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Fundamentos de hardware

David Déharbe
DIMAp – UFRN
david@dimap.ufrn.br
Plano da aula

• Motivação;
• Terminologia básica;
• Problemas de potência;
• Diagramas de temporização;
• Memórias;
• Sumário.
Motivação

Um projetista de sistemas embarcados deve frequentemente


• entender o hardware para escrever programas corretos,
• installar os programas no hardware,
• as vezes entender se uma falha é causada pelo programa ou pelo
hardware,
• pode ser responsável por verificar diagramas esquemáticos do
hardware e sugerir correções.
Terminologia I

• pastilhas (chips)
• empacotamento (packaging)
• pinos (pins)
• folhas de dados (data sheets)
• placa impressa (printed circuit boards)
• diagramas esquemáticos (schematic diagrams)
Terminologia: pastilhas (chips)

• Circuitos eletrônicos são construı́dos na forma de pastilhas de


plástico ou cerâmica.
• As pastilhas geralmente podem ser compradas de um produtor.
• As pastilhas vem em diferentes tipos de empacotamentos.
Terminologia: empacotamento (packaging )

Pastilhas são empacotadas utilizando diferentes formas:


Terminologia: placa (printed circuit board )

Pastilhas são interligadas em uma placa de circuitos:


Terminologia: diagramas esquemáticos (schematic
diagrams)

• Projetistas de hardware registram seu trabalho através de


diagramas esquemáticos;
• o diagrama informa os componentes e suas interligações;
• a posição dos componentes e das ligações no diagrama não é
necessariamente a mesma que na placa.
Terminologia II

1. voltagens;
2. sinais;
3. entradas, saı́das;
4. piloto de sinal;
5. sinal flutuante;
6. conflito de barramento.
Terminologia: voltagens

• Circuitos digitais utilizam só duas voltagens para seu


funcionamento:
1. alto (high), ou VCC (Voltage Connected to Collector ),
2. e baixo (low ) ou terra (ground ).
• A voltagem alta geralmente é 5V, ou 3,3V e a baixa é 0V.
• Na representação de dados e endereços, a voltagem alta
geralmente representa 1, e a baixa representa 0.
Terminologia: sinais

• Além de dados e endereços, sinais podem representar condições.


• Um sinal é setado, ou assinalado, se a condição correspondente é
verdadeira.
• Um sinal é assinalado alto, se a voltagem alta representa que a
condição é satisfeita.
• Um sinal é assinalaado baixo, se a voltagem baixa representa que
a condição é satisfeita.
• Quando um sinal é acenado baixo, seu nome recebe algum tipo
de decoração: CLR, RDMEM/, ou INT#.
Terminologia: entradas e saı́das

• Pastilhas possuem pinos de saı́das que elas alimentam com uma


certa voltagem.
• Pastilhas possuem pinos de entrada onde elas lêem a voltagem.
• Quando um mesmo sinal é conectado a dois pinos de saı́da e que
as voltagens nessas saı́das são diferentes, há um chamado conflito
de barramento (bus fight), que pode danificar o sistema.
• A parte que controla a voltagem de um sinal pilota aquele sinal.
• Quando nenhum componente pilota um sinal, esse sinal flutua, o
que pode criar problemas, ou não.
Portas

• portas lógicas;
• a bolha;
• piloto.
Problemas de potência

• potência e decoplagem, capacitores;


• colectores e tri-states;
• sinais flutuantes, resistores;
• sobrecarregamento de sinais;
Diagramas de temporização

• diagramas de temporização;
• atraso de propagação;
• transição (subindo/descendo);
• flip-flop D, ou registro;
• latch;
• tempo de setup e de hold ;
• tempo de relógio para Q (clock-to-Q);
• relógio, osciladores e cristais.
Memórias

• memória ROM;
• variantes da memória ROM;
• memória RAM;
• comparação.
Memória ROM – introdução

ROM (Read-Only Memory) é um tipo de memória não volátil, usada


para guardar o software em um sistema embutido.
• O micro-processador pode ler instruções da ROM tão rápido
quanto ele pode executá-las.
• O micro-processador não pode gravar dados na ROM.
• A ROM guarda seu conteúdo, mesmo quando desligada.
Memória ROM – estrutura

• Entradas:
– sinais de endereço;
– sinal de controle chip enable (ou chip select);
– sinal de controle read enable (ou output enable).
• Saı́das: sinais de dados.
Memória ROM – comportamento

