu
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
Ardmon dos Santos Barbosa
Márcio Raphael Nascimento Maia
PROGRAMAÇÃO E EDIÇÃO
Ozandia Castilho Martins
Vinícius Alves de Sousa
DESIGNER
Ozandia Castilho Martins
Vinícius Alves de Sousa
Zulmiro José Machado Filho
DESIGNER INSTRUCIONAL
Luana Manuella de Sales Mendes
2
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DO CURSO ................................................................................................................... 4
DIVISÃO DOS MÓDULOS: .......................................................................................................................... 6
OBJETIVOS DO CURSO.............................................................................................................................. 6
MÓDULO 1 – SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO ................................................................................ 7
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO ............................................................................................................................ 7
OBJETIVOS DO MÓDULO..................................................................................................................................... 8
DIVISÃO DAS AULAS ........................................................................................................................................... 9
AULA 1 – COMPOSIÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO .................................................. 10
AULA 2 – COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS E ENTIDADES COMPONENTES DO SISTEMA DOS
ÓRGÃOS NORMATIVOS............................................................................................................................. 12
AULA 3 – ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA ........................................... 22
FINALIZANDO .................................................................................................................................................... 23
MÓDULO 2 – INFRAÇÕES DE TRÂNSITO ............................................................................................. 25
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO .......................................................................................................................... 25
OBJETIVOS DO MÓDULO................................................................................................................................... 25
DIVISÃO DAS AULAS ......................................................................................................................................... 26
AULA 1 – TIPIFICAÇÃO DE INFRAÇÃO DE TRÂNSITO ....................................................................... 27
AULA 2 – COMPETÊNCIAS PARA A FISCALIZAÇÃO .......................................................................... 29
AULA 3 – COMPLEXIDADE DA CARACTERIZAÇÃO DE INFRAÇÕES DE TRÂNSITO ................. 31
AULA 4 – CONEXÃO COM CRIMES DE TRÂNSITO .............................................................................. 50
AULA 5 – ESCLARECENDO OUTRAS QUESTÕES .............................................................................. 56
TRÂNSITO DE MOTOCICLETA ENTRE VEÍCULOS PARADOS .............................................................................. 58
OBRIGATORIEDADE DO TACÓGRAFO ................................................................................................. 65
PAÍSES SIGNATÁRIOS DA CONVENÇÃO DE VIENA OU COM ACORDOS DE RECIPROCIDADE ........................... 71
FINALIZANDO .................................................................................................................................................... 74
MÓDULO 3 – PENALIDADES E MEDIDAS ADMINISTRATIVAS ......................................................... 76
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO .......................................................................................................................... 76
AULA 1 – CONCEITO DE AUTORIDADE E DE AGENTE DA AUTORIDADE .................................... 78
AULA 2 – PENALIDADES ........................................................................................................................... 79
AULA 3 – MEDIDAS ADMINISTRATIVAS ................................................................................................ 85
AULA 4 – ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA ........................................... 92
FINALIZANDO .................................................................................................................................................... 94
MÓDULO 4 – PROCESSO ADMINISTRATIVO DE TRÂNSITO ............................................................. 96
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO .......................................................................................................................... 96
AULA 1 – DO COMETIMENTO DA INFRAÇÃO DE TRÂNSITO À IMPOSIÇÃO DA PENALIDADE98
AULA 2 - ATRIBUIÇÕES DO PROFISSIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA PARA A
EFETIVIDADE DO PROCESSO ADMINISTRATIVO............................................................................. 103
FINALIZANDO .................................................................................................................................................. 109
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................................... 111
CRÉDITOS ................................................................................................................................................... 114
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APRESENTAÇÃO DO CURSO
Figura 1: Trânsito
Fonte: Do conteudista.
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condutas infratoras previstas no CTB e as providências que devem ser adotadas pelo
profissional de segurança, e por fim, do processo administrativo em todas as suas
etapas, desde a autuação à punição do infrator.
Figura 2: Estrada
Fonte: Do conteudista.
Figura 3: Vias
Fonte: Do conteudista.
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DIVISÃO DOS MÓDULOS:
OBJETIVOS DO CURSO
6
MÓDULO 1 – SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO
Apresentação do módulo
Figura 4: Semáforo
Fonte: Do conteudista.
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), esse sistema pode ser
definido como:
“o conjunto de órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios que tem por finalidade o exercício das atividades de
planejamento, administração, normatização, pesquisa, registro e
licenciamento de veículos, formação, habilitação e reciclagem de condutores,
educação, engenharia, operação do sistema viário, policiamento,
fiscalização, julgamento de infrações e de recursos e aplicação de
penalidades” (CTB, art. 5º).
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Figura 5: Condução
Fonte: Do conteudista.
Objetivos do módulo
8
Divisão das aulas
9
AULA 1 – COMPOSIÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO
Os órgãos que compõem o Sistema Nacional de Trânsito (CTB, art. 7º) podem
ser assim apresentados, de acordo com as funções desempenhadas para alcance
dos objetivos do referido sistema:
2. ÓRGÃOS EXECUTIVOS:
a) De trânsito:
a1) Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) – União;
a2) Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN) – Estados e DF;
a3) Superintendência Municipal de Trânsito (SMT) – municípios 1
1Nomenclatura exemplificativa, podendo sofrer alterações de acordo com a lei orgânica do município, bem como
estabelecer a sua estrutura administrativa como secretaria, superintendência, autarquia, dentre outras.
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b) Rodoviários:
b1) Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) – União;
b2) Departamento de Estradas de Rodagem (DER) 2 - Estados e DF;
b3) Órgão Rodoviário Municipal – Municípios.
3. ÓRGÃOS FISCALIZADORES
4. ÓRGÃOS RECURSAIS
Figura 6: Fotografia
Fonte: Marcelo Camargo/Agência Brasil.
https://agenciabrasil.ebc.com.br/foto/2019-06/plataforma-da-rodoviaria-e-interditada-por-
risco-de-desabamento-1581292376-1
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Nomenclatura exemplificativa, podendo sofrer alterações de acordo com a organização administrativa do
Estado da Federação. Por exemplo, em Goiás é denominado Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes
(Goinfra).
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AULA 2 – COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS E ENTIDADES COMPONENTES DO
SISTEMA DOS ÓRGÃOS NORMATIVOS
Figura 7: Representantes
Fonte: SCD/EaD/Segen.
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Pensando no contexto de que o trânsito é um assunto completo e requer
conhecimentos específicos de quem trabalha com ele, o CONTRAN passou a
disponibilizar Câmaras Temáticas, que contam com especialistas nos assuntos
técnicos e tem como objetivo estudar o assunto e oferecer sugestões, com
fundamentos técnicos, para auxiliar na tomada de decisões do colegiado. São elas:
Figura 8: Representantes
Fonte: SCD/EaD/Segen.
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situações de inaptidão permanente, verificadas nos exames realizados para a
aquisição da Carteira Nacional de Habilitação.
Você pode conferir mais informações sobre a gestão e
operacionalização das atividades do CETRAN/CONTRANDIFE, como também
as diretrizes para produção do seu regimento interno na Resolução nº
688/2017-CONTRAN.
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(c) as providências relacionadas ao registro e licenciamento de veículos
automotores, conforme delegação do DENATRAN, acima referida (vistoria,
emplacamento, transferência de propriedade, verificação das condições de segurança
veicular, baixa definitiva do registro, emissão do Certificado de Registro e do
Certificado de Licenciamento Anual, dentre outras);
(d) executar a fiscalização de trânsito, autuar infrações de trânsito, aplicar
medidas administrativas e penalidades cabíveis na área de competência do Estado (a
seguir especificada).
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(circulação, estacionamento, parada, excesso de peso, dimensões e lotação dos
veículos).
ESTADO MUNICÍPIO
Ex: falta de CNH, exame médico vencido, Ex: avanço de sinal, excesso de
licenciamento atrasado, veículo sem velocidade, contramão de direção,
equipamento obrigatório. estacionamento em local proibido.
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Figura 10: Vagas Reservadas
Fonte: Valter Campanato/Agência Brasil
https://agenciabrasil.ebc.com.br/foto/2016-01/multa-para-quem-estaciona-em-vagas-
reservadas-aumenta-140-1581289761
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rodoviário) têm as competências definidas no art. 21 do CTB. Suas atribuições de
maior destaque são:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/foto/2021-06/caminhoes-transporte-de-cargas-
1622564437
18
DAS POLÍCIAS MILITARES DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL
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DA POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL
https://agenciabrasil.ebc.com.br/foto/2016-06/policia-faz-operacao-para-
desocupar-hotel-em-brasilia-1581289761-8
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com o DNIT (que também tem competência para esta fiscalização, conforme art. 21,
VI do CTB).
Também existe outra diferença em relação ao funcionamento, a polícia militar
junto ao órgão da PRF – conforme disciplinado na Portaria nº 132 de
14/02/2011/Ministério da Justiça – é responsável por atribuir penalidades.
Outra distinção da Polícia Militar está no funcionamento, junto à estrutura
organizacional da PRF, pois, quem é responsável por impor penalidades, deve
oferecer ao infrator o regular exercício do direito de defesa.
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AULA 3 – ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA
- Policiais militares:
(a) fiscalizam as vias urbanas do município onde estão inseridos, focando,
principalmente, nas infrações relacionadas à regularidade da documentação de
veículos e condutores e das condições de segurança dos veículos (conforme
convênio com o DETRAN);
(b) fiscalizam o trânsito de veículos, pessoas e animais nas rodovias e estradas
estaduais com direito de autuar todas as infrações previstas no CTB (conforme
convênio com o DER – ou equivalente).
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feita a delegação das atribuições para a Polícia Militar, sem haver necessidade da
participação de agentes de trânsito na competência municipal.