1. O microprocessador seta os sinais de endereços;


2. Simultaneamente, o microprocessador seta o sinal de efetivação
da pastilha (chip enable);
3. Um pouco mais tarde, o microprocessador seta o sinal de
efetivação da leitura (read enable);
4. Depois de um atraso de propagação, a ROM pilota os sinais de
dados para o microprocessador;
5. Quando o microprocessador termina de ler os dados, ele pode
desativar os diferentes sinais de ativação.
A ordem de asserção dos sinais pode ser invertida, aumentando
tempo de resposta.
Variantes da ROM – PROM

• A ROM (mascarada) é vendida pré-programada e seu conteúdo


não pode ser alterado;
• a PROM (Programmable ROM) é vendida virgem e pode ser
gravada uma única vez através de um gravador de PROM (custo:
cerca de US$100);
• se o programa gravado tiver um erro, a PROM é inutilizável;
• novas versões devem ser gravadas em novas PROMs.
Variantes da ROM – EPROM

• A EPROM (Erasable Programable ROM) pode ser gravada


múltiplas vezes;
• aplicando-se raios ultra-violetos durante 10 a 20 minutos, o
conteúdo de uma EPROM pode ser apagado;
• o apagador/gravador de EPROM utiliza portanto luz
ultra-violeta.
Variantes da ROM – flash

• A memória FLASH pode ser apagada e gravada utilizando sinais


em alguns de seus pinos;
• geralmente, há um limite do número de regravações que podem
ser feita;
• as caracterı́sticas de memórias flash estão evoluindo rapidamente.
Variantes da ROM – EEROM

• A memória EEROM (Electrically Erasable ROM) é parecida com


memória flash;
• a leitura e a escrita são mais lentas;
• a capacidade de estocagem é limitada;
• o número de vezes que a memória pode ser reescrita é
extremamente elevado (milhões de vezes).
Comparação

tecnologia leitura escrita num. escrita


ROM rápido N/A 0
PROM rápido N/A 1
EPROM rápido N/A vários
Flash rápido lento 10.000
EEROM lento lento 1.000.000
RAM muito rápido muito rápido infinito
Memória RAM

• RAM (Random Access Memory) é um tipo de memória volátil.


• é usada para armazenar os dados;
• a leitura e escrita é mais rápida que em ROM;
• SRAM (Static RAM) lembra de seus dados sem assistência de
outras partes do circuito;
• DRAM (Dynamic RAM) deve ser acessada em leitura
regularmente ou perde seus dados;
• circuitos de dynamic RAM refresh evitam esse problema;
• a interface da RAM inclui também um sinal de efetivação de
escrita (write enable).
Sumário

• Semiconductores são manufaturados em pastilhas e conectados


através de placas de circuitos;
• engenheiros elétricos desenham diagramas esquemáticos para
especificar os componentes e as conexões de um circuito;
• um sinal digital é alto ou baixo, ele é setado quando a condição
representada por este sinal é verdadeira;
• pastilhas possuem pinos de entrada e de saı́da;
• geralmente sinais devem ser pilotados por uma única saı́da, mas
podem ser conectadas a múltiplas entradas;
• um número limitado de entradas podem ser alimentadas por uma
saı́da;
• as portas padrões implementam funções lógicas;
• além das entradas e saı́das, pastilhas possuem pinos de
alimentação para VCC e para terra;
• capacitores de decoplamento evitam faltas de energias
temporárias nos circuitos;
• um sinal que não é pilotado por uma saı́da é flutuante;
• um colector aberto pode pilotar um sinal para baixo ou o deixar
flutuar, várias colectores abertos podem ser conectados ao
mesmo sinal, que ficará baixo se um dos colectores for baixo;
• um tri-state pode pilotar um sinal alto, baixo ou o deixar flutuar,
vários tri-state podem ser conectados para um mesmo sinal, mas
só um pode pilotá-lo a cada momento;
• pontos nos esquemas indicam sinais que devem ser conectados;
• diagramas de temporização mostram relações temporais entre
eventos de um circuito;
• as principais informações temporais de uma pastilha são os
tempos de setup, de hold e de relógio para Q;
• flip-flops D são memórias de 1 bit;
• os tipos comuns de memória são RAM, ROM, PROM, EPROM,
EEROM e flash.

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