Também é prevista a delegação de competências entre o órgão executivo
rodoviário e o de trânsito, mesmo não acontecendo com frequência, em qualquer
esfera de organização, seja federal, estadual ou municipal.
O CTB, em seu art. 7º-A, também prevê a possibilidade de convênio entre a
autoridade portuária (ou a entidade que tenha licença no porto organizado) e os
órgãos executivos do município e do Estado, juridicamente interessados, para
facilitar a autuação por descumprimento da legislação de trânsito, podendo ser
definido para toda a área física do porto organizado, inclusive, nas áreas dos terminais
alfandegados, nas estações de transbordo, nas instalações portuárias públicas de
pequeno porte e nos respectivos estacionamentos ou vias de trânsito internas.
O art. 25-A do CTB estabelece também que os agentes dos órgãos policiais da
Câmara dos deputados e do Senado Federal, se houver convênio com entidades de
trânsito que possuam demarcações sobre a via, podem aplicar a atuação de infração
e enviá-las ao órgão competente. Isso acontece nos casos em que a infração que foi
cometida nos arredores do Congresso Nacional ou nos locais que também são de sua
responsabilidade e que comprometam de alguma maneira os serviços lá prestados ou
coloque em risco a segurança das pessoas ou do patrimônio das Casas Legislativas.
Finalizando
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Apesar disso, o CTB e a Resolução nº 066/1998-CONTRAN fazem o papel de
regularizar a distribuição das competências, assim sintetizada: ao Estado cabe
fiscalizar a regularidade da documentação de veículos e condutores e das condições
de segurança dos veículos e ao munícipio cabe fiscalizar o uso da via (circulação,
estacionamento e parada, excesso de peso, dimensões e lotação dos veículos).
- O profissional de segurança pública, na fiscalização de trânsito, atua de
acordo com a competência definida para o órgão no qual está inserido. Porém,
visando maior eficiência e segurança para os usuários da via, é prevista a celebração
de convênio entre os órgãos executivos de trânsito e rodoviários, o que pode tornar
mais abrangente a fiscalização à totalidade das infrações de trânsito em vias urbanas
municipais, em rodovias e estradas.
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MÓDULO 2 – INFRAÇÕES DE TRÂNSITO
Apresentação do módulo
Objetivos do módulo
25
Divisão das aulas
26
AULA 1 – TIPIFICAÇÃO DE INFRAÇÃO DE TRÂNSITO
27
busca desenvolver em bebês e crianças as habilidades de motricidade,
reconhecimento de cores e coordenação motora:
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AULA 2 – COMPETÊNCIAS PARA A FISCALIZAÇÃO
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CONTRAN nº 858/2021, de 15 de outubro de 2021. Nele encontram-se as normas
que auxiliarão especialmente os policiais militares e os agentes estaduais de trânsito
na fiscalização do trânsito urbano (competência do Estado).
Já os policiais rodoviários da União e dos Estados podem consultar qualquer
um dos manuais acima, pois sua competência envolve todas as infrações de trânsito
previstas no CTB, independentemente de ser da competência estadual ou municipal.
O manual de fiscalização é importante, pois há nele todas as
informações e instruções que vão orientar o trabalho do agente na hora de
autuar condutas infratoras. Algumas dessas informações são: código de
enquadramento, tipificação, amparo legal, natureza da infração, penalidade,
pontuação, previsão ou não de medida administrativa, competência para a
fiscalização, informação de quem é o infrator e demais requisitos que garantirão
a regularidade do registro do cometimento da infração de trânsito.
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AULA 3 – COMPLEXIDADE DA CARACTERIZAÇÃO DE INFRAÇÕES DE
TRÂNSITO
GENERALIDADES
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É importante também você ter a orientação de que cada conduta
corresponde a uma infração de trânsito. A mesma conduta não pode gerar
tipificação em dois artigos diferentes de infração de trânsito. Por exemplo:
quando o veículo está estacionado na contramão de direção e com umas das
rodas sobre calçada, após a comprovação que houve infração de
estacionamento irregular, o agente de trânsito vai tipificar a mais específica à
situação, no caso art. 181, XV do CTB (estacionar o veículo na contramão de
direção). Se optar pelo art. 181, VIII do CTB (estacionar o veículo no passeio),
a autuação estará suficiente, desde que seja apenas nesta tipificação. O que
não pode ser feito é autuar nos dois artigos de infração, pois cada conduta
corresponde a uma infração de trânsito.
Em casos de infrações de trânsito em momentos diferentes, mas em sequência,
não será aplicada a regra estudada acima. Por exemplo, se a pessoa avança o sinal
vermelho e, em seguida, estaciona na área delimitada para embarque/desembarque
de transporte coletivo, isso contará como duas infrações, pois são dois
comportamentos diferentes: art. 208 (avançar o sinal vermelho do semáforo) e art.
181, XIII (onde houver sinalização horizontal delimitadora de ponto de embarque ou
desembarque de passageiros de transporte coletivo), respectivamente.
Estes dois artigos se referem a infrações de trânsito que não são cometidas
pelo condutor, mas sim pelo proprietário do veículo automotor fiscalizado (conforme
nome que tem no documento de licenciamento anual).
A conduta prevista no art. 163 (entregar a direção do veículo a pessoa nas
condições previstas no art. 162) exige que no momento da infração haja a presença
do proprietário dentro do veículo no momento da abordagem. Já na conduta prevista
no art. 164 (permitir que pessoa nas condições referidas nos incisos do art. 162 tome
posse do veículo automotor e passe a conduzi-lo na via), o proprietário do veículo
não está presente no momento da abordagem, mas comparece, logo em seguida, ao
local da fiscalização.
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Estas infrações ressaltam a responsabilidade do proprietário de veículo em
verificar o atendimento das exigências legais para que seu veículo seja conduzido
na via pública por outra pessoa. É obrigação do proprietário se certificar, previamente,
se o condutor é possui CNH e se está na validade, se a categoria da habilitação
corresponde ao veículo que será dirigido, se precisa usar lentes corretivas ou óculos,
dentre outras obrigações. Não pode ser usada como justificativa para a situação
flagrada na fiscalização a desculpa: “Eu não sabia que ele não era habilitado para
dirigir”, pois é dever do proprietário se certificar.
Para a fiscalização destas duas infrações é necessário, primeiramente,
identificar em qual das situações previstas no art. 162 o condutor do veículo fiscalizado
cometeu:
-Sem possuir Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para Dirigir ou
Autorização para Conduzir Ciclomotor (art. 162, I);
-Com Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para Dirigir ou Autorização
para Conduzir Ciclomotor cassada ou com suspensão do direito de dirigir (art. 162,
II);
-Com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão para Dirigir de categoria
diferente da do veículo que esteja conduzindo (art. 162, III);
-Com validade da Carteira Nacional de Habilitação vencida há mais de trinta
dias (art. 162, V);
-Sem usar lentes corretoras de visão, aparelho auxiliar de audição, de
prótese física ou as adaptações do veículo impostas por ocasião da concessão ou
da renovação da licença para conduzir (art. 162, VI).
A autuação da infração do art. 163 – bem como do art. 164 – deve ser
realizada após a autuação do condutor do veículo na disposição específica do art.
162 que foi infringida, inclusive, quando o proprietário é autuado, deve constar a
anotação da autuação do condutor do veículo, conforme consta nas fichas do Manual
Brasileiro de Fiscalização – Volume II (Resolução nº 561/2015-CONTRAN). Nesta
situação, há duas condutas que devem ser autuadas: uma relativa ao condutor do
veículo e outra ao proprietário legal.
E se o proprietário legal (conhecedor das consequências do seu ato) não
comparecer ao local da fiscalização? Daí você deve autuar o condutor e reter o veículo
até a apresentação de condutor habilitado. É importante que você esteja atento à
identificação deste condutor habilitado, pois pode acontecer do proprietário do veículo
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comparecer para retirar o veículo sem se identificar, e, se isso acontecer, o proprietário
pode ser autuado na disposição do art. 164 infringida.
Você também precisa observar se existem outras pessoas dentro do veículo,
pois entre essas pessoas pode ser que uma delas seja o proprietário (conhecedor das
consequências do seu ato) que se nega a dizer que é o dono para não ser punido.
Pode acontecer também da pessoa se apresentar como sendo o proprietário,
mas seu nome não constar no certificado de licenciamento anual do veículo. Nesse
caso, você faz a autuação do condutor, mas pode ocorrer de ser invalidada a autuação
do proprietário por incompatibilidade de identificação entre condutor e proprietário, em
grau de defesa prévia ou de recurso.
Também pode acontecer de o proprietário do veículo ser o próprio condutor
sem habilitação (bem como nas outras situações previstas no art. 162). Neste caso,
será autuado o condutor na disposição do art. 162, I (ou em outra disposição deste
artigo).
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Se for utilizado o bafômetro para a comprovação da infração, a autuação
deve ser feita quando as medidas forem igual ou superior a 0,05 mg/L (miligrama
de álcool por litro de sangue). Em todas as medições é descontado o erro máximo
admissível, para efeito de medição considerada para a fiscalização (previsto no Anexo
I da citada resolução - Tabela de Valores Referenciais para Etilômetro), que pode
variar de 0,04 mg/L até 0,16 mg/L. Assim, se a medição realizada pelo etilômetro for
igual ou inferior a 0,04 mg/L, não será considerada infração de trânsito, mas se a
medição for igual ou superior a 0,34 mg/L, além da infração de trânsito, haverá
também a comprovação do crime do art. 306 do CTB. Você verá mais informações
na Aula 4 – Conexão com crimes de trânsito, neste módulo.
Caso o condutor se recuse a fazer o teste do bafômetro ele estará sujeito, além
da autuação no art.165 (com suporte nos sinais que indiquem a alteração da
capacidade psicomotora do condutor, consignados em formulário específico), ao
enquadramento na disposição do art. 165-A do CTB, que prevê: “recusar-se a ser
submetidos a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento que permita certificar
influência de álcool ou outra substância psicoativa, na forma estabelecida pelo art.
277”.
Orientações médicas para fiscalização sem etilômetro de condutores
alcoolizados – 2007
Disponível em: https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-
denatran/filmes-denatran
Nota: embora as referências legais, no filme, tratem da Resolução nº 206/2006
(revogada pela Resolução nº 432/2013, em vigor), as orientações expressas
continuam atuais, sem conflitos com a legislação em vigor.
Assim como ocorre nas infrações dos artigos 163 e 164, este artigo se refere à
outra infração de trânsito que também não é cometida pelo condutor, mas pelo
proprietário do veículo automotor fiscalizado (conforme nome constante no documento
de licenciamento anual). O diferencial aqui é que ela está relacionada a atitude do
proprietário tanto de confiar a direção (ausente no momento da abordagem), como a
de entregar a direção (presente no veículo) a pessoa que, mesmo habilitada, por seu
estado físico ou psíquico, não estiver em condições de dirigi-lo com segurança.
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A autuação da infração do art. 166 deve ser realizada após a autuação do
condutor do veículo na disposição de um destes artigos de infração:
- Art. 165 – dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância
psicoativa que determine dependência;
- Art. 169 – dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à
segurança;
- Art. 252, III – dirigir o veículo com incapacidade física ou mental temporária
que comprometa a segurança do trânsito. Exemplo: condutor com braço ou perna
imobilizados por conta de fraturas, condutor emocionalmente perturbado ou sob efeito
de medicamentos que comprometam a direção do veículo.
Quando o proprietário é autuado, deve constar a anotação da autuação do
condutor do veículo, conforme consta na ficha do Manual Brasileiro de Fiscalização
– Volume II (Resolução nº 561/2015-CONTRAN). Nesse caso, serão autuadas duas
condutas: uma relativa ao condutor do veículo e outra ao proprietário legal.
As mesmas observações relativas à identificação do proprietário de veículo,
consignadas no estudo da infração dos artigos 163 e 164, estudadas anteriormente,
são válidas para essa situação.
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- Crianças com até 1 ano de idade ou com peso até 13 kg devem ser
transportadas no banco traseiro no dispositivo de retenção “bebê conforto”;
- Crianças com idade superior a 1 ano até 4 anos ou com peso entre 9 e 18
kg devem ser transportadas no banco traseiro no dispositivo de retenção
“cadeirinha”;
- Crianças com idade superior a 4 anos até 7,5 anos ou com até 1,44 m de
altura e peso entre 15 e 36 kg devem ser transportadas no banco traseiro no
dispositivo “assento de elevação”;
- Crianças com idade superior a 7,5 anos até 10 anos serão transportadas no
banco traseiro utilizando o cinto de segurança do veículo;
- As crianças com idade superior a 10 anos ou que tenham atingido 1,45 m
podem ser transportadas no banco dianteiro utilizando o cinto de segurança do
veículo;
- Ainda podem ser transportadas no banco dianteiro as crianças menores de
10 anos: (a) quando o veículo for composto exclusivamente de banco dianteiro; (b)
quando a quantidade de crianças com menos de 10 anos exceder a lotação do
banco traseiro; (c) quando o veículo for composto originalmente (fabricado) de cintos
de segurança subabdominais (dois pontos) nos bancos traseiros.
As exigências relacionadas ao sistema de retenção, no transporte de crianças
com até sete anos e meio de idade, não se aplicam aos veículos:
- De transporte coletivo de passageiros;
- De aluguel (alínea “d” do inciso III do art. 96 do CTB);
- De transporte remunerado individual de passageiros;
- De transporte de escolares;
- Demais veículos com peso bruto total superior a 3,5 t (caminhões, ônibus e
micro-ônibus).
Em caso de autuação desta infração, deverá ser anotada no campo
“observações” a ocasião em que foi comprovada a irregularidade. Por exemplo:
“criança maior de quatro anos sendo transportada em cadeirinha”. Se possível, você
deve identificar e anotar neste campo o nome da criança que estava sendo
transportada irregularmente.
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Art. 173 – disputar corrida
38
É autuada nessa infração a pessoa que promove, organiza e dela participa sem
que sejam realizadas as formalidades exigidas. Porém, por se tratar de uma infração
de responsabilidade da pessoa física ou jurídica (sem relação com o veículo autuado),
os promotores e organizadores do evento, o agente não recolhe o documento de
habilitação e nem remove o veículo.
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acontecido em uma via de pouco movimento e os veículos parados não interfiram na
movimentação normal do trânsito. Nessa situação os envolvidos no acidente devem
sinalizar corretamente o local com dispositivos adequados (ligar o pisca alerta e
colocar o triângulo de sinalização ou equipamento similar a uma distância mínima de
30 metros da parte traseira do veículo, conforme Resolução nº 036/1998- CONTRAN),
enquanto aguardam, por exemplo, o atendente da seguradora ou do órgão público
responsável para registrar a ocorrência.
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configura-se que durante o tempo que ficou imóvel é considerado parada, pois o
tempo foi utilizado unicamente para embarque. Se o motorista descesse do ônibus
para ajudar alguém com necessidades especiais para embarcar, o veículo continuaria
parado e não estacionado, pois logo após o último passageiro embarcar, ele saiu da
via.
Se o veículo fica parado na via e não é para embarque ou desembarque
imediato de passageiros é considerado estacionamento irregular e é passível de ser
autuado no art. 181 do CTB, em um dos vinte pontos que disciplinam situações
específicas.
https://agenciabrasil.ebc.com.br/foto/2016-07/uso-do-farol-baixo-durante-o-dia-sera-
obrigatorio-em-rodovia-1582359320-1
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Desta forma, quando na via tiver uma placa de sinalização vertical
de “proibido estacionar”, o veículo pode fazer uma parada para embarcar
ou desembarcar passageiros e não será uma infração de trânsito prevista
no art. 181 do CTB.
Essa mesma permissão não existe se for o caso de uma operação de carga e
descarga, mesmo que seja, por exemplo, de duas caixas de produtos, pois conforme
parágrafo único do art. 47 do CTB: “A operação de carga ou descarga será
regulamentada pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via e é considerada
estacionamento”, ou seja, onde é proibido o estacionamento de veículos é também
proibido carga e descarga de produtos e animais, independentemente do tempo
gasto na operação.
Já quando tiver a placa de sinalização vertical e de “proibido parar
e estacionar”, são proibidas as operações de estacionamento e de parada
no trecho que a placa se encontra. Dessa forma, se o veículo insiste em
estacionar na área, está passível de autuação no art. 181, XIX (em locais e horários
de estacionamento e parada proibidos pela sinalização / placa - Proibido Parar e
Estacionar); se o veículo insiste em parar com a função de desembarque de
passageiro estará passível de autuação no art. 182, X (em local e horário proibidos
especificamente pela sinalização / placa - Proibido Parar).
Sobre a posição do veículo ao estacionar, tratando-se de veículo motorizado
de duas rodas, será feita em posição perpendicular à guia da calçada (meio-fio) e
junto a ela, exceto quando houver sinalização que determine outra condição.
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Já os demais veículos motorizados deverão ser posicionados no sentido do
fluxo, paralelo ao bordo da pista de rolamento e junto à guia da calçada (meio-
fio), admitidas as exceções devidamente sinalizadas.
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- Quando a velocidade for superior à máxima em até 20% (vinte por cento) a
infração é de natureza média;
- Quando a velocidade for superior à máxima em mais de 20% (vinte por cento)
até 50% (cinquenta por cento) a infração é de natureza grave;
- Quando a velocidade for superior à máxima em mais de 50% (cinquenta por
cento) a infração é de natureza gravíssima, com fator multiplicador 3 sobre o valor
da multa e suspensão do direito de dirigir, independente da pontuação acumulada
até então.
A Resolução nº 798/2020-CONTRAN trata das exigências mínimas para a
fiscalização da velocidade de veículos automotores com relação aos tipos de
medidores de velocidade (requisitos metrológicos e técnicos), orientações para
instalação, operação e monitoramento, os dados necessários para ser uma infração,
os locais de fiscalização e sua prévia sinalização, bem como estabelece o erro máximo
admissível de 7% que será descontado para efeito do cálculo da velocidade
considerada para a fiscalização.
Hoje em dia, contamos com dois equipamentos medidores de velocidade: o fixo
e o portátil. O fixo pertence ao órgão executivo de trânsito ou rodoviário e o portátil é
usado por agentes de trânsito ou policiais.
Os profissionais de segurança que utilizarão o equipamento portátil para
fiscalização devem estar por dentro do conteúdo da resolução, saber como manusear
os equipamentos, que podem ser instalados em viatura caracterizada estacionada,
em tripé, suportes fixos ou manuais, utilizar como objeto de controle em via ou em
ponto específico e que tenha limite de velocidade igual ou superior a 60 km/h.
Os equipamentos portáteis só podem ser utilizados por autoridades de
trânsito ou seus agentes quando estão exercendo sua função, devidamente
uniformizados, em ações de fiscalização, o operador e o equipamento
devem estar em local visível, sem placas, árvores, postes, passarelas,
pontes, viadutos, marquises ou qualquer outro objeto que impeça sua
visibilidade.
44
Segundo a Resolução nº 205/2006-CONTRAN, os documentos de porte
obrigatório do condutor do veículo são:
- Autorização para Conduzir Ciclomotor (ACC), Permissão para Dirigir (PD) ou
Carteira Nacional de Habilitação (CNH), no original;
- Certificado de Registro e Licenciamento Anual (CRLV), no original.
O CTB, no parágrafo único do art. 133, afirma que o porte do CRLV será
dispensado, se no momento da fiscalização, possa ter acesso ao sistema
informatizado para verificar se o veículo está licenciado.
Existe também uma novidade na legislação, de acordo com a Resolução nº
788/2020-CONTRAN, que foi a emissão do Certificado de Registro e Licenciamento
de Veículo em meio eletrônico (CRLV-e), que substitui o CRLV em meio físico e pode
ser acessado do aparelho de telefone celular.
Para a prática de direção veicular é utilizado o veículo do Centro de
Formação de Condutores (CFC) e, além da documentação acima referida, são
necessários:
- Do instrutor: Carteira de Instrutor expedida no DETRAN vinculada ao CFC
constante no processo de habilitação;
- Do aprendiz: Licença para Aprendizagem de Direção Veicular (LADV) e
carteira de identidade (art. 8º da Resolução nº 789/2020-CONTRAN).
Se o condutor tiver tirado alguma licença em curso especializado para
condução de determinados veículos, ele deve obrigatoriamente estar com o
comprovante em sua posse, até que isso seja inserido no RENACH e na sua CNH.
Esta exigência se refere à condução dos veículos de:
- Transporte coletivo de passageiros;
- Transporte de escolares;
- Transporte de produtos perigosos;
- Emergência;
- Transporte de carga indivisível.
45
É importante você saber que a distinção entre motocicleta e motoneta é apenas
em seu conceito, pois não existem variações nas penalidades.
De acordo com o Anexo I do CTB motocicleta é o “veículo automotor de duas
rodas, com ou sem side-car, dirigido por condutor em posição montada” (grifo nosso)
e a motoneta é o “veículo automotor de duas rodas, dirigido por condutor em posição
sentada” (grifo nosso). Diferente da motocicleta, a motoneta não pode carregar
agrupada a ela um carro lateral (side-car) para transportar passageiros ou cargas.
Em relação ao ciclomotor (veículo de duas ou três rodas, com motor de
combustão interna, que cilindrada não exceda a 50 centímetros cúbicos - 3,05
polegadas cúbicas - e sua velocidade máxima de fabricação não exceda a 50 km/h),
o documento de habilitação próprio para conduzi-lo é a ACC (autorização para
conduzir ciclomotor).
O CTB também estabelece para os ciclomotores alguns limites: devem ser
conduzidos pela direita da pista, de preferência no centro da faixa mais à direita ou na
margem direita. Quando não houver acostamento ou faixa exclusiva para eles, é
proibida a sua circulação nas vias de trânsito rápido e sobre as calçadas das vias
urbanas (art. 57), como também a sua circulação em rodovias sem acostamento (§ 2º
do art. 244).
A Resolução nº 453/2013-CONTRAN orienta o uso do capacete para
condutor e passageiro de motocicletas, motonetas, ciclomotores, triciclos motorizados
e quadriciclos motorizados, de acordo com a norma técnica NBR7471 do Instituto
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO).
Se algum condutor ou passageiro estiver sem capacete de proteção na
cabeça (ou levar pendurado no braço, ou usar capacete de ciclista ou de construção
civil) em motocicleta, motoneta ou ciclomotor podem ser autuados no art. 244, I
(condutor) e 244, II (passageiro). Nesta situação, a infração é de natureza
gravíssima, com determinação de suspensão do direito de dirigir
(independentemente da pontuação) e o veículo ficará retido até a apresentação do
capacete regulamentado.
Caso o condutor esteja utilizando capacete regulamentado, que não tenha
viseira, mas sem usar os óculos de proteção adequados (ou utilizando somente
óculos de sol ou de correção visual), também poderá ser autuado no art. 244, X. Nesta
situação, a infração é de natureza média. Caso o passageiro esteja utilizando
capacete regulamentado, que não tenha viseira, mas sem usar os óculos de
46
proteção adequados (ou utilizando somente óculos de sol ou de correção visual)
pode ser autuado no art. 244, XI. Nesta situação, a infração é de natureza média.
Se o condutor e/ou passageiro estiverem usando um capacete motociclístico
que não corresponda ao modelo regulamentado pela citada resolução (fora das
especificações regulamentadas), a autuação deverá ser feita no art. 230, X do CTB:
conduzir veículo com equipamento obrigatório em desacordo com o estabelecido pelo
CONTRAN (conforme orientação constante no art. 4º, I da Resolução nº 453/2013).
Nesta situação, a infração é de natureza grave. Será feita uma única autuação,
mesmo que os dois ocupantes estejam com o capacete fora do padrão, pois, neste
caso, não há condutas distintas para condutor e para passageiro.
Em todas as situações explicadas acima, o veículo ficará retido até a
apresentação de um capacete regulamentado e/ou óculos de proteção apropriados.
Se o condutor e/ou o passageiro estiverem utilizando um capacete, dentro do
padrão NBR7471, mas com a viseira ou óculos de proteção levantados, bem como
estiverem com o capacete na cabeça, sem a devida fixação da cinta jugular no seu
engate ou desajustada, pode ser autuado no art. 169 (segunda parte) do CTB: dirigir
[...] sem os cuidados indispensáveis à segurança (conforme orientação constante no
art. 4º, II da Resolução nº 453/2013). Nesta situação, a infração é de natureza leve e
o veículo ficará retido até o abaixamento da viseira, colocação adequada dos óculos
de proteção ou ajuste devido da cinta jugular. Será feita uma única autuação, pois,
neste caso, não há condutas distintas para condutor e para passageiro.
47
infração de não conduzir o veículo de forma correta, é preciso que o agente comprove
se o condutor estava cometendo freadas e arrancadas bruscas, trajetória irregular no
deslocamento, dentre outras. Se o veículo estiver sendo conduzido normalmente e
com segurança, não há como autuar a infração de trânsito.
E dirigir descalço é infração de trânsito? Não. O CTB não traz esse
elemento como infração. Se não há explicitamente uma regra proibindo o
condutor de estar descalço, entende-se por lógica que é permitido.
As motocicletas e similares, então, podem ser pilotadas pelo condutor
descalço? Não. Em relação à utilização de motocicletas, motonetas e ciclomotores,
a permissão por não haver proibição não se aplica a estes veículos. A justificativa é
que os pés descalços podem vir a tocar o motor aquecido e esse contato gerar uma
desconcentração e desequilíbrio no piloto, além de poder prender os dedos nas
engrenagens do veículo e estas situações podem provocar um acidente de trânsito.
Assim, o condutor que dirige motocicleta e afins descalços podem ser autuados por
“dirigir [...] sem os cuidados indispensáveis à segurança” (CTB, art. 169).
Com relação à infração de trânsito de dirigir veículo “utilizando-se de fones nos
ouvidos conectados a aparelhagem sonora ou de telefone celular” (grifos nossos –
inciso VI do art. 252) há algumas particularidades pra você observar.
Partindo de uma análise gramatical na lei, pode-se perceber que estão
indicadas duas condutas diferentes no mesmo artigo: (a) dirigir o veículo utilizando-se
de fones nos ouvidos conectados a aparelhagem sonora (cd-player, gravador,
rádios e outros aparelhos, móveis ou instalados no veículo) e (b) dirigir o veículo
utilizando-se de telefone celular.
Em relação à primeira situação, é considerada infração se o condutor transita
com os dois fones de ouvidos conectados a um aparelho sonoro que não seja
um celular. Se for utilizado apenas um fone, não é infração. Para que você faça a
autuação correta é necessária à abordagem do infrator, conforme procedimentos
definidos no Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito – Volume I, código de
enquadramento 736-61.
Já em relação a segunda situação, é proibido utilizar o telefone celular em
qualquer uma das situações a seguir: (a) o condutor atende o telefone celular,
retirando a mão do volante ao levá-lo ao ouvido; (b) o passageiro atende o telefone
celular e leva o aparelho ao ouvido do condutor; (c) o condutor utiliza fone ou fones
conectados ao telefone celular; (d) o condutor utiliza o telefone celular no viva-voz ou
48
em equipamento sonoro com transferência da ligação via bluetooth; (e) o condutor
utiliza o telefone celular em qualquer das opções de mensagem, vídeo ou fotografia,
bem como em outros aplicativos.
Mesmo assim, nem todas as formas acima são possíveis do agente averiguar.
O Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito, na ficha de orientação referente ao
código de enquadramento 736-62, estabelece a necessidade de abordagem do
infrator quando for visualizado o uso do fone para comprovar se está conectado ao
aparelho de telefone celular. Também não consta como infração se o aparelho de
telefone celular for utilizado com o veículo momentaneamente parado ou estacionado.
49
AULA 4 – CONEXÃO COM CRIMES DE TRÂNSITO
Isso acontece porque para ser crime tem que gerar algum perigo de dano.
No caso de o condutor sem habilitação, por não ter conhecimentos e habilidades
suficientes para conduzir, coloca em risco a segurança e o patrimônio de outras
pessoas. Geralmente pode ser com arrancadas ou freadas bruscas, a realização de
manobras de forma errada, curvas e conversões perigosas, subindo na calçada ou no
canteiro central, avançando o sinal vermelho, comprovando, assim, sua falta de
domínio e colocando em risco a integridade dele e de outras pessoas. Ao ser
abordado, o condutor, será autuado na infração de trânsito do art. 162, I e
conduzido à delegacia de polícia competente para as providências de natureza
criminal, pois a autuação administrativa não elimina as providências de natureza
criminal (CTB, art. 256, § 1º).
Se o condutor dirige sem habilitação, mas conduz de forma adequada, com
domínio sobre as normas de circulação, não colocando em risco a segurança e o
patrimônio de outras pessoas, não estará cometendo crime e sim apenas infração
de trânsito do art. 162, I.
50
Ciclomotor cassada [...]) nem sempre terá incidência no crime do art. 309 do CTB
(dirigir veículo automotor, em via pública, [...]se cassado o direito de dirigir, gerando
perigo de dano).
As regras orientadas no tópico anterior, de gerar perigo de dano, se aplicam a
esta situação também. Perceba que dificilmente alguém que tenha carteira de
habilitação, mas tenha sido cassado, perderá a capacidade e domínio de conduzir o
veículo, pois suas experiências continuam as mesmas. Quem tem a CNH cassada
perde definitivamente o direito de dirigir e, como tal, é considerado inabilitado, e
será crime se for percebido que sua condução está gerando perigo de dano. Já quem
foi autuado neste mesmo art. 162, II por ter o documento de habilitação suspenso
pode incidir em outro tipo penal, que você verá abaixo.
As infrações de trânsito do art. 163 c/c (combinado com) art. 162, I (entregar
a direção do veículo a pessoa que não possui CNH, PD ou ACC), do art. 163 c/c art.
162, II (entregar a direção do veículo a pessoa com CNH, PD ou ACC cassada ou
com suspensão do direito de dirigir), do art. 164 c/c art. 162, I (permitir que pessoa
que não possui CNH, PD ou ACC tome posse do veículo automotor e passe a conduzi-
lo na via), do art. 164 c/c art. 162, II (permitir que pessoa com CNH, PD ou ACC
cassada ou com suspensão do direito de dirigir tome posse do veículo automotor e
51
passe a conduzi-lo na via), do art. 166 (confiar ou entregar a direção de veículo a
pessoa que, mesmo habilitada, por seu estado físico ou psíquico, não estiver em
condições de dirigi-lo com segurança), todos do CTB, terão incidência direta no
crime do art. 310 do CTB (permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor
à pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso,
ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não
esteja em condições de conduzi-lo com segurança).
As infrações citadas no parágrafo acima já foram discutidas na Aula 3 deste
módulo. Qualquer dúvida retorne à aula para esclarecer melhor o assunto.
52
Disputar corrida ou promover ou participar de competição
https://agenciabrasil.ebc.com.br/foto/2021-04/pedestres-atravessam-faixa-em-brasilia-ha-
24-anos-capital-1618947377
O que acontece é que para ser crime tem que haver risco à segurança pública
ou privada. Tem relação com garantir o bem-estar e segurança de pessoas ou de bens
53
em situação que possa ameaçar essa seguridade, o que pode acontecer com corridas
e competições em via pública.
Então se a conduta dos infratores coloca em risco outras pessoas que estejam
nas proximidades, seja assistindo o evento ou que estejam se deslocando em via
pública, o crime é constatado, mesmo que não haja danos físicos ou materiais. Os
participantes, ao serem abordados, serão autuados na infração de trânsito do art.
173 ou 174 e serão conduzidos à delegacia de polícia.
54
Figura 18: Forte Chuva
Fonte: Fernando Frazão/Agência Brasil.
https://agenciabrasil.ebc.com.br/foto/2019-12/forte-chuva-fez-cidade-do-rio-entrar-em-
estagio-de-atencao-1582308267
55
AULA 5 – ESCLARECENDO OUTRAS QUESTÕES
56
gerar dúvidas e o profissional de segurança pública precisa estar atento para que seu
trabalho esteja sempre atualizado. Veja abaixo algumas dessas dúvidas:
Autuação em trânsito
57
Trânsito de motocicleta entre veículos parados
58
Motocicletas lado a lado
O agente de trânsito pode autuar a infração do art. 165 do CTB por meio do
relatório de comprovação da alteração da capacidade psicomotora do condutor (termo
de constatação de alcoolemia), sem primeiro solicitar a submissão ao teste do
bafômetro?
No ano de 2006, quando o condutor de veículo automotor que estivesse
envolvido num acidente de trânsito ou que durante a fiscalização levantasse suspeita
por estar dirigindo alcoolizado, se recusava a fazer os testes de alcoolemia previstos
na vigência da Resolução nº 081/1998-CONTRAN, não eram penalizados com
consequências administrativas previstas na legislação de trânsito (art. 165 do CTB).
Porém, o CTB sofreu mudanças para que evitasse essa impunidade, por meio
da Lei nº 11.275, de 06 de fevereiro de 2006 – reafirmada depois pela Lei nº 12.760,
de 20 de dezembro de 2012 - ao estabelecer que o condutor de veículo automotor,
naquelas situações, poderá ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro
59
procedimento que, por meios técnicos ou científicos, permita certificar se o condutor
ingeriu álcool ou outra substância psicoativa que determine dependência. Também
previu que a infração do art. 165 poderá ser certificada com outras provas, como
imagem, vídeo, constatação de sinais que indiquem alteração da capacidade
psicomotora ou produção de outras provas em direito admitidas (CTB, art. 277 e § 2º).
Com base na disposição de lei, o Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN),
por meio da Resolução nº 432/2013, determinou que a confirmação da alteração da
capacidade psicomotora, em razão da influência de álcool ou de outra substância
psicoativa que determine dependência, teria constatação por, pelo menos, um dos
seguintes procedimentos a serem realizados no condutor de veículo automotor:
a) exame de sangue;
b) exames realizados por laboratórios especializados, indicados pelo órgão ou
entidade de trânsito competente ou pela Polícia Judiciária, em caso de consumo de
outras substâncias psicoativas que determinem dependência;
c) teste em aparelho destinado à medição do teor alcoólico no ar alveolar
(etilômetro);
d) verificação dos sinais que indiquem a alteração da capacidade psicomotora
do condutor.
60
alveolar (teste etilômetro) ou de 6 decigramas de álcool por litro de sangue (exame
sanguíneo).
A conclusão é que na apuração do cometimento da infração do art. 165 do CTB,
o agente de trânsito deve proporcionar, inicialmente, os meios necessários para a
realização do teste do bafômetro. Havendo recusa do infrator e caso exista um
conjunto de sinais que denote a alteração da capacidade psicomotora, será
preenchido o devido relatório de constatação de embriaguez, que caso seja
comprovado cabem todas as consequências legais, tal como se fosse aplicado o teste
do bafômetro.
61
penalidades previstas no CTB e a outra via deverá ser entregue ao condutor, quando
se tratar de autuação com abordagem, ainda que este se recuse a assiná-lo
(Resolução nº 561/2015-CONTRAN, item 7. Autuação).
Remoção de veículos
62
“despesas com remoção”, do que se conclui a possibilidade de guinchamento, por
meio de caminhão guincho.
Entendemos que esta remoção pode ser feita de acordo com o poder conferido
ao agente do poder público, realizando-a através de guincho ou por intermédio do
condutor/infrator, se ele se propõe a fazê-la e se houver certeza de que ele irá
conduzir o veículo ao pátio do órgão competente. Para isto, o condutor deve ser
habilitado, estar com a CNH dentro do prazo e possuir também o certificado de registro
e licenciamento do veículo. Os documentos ficam provisoriamente com o agente de
trânsito até que o veículo chegue ao pátio do órgão e sejam devolvidos.
É necessário esclarecer que, em situações normais, o agente de trânsito não
deve dirigir o veículo removido para o pátio do órgão, pois, desta forma, estará
assumindo a responsabilidade civil e administrativa por danos ou acidentes
eventualmente ocorridos no trajeto entre o local da fiscalização e o pátio do órgão. O
agente também não deve acompanhar a remoção dentro do veículo, mesmo com
o consentimento do condutor/infrator, e sim acompanhá-lo com o seu veículo de
fiscalização.
Dessa forma, a conclusão é que fica a critério do agente de trânsito fiscalizador
da remoção, quando determinada pelo CTB, e poderá ser realizada por guincho ou
através do próprio condutor/infrator, quando habilitado e quando demonstrada a
certeza de que ele conduzirá o veículo ao pátio do órgão competente.
63
2020 ampliou o prazo também de 30 dias para essa situação, mas é importante saber
que conforme § 5º do art. 28: “Para efeito de fiscalização, dirigir veículo portando PPD
vencida há mais de trinta dias constitui infração de trânsito prevista no inciso I do art.
162 do CTB” (grifo nosso).
A conclusão é que o condutor que tenha CNH ou Permissão para dirigir vencida
há mais de 30 dias, comete infração de trânsito capitulada no art. 162, I e no art. 162,
V do CTB.
64
3) Do veículo: identificação conforme o art. 154 do CTB e atendimento de
outras exigências legais (CRLV em dia, duplo comando de freios e embreagem e
demais equipamentos obrigatórios).
A conclusão é que não existe, na legislação de trânsito em vigor, proibição
expressa quanto à realização da instrução de prática de direção veicular em rodovias.
Ao contrário, esta instrução deve ser incentivada, pois a formação do futuro condutor
exige experiências de aprendizagem também na via rural, capacitando o motorista
para bem dirigir neste ambiente.
Obrigatoriedade do tacógrafo
65
Prazo de carência do licenciamento anual
66
devem ser constatadas quando há concentração igual ou superior a 6 decigramas
de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por
litro de ar alveolar. O § 3º do mesmo artigo estabeleceu que o CONTRAN resolverá
sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos para
efeito de caracterização do crime tipificado.
A Resolução nº 432/2013-CONTRAN, que tratou sobre os procedimentos a
serem adotados pelas autoridades de trânsito e seus agentes na fiscalização do
consumo de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência,
para aplicação do disposto nos arts. 165, 276, 277 e 306 da Lei nº 9.503, de 23 de
setembro de 1997, estabeleceu no seu art. 6º, II que a infração de trânsito do art. 165
do CTB será caracterizada por “teste de etilômetro com medição realizada igual ou
superior a 0,05 miligrama de álcool por litro de ar alveolar expirado (0,05 mg/L),
descontado o erro máximo admissível [...]” (grifo nosso) e no seu art. 7º, II, definiu
que o crime previsto no art. 306 do CTB será caracterizado por “teste de etilômetro
com medição realizada igual ou superior a 0,34 miligrama de álcool por litro de ar
alveolar expirado (0,34 mg/L), descontado o erro máximo admissível [...]” (grifo
nosso).
Desta forma, o erro máximo admissível (ou margem de erro) é a variação na
medição realizada, uma vez que não é praticada com a máxima precisão possível.
Não se trata de tolerância, como liberalidade da lei ou da autoridade administrativa,
mas sim de aspectos relativos à normatização metrológica feita em nosso país pelo
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO).
Existe um erro máximo admitido nas medições de velocidade, de peso, de
transmitância luminosa de vidros e outros materiais aplicados nas áreas envidraçadas
de veículos e de níveis de embriaguez, dentre outros.
Assim, a resolução, no parágrafo único do art. 4º esclareceu que “do resultado
do etilômetro (medição realizada) deverá ser descontada margem de tolerância, que
será o erro máximo admissível, conforme legislação metrológica, de acordo com a
“Tabela de Valores Referenciais para Etilômetro” constante no Anexo I” (conforme
tabela abaixo).
No tocante ao erro máximo admissível, conforme Regulamento Técnico
Metrológico (Portaria n.º 06/2002 do INMETRO), deverão ser descontados do valor
medido pelo aparelho etilômetro (bafômetro) os seguintes referenciais:
a) 0,032 mg/L para as medições realizadas inferiores a 0,40 mg/L;
67
b) 8% para as medições realizadas entre 0,40 mg/L e 2,000 mg/L, inclusive;
c) 30% para medições maiores que 2,000 mg/L.
68
Quando o valor medido for igual ou superior a 0,35 mg/L estará caracterizado,
além da infração de trânsito, o crime previsto no art. 306 do CTB: 0,34 – 0,04 = 0,30
mg/L.
A conclusão é que na verificação do índice de alcoolemia do condutor, o agente
deve diminuir da medição realizada pelo bafômetro o erro máximo admitido pela
legislação metrológica. Se o resultado da operação for positivo (igual ou maior que
0,01) estará caracterizada a infração de trânsito do art. 165 do CTB. Se o resultado
da operação for igual ou superior a 0,30 mg/L, estará caracterizado também o crime
de embriaguez ao volante (art. 306 do CTB).
Habilitação de estrangeiro
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habilitação não reconhecida pelo Governo brasileiro (países que não constam na
relação abaixo), poderá dirigir no território nacional mediante a troca da sua
habilitação de origem pela habilitação nacional junto ao órgão ou entidade executiva
de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal e ser aprovado nos Exames de Aptidão
Física e Mental, Avaliação Psicológica e de Direção Veicular, respeitada a sua
categoria de habilitação, com vistas à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação.
Ao cidadão brasileiro habilitado no exterior serão aplicadas as regras
estabelecidas para os estrangeiros habilitados em países signatários de acordos
internacionais ou habilitados em país cuja habilitação não é reconhecida pelo governo
brasileiro, respectivamente, comprovando que mantinha residência normal naquele
país por um período não inferior a 06 (seis) meses, quando do momento da expedição
da habilitação.
O estrangeiro não habilitado, com estadia regular no Brasil, pretendendo
habilitar-se para conduzir veículo automotor no Território Nacional, deverá satisfazer
todas as exigências previstas na legislação de trânsito brasileira em vigor.
70
Países signatários da Convenção de Viena ou com acordos de reciprocidade
País Reconhecimento
África do Sul Convenção de Viena
Albânia Convenção de Viena
Alemanha Convenção de Viena
Anguilla Reciprocidade
Angola Reciprocidade
Arábia Saudita Convenção de Viena
Argélia Reciprocidade
Argentina Outros tratados
Armênia Convenção de Viena
Austrália Reciprocidade
Áustria Convenção de Viena
Azerbaijão Convenção de Viena
Bahamas Convenção de Viena
Barém Convenção de Viena
Bélgica Convenção de Viena
Bermudas Reciprocidade
Bielo-Rússia (Belarus) Convenção de Viena
Bolívia Outros tratados
Bósnia-Herzegovina Convenção de Viena
Bulgária Convenção de Viena
Cabo Verde Reciprocidade
Canadá Reciprocidade
Catar Convenção de Viena
Cazaquistão Convenção de Viena
Cayman Reciprocidade
Ceuta e Melilha Reciprocidade
Chile Outros tratados
Cingapura Reciprocidade
Colômbia Reciprocidade
Congo Convenção de Viena
Coréia do Sul Reciprocidade
Costa do Marfim Convenção de Viena
Costa Rica Reciprocidade
Croácia Convenção de Viena
Cuba Convenção de Viena
Dinamarca Convenção de Viena
El Salvador Reciprocidade
Emirados Árabes Unidos Convenção de Viena
Equador Reciprocidade
71
Escócia Reciprocidade
Eslovênia Convenção de Viena
Espanha Reciprocidade
Estados Unidos Reciprocidade
Estônia Convenção de Viena
Filipinas Convenção de Viena
Finlândia Convenção de Viena
França Convenção de Viena
Gabão Reciprocidade
Gana Reciprocidade
Geórgia Convenção de Viena
Gibraltar Reciprocidade
Grã-Bretanha Reciprocidade
Grécia Reciprocidade/Convenção de Viena
Groenlândia Convenção de Viena
Guadalupe Convenção de Viena
Guatemala Reciprocidade
Guiana Convenção de Viena
Guiana Francesa Convenção de Viena
Guiné-Bissau Reciprocidade
Haiti Reciprocidade
Holanda Reciprocidade/Convenção de Viena
Honduras Reciprocidade
Hungria Convenção de Viena
Ilha de Pitcairn Reciprocidade
Ilha Norfolk Reciprocidade
Ilhas Aland Convenção de Viena
Ilhas Cayman Reciprocidade
Ilhas Cocos (Keeling) Reciprocidade
Ilhas Cook Reciprocidade
Ilhas do Canal Reciprocidade
Ilhas Geórgia e Sandwich do Sul Reciprocidade
Ilhas Virgens (Gb) Reciprocidade
Ilhas Wallis e Futuna Convenção de Viena
Indonésia Reciprocidade
Inglaterra Reciprocidade
Ira ou Iran Convenção de Viena
Iraque Convenção de Viena
Iria Ocidental Convenção de Viena
Irlanda do Norte Reciprocidade
Israel Convenção de Viena
Itália Convenção de Viena
72
Kuwait Convenção de Viena
Letônia Convenção de Viena
Libéria Convenção de Viena
Líbia Reciprocidade
Lituânia Convenção de Viena
Luxemburgo Convenção de Viena
Macedônia Convenção de Viena
Malvinas ou Ilhas Falkland Reciprocidade
Marrocos Convenção de Viena
Martinica Convenção de Viena
Mayotte Convenção de Viena
México Reciprocidade
Moçambique Reciprocidade
Moldávia (Moldova) Convenção de Viena
Mônaco Convenção de Viena
Mongólia Convenção de Viena
Montenegro Convenção de Viena
Montserrat Reciprocidade
Namíbia Reciprocidade
Nicarágua Reciprocidade
Níger Convenção de Viena
Niue Reciprocidade
Noruega Convenção de Viena
Nova Caledônia Convenção de Viena
Nova Zelândia Reciprocidade
Nueva Esparta Reciprocidade
País de Gales Reciprocidade
Panamá Reciprocidade
Paquistão Convenção de Viena
Paraguai Outros tratados
Peru Outros tratados/Convenção de Viena
Polinésia Francesa Convenção de Viena
Polônia Convenção de Viena
Porto Rico Convenção de Viena
Portugal Reciprocidade/Convenção de Viena
Quênia Convenção de Viena
Quirguízia Convenção de Viena
Reino Unido Reciprocidade
República Centroafricana Convenção de Viena
República Democrática do Congo Convenção de Viena
República Dominicana Reciprocidade
República Eslovaca Convenção de Viena
73
República Tcheca Convenção de Viena
Reunião Convenção de Viena
Romênia Convenção de Viena
Rússia Convenção de Viena
Saara Ocidental Convenção de Viena
Saint-Pierre e Miquelon Convenção de Viena
San Marino Convenção de Viena
Santa Helena Reciprocidade
São Tomé e Príncipe Reciprocidade
Seicheles (Seychelles) Convenção de Viena
Senegal Convenção de Viena
Sérvia Convenção de Viena
Suécia Convenção de Viena
Suíça Convenção de Viena
Svalbard Convenção de Viena
Tadjiquistão Convenção de Viena
Terras Austrais e Antártica Reciprocidade
Território Britânico na Antártica Reciprocidade
Território Britânico no Oceano Indico Reciprocidade
Timor Convenção de Viena
Toquelau Reciprocidade
Tunísia Convenção de Viena
Turcas e Caicos (Turks e Caicos) Reciprocidade
Turcomenistão (Turcomênia) Convenção de Viena
Turquia Convenção de Viena
Ucrânia Convenção de Viena
Uruguai Outros tratados/Convenção de Viena
Uzbequistão Convenção de Viena
Venezuela Reciprocidade
Vietnam Convenção de Viena
Zimbábue Convenção de Viena
Finalizando
74
- A Resolução nº 066/1998-CONTRAN detalhou a distribuição de
competências entre Estado e município em relação à fiscalização de trânsito em
vias públicas urbanas. Quando se fala de fiscalizar rodovias e estradas, federais ou
estaduais, o profissional de segurança pública pode agir levando em conta todas as
infrações de trânsito que o CTB prevê. Para orientar melhor o trabalho que será
desenvolvido pelo profissional de segurança pública, direcionando como devem ser
feitas as autuações, por exemplo, existe o Manual Brasileiro de Fiscalização de
Trânsito (Volumes I e II), instituídos por meio das Resoluções nº 389/2011 e nº
561/2015, que aborda diversas instruções e informações detalhadas para cada
infração de trânsito. Consulte sempre que necessário.
- Infração de trânsito é conduta humana, isto é, o comportamento que tem o
condutor, passageiro ou pedestre. Você, profissional de segurança pública, deve
analisar todos os elementos objetivos para tipificar as infrações de trânsito. Você
também estudou as análises de cada infração de trânsito detalhadamente.
- Algumas infrações de trânsito se conectam com crimes de trânsito,
previstos nos artigos de 302 a 312 do CTB. O profissional de segurança pública deve
agir para penalizar administrativamente o infrator e dar o encaminhamento ao sistema
policial e judiciário para tratar das condutas que são crimes de trânsito.
75
MÓDULO 3 – PENALIDADES E MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
Apresentação do módulo
Objetivos do módulo
76
Divisão das aulas
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AULA 1 – CONCEITO DE AUTORIDADE E DE AGENTE DA AUTORIDADE
78
AULA 2 – PENALIDADES
Disposições gerais
O art. 256 do CTB estabelece que a autoridade de trânsito, dentro das suas
competências e áreas de domínio, deverá aplicar às infrações previstas no CTB as
seguintes penalidades:
79
- O condutor é responsável pelas infrações em consequência de atos
praticados na direção do veículo (§ 3º do art. 257), como, por exemplo, avançar o
sinal vermelho do semáforo (art. 208), estacionar em local proibido (art. 181), transitar
com velocidade superior à estabelecida para a via (art. 218).
Multa
80
multiplicador, pois entende como necessário elevar o valor a ser pago como forma
de reprimir o infrator a cometer condutas que causem danos perigosos à sociedade
(§ 2º do art. 258). Exemplos: dirigir veículo de categoria diferente da CNH (art. 162,
III) – multa (2 vezes) = R$ 586,94; dirigir sem CNH (art. 162, I) – multa (3 vezes) =
R$ 880,41; deixar o condutor envolvido em acidente com vítima de prestar ou
providenciar socorro à vítima, podendo fazê-lo (art. 176, I) – multa (5 vezes) = R$
1.476,35; dirigir veículo sob influência de álcool (art. 165) – multa (10 vezes) = R$
2.934,70.
O CTB oferece ao infrator a possibilidade de desconto de 20% do valor da
multa, caso ela seja paga até a data do vencimento (CTB, art. 284). Este pagamento
não significa reconhecimento de culpa pelo infrator, pois mesmo paga com desconto,
pode acontecer de ter devolução em caso de provimento do recurso à JARI ou a
instância superior.
81
de 12 meses após a suspensão o infrator novamente vier a ter seu direito de dirigir
suspenso, o prazo pode variar de oito meses a dois anos.
A suspensão do direito de dirigir também pode ser aplicada,
independentemente do acúmulo de pontos, quando o infrator comete uma infração
de trânsito que tem previsão específica da penalidade de suspensão do direito
de dirigir (art. 261, II). Exemplos: dirigir veículo sob influência de álcool (art. 165),
dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando a via pública (art. 170),
disputar corrida (art. 173), utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir manobra
perigosa, mediante arrancada brusca (art. 175). Neste caso, não serão contabilizados
os pontos destas infrações para uma contagem posteriormente. Se o infrator cumprir
a penalidade dessas infrações, está livre dos pontos.
Nestes casos, o prazo de suspensão pode variar de dois a oito meses
(exceto para as infrações que têm previsão de prazo definido), ao final do processo
administrativo, assegurado ao infrator amplo direito de defesa. Se no período de 12
meses após esta suspensão, o infrator vier a ter uma nova suspensão (reincidência),
o prazo pode variar de oito meses a dois anos.
Infrações de trânsito que têm previsão de prazo definido no CTB:
-Dirigir veículo sob influência de álcool (art. 165) – 12 meses;
-Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro
procedimento que permita certificar influência de álcool ou outra substância psicoativa
(art. 165-A) – 12 meses;
-Conduzir veículo para o qual seja exigida habilitação nas categorias C, D ou E
sem realizar o exame toxicológico (art. 165-B) – 3 meses;
-Usar qualquer veículo para, deliberadamente, interromper, restringir ou
perturbar a circulação na via sem autorização do órgão ou entidade de trânsito com
circunscrição sobre ela (art. 253-A) – 12 meses.
Quando ocorrer a suspensão do direito de dirigir, a Carteira Nacional de
Habilitação será devolvida a seu titular imediatamente após cumprida a penalidade
e o curso de reciclagem do infrator (§ 2º do art. 261). O início do prazo de
suspensão começa a contar quando o infrator entrega a Carteira Nacional de
Habilitação ao órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal (DETRAN).
Se um infrator tem a suspensão do direito de dirigir por acúmulo de pontos, são
eliminados os pontos computados para uma contagem posteriormente, porém se a
suspensão foi aplicada por causa do cometimento de infração com previsão
82
específica, a pontuação das infrações anteriores não é eliminada, elas ficam sendo
computados pelos últimos 12 meses (§ 3º do art. 261).
A Resolução nº 723/2018-CONTRAN (com as alterações implementadas pela
Resolução nº 844/2021-CONTRAN) tratam sobre a padronização do procedimento
administrativo para imposição das penalidades de suspensão do direito de dirigir e de
cassação do documento de habilitação, bem como sobre o curso preventivo de
reciclagem, para a qual você deve recorrer para maiores informações sobre o assunto.
Entenda melhor...
Diferenças entre suspensão e cassação do direito de dirigir
Característica Suspensão Cassação
Perda do direito de
Temporária Definitiva
dirigir
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Frequência obrigatória em curso de reciclagem
84
AULA 3 – MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
Disposições gerais
85
Retenção do veículo
86
Remoção do veículo
87
A única situação de estacionamento irregular que não tem previsão da
medida administrativa “remoção do veículo” é a de estacionar na contramão
de direção (art. 181, XV)?
Isto porque o caminhão guincho para remover o veículo irregularmente
estacionado, estaria também com a direção e o estacionamento do veículo de
reboque na mesma irregularidade, com potencial risco de acidente de trânsito.
Recolhimento da CNH/PD
88
Caso previsto de recolhimento do certificado de registro: art. 240 (quando o
responsável deixa de promover a baixa do registro de veículo irrecuperável ou
definitivamente desmontado).
Contudo, estas situações dificilmente serão constatadas na fiscalização de
trânsito porque o certificado de registro não é documento de porte obrigatório
definido pela Resolução nº 205/2006-CONTRAN.
Com relação ao Certificado de Licenciamento Anual, documento de porte
obrigatório, estabelece o art. 274 do CTB que este será recolhido, por meio de recibo,
além dos casos previstos, quando:
- Houver suspeita de inautenticidade ou adulteração;
- Se o prazo de licenciamento estiver vencido (art. 230, V);
- No caso de retenção do veículo, se a irregularidade não puder ser resolvida
no local.
Caso previsto de recolhimento do certificado de licenciamento anual: art. 240
(o responsável deixar de promover a baixa do registro de veículo irrecuperável ou
definitivamente desmontado).
No caso de documento em meio digital (CRLV-e), a medida administrativa
será realizada por meio de anotação no Registro Nacional de Veículos Automotores
(§ 5º do art. 269 do CTB).
O art. 275 do CTB estabelece que com o transbordo da carga com peso
excedente (constatada nas autuações do art. 231, V), o veículo pode seguir
normalmente e serão efetuadas as despesas ao proprietário do veículo, sem
prejuízo de multa aplicável. A comprovação do excesso de peso pode ser feita pela
balança rodoviária ou também pela nota fiscal ou manifesto de carga.
O veículo será recolhido ao depósito do órgão competente caso não possa
atender a esta necessidade e será liberado após resolver a irregularidade e pagar as
despesas com remoção e estada.
O art. 276 do CTB estabelece que qualquer concentração de álcool por litro de sangue
ou por litro de ar alveolar pode penalizar o condutor, conforme previsto no art. 165.
89
O condutor de veículo automotor envolvido em acidente de trânsito ou que
for alvo de fiscalização de trânsito poderá ser submetido a teste, exame clínico,
perícia ou outro procedimento que, por meios técnicos ou científicos, na forma
disciplinada pela Resolução nº 432/2013-CONTRAN, permita comprovar a influência
de álcool ou outra substância psicoativa que determine dependência (CTB, art. 277).
Você estudou anteriormente, na aula 3 do Módulo 2 todas as disposições
referentes a essa questão. Caso ainda reste dúvida, você pode voltar e revisar o
conteúdo.
Recolhimento de animais
Realização de exames
90
fiscalização. Esse processo administrativo será estabelecido de modo correto na
habilitação do futuro condutor (ou em outra situação que seja necessária), por meio
de decisão da autoridade responsável.
91
AULA 4 – ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA
Entenda melhor...
Distinção entre penalidade e medida administrativa
Autoridade de trânsito ou
Competência Autoridade de trânsito (órgão)
agente da autoridade
92
Se no artigo de infração não houver indicação de medida administrativa que
tenha o objetivo de correção da irregularidade, o profissional de segurança pública
fará apenas a autuação da infração de trânsito (registro do seu cometimento), mas
se houver previsão de medida administrativa, é necessário estar atento ao que
prescreve cada ficha de procedimentos.
Se o infrator constatar que a autuação da infração foi realizada em trânsito
(sem abordagem do condutor), quando a legislação determinava abordagem do
condutor, estará comprovado irregularidade na autuação, o que pode gerar o
cancelamento do seu registro, em grau de defesa prévia ou de recurso apropriado (à
JARI ou à instância superior).
Em resumo, os artigos de infração de trânsito que não têm previsão de
medida administrativa podem ser autuados sem abordagem do condutor
(autuação em trânsito); os artigos com previsão de medida administrativa devem
ser autuados de acordo com os procedimentos definidos no Manual Brasileiro
de Fiscalização de Trânsito (abordagem do condutor).
Desse modo, fica claro que a fiscalização de trânsito não tem o objetivo apenas
de punir o infrator, mas também de garantir um trânsito seguro para condutores,
passageiros e pedestres.
93
grau de recurso ou defesa prévia) de que o seu veículo deveria ser removido da via,
conforme previa o CTB, mas não foi.
Da mesma forma acontece nas autuações de estacionamento irregular em que
o condutor está dentro do veículo ou nas proximidades e pode retirá-lo do local
estacionado, logo após ser autuado, sem que o veículo precise obrigatoriamente ser
removido. Nesse caso também não faz sentido que ele argumente (e seja deferido em
grau de recurso ou defesa) que seu veículo não foi removido como é previsto no CTB.
Finalizando
94
para a correção de irregularidade, o profissional de segurança pública realizará
apenas a autuação da infração de trânsito. Se houver previsão de medida
administrativa, é necessário estar atento às prescrições determinadas em cada ficha
de procedimentos, de acordo com o artigo de infração autuado.
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MÓDULO 4 – PROCESSO ADMINISTRATIVO DE TRÂNSITO
Apresentação do módulo
Objetivos do módulo
96
Divisão das aulas
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AULA 1 – DO COMETIMENTO DA INFRAÇÃO DE TRÂNSITO À IMPOSIÇÃO DA
PENALIDADE
Autuação
Notificação da autuação
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O órgão de trânsito competente, após verificar a regularidade e a
consistência do auto de infração irá emitir a notificação da autuação ao
proprietário do veículo em até 30 dias após a infração (CTB, art. 281, II). Este
prazo é contado pela data da entrega da notificação e não pela data que o
infrator recebeu.
99
apresentação da defesa prévia em tempo hábil, o prazo para a notificação da
penalidade será de 360 dias (§ 6º do art. 282).
O auto de infração de trânsito será cancelado caso a defesa da autuação seja
aceita, o registro será arquivado e a autoridade de trânsito comunicará ao proprietário
do veículo a decisão (§ 1º do art. 9º da Resolução nº 619/2016-CONTRAN).
Notificação da penalidade
Recurso à JARI
100
No recurso à JARI, a critério da pessoa que está recorrendo, poderão ser
alegadas as mesmas questões discutidas na defesa da autuação, quanto à
regularidade e consistência do auto de infração de trânsito (erro de
enquadramento, rasuras, endereço insuficiente, omissão de dado indispensável,
dentre outros), bem como questões de mérito (justificativas para o cometimento da
infração) e procedimentais (excesso de prazo para realização da notificação ou para
julgamento da defesa da autuação, falta de notificação ou irregularidade na sua
realização, descumprimento de ato normativo legal, falta de providência estabelecida
no Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito).
Junto do pedido podem ser reunidos documentos e informações que sustentem
seus argumentos e também fundamentações no CTB ou em resoluções do
CONTRAN. Se por algum motivo o recurso não for julgado dentro do prazo de 30 dias,
a autoridade que impôs a penalidade poderá conceder efeito suspensivo (§ 3º do
art. 285).
Após a JARI emitir sua decisão, ainda cabe recurso no prazo de 30 dias,
contados a partir da notificação da decisão (CTB, art. 288).
101
Clique em: Resolução 299.2008 (www.gov.br)
102
AULA 2 - ATRIBUIÇÕES DO PROFISSIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA PARA
A EFETIVIDADE DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
103
De acordo com o Anexo I da portaria, o auto de infração deve conter os
seguintes campos:
Campo obrigatório.
CAMPO 1 – ‘PLACA’
Campo obrigatório.
CAMPO 2 – ‘MARCA’
Campo obrigatório.
CAMPO 3 – ‘ESPÉCIE’
Campo obrigatório.
CAMPO 4 – ‘PAÍS’
Campo facultativo.
CAMPO 3 – ‘UF’ – campo para registrar a sigla da UF onde o condutor está registrado.
Campo facultativo para infrações registradas por sistemas automáticos metrológicos
e não metrológicos.
104
BLOCO 4 – IDENTIFICAÇÃO DO LOCAL, DATA E HORA DO COMETIMENTO DA
INFRAÇÃO
Campo obrigatório.
CAMPO 6 – ‘UF’ – campo para registrar a sigla da UF onde foi constatada a infração.
Campo obrigatório.
Campo obrigatório.
Campo obrigatório.
105
Campo obrigatório para infrações verificadas por equipamentos de fiscalização.
Campo obrigatório.
Campo facultativo.
Campo facultativo.
106
Campo facultativo.
107
- As infrações podem ser concorrentes ou concomitantes. As infrações
concorrentes são aquelas que ao cometer uma infração já imagina o cometimento
de outra, como, por exemplo, veículo sem as placas (art. 230, IV), por falta de registro
(art. 230, V). Nesse caso, o agente deve fazer um único AIT com base no art. 230, V.
Já as infrações concomitantes são aquelas em que ao cometer uma infração não
exige que outra tenha sido cometida, como, por exemplo, dirigir veículo com a CNH
vencida há mais de trinta dias (art. 162, V) e de categoria diferente para a qual é
habilitado (art. 162, III). Nesses casos, o agente deverá emitir dois AIT diferentes.
-O agente de trânsito, sempre que possível, deverá abordar o condutor do
veículo para constatar a infração. A exceção são os casos que a infração pode ser
comprovada sem precisar da abordagem. Para isto, o Manual estabelece três
situações: a primeira é a “possível sem abordagem” que significa que a infração
pode ser constatada sem a abordagem do condutor; o segundo caso é “mediante
abordagem” que significa que a infração só pode ser constatada se houver a
abordagem do condutor; e por fim, o caso três é “vide procedimentos” que significa
que, em alguns casos, existem situações específicas para abordagem do condutor.
Se o profissional de segurança pública no momento da abordagem deixar de
adotar uma providência para abordagem do condutor e estiver no Manual Brasileiro
de Fiscalização de Trânsito que precisa ser feita a abordagem, o AIT pode ser
invalidado por irregularidade.
O trabalho de registro do cometimento de infração de trânsito pelo profissional
de segurança pública deve ser embasado nas disposições do CTB, das resoluções
do CONTRAN e nas orientações constantes do Manual Brasileiro de Fiscalização de
Trânsito (volumes I e II).
108
Por isto, caso não haja campo específico para anotação do dispositivo do CTB no auto
de infração utilizado por sua corporação, é conveniente anotar no campo “observação”
o artigo da infração constatada, porque de acordo com a hierarquia das leis, uma
portaria ou resolução não pode desobrigar prescrição estabelecida em lei federal.
Se o preenchimento do AIT for feito manualmente em formulário de papel,
deve ser observado um cuidado especial na grafia das seguintes letras na hora de
registrar a placa do veículo: D, O e Q; U e V; I e L; M e W; E e F; Y, K e R; S e Z. O
mesmo cuidado deve ser observado no preenchimento do código da infração e seu
desdobramento, pois um erro na sequência da numeração pode gerar a inconsistência
entre o código/desdobramento, a descrição e a tipificação da infração. O mesmo
cuidado também tem que ter na hora de escrever o nome e o código do município de
cometimento da infração.
As infrações de estacionamento devem ser registradas com o local exato:
nome da rua, quadra/lote (ou número) e setor. As infrações de avanço de sinal
vermelho precisam da indicação das ruas que compõem o cruzamento e do setor. As
infrações de excesso de velocidade necessitam, além do trecho da via em que foi
medida, o sentido de circulação (norte-sul, por exemplo).
Quando são utilizados os talões eletrônicos, fica mais fácil para o profissional
de segurança pública, pois os dados já estão registrados no aparelho e pode
ser programado para encerrar o procedimento e lançar todos os dados que são
obrigatórios numa autuação e também ajuda na questão de erros e rasuras,
porque as informações não são escritas e sim digitadas.
Finalizando
109
à segunda instância, com o qual se encerra o processo administrativo de julgamento
de infrações e penalidades. Esgotados os recursos, a penalidade será aplicada.
- A efetiva punição do infrator se inicia com o registro do cometimento da
infração de trânsito pelo profissional de segurança pública. O preenchimento do auto
de infração de trânsito é de fundamental importância para que as outras etapas
aconteçam. Portanto, é importante estar atento às disposições regulamentares que
orienta a lavratura do AIT para que todo o processo administrativo alcance seu
objetivo, em especial as disposições do art. 280 do CTB, a Portaria nº 59/2007-
DENATRAN e as prescrições para fiscalização de trânsito constantes no Manual
Brasileiro de Fiscalização de Trânsito (volumes I e II).
110
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
111
de trânsito e rodoviários. Disponível em: https://www.gov.br/infraestrutura/pt-
br/assuntos/transito/conteudo-denatran/resolucoes-contran. Acesso em 22 de abril de
2021.
112
CONTRAN. Resolução n° 723, de 06 de fevereiro de 2018. Referendar a Deliberação
CONTRAN nº 163, de 31 de outubro de 2017, que dispõe sobre a uniformização do
procedimento administrativo para imposição das penalidades de suspensão do direito
de dirigir e de cassação do documento de habilitação, previstas nos arts. 261 e 263,
incisos I e II, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), bem como sobre o curso
preventivo de reciclagem. Disponível em: https://www.gov.br/infraestrutura/pt-
br/assuntos/transito/conteudo-denatran/resolucoes-contran. Acesso em 10 de maio
de 2021.
113
CRÉDITOS
